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HIDROELETROLÍTICOS
Profa. Andressa França
Equilíbrio hidroeletrolítico: processo dinâmico crucial Distúrbios mais prevalentes e graves:
para a vida e para a hemostasia. Relacionado à Hipo/Hiperestados de Sódio, Potássio, Cálcio e
perfusão tecidual, balanço ácido-básico e proteção de Magnésio.
funções celulares.
Quantidade e composição dos líquidos orgânicos: Proporção sangue x peso total do corpo:
Compartimentos hídricos
Parâmetro
Entrada (mL/dia) Saída (mL/dia)
Líquidos Insensível da
2100 350
ingeridos pele
Insensível
350
pelos pulmões
Proveniente do Suor 100
200
metabolismo Fezes 100
Urina 1400
Furosemida Diurético com efeito natriurético (inibição da reabsorção de NaCl na ALÇA de Henle em 35%).
Diurético com efeito osmótico (impede a absorção tubular da água e melhora a excreção de
Manitol sódio e cloreto, movendo a água do espaço intracelular para um espaço extracelular e
vascular).
Quem são os pacientes com risco de desenvolver
distúrbios hidroeletrolíticos?
Marque todos os itens que se aplicarem
Disfunção endócrina
Tratamentos/ Efeitos colaterais de drogas
Dificuldades na eliminação urinária
Deficiência nutricional
Trauma tecidual
Disfunção renal
Complicações pós-operatórias
Fonte: CARE PLAN Electrolyte and Fluid Imbalance. https://www.ebscohost.com/assets-sample-
content/NRCPlus_Electrolyte_and_Fluid_Imbalace_Care_Plan_CP.pdf
Desequilíbrios hídricos
Desidratação
+ DESEQUILÍBRIOS DE OSMOLARIDADE
As perdas pela PELE podem ser elevadas a
depender da temperatura ambiente.
Insuficiência cardíaca
Doenças que requerem congestiva
déficit de líquidos: Insuficiência renal
Ascite
Reposição volêmica
Os cristalóides são bastante utilizados para reposição volêmica.
O “soro fisiológico” (SF 0,9%) em excesso e rápido está associado a:
Classe de - Acidose metabólica hipercloremica;
substâncias: - Hemólise, apesar de PAS limítrofe;
- Hiponatremia
- Hipotônicas, isotônicas
e hipertônicas.
Mais semelhantes ao plasma em comparação com o SF 0,9%: Plasma-
Lyte e Ringer lactato.
Fonte: Isotonic Solutions and Major Adverse Renal Events Trial in the Medical Intensive Care Unit (SMART-MED). NEJM, 2018.
www.clinicaltrials.gov/ct2/show/results/NCT02444988
1) Ano: 2015 Banca: CONSULPLAN Órgão: HOB - São fatores que
afetam o balanço hídrico de um paciente, EXCETO:
A Dieta.
B Peso.
C Idade.
D Condições clínicas.
3) Ano: 2018 Banca: FUNDEP Gestão de Concursos – FUNDEP Prova: FUNDEP -
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - Residência Multiprofissional em Saúde
do Idoso - Área: Enfermagem - Pacientes graves precisam ter sua ingesta e débito de
líquidos monitorados a cada 2 horas. O enfermeiro desenvolve papel essencial ao
calcular o balanço hídrico desses pacientes. Um paciente que recebe a infusão de 1 500
mL de soro fisiológico e que apresenta um vômito matinal de volume de 100 mL e uma
diurese em frasco coletor de 200 mL tem um balanço hídrico de
A Aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, aumento da frequência respiratória, edema gravitacional
e redução do volume urinário.
B Aumento da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, irritabilidade, pele seca e mal perfundida com
alteração da coloração e redução do volume urinário.
C Aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, irritabilidade, aumento da frequência respiratória,
congestão pulmonar e volume urinário ausente.
D Diminuição da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, diminuição da frequência respiratória, pele
intumescida e úmida, confusão mental e redução do volume urinário.
E Aumento da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, diminuição da frequência respiratória, pele seca,
confusão mental e volume urinário normal.
6) Ano: 2015 Banca: UPE - Sobre distúrbios de líquidos leia as afirmativas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas:
( ) A ingesta de líquidos deve ser, pelo menos, o dobro do débito no período de 24 horas, para manter o equilíbrio hídrico. Quando
ocorrem distúrbios do volume do líquido extracorpóreo ou da água, os tecidos podem reter o líquido em excesso, parecendo
edemaciados.
( ) Normalmente o débito urinário é de aproximadamente 1500mL em um período de 24 horas. Alterações no nível de consciência
podem acontecer com alterações na osmolaridade sérica (balanço hídrico).
( ) A qualidade do pulso depende em parte do volume vascular. Com o excesso de volume do líquido extracelular, o pulso pode ser
forte, cheio e em rechaço, enquanto, com o déficit de volume do líquido extracorpóreo,o pulso geralmente está fraco, filiforme e
rápido.
( ) As alterações na pele e nas mucosas podem indicar distúrbio hídrico. Apele ruborizada e seca pode sinalizar um déficit de volume
líquido. O edema, ou acúmulo excessivo de líquido intersticial, também pode ser detectado, quando se examina a pele.
a) F, F, F, V
b) F, V, V, F
c) V, V, V, V
d) F, V, V, V
e) V, F, F, V
7) Ano: 2016 Banca: Instituto de Apoio à Universidade de Pernambuco - UPENET IAUPEProva: UPENET IAUPE - SES PE - Secretaria de Estado da
Saúde de Pernambuco - Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto - Área: Enfermagem - A desidratação é um distúrbio dos líquidos corporais,
que ocorre sempre que o débito total de líquidos excede a ingesta total de líquidos, comum em lactentes e crianças. O enfermeiro deve conhecer a
fisiologia da desidratação, para que possa implementar um plano de intervenção efetivo. Com relação a essas informações, analise os itens abaixo e
coloque V nos Verdadeiros e F nos Falsos.
A V-V-F-V-V
B F-V-V-V-V
C F-F-V-V-V
DV-V-V-V-V
E F-V-V-V-F
8) Ano: 2019 Banca: FEPESE Órgão: SES-SC - São cuidados de Enfermagem aos clientes com distúrbios hidroeletrolíticos:
1. Realizar a pesagem diária, não havendo necessidade de ser no mesmo horário, mas de preferencia na mesma balança e se possível
com o mesmo tipo de roupa.
2. Assegurar a adequada ingestão de alimentos e líquidos, de acordo com a patologia do cliente.
3. Observar e registrar sinais e sintomas do desequilíbrio hídrico: grau de hidratação, sinais de retenção de líquido, edema, fraqueza,
pulso irregular, irritabilidade, entre outros.
4. Proceder balanço hídrico: manter controle real, documentado, da ingestão e eliminação hídrica durante as 24 horas.
A soluções isotônicas apresentam osmolaridade inferior a 250mOsmol/L e são utilizadas para expansão
do volume intravascular.
B soluções hipertônicas apresentam osmolaridade acima de 375mOsmol/L e podem ocasionar
desidratação celular e lesão do endotélio vascular.
C solução de sódio 0,9%, solução glicosada 5%, solução de Ringer Lactato são exemplos de soluções
hipotônicas.
D a incompatibilidade de fármacos não tem relação com temperatura e luminosidade do ambiente.
E a estabilidade de um fármaco é definida como a manutenção das mesmas propriedades e características
que possuía no momento do seu preparo, com redução não superior a 25%.
Desequilíbrios hídricos
Evidência inicial de “PERDA PARA O TERCEIRO ESPAÇO”: Diminuição de débito urinário (apesar da ingesta adequada de
líquidos). (HOLCOMB, 2008)
Distúrbios eletrolíticos
Distúrbios do sódio
- 98% do potássio (K+ ) está no LIC o seu balanço interno (entrada e saída da célula) acontece pela troca
pelo íon hidrogênio (H+ ), ou seja, o K+ influi no pH e vice-versa. Por exemplo: Na acidose, o potássio
desloca-se para o LEC e os íons H+ entram no LIC para tentar tamponar o pH no LEC.
- Sua principal importância é na função neuromuscular (ex: músculo esquelético e cardíaco).
- O hiperaldosteronismo (Secreção alterada de Aldosterona) tem grande importância no aumento da
excreção de Potássio.
Manejo da Hipercalemia
Aumento de eliminação de potássio
Diuréticos
Hemodiálise
Quelantes
Proteção cardíaca
Gluconato de cálcio ou Cloreto de cálcio
Solução polarizante
Glicoinsulina (50g de GLICOSE 50% + 10 UI de INSULINA regular)
DISTÚRBIOS DO CÁLCIO
- O nível sérico de Cálcio é controlado pelo Paratormônio e pela calcitonina.
- Ação do paratormônio: Aumentar a disponibilidade ([Ca++] sérica) em
resposta a níveis reduzidos de Cálcio.
- Ação da calcitonina: Diminui a disponibilidade ([Ca++] sérica) em resposta a
níveis aumentados de Cálcio.
- Sua principal importância é na função neuromuscular de forma que causa
certo efeito sedativo nas fibras musculares, e a tetania (excitabilidade neural
aumentada pela descarga espontânea nessas fibras) ocorre com a redução dos
níveis séricos de Ca++ e Mg++. Cabe lembrar, concurseiro, de que a função
neuromuscular também inclui a a contração cardíaca. No caso do cálcio, há
efeito inotrópico positivo sob a musculatura cardíaca quando seus níveis séricos
estão aumentados.
- Os níveis de fosfato são inversamente proporcionais aos níveis de Cálcio.
- Possui similaridades com o Magnésio principalmente nos seguintes
aspectos:
a) atividade neuromuscular;
b) ligação com proteína (a albumina).
DISTÚRBIOS DO MAGNÉSIO
- Cátion intracelular mais importante depois do Potássio.
- Age como ativador de muitos sistemas enzimáticos
intracelulares e desempenha papel no metabolismo de
carboidratos e de proteínas.
- O equilíbrio do Mg++ também é importante na função
neuromuscular e na contratilidade agindo com efeito sedativo
na junção neuromuscular (inibição da acetilcolina), aumentando
o limiar de estímulo nas fibras nervosas.
- O magnésio também afeta o sistema cardiovascular
através da produção de vasodilatação e de resistência
periférica diminuída.
- Possui similaridades com o Cálcio principalmente nos
seguintes aspectos:
a) atividade neuromuscular;
b) ligação com proteína (a albumina).
15) Ano: 2015 Banca: Universidade Federal do Maranhão – UFMA Prova: UFMA - UFMA - Universidade Federal
do Maranhão - Residência Multiprofissional em Saúde - Área: Enfermagem - Paciente J.C.M., sexo masculino, 47
anos, negro, portador de Diabetes Mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial Sistêmica, ambas controladas, foi
diagnosticado há 3 meses com Insuficiência Renal Crônica, realizando tratamento dialítico há 1 mês, apresentou aos
exames laboratoriais os seguintes valores plasmáticos de eletrolíticos: Mg += 3,0 mg/dl; Na+= 187 mg/dl; K+= 2,5
mg/dl e Ca+= 2,5 mg/dl, que correspondem a:
1.Déficit de potássio
2. Excesso de sódio
3. Excesso de bicarbonato
4. Déficit de proteína
I. Mucosas secas e pegajosas, sede, língua seca e áspera, febre, inquietação, fraqueza, desorientação.
II. Respirações deprimidas, hipertonicidade muscular, tontura, formigamento dos dedos das mãos e dos pés.
III. Perda de peso crônica, depressão emocional, palidez, fadiga, músculos flácidos e moles.
IV. Anorexia, distensão abdominal, íleo paralítico, fraqueza muscular, alterações ECG, arritmias.
( ) Água e eletrólitos estão em equilíbrio dinâmico entre os vários compartimentos, estando estes separados entre si por membranas
permeáveis: o intracelular do interstício pela membrana celular e o interstício do intravascular pelo endotélio.
( ) Na presença de acidose, H+ entra na célula e é trocado por K+, que passa para o extracelular como um dos mecanismos de
compensação do equilíbrio ácido base.
( ) A perda intensa de suco gástrico por estenose decorrente de úlcera péptica (pré-pilórica ou duodenal) resulta em alcalose metabólica
hipoclorêmica pela perda do ácido clorídrico.
( ) A desidratação caracteriza-se clinicamente por sede, oligúria, perda de peso, olhos encovados, diminuição da elasticidade da pele e
hipotensão postura.
( ) A hiponatremia absoluta pode desenvolver-se por ingestão insuficiente (dieta hipossódica) ou perdas renais e extra renais
exageradas, como poliúria, diarreia crônica e aspiração gastrointestinal.
A F-V-V-F-V
B V-V-F-F-F
C F-V-F-V-F
D V-V-V-V-V
E F-F-F-V-V
22) Ano: 2018 Banca: UNIFESP Órgão: UNIFESP Prova: UNIFESP - 2018 - UNIFESP - Enfermagem - A
hipercalemia caracteriza-se por níveis de potássio acima dos valores de normalidade e pode ocasionar ao
paciente risco de morte. São alterações eletrocardiográficas possíveis de serem encontradas em pacientes com
hipercalemia:
A repor o potássio via oral através de alimentos com alto teor de potássio, como frutas, legumes, grãos
integrais e leite, caso não haja contraindicações.
B orientar o paciente a beber de 2,8 a 3,8 litros de líquido diariamente e incluir fibras adequadas na dieta
para compensar a tendência de constipação intestinal.
C repor cautelosamente, se necessário, potássio por via intravenosa.
D observar as alterações do eletrocardiograma, bem como a elevação dos níveis de bicarbonato e pH.
E realizar cuidadoso monitoramento hídrico
26) Ano: 2015 Banca: Comissão permanente de Seleção da Universidade Federal do
Piauí - COPESE UFPI Prova: COPESE UFPI - UFPI - Universidade Federal do Piauí -
Residência Multiprofissional em Saúde - Área: Enfermagem - Uma das complicações do
paciente com Diabetes Mellitus é a cetoacidose diabética que apresenta algumas
características específicas. Em relação às características da cetoacidose diabética, marque
a assertiva CORRETA.
A aumento de magnésio.
B déficit de magnésio.
C aumento de potássio.
D déficit de potássio.
Ações de enfermagem
Resultado esperado Intervenções
Níveis séricos de eletrólitos e gasometria - Avaliar níveis séricos de eletrólitos e
dentro dos limites desejados. manifestações neurológicas;
- Implementar reposição, quando indicado;
- [Na+]: 135 a 145 - Monitorar complicações associadas (ex:
- [K+]: 3,5 a 5,0 flebite se paciente com reposição de potássio
EV e uso de acesso periférico);
- [Ca++]: 8,5 a 10,5
Links mentais
São distúrbios mais
HIPERCALEmia
prevalentes na Insuficiência
HIPOCALCEmia
renal:
Diretamente relacionado ao equilíbrio hídrico (ex: Retenção de Na+ é retenção de líquido)/ Hormônios/ Transmissão
Sódio de impulsos nervosos
SG 5% excessivamente e de forma rápida = Hiponatremia e/ou edema cerebral
- Fisiologia Médica BORON, W.F.; BOULPAEP, E.L. 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Ventilação mecânica: princípios e aplicação CARVALHO, C.R.R.; FERREIRA, J.C.; COSTA, E.L.V.
Rio de Janeiro, Atheneu, 2015.
- Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica HALL, J.E. 13ª ed. Rio de Janeiro, Ed. Elsevier, 2017.
- Sistema Respiratório - Volume 3. Coleção Netter de Ilustrações Médicas KAMINSKY, D. 2ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2014.
- Carvalho, CRR; Junior, CT; Franca, SA. Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. J. bras. pneumol. vol.33 suppl.2 São Paulo July 2007
- Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-+Medidas+de+Prevenção+de+Infecção+Relacionada+à+Assistência+à+Saúde/a3f23dfb-2c54-4e64-881c-fccf9220c373
- Gulanick, M., & Myers, J. L. (2014). Risk for Electrolyte Imbalance. In Nursing care plans: Diagnosis, interventions and outcomes (8th ed., pp. 61-63). Philadelphia, PA: Elsevier Mosby
- Palmer BF, Sterns RH. Fluid, electrolytes, and acid-base disturbances. NephSAP. 2009;8(2):61-167
- RIELLA, M. C. Insuficiência renal crônica em princípios de nefrologia e distúrbios hidro-eletrolíticos. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2003. 360 p.
- Ceneviva R, Vicente YAMVA. Equilíbrio hidroeletrolítico e hidratação no paciente cirúrgico. Medicina (Ribeirão Preto); 41 (3): 287-300. 2008.
- Bottosso, Rosa Maria et al. Manual do processo e sua aplicação na Unidade de Terapia Intensiva Adulto – UTIA. Rosa Maria Bottosso, Alan das Chagas Rodrigues. Hudean Elen Silva Costa
Coelho. Universidade Federal de Mato Grosso. Hospital Universitário Júlio Müller. Cuiabá, Mato Grosso, 2006.
Obrigada!
@Andressafranca_
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