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FUNDAMENTOS

PARA REABILITAÇÃO ORAL I​

PROFª.: FLAVIANE LEAL  


PREPAROS PARA COROAS TOTAIS​
 O sucesso do tratamento com prótese parcial
fixa (PPF) é determinado por três critérios:
 ​
 longevidade da prótese​
 saúde pulpar ​
 saúde gengival dos dentes envolvidos ​
 satisfação do paciente​
PREPAROS PARA COROAS TOTAIS

Para alcançar esses objetivos,o cirurgião deve saber


executar todas as fases do tratamento:

 exame
 diagnóstico
 planejamento
 execução
 cimentação da prótese.
PREPAROS PARA COROAS TOTAIS
Princípios:

 Mecânicos
 Biológicos
 Estética
*desgaste do tecido dental
(esmalte/dentina)

*mantém o
formato natural,
de forma
pequena

*Retenção
*Estabilidade
*Rigidez estrutural
*Integridade
marginal
PRINCÍPIOS MECÂNICOS:​

RETENÇÃO​

 O preparo deve impedir o deslocamento da restauração


quando submetida às forças de tração principalmente com
alimentos pegajosos.​

  É a qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra as


forças de deslocamento ao longo da sua via de inserção.
 ​
 Depende basicamente do contato existente entre as
superfícies internas da restauração e as superfícies externas
do dente preparado, o que é denominado retenção friccional.​
PRINCÍPIOS MECÂNICOS
 Paredes axiais devem estar paralelas de forma a facilitar o
escoamento do cimento para cimentação

*Quanto maior for a


coroa clínica de um
dente preparado,
maior será a
superfície de contato
e a retenção final
PRINCÍPIOS MECÂNICOS
 Plano de inserção único dos dentes pilares de uma PPF é
essencial para sua retenção
 A posição e a inclinação dos dentes no arco devem ser
analisadas em modelo de estudo
 Controlar melhor a quantidade de desgaste das faces
dentárias com o objetivo de preservar a saúde pulpar
 Sem perder as características de retenção e estética.
 Enxergar o término do preparo
PRINCÍPIOS MECÂNICOS

 Áreas polidas
 Moldagem = Modelo de estudo
 Delimitação do preparo
PRINCÍPIOS MECÂNICOS
Resistência/Estabilidade

 Previne o deslocamento da prótese quando esta é submetida


a forças oblíquas, que podem provocar sua
rotação(movimentos durante a mastigação)
 Por isso, é importante que se saiba quais são as áreas do
dente preparado e da superfície interna da restauração que
podem impedir este tipo de movimento.
PRINCÍPIOS MECÂNICOS
 ƒMagnitude e direção da força: forças de grande
intensidade e direcionadas lateralmente, como ocorre
nos pacientes que apresentam bruxismo, podem causar
o deslocamento da prótese.
 Relação altura/largura do preparo: quanto maior a
altura das paredes, maior a área de resistência do
preparo para impedir o deslocamento da prótese
quando submetida a forças laterais. Se a largura for
maior que a altura, maior será o raio de rotação e,
portanto, as paredes do preparo não oferecerão uma
forma de resistência adequada. Assim, é importante que
a altura do preparo seja pelo menos igual a largura
PRINCÍPIOS MECÂNICOS
 Integridade do dente preparado: a porção
coronal íntegra, seja em estrutura dentária,
em núcleo metálico ou em resina, resiste
melhor à ação das forças laterais do que
aquelas parcialmente restauradas ou
destruídas
PRINCÍPIOS MECÂNICOS
Rigidez estrutural

 O preparo deve ser executado de tal forma que a coroa


apresente espessura suficiente para que o metal (para as coroas
metálicas), o metal e a cerâmica (para as coroas
metalocerâmicas) e a cerâmica (para as coroas cerâmicas)
resistam às forças mastigatórias e não comprometam a estética
e o tecido periodontal.
PRINCÍPIOS MECÂNICOS
Integridade marginal

Objetivo:
 Toda coroa total cimentada, adaptada, linha mínima de

cimento = para que a prótese possa permanecer em função o


maior tempo possível (Margens inadequadas = a instalação
do processo patológico do tecido gengival)
 Selamento marginal: boa adaptação cervical da peça protética

com o dente preparado. Passar sonda nas margens do


preparo com o dente para ver se não tem gap (espaço).
Princípios Biológicos
Preservação do órgão pulpar
Irritação pulpar com esse tipo de preparo depende de vários
fatores:
 calor gerado durante a técnica de preparo

 qualidade das pontas diamantadas e da caneta de alta

rotação
 quantidade de dentina remanescente, permeabilidade

dentinária
 reação exotérmica dos materiais empregados (principalmente

as resinas, quando utilizadas na confecção das coroas


provisórias)
 grau de infiltração marginal.

 cuidado com a quantidade de desgaste


Princípios Biológicos

Fazer o tratamento
endodôntico
(núcleos metálicos,
PFV)

Cuidado com a
quantidade de
desgaste
Princípios Biológicos
Preservação da saúde periodontal
 Higiene oral
 Forma
 Contorno
 Localização da margem cervical do preparo
 A área do preparo estenda-se o mínimo necessário dentro do
sulco gengival, exclusivamente por razões estéticas, sem
alterar significativamente a biologia do tecido gengival.
 (Até 1mm dentro do sulco gengival)
Princípios Biológicos
 Geralmente, a extensão cervical dos dentes preparados pode
variar de 2 mm aquém da gengiva marginal livre a localização
do término nesse nível só será possível quando não houver
comprometimento da retenção e da estabilidade da prótese e
quando a estética não for um fator importante.
 1 mm no interior do sulco dentes anteriores com indicação
de coroa estética
Princípios Biológicos
Localização do término cervical : paciente com risco de cárie e
acúmulo de biofilme (placa), o término deve ser estendido
subgengivalmente para evitar a degradação da linha de
cimentação
Quando realizar o término intra sulcular:

 Razões estéticas
 Remoção de restauração intra sulcular
 Dentes escurecidos
 Fraturas
 Razões mecânicas (coroa maior para aumentar a retenção e
estabilidade)
Princípios Biológicos
Maior profundidade do término= maior dificuldade
Moldagem, adaptação, higienização
Facilidade de instalar processos inflamatórios

Preparo nos níveis convencionais


Adaptação, forma, contorno, polimento satisfatórios
Estética

importante preservar o estado de saúde do periodonto e


confeccionar coroas com forma, contorno e cor corretos,
fatores esses que estão diretamente relacionados à quantidade
de desgaste da estrutura dentária.
TIPOS DE TÉRMINO CERVICAl

Ombro ou degrau arredondado

 Esse término é indicado nos preparos para coroas


confeccionadas em cerâmica, em dentes anteriores ou
posteriores
 Contraindicado em dentes com coroa clínica curta ou com
largura vestibulo-lingual que impeça a realização de
desgaste uniforme nas paredes sem diminuir a resistência da
própria coroa do dente.
 Ângulo entre as paredes gengival e axial é de
aproximadamente 90º, sendo a intersecção arredondada para
evitar a formação de tensões.
TIPOS DE TÉRMINO CERVICAl
 A presença do término em ombro ou degrau é importante
para proporcionar uma espessura uniforme e suficiente à
cerâmica nessa região, para resistir aos esforços
mastigatórios e reduzir a possibilidade de fratura.
 Esse término provoca um tipo de junção entre as paredes
axiais e gengival que pode dificultar o escoamento do
cimento
 Para minimizar esse problema, o CD deve usar uma técnica
de cimentação que proporcione uma fina camada de cimento
no interior da coroa; o pincel é o instrumento ideal para essa
finalidade.
TIPOS DE TÉRMINO CERVICAl
OMBRO OU DEGRAU BISELADO

Ângulo entre as paredes gengival e axial é de


aproximadamente 90º, com um biselamendo de 45º da aresta
cavossuperficial.
 Indicação: Coroas metalocerâmicas

 Proporciona espaço adequado para estrutura metálica e


cerâmica. E o bisel contribui com o escoamento do cimento.
término em
ombro ou degrau

contribui com
o escoamento
do cimento
TIPOS DE TÉRMINO CERVICAl
Chanfrado

 Ele é considerado pela maioria dos autores como o tipo de


término cervical ideal, porque permite uma espessura
adequada para as facetas estéticas de cerâmica ou resina e
seus respectivos suportes metálicos, facilitando a adaptação
da peça e escoamento do cimento.
 Esse término é indicado para a confecção de coroas
metalocerâmicas, coroas metaloplásticas e para as
restaurações MOD em metal, quando for indicada a proteção
das cúspides vestibular ou lingual
TIPOS DE TÉRMINO CERVICAl
Chanferete

É um tipo de término em que a junção entre a parede axial e a


gengival é feita por um segmento de círculo de pequena
dimensão (aproximadamente a metade do chanfrado), devendo
apresentar espessura suficiente para acomodar o metal.

 Indicação: Dentes com tratamento periodontal ou recessão


gengival podem receber este término com o objetivo de
conservar a estrutura e evitar danos ao orgão pulpar.
TIPOS DE TÉRMINO CERVICAl
Chaferete

Escoamento do cimento são facilitados, permitindo uma


visualização nítida da linha de acabamento e a preservação da
estrutura dentária.
É indicado para coroa total metálica e como término cervical
nas faces lingual e linguoproximal das coroas metaloplásticas e
metalocerâmicas.
Chanfrado
(término ideal)

Chanferete
Técnica da silhueta

Objetivo é ter um dente adequadamente preparado para


receber uma prótese de acordo com suas necessidades estética
e funcional.
A “Técnica da Silhueta” de preparo cavitário é, entre outras,
uma sequência para que pretende padronizar procedimentos e
consequentemente minimizar erros no cotidiano do
consultório. Para a execução desta técnica é necessário o
conhecimento da anatomia dental, pois ela se baseia nesta para
seu desenvolvimento, assim como o formato e diâmetro das
pontas adiamantadas.
https://youtu.be/YMGBZFHlQsA
https://youtu.be/23FMiyAsfzU

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