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❖ Fórmula osmolaridade
➢ Osmolaridade sanguínea = 2 x sódio + glicemia/18 + ureia/6
➢ Normal é a osmolaridade ficar entre 285 a 295
➢ Se perguntar a osmolaridade efetiva, desconsiderar a ureia
❖ Hiponatremia
➢ O balanço da natremia acontece pelo controle da sede e da secreção do
ADH
➢ As principais manifestações são neurológicas como: confusão mental,
convulsões, cefaleia e coma
➢ Causas de hiponatremia com hiperosmolaridade: estado hiperglicêmico
hiperosmolar, pseudo hiponatremia (aumento de gordura ou proteína no
sangue, como mieloma múltiplo)
➢ Polidipsia primária
▪ Ingestão absurda de água por quadro psiquiátrico
➢ Hipovolêmica (choque hipovolêmico, vômitos, diarreia, etc)
▪ Mecanismo mais comum de hiponatremia
▪ Gera grande liberação de ADH
▪ Tratamento é repor volume principalmente na forma de soro
fisiológico
➢ Hipervolêmica (insuficiência cardíaca, insuficiência hepática)
▪ É uma hipervolemia que engana, pois existe uma diminuição da
volemia efetiva (volemia no leito arterial)
▪ Gera grande liberação de ADH
▪ Tratamento é controlar a doença de base, diminuir a ingestão de
água e utilizar os diuréticos (furosemida) com cautela
➢ SIADH – síndrome da secreção inapropriada do ADH
▪ O paciente nesse caso está normovolêmico, pois existe uma
secreção aumentada de peptídeo natriurético atrial
▪ Principais causas
• Condições que acometem o SNC > TCE, AVE, meningite
• Cirurgias, pois a elevação do ADH faz parte da REMIT
• Medicações, principalmente antidepressivos, haldol e
anticonvulsivantes
• Doenças pulmonares, principalmente câncer oat cell e legionella
• HIV e as doenças oportunistas relacionadas
▪ Diagnóstico
• Sódio urinário acima de 40, osmolaridade urinária acima de
100, hipouricemia
• Isso acontece devido à secreção de peptídeo natriurético atrial,
que estimula a liberação de sódio na urina
▪ Diagnóstico diferencial
• Síndrome cerebral perdedora de sal
Causada por uma lesão cerebral que estimula a liberação de
BNB (peptídeo natriurético cerebral)
Leva a uma perda excessiva de sal e água na urina
A diferença é que nessa síndrome não tem o ADH, logo ela só
perde água e sódio pela urina, levando a uma HIPOVOLEMIA
▪ Tratamento
• Diminuir a ingestão de água e uso de diuréticos (furosemida) com
cautela
• Utilizar os antagonistas do receptor do ADH como a
demeclociclina (já em desuso) e os vaptanos
➢ Reposição de sódio
▪ Sempre deve ser feita com cautela para evitar a desmielinização
osmótica (secar o neurônio), pois depois de 48 horas o neurônio
já entrou em equilíbrio com o meio
▪ Pensar em repor o sódio quando tivermos uma hiponatremia
com menos de 48 horas e sintomática
▪ Repor com a salina hipertônica a 3%
▪ Cálculo do déficit de sódio
• Déficit de sódio = 0,6 x peso x variação de sódio almejada
• Utilizar 0,5 para mulheres
▪ Podemos subir a natremia no máximo 8 a 12meq em 24 horas ou
3 meq nas primeiras 3 horas
▪ Exemplo
• Corrigir o sódio de judite que pesa 68 kilos
• Déficit = 0,5 x 68 x 10
• Precisamos repor 340meq de sódio
• 1 grama de NaCl tem 17 meq de sódio
• Precisamos repôs 20 gramas de NaCl
• Como a salina é 3%, vamos repor 660 ml de salina 3%
• MACETE
CALCULAR O DEFICIT DE SÓDIO E MULTIPLICAR POR 2
E VAMOS TER A QUANTIDADE DE ML DA SALINA 3%
❖ Hipernatremia
➢ Ou é falta de água ou é falta de ADH
➢ Acomete principalmente idosos, recém nascidos, pessoas sem
acesso à água
➢ Diabetes insipidus, que pode ser por falta de ADH (lesão no
hipotálamo ou neuro hipófise) ou por uma insensibilidade do rim ao
ADH. A diferenciação é feita dando o ADH
➢ Clinica igual a do paciente com hiponatremia, mas também pode
acontecer hemorragia cerebral pela retração dos neurônios que leva a
retração das artérias
➢ Tratamento
▪ Dar água livre pela via oral ou pela sonda
▪ Se tiver que fazer via parenteral utilizar soro glicosado ou soro à
0,45%
▪ Quanto dar de água?
• Déficit de água = 0,5 x peso x
• Utilizar 0,4 para mulheres
▪ Diminuir no máximo 10meq em 24 horas para evitar o risco de
edema cerebral
❖ Distúrbios do potássio
➢ O potássio normal varia entre 3,5 a 5,5
➢ íon importante, pois é responsável por gerar o potencial transmembrana
➢ PH alcalino, adrenalina e insulina jogam potássio para dentro da célula
➢ Aldosterona joga potássio para urina
➢ O problema do potássio é um problema de quem guarda ou de quem
joga pra fora
➢ A célula que mais sofre nos distúrbios do potássio são as musculares
➢ Clínica
▪ Fraqueza muscular, câimbras, constipação, arritmias
❖ Hipocalemia
➢ Causas
▪ Alcalose, beta-2-agonista, uso de insulina, hiperaldosteronismo,
vômitos (pela urina), diarreia, reposição de vitamina B12 (grande
proliferação de células), distúrbios tubulares (uso de anfotericina B e
aminoglicosídeos)
➢ Clínica
▪ Alterações eletrocardiográficas
• Diminuição da onda T (a onda T acompanha o potássio)
• Aumento do intervalo QT
• Aparecimento da onda U (repolarização das fibras de purkinje)
• Aumento da onda P (a onda P vai contra o potássio)
➢ Tratamento
▪ Se tem alterações eletrocardiográficas ou não da pra repor por
via oral
• Repor com KCl venoso (pode ser ampola de 10% ou 19%)
• Repõe e checa
• 1 grama de KCl tem 13meq de potássio
• Podemos tepor entre 10 e 20meq por hora
• Dar preferência para soro hipotônico
• Exemplo: 210 ml de NaCl 0,45% + 40ml de KCl 10% e correr
em 4 horas
• Macete: correr uma ampola de 10% por hora
▪ Não tem alterações eletrocardiográficas
• Repor potássio via oral com xarope de KCl 6%, fazer 15ml de 8
em 8 horas
▪ Em caso de hipocalemia refratária ao tratamento temos que pensar
em hipomagnesemia
❖ Hipercalemia
➢ Causas
▪ Acidose, beta bloqueador, cetoacidose (antes do tratamento pela
falta de insulina), rabdomiólise, hemólise, síndrome de lise tumoral,
hipoaldosteronismo (insuficiência de suprarrenal, IECA, BRA),
insuficiência renal, acidose tubular tipo 4
➢ Clínica
▪ Alterações eletrocardiográficas
• Aparecem geralmente com o potássio acima de 6,5
• Aumento da onda T (T em tenda)
• Encurtamento do intervalo QT
• Diminuição da onda P
• Alargamento do QRS, pode formar QRS sinusoidal
➢ Tratamento
▪ Se tem alteração no eletro ou potássio acima de 6,5 tem que
usar o gluconato de cálcio
• Correr uma ampola a 10% em 5 minutos
• Pode ser repetido
▪ Glicoinsulinoterapia
• 10 unidades de insulina + 50 gramas de glicose para correr em 20
a 60 minutos
▪ Beta-2-agonista
▪ Uso de bicarbonato se tiver acidose associada
▪ Diuréticos como furosemida, porém não da para usar em
pacientes com insuficiência renal
▪ Sorcal que é uma resina que aumenta a perda potássio pelo TGI
▪ Diálise se refratário
❖ Distúrbios acidobásicos
➢ PH normal é entre 7,35 a 7,45
➢ Bicarbonato normal é 22 a 26
➢ PCO2 normal é entre 35 a 45
➢ Primeiro olha o PH depois olha quem justifica a alteração do PH
➢ O base excess tem o valor normal de -3 a +3, e ajuda a ver se é um
distúrbio agudo ou crônico. Se o base excess estiver alterado quer
dizer que é um distúrbio crônico
➢ Acidose metabólica
▪ Ocasionada pela queda do bicarbonato
▪ AG = Na – (Cl + bicarbonato)
▪ Causas
• Ânion gap aumentado (maior que 12) > lembrar do aumento
da osmolaridade nos casos de intoxicação (gap osmolar)
Intoxicação pelo AAS
Intoxicação por álcool (metanol e etilenoglicol)
Acidose lática
Uremia
Cetoacidose diabética
• Ânion gap normal ou hiperclorêmica (entre 8 e 12)
Acidose do soro fisiológico
Ureterosigmoidoscopia > urina rica em Cl caindo no TGI e
sendo reabsorvida
Diarreia
Acidose tubular
▪ Cálculo da compensação
• PCO2 esperada = 1,5 x bicarbonato + 8
• Podemos tolerar uma variação de 2 pra mais ou pra menos
• Se a PCO2 estiver abaixo da esperada, quer dizer que ta lavando
muito CO2, logo temos também alcalose respiratória
• Se a PCO2 estiver acima da esperada, quer dizer que o pulmão
está retendo mais do que deveria, logo temos uma acidose mista
▪ Tratamento
• Na acidose com ânion GAP aumentado temos que corrigir a
causa de base
• Quando utilizar bicarbonato?
Alcalinizar urina em caso de intoxicação por ácidos
PH menor que 7,1 em caso de uremia
PH menor que 6,9 em caso de cetoacidose
Na acidose com ânion GAP normal > preferir a via oral e repor
na forma de citrato que vira bicarbonato depois que passa
pelo fígado
➢ Alcalose metabólica
▪ Causas
• Vômitos > principal causa
• Hiperaldosteronismo
▪ Se existe uma alcalose metabólica é porque não estão deixando
o rim trabalhar direito
• Os fatores que ocasionam isso são: hipovolemia, cloreto
baixo e potássio baixo
▪ Cálculo para compensação da alcalose metabólica
• PCO2 esperada = bicarbonato + 15
▪ Tratamento
• Repor potássio
• Repor volume
• Interromper as causas