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Cirurgia parendodôntica

As cirurgias parendodônticas são indicadas em casos de perfurações radiculares, obstruções


mecânicas intra-canal, quando não responde à terapia endodôntica convencional, quando há
fratura no terço apical, presença de cistos, outros. Ou seja, lesões envolvendo a região apical
(infecção pós morte da polpa), lesões que atingem os tecidos de revestimento do dente e
raramente lesões na corrente sanguínea que se instalam na região apical.

As contra indicações são iguais a de todas as cirurgias. Quando o local estiver em processo
infeccioso agudo, perda óssea extensa, oclusão traumática, ápice inacessível, reabsorção apical
muito extensa e proximidade com acidentes anatômicos, a cirurgia parendodôntica não é
indicada.

O pré-operatório consiste em exame clínico e exame radiográfico. No exame clínico, temos a


oportunidade de obturar o conduto radicular, avaliar a oclusão e fazer a medicação pré-
operatória. No exame radiográfico podemos analisar processo periapical, raiz, periodonto e
qualidade da endodontia.

A cirurgia deve começar com antissepsia, seguida de anestesia e incisão.

O resultado esperado da cirurgia parendodôntica é fechar o ápice, reinserir o ligamento


periodontal e regenerar o osso alveolar.

Apicectomia

Curetagem periapical

Tradicional Atual
Bisel de 30 ou 45º Ressecção apical em 90º
Dificuldade de visualização e acesso do conduto
Facilidade de visualização do ápice
radicular
Aumento do nº de túbulos dentinário expostos Remoção da microinfiltração apical

Apicectomia com retrobturação

Cavidade retrógrada: preparo com ultra-som.

As vantagens desse preparo são acesso direto à raiz, menor remoção de tecidos ósseo e
dentário, apicectomia a 90º, facilidade de irrigação e outros.

Os materiais retrobturadores têm como características adesão às paredes cavitárias, atóxico,


biocompatível, de fácil manipulação, visível na radiografia, não mancha os tecidos e outros.
Alguns materiais que podem ser usados nesse caso são: guta percha, amálgama de prata,
cimento de óxido de zinco e eugenol, cimentos de ionômero de vidro e MTA.

Após a cirurgia devem ser passadas as recomendações gerais e medicação. Acompanhar clínico
e radiograficamente após 1 mês de cirurgia e repetir com 3 meses, 6 meses e 1 ano.

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