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BIOQUÍMICA DA

FUNÇÃO RENAL

Profª. MsC. Wilma Brandão


Funções dos rins:
Formação da Urina

Regulação do fluido e balanço


eletrolítico

 Regulação do equilíbrio ácido-base

Excreção de toxinas e produtos


do metabolismo proteico

Função hormonal

Conservação de proteínas
Ocorre por meio de três
processos básicos: FORMAÇÃO DA URINA
• Filtração,
• Reabsorção
• Secreção.
Urina é o produto final, resultante da
excreção renal.

A formação da urina é um processo


importante que ocorre nos rins, um dos
órgãos que compõem nosso sistema
urinário
Composta 91% A 96% de água
• Ureia, ácido úrico, sal e outras
substâncias
HOMEOSTASIA
Papel na filtração:
• Produtos da excreção
do metabolismo,
• Manter a composição
química ótima
constante
Requer operação eficiente
dos mecanismos de
reabsorção e secreção
dos rins
Para avaliar a função renal, são
realizados os seguintes exames
bioquímicos:
- creatinina,
- ureia,
- sódio,
- potássio.
Importantes nutrientes que, se apresentarem
alterações indicam mau funcionamento dos rins
TESTE DE FUNÇÃO RENAL

Avaliação pratica do estado do rim na doença


renal inclui exame de:

• Funções do néfron de filtração glomerular

• Capacidade de secreção de compostos


particulares endógenos e exógenos

• Capacidade de reabsorção dos rins para


água e eletrólitos  manifestação pela sua
capacidade concentradora de urina

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TESTE DE FUNÇÃO RENAL

CONCENTRAÇÃO CONCENTRAÇÃO
DO SANGUE DA URINA

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PARA FAZER AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
PRECISA SABER:

• [ ] urina
• [ ] sangue
• [ ] fluxo *

FLUXO: QUANTO (mL)/ QUANTO TEMPO (min) FLUXO


URINÁRIO)
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TESTE DE FUNÇÃO RENAL

Os testes precisam examinar:

• Taxa de filtração glomerular três


processos básicos:

• Capacidade secretória do rim


Filtração,

• Capacidade de reabsorção de
componentes o que é avaliado por
exemplo pela densidade urinária.
AVALIAÇÃO DA PERMEABILIDADE GLOMERULAR

• Parede capilar glomerular:

• Ultra filtração e retenção de


quase todas as proteínas do
plasma.

• em doenças renais difusas é


o transtorno primário, devido a
perda da capacidade de reter
seletivamente.

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CLEARANCE (DEPURAÇÃO) RENAL E TAXA DE
FILTRAÇÃO GLOMERULAR

 capacidade do rim ou do fígado de


eliminar do sangue substâncias derivadas
do metabolismo como ureia, creatinina, ou
corantes artificialmente introduzidos.

 Quantidade de sangue ou plasma limpo


(depurado) de uma substância por unidade
de tempo.

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EXAME DE URINA:

 Clearence = Depuração = volume de


plasma no qual uma quantidade é
mensurável de uma determinada
substancia pode ser completamente
eliminado na urina unidade de tempo.

D = U x V24h =
P
 AONDE:
D = depuração em mm de plasma
depurado em uma subs/min
U = concentração da urina (mg/dL)
V = fluxo urinário (mL/min)
P = concentração plasmática (mg/dL) 12
COMPOSTOS PROTEÍCOS

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PROTEINURA

Deve se a:

Anormalidade da membrana basal glomerular

Reabsorção tubular diminuída da quantidade normal de


proteínas filtradas.

Concentração plasmática aumentada de proteínas


livremente filtradas

Reabsorção diminuída e entrada de proteínas nos


túbulos  consequência a lesão da célula tubular.
A proteinúria acima de 330mg/dia  patológica

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TIPOS DE PROTEINÚRIA

Proteinúria glomerular:

 Proteína urinária, geralmente albumina.

Tipo mais comum e mais grave de proteinúria,

Caracterizado pelo aumento da permeabilidade


glomerular.

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TIPOS DE PROTEINÚRIA

Proteinúria funcional

 Forma de proteinúria glomerular causada por


mudanças do fluxo sanguíneo através dos
glomérulos.

 Está associada a exercício, febre, frio, insuficiência


cardíaca congestiva, hipertensão e ateroscloerose.

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TIPOS DE PROTEINÚRIA

Proteinúria de sobrecarga

Concentração aumentada no plasma de uma proteína de baixo


peso molecular anormal (cadeias leves de imunoglobulinas).

Incluir hemoglobinúria, mioglobinúria, proteinúria de Bence


Jones.

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TIPOS DE PROTEINÚRIA

Proteinúria pós-renal

Secreção anormal de proteínas no trato urinário posterior aos


rins

Geralmente é provocada por inflamação ou malignidade.

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INFORMAÇÕES DIAGNOSTICAS E PROGNOSTICAS
Determinação da taxa de excreção da proteína total urinária

Eletroforese das proteínas urinárias

Determinação de depuração seletiva de proteína de diferentes


tamanhos moleculares

O método quantitativo é mais comumente utilizado para


avaliação de proteinuria.

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DIAGNÓSTICO DE PROTEINÚRIA

 Padrão ouro para medir a proteinúria:

Urina de 24 horas
Adultos: proteinúria > 150 mg de proteínas /dia

Crianças: proteinúria > 4 mg/m²/hr

 Usando o ensaio de fita:

1+ proteína pode ser significativa em uma amostra


diluída (Sp Gr 1.005-1.015);

2+ proteína pode ser significativa em uma amostra


concentrada (Sp Gr> 1,015) 20
PROTEINÚRIA QUALITATIVO
RESUMO:

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COMPOSTOS NITROGENADOS
NÃO-PROTEÍCOS

São compostos nitrogenados não protéicos, ou


seja:
• Uréia,
• biureto,
• ácido úrico,
• glicosídeos nitrogenados,
• alcalóides,
• sais de amônio
• nitratos.

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EXAME DE URINA:
4,8 e 12h – para
monitoramento
Coleta por um
período de tempo 24h – maioria dos casos

Amostra da primeira urina do


dia

 Teste em tira de papel a partir de indicadores


tamponados (semi-quantitativo);

 Método de biureto aplicado a proteína precipitada


em ácido ou filtração em membrana (quantitativo);

 Métodos turbidimétricos e de ligação a corante


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(vermelho de pirogalol, Ponceaus S (quantitativo).
AA do catabolismo proteico são desaminados com a produção da amônia 
composto convertido em ureia no fígado.

Após a síntese hepática, a ureia é transportada pelo plasma até os rins, onde é
filtrada pelos glomérulos.

A ureia é excretada na urina, embora 40-70% seja reabsorvida pelos túbulos

¼ da ureia é metabolizada no intestino para formar amônia novamente

A amônia é reabsorvida e levada ao fígado onde é reconvertida em ureia.

URÉIA
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90% da ureia excretada, é excretada pelos rins. 10% pelo suor.

O nível de ureia no plasma é afetado pela função renal  conteúdo


proteico da dieta, teor do catabolismo proteico, estado de hidratação e
presença de sangramento intestinal.

Apesar destas limitações, o nível de ureia ainda serve como um índice


preditivo da IR e no estabelecimento de diagnóstico da distinção entre
várias causas de IR.

A ureia não é eleita o marcador de filtração glomerular devido ao grande


intervalo entre os valores de normalidade da depuração (10-50 mg/dl).

Representa 75% do nitrogênio não-proteico excretado URÉIA


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URÉIA

 Há 3 motivos que levam ao aumento de ureia na


circulação (azotemia):

Azotemia: ureia sanguínea aumentada:

- Ampla variedade de doenças renais pode causar


um aumento na concentração da ureia no plasma
- Eventos:
Pré-renais amostra dosagem
Renais HOMENS 10 – 26 mg/dL
Pós-renais MULHERES 10 – 20 mg/dL

Hipouremia: associada a hepatopatia grave- formação


de amônia sanguínea
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URÉIA

 Amostra: soro isento de hemólise

Refrigerado (evitar a decomposição bacteriana da


Uréia)

Amostras estáveis por uma semana


Paciente: não são exigidos cuidados especiais

INTERVALO DE REFERNCIA

amostra dosagem
ADULTOS 10 – 50 mg/dL
NEONATOS 4 – 33 mg/dL
IDOSOS 16- 56 mg/dL 28
AZOTEMINA:

Azotemia Pré-renal:

Muita proteína sendo degradada 


Muito aminoácido sofrendo transaminação ou
desaminação 
Muita amônia sendo formada 
Muita ureia (aumento da ureia porque teve uma
maior produção da ureia); 
Dieta rica em proteína, desidratação ou desgaste
muscular excessivo 
Aumento da ureia;

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AZOTEMINA:

Azotemia Renal:

• Pode haver aumento da ureia mesmo com a


produção normal da ureia: não eliminação 

• Acúmulo de ureia na circulação;

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AZOTEMINA:

Azotemia Pós-renal:

• Se houver um aumento na reabsorção de ureia


por obstrução do fluxo de urina nos ureteres, na
bexiga e na uretra (já passou pelo néfron).

• É causada principalmente por


tumores na região ou litíase (cálculo).
Apenas com análise da ureia não é possível diferenciar se o problema é pré-renal, renal
ou pós-renal.
Essa diferenciação vai ser feita com outro marcador: a creatinina.
Avaliação casada: ureia e creatinina

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RESUMINDO

 Ureia Creatinina 
Azotemina Pré-renal

 Ureia Creatinina 
Azotemia Renal

 Ureia Creatinina: Azotemia


p Pós-renal
 Produto do metabolismo muscular.
 Também eliminada por via renal.
 1-2% da creatinina muscular são transformados
em creatinina:
• Haverá uma diferença da quantidade de
creatinina dependendo do volume muscular do
indivíduo.

• A quantidade de creatinina será proporcional a


massa muscular, por isso valores distintos entre
o homem e a mulher.

• Produção endógena e liberação nos líquidos


corporais e taxa constantes.

• Seus efeitos plasmáticos permanecem dentro


CREATININA de limites estreitos
 A creatinina da amostra em contato com o
pricato em meio alcalino reage originando
um complexo colorido.
 Mede-se a velocidade de formação desse
complexo em períodos curtos iniciais
 Marcadores de depuração – referência no
soro

amostra dosagem

HOMENS 0,5 – 1,2 mg/dL

MULHERES 0, 4 – 1,1 mg/dL

CRIANÇA 0,2 – 0,7 mg/dL


CREATININA
 Limitação da utilização dos níveis
plasmáticos como sinalização de doenças
renais.
 Desidratação,
 dieta rica em proteína,
 Devastação muscular por jejum prolongado,
 Tratamento com cortisol
   AZOTEMIA PRÉ-RENAL

 Obstrução do fluxo da urina nos ureteres,


bexiga ou uretra (nefrolitiase, prostatismo,
URÉIA X tumor do aparelho genituário)
   azotemia pós-renal
CREATININA

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