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CIRURGIA

PARENDODÔNTICA

Prof.: Victor Costa Soares


CONCEITO

“A cirurgia parendodôntica é um procedimento cirúrgico seguro e adequado, para


o tratamento de dentes com lesões periapicais, que não respondem ao tratamento
endodôntico convencional, ou quando o retratamento não é possível de ser
realizado. A cirurgia parendodôntica é uma técnica cirúrgica que deve ser
considerada como opção de tratamento para resolução de problemas periapicais. É
uma alternativa para evitar extrações dentárias, sendo uma opção de tratamento
quando o procedimento endodôntico conservador falhou.”
HARRISON, 1992
CIRURGIA PARENDODÔNTICA

INFECÇÕES PERSISTENTES
CIRURGIA PARENDODÔNTICA

CONTAMINAÇÃO
SUCESSO SUCESSO
PERIAPICAL

TRATAMENTO RETRATAMENTO CIRURGIA


ENDODÔNTICO ENDODÔNTICO PARENDODÔNTICA

FALHA
FALHA
INDICAÇÕES

Ø Problemas anatômicos que impeçam a completa obturação do canal endodôntico


(dilaceração radicular, calcificação do canal radicular)
Ø Considerações restauradoras que comprometem o retratamento endodôntico (pino
intrarradicular extenso/longo, lima fratura intracanal)
Ø Fratura radicular horinzontal com necrose apical
Ø Erros durante o tratamento endodôntico (perfuração radicular)
Ø Lesões periapicais extensas que não regridem com o tratamento endodôntico
CONTRA-INDICAÇÕES

• LOCAIS:
ü Dentes com doenças periodontais avançadas
ü Dentes com raízes curtas ou comprometimento da proporção coroa-raiz
ü Proximidade com estruturas nobres
ü Acesso cirúrgico com extrema dificuldade

• SISTÊMICOS:
ü Comprometimento sistêmico grave
ü Uso de determinados medicamentos (bisfosfonatos, em QTx)
PRÉ-OPERATÓRIO

• Anamnese

• Exame físico

• Exames radiográficos (radiografia e tomografia)

• Solicitação de exames laboratoriais

• Planejamento cirúrgico
TIPOS DE INCISÕES
CIRURGIA PARENDODÔNTICA
ANESTESIA LOCAL

• Aplicação de forma correta do anestésico tópico


• Escolha do anestésico adequado ao tempo
cirúrgico
• Escolha do anestésico de acordo com HM do
paciente
• Utilizar técnica anestésica apropriada (região e
bizel)
INCISÃO

• Escolha da técnica de incisão apropriada

• Escolha da lâmina de bisturi apropriada (nº 15c)

• Livrar papilas gengvais sempre que possível

• Incisões relaxantes (VERTICAIS)


DESCOLAMENTO

• Escolha do descolador adequado

• Descolamento muco-periosteal

• Cuidados com os reparos anatômicos


OSTEOTOMIA

• Escolha do instrumental adequado


(cinzel/broca esférica nº 4 ou 6/ultrassom
piezo)

• Técnica apropriada (leve pressão no osso,


movimentos intermitentes, irrigação)

• Osteotomia compatível com o tamanho da


lesão
CURETAGEM

• Remoção completa do tecido patológico e corpos


estranhos

• Visualização do ápice radicular

• Encaminhamento do tecido patológico para


análise histopatológica
APICECTOMIA

• Angulação em 30º a 45º

• Remoção de 3mm do ápice (variável)

• Refigeração adequada
OBTURAÇÃO RETRÓGRADA

• Utilização de instrumento ultrassônico

• Preparo radicular de 3 a 5mm

• Fechamento do preparo com MTA ou

Hidróxido de Cálcio
CORREÇÃO DO DEFEITO ÓSSEO
ACOMPANHAMENTO PÓS-OPERATÓRIO

• Prescrição pós-operatória
• Orientações pós-operatórias
• Verificar a análise histopatológica
• Acompanhamento radiográfico
ü3 em 3 meses no primeiro ano pós-operatório
üA cada ano a partir do segundo ano pós-operatório
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- HUPP, J; TUCKER, M. R.; ELLIS III, E “Cirurgia Oral e Maxilofacial Contemporânea” 6ª


edição, Rio de Janeiro, Ed. Elsevier, 2015;
- MILORO, M. et al “Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson” 3ª edição, Rio de
Janeiro, Ed. Guanabara, 2016;
- DE FREITAS, R. “Tratado de Cirurgia Bucomaxilofacial” 1ª edição, São Paulo, Ed. Santos,
2006

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