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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE ODONTOLOGIA
DEPARTAMENTO DE PRÓTESE E CIRURGIA BUCO-FACIAL
DISCIPLINA DE CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL

Frenectomia

Prof. Caio César Gonçalves


Freios Orais
Freios labiais
• Pregas sagitais da mucosa alveolar com a
forma triangular;
• Tem a função de limitar os lábios
impedindo movimentos exagerados;
• Estrutura dinâmica e modificável 
mudanças de forma, tamanho e posição ao
longo das diferentes fases do crescimento e
desenvolvimento.
Freios labiais

• O nível da inserção dos freios


podem variar até a papila incisiva;
• O movimento do tecido mole
adjacente à região dos freios pode
criar desconforto e ulceração e
pode interferir no selamento
periférico e deslocar a prótese.
Freio labial superior
Classificação de Monti

Tipo I Tipo II Tipo III


Alargado Triangular Triangular de base inferior
Freio labial superior
Classificação de Sewerin
Freio labial superior
Classificação de Placek

Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV


Inserção mucosa Inserção gengival Inserção papilar Inserção interdental
(limite muco- (gengiva inserida) (mucosa (penetrante na
gengival) interdental) papila  diastema)
Freios labiais
Indicação cirúrgica

• Diastema interincisivo
• Limitação da mobilidade do lábio
• Alterações da fonética
• Finalidade estética
• Finalidade ortodôntica
• Finalidade protética
• Finalidade periodontal
Bridas
• Membranas mucosas que conectam lábio
e mucosa jugal ao processo alveolar e
gengiva subjacente;
• Podem ser congênitas ou adquiridas;
• Diminuem o fundo do sulco vestibular,
limitam a movimentação dos lábios e
impedem a exposição excessiva da
gengiva.
Bridas
• Membranas mucosas que conectam lábio
• Se as bridas estiverem muito próximas da
gengiva marginal, causam problemas
periodontais, estéticos e fonéticos, além
de prejudicar a inserção de próteses. Por
isso, precisam ser corrigidas através da
bridectomia.
Anquiloglossia
• Anomalia de desenvolvimento
que impede o livre
movimento e função da
língua;
• Observada em 1,7% a 4,4%
dos recém-nascidos
• Mais prevalente nos homens
(3:1).
Anquiloglossia
• Pode ser classificada em leve ou
parcial (condições mais comuns) e
severa ou completa (condição rara);
• As alterações fonéticas são mais
evidentes nas consoantes
dentogengivais (d, l, n, r, s, t, z);
• A cirurgia deve ser considerada em
qualquer estágio da vida.
Anquiloglossia
• Inserção anormal do freio
lingual  interferência na fala
e/ou estabilidade da prótese;
• *Atenção com os vasos
sanguíneos na região inferior da
língua e no assoalho da boca e
nos ductos da glândula
submandibular.
Anquiloglossia
Problemas funcionais

• Dificuldade no aleitamento materno


• Alterações na deglutição e na fonação
• Dificuldade na auto-limpeza
• Alteração no formato da língua
• Problemas ortodônticos e ortopédicos
• Diastema interincisivo inferior
• Dificuldade na acomodação da prótese
• Patologias periodontais
Anquiloglossia
Anquiloglossia
Classificação de Kotlow
Planejamento

Pré-operatório
Transoperatório
Exame clínico
Pós-operatório
Exames Técnica anestésica
complementares Tempos Prescrição
Diagnóstico fundamentais da medicamentosa
Indicação cirúrgica cirurgia Orientações
Acompanhamento

(Hupp et al., 2015)


Exame Clínico

Exame Clínico

Anamnese Exame Físico

Extraoral Intraoral
Exame físico

Extraoral Intraoral
Exame físico
Exame físico
Exame físico
Exame físico
Exame físico
Exame físico
Exame físico
Exame físico
Exame físico
Sinais Vitais

Frequência Frequência Pressão Temperatura


Cardíaca Respiratória Arterial
(FC) (FR) (PA)
Classificação em função do estado
físico
American Society of Anesthesiologists (ASA)

ASA I
ASA II

ASA III

ASA V ASA IV
Exames Complementares
Diagnóstico

Indicação Cirúrgica
Planejamento

Pré-operatório
Transoperatório
Exame clínico
Pós-operatório
Exames Técnica anestésica
complementares Tempos Prescrição
Diagnóstico fundamentais da medicamentosa
Indicação cirúrgica cirurgia Orientações
Acompanhamento

(Hupp et al., 2015)


Procedimento cirúrgico

Técnica de
Antissepsia Anestesia Frenectomi Irrigação Hemostasia Síntese
a

(Hupp et al., 2015; Prado; Salim, 2018)


Antissepsia
Extrabucal Intrabucal

Clorexidina a 2% Digluconato de Clorexidina a 0,12%


Procedimento cirúrgico

Técnica de
Antissepsia Anestesia Frenectomi Irrigação Hemostasia Síntese
a

(Hupp et al., 2015; Prado; Salim, 2018)


Anestesia

(Mallamed, 2013)
Anestesia

(Mallamed, 2013)
Anestesia

(Mallamed, 2013)
Anestesia

(Mallamed, 2013)
Procedimento cirúrgico

Técnica de
Antissepsia Anestesia Frenectomi Irrigação Hemostasia Síntese
a

(Hupp et al., 2015; Prado; Salim, 2018)


Frenectomia
Instrumentais

Porta-agulha Pinça de Adson Cabo de bisturi nº 3 + Tesoura


Lâmina nº 15
Frenectomia
Tipos de abordagem

Frenectomia Frenectomia Bridectomia


Labial Lingual
Frenectomia Labial

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)
Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da Zetaplastia)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da base ampla)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da base ampla)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da base ampla)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da base ampla)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Labial
(Técnica da base ampla)

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Lingual

(Netter, 2019)
Frenectomia Lingual

(Netter, 2019)
Frenectomia Lingual

(Netter, 2019)
Frenectomia Lingual

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Lingual

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Lingual

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Lingual

(Hupp et al., 2015)


Frenectomia Lingual
Bridectomia
Bridectomia
Bridectomia
Bridectomia
Bridectomia
Procedimento cirúrgico

Técnica de
Antissepsia Anestesia Frenectomi Irrigação Hemostasia Síntese
a

(Hupp et al., 2015; Prado; Salim, 2018)


Irrigação

• Irrigação abundante da região com soro fisiológico a 0,9%


após a remoção do freio/brida.

(Hupp et al., 2015)


Procedimento cirúrgico

Técnica de
Antissepsia Anestesia Frenectomi Irrigação Hemostasia Síntese
a

(Hupp et al., 2015; Prado; Salim, 2018)


Hemostasia

• Evitar perda sanguínea excessiva;


• Proporcionar maior visibilidade do
campo operatório;
• Evitar formação de hematomas.

(Araújo et al., 2007; Hupp et al., 2015)


Hemostasia

(Netter, 2019)
Procedimento cirúrgico

Técnica de
Antissepsia Anestesia Frenectomi Irrigação Hemostasia Síntese
a

(Hupp et al., 2015; Prado; Salim, 2018)


Síntese

• Conjunto de manobras que o cirurgião


emprega para reaproximar tecidos que
foram separados;
– Reconstruir a área operada;
– Restituir a função;
– Acelerar a cicatrização.

(Silverstein, 2003; Hupp et al., 2015)


Síntese
Instrumentais

Porta-agulha Pinça de Adson Tesoura


Síntese

(Silverstein, 2003; Freitas, 2006)


Fios de Sutura

CALIBRE
maior menor

(Silverstein, 2003; Araújo et al., 2007)


Síntese

(Silverstein, 2003; Freitas, 2006)


Planejamento

Pré-operatório
Transoperatório
Exame clínico
Pós-operatório
Exames Técnica anestésica
complementares Tempos Prescrição
Diagnóstico fundamentais da medicamentosa
Indicação cirúrgica cirurgia Orientações
Acompanhamento

(Hupp et al., 2015)


Pós-operatório
Fisioterapia

 Crioterapia  Frio nas primeiras 48 horas

 Termoterapia  Calor a partir do 3º dia

(Hupp et al., 2015)


Pós-operatório
Dieta

 24h: líquida e fria


 24-48h: pastosa e gelada
 Após 48h: branda sob controle

(Hupp et al., 2015)


Pós-operatório
Higiene Oral

(Hupp et al., 2015)


Pós-operatório
Medicação

 Analgésico
 Antiinflamatório
 Antibiótico

(Hupp et al., 2015)


Pós-operatório
Retorno

 Avaliação pós-operatória com


7 dias
 Remoção da sutura
 Avaliar liberação de atividades
e de dieta

(Hupp et al., 2015)


Referências

• ARAÚJO, A.; GABRIELLI, M. F. R.; MEDEIROS, P. J. Aspectos Atuais da Cirurgia e


Traumatologia Bucomaxilofacial. 1. ed. São Paulo: Santos, 2007.
• FREITAS, R. Tratado de Cirurgia Bucomaxilofacial. 1. ed. São Paulo: Santos, 2006.
• HUPP, J. R.; ELLIS, E.; TUCKER, M. R. Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea. 6.
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
• MILORO, M. et al. Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson. 3. ed. São
Paulo: Santos, 2016. 2 v.
• PRADO, R.; SALIM, M. Cirurgia Bucomaxilofacial, Diagnóstico e Tratamento. 2ª
Edição. Rio de Janeiro: Guanabara, 2018.
• SILVERSTEIN, L. H. Princípios de Sutura em Odontologia – Guia completo para
fechamento cirúrgico. 1. ed. São Paulo: Santos, 2003.

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