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S.P 1.

5 – Várias pedras no caminho

Coordenador: Matheus Denner


Relator: Diogo Logan

Palavras desconhecidas:
-Cristais de oxalato de cálcio- cristais que se precipitam no sistema urinário
-Creatinina-proteínas
-Dieta hipossódica
-Hipoproteica
-Diálise sanguínea.

Problemas:
-Trabalha várias horas por dia deixando de lado seu autocuidado
-cálculos renais (histórico de cálculo renal na família)
-dor lombar intensa
-rosto e membros inferiores inchados
-palidez e cansaço
- volume urinário baixo
-exames alterados
-atrofia renal
-passou por diálise.

Hipóteses:
-Insuficiência renal
-Doença renal crônica

Questões de Aprendizagem:
1.Qual o papel dos rins na homeostase?
A função mais importante dos rins é a regulação homeostática do conteúdo de
água e íons no sangue, também chamada de balanço do sal e da água, ou
equilíbrio hidroeletrolítico.

Os rins mantêm concentrações normais de íons e água no sangue através do balanço da


ingestão dessas substâncias com a sua excreção na urina, obedecendo ao princípio do
balanço de massas. Podemos dividir as funções dos rins em seis áreas gerais:

1. Regulação do volume do líquido extracelular e da pressão arterial

2.Regulação da osmolalidade. O corpo integra a função renal com o comportamento,


como a sede.

3. Manutenção do equilíbrio iônico. Os rins mantêm a concentração de íons-chave dentro


de uma faixa normal pelo balanço entre a sua ingestão e a sua perda urinária.

4. Regulação homeostática do pH. O pH plasmático é normalmente mantido dentro de


uma faixa muito estreita de variação. Se o líquido extracelular se torna muito ácido, os rins
excretam H e conservam íons bicarbonato (HCO3 e conservam H . Os rins exercem um
papel, que atuam como tampão. Inversamente, quando o líquido extracelular se torna muito
alcalino, os rins excretam HCO3 importante na regulação do pH, mas não são capazes de
corrigir desequilíbrios no pH tão rapidamente quanto os pulmões.

5.Excreção de resíduos. Os rins removem produtos do metabolismo de xenobióticos, ou


substâncias estranhas, como fármacos e toxinas ambientais. Os produtos do metabolismo
incluem a creatinina do metabolismo muscular (p. 391) e resíduos nitrogenados, como a
ureia e o ácido úrico. Um metabólito da hemoglobina, chamado de urobilinogênio, dá a ela

sua cor amarela característica.


2.Conceitue filtração glomerular.

Filtração glomerular. Na primeira etapa da produção de urina, a água e a maior parte dos
solutos no plasma sanguíneo atravessam a parede dos capilares glomerulares, onde são
filtrados e passam para dentro da cápsula glomerular e, em seguida, no túbulo renal.

3.Qual a relação da creatinina com a função renal?

A creatinina avalia o ritmo de filtração glomerular. Sua concentração no sangue aumenta à


medida que reduz a taxa de filtração renal. Em função desta característica é possível dosar
a creatinina presente no sangue para identificar alterações renais.

4.Qual a relação da PA com a função renal?

quando o existe uma má perfusão ou


seja está chegando pouco sangue no rim
ele interpreta que a pressão está baixa
no seu corpo fazendo com que essa libera
essa renina e essa menina ela tem a
capacidade de reter mais água e reter
umas sais e quando isso acontece aumenta
a quantidade do volume corporal de água
e de eletrólitos que o seu corpo retém e
consequentemente ele acaba aumentando os
níveis de pressão arterial por conta
disso

5.Quais os hormônios o rim produz e sua função? (todos os hormonios associados a


função renal)

Renina: atua no sistema renina- angiotensina-aldosterona, promove o equilíbrio da pressão


arterial do nosso corpo.

Aldesterona- reabsorção de sódio- suprarenal


Angiostensina

Os estímulos que iniciam a via da renina-angiotensina-aldosterona incluem desidratação,


deficiência de Na+ ou hemorragia
•Essas condições provocam diminuição do volume sanguíneo

•A diminuição do volume sanguíneo leva a uma redução da pressão arterial

•A pressão arterial mais baixa estimula certas células dos rins, denominadas células
justaglomerulares, a secretar a enzima renina

•O nível de renina no sangue aumenta

•A renina converte o angiotensinogênio, uma proteína plasmática produzida pelo fígado,


em angiotensina I

•O sangue contendo níveis aumentados de angiotensina I circula pelo corpo

•À medida que o sangue flui pelos capilares, particularmente os dos pulmões, a enzima
conversora de angiotensina (ECA) converte a angiotensina I no hormônio angiotensina II

•O nível sanguíneo de angiotensina II aumenta

•A angiotensina II estimula o córtex da suprarrenal a secretar aldosterona

•O sangue que contém níveis aumentados de aldosterona circula para os rins

•Nos rins, a aldosterona aumenta a reabsorção de Na+, o que, por sua vez, provoca
reabsorção de água por osmose. Em consequência, ocorre perda de menos água na urina.
A aldosterona também estimula os rins a aumentar a secreção de K+ e H+ na urina

•Com o aumento da reabsorção de água pelos rins, o volume sanguíneo aumenta

•À medida que o volume sanguíneo aumenta, a pressão arterial eleva-se para seu valor
normal

•A angiotensina II também estimula a contração do músculo liso nas paredes das arteríolas.
A consequente vasoconstrição das arteríolas aumenta a pressão arterial e, assim, ajuda a
elevar a pressão arterial para o seu valor normal

•Além da angiotensina II, um segundo fator de estimulação da secreção de aldosterona


consiste em aumento da concentração de K+ no sangue (ou no líquido intersticial). A
diminuição do nível sanguíneo de K+ possui o efeito oposto.

6.Qual a composição da urina?

É composta principalmente de água (95%, em média), mas contém também ureia, ácido
úrico, sal e outras substâncias.
Ureia: CH4N2O
7.Quando é indicada a diálise sanguínea?

A diálise é um processo de filtração do sangue utilizado para eliminar o excesso de líquidos e as


substâncias tóxicas provenientes do metabolismo das células e da ingestão de alguns alimentos
acumulados no organismo do paciente portador de insuficiência renal avançada, aguda ou
crônica. É uma forma de terapia que substitui o funcionamento dos rins, utilizada em situações
em que os rins perderam a sua capacidade de filtração.

Hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo
parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento retira do corpo os
resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a
pressão arterial e ajuda o organismo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio,
potássio, ureia e creatinina.

A diálise não tem como objetivo tratar a doença renal, mas sim, substituir a função dos rins
que estão com seu funcionamento prejudicado.

Fonte: Ministério da Saúde. Hemodiálise. In: BVS. Disponível em:


https://bvsms.saude.gov.br/hemodialise/#:~:text=Quem%20necessita%20fazer%20esse%20
tratamento,renal%20aguda%20ou%20cr%C3%B4nica%20graves. acesso 17.set.2023

8.Qual a diferença entre insuficiência renal aguda e crônica? Qual o tratamento?

Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas


funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida
perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e
irreversível.

Insuficiência renal aguda: ocorre quando há alguma lesão nos rins provocando rápida
queda nas suas funções.
⤿Pode ser reversível

Principais causas:

– choque circulatório;
– sepse (infecção generalizada);
– desidratação;
– queimaduras extensas;
– excesso de diuréticos;
– obstrução renal;
– insuficiência cardíaca grave;
– glomerulonefrite aguda (inflamação nas unidades filtrantes do rim, chamadas glomérulos).

Vários medicamentos são tóxicos para os rins, podendo levar à insuficiência renal aguda,
dentre eles:

– antiinflamatórios;
– antibióticos;
– alguns quimioterápicos;
– contraste à base de iodo para exames radiológicos.

Fonte: Ministério da Saúde. Insuficiência renal aguda. In: BVS. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-aguda/#:~:text=Insufici%C3%AAncia%20renal
%20%C3%A9%20a%20condi%C3%A7%C3%A3o,%C3%A9%20lenta%2C%20progressiva
%20e%20irrevers%C3%ADvel.

Insuficiência renal crônica: ocorre a perda parcial da função renal, de forma lenta,
progressiva e irreversível;

Insuficiência renal crônica terminal: perda da função renal maior do que 85 a 90%, que
leva ao aumento de toxinas e água no organismo mais do que ele consegue suportar, sendo
necessário, então, iniciar um tratamento que substitua a função dos rins.

Sintomas: a maioria das pessoas não apresenta sintomas graves até que a insuficiência
renal esteja avançada. Porém, o paciente pode observar que:

– sente-se mais cansado e com menos energia;


– tem dificuldades para se concentrar;
– está com o apetite reduzido;
– sente dificuldade para dormir;
– sente cãibras à noite;

Tratamento conservador: é o tratamento realizado por meio de orientações importantes,


medicamentos e dieta, visando conservar a função dos rins que já têm perda crônica e
irreversível, tentando evitar, o máximo possível, o início da diálise – tratamento realizado
para substituir algumas das funções dos rins, ou seja, retirar as toxinas e o excesso de água
e sais minerais do organismo.
Transplante renal: é a forma de tratamento em que, por meio de uma cirurgia,
o paciente recebe um rim de um doador (vivo ou cadáver). Neste tratamento o
paciente tem que fazer uso de medicações que inibem a reação do organismo contra
organismos estranhos, neste caso, o rim de outra pessoa, para evitar a rejeição do “novo
rim”. Necessita de acompanhamento médico contínuo.

Tipos de diálise:

Hemodiálise: diálise realizada por meio da filtração do sangue. O sangue é retirado pouco
a pouco do organismo através de uma agulha especial para punção de fístula
arteriovenosa* ou cateter (tubo) localizado numa veia central do pescoço, bombeado por
uma máquina e passa por um filtro onde vão ser retiradas as toxinas e a água que estão em
excesso no organismo. Depois de “limpo”, o sangue volta para o corpo através da fístula ou
do cateter. A hemodiálise é realizada em clínicas especializadas, no mínimo 3 vezes por
semana e tem uma duração de aproximadamente 3-4 horas.

Diálise peritoneal: diálise realizada através de uma membrana (fina camada de tecido)
chamada peritônio. O peritônio está localizado dentro da barriga e reveste todos os órgãos
dentro dela. Ele deixa passar, através de seus pequenos furos, as toxinas e a água que
estão em excesso no organismo. A diálise peritoneal é feita com a colocação de um líquido
extremamente limpo dentro da barriga através de um cateter. O líquido deve permanecer
dentro da barriga por um período determinado pelo médico e, quando ele for retirado, vai
trazer junto com ele as toxinas e o excesso de água e sais minerais. Esta diálise é feita em
casa, após o treinamento do paciente e de seus familiares.

*Fístula arteriovenosa: ligação entre uma pequena artéria e uma pequena veia, com a
intenção de tornar a veia mais grossa e resistente, para que as punções com as agulhas de
hemodiálise possam ocorrer sem complicações. A cirurgia é feita por um cirurgião vascular
e com anestesia local.

Fonte: Ministério da Saúde. Insuficiência renal crônica. In: BVS. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/ acesso 17.set.2023

9.Como a dieta pode afetar a saúde renal?

Rins- filtram
Alimento- grandes concentrações de carboidratos e glicose- sobrepeso

10.Quando é indicado transplante renal?

O paciente sofre de doença renal crônica com insuficiência do órgão; Está em diálise ou
fase pré-dialítica; o quadro é comprovadamente irreversível.

Fonte:
https://www.materdei.com.br/blog/transplante-de-rim-o-que-e-e-quando-e-indicado-para-paci
entes-com-doencas-renais
11.Defina secreção tubular e reabsorção tubular.

A reabsorção de água e solutos do lúmen tubular para o líquido extracelular depende de


transporte ativo. O filtrado que flui da cápsula de Bowman para o túbulo proximal tem a
mesma concentração de solutos do líquido extracelular. Portanto, para transportar soluto
para fora do lúmen, as células tubulares precisam usar transporte ativo para criar gradientes
de concentração ou eletroquímicos. A água segue osmoticamente os solutos, à medida que
eles são reabsorvidos.

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