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Prótese:

Provisório: aula 01/04

É preciso proteger o complexo principalmente o periodontal com uma


provisória, é preciso proteger tanto o tecido pulpar quanto o periodontal das
agressões que eles vão sofrer durante o tratamento.

Conhecer as técnicas mais utilizadas para a confecção das coroas


provisórias será utilizado principalmente às resinas acrílicas
autopolimerizaveis

Órgão dental:

Sempre quando se faz um preparo o esmalte e a dentina são desgastados e


isso provoca uma inflamação e com esse provisório acaba se diminuindo a
injuria que foi provocada pelo desgaste.

• Esmalte: muito calcificado, pouca matriz orgânica


• Dentina: calcificação semelhante ao osso
• Polpa: vascularização e inervada, tem a função de indução,
nutrição, defesa e sensibilidade

As próteses provisórias devem exercer a função de protótipo do nosso


definitivo, procurar fazer da melhor forma possível em termos de adaptação da
provisória ao nosso termino cervical, do contorno do nosso provisório, da forma
e da extensão das aberturas interproximais, dos pontos de contato de uma
forma correta para evitar impacção alimentar, a cor.

Agressão ao complexo dentina-polpa

Podem ser provocadas durante a fase pré-operatória, operatória e pós-


operatória

• Bacteriana
• Física
• Química
• Mecânico

Fase pré-operatório:

• Planejamento correto
• Preparo mais conservadores
• Preparos parciais: Onlay, overlay, endocrown, facetas laminadas
(preparos mais conservadores++)
• Preparos totais: Metalocêramica, metal free (preparo mais conservador)
➢ O trabalho mecânico da broca ao cortar o dente tem dele transformado
em calor de atrito
• O aumento da temp. intra-pulpar em 5,5C pode levar a perda da
vitalidade
• O aumento da temp. intra-pulpar em 16,5C leva a 100% da mortificação
pulpar
• O uso de turbinas de alta ou baixa rotação sem refrigeração por 25s,
eleva a temp. da superfície pulpar a 42C

Fase operatória

Procedimento que os CDs devem adotar para minimizar a agressão ao


Complexo dent. Polpa

• Brocas novas
• Irrigação abundante c/ água
• Pressão moderada
• Movimentos intermitentes

Fase pós-operatória:

• Irrigar bastante o preparo com hidróxido de sódio ou soro fisiológico


• Evitar jatos de ar no dente preparado
• Aplicação de um adesivo dentinário sem condicionamento ácido
• Manter o dente isolado com vaselina
• Irrigar o provisório para diminuir a temperatura do dente preparado

Complexo dentina-polpa e cimentação

• Óxido fosfato de zinco


• Óxido de zinco e eugenol
• Hidróxido de cálcio
➢ A pressão hidráulica no ato da cimentação pode deslocar
odontoblastos levando a pequena sensibilidade no pós-operatório.

Coroas provisórias – PPF provisória

Objetivos:

• Biológicos: pulpar e periodontal (ter uma adaptação cervical e


contornos precisos), restabelecer a função oclusal, manter a posição
do dente
• Mecânicos: resistência as forças mastigatórias, de remoção
• Estético: tem que ter cor, forma, contorno...
Objetivos biológicos

• Proteção pulpar
• Proteção periodonto
• Restabelece a Função Oclusão (devolver mastigação, evitar extrusão e
inclinação desses dentes)
• Provisório posicionado na anatomia correta
• Devolve conforto ao paciente e credibilidade do dentista

➢ Proteção do complexo dentina-polpa


• Quanto maior o trauma maior a reação inflamatória pulpar
• Provisório bem adaptado e com seus contornos e formas corretas
• Sobre contorno: o laboratório fez um provisório com volume maior,
problema para o periodonto
• Recuperação da polpa – grau de injúria – adaptação do provisório
– cimento
• Selar e isolar do ambiente bucal (curativo)
• Evitar injurias posteriores (física - química - mecânica)
• Se eu não evitar isso pode ocorrer uma pulpite irreversível

➢ Proteção do periodonto
• Preservar a saúde do periodonto
• Auxiliar no trato, e na recuperação do tecido gengiva alterado
• Limite de preparo
• Adaptação, contorno e superfície o mais lisa possível
• Perfil de emergência plano (função de manter o tecido gengival na
sua psoição correta sobre a restauração)
• Grau de abertura das ameias (para que não haja pressão sobre
papilas interdentais)
• Espaço para fazer higienização
• Monômero não reagente (PMMA)

➢ Sulco gengiva 0,69mm – não exceder essa medida, medir com sonda
milimetrada

➢ Restabelecer a função oclusão


• Oclusão fisiológica
• Função mastigatória eficiente
• Conforto

➢ Manter a posição do dente


• Migrar/inclinar/extrusão
• Contatos proximais e oclusais adequados
• Supra erupção e/ou movimentar

Objetivos Mecânicos

• Resistir às cargas funcionais - 2 materiais: resina acrílica


termopolimerizavel, de laboratório (provisório vai ficar muito tempo na
boca) e PMMA (resina autopolinerizavel, pequenos trabalhos)
• Resina tem que resistir a forças de remoção
• Manter o alinhamento entre os pilares
• Fonética adequada

Objetivos Estéticos

• Contorno
• Forma
• Tamanho
• Cor
• Enceramento diagnóstico/mock up (moldagem de estudo manda para o
laboratório, prova esse diagnóstico com resina bisacrilica e discuto com o
paciente o que ele quer)

Requisitos das PP fixas provisórias

• Adaptação marginal ótima


• Forma e tamanho adequados
• Contorno e contato proximal/ oclusal adequados
• Devem apresentar superfícies lisas e polidas
• Devem ser fáceis de reparar

➢ Materiais
• Resina acrílica: PMMA (mais usada) e PEMA, termoativadas e
autopolimerizavel
• Resinas bisacrilicas:
o Trabalha com pistola, aplicador exclusivo
o Não possui calor
o Não tem odor
o Proporção pó/líquido é feita pelo aplicador
o Livre de bolha
o Estética melhor
o Custo maior
o Dificuldade de reembasamento
o Muito boas utilizadas com muita freqüência em lentes de contato,
onlay, inlay
• Resinas processadas em laboratório

➢ Métodos de polimerização
• Resina Acrílica
o Autopolimerizavel (mistura-se pó e liquido)
o Termoativadas (no laboratório)
• Resina composta
o Foto
o Dual

Cimentos:

• Cimentos a base de óxido de zinco e eugenol (vantagem: analgesia


sobre o dente preparado)
• Cimento de hidróxido de cálcio (vantagem: ajuda na reparação
dentinária)
➢ Requisitos: remoção facilitada, manutenção na estabilidade quando
necessária.

Técnicas de confecção

➢ Técnica direta (técnica que nós vamos executar)


➢ Técnica indireta
➢ Técnica híbrida (mistura da técnica indireta com a direta)
• Técnica da moldagem prévia
• Técnica da resina esculpida (bolinha)
• Tecnica da faceta estética pré fabricada (dente de estoque)
• Técnica de provisórios prensados

Técnica direta

➢ Vantagens da técnica direta:


• São de fácil fabricação
• Tempo clínico curto
• Adaptação marginal razoável
• Fácil reparo
• Estabelece as relações oclusais de forma satisfatória
➢ Possibilita ótimo estabelecimento de contornos e contatos proximais
➢ Permite fácil modificação dos contornos das formas e da cor
➢ Fornece boa proteção pulpar
➢ Métodos de confecção

• Moldagem prévia (técnica direta e imediata)


o Esta técnica depende de uma moldagem direta da área a ser
trabalhada
o Dente com forma anatômica que atenda aos requisitos estéticos,
funcionais e biológicos
o Alginato ou Silicona

• Instrumento necessário
o Moldeira de estoque parcial (perfurada)
o Lâmina de bisturi ou espátula lecron (para remover o espaço
interproximal)
o Resina acrílica auto polimerizavel
o Potes dappen
o Espátula para manipular resinas macias
o Pedra pomes e branco de Espanha (polimento)
o Vaselina sólida (para isolar o dente)
o Pincel n00
o Pontas montadas de granulação fina (acabamento)
o Disco de lixa de papel
o Fresas maxi/mini CUT
o Rodas de cerdas para polimento
• Modo de fazer:
1. Moldagem com alginato
2. Retirar a coroa do dente
3. Preparar o dente novamente
4. Preparar a resina acrílica
5. Quando ela chegar à fase de perder o brilho, leva-la ao molde de
alginato
6. Levar o conjunto (molde + resina acrílica), no dente preparado
(Não se esquecer de isolar o dente a ser preparado com vaselina)
7. Quando a resina começar a tomar presa, começar a esquentar eu
vou tirando e colocando no dente e irrigando com água
8. Quando tiver pronta, eu determino, risco de lápis, o termino
cervical.
9. Remover o excesso para fora do termino cervical, que tiver para
fora do risco de lápis.
10. Como a resina contrai às vezes é preciso fazer um
reembasamento, quando falta espaço, pegar a resina (pó/liquido)
com pincel, levar na provisória e na boca novamente
11. Cimentação da provisória
• Adaptação das facetas pré fabricadas (dente de estoque)
o Técnica bastante utilizada nos dentes anteriores
o Técnica direta ou indireta
o Casos de emergência de fratura de dentes ou perda do provisório
• Modo de fazer:
o Seleção do dente quanto à cor, forma e tamanho (tirar o dente da
plaquinha e levar a boca do paciente para escolher)
o Desgaste do dente selecionado internamente e externamente
o Prova da faceta desgastada no dente que vai receber o provisório,
evitar desgastar a incisal
o Isolamento do dente preparado com lubrificante (vaselina)
o Reembasamento com resina acrílica pela técnica de Nylon
(preencher a palatal com resina)
o Acabamento e polimento

➢ Técnica da resina esculpida (bolinha)


o Mais usado normalmente para os dentes posteriores,
principalmente dentes posteriores que possuem os dentes
vizinhos, os dentes adjacentes e os dentes antagonistas
o Técnica mais apurada exige da anatomia dental e habilidade
manual
o Dente será esculpido de forma regressiva a partir de uma massa
de resina acrílica
o Ótimo método de treinamento para o desenvolvimento de
habilidade manual
o Referenciais para a escultura serão apenas as impressões
deixadas pelo dente antagonista
➢ Modo de fazer:
o Prepara a resina
o A resina começou a ficar na forma borrachoide eu isolo os dentes
com vaselina
o Peço para o paciente ocluir
o Após a presa começar a retirar os excessos
o Aliviar internamente com broca
o Coloco o dente em posição e começo a fazer os sulcos, as
cúspides, as vertentes, esculpir a anatomia interna do dente
o Checo os pontos de contato
o Polimento
o Cimentação
Técnica híbrida

➢ Envolve procedimentos clínicos e laboratoriais conjunto, preciso ao


preparo dos dentes
➢ Os provisórios são confeccionados a partir do enceramento diagnóstico
➢ Vantagens:
• Qualidade é superior quanto à estética resistência dureza e textura
• Diminui bastante os ajustes clínicos
• Permite a reabilitação do plano e das relações oclusais –
enceramento diagnóstico
➢ Desvantagens:
• Custo maior (laboratório)
• Susceptíveis a fratura durante a manipulação e reembasamento
do preparo
➢ Métodos de confecção
• Matriz plastificada de Polipropileno
• Moldagem do modelo de enceramento diagnóstico

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