PREPARAÇÃO E

APOIO EM
ENDODONTIA
 INSUCESSOS
ENDODONTICOS
 CRITÉRIOS DO SUCESSO
EM ENDODONTIA

Em qualquer especialidade de Medicina Dentária, e nomeadamente em

Endodontia, o prognóstico é a palavra-chave, já que é o prognóstico que nos
dá a previsibilidade do sucesso ou insucesso do tratamento
endodôntico.
 CRITÉRIOS DO SUCESSO
EM ENDODONTIA

Embora de elevada subjectividade, já que o prognóstico está muito

associado, por um lado à experiência e capacidade técnica do médico, e por
outro, ao grau de aceitação e cooperação do paciente, o prognóstico deve
ser sempre tido em conta, obrigando a um acompanhamento regular e
programado do paciente, para avaliação e controlo do tratamento e
para determinação de uma eventual necessidade de intervenção,
associada a alterações da sintomatologia ou à constatação de
alterações a nível radiográfico.
CRITÉRIOS DO SUCESSO
EM ENDODONTIA
Os critérios associados à definição de sucesso e insucesso têm, também
eles, carácter subjectivo;.
Face ao exposto, compreende-se a dificuldade em definir o que é sucesso e
insucesso de um tratamento endodôntico;
 CRITÉRIOS DO SUCESSO
EM ENDODONTIA

A causa primária do insucesso da terapêutica endodôntica é devida

fundamentalmente à presença de bactérias.
Estudos de Washington refere que o insucesso do tratamento endodôntico é de 9% em
2 anos:
 3% canais por tratar
 59% obturação deficiente
 Maior insucesso PM inferior (11.45%)
CRITÉRIOS DO SUCESSO
EM ENDODONTIA
Nenhum desconforto subjetivo

Nenhuma sensibilidade à percussão e palpação

Ausência de sinais de infecção ou edema

Nenhuma fístula ou doença periodontal associada

Mobilidade normal

Dente funcional
CRITÉRIOS DO SUCESSO
EM ENDODONTIA

Somente a presença ou ausência de

sintomas clínicos não pode determinar
o sucesso ou fracasso
FRACASSO DO TER

Dor espontânea

Sintomas persistentes

Desconforto previsível à palpação ou à percussão

Fístula ou edema recorrentes

Mobilidade excessiva

Impossibilidade de mastigação
FRACASSO DO TER

A determinação do êxito ou fracasso

baseada só em critérios radiográficos,
não é correta.
FRACASSO DO TER
Meios que dispomos para estabelecer o sucesso ou
fracasso do tratamento endodôntico

Exame clínico

Exame radiográfico
CRITÉRIOS
RADIOGRÁFICOS

Obturação densa, tridimensional

Ausência de destruição do periodonto

Dente que apresentava radiotransparência apresenta uma

lâmina dura intacta e espaço do ligamento periodontal
normal
CRITÉRIOS
RADIOGRÁFICOS
Radiograficamente questionável

Radiotransparência do LP aumentado

Lâmina dura com espessura irregular

Evidência de ligeira reabsorção

Espaços na obturação

Extrusão de material obturador

CRITÉRIOS
RADIOGRÁFICOS
Radiograficamente inaceitável

LP aumentado

Ausência de reparação óssea

Aumento da radiotransparência
Ausência de formação de nova lâmina dura
Evidência de reabsorção progressiva
Grandes falhas na obturação
Extrusão excessiva de material obturador
CRITÉRIOS
RADIOGRÁFICOS

Segundo a sociedade europeira de endodontia:

Fazer um controlo radiográfico anual durante pelo menos 4 anos

ETIOLOGIA

Fatores microbianos

• Fatores microbianos Infeção canalar e apical

• Os microorganismos das infeção secundária são
diferentes da infeção inicial (Gram +)
ETIOLOGIA

Fatores microbianos

• Fatores microbianos Infeção canalar e apical

• Os microorganismos das infeção secundária são
diferentes da infeção inicial (Gram +)

São causados pelos:

- microrganismos resistentes à terapêutica endodôntica;
- microrganismos que invadem o sistema de canais radiculares após
o tratamento
ETIOLOGIA

Infeções extra-radiculares

Via directa: Inoculação/extrusão de material séptico para os tecidos

periapicais;

Bolsas que contactem com região Periapical ou canais radiculares;

ETIOLOGIA

Fatores mecânicos

Sobre instrumentação

• Transporte de microorganismos
para o ápice
• Transporte de raspas de dentina
infetada
• Selamento apical deficiente
ETIOLOGIA

Fatores mecânicos

Sub instrumentação

• Não instrumentar corretamente o comprimento do

canal todo
ETIOLOGIA
Fatores quimicos

Soluções irrigadoras

Medicação intracanalar

Materiais obturadores
ETIOLOGIA

Fatores Locais:

1-Preparação deficiente

2- Obturação com espaços

3- Fatores microbianos

4- Selamento coronário

5- Preparação para colocação de espigões

ETIOLOGIA

Factores pré-operatórios

Idade:
há estudos (Benenati e Khajotia, 2002 e Smith, Setchell e
Harty, 1993) que mostram taxas de sucesso mais elevadas
na faixa etária dos 40 aos 60 anos
ETIOLOGIA

Factores pré-operatórios

Estado de saúde geral do paciente: é um factor a considerar

sempre em Medicina Dentária, havendo doenças com
influência decisiva no prognóstico do tratamento (doenças
sanguineas)
ETIOLOGIA

Factores pré-operatórios

Grupo dentário: de acordo com os estudos de Cheung,, os

dentes mais favoráveis ao tratamento endodôntico podem
ser escalonados, por ordem decrescente de sucesso:
Antero-superiores > pré-molares superiores > pré-molares
inferiores > molares
superiores > Antero-inferiores > molares inferiores.
ETIOLOGIA

Factores pré-operatórios

Morfologia radicular: a forma, o comprimento, a

direcção das raízes dentárias e a existência de canais
acessórios complicam a instrumentação, a irrigação e a
obturação
e, consequentemente a taxa de sucesso do tratamento
ETIOLOGIA

Factores intra-operatórios

Isolamento

• O uso de dique de borracha é uma boa protecção

mecânica, isolando o campo operatório da saliva e
impedindo a sua contaminação por bactérias presentes na
cavidade oral; permite ainda uma maior segurança
durante a preparação do canal e a obtenção de um canal
bem instrumentado, limpo e livre de bactérias, condições
essenciais para o sucesso do tratamento
ETIOLOGIA

Factores intra-operatórios

Acidentes iatrogénicos na abertura coronária e pesquisa de

canais

• A perfuração radicular da furca é um erro que ocorre com

alguma frequência, e por vezes associado a
procedimentos não recomendados, como é o caso da
pesquisa de canais com instrumentos rotativos e não com
uma sonda recta, como recomenda a boa prática clínica;
também a regularização do pavimento da câmara pulpar
pode levar a perfuração radicular.
ETIOLOGIA

Factores intra-operatórios

Fractura de instrumentos

• As limas endodônticas são os instrumentos que mais

frequentemente se fracturam, geralmente devido a má
manipulação por força excessiva. O prognóstico de
situações associadas à fractura depende da posição em
que ficou o fragmento – prognóstico mais reservado se a
fractura ocorrer na fase inicial da preparação e não for
possível a sua remoção
ETIOLOGIA

Factores intra-operatórios

Sub e sobre obturação

• A sub-obturação está normalmente associada à formação

de degrau levando ao alargamento insuficiente do canal,
à má adaptação do cone principal ou a uma pressão
de condensação inadequada
ETIOLOGIA
O que fazer perante um insucesso:

o Retratamento não o Retratamento

o Aguardar
cirúrgico cirúrgico

o Reimplante
intencional: extração,
o Extração limpar lesão, preparar o Extração e implante
o ápex e obturar com
MTA e reimplante.