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FACULDADE DE CIÊNCIAS DO TOCANTINS-FACIT

DISCENTES:
Isabella Marques
Jondres Alexandre
José Murilo
Karla Ciupa
Leandro Gonçalves
Lucas Dias
Mariana Aguiar
Raquel Amanda

DOCENTE: Dra. Kássia Borges


Disciplina: Implantodontia
PLANEJAMENTO
CIRÚRGICO DOS
IMPLANTES
HISTÓRICO DOS IMPLANTES
 Há 4 mil anos - Pinos de bambu cinzelados
 1807 – Raiz dentária confeccionada em ouro;

 1931 – Arqueologos acharam sepulturas com


fragmentos de mandíbula e adaptaram conchas
para substituição dos dentes;
 1952 na Suécia – BRANEMARK iniciou o
conceito de implantes dentais osseointegrados.
 1965 – Primeiro paciente a receber um implante;

 SCHROEDER e SCHULTE definiram que os


implantes osseointegrados são uma ferramenta
previsível e confiável de reposição dental;

INTRODUÇÃO
 Implantes: Dispositivo utilizado para substituir
a raiz dentária e dar suporte para a prótese;

 SUCESSO: Abordagem sistemática e


desenvolvimento meticuloso de um plano de
tratamento, desde o contato inicial com o
paciente;

 O planejamento e o sucesso de uma reabilitação
oral envolvem aspectos importantes, como o
benefício funcional, a preservação das
estruturas de suporte, a longevidade do
tratamento, as possibilidades estéticas, sem
desconsiderar os anseios do paciente.

CONDUTAS
PARA
CIRURGIA DE
IMPLANTES
CONSULTA INICIAL
É o momento mais importante na relação Dentista-Paciente;

 Protocolo para atendimento de consulta


 Conversa inicial com o paciente

 Anamnese

 Exame clínico

 Solicitação de exames pré-operatórios

 Repasse do orçamento

 Agendamento da consulta de retorno


EXAME EXTRA ORAL
 No exame extra oral, é necessário verificar o perfil do paciente, a linha do sorriso e a
articulação temporomandibular.
 Analisar o aspecto facial e dentofacial do paciente;

 Avaliar:

a) Terços faciais;
b) Perfil e relação maxilomandibular;
c) Dimensão vertical;
d) Assimetria facial, labial e dos músculos
da face;
a) Suporte labial;
b) Desvios da linha média
EXAME INTRA ORAL
 Deve-se analisar os seguintes fatores:
 Osso disponível – Volume e Quantidade óssea disponivel
 Biotipo periodontal – Gengiva fina x Gengiva grossa
 Distância Biológica

• Há espaço para a instalação da prótese?
 • Há osso para a ancoragem do implante?
• Houve perda em volume ou altura do tecido de

suporte gengiva/osso?
 • Tecidos genvivais e mucosas, sadios?

 Avaliação dos aspectos oclusais


• Dimensão vertical de oclusão mantida ou
alterada.
• Estabilidade oclusal e contenção posterior.
• Presença de desgastes dentarios.
• Níveis de Overjet e Overbite
EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS
Ø O tratamento com implantes osseointegrados exige uma série de exames
preliminares que visam assegurar o sucesso do planejamento proposto.


EXAMES
RADIOGRÁFICOS EXAMES LABORATORIAIS MODELOS DE ESTUDO
EXAMES LABORATORIAIS
 Excelente meio de se detectar alterações sistêmicas de relevância clinica no
planejamento de cirurgias com implantes.
 Deve ser solicitada após a interpretação da anamnese.

 Contato com o medico do paciente.

 Exames laboratoriais mais comumente requisitados em implantodontia:

1. Hemograma completo;
2. Tempo de sangramento e tempo de coagulação;
3. Tempo de protrombina;
4. Curva glicêmica;
5. Parcial de urina.

EXAMES RADIOGRÁFICOS
 Imprescindíveis na implantodontia, auxiliam no planejamento ao
acompanhamento pós operatório.
 É através do exame radiográfico que o cirurgião seleciona, por
exemplo, as dimensões dos implantes.
 Radiografias mais utilizadas:

1. Radiografias periapicais;

2. Panorâmica

3. Tomografias ( convencional e/ou computadorizada)


 Modelos de estudo

EXAMES RADIOGRÁFICOS
PERIAPICAIS
• Exame que fornece detalhes mais específicos de uma pequena área
ou área especifica.
• Apresenta distorção elevada.
• Utilizada apenas no acompanhamento pós operatório e consultas de
manutenção.
EXAMES RADIOGRÁFICOS
PANORÂMICOS
 Bastante utilizada por especialistas em implante. No entanto apresenta de
25% á 40% de distorção.
 Não oferece riqueza de detalhes específicos.

 Deve ser utilizado apenas como uma radiografia complementar e não a única.
EXAMES RADIOGRÁFICOS -
TOMOGRAFIA
 As tomografias são os exames de imagem que oferecem
detalhes precisos.
 Podem ser divididos em: Convencionais (na qual oferece
variação nos aparelhos panorâmicos) e
Computadorizadas (que apresenta uma sequencia de
cortes laterais oferecendo quase 100% de fidelidade).

Fonte: blog prótese total – Prof.


Dr. Osmar Castro
INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO
Ø Indicações: • As contra indicações podem se
• Ausência dentária; dividir em temporária ou
• Suporte de prótese dentárias; definitivas
• Insatisfação ou rejeição à próteses • Também são contra indicados,
totais ou parciais removíveis; pacientes que possuem:
• Pacientes com a saúde geral e I. Medicação crônica
bucal satisfatória; II. Radioterapia localizada na região
 edêntula
III. Pacientes em crescimento
IV. Gravidez
V. Bruxismo
VI. Higiene oral deficiente
CONTRA INDICAÇÃO

Ø Temporárias: Ø Definitivas
 Relações intermaxilares desfavoráveis  Toda e qualquer contra indicação
 Má posição de dentes remanescentes temporária que não possa ser
 Quantidade insuficiente de tecido eliminada;
duro ou mole  Abuso de álcool, drogas e fumos
 Patologias de dentes e gengivas  Condições psicológicas extremas
remanescentes  Doenças sistêmicas não controláveis
 Doenças sistêmicas controláveis

FATORES DE RISCO

Ø Nos pacientes sem as condições ideais, mesmo que solucionada


previamente as limitações existentes, acrescem os riscos de insucesso,
podendo ser eles:

• Fumo;
• Osteoporose e Osteopenia
• Higiene bucal inadequada
• Doenças Periodontais Persistentes
• Estresse Emocional
PLANEJAMENTO
Guia Cirúrgico E Radiográfico

• São aparelhos removíveis que são confeccionados em laboratório, com


base nos modelos de estudo e no enceramento diagnóstico.

• Esses dispositivos, são duplicações em acrílico da futura prótese do


paciente;

• Através da interpretação da imagem radiográfica com o guia radiográfico


é confeccionado o guia cirúrgico.

• O Guia Cirúrgico é uma importante ferramenta para o posicionamento


correto das fixações, visando a uma perfeita inter-relação protético-
cirúrgico.
GUIA CIRÚRGICO
 Guia cirúrgico: Importante ferramenta para
o correto posicionamento das fixações,
garantindo uma perfeita inter-relação
protético-cirúrgica;

 Reprodução dos dentes da futura prótese,


através de um aparelho removível;

 Para realizar as suas funções é necessário


que esteja adaptado a região cirúrgica
sem atrapalhar a visualização e o acesso
do C.D.
GUIA RADIOGRÁFICO
 Guia Radiográfico: Permite a visualização da
parte protética do implante na radiografia.

 É confeccionado nos modelos de estudo,


reproduzindo-se o enceramento diagnóstico
protético antes das radiografia.

 Dispositivos com a imagem radiopaca;

 Inseridos na parte relativa a porção vestibular


da coroa dos dentes, oferecendo uma
imagem que projeta a futura relação da
coroa protética com a fixação.

SELEÇÃO DO TIPO DE IMPLANTE

HEXÁGONO
EXTERNO Plataformas
Estreita – 3,5 mm
Regular – 4,0 a 4,5 mm
Larga – 5,0 mm

Comprimentos
Variam de 7mm até 18mm,
disponível em qualquer tipo
HEXÁGONO de plataforma;
INTERNO
SELEÇÃO DO TIPO DE IMPLANTE
CONE MORSE
 Conexão Interna
 Diâmetro – 3,75/4,0/4,3/5,0
 Comprimentos – 7,0/8,5/10/11,5/13/15/17

• Melhor distribuição de forças fisiológicas;


• Mínimo deslocamento
• Excelentes resultados em manutenção
dos tecidos peri-implantares
• Estética – Não há necessidade de reduzir
as linhas divisórias entre o implante e
a prótese
Diâmetro Médio Dos Dentes
SELEÇÃO DO NÚMERO DE
IMPLANTES
q Não há regra definida quanto ao número de implantes a
serem colocados.
q O relacionamento interoclusal das arcadas – determina o
tamanho da coroa protética
q A distância mesio-distal do espaço edêntulo - determinar
o número de elementos dentais a serem reabilitados;
q A disposição do tecido ósseo – determina o tipo e as
dimensões do implante a ser usado
q Avaliação criteriosa das medidas dos implantes, do
espaço protético-cirúrgico, possibilitando componentes
e suas dimensões ideais que irão solucionar os casos;


REABILITAÇÕES UNITÁRIAS
q É necessário considerar a distância entre as coroas adjacentes,
como também o espaço entre as raízes;
q Plataformas:
• Plataforma Estreita – 3,5 mm
• Plataforma Regular – 4,1 mm
• Plataforma Larga – 5,1 mm

q Em Incisivos Centrais, Caninos e Pré


Molares
É necessário de 7 a 8 mm
de distância mesio-distal
(Plataforma regular)

Fonte: Bianchini, 2015


REABILITAÇÕES UNITÁRIAS
o Em Incisivos Laterais

 6 mm de distância mesio-distal
(Plataforma Estreita)

Fonte: Bianchini, 2015


REABILITAÇÕES UNITÁRIAS
 Região Posterior
• Espaço mésio-distal for entre 8 e 10 mm – Plataforma RP

• Espaço mésio-distal for entre 10 a 12 mm – Plataforma LP

• Espaço mésio-distal de 14 mm – 2 implantes Plataforma RP,

com 3 mm de distância entre eles;



REABILITAÇÃO DE 2 ELEMENTOS
q O ideal para o uso de dois implantes, é que o espaço protético tenha de 14 á
17mm. Obviamente, esse espaço vai depender dos dentes a serem repostos,
e das características de cada arcada.
• Região anterior: Distância mínima de 14 a 16mm

REABILITAÇÕES DE 2 ELEMENTOS
q Região Posterior: Distância mínima de 14 a 16mm para implante RP e 18 a
20mm para implante LP
q Para espaço com mais de 21 mm coloca-se 3 implantes RP
REABILITAÇÃO DE 3 ELEMENTOS
 Região Anterior:
 21 a 24mm se usa dois implantes RP(superior) ou 3 implantes NP

 Região Posterior:

 Entre 21 a 24 mm utiliza-se 3 implantes RP

Fonte: Bianchini, 2015


REABILITAÇÃO DE 4 ELEMENTOS
 Existem situações em que até mesmo dois implantes poderão reabilitar a área
com ausência de quatro elementos, isso ocorre em espaços menores de
28mm.
 De 28 a 32mm se usa 3 ou 4 implantes RP(3 é mais estético).

 As situações devem ser analisadas cuidadosamente pelo profissional, e


também analisar a área onde ocorrerá a substituição dos dentes;
REABILITAÇÃO DE 5 OU 6
ELEMENTOS
 Espaços protéticos de até 30 mm – 3 Implantes RP;
 Espaços de até 35mm – 4 Implantes de Plataforma Regular;

 Espaços maiores de 35 mm – Implantes de Plataforma Larga;

 Incisivos Centrais superiores e molares – Implantes mais largos

 Incisivos Laterais superiores e inferiores – Implantes com Plataforma mais


estreita
REABILITAÇÃO TOTAL
q Pode-se resolver o caso de reabilitação total, tanto na maxila quanto
na mandíbula com 4 a 6 implantes RP;

q É necessário avaliar condições ósseas para a colocação desses


implantes;
DISPOSIÇÃO DOS IMPLANTES
o A disposição dos implantes consiste na orientação mesiodistal e
vestibulolingual/palatal que se pode dar as fixações, no momento em
que estão sendo colocadas no tecido ósseo.
o Essa orientação depende da disponibilidade óssea oferecida, respeito aos
principios protéticos que levem a uma solução estético-funcional
satisfatória;
o A importância na correta disposição dos implantes, está relacionada com
os conceitos de biomecânica;
o Evitar sobrecarga;
o Montagem dos modelos de estudo em articuladores e o enceramento
diagnostico contribuem para o correto planejamento da disposição dos
implantes e a sua relação com a prótese;
POSIÇÃO INTRAÓSSEA

 Dependendo do dente a ser reposto, pode-se ter implantes que fiquem


ligeiramente abaixo da crista óssea remanescente
 A posição final de um implante deve levar em consideração as estruturas do
tecido mole, que constituem as distâncias biológicas, presentes ao redor da
cabeça ou do intermediário dos implantes. Essas estruturas oferecem um
selamente biológico aos implantes, protegendo-os contra os agentes
irritantes do meio bucal;
POSIÇÃO INTRAÓSSEA
 Espaço Biológico nos dentes: 3 mm
 Espaço Biológico nos implantes: 2 a 2,5 mm

 Quando possuir dentes vizinhos – Deve-se respeitar a


distância de 3 mm da junção cemento-esmalte
 Quando não possuir dentes vizinhos – Pode- se colocar

os implantes no mesmo nível da crista óssea obedecendo


aos princípios biomecânicos e estéticos envolvidos;

SELEÇÃO DO PROVÁVEL TIPO DE
PRÓTESE
q O planejamento permite ao profissional identificar o provável tipo de prótese,
ao usar sobre o implante:
• Disponibilidades ósseas que identificam as dimensões do implante e a sua posição
intraóssea.
• Posição do dente na arcada, que permite planejar o tamanho da coroa, suas
inclinações e sua retenção cimentada ou parafusada.
CASO CLÍNICO
q Paciente sexo feminino, 40
anos
q Insatisfação com o sorriso

Fonte: Justo, et al, 2017


REFERÊNCIAS
1. Bianchini MA. O Passo a Passo cirúrgico na Implantodontia da
Instalação à Prótese. 1 ed. São Paulo: Santos: 2015.
2. www.protesetotalclonagem.com.br/blog/ - Acesso em 25/02/2020.
3. Sullivan RM. Implant dentistry and the concept of osseointegration: a
historical perspective. CDA Journal 2001; 29(11): 737-745.
4. Justos FRM, Tolentino LS, Saboia R, Alves SGA, Passoni ACC, Pinto
GNS. Planejamento integrado no tratamento reabilitador – Relato de
Caso. BJSCR. 2017; 19(1): 86-9.
5. Costa TM. Pré Requisitos iniciais em planejamento de reabilitação oral
com implantes.[Monografia]. Universidade federal de Minas Gerais:
Belo Horizonte; 2018.
OBRIGADA!

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