Você está na página 1de 112

1

A Água Corporal Total (ACT)


corresponde a aproximadamente
60% do peso corporal

Relaciona-se inversamente à
quantidade de gordura, devido às
propriedades hidrófobas do tecido
adiposo.

2
Corpo humano → Água e eletrólitos

Adulto → líquidos corporais: 60% (50–70%)


do seu peso corporal

Distribuídos entre os espaços:

◦ Líquido Intracelular (LIC)

◦ Líquido Extracelular (LEC)

3
A ACT encontra-se distribuída, principalmente, nos compartimentos:

Intracelular (IC) Extracelular (EC)

O espaço EXTRACELULAR divide-se nos compartimentos:

Intersticial Intravascular
5
Intracelular (IC) e Extracelular (EC)

Um terceiro compartimento, chamado de Transcelular, é representado


pelo:
• trato gastrintestinal,
• pelas serosidades (p.ex.: pleura, peritônio) e
• pelo líquido cefalorraquidiano.
Este Terceiro Espaço não possui relevância na reserva
líquida, mas torna-se importante nos casos de seqüestro
hídrico, acumulando líquidos, eletrólitos e proteínas,
situação que pode ser observada nos pacientes com:

• Obstrução intestinal,
• Peritonite,
• Queimaduras e
• Traumas de partes moles.
8
Intracelular (LIC)

◦ todo o líquido contido no interior das células (LIC)

◦ Corresponde:

⅔ de todo líquido corporal

40% do peso corpóreo.

9
Extracelular (LEC)

representa todo líquido que se encontra


no exterior das células (LEC)

corresponde:
◦ ⅓ do líquido corporal

◦ (20% do peso corporal)

10
Extracelular (LEC)

distribuído entre os compartimentos

Espaço intersticial: líquido que envolve as células ou

tecidual, 15% do peso corpóreo

Espaço intravascular: líquido contido nos vasos sanguíneos

ou seja líquido plasmático, 4% peso corpóreo

Espaço transcelular: líquidos contidos nos espaços: LCR,

peritoneal, pleural, sinovial, TGI, 1% peso corpóreo.


11
1
2
Equilíbrio / Deslocamento: LIC ↔ LEC
Movimento normal dos líquidos dependem:
◦ Pressão hidrostática:
pressão exercida pelo líquido sobre a parede dos
vasos sanguíneos, arterial e venosa;

◦ Pressão osmótica:
pressão exercida pela proteína do plasma

13
Desequilíbrio: LIC ↔ LEC

ocorrem em:
◦ Perda de líquido pelo organismo;
◦ Indisposição do líquido para LIC ou LEC ocasionando
o deslocamento para “TERCEIRO ESPAÇO”
Ex: ascite, queimaduras, peritonite

Manifestações Clínicas
◦ ↓DC; ↓PA; ↑FC; edema; ↑peso; deseq. balanço hídrico

14
Apesar da neutralidade entre os diversos compartimentos:

no Intracelular (IC) no Extracelular (EC)


predominam: predominam:
• Potássio • Sódio
• Magnésio • Cloreto
• Fosfato • Bicarbonato.
• Sulfato
• Proteínas
+
MEMBRANA -
PINOCITOSE
RNA

3Na H2O
PROTEINAS aquaporo
TRANSPORTANDO
SOLUTOS H2O

2K Na+

H+
ELETRÓLITOS
→ São elementos ou compostos químicos que quando dissolvidos
em água ou em outro solvente, dissociam-se em íons capazes de
conduzir corrente elétrica.

• Os eletrólitos de carga positiva (+), são chamados de cátions.


• Os eletrólitos de carga negativa (-) são chamados de ânions.
compostos que dissolvidos em água,

quimicamente se dissociam em íons

(partículas) com cargas elétricas:

◦ ÂNIONS: eletrólitos com carga negativa (-)

Bicarbonato, cloreto, fósforo

◦ CÁTIONS: eletrólitos com carga positiva (+)

Cálcio, magnésio, potássio, sódio, H+

18
≠ entre as cargas elétricas, os íons possuem força

de atração ⇒ constituir outros compostos

devido à polaridade de cargas (+ ou -):

íons distribuem-se ⇒ LIC e LEC

> [ ] cátions no plasma

> [ ] ânions no líquido intersticial

LEC ⇒ principais solutos Na+, Ca+, Cl- e HCO3-

LIC ⇒ K+ como principal soluto, fosfato, Mg+2

19
CÁTIONS ÂNIONS
(+) (-)

• Sódio (Na+), • Íons de cloro – Cl

• Potássio (K+), • Bicarbonato - HCO3

• Cálcio (Ca+) • Fosfato - P

• Magnésio (Mg+)
Eletrólitos Valores normais
Sódio 135-145
Potássio 3,5-4,5
Cloro 100-106
Bicarbonato 22-26
Cálcio 4,5-5,5
Magnésio 1,5-2,5
Fósforo 2,5-4,0
22
Regulação e distribuição de água

Equilíbrio ácido-básico

Transmissão de impulsos nervosos

Geração de energia

Coagulação sanguínea

23
Transporte
passivo Transporte
ativo
TRANSPORTE ATIVO

É a passagem de substâncias
através da membrana celular por
um processo químico que
permite à célula a admissão de
moléculas maiores, porém se
difere da difusão e da osmose por
exigir atividade metabólica com
consumo de energia.
PLASMA INTERSTICIO INTRACELULAR

H2O
P
R Na K
O
T H2O
2
7
HOMEOSTASE

A água livre na dieta e aquela presente nos


alimentos sólidos representam cerca de 90% do
aporte hídrico diário do organismo.

A Água Endógena - produzida pela combustão dos


alimentos e responde por apenas 10% do aporte
hídrico
Balanço Hídrico
GANHOS PERDAS
Água 300ml Urina 1500 ml
endógena

Líquidos 1200 ml Fezes 100 ml


livres na dieta

Líquidos em 1000ml Perdas 900 ml


alimentos insensíveis
sólidos
Os líquidos orgânicos são regulados pela ingestão e
eliminação líquidas e pelo controle hormonal

Regulação da Ingestão Líquida


• A sede é o principal mecanismo.
• O centro do controle da sede está localizado no
hipotálamo.
• Os principais estímulos fisiológicos para o centro de
sede são: o aumento da osmolaridade plasmática e a
diminuição do sangue circulante
Regulação da Eliminação de Líquidos
Pelos principal órgão regulador do equilíbrio hídrico -
RINS produzem diariamente 1500 ml de urina.
Pela regulada pelo sistema simpático – que ativa as
PELE glândulas sudoríparas

Pelos eliminam cerca de 400 ml de água diariamente


PULMÕES (que pode aumentar de acordo com o aumento
da frequência e amplitude da respiração)
pelo TGI cerca de 100 ml em 24 hs (podem aumentar com a
ocorrência de vômitos ou diarréias).
3
3
3
4
Regulação Hormonal

• Hormônio antidiurético – ADH (secretado pela hipófise –


ele diminui a produção de urina estimulando a reabsorção
da água nos túbulos renais).
Ele é estimulado pelo aumento da osmolaridade
sanguínea.

• Aldosterona é um mineralcorticóide (produzido pelo


córtex supra renal)
Este hormônio promove a vasoconstrição sistêmica e
retenção de Na+ e água pelos rins .
3
6
ISOTÔNICA OU ISOSMOLAR
tem a mesma osmolalidade do LIC, não
acarretando alterações no volume de
água entre os compartimentos intra e
extracelular;
Ex: SF 0,9%, Sol. Ringer lactato (Sol.
Hartmann), SG 5%
Hipovolemia, choque

37
HIPOTÔNICA OU HIPOSMOLAR
tem menor osmolalidade do que o
LIC, menos concentrada, levando
ao movimento de água para o
interior da célula
Ex: SF 0,45% (soro ao meio)
Fornece Na+, Cl- e água livre

38
HIPERTÔNICA OU HIPEROSMOLAR
Usada para aumentar o LEC e ↓ o edema
celular
tem maior osmolalidade do que o LIC, mais
concentrada, levando ao movimento de água
do interior para o exterior da célula
Ex: SF 3% ; SF 5%
Tratamento de hiponatremia sintomática,
cautela na adm. sobrecarga de volume e EAP.

39
Albumina humana
Disponível em duas concentrações:
◦ 5% – tonicidade similar ao plasma
◦ 25% – hipertônica

Ambas soluções (5% e 25%) contêm,


aproximadamente, Na+ 130–160 mEq/ℓ

40
Proteína plasmática natural ⇒ plasma humano.

Mobiliza líquidos para o espaço intravascular.

Expansor de volume em estados de choque,


queimaduras extensas e desvios para o 3º. espaço

Expansões rápidas, monitorar sobrecarga volêmica!

41
Gelatinas: Soluções colóides a base de hidrólise de
colágeno bovino.
Hetastarch: Colóide sintético em NaCl, utilizado na
expansão plasmática em perdas volêmicas por
hemorragia, trauma, queimaduras e sepse.
Os efeitos expansores ↓ em 24–36 horas.
Dextran: Polissacarídeo de glicose, disponível em:
◦ ↓peso molecular (dextran 40) e ↑peso molecular (dextran 70).

42
Efeitos adversos:
◦ anafilaxia,
◦ coagulopatias (reveste plaquetas e ↓capacidade
de coagular),
◦ insuficiência renal,
◦ Risco de infecções

43
44
Osmolaridade:
Atividade osmótica de uma solução (concentração osmolar
em 1ℓ de solução, medida em mOsm/ℓ, chamada osmolaridade) é
determinada pela quantidade de moléculas que podem
“atrair” a água.

Osmolalidade:
Concentração osmolar em 1 kg de água, medida em
mOsm/kg. Por não implicar em diferença significativa
(1ℓ água equivale a 1Kg), ambos termos podem ser
utilizados em referência à mesma propriedade

45
Osmose
◦ duas soluções diferentes são separadas por uma
membrana semipermeável às substâncias
dissolvidas,

◦ líquidos deslocam-se através da membrana a partir


de uma região de baixa [ ] de soluto para a região
de alta [ ] de soluto, até que as soluções tenham a
mesma concentração

46
47
DIFUSÃO
Movimento de partículas decorrente de um gradiente
(diferença) de concentração entre os compartimentos
Partículas movem-se :
áreas de > [ ] (↑moléculas) ⇒ [ ] (↓moléculas)
Ex: sódio: LEC ⇒ LIC
Troca nos capilares pulmonares.

48
49
FILTRAÇÃO
Transferência de H2O e partículas nela
dissolvidas, de uma região de > pressão para a
de < pressão, através de uma membrana.
movimentos que ocorrem em nível de capilares
glomerulares (rins) e capilares sanguíneos.

50
TRANSPORTE ATIVO

movimento trans-membrana de íons e outras


moléculas, de áreas de < para > concentração.

Movimento que vai contra um gradiente (diferença)


de concentração ⇒ consumo energético e
envolvimento de enzimas carreadoras

Bomba de Na+ e K+

51
52
53
Manutenção da composição e volume de líquidos
orgânicos dentro dos limites de normalidade

Órgãos envolvidos:
◦ Rins, pulmão, coração, supra-renais, paratireóide e hipófise

Outros mecanismos:
◦ Barorreceptores, SRAA, HAD e sede, Osmorreceptores e
Liberação de peptídeo natriurético atrial (PNA)

54
Variações de volume Variações de concentração

(hipo e hipervolemia) (hiper e hipo-osmolaridade)


Déficit de volume de líquido quando a perda
de volume LEC excede a ingestão de líquido

Água e eletrólitos: perdidos na mesma


proporção
◦ Ex: vômito, diarréia, febre, queimaduras,
sudorese excessiva, ↑ drenagens de SNG,
deslocamento para a o terceiro espaço.

56
Sinais e sintomas Laboratório:

◦ Turgor cutâneo ↓ ◦ ↑Hb e Ht


◦ oligúria ◦ ↑osmolaridade sérica
◦ concentração urinária ◦ ↑osmolaridade urinária
◦ pulso rápido ◦ ↓sódio urinário
◦ ↓ preenchimento capilar ◦ ↑uréia e creatinina
◦ ↓Pré carga
◦ ↓PA
◦ cãimbras

57
Excesso de volume de líquidos
Expansão do LEC causada pela retenção
anormal de água e sódio aproximadamente
na mesma proporção.
É secundária a um aumento no conteúdo de
sódio corporal total que por sua vez leva a
um aumento da água corporal total.

58
Mecanismos reguladores comprometidos

Pode estar relacionada a sobrecarga de


líquido ou com a função diminuída dos
mecanismos homeostáticos responsáveis
em regular o balanço hídrico
◦ Ex: ICC, cirrose, IRA, consumo excessivo de sódio

59
A hipervolemia pode ocorrer em pacientes submetidos à
reposição volêmica porém com dificuldade para eliminar
a sobrecarga hídrica.

Causas:

• Infusão excessiva de líquidos;


• Insuficiência renal ;
• Insuficiência cardíaca;
• Insuficiência hepática;
Sinais e sintomas Laboratório:

◦ Edema ◦ ↓Hb e Ht
◦ turgência de jugular ◦ ↓osmolaridade sérica
◦ estertores ◦ ↓osmolaridade urinária
◦ taquicardia ◦ ↓sódio e densidade
◦ ↑FC,
◦ ↑PA

61
Tratamento
Correção do distúrbio de base:
(p.ex.: suspender a infusão de soluções endovenosas);
Diuréticos de alça e tiazídicos
Desequilíbrios séricos de eletrólitos ⇒ associam-se a
situações de emergências cardiovasculares
Podem causar PCR ou dificultar a ressuscitação
Impacto sobre morbimortalidade cardiovascular:
American Heart Association (Diretrizes 2010):
◦ Sódio (Na+), Potássio (K+), Cálcio (Ca++) e Magnésio
(Mg++)
Valor de normalidade: 135 a 145mEq/l

Principal cátion do LEC e o maior determinante da


osmolalidade sérica, controlando o movimento de água
e, conseqüentemente, o volume extracelular e
intravascular.

Papel fundamental na regulação do equilíbrio ácido-


básico através da ligação com íons HCO3⎯; no
mecanismo de transporte ativo (com K+); contribui com
a atividade neuromuscular

66
Sinais e Sintomas

Densidade urinária e osmolaridade sérica diminuída


Fraqueza e contratura muscular
Hipotensão e taquicardia
Náuseas, vômitos

Disfunção do sistema nervoso central (SNC):


Encefalopatia hiponatrêmica
Síndrome de Desmielinização Osmótica

68
Sinais e Sintomas

↑ osmolaridade sérica
Agitação, inquietação, Hipertensão, taquicardia
Edema, ganho de peso
Sede
Viscosidade ↑de saliva
Dispnéia
Fraqueza muscular
Confusão
Coma
As alterações celulares a nível cerebral podem ocasionar
ruptura vascular, sangramento cerebral.
TRATAMENTO
Correção das Causas

Nos casos de Hipernatremia sintomática, o Sódio pode ser


elevado em até 2mEq/L com uso de salina hipertônica;
depois, a velocidade de correção pode ser reduzida (10 a
12 mEq/L nas primeiras 24h)

Nos casos de Hiponatremia, deve-se hidratar com volume


de até 6,8mL/kg/h e a correção não maior que
0,05mEq/h.

Em Diabetes insípidus: Desmopressina


Valor de normalidade: 3,5 a 5,0mEq/l
◦ Principal cátion no LIC
◦ Regula a excitabilidade celular( contração dos
músculos esqueléticos,lisos e miocárdio)
◦ Promove a permeabilidade das membranas
celulares, afetando portanto a condição elétrica da
célula
◦ Ajuda no controle da osmolalidade do LIC e
conseqüentemente na pressão osmótica do LIC
Em geral, a hipercalemia é mais perigosa que a
hipocalemia.
Uma concentração de potássio superior a 5,5 mEq por
litro de sangue começa a afetar o sistema de condução
elétrica do coração.
Geralmente, a hipercalemia ocorre quando os rins não
excretam uma quantidade suficiente de potássio.
Sinais e Sintomas Exames Diagnósticos
Náuseas K sérico >5,0mEq/l
Diarréias Acidose metabólica
Cólicas abdominais ECG:
Fraqueza muscular ◦ ondas T elevadas
◦ complexo QRS alargado
Taquicardia ⇒ bradicardia ◦ intervalo PR prolongado
Alterações no ECG ◦ ondas P achatadas
PCR ◦ segmento ST deprimido
Sinais e Sintomas Exames Diagnósticos

Tontura, apatia, coma, K sérico < 3,5mEq/l


irritabilidade, confusão Alcalose metabólica
Arritmias: alt. ECG ECG:
PCR ◦ Ondas T achatadas
Náusea, vômito, ◦ Ondas U elevadas
anorexia ◦ Segmento ST deprimido
Fraqueza muscular
Fadiga e cãimbras MMII
LDB
Identificação das causas potenciais e ↓ as perdas
Repor K+:
Quantidade máxima de reposição IV: 10 a 20 mEq/h,
Reposição rápida só é indicada se o paciente estiver
clinicamente instável ou em iminência de PCR
(infusão IV 10mEq em 5 min)
Monitorização ECG durante a reposição IV
LDB 82
Valor de normalidade: 1,2 a 2,6mEq/l

4⁰ mineral e o 2⁰ cátion mais abundante no LIC


Funciona como um co-fator nas reações e atividades de
contração muscular (miocárdica, musculatura esquelética,
paredes vasculares), síntese protéica e de DNA, metabolismo de
carboidratos e ácidos graxos, além da ativação e utilização de
adenosina trifosfato (ATP) e ativação de vitaminas
(principalmente do complexo B).
No LEC tem as funções de:
◦ regulação de tecidos excitáveis,
◦ participação na cascata de coagulação,
◦ estabilizador de membranas excitáveis,
◦ regulação do movimento de Ca++ e K+ para dentro e fora das
células e é um bloqueador dos canais de Ca++
Sinais e Sintomas

Tetania, cãimbras
Sinais de Chvostek⊕ (Espasmos dos músculos do nervo facial)
Sinais de Trousseau ⊕ (Espasmo carpopedal induzido pela oclusão da
circulação do braço: isquemia ulnar)
Confusão, convulsões
Arritmias
Vasodilatação, hipotensão
Disfasgia
Fraqueza muscular
• Arritmia: Torsades de Pointes
Possíveis causas
Insuficiência renal
Terapia com lítio
Uso excessivo de subst. contém Mg: antiácidos,
laxativos
Deficiência na excreção do Mg, devido a
narcóticos, constipação intestinal crônica e
obstrução intestinal
Sinais e Sintomas

Reflexos diminuídos: fraqueza muscular


Hipotensão
Arritmia cardíaca (bloqueios)
Nos casos graves de Hipomagnesemia (< 1 mg/dL) e sintomáticos
com manifestações neuromusculares e neurológicas ou arritmias a
reposição deve ser por via venosa de 2 g de sulfato de magnésio
diluídos em 100 mL de solução em 5 a 10 minutos seguido por
infusão contínua de 4 a 6 g/d durante 3 a 5 dias se a função renal
for próxima ao normal

Nos casos graves de Hipermagnesemia, adm Calcio em 5 a


10min(500 a 1000mg: 7,8 a 13,3mEq) para reverter os efeitos
cardiovasculares e neuromusculares. Considerar diuréticos e
hemodiálise
Valor de normalidade: 4,5 a 5,5 mEq/l

Antagoniza os efeitos do K+ e do Mg++ em nível de membrana


celular, por isso, é indicado no tratamento da ↑K+ e ↑Mg++
Funções
• Reações enzimáticas,
• Ativação de receptores,
• Contração muscular,
• Contratilidade cardíaca, geração do potencial de ação
cardíaco
• Vasodinâmica da musculatura lisa vascular,
• Ativação de mecanismos de coagulação,
• Formação e resistência ósseas,
• Transmissão de impulsos nervosos
Sinais e Sintomas

Sinais de Chvostek⊕ (Fasciculações dos músculos


alimentados pelo nervo facial)

Sinais de Trousseau ⊕ (Espasmo carpopedal: isquemia


ulnar)

Convulsões, Hipotensão
Arritmias
Sinais e Sintomas
Bradicardia, bloqueios AV que
Sonolência, letargia, podem progredir para bloqueio
Cefaléia, irritabilidade atrioventricular total (BAVT) e
Anorexia, náuseas, vômitos assistolia
Arritmias
Desidratação
Dor óssea, fraturas
patológicas
HIPERCALCEMIA

• Causas Comuns: tumores metastáticos nos ossos,


hiperparatireodismo, osteoporose.

• Raras: intoxicações por vit. D, excesso da ingestão de Ca++,


imobilização prolongada, insuficiência renal
Nas Hipocalcemias sintomáticas, usa-se gluconato de
Cálcio (1 amp) em 10 a 20min seguida de infusão
contínua 0,5 a 1,5mg/kg/h por 4 a 6 horas.

Nas Hipercalcemias, hidratação vigorosa; calcitonina


nos casos graves.
Monitorar a entrada e saída de líquidos pelo menos a
cada 8h.
Monitorar os sinais vitais
Avaliação de sinais de desidratação.
Avaliação do nível de consciência.
Avaliação da concentração urinária.
Identificar os pacientes de risco
Monitorização cardíaca
Observar sinais de fraqueza muscular
Avaliação da aceitação da dieta e líquidos.
Os pacientes que recebem digitálicos merecem maior
atenção.
Análise dos valores dos exames.
Mobilizar o paciente.
Encorajar a ingestão de líquidos.
Precauções para convulsões
Material de emergência.
CALIL, A. M ; PARANHOS, W. Y – O Enfermeiro e as Situações de Emergência,
2ªedição, São Paulo, Ed. Atheneu, 2009;

KNOBEL, E. – Condutas no Paciente Grave, 3ª Edição, Editora Atheneu, São


Paulo, 2007
MORTON, P. G & GALLO, B. M – Cuidados Críticos de Enfermagem – Uma
Abordagem Holística, 8ª edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,
2007.

NANDA INTERNATIONAL. Diagnóstico de enfermagem da NANDA: definições


e classificação. 2007-2008. Porto Alegre: Artmed, 2008.

PORTH, C.M.; KUNERT, M.P. Fisiopatologia. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2004.
Eletrólitos Valores normais

Sódio 135-145mEq/L
Potássio 3,5-4,5mEq/L
Cloro 100-106 mEq/L
Bicarbonato 22-26mEq/L
Cálcio 4,5-5,5mg/dL
Magnésio 1,5-2,5mEq/L
Fósforo 2,5-4,0 mg/dl

10
3
1.Quais os movimentos dos líquidos e eletrólitos
corporais?
2.Descreva os principais mecanismos de regulação
dos líquidos corporais( sede, HAD, SRAA,PNA).
3.Descreva a fisiologia da hipo e hipervolemia.
4.Qual o tratamento da hipercalemia, grave?Qual
alteração ecocardiográfica?
5. Quais alterações causam no ECG se houver
alteração de Na, K, Mg, Ca. E qual o Tto?

10
4
1. Como preparar a prescrição médica: SGF 500 ml?
Temos na UTI somente frascos de
◦ SG 5% com 500 ml
◦ NaCl 30% com 20 ml.

Temos: SG5% 500 ml.


Qual a quantidade de NaCl 30% será acrescentada?

Temos ampolas de NaCl 30% com 20 ml


◦ 30g - - - - - - - - 100 ml
X g - - - - - - - - - 20 ml
◦ 100 X = 30 x 20
◦ 100 X = 600
◦ 100 X= 600
◦ X= 600 ÷ 100 = 6g

Cada ampola de NaCl 30% com 20 ml possui 6g NaCl.

10
5
Precisamos de SGF 500 ml
A mesma quantidade de cloreto de sódio do SF 0,9% 500 ml.
Quanto de cloreto de sódio (NaCl) tem em um frasco de SF
0,9% 500 ml?
◦ 0,9g - - - - - - - - - - - 100 ml
◦ X g - - - - - - - - - - - 500 ml

◦ 100 X = 0,9 x 500


◦ 100 X = 450
◦ X = 450 ÷100 = 4,5 g

Cada frasco de SF 0,9% 500 ml contém 4,5 g de NaCl

Portanto, teremos que acrescentar ao SG 5% 4,5g NaCl.

10
6
Teremos que acrescentar ao SG 5% 4,5 g de NaCl.
Se cada ampola de NaCl 30% com 20 ml tem 6 g de cloreto de
sódio e precisaremos de 4,5 g, então é só montar uma regra
de três.
◦ 20ml - - - - - - - - - - - 6 g
◦ X ml - - - - - - - - - - 4,5 g
◦ 6X = 4,5 x 20
◦ 6X = 90
◦ X = 90 ÷ 6 = 15 ml

Resposta: Para o preparo de SGF 500 ml, nas condições


descritas no enunciado, basta acrescentar 15 ml de NaCl
30% 20 ml em um SG 5% 500 ml.

10
7
2. Prescrição SF 3% ----- 500ml

Tenho disponível
SF 0,9% --- 500ml.
Ampolas de NaCl 30% ----20ml.

10
8
Como preparar a prescrição médica: SF 3% ---500 ml?
Temos na UTI somente frascos de
◦ SF 0,9% com 500 ml
◦ NaCl 30% com 20 ml.

Temos: SF 0,9% 500 ml.


Qual a quantidade de NaCl 30% será acrescentada?

Temos ampolas de NaCl 30% com 20 ml


◦ 30g - - - - - - - - 100 ml
◦ X g - - - - - - - - - 20 ml

◦ 100 X = 30 x 20
◦ 100 X = 600
◦ 100 X= 600
◦ X= 600 ÷ 100 = 6g

Cada ampola de NaCl 30% com 20 ml possui 6g NaCl.


10
9
Precisamos de SF 3% ----- 500 ml
Quanto de cloreto de sódio (NaCl) tem em um frasco de SF
0,9% 500 ml?
◦ 0,9g - - - - - - - - - - - 100 ml
◦ X g - - - - - - - - - - - 500 ml

◦ 100 X = 0,9 x 500


◦ 100 X = 450
◦ X = 450 ÷100 = 4,5 g

Cada frasco de SF 0,9% 500 ml contém 4,5 g de NaCl

11
0
Precisamos de SF 3% ----- 500 ml
Quanto de cloreto de sódio (NaCl) terá em SF 3% 500 ml?
◦ 3g - - - - - - - - - - - 100 ml
◦ Xg - - - - - - - - - - - 500 ml

◦ 100 X = 3 x 500
◦ 100 X = 1500
◦ X = 1500 ÷100 = 15g

Cada frasco de SF 0,9% 500 ml contém 4,5 g de NaCl,


devemos acrescentar 10,5g de NaCl

11
1
Teremos que acrescentar ao SG 5% 4,5 g de NaCl.
Se cada ampola de NaCl 30% com 20 ml tem 6 g de cloreto de
sódio e precisaremos de 15 g, então é só montar uma regra de
três.
◦ 20ml - - - - - - - - - - - 6 g
◦ X ml - - - - - - - - - - 10,5 g
◦ 6X = 10,5 x 20
◦ 6X = 21
◦ X = 21 ÷ 6 = 3,5 ml

Resposta: Para o preparo de SF 3% -- 500 ml, nas


condições descritas no enunciado, basta acrescentar
3,5ml da ampola de NaCl 30% ---20 ml em SF 0,9%

11
2

Você também pode gostar