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DESIDRATAÇÃO E FINALIZAÇÃO DO ATLETA DE

FISICULTURISMO
FISIOLOGIA RENAL
• Os rins possuem como função básica realizar os processos de
filtração, reabsorção, secreção e excreção

• Sendo responsáveis pela eliminação de toxinas do sangue , regulação


da formação do sangue e da produção dos glóbulos vermelhos,
regulação da pressão sanguínea e controle do delicado balanço
químico e de líquidos do corpo
FISIOLOGIA RENAL
• Cada rim é suprido por uma única artéria renal, que se origina de
cada lado da aorta.
• Cada rim é composto de mais de 1 milhão de diminutas unidades
funcionais compactamente reunidas, denominadas néfron
• Cada néfron consiste em um glomérulo, onde o sangue é filtrado, e
em túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido
distal e ducto coletor, onde a água, os eletrólitos e outras substâncias
necessárias para manter a constância do ambiente interno são
reabsorvidos na corrente sanguínea, enquanto outros materiais não
necessários são secretados no filtrado tubular para eliminação.
Peso: 115 – 170g
Tamanho: 11cm

Pelve renal
• As unidades funcionais dos rins denominam-se néfrons.
• Estes são responsáveis pela filtração dosangue.
• Cada rim pode ter de 1a 4 milhões de néfrons.
• Cada néfron consiste em um glomérulo, onde o sangue é filtrado.
FORMAÇÃO DA URINA
• A formação da urina envolve a
filtração do sangue pelo glomérulo
para formar um ultrafiltrado de
urina e a reabsorção tubular de
eletrólitos e nutrientes necessários
para manter a constância do
ambiente interno, enquanto
elimina os materiais de
degradação.
• Urina = (filtrado – reabsorção) +
secreção
Principais funções dosrins
1) Filtração o sangue

▪ O rim filtra 1litro de sangue por minuto.

▪ 99% do sangue que é filtrado pelo rim é reabsorvido e volta para


corrente sanguínea.

▪ 1% do volume total filtrado vai formar a urina.


Principais funções dosrins
2) Homeostase
▪ Homeostase do nosso organismo, controlando as
quantidade de substancias circulantes no nosso sangue.

▪ O rim faz essa regulação através da reabsorção,


eliminação ou conservação de íons - água, Na, Cl, K
(responsáveis por equilíbrio hidroeletrolítico),
aminoácidos, glicose.
Principais funções dosrins

3) Manutenção do pHsanguíneo.
▪ Mantem o equilíbrio ácido-base, buscando
manter o pHconstante.
Principais funções dosrins
4) Funçãoexcretora

▪ Compostos nitrogenados que são tóxicos e


precisam ser eliminados: ureia, amônia,ácido
úrico e creatinina.
▪ Substâncias estranhas aocorpo.
▪ Excesso de nutrientes.
Principais funções dosrins

5) Regulação da pressão arterial (PA)

▪ O rins regulam o volume de plasma sanguíneo e


consequentemente regulam a pressãoarterial
▪ Produz também a renina que atua no controle da
PAe do balanço de sódio no nosso organismo.
▪ Regulando o volume sanguíneo, se regula a
pressão: quanto mais água no sangue, maior a PA.
Principais funções dosrins
6) Produção deeritropoietina

▪ O rim é responsável pela produção de 90% de eritropoietina,


que age na medula óssea estimulando a produção de
hemácias.
Principais funções dosrins
7)Ativação da vitamina D para manutenção da
saúde dos ossos

• Ativação da vitamina D
• Altera a permeabilidade da membrana celular para o cálcio.
• Aumenta mineralização óssea.
• Aumenta a reabsorção urinária decálcio.
DIVISÃO DOS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS
• Adulto de 70 kgs
• Água 60% - 42
litros (28l LIC – 14l
LEC)
• 25% do LEC é
plasma ( matriz
líquida do sangue
– não celular)
• 75% do LEC é
líquido intersticial
(parte líquido que
preenche o espaço
entre as células)
• 25% do LEC é
plasma
(matriz líquida
do sangue –
não celular)
• 75% do LEC é
líquido
intersticial
(parte líquido
que preenche
o espaço
entre as
células)
DIVISÃO DOS COMPARTIMENTOS DE LÍQUIDOS

• A osmolaridade
do LEC e LIC
precisa ser
sempre mantida
estável
• Osmolaridade
LIC/LEC = 280
mOsm/L
OSMOSE
• Osmose é um fenômeno
natural em que se observa a
passagem de água por meio
de uma membrana
semipermeável de um meio
menos concentrado
(hipotônico) para o meio mais
concentrado (hipertônico)
• Osmolaridade =
concentração de partículas
com efeito osmótico,
concentração total de todos
os solutos na solução.
OSMOSE
• Suor é
hiposmótico
quando quando
ao LEC
SÓDIO
• O sódio e seus ânions associados (Cl- e HCO3-) são as principais substâncias
responsáveis pelo potencial osmótico associado ao líquido extracelular (LEC)
• Durante o processo de filtração os rins reabsorvem sódio, e juntamente com ele
água (solução isotônica)
• Quanto mais sódio estiver presente no LEC mais água será reabsorvida (retenção)
• Como a concentração salina do LEC não é alterada, se você ingere mais sódio
você retém mais água, se ingere menos sódio retém menos água
• O aumento do sódio aumenta o volume do LEC, porém, o nosso organismo exerce
efeitos contra regulatórios para tentar aumentar a excreção de sódio (água) de
forma a manter um equilíbrio
• Quando há excesso de sódio o nosso corpo tende a eliminar esse excesso de
sódio (consequentemente água), através da urina, para evitar perturbações no
equilíbrio osmótico
ADH (hormônio antidiurético)
• Produzido pelo hipotálamo e armazenado/secretado pela hipófise
posterior
• Atua nos rins para regular o volume e a osmolalidade da urina
• Os dois principais responsáveis pela secreção de ADH são a
osmolalidade/volume e a pressão do sistema vascular (hemodinâmica)
• A secreção de ADH é estimulada por um aumento da osmolalidade (menos
água/mais sódio)
• ADH baixo: grande volume de urina é eliminado (diurese de água) e a urina
é diluída
• ADH alto: pequeno volume de urina é eliminado (antidiurese) e a urina é
concentrada
ADH (hormônio antidiurético)
• As variações da osmolalidade dos fluidos corporais
desempenham o papel mais importante na regulação
e secreção do ADH (1% já causa alteração)
• Os osmorreceptores detectam alterações da
osmolalidade
• A síntese/degradação de ADH responde muito
rapidamente a flutuação da osmolalidade do fluido
corporal
• Já o controle hemodinâmico é menos sensível (5-10%
redução de volume sanguíneo/pressão)
ADH (hormônio antidiurético)
• Efeito principal do ADH é aumentar a
permeabilidade do ducto coletor à água
• Ele se liga ao receptor V2 (receptor de
vasopressina do tipo 2) desencadeando
uma cascata de reações que culmina com
o aumento da reabsorção renal de água
• Ele também estimula a reabsorção de
NaCl pelo ramo ascendente espesso da
alça de Henle, pelo túbulo distal e ducto
coletor
SEDE
• O aumento da osmolalidade ou a redução do volume/pressão sanguínea
causa a sensação de sede
• Apenas 2-3% de alteração da osmolalidade já produz forte desejo de
beber água
EFEITO DO SÓDIO
• O aumento de NaCl no LEC aumenta a osmolalidade, estimulando sede e
a liberação de ADH (aumento da sede quando você faz uma refeição rica
em sódio)
• O aumento da ingestão de água (sede) e a diminuição da excreção de
água pelos rins normaliza rapidamente a osmolalidade do LEC, porém, o
volume do LEC aumenta (retenção)
ÁGUA DO MAR
• Se o sódio aumenta retenção, qual o motivo da água do mar causar
desidratação?
• Água do mar: 1 litro = 35 gramas de sais (maior parte NaCl)
• Água mineral: 1 litro = 0.2 – 100 mg de sódio
• O aumento de sódio no LEC causaria aumento de ADH e passagem de água
do LIC para o LEC
• Rins possuem uma capacidade máxima para excreção de sódio por volume
de urina
• Esse contexto é totalmente diferença de fazer uma refeição/dieta rica em
sódio
EFEITO DO ÁLCOOL ETÍLICO

• O álcool causa inibição de ADH

• Aumentando a excreção de água

• Desidratação
Sistema renina-angiotensina-aldosterona
• O sistema renina-angiotensina-aldosterona regula a Pa ,
principalmente pela regulação do volume sanguíneo. Esse sistema é
muito mais lento do que o reflexo barorreceptor, por ser
hormonalmente, e não neuralmente, mediado
• O sistema renina-angiotensina II-aldosterona é ativado em resposta à
diminuição da Pa
• A angiotensina II estimula a síntese e a secreção de
aldosterona. A aldosterona aumenta a reabsorção de Na + e,
consequentemente, aumenta o volume de LEC e volume
sanguíneo.
• As ações da aldosterona exigem a transcrição de genes e a
síntese de novas proteínas no rim. Esses processos
requerem horas ou dias para ocorrer e são responsáveis
pelo longo tempo de resposta do sistema renina-
angiotensina II-aldosterona.
• A angiotensina II também tem a sua própria ação direta
sobre o rim, independente de suas ações por meio da
aldosterona. A angiotensina II estimula a troca Na + -H+ no
túbulo proximal renal proximal e aumenta a reabsorção de
Na + e de HCO3 − .
• A angiotensina II atua sobre o hipotálamo, aumentando a
sede e a ingestão de água. Ela também estimula a secreção
do hormônio antidiurético, que aumenta a reabsorção de
água nos ductos coletores. Ao aumentar a água corporal
total, esses efeitos complementam o aumento da
reabsorção de Na + (causados pela aldosterona e pela troca
de Na + -H+ ), aumentando o volume de LEC, o volume
sanguíneo e a pressão arterial.
• A angiotensina II também atua diretamente sobre as
arteríolas, ligando-se a receptores acoplados à proteína G e
ativam um sistema de segundo mensageiro IP3 /Ca 2+ para
provocar a vasoconstrição. O aumento resultante na RPT
leva a um aumento na Pa
Anti-hipertensivos
• Diversas classes

• Muito possuem relação com o eixo Renina-Angiotensina-Aldosterona

• Usados para diminuir pressão arterial


EXEMPLOS
• Fármacos que inibem
o receptor AT1
(antagonista)
• Losartana, Valsartana,
Irbesartana,
Candesartana,
Eprosartana,
Telmisartana
EXEMPLOS
• Fármacos que inibem a ECA (IECA)
• Compostos que inibem a enzima
conversora da angiotensina que
converte a angiotensina
I em angiotensina II.
• A angiotensina II é um
potente vasoconstritor e estimula a
produção de aldosterona, a qual
promove retenção de sódio e água
nos túbulos renais, aumentado
a volemia.
• Captopril, enalapril
Sistema renina-angiotensina-aldosterona

• Renina – Angiotensina – Aldosterona


• Redução de sódio e/ou aumento de potássio aumentam
aldosterona
• Ativação de aldosterona aumenta retenção de sódio e água
EQUILÍBRIO
NA PRÁTICA
• Ingestão elevada de água reduz ADH (redução da osmolalidade)
• Aumento de sódio aumenta ADH (aumento da osmolalidade)
• Redução de sódio aumenta aldosterona (aumenta reabsorção de
sódio e água)
• Aumento de sódio inibe aldosterona
• Aumento de potássio aumenta aldosterona
• Álcool etílico inibe ADH
OBSERVAÇÃO
• Se concentração osmótica de uma solução se for expressa em
osmoles por quilograma de água (Osm.kg H2O-1) é denominada
Osmolalidade
• Se for expressa em osmoles por litro de solução (Osm.L H2O -1) é
denominada Osmolaridade
• Em soluções diluídas como os líquidos corporais as definições acima
podem ser utilizadas como sinônimos
DIURÉTICOS
• Os diuréticos (em sua maioria) causam uma excreção em excesso de
NaCl pela urina
• Isso reduz a osmolaridade do LEC (NaCl é soluto do LEC)
• Transitoriamente, a osmolaridade do LEC será menor do que a
osmolaridade do LIC, o que levará ao deslocamento de água do LEC
para o LIC, até que a osmolaridade do LIC diminua para os níveis da
osmolaridade do LEC
• No novo estado estável, as osmolaridades do LEC e do LIC estarão
mais baixas do que o normal e iguais entre si. Em decorrência do
deslocamento de água, o volume do LEC diminuirá, e o volume do LIC
aumentará
IMPORTANTE:
FREIO DIURÉTICO
• Momento em que o corpo
estabiliza a excreção de sódio e
agua por meio de mecanismos
compensatórios (SN simpático,
RAAS, etc)

• Ou seja, o efeito diurético vai


reduzindo pela ativação de
mecanismos responsáveis pelo
controle hidroeletrolítico
DIURÉTICOS
• A maioria dos diuréticos compartilha do mesmo mecanismo de ação:
bloquear a reabsorção de sódio e cloreto
• Isso impede também a reabsorção passiva de água
• Como resultado causam um aumento da excreção de sódio e água
• O aumento do fluxo de urina produzido por um diurético está relacionado
com a quantidade de reabsorção de sódio e cloreto que ele bloqueia
• Como a quantidade de sódio torna-se progressivamente menor à medida
que o filtrado urinário flui pelo túbulo proximal até os ductos coletores, os
medicamentos que atuam precocemente no néfron têm a oportunidade de
bloquear maior quantidade de reabsorção de sódio.
DIURÉTICOS DE ALÇA
• Agem no segmento ascendente espesso da
alça de Henle
• Devido ao seu local de ação, estes
medicamentos são os agentes diuréticos
disponíveis mais efetivos (podem reduzir
absorção de NaCl em até 25%)
• Reduzem a reabsorção de cloreto de sódio,
diminuem a reabsorção de potássio e
aumentam a eliminação de cálcio e de
magnésio (Inibe a bomba de Na+/K+/2Cl-)
• Furosemida, Bumetanida
DIURÉTICOS
DE ALÇA
DIURÉTICOS DE ALÇA
• Uso clinico: Edema pulmonar ou outras condições edematosas, urgências
de volemia, hipercalcemia aguda (aumenta a excreção de magnésio e
cálcio), hiperpotassemia (excretam potássio), insuficiência renal aguda
• Efeitos colaterais: Depleção de Na e desidratação, Hipopotassêmia,
alcalose metabólica, hipoclorêmia, hipomagnesemia
• Disponibilidade da furosemida oral em torno de 60% (podendo variar) e via
de eliminação renal (65% de forma inalterada e o restante através de
metabólitos)
• Efeito já ocorre dentro de 1 hora, meia vida entre 1-1.5 horas, a duração
da ação é de aproximadamente 3 a 6 horas após uma dose oral de 40 mg
em indivíduos sadios
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
• Atuam impedindo a reabsorção de
cloreto de sódio na parte inicial do
túbulo contorcido distal (bloqueio do
transportador de NaCl)
• Devido ao seu local de ação, essa classe
de diuréticos é menos efetiva que os
diuréticos de alça em termos de efetuar
a diurese
• Aumentam a perda de potássio pela
urina
• Aumentam a reabsorção de Ca2+
• Clorotiazida, hidroclorotiazida,
metolazona
DIURÉTICOS
TIAZÍDICOS
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
• Biodisponibilidade da hidroclorotizada em torno de 60-80%
• Excreção via renal
• A meia vida é variável (6-15 horas) – existe um estudo que observou uma
meia-vida de 2.5 horas, mas os dados mais atuais mostram que a meia-
vida é muito maior
• O uso crônico influencia na meia-vida
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
• Dois tipos de diuréticos poupadores de
potássio:
- Antagonistas da aldosterona
- Ação independente da aldosterona
(bloqueadores dos canais de sódio)
• Antagonista de aldosterona
(espironolactona): se liga ao receptor de
mineralocorticoide no túbulo, impedindo
que a aldosterona entre na célula e exerça
seus efeitos
• Ação independente da aldosterona
(amilorida): não se liga ao receptor, mas
interfere diretamente na entrada de sódio
através do canal iônico seletivo para sódio
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
• Reduzem a reabsorção de sódio e diminuem
a secreção de potássio na parte final do
túbulo distal e no túbulo coletor cortical
regulado pela aldosterona
• Reduzem a excreção de potássio e podem,
em alguns casos, causar hiperpotassemia
grave
• Diurese leve, porque inibem uma pequena
porcentagem da reabsorção de sódio
• Seu uso principal é em combinação com
outros diuréticos, para inibir a secreção de
K+ pelas células principais
DIURÉTICOS
POUPADORES
DE POTÁSSIO
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
• Espironolactona é metabolizada no fígado produzindo três metabólitos principais,
a carenona (principal), 7-alfa-tiometilespironolactona e a 6-β-7-α-
tiometilespironolactona
• A biodisponibilidade da espiro é entre 80 e 90% quando usada via oral e é elevada
quando o medicamento é usado junto com a alimentação do paciente, que pode
estar associada a uma menor metabolização de primeira passagem do fármaco
(apesar disso os estudos crônicos não mostram diferença no efeito terapêutico
quando usada em jejum ou em estado alimentado)
• Eliminação por via renal
• Meia-vida em torno de 1.4 horas, a meia-vida dos metabólitos é maior (13.8-16.5
horas)
• A ação diruética da espironolactona é lenta, geralmente começando após 2 dias e
tendo efeito máximo após 3 dias
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
CUIDAR!
• Alguns atletas costumam utilizar na finalização doses elevadas de
potássio para prevenção de câimbras ou até mesmo pensando um
efeito diurético (sem base para tal)
• O uso de suplementos a base de potássio com o de diuréticos
poupadores de potássio aumenta o risco de hipercalemia, sendo algo
perigoso para o atleta
ESPIRONOLACTONA ALÉM DA DIURESE
• Em atletas que já usam espironolactona para controle de colaterais
teriam que aumentar a dose na finalização caso desejam ter um efeito
diurético oriundo do fármaco
DIURÉTICOS MAIS UTILIZADOS PELOS ATLETAS
• Diurético mais “leve”

• Doses usadas costumam ficar na faixa de 25-50 mg

• 1-2 dias antes da competição ou no dia da


competição (pico da ação 4 horas)

• Menores riscos do físico ficar “flat” e de colaterais


DIURÉTICOS MAIS UTILIZADOS PELOS ATLETAS
• Diurético mais potente

• Doses usadas costumam ficar na faixa de 40-80 mg

• Usado geralmente no dia anterior ou no dia da


competição

• Maiores riscos de colaterais


IMPORTANTE
• Nem todos os atletas precisam utilizar diuréticos farmacológicos para
subir no palco

• Muitos atletas prejudicam o seu físico ao usarem diuréticos


farmacológicos de forma desnecessária/abusiva
PERIGO DO USO INDEVIDO DE DIURÉTICOS

• Homem de 26 anos, fisiculturista, 115 kgs, 2 metros de altura


• Internado no departamento de emergência do Hospital Geral de Viena por
causa de câimbras musculares generalizadas graves, paralisia e palpitações
• 2 doses de 80 mg de furosemida usadas 48 e 24 horas antes da competição
• Perdeu entre 5 a 6 kg
PERIGO DO USO INDEVIDO DE DIURÉTICOS

• Competiu normalmente e começou a passar mal no dia após a competição


• Hipocalemia grave (1,6 mmol/L; intervalo de referência 3,4-4,5 mmol/L),
hiperglicemia (521 mg/dL; RR, 70-120 mg/dL) e hiperlactatemia (2,7 mmol/L;
RR, 0,0-1,8 mmol/L)
• Eletrocardiograma com alterações compatíveis com o quadro de hipocalemia
• Foi feita reposição de potássio e outros micronutrientes e recebeu alta
DIURÉTICOS DE ALÇA
• Agem no segmento ascendente espesso da
alça de Henle
• Devido ao seu local de ação, estes
medicamentos são os agentes diuréticos
disponíveis mais efetivos (podem reduzir
absorção de NaCl em até 25%)
• Reduzem a reabsorção de cloreto de sódio,
diminuem a reabsorção de potássio e
aumentam a eliminação de cálcio e de
magnésio (Inibe a bomba de Na+/K+/2Cl-)
• Furosemida, Bumetanida
PERIGO DO USO INDEVIDO DE DIURÉTICOS

• Homem de 35 anos sentiu-se fraco, tonto, enjoado, teve cãibras


musculares dolorosas e instabilidade enquanto posava durante uma
competição de fisiculturismo
• Desidratação com 12 litros de água por dia durante 7 dias, 2 dias antes
da competição sem uso de sal, 2 dias antes da competição usou 100 mg
de espironolactona
• Os exames detectaram hipercalemia
PERIGO DO USO INDEVIDO DE DIURÉTICOS

• Eletrocardiograma
com alterações
• Foi tratado, eletrólitos
voltaram ao normal e
recebeu alta
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
• Reduzem a reabsorção de sódio e diminuem
a secreção de potássio na parte final do
túbulo distal e no túbulo coletor cortical
regulado pela aldosterona
• Reduzem a excreção de potássio e podem,
em alguns casos, causar hiperpotassemia
grave
• Diurese leve, porque inibem uma pequena
porcentagem da reabsorção de sódio
• Seu uso principal é em combinação com
outros diuréticos, para inibir a secreção de
K+ pelas células principais
PARTINDO PARA A PARTE PRÁTICA
PONTOS IMPORTANTES:
• O atleta já deve chegar com o físico pronto para iniciar o protocolo de
desidratação/carbup
• Nesses últimos 7-10 dias que antecedem a competição o atleta
continua perdendo gordura (déficit calórico), porém o objetivo
principal desse processo é diminuir retenção subcutânea e aumentar
densidade muscular
• De nada adiantar fazer o melhor protocolo de finalização se o atleta
não estiver em um bom condicionamento
• A finalização do atleta não faz nenhum milagre, mas pode
melhorar/prejudicar significativamente o seu físico
FINALIZAÇÃO DO FÍSICO
DESIDRATAÇÃO E RECARGA DE CARBOIDRATOS
• Faltando 7-10 dias para competição

• Retirar água subcutânea

• Aumentar volume intracelular

• Melhorar densidade muscular

• Erros no processo de finalização podem fazer com que o atleta suba muito
flat ou mais retido
PROTOCOLO CLÁSSICO:
• DIA D: Sábado
DIAS ÁGUA CARBOIDRATO SÓDIO POTÁSSIO
Domingo Alta Zero Alto Normal
Segunda Alta Zero Alto Normal
Terça Alta Zero Alto Normal
Quarta Alta Zero Alto Normal

Quinta Baixa Alto Baixo Alto

Sexta Baixa Alto Baixo Alto

Sábado Zero Alto Baixo Alto


(bicadas)
ÁGUA
• Hiper-hidratação

• Consumo elevado de água durante dias consecutivos

• Qual a consequência do processo de hiper-hidratação?


INIBIÇÃO DE ADH
• O aumento do consumo de
água leva a redução de
osmolaridade, inibindo
assim o ADH
• Aumento da excreção de
água (desidratação)
• Dietas com restrição
calórica leve
• 2.2-2.5 g/prot/MLG
• 5-6 g/cho/kg
• 1.2 g/fat/kg
• 300 mg de sódio
• Dia 1-3 hiper-hidratação
• Dia 4 redução
• Dia 5 zero água até as
medidas
• Dia 1-3 = 2 treinos por dia
• Dia 4 = 1 treino por dia
• Dia 5 = sem treino
• 100 ml de água por kg
(pesavam em torno de 78
kg)
• 15 ml de água por kg
PENSANDO EM UM CAMPEONATO

• Campeonato no sábado

• Terça-quarta-quinta com 100 ml/água/kg (10 litros para um atleta de 100 kgs)

• Sexta com 15 ml/água/kg (1.5 litros para um atelta de 100 kg)

• Sábado sem água até a competição


• Peso menor do quarto
para o quinto dia
• Maior saída de líquido
(expresso como
porcentagem de ingestão
de líquidos) do quarto
para o quinto dia
• Menor osmolalidade da
urina
• Maior perda de água
através do suor
• Maior eliminação de urina
• Níveis menores de
vasopressina (ADH)
• Aumento de vasopressina
entre o quarto e o quinto
dia
O QUE PODEMOS TIRAR COMO CONCLUSÃO
DO ESTUDO?
• A alteração de ADH em resposta a ingestão de água ocorre de forma
relativamente rápida

• 3 dias consecutivos de hiper-hidratação seguidos de um dia de baixa


ingestão de água causaram uma perda de peso significativa

• 24 horas depois da privação de água os níveis de ADH já estavam maiores

• Ou seja, ficar muito tempo com água baixa não é uma estratégia
interessante
ÁGUA
• Não há necessidade de reduzir/zerar a água faltando 2-3 dias para a
competição (aumento de ADH)

• Diminuir seu consumo no dia da competição/dia anterior pode ser válido


pensando em diminuir a dilatação gástrica (levar em consideração a
pesagem) e em diminuir o peso

• Reduzir muito a água no carbup pode prejudicar o aspecto de físico cheio (1


grama glicogênio – 3-4 gramas de água)
ÁGUA
• Valores utilizados na hiper-hidratação costumam ficar na faixa de 100-
120 ml por kg de peso total
• Exemplo de hiper-hidratação:
- Campeonato no sábado
- Segunda até quinta 100 ml/kg (8 litros para atleta de 80 kgs)
- Sexta 15 ml/kg (1.2L para atleta de 80 kgs) – Esse valor de 15 ml/kg é
apenas uma referência
- Sábado apenas bicadas
ÁGUA DESTILADA
• Água destilada é a água obtida através do
processo de destilação. A destilação
consiste na evaporação seguida pela
condensação (fazer voltar ao estado
líquido) da água. Esse processo
proporciona a separação de uma
quantidade dos sais presentes
na água comum, também chamada
de água mineral
• A água destilada não apresenta sais
minerais porque passa por um processo
denominado de destilação
ÁGUA DESTILADA

• Levando em consideração a hiper-hidratação


de um atleta pesado (100 kgs) consumindo 10
litros de água, a ingestão de sódio através da
água tende a ficar na faixa de 50-500 mg
• Esse consumo de sódio não trará nenhum
prejuízo, tornando a água destilada algo
desnecessário
OUTROS LÍQUIDOS QUE PODEM SER USADADOS
NO PROCESSO DE DESIDRATAÇÃO
CHÁS
• Os chás de hibisco e cavalinha são os que possuem o maior potencial
diurético (dados limitados)

• Os responsáveis por esse possível efeito diurético são as antocianinas


presentes nesses chás
Hibiscus sabdariffa
• Efeito diurético

• Redução de pressão arterial

• Antocianinas (hibiscina, delfinidina-3-sambubiosídeo, cianidina-3-


sambubiosídeo e hibiscretina)
Inibição da ECA
EFEITO DIURÉTICO – Antagonista de aldosterona
• 171 pacientes com hipertensão (pressão média de 14/9)

• Extrato seco de Hibiscus sabdariffa (250 mg de antocianinas) OU 10


mg de lisinopril

• 4 semanas

• Sem controle de dieta e exercício


• Hibisco diminuiu a
pressão arterial de
146,48 / 97,77 para
129,89 / 85,96 mmHg,
atingindo uma redução
absoluta de 17,14 / 11,97
mmHg (11,58 / 12,21%, p
<0,05).
• Lisonopril reduziu para
122/82, redução foi maior
em quem usou a
medicação
(15.79/15.68%)
Redução de sódio no grupo HIBISCO (P>0.05)
• Redução significativa da atividade da eca
• O grupo com remédio reduziu mais
Hibiscus
• Consumo na forma de suplemento ou chá

• Chá de saquinho: 2-3 vezes (3-10 gramas) por dia na forma de infusão
(ferver água, desligar o fogo, adicionar a água fervente sobre o
hibisco e descansar 10 minutos ou mais)

• Suplementação: Extrato de Hibiscus Sabdariffa para atingir


quantidades médias de 10-20 mg de antocianinas (100 mg do extrato
da semente de Hibiscus Sabdariffa -10% antocianinas)
Cavalinha
• Menos dados quando comparada ao hibisco

• 900 mg do extrato de cavalinha (0.026% flavonoides)


• 25 mg de hidroclorotiazida
• Placebo
• 4 dias consecutivos de uso
• Balanço hídrico= líquido consumido – líquido
eliminado
• Quem usou hidroclo eliminou 231 ml a mais
de água
• Quem usou cavalinha eliminou 321 ml a mais
de água
Cavalinha
• Consumo na forma de suplemento ou chá

• Chá: 3 gramas/150 ml de água, 2 a 4 vezes por dia, na forma de


infusão (ferver água, desligar o fogo, adicionar a água fervente sobre a
erva e descansar 10 minutos ou mais)

• Suplementação: Extrato seco 200 a 225 mg, 3 ou 4 vezes ao dia


VITAMINA C
• Doses elevadas de vitamina C poderiam induzir uma maior diurese
osmótica (maior excreção renal de vitamina C traria consigo uma maior
excreção de água)

• Os estudos em humanos são bastante limitados

• Na prática alguns atletas usam doses de 4-8 gramas por dia (500-1000 mg
de cada 2-4 horas)

• Alguns relatam diarreia com uso de doses elevadas de vitamina C (não é


algo tão comum)
PROTOCOLO CLÁSSICO:
• DIA D: Sábado
DIAS ÁGUA
Domingo Alta (100-120 ml/kg)
Cavalinha – hibisco – vitamina C?
Segunda Alta (100-120 ml/kg)
Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Terça Alta (100-120 ml/kg)


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quarta Alta (100-120 ml/kg)


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quinta Alta (100-120 ml/kg)


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sexta Baixa (15 ml/kg)


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sábado Baixa (bicadas)


SÓDIO
PROTOCOLO CLÁSSICO:
• DIA D: Sábado
DIAS SÓDIO
Domingo Alto
Segunda Alto
Terça Alto
Quarta Alto

Quinta Baixo

Sexta Baixo

Sábado Baixo
SÓDIO DIAS
Domingo
SÓDIO
Alto
Segunda Alto
• Consumo muito baixo de sódio aumenta Terça Alto
aldosterona Quarta Alto
Quinta Baixo

• O alto consumo de sódio poderia diminuir os Sexta Baixo

níveis de aldosterona, estimulando a excreção de Sábado Baixo

sódio ?
• Consumo de 299 mg, 6.89 gramas, 18.39 gramas e 34.48 gramas de
sódio

• Níveis menores de aldosterona com o consumo de 18 e 34 gramas de


sódio (supressão máxima de aldosterona foi atingida com o consumo
de 18 gramas – sem alteração quando consumiu 34)

• Mesmo com a queda de aldosterona, os seus níveis não chegam a


zero, e o peso e a pressão arterial aumentaram com a elevação do
consumo de sódio
• 16 homens saudáveis
• Dieta isocalórica com 3.8 gramas de potássio
• No começo fizeram uma dieta com 4.6 gramas de sódio para ver
as respostas adrenais
• Depois reduziram a ingestão de sódio para 229 mg e analisaram
novamente as respostas adrenais
• No primeiro dia de
baixo consumo de
sódio a excreção de
sódio caiu em 2.57
gramas
• Nesse dia o balanço de
sódio ficou negativo
(excreção > consumo)
em 2.18 gramas
• Nas primeiras 24 horas
houve um aumento
significativo de renina
e AngII, mas sem
alterações de
aldosterona
• No segundo dia de
baixo consumo de
sódio a excreção de
sódio caiu em mais 1
grama
• Nesse dia o balanço
de sódio continuou
negativo (excreção >
consumo) em 1
grama
• Houve mais um
aumento de AngII e
dessa vez a
aldosterona
duplicou!
• Depois de 5-7 dias
o balanço de
sódio voltou ao
normal
• Aldosterona
aumentou mais
ainda
• Renina e AngII
também
aumentaram
INGESTÃO EXCREÇÃO BALANÇO

DIA 0 4.6 gramas 4.98 gramas -0.38 g

DIA 1 229 mg 2.41 gramas -2.18 g

DIA 2 229 mg 1.35 gramas -1.21 g

DIA 3 229 mg 0.68 gramas -0.45 g

DIA 4 229 mg 0.41 gramas -0.18 g

DIA 5 229 mg 0.27 gramas -0.041 g

DIA 6 229 mg 0.229 g 0g

DIA 7 229 mg 0.298 g -0.069 g


O QUE O ARTIGO NOS MOSTRA?
• As adaptações do organismo em resposta a uma baixa ingestão de
sódio já ocorre 24 horas após tal redução (redução da excreção,
aumento de renina e AngII)

• Com 48 horas de baixo sódio os níveis de aldosterona tinham


duplicado

• A medida que os dias iam passando a excreção de sódio ia reduzindo,


atingindo um equilíbrio praticamente depois de 3-4 dias
SERÁ QUE AUMENTAR O SÓDIO TEM LÓGICA?
• Com base nesses dados, será que ficar alguns dias DIAS SÓDIO

consumindo um alto teor de sódio (para diminuir Domingo Alto

os níveis de aldosterona) e depois ficar 24-48 Segunda Alto


Terça Alto
horas com sódio baixo poderia ter aplicabilidade?
Quarta Alto

Quinta Baixo
• Em teoria, ao reduzir o sódio a aldosterona ainda
continuaria baixa por um tempo, fazendo com Sexta Baixo
que a excreção de sódio continuasse alta, só que Sábado Baixo
agora associada também a um baixo consumo de
sódio
DIAS SÓDIO ALDOSTERONA EXCREÇÃO DE BALANÇO DO
SÓDIO SÓDIO
Domingo Normal Normal Normal Neutro
Segunda Normal Normal Normal Neutro
Terça Alto Baixa Alta Neutro
Quarta Alto Baixa Alta Neutro
Quinta Alto Baixa Alta Neutro
Sexta Baixo Baixa Alta Negativo
Sábado Baixo Alta Baixa Negativo
INGESTÃO EXCREÇÃO BALANÇO
DIA 0 4.6 gramas 4.98 gramas -0.38 g

DIA 1 229 mg 2.41 gramas -2.18 g

DIA 2 229 mg 1.35 gramas -1.21 g

DIA 3 229 mg 0.68 gramas -0.45 g

DIA 4 229 mg 0.41 gramas -0.18 g

DIA 5 229 mg 0.27 gramas -0.041 g

DIA 6 229 mg 0.229 g 0g

DIA 7 229 mg 0.298 g -0.069 g


LEMBRAR DO ADH

• Aumento de sódio
aumenta osmolaridade
• Aumentando ADH
• Reduzindo diurese
• Aumentar o sódio
durante o processo de
hiper-hidratação tende a
ser contraproducente
• 6 homens saudáveis

• 5 dias antes do teste a ingestão de sódio estava na faixa de 3.44


gramas

• “Carga de sal” de 8 gramas (3.2 gramas de sódio) administrada junto


com pequenas quantidades de água (30-50 mls)

• Avaliar alterações fisiológicas em resposta a carga de sal


• Queda de potássio plasmático 120
minutos depois da carga de sal
• Aumento de sódio plasmático 120
minutos depois da carga de sal
• Aumento de 2% de sódio
• Aumento da osmolaridade plasmática
120 minutos depois da carga de sódio
(2.5% - 277-284 mOsm per kg)
• Aumento de ADH 90 e 120 minutos
depois da carga de sódio (aumento
de 60%)
• Aumento ADH antes de ter tido
alteração significativa da
osmolaridade
• Redução da fluxo urinário em torno de 50%
• Sem alteração na excreção de sódio e potássio
RESUMINDO
• Utilizar quantidades elevadas de sódio no início da semana de
finalização pensando em diminuir aldosterona e com isso aumentar a
excreção de sódio não é algo interessante, já que que esse aumento
de sódio tende a elevar os níveis de ADH
DIAS SÓDIO ÁGUA
Domingo Alto (aumento de ADH) Alta (inibir AHD)
Segunda Alto (aumento de ADH) Alta (inibir AHD
Terça Alto (aumento de ADH) Alta (inibir AHD
Quarta Alto (aumento de ADH) Alta (inibir AHD

Quinta Baixo Alta (inibir AHD

Sexta Baixo Baixa

Sábado Baixo Baixa


CONSIDERAR O CONTEXTO
• Muitos desses estudos que avaliam as respostas
nos níveis de ADH e aldosterona utilizam
quantidades elevadas de sódio (4-8 gramas de
sódio)
• Sal de cozinha (NaCl) = 40% de sódio
• 6 gramas de sal = 2400 mg de sódio
• O sódio alto de muitos atletas costuma
representar 3-5 gramas de sódio geralmente
• Além disso, a maioria desses atletas está
utilizando diuréticos que aumentam a excreção
de sódio
• Por conta disso é muito difícil você ficar mais
retido no palco por conta de uma refeição rica
em sódio no dia anterior ou no dia da
competição
ATENÇÃO: SENSIBILIDADE AO SÓDIO

• A sensibilidade ao sódio é definida como a tendência de queda da pressão


arterial durante a redução do sal e aumento durante a reposição/suplementação
de sal
• Pessoas sensíveis ao sódio tem uma resposta atenuada do sistema renina-
angiotensina-aldosterona
• Sal alto -> aldosterona baixa
• Sal baixo ->aldosterona alta
• Em pessoas sensíveis ao sódio esse regulação não seria bem feita
• Na prática, atletas sensíveis ao sódio podem ficar mais retidos após refeições
ricas em sódio (população negra, hipertensos)
EFEITO DO SÓDIO NO CARBUP

• Transporte de glicose é dependente de sódio


• Sódio muito baixo poderia prejudicar o carb up?
• Sempre voltar com sódio antes da competição (encher o físico)
• Refeição livre na noite anterior (consumo elevado de sódio)
POR QUE MUITOS ATLETAS QUE COSTUMAM
“ZERAR” O SÓDIO MELHORAM MUITO O FÍSICO
APÓS A REFEIÇÃO LIVRE NA NOITE ANTERIOR?
• A volta do sódio poderia auxiliar na absorção de glicose, ajudando a
encher mais o físico

• Muitos atletas de maneira empírica já observavam uma boa resposta


do físico após refeições ricas em sódio
O AUMENTO DE SÓDIO NÃO PODERIA AUMENTAR
A RETENÇÃO?
• Sódio alto poderia estimular ADH, diminuindo a excreção de água (vide
estudos vistos anteriormente)

• Lembrar que o contexto do atleta é diferente do contexto dos estudos


(consumo de sódio no atletas costuma ser mais baixo, estão vindo de uma
fase de hiper-hidratação, muitos usando diuréticos)

• Por conta disso é muito difícil você ficar mais retido no palco por conta de
uma refeição rica em sódio no dia anterior ou no dia da competição
(lembrar da questão relacionada a sensibilidade ao sódio)
PROTOCOLO CLÁSSICO:
• DIA D: Sábado – Atletas com resposta normal ao sódio
DIAS SÓDIO DIAS SÓDIO INGESTÃ EXCREÇÃ BALANÇ
O O O
Domingo Normal (5 gramas) Domingo Normal (5 gramas)
DIA 0 4.6 4.98 -0.38 g
gramas gramas
Segunda Normal (5 gramas) Segunda Normal (5 gramas) DIA 1 229 mg 2.41 -2.18 g
gramas
DIA 2 229 mg 1.35 -1.21 g
Terça Normal (5 gramas) Terça Normal (5 gramas)
gramas
DIA 3 229 mg 0.68 -0.45 g
Quarta Normal (5 gramas) Quarta Normal (5 gramas) gramas
DIA 4 229 mg 0.41 -0.18 g
Quinta Baixo (2 gramas) gramas
Quinta Normal (5 gramas)
DIA 5 229 mg 0.27 -0.041 g
gramas
Sexta Normal durante o dia Sexta Baixo durante o
DIA 6 229 mg 0.229 g 0g
(refeição livre) dia (refeição livre)
DIA 7 229 mg 0.298 g -0.069 g
Sábado Baixo
Sábado Normal
PROTOCOLO CLÁSSICO:
• DIA D: Sábado – Atletas sensíveis ao sódio
DIAS SÓDIO DIAS SÓDIO
Domingo Normal (5 gramas) Domingo Normal (5 gramas)

Segunda Normal (5 gramas) Segunda Normal (5 gramas)

Terça Normal (5 gramas) Terça Normal (5 gramas)

Quarta Normal (5 gramas) Quarta Normal (5 gramas)

Quinta Normal (5 gramas) Quinta Baixo (2 gramas)

Sexta Normal (5 gramas) Sexta Baixo (2 gramas)

Sábado Normal Sábado Baixo


DICAS PRÁTICAS
• Vocês podem testar a resposta dos seus atletas a uma refeição rica em sódio
fazendo refeição livre de maneira estratégica durante o pré-contest (atleta já
precisa estar com gordura mais baixa)

• Se você não conhecer muito bem a resposta do seu atleta as variações de sódio, o
melhor é não mexer nesse micronutriente na semana de finalização

• “Zerar” sódio não é uma boa opção, mesmo em atletas sensíveis ao sódio o que
pode ser feito é uma redução do sódio e não “zerar” o seu consumo (lembrar do
carbup)

• Em atletas com boa resposta ao sódio, fazer uma refeição rica em sódio na noite
anterior pode ajudar a deixar o físico mais cheio
POTÁSSIO DIAS POTÁSSIO
• Alguns atletas aumentam o consumo de Domingo Normal
potássio pensando em um possível efeito Segunda Normal
diurético que esse micronutriente teria Terça Normal
Quarta Normal

• O aumento excessivo no consumo de potássio Quinta Alto


pode aumentar os níveis de aldosterona
Sexta Alto

Sábado Alto
Sistema renina-angiotensina-aldosterona

• Renina – Angiotensina – Aldosterona


• Redução de sódio e/ou aumento de potássio aumentam
aldosterona
POTÁSSIO
• Apesar do aumento de aldosterona causado pelo consumo elevado
de potássio em teoria ser negativo pensando no processo de hiper-
hidratação, o potássio exerce outras ações que poderiam aumentar a
diurese

• Dietas com teor elevado de potássio são associadas com redução na


pressão arterial
POTÁSSIO

• Potássio atua desfosforilando (inibindo) o cotransportador de cloreto


de sódio no túbulo contorcido distal, reduzindo assim a reabsorção de
sódio (efeito diurético semelhante aos diuréticos tiazídicos)
POTÁSSIO
• Apesar do potássio poder exercer esse efeito diurético, o seu
consumo em grandes quantidades de forma aguda não causa
alterações tão expressivas na diurese

• Sendo assim, não há necessidade de aumentar o consumo de


potássio durante a finalização

• Lembrar da possibilidade de câimbras


POR QUE ALGUNS ATLETAS POSSUEM CÂIMBRAS
NA SEMANA DE FINALIZAÇÃO?
• Principalmente do por conta do processo de desidratação (perda de água e
eletrólitos)

• O principal responsável pelas câimbras é a desidratação

• Diuréticos de alça e tiazídicos aumentam a excreção de potássio

• Clembuterol também pode aumentar a excreção de potássio

• Em algumas situações a suplementação com potássio (slow K) pode ter


aplicabilidade
IMPORTANTE!
• Nunca suplementar potássio quando estiver usando diuréticos
poupadores de potássio (espironolactona) – risco de hipercalemia

• Restrição de potássio também não é interessante já que ele auxilia na


síntese de glicogênio

• De forma geral, não há necessidade de mexer no consumo de


potássio na semana de finalização
PROTOCOLO CLÁSSICO:
• DIA D: Sábado
DIAS POTÁSSIO
Domingo Normal
Segunda Normal
Terça Normal
Quarta Normal

Quinta Normal

Sexta Normal

Sábado Normal
SAUNA
• Muitos atletas ainda utilizam a sauna como forma de tentar diminuir
a retenção e principalmente baixar o peso (em categorias com limite
de peso)

• A sauna feita geralmente pelos atletas tende a ter um efeito bastante


agressivo para o organismo, deixando o atleta mais debilitado (fraco,
“flat”, com câimbras)
SAUNA
• A principal consequência da sauna é o aumento significativo da sudorese por
conta do calor (corpo aumenta a sudorese para tentar equilibrar a temperatura
corporal)

• Esse aumento da sudorese aumenta a excreção de água, aumentando a


desidratação por parte do atleta

• A sauna úmida tende a causar uma maior sudorese e consequentemente maior


desidratação em comparação a sauna seca

• Temos assim uma maior perda de líquido hiposmótico do LEC


• Suor é
hiposmótico
quando quando
ao LEC
SAUNA
• Não é uma estratégia interessante

• Usar apenas em casos extremos por conta da necessidade de bater o peso

• A sauna tende a deixar o atleta mais flat (diminuição do LIC) e mais fraco
(desidratação mais intensa)

• Aumento da chance de câimbras (desidratação mais intensa) e dificuldade


em encaixar as poses (dificuldade para contração muscular)
RESUMO: ÁGUA, SÓDIO, POTÁSSIO
DIAS ÁGUA SÓDIO (SEM ALTERAÇÃO) POTÁSSIO

Domingo Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?
Segunda Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal
Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Terça Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quarta Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quinta Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sexta Baixa (15 ml/kg) Normal (refeição livre) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sábado Baixa (bicadas) Normal (consumo de sódio antes do palco) Normal


RESUMO: ÁGUA, SÓDIO, POTÁSSIO
DIAS ÁGUA SÓDIO (COM ALTERAÇÃO) POTÁSSIO

Domingo Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?
Segunda Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal
Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Terça Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quarta Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quinta Alta (100-120 ml/kg) Baixo (2 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sexta Baixa (15 ml/kg) Baixo (refeição livre) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sábado Baixa (bicadas) Baixo Normal


RESUMO: ÁGUA, SÓDIO, POTÁSSIO
DIAS ÁGUA SÓDIO (SENSÍVEIS AO SÓDIO) POTÁSSIO

Domingo Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?
Segunda Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal
Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Terça Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quarta Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quinta Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sexta Baixa (15 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sábado Baixa (bicadas) Normal Normal


RESUMO: ÁGUA, SÓDIO, POTÁSSIO
DIAS ÁGUA SÓDIO (SENSÍVEIS AO SÓDIO- REDUÇÃO) POTÁSSIO

Domingo Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?
Segunda Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal
Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Terça Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quarta Alta (100-120 ml/kg) Normal (5 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Quinta Alta (100-120 ml/kg) Baixo (2 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sexta Baixa (15 ml/kg) Baixo (2 gramas) Normal


Cavalinha – hibisco – vitamina C?

Sábado Baixa (bicadas) Baixo Normal


MANIPULAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
PROTOCOLO CLÁSSICO
DIAS CARBOIDRATO
Domingo Zero
Segunda Zero
Terça Zero
Quarta Zero

Quinta Alto

Sexta Alto

Sábado Alto
MANIPULAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
FASE DE DEPLEÇÃO
• Carboidrato é reduzido nos dias iniciais

• Redução de carboidratos aumenta atividade da glicogênio sintase pela


queda nos níveis de glicogênio

• Não é necessário zerar o carboidrato, pode ser feita apenas uma redução
do carboidrato ou ainda pode-se manter a quantidade normal de
carboidrato em dietas que já estão muito restritas (glicogênio já vai estar
reduzido)
MANIPULAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
FASE DE CARBUP
• Carboidrato é aumentado nos dias finais (2-3 dias)

• Aumentar níveis de glicogênio (água intracelular)

• 1 grama glicogênio – 3-4 gramas de água


QUANTO CONSUMIR DE CARBOIDRATO?
• Depende da categoria (bikini, welness) e de como estava a dieta no pré-
contest

• Geralmente o consumo de carboidrato no carbup fica na faixa de 6-12 g/kg


(3-5x do valor da dieta de pré-contest)

• Pecar no carbup deixa o físico com aspecto de flat, exagerar no carbup


pode aumentar a retenção e piorar a qualidade

• Parte mais difícil de manipular


QUANTO CONSUMIR DE CARBOIDRATO?
• Exemplo prático:
• Atleta da categoria MP- 90 kgs – dieta de pré-contest tendo na faixa de 2-3
g/cho/kg
DIAS CARBOIDRATO
Domingo 1 g/kg
Segunda 1 g/kg
Terça 1 g/kg
Quarta 1 g/kg

Quinta 8 g/kg

Sexta 10 g/kg

Sábado 1-2 g/kg a cada duas horas


QUANTO CONSUMIR DE CARBOIDRATO?
• Exemplo prático:
• Atleta da categoria bikini- 55 kgs – dieta de pré-contest tendo na faixa de
1-1.5 g/cho/kg
DIAS CARBOIDRATO
Domingo 0.5 g/kg
Segunda 0.5 g/kg
Terça 0.5 g/kg
Quarta 0.5 g/kg

Quinta 3 g/kg

Sexta 3 g/kg

Sábado 1 g/kg a cada três horas


COMO FAZER O CARBUP EM ATLETAS QUE
PRECISAM BATER PESO?
• Se o peso do atleta está no limite para categoria o carbup deve ser
feito de maneira mais controlada (observar oscilações de peso a cada
refeição) ou se possível iniciar apenas após a pesagem

• Lembrar que 1 grama glicogênio – 3-4 gramas de água

• Se você aumentar em 500 gramas o seu estoque de glicogênio é


esperado também um aumento de 1500-2000 gramas de água,
aumentando assim o peso corporal
POR QUE ALGUNS ATLETAS REDUZEM O PESO NO
CARBUP?
• Apesar de não ser tão comum, alguns atletas chegam a reduzir o peso
durante o carbup

• Possíveis explicações: leptina, hormônios tireoidianos, sensibilidade a


insulina muito alta (oxidação do carboidrato) ?
QUANTO CONSUMIR DE CARBOIDRATO NO
DIA DA COMPETIÇÃO?
• O consumo de carboidrato no dia da competição é feito com objetivo de manter
os estoques de glicogênio elevados

• Consumir grandes quantidades de carboidrato nesse dia pode não ser muito
interessante por conta de possíveis desconfortos gastrointestinais/dilatação

• Geralmente o aporte fica na faixa de 1-2 g/kg a cada 2-3 horas

• Se o físico ainda não estiver cheio o consumo de carboidratos pode ficar


semelhante ao dia anterior (3-4 horas para aumentar glicogênio)
QUAL TIPO DE CARBOIDRATO DEVO CONSUMIR?
• Carboidrato de fácil digestão (arroz branco, frutas/frutas secas, mel, pão
branco, farinha de arroz, bolacha maria, etc)

• Importante controlar o consumo de fibras pensando em reduzir possíveis


desconfortos gastrointestinais (fibra muito baixa pode causar constipação,
fibra muito alta pode causar maior formação de gases e dilatação
abdominal)

• Não introduzir alimentos novos no carbup


IMPORTANTE: COSNTIPAÇÃO
• Muitos atletas ficam constipados na última semana pela restrição de fibras
(fase de depleção + carbup sem fibras)

• Como dito anteriormente, um excesso de fibras poderá ser prejudicial no


carbup (gases,dilatação), mas é importante garantir um aporte mínimo
(15-30 gramas)

• A inclusão de mamão e frutas secas costuma auxiliar no quadro

• Em alguns casos pode ser necessário o uso de laxantes na noite


anterior/dia da competição (supositório – minilax)
IMPORTANTE: GASES
• Muitos atletas ficam com muitos gases durante o carbup

• Excesso de fibras/alimentos ricos em FODMAPs (maior formação de gases)

• Controlar aporte de fibras, usar alimentos com menor concentração de


FODMAPs, testar alimentos durante o OFF para ver a resposta, considerar
o uso de simeticona
FODMAP
• FODMAP é a sigla em inglês para Fermentable Oligosaccharides,
Disaccharides, Monosaccharides and Polyols (Oligossacarídeos,
Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis fermentáveis)

• A resposta é muito individual, ou seja, não é pelo fato do alimento ter


um alto teor de FODMAP que necessariamente ele vai causar
desconforto gastrointestinal
MANIPULAÇÃO DOS CARBOIDRATOS
PROTOCOLO CLÁSSICO
DIAS CARBOIDRATO
Domingo Baixo/normal
Segunda Baixo/normal
Terça Baixo/normal
Quarta Baixo/normal

Quinta Alto/Normal

Sexta Alto

Sábado Alto
PROTEÍNA E GORDURA NA ÚLTIMA SEMANA
• A proteína pode permanecer elevada nos dias de depleção (2.5-3.5 g/kg)

• A gordura deve permanecer igual ao que já vinha sendo consumido no pré-


contest (baixo teor)

• Durante o carbup o consumo proteico pode diminuir (1.2-2 g/kg) e o consumo


de gorduras deve manter-se baixo

• Alguns preparadores chegam a retirar a proteína nos dias de carbup (sem


necessidade)

• O protocolo de fat loading não trará efeitos benéficos para o atleta


REFEIÇÃO LIVRE
• A refeição livre feita na noite anterior ao campeonato ou no dia do campeonato
(distância longa até a competição) pode ser uma estratégia válida pensando em
aumentar ainda mais o aporte de carboidrato junto com um teor elevado de sódio (que
potencializaria sua absorção)

• Porém, tal estratégia não é uma obrigação, muitos atletas continuam com o mesmo
padrão de alimentação

• Se for usar a estratégia da refeição livre use alimentos que o atleta já estava habituado a
comer na refeição livre durante o pré-contest

• Comer algo rico em sódio logo antes da competição (algo cultural no fisiculturismo) teria
o objetivo de deixar físico mais cheio (sódio), o carboidrato consumido 1 hora antes não
vai auxiliar de maneira significativa no aumento do glicogênio
SUPLEMENTAÇÃO NA ÚLTIMA SEMANA
• Não há necessidade de fazer a retirada de nenhum suplemento

• Em atletas que as vezes sentem desconfortos gastrointestinais com whey é


bom evitar seu uso

• Se o atleta já vinha usando creatina não há vantagem de fazer saturação na


última semana

• O uso de glicerol durante o carbup é controverso, pois muitas vezes causa


colaterais gastrointestinais significativos e alguns atletas relatam aumento
de retenção (estudos em ratos mostram maior aumento de LIC)
EXEMPLO PRÁTICO
• Atleta de 95 kg (semana da competição), MP, 180 cm
• Dieta de pré-contest:
3 g cho/kg = 285 gramas = 1140 kcals
3 g prot/kg = 285 gramas = 1140 kcals
0.5 g fat/kg = 47 gramas = 423 kcals
• 2703 kcals
• Ingestão normal de água 4 litros
DIAS ÁGUA
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 9.5 L ÁGUA
Segunda 9.5 L • Atleta de 95 kg (semana da competição), MP,
Terça 9.5 L 180 cm
Quarta 9.5 L

• 100 ml/kg = 9.5 litros/dia


Quinta 9.5 L

Sexta 3L • 30 ml/kg = 2.85 litros

Sábado Bicadas
• Previsão de subir no palco em torno de 17 horas
DIAS CARBOIDRATO
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 1.5 g/kg CARBOIDRATO
Segunda 1.5 g/kg • Dieta de pré-contest:
3 g cho/kg
Terça 1.5 g/kg

Quarta 1.5 g/kg • 5 fatias de pizza na sexta-feira a noite (já estava


acostumado comer pizza na refeição livre)
Quinta 10 g/kg
• No dia da competição comia refeições com carboidrato
de 2 em 2 horas 1 g/cho/kg (acordou as 07:00 parou de
Sexta 12 g/kg comer as 15:00)
Refeição livre
antes de dormir
Sábado 5 g/kg • Em torno de 40 minutos antes do palco comeu um
pacote de rufles (sódio – psicológico)
DIAS SÓDIO
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo Normal SÓDIO
(2 gramas – 5
gramas de sal) • Paciente com sensibilidade normal ao sódio (boa
Segunda 2 gramas resposta nas refeições livres, normotenso)
Terça 2 gramas

Quarta 2 gramas • Na sexta ingestão de sódio foi maior pela refeição


livre (cada fatia de pizza pode ter em média 500-
Quinta 2 gramas 1000 mg de sódio)
Sexta 3-4 gramas

Sábado Baixo
DIAS PROTEÍNA
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 3 g/kg PROTEÍNA
Segunda 3 g/kg • Dieta de pré-contest:
Terça 3 g/kg 3 g prot/kg
Quarta 3 g/kg

Quinta 1.6 g/kg

Sexta 1.6 g/kg


(refeição livre)

Sábado -
DIAS GORDURA
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 0.5 g/kg GORDURA
Segunda 0.5 g/kg • Dieta de pré-contest:
Terça 0.5 g/kg 0.5 g fat/kg
Quarta 0.5 g/kg

• Baixou gordura pela redução do aporte proteico


Quinta 0.3 g/kg
no carbup
Sexta 0.3 g/kg
(refeição livre)

Sábado -
DIAS ÁGUA CARBOIDRATO PROTEÍNA GORDURA SÓDIO POTÁSSIO VITAMINA C DIURÉTICO

Domingo 9.5 L 1.5 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg Normal Normal 4g -


(2 gramas – 5
gramas de sal)
Segunda 9.5 L 1.5 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg 2 gramas Normal 4g -

Terça 9.5 L 1.5 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg 2 gramas Normal 4g -

Quarta 9.5 L 1.5 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg 2 gramas Normal 4g -

Quinta 9.5 L 10 g/kg 1.6 g/kg 0.3 g/kg 2 gramas Normal 4g 25 mg de


hidrocloro

Sexta 3L 12 g/kg 1.6 g/kg 0.3 g/kg 3-4 gramas Normal 4g 25 mg de


Refeição livre (refeição (refeição hidrocloro
antes de livre) livre)
dormir
Sábado Bicadas 5 g/kg - - 2 gramas Normal - -
DIA D
• Apenas leves bicadas de água

• Consumo de carboidratos sem fibras a cada 2 horas (bolacha maria +


geleia)

• 40 minutos antes do palco comeu um pacote de rufles

• Pés para cima durante o dia


EXEMPLO PRÁTICO
• Atleta de 58 kg (semana da competição), bikini, 168 cm
• Dieta de pré-contest:
2 g cho/kg = 116 gramas = 464 kcals
3 g prot/kg = 174 gramas = 696 kcals
0.5 g fat/kg = 29 gramas = 261 kcals
• 1421 kcals
• Ingestão normal de água 3 litros
DIAS ÁGUA HIBISCO EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 5L 1L ÁGUA
Segunda 5L 1L • Atleta de 58 kg
Terça 5L 1L

Quarta 5L 1L
• 100 ml/kg = 6 litros/dia
Quinta 5L 1L
• 15 ml/kg = 870 ml
Sexta - 1L

Sábado Bicadas - • Previsão de subir no palco entre 13-14 horas


DIAS SÓDIO
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo Normal SÓDIO
(1.6 gramas)
Segunda 1.6 gramas • Atleta hipertensa (genética – 40 mg telmisartana + 12.5
mg hidrocloro)
Terça 1.6 gramas

Quarta 1.6 gramas


• Atleta com sensibilidade ao sódio (após refeições livres
Quinta Baixo
com mais sódio tinha aumento significativo de retenção,
(800 mg) mesmo com a ingestão calórica controlada)
Sexta Baixo
(800 mg)
• Já tinha um consumo controlado de sódio pela dieta (4
Sábado Baixo gramas sal – 1600 mg de sódio)
(800 mg)
DIAS CARBOIDRATO
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 1 g/kg CARBOIDRATO
Segunda 1 g/kg • Dieta de pré-contest:
Terça 1 g/kg 2 g cho/kg
Quarta 1 g/kg

• No dia da competição comia refeições com


Quinta 4 g/kg
carboidrato de 2 em 2 horas 1 g/cho/kg
(acordou as 08:00 parou de comer as 12:00)
Sexta 4 g/kg

Sábado 3 g/kg • Previsão de subir no palco entre 13-14 horas


DIAS PROTEÍNA
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 3 g/kg PROTEÍNA
Segunda 3 g/kg • Dieta de pré-contest:
Terça 3 g/kg 3 g prot/kg
Quarta 3 g/kg

Quinta 2 g/kg

Sexta 2 g/kg

Sábado -
DIAS GORDURA
EXEMPLO PRÁTICO
Domingo 0.5 g/kg GORDURA
Segunda 0.5 g/kg • Dieta de pré-contest:
Terça 0.5 g/kg 0.5 g fat/kg
Quarta 0.5 g/kg

Quinta 0.3 g/kg

Sexta 0.3 g/kg

Sábado -
DIAS ÁGUA HIBISCO CARBOIDRATO PROTEÍNA GORDURA SÓDIO POTÁS VITAMINA DIURÉTICO
SIO C
Domingo 5L 1L 1 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg Normal Norm 3g -
(1.6 al
gramas)
Segunda 5L 1L 1 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg 1.6 Norm 3g -
gramas al
Terça 5L 1L 1 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg 1.6 Norm 3g -
gramas al
Quarta 5L 1L 1 g/kg 3 g/kg 0.5 g/kg 1.6 Norm 3g -
gramas al
Quinta 5L 1L 4 g/kg 2 g/kg 0.3 g/kg Baixo Norm 3g -
(800 mg) al

Sexta - 1L 4 g/kg 2 g/kg 0.3 g/kg Baixo Norm 3g 50 mg


(800 mg) al hidrocloro
(não usou
medicação)
Sábado Bicadas - 3 g/kg - - Baixo Norm - -
(800 mg) al
DIA D
• Apenas leves bicadas de água

• Consumo de carboidratos sem fibras a cada 2 horas (arroz branco +


uva passa)

• Pés para cima durante o dia


OBRIGADO!
ATÉ A PRÓXIMA!

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