Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ácidos-Básicos
Isabella Weffort, grupo B1
● No plasma sanguíneo, o HCO3 e o CO2 compõem o sistema tampão bicarbonato-CO2, que é
o principal sistema regulador do pH plasmático, evitando variações bruscas.
● Delta AG / Delta BIC > 2; temos uma alcalose metabólica associada (p. ex., cetoacidose associada
a vômitos abundantes).
● Delta AG / Delta BIC < 1; acidose metabólica de ânion-gap normal associada (p. ex., acidose láctica
associada a diarreia grave).
● Delta AG / Delta BIC entre 1 e 2 uma acidose de ânion-gap aumentado sem outro distúrbio
metabólico associado.
- Gap osmolar
Uma acidose de ânion-gap aumentado sem causa aparente para excluir intoxicação exógena
(principalmente metanol e etilenoglicol).
Gap Osmolar = Osm (medida) – Osm (calculada) Normal < 10
Causas: Drenagem naso/orogástrica, depleção de volume induzida por diuréticos, hipocalemia e uso
de corticosteróides, citrato usado como anticoagulante na bolsa de sangue, ventilação excessiva em
pacientes com insuficiência respiratória tipo 2
Efeitos: Redução débito cardíaco, redução drive respiratório, desvio da curva de hemoglobina
Tratamento:
1. Aumento do drive ventilatório,
2. Aumento da pressão parcial de O2 (PaO2) e da pressão parcial venosa mista de O2
● A primeira manobra terapêutica nesse distúrbio metabólico é repor qualquer déficit de fluidos
(com salina isotônica) ou eletrólitos
● A acetazolamida é um inibidor da anidrase carbônica, que provou ser bastante efetiva em corrigir
alcalose metabólica de pacientes em UTI - 500mg dose única UTI
● Correção da hipocalemia
Acidose Respiratória
Hipoventilação leva a uma PaCO2 inadequadamente elevada e acidemia secundária
Qualquer condição que reduza a ventilação-minuto pode causar acidose respiratória:
● Hipoventilação pulmonar: distúrbios do SNC (AVC/tumor/hipertensão intracraniana), intoxicação por
Benzodiazepínicos ou opióide, síndrome Guillain Barré
● Obstruções: corpo estranho, edema de glote, laringoespasmo, lesões do SNC
● Distúrbios obstrutivas: DPOC ou Asma
Causas: dor, febre, intoxicação por salicilatos, ansiedade, anemia, infecção, anormalidades
cardiopulmonares
Decréscimo de 2 mEq/L no HCO3 para cada redução de 10mmHg do pCO2 abaixo de 40 mmHg, →
casos agudos
Decréscimo de 5 mEq/L no HCO3 para cada redução de 10mmHg no pCO2 abaixo de 40 mmHg, →
casos crônicos.
Distúrbios Hidroeletrolíticos
a. HIPONATREMIA NA <135
Agudo: < 48h ou Crônica >48h
● Ganho de água >> perda de água -----> diluição do Na sérico
● Osmolaridade baixa
→ Pseudohiponatremia: aumento de proteínas // colesterol
Hipervolêmica: Baixo débito cardíaco, cirrose, gravidez -- ativa os barorreceptores - Ativa ADH
Disfunção renal
Tratamento
1. Tratar doença de base
2. Restrição Hídrica
3. Aguda → Correção rápida // Crônica →
Correção lenta
Os pacientes podem apresentar sinais e sintomas de desidratação como mucosas secas, olhos encovados e
perda de turgor da pele
.
a. Hipovolêmica: quando o paciente perde água livre e sódio, porém mais água do que sódio. Pode
ocorrer por perdas renais (p. ex., uso de diuréticos ou extra renais de água (p. ex., diarreia).
b. Euvolêmica: ocorre na maioria das vezes por desidratação, ou seja, ocorre perda de água livre do
plasma, porém a quantidade total de sódio corporal não muda. Nessa situação poderia ocorrer por
diabetes insipidus e/ou perdas insensíveis (sudorese, taquipnéia).
c. Hipervolêmica: sobrecarga de volume, geralmente devido à infusão excessiva de soluções
cristaloides. Pode ocorrer também devido a erros em hemodiálise ou ingesta excessiva de sal
(tentativa de suicídio).
Para diagnóstico etiológico da hipernatremia, é importante a avaliação da osmolaridade urinária, o principal
determinante da atividade do hormônio antidiurético (ADH). Assim:
Osmolaridade urinária < 300 mOsm/L sugere inefetividade do ADH, que pode ocorrer por:
1. Deficiência de ADH (diabetes insipidus central) → responsável pela administração exógena de ADH.
2. Resistência a ADH (diabetes insipidus nefrogênico) → não responsivo a administração de ADH exógeno.
Portanto, a osmolaridade urinária não se altera após sua administração.
→ Osmolaridade urinária > 800 mOsm/L indica uma resposta adequada do néfron à ação do ADH e capacidade
preservada de concentração urinária.
Ocorre nas seguintes situações:
1. Perdas extra renais (perdas insensíveis ou gastrointestinais).
2. Diurese osmótica.
3. Sobrecarga de sódio (NaCl, NaHCO3 e excesso de mineralocorticóides).
4. Ureia (dieta hiperproteica, sangramento digestivo, hipercatabolismo por queimaduras ou uso de esteroides).
5. Glicose ou manitol no plasma em excesso.
6. Hipodipsia primária (condição rara de distúrbio da sede)
Tratamento:
→ Não corrigir mais do que 10 mEq/ dia devido risco de edema cerebral ( Salina hipotônica 0,45%)
→ Tratar a causa base
● Mais de 95% das hipernatremias são crônicas.
Uma forma de correção que pode ser utilizada nesses pacientes é a seguinte:
Utilizar solução com dextrose 5% solução de escolha com taxa de infusão de 3-6 mL/kg/hora.
Objetivo diminuir natremia 1-2 mEq/L/hora.
Monitorização da natremia 2/2 horas.
Quando a concentração de sódio atinge cerca de 145 mEq/L, deve-se reduzir a velocidade da infusão
para 1 mL/kg/hora.
Quadro clínico:
A hipercalemia pode causar fraqueza muscular ascendente, progressiva, que se inicia nas pernas e progride
para tronco e braços – pode simular quadro de paralisia flácida aguda (Guillain-Barré).
● ECG: onda T apiculada, onda p achatada,
alargamento QRS
O quadro clínico pode ser inespecífico, com letargia, fraqueza, anorexia, náusea, vômitos,
constipação, poliúria e polidipsia. Sintomas neurológicos denotam hipercalcemia grave.
→ As complicações decorrentes da hipercalcemia incluem desidratação, nefrolitíase, nefrocalcinose,
insuficiência renal, hipertensão, arritmias cardíacas, úlcera péptica, pancreatite e até coma.
● Quando a hipercalcemia é aguda, a apresentação pode ser dramática, com confusão mental,
psicose orgânica e letargia, que pode progredir para estupor e coma
A hipercalcemia pode ainda diminuir os potenciais de ação miocárdico, o que resulta em
encurtamento do intervalo QT
A crise hipercalcêmica é definida com um
cálcio corrigido > 14 mg/dL associada com
disfunção de múltiplos órgãos. Os pacientes se
encontram profundamente desidratados e este
é o achado dominante da apresentação clínica
apesar de os pacientes se apresentarem com
profunda desidratação, na maioria das vezes não
apresentam hipotensão arterial, pois o cálcio
aumenta tônus vascular
● Tratamento
Os pacientes com níveis de cálcio total > 12
mg/dL e sintomas têm indicação de internação
hospitalar. Pacientes com hipercalcemia grave,
principalmente se valores de cálcio maiores
que 16 mg/dL, têm indicação de internação em
UTI.
1. Tratar a causa de base
2. Aguda/Crise:
HIPOCALCEMIA
● A hipocalcemia é definida por cálcio total menor
que 8,5 mg/dL
QC: Em casos leves, os pacientes apresentam parestesias
de extremidades e periorais, e, em casos graves, espasmo
carpopedal, laringoespasmo e contrações musculares
graves podem ocorrer, tetania.
Outros pacientes apresentam sintomas menos
específicos, como fadiga e irritabilidade, entre outros.
● Os achados clássicos de irritabilidade
neuromuscular são os sinais de Trousseau e
Chvostek.
● Convulsões, tanto na forma de crises de ausência,
focais, como na de crises tônico-clônicas
generalizadas, podem ser a única manifestação de
hipocalcemia.
Os pacientes podem apresentar manifestações cardíacas com disfunção sistólica, arritmias cardíacas
secundárias e prolongamento do intervalo QT.
→ Trata-se de um prolongamento do segmento ST e onda T relativamente normal
Tratamento
Leve
Pacientes com cálcio iônico acima de 3,2 mg/dL (0,8 mmol/L) ou cálcio total entre 8,0 e 8,5 mg/dL (2 mmol/L)
são em geral assintomáticos e podem ser tratados apenas com reposição de cálcio pela dieta ou com
formulações de cálcio por via oral. O aumento em 1.000 mg ao dia na ingesta de cálcio em geral é suficiente para
controle.
Em pacientes com hipocalcemia assintomática com disfunção renal e baixos níveis de vitamina D, os objetivos
primários são corrigir a hiperfosfatemia e repor vitamina D, não sendo necessária reposição de cálcio.
→ A reposição de vitamina D também é recomendada nesses pacientes, e o calcitriol em dose de 0,25 a 0,5 μg
duas vezes ao dia é a medicação de escolha em pacientes com hipocalcemia aguda, pois sua ação tem início mais
rápido.
→ Na alta hospitalar, o paciente pode receber carbonato de cálcio 1.000 a 1.500 mg ao dia (2 ou 3 cps de 500 mg).