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• Correlação entre ureia e fígado: um animal com uma

Estudo do lesão renal normalmente apresenta aumento na conc.


de ureia, mas se ele tiver um problema hepático essa
concentração sofre alterações, nesse caso vai ter uma

perfil e função diminuição, devemos então observar a conc. de


amônia, que estará aumentada.
• Correlação entre pressão sanguínea e ureia:

renal insuficiência cardíaca gera azotemia, não é tão


acentuada como em uma lesão renal
• Portanto, a ureia não é um indicativo tão bom em
Uréia, creatinina e determinação do fósforo casos de lesão renal visto que ela pode sofrer
alterações por vários motivos, já a creatinina não sofre
Introdução tantas alterações, pois esta relacionada com o
Perfil e função não são o mesmo tipo de exame * metabolismo muscular e dificilmente um aumento de
Qual a função dos rins ? manutenção da Homeostasia , creatinina não vai ser por uma alteração renal.
absorver ou excretar substancias para manter esse • A formação da uréia requer o uso de energia o qual
equilíbrio, em segundo do lugar produção de ocorre exclusivamente no fígado.
hormônios (eritropoetina, aldosterona...) • A formação da uréia depende do catabolismo
Função renal: os rins estão cumprindo suas funções ? protéico.
Perfil: reconhecer alterações (Ex: ureia e creatinina) • Dietas ricas em proteína leva a um aumento
significativo da uréia, portanto é indicado um jejum de
Provas de Função Renal 12 horas no mínimo.
• Os testes bioquímicos de função renal são realizados • Por ser de baixo peso molecular, a uréia difunde - se
para o diagnóstico de doença renal e para a igualmente pelos fluídos orgânicos. (atravessa a
monitorização do tratamento. membrana celular)
• Os testes devem ser realizados após um criterioso • A uréia é excretada através do filtrado glomerular, em
exame clínico e analisado juntamente com a concentração igual à do sangue.
urinálise. (tem glicose na urina e no sg, então é normal • Parte, em torno de 25 a 40%, é reabsorvida através
que haja glicosúria, não significa exatamente lesão dos túbulos, na dependência do fluxo urinário e 60% é
renal) eliminada através da urina.
• A amostra deve ser obtida sem anticoagulante. • Quando há maior velocidade de fluxo há menor
(anticoagulantes podem alterar o exame pois quelam absorção de uréia e vice-versa. (velocidade e pressão
os minerais) também vão gerar alterações)
• As principais provas bioquímicas de função renal • Em situações em que ocorre diminuição da filtração
incluem a determinação da uréia e creatinina* glomerular, observa-se maior retenção da uréia. Isso
séricas/plasmáticas. ocasiona um aumento da concentração sangüínea.
• Outras provas como sódio, potássio e fósforo séricos • Somente será considerada azotemia renal primária
podem ser úteis no diagnóstico de doenças renais uma quando 75% dos nefros de ambos os rins estão
vez que são elementos excretados normalmente pela afuncionais.
urina. • Um aumento da uréia pode refletir um aumento do
• O termo azotemia significa o aumento de uréia, catabolismo proteico ou uma diminuição na
creatinina e compostos nitrogenados não proteicos. excreção urinária.
• O ácido úrico não é utilizado com fins diagnóstico • A formação da uréia em bovinos é mais rápida que
em veterinária de mamíferos. nos cães.
– Bovinos nefrectomizados elevam mais o nível de
Metabolismo da Uréia uréia que outras espécies. (na saliva do ruminante
• A uréia é produzida no fígado através da arginase e é temos secreção de ureia para balancear acidez
o principal produto do catabolismo proteico. ruminal)
(Aminoácidos » amônia » ureia) • A eliminação de ureia ocorre na maior parte pelos
• Correlação direta entre ureia e proteínas : portanto rins, mas outros caminhos foram identificados.
a azotemia não necessariamente terá correlação com – No homem através de marcadores radioativos:
lesão renal, poderá ser por uma dieta com excesso de intestino ( 25%).
proteínas ou um animal em inanição que já esgotou as – Bactérias que produzem urease, transformam a
reservas de gordura vão catabolizar as reservas uréia em amônia e CO2.
energéticas e músculos » proteínas – Vômitos e diarréias sugerem também uma via de
• O ciclo da uréia, incorpora 2 moléculas de amônia excreção da uréia.
para cada molécula de uréia.
Uréia
• Usa-se soro (melhor opção) ou plasma. • Diabetes Insípidus. (paciente deixa de produzir o
– Hemólise tem pouca influencia. hormônio antidiurético e perde muita agua, aumenta
– Jejum de 12 horas. taxa de filtração renal colocando pra fora mais
– Cuidado com contaminação bacteriana. (algumas substancias como a ureia)
bactérias possuem urease que decompõe a ureia)
– Conservação: 8 horas a 20°C, 10 dias a 0°- 4°C, e Encefalopatia hepática - amônia é convertida em ureia
meses a -20°C. no fígado
• Cão: 2,5 a 7 mmol/l( 15-40 mg/dl) Glutamato é um aminoácido
• Gato: 5-11 mmol/l ( 30-65 mg/dl) Insuficiência hepática concentração de albumina cai,
ureia cai e amônia aumenta
Aumento da Uréia
• Pré renal: Alterações no ciclo da Uréia
– Aumento da quebra proteica: • A finalidade do ciclo é converter amônia em uréia
• Exercícios prolongados: aumento do catabolismo que será excretada.
protéico. – Alterações neste ciclo levam a um aumento da
• Uso de glicocorticoide: aumenta do catabolismo amônia circulante e baixa de uréia, podendo
protéico. resultar como consequência a encefalopatia
• Anabolismo reduzido: tetraciclina, diminuição do
hepática com alterações comportamentais.
hormônio de crescimento. (A encefalopatia hepática é a deterioração da função cerebral
– Diminuição da perfusão renal: que ocorre em casos de doença hepática grave, porque
• Desidratação. (hipovolemia, pressão diminui) substâncias tóxicas normalmente eliminadas pelo fígado se
• Hemorragia severa. acumulam no sangue e chegam ao cérebro)
• Choque. – Uma super amonemia não deve ser deixada de lado
• Falência cardíaca. só porque a concentração de uréia está alta.
• Hipo albuminemia: extravasa liquido para o interstício,
diminuindo a pressão osmótica. Metabolismo da Creatinina
• Melhor indicativo renal do que a ureia
• Renal:
• Diferentemente da ureia, não tem muitos motivos que
– Qualquer alteração renal (que atinja 75% do tecido
alterem a creatinina » lesão renal
renal)
• A creatinina é formada através do metabolismo da
– Nefrite intersticial aguda e crônica, necrose tubular
creatina e fosfocreatina muscular (estoque enérgico)
aguda, falência renal, glomerulonefrite crônica,
– A fosfocreatina é utilizada como depósito de energia e
nefrocalcinose difusa, neoplasias renais, doenças a sua transformação em creatina ocorre em torno de 2%
renais familiares. ao dia.
– quanto mais desenvolvida a musculatura do paciente
• Pós renais: maior é a concentração de creatinina sanguínea
– Qualquer alteração que gere obstrução lá na frente • O nível sanguíneo não é afetado pela dieta, idade e
– Desordens congênitas, cálculos, neoplasias, sexo embora elevado metabolismo muscular possa
coágulos, FUS, erro de ligamento cirúrgico, desordens aumentar os níveis de creatinina na circulação.
prostáticas, ruptura da bexiga • A creatinina é totalmente excretada pelos
glomérulos, não havendo a reabsorção tubular.
• Devido a isso, pode ser usada como índice de
filtração glomerular.
• Além disso, por ser facilmente eliminada (4 horas), a
elevação na circulação ocorre mais tardiamente nos
estados de insuficiência renal, quando comparado
com a uréia sanguínea (1,5 horas).
• A creatinina pode estar elevada no soro devido a
fatores pré-renais como diminuição do fluxo
sangüíneo, renais como a diminuição da filtração
glomerular e pós-renais como a ruptura e/ou obstrução
Diminuição da Uréia do trato urinário.
• Dietas hipoproteicas.
Creatinina
• Esteroides anabólicos. (consome mais aa para • Utiliza-se soro ou plasma.
construir musculo, consequentemente menos aa vai ter – Hemólise não interfere muito.
pra formar ureia) – Estável 1 semana a temperatura ambiente.
• Insuficiência hepática. (amônia aumentada, amônia – Estável indefinidamente a -20°C.
não é transformada em ureia) – Resultado em μmol/L ou mg/dL.
– Valor de referência: cão/gato: 40-130 μmol/L ou concentração sérica de potássio varia com a dieta. Na
0,5 a 1,5 mg/dL. nefropatia com oligúria ou anúria há perda de função
excretora renal e retenção de potássio, levando à
Aumento da Creatinina hipercalemia.
• Pré renal: (os rins não estão com problema, mas tem – O normal é o rim reter potássio e não eliminar
algo atrapalhando na sua filtração) – Oliguria: retenção de potássio
– Diminuição da perfusão renal: desidratação – Tanto em animais agudos ou crônicos tem se a
(diminuição da pressão), choque, ICC, retenção de potássio
hipoalbuminemia. – A Hipercalemia é principal causa de morte em
– Miosite aguda (lesões musculares – picada de pacientes renais, pois interfere nos potenciais de
cobra) membrana e interfere na condução elétrica do coração
– Traumatismo muscular e no SNC.
• Cálcio*:
• Renal: – Na nefropatia aguda não há alteração nos níveis
Problema no próprio rim séricos de cálcio.
– Falência renal aguda. – Na nefropatia crônica generalizada há perda da
– Falência renal crônica. capacidade de reabsorção, com consequente
hipocalcemia. Quando perdura, esta hipocalcemia
• Pós renal: estimula a paratireoide a liberar paratormônio que
Problema depois do rim, provavelmente sistema irá mobilizar cálcio ósseo para manter a homeostase,
urinário/reprodutor levando ao hiperparatireoidismo secundário (não é
– Obstrução do trato urinário. um problema na glândula ela está respondendo ao
– Ruptura da bexiga. estimulo) renal, radiografia transparente devido a
– Drogas como a cefalosporina (levam a degeneração descalcificação óssea.
renal e muscular) – Enzima fosfatase alcalina (FA): presente em vários
• Podemos distinguir da creatinina renal e pré- renal tecidos entre eles o tecido ósseo, portanto é observado
pelo seguinte achado: um aumento dessa enzima diante da descaliçarão.
– Os níveis de creatinina aumentam muito menos do – É característico: Aumento de ureia, creatinina,
que a uréia, devido a reabsorção da uréia nos túbulos potássio, FA, paratormônio.
estar aumentada, mas a creatinina não. Eritrograma anêmico (diminuição da eritropoetina)
– Sempre pedir os dois parâmetros para ter certeza de Diminuicao de cálcio, sódio
que é um problema renal ou hepático : se ambas
estiverem aumentadas é um problema renal, se • Fósforo:
somente a ureia estiver aumentada geralmente não é – Na aguda não é visto alterações evidentes (o fosforo
renal. poderá estar aumentado mas o cálcio)
– Na nefropatia crônica progressiva e na doença renal
Diminuição da Creatinina generalizada há redução na velocidade da filtração e
• Caquexia (musculatura subdesenvolvida) e Prenhes. perda na capacidade de excreção de fósforo, levando à
• Para função renal usa-se o clearence (tempo hiperfosfatemia em cães e gatos. Em grandes animais
necessário para que o fármaco caia para sua meia vida) este aumento não é uma constante. Quando perdura a
da Creatinina e da Inulina. hiperfosfatemia há um estímulo à paratireóide, no
sentido de mobilizar cálcio ósseo para manter a
Eletrólitos homeostase sanguínea. Este processo leva ao
• Sódio: hiperparatireoidismo secundário renal.
– Normalmente o sódio é filtrado e reabsorvido,
dependendo da quantidade na dieta. Na nefropatia Falência renal Aguda
crônica generalizada há perda de sódio, pois este • Além do aumento da uréia e creatinina, podemos nos
acompanha a água na depleção hídrica para manter a basear:
isotonicidade (poliuria). A redução de sódio é a – Aumento evidente dos níveis de fosfato com uma
hiponatremia. diminuição discreta ou valores perto do normal do
( é um cátion, quando eliminado outro precisa cálcio.
entrar/”reter”, no caso o K+) – Aumento dos níveis de K.
– Na fase aguda da insuficiência renal não temos – Inicialmente uma oligúria e depois uma poliuria.
grandes alterações na concentrações de sódio (oligúria)
• Potássio: Falência renal Crônica
– O potássio fisiologicamente é filtrado nos
• Além do aumento da uréia e creatinina, podemos nos
glomérulos, reabsorvido nos túbulos contorcidos
basear:
proximais e excretado pelos túbulos distais. A
– Níveis de fosfato alto com um nível baixo de Ca.
– Aumento nos níveis de potássio.
– Diminuição dos níveis de sódio.
– Discreta anemia não regenerativa. (diminuição da
eritropoetina)
– Alteração na função plaquetária. (cálcio faz parte
da cascata de coagulação)
– Hiperparatioidismo secundário. (aumento de
paratormônio)
– Linfopenia.
• Atenção a linfopenia:
– Aparece devido ao efeito imunossupressivo da
azotemia crônica.
– O aparecimento de linfopenia em coletas repetidas
é um sinal desfavorável.
– Linfopenia persistente sugere um estresse; se ela
persistir com o tratamento o prognóstico é sombrio.
(tratamento não esta sendo eficiente)

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