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Deficiência absoluta ou relativa de insulina => produção de corpos cetônicos e acidose metabólica.
Prioritariamente no DM tipo 1 (DM1)
FATORES PRECIPITANTES:
Infecções (pneumonia e infecções do trato urinário)
Uso inadequado de insulina
Outros
o IAM, AVC, abuso de álcool e drogas ilícitas
TRÍADE
HIPERGLICEMIA + CETONEMIA + ACIDOSE METABÓLICA COM ÂNION GAP ALTO
Evolui dentro de poucas horas após o evento precipitante
EXAME FÍSICO
Desidratação
Boca seca
Olhos fundos
Turgor da pele diminuído
Taquicardia
Hipotensão
Nos casos mais graves, pode ter presença de choque.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS:
Hiperglicemia (> 250 mg/dℓ)
Cetonemia e acidose metabólica (pH < 7,3 e bicarbonato < 18 mEq/ℓ)
Osmolaridade plasmática variável < 320 mOsm/kg.
CLASSIFICAÇÃO
Leve, moderada ou grave:
o Intensidade da acidose metabólica
o Alteração do status mental.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
Hiperglicemia importante → > 600 mg/dℓ;
pH > 7,30;
Bicarbonato > 18 mEq/ℓ;
POsm > 320 mOsm/kg.
Emergências hiperglicêmicas
TRATAMENTO
OBJETIVOS
Restauração do volume circulatório e perfusão tecidual.
Solução salina ou fisiológica a 0,9% (SF 0,9%) ou a 0,45% (SF 0,45%).
Glicemia estiver entre 200 e 250 mg/dℓ na CAD e entre 250 e 300 mg/dℓ no EHH, muda-se a reposição de
líquidos para solução glicosada (SG) a 5% e SF 0,45% → minimizar risco de hipoglicemia.
Redução gradual da glicemia e da osmolalidade plasmática.
Insulinoterapia → insulina Regular por infusão intravenosa (IV) na dose de 0,1 U/kg/h em a bomba de infusão
→ precoce (K > 3,3 mEq/ℓ = fraqueza musculatura respiratória e arritmias cardíacas).
Suspender → paciente alerta, hidratado, início de alimentação VO, glicemia < 200-250
• pH > 7,3 e HCO3 > 18 mEq/ℓ → trocar pela via SC.
Correção do desequilíbrio de eletrólitos e, na CAD, redução da cetose.
Identificação e pronto tratamento do fator desencadeante, quando possível.
REPOSIÇÃO DE POTÁSSIO
Todos os episódios de CAD e EHH, existe déficit do potássio corporal.
AVALIAR (a cada duas horas):
K > 5,0 mEq/ℓ → não infundir potássio inicialmente.
K < 5,0 mEq/ℓ → na presença de diurese, iniciar Cloreto de potássio (20 a 30 mEq) em cada litro da solução de
reidratação.
Manter até calemia 4-5 mEq/ℓ
ATENÇÃO → ausência de ruídos abdominais = pode refletir a existência de hipocalemia grave
REPOSIÇÃO DE BICARBONATO
> 7,0 → Não administrar
< 6,9 → Administrar 100 mEq
6,9 a 7,0 → Administrar 50 mEq
REPOSIÇÃO DE FOSFATO
Reposição IV do fosfato → disfunção cardíaca grave e arritmias, fraqueza muscular, rabdomiólise, anemia ou
depressão respiratória, associado a níveis de fosfato < 1 mg/dℓ
COMPLICAÇÕES
CETOACIDOSE DIABÉTICA (CAD):
Hipoglicemia e hipocalemia → mais comuns
Por esse motivo deve-se repor a glicose quando glicemia entre 200-250 mg/dL
Edema cerebral → mais temida
Raro, ocorre principalmente em crianças, em geral quando se utilizam soluções hipotônicas
Evitar a hidratação excessiva, evitar redução rápida da osmolalidade plasmática, diminuir gradualmente a
glicemia mantendo entre 200 e 250 mg/dℓ até que a osmolaridade seja normalizada.
Síndrome da angústia respiratória do adulto