Você está na página 1de 5

Anestesiologia

Como funciona a anestesia?

Teoria do receptor específico

1. Anestésicos locais (não ionizados) atravessam a membrana do axônio;


2. Penetram na célula nervosa;
3. Se ligam a receptores específicos nos canais de sódio (reduzindo ou impedindo a entrada
de íon na célula);
4. Bloqueio da condução nervosa.

O que o anestésico faz?

 Bloqueia os canais de sódio ao longo da fibra, impedindo a propagação do potencial de


ação;
 Interrompem a condução do estímulo nervoso por bloquear a condutância dos canais de
sódio, impedindo a deflagração do potencial de ação.

Tipos de anestésicos

 Ésteres;
 Amidas.

Anestésicos
Lidocaína

 Início de ação: 2 a 3 minutos;


 Anestesia pulpar sem vasoconstritor: 5 a 10 minutos;
 Anestesia pulpar com vasoconstritor: 40 a 60 minutos;
 Tecidos moles com vasoconstritor: 3 a 5 horas;
 Metabolizada: fígado;
 Excretada: rins;
 Meia vida plasmática: 90 minutos;
 Superdosagem: estimulação inicial do SNC, seguida de depressão;
 Indicado para crianças, gestantes, lactantes e pacientes com doença renal crônica.

Mepivacaína

 Início de ação: 1,5 a 2 minutos;


 Anestesia pulpar: 20 minutos (infiltrativa) e 40 minutos (bloqueio);
 Metabolizada: fígado;
 Excretada: rins;
 Meia vida plasmática: aproximadamente de 2 horas;
 Toxicidade semelhante à Lidocaína;
 Indicado para asmáticos (mepivacaína a 3% sem vasoconstritor), pacientes com porfiria
hepática ou pacientes com doença cardiovascular. (procedimento curto e sem necessidade
de controle do sangramento).
Prilocaína

 Início de ação: 2 a 4 minutos;


 Metabolizada: fígado e pulmões;
 Excretada: rins;
 Meia vida plasmática: 90 minutos;
 Indicado para pacientes asmáticos – prilocaína a 3% com felipressina a 0,09UI/mL e
pacientes com doença cardiovascular – prilocaína a 3% associada à felipressina a
0,03UI/mL.

Articaína

 Início de ação: 1 a 2 minutos;


 Metabolizada: fígado e plasma sanguíneo;
 Excretada: rins;
 Meia vida plasmática: 30 minutos.

Bupivacaína

 Metaboliada: fígado;
 Excretada: rins;
 Meia vida plasmática: 3 horas;
 Pulpar: 230 a 420 minutos;
 Tecidos moles: 640 minutos.

Benzocaína

 Anestésico tópico.

Indicações

 Gestantes: lidocaína e prilocaína;


 Hipertensão arterial: prilocaína;
 Doença cardíaca isquêmica: epinefrina;
 Asmas brônquica: prilocaína ou mepivacaína;
 Crianças: não usar bupivacaína e articaína;
 Disfunção hepática e renal: lidocaína (prilocaína deve ser evitada).

Vasoconstritores

 Reduzem o fluxo sanguíneo, na área em torno das fibras nervosas, onde as soluções
anestésicas são injetadas;
 Retardam a absorção;
 Aumentam a duração;
 Diminuem a toxicidade;
 Produzem hemostasia (reduz o tempo cirúrgico);
 Diminuem perda de sangue e melhoram o campo.
Tipos de vasoconstritores

 Epinefrina: mais utilizado, usar em pacientes saudáveis, idosos, crianças e gestantes,


atenção com pacientes com doença cardiovascular;
 Norepinefrina: menos empregada, relações adversas relacionadas à ela;
 Corbadrina: nenhuma vantagem sob a epinefrina;
 Felipressina: não atua bem no controle da hemostasia.

Técnica anestésica
Infiltração: terminações nervosas;

Bloqueio de campo: ramos terminais maiores;

Bloqueio de nervo: tronco nervoso principal.

Inervação da maxila

Nervo nasopalatino

 Anestesia o palato dutro;


 Área alvo: forame incisivo, sob papila incisiva;
 Anestesiar lateral e papila incisiva;
 É a anestesia mais traumática.
Nervo nasopalatino maior

 Anestesiar antes do forame palatino menor;


 Agulha aproximadamente na distal do 2º molar superior;
 Irá anestesiar a distal do 3º molar até a mesial do 1º molar.

Nervo alveolar superior anterior

 Anestesiar na mucosa do 1º pré-molar;


 Usar como referência o forame infraorbitário;
 Ficará anestesiado do incisivo central ao 2º pré-molar.

Nervo alveolar superior médio

 Anestesia 1º e 2º pré-molar;
 Anestesiar no 1º pré-molar até chegar ao ápice.

Nervo alveolar superior posterior

 Anestesia 1º, 2º e 3º molar;


 Anestesiar na prega mucosa, acima do 2º molar (distal).
Nervo alveolar inferior

 Anestesia todos os dentes da hemiarcada, 2/3 anteriores da língua e soalho bucal;


 Inserir agulha no ¾ entre a borda anterior do ramo da mandíbula e parte mais profunda da
rafe pterigomandibular;
 Posicionar a carpule na oclusal de pré-molar do lado oposto a ser anestesiado;
 Introduzir a agulha 1cm acima do plano oclusal de molares;
 Enconstar no osso  sucesso! Recuar 1mm.

Nervo bucal

 Agulha na mucosa vestibular distal do molar;


 Mais distal presente no arco mandibular;
 Irá anestesiar borda anterior do ramo da mandíbula.

Nervo mentoniano

 Irá anestesiar polpa de incisivos a pré-molar e tecidos moles;


 Anestesiar em fundo de saco – 2º PMI;
 Agulha em direção ao forame mentual.

Você também pode gostar