Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ITU-SP
2023
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo definir como, e o que ocorre no distúrbio acidobásico, sistema de
tampões, regulação respiratória e na regulação da função renal, apresentando sua característica
patológica e fisiologia dentro do corpo humano.
1 DISTURBIOS ÁCIDOS-BÁSICO
• ACIDOSE METABÓLICA
A acidose metabólica se caracteriza como Hiato aniônico elevado ou normal, que é feito baseado
na presença ou a ausência de aníons que não são mostrados no soro. As causas podem se dar pelo
aumento da geração de ácido, perda de bicarbonato ou excreção de ácido renal diminuída. O
principal cátion mensurável (CM) no organismo é o Na+, que é constituindo por 90% das cargas
positivas. E desta forma, os cátions não-mensuráveis (CNM) são iguais a 10% dos íons séricos,
que são K+, Ca++ e Mg++. Os ânions mensuráveis (AM) constituem o HCO3- e o Cl-,
representando cerca de 85% das cargas negativas. E o PH do sangue é visto abaixo de 7,36. Elas
são divididas em ânion gap normal e ânion gap elevado .
Os sintomas variam de acordo com o paciente e suas condições, mas alguns sintomas são:
• Respiração rápida
• Confusão
• Cansaço
• Choque
• O hálito do paciente fica com um aroma frutado (cetoacidose diabética)
• Batimento cardíaco rápido
• Dor de cabeça
• Fraqueza
• Náusea
O Diagnostico pode ser feito através de uma Gasometria arterial, Exame de urina, Teste de
ácidos láctico e o Ânion gap
• ACIDOSE RESPIRATORIA
A acidose respiratória é resultante da ventilação reduzida dos alvéolos pulmonares Dificuldade
de ventilação do paciente, que pode levar no aumento de pCO2, redução do PH e retenção de
dióxido de carbono. E como resposta de compensação entra o sistema renal que apresentara o
HCO3 elevado na gasometria.
O Dióxido de carbono pode se acumular de forma rápida ou lenta assim sendo possível ter dois
tipos de acidose aguda e crônica
Aguda
pCO2 aumentado + acidemia (pH menor que 7,35) nessa patologia a retenção de CO2 vai ser
rápida que pode apresentar casos de insuficiência respiratória aguda.
• Crônica
• pCO2 aumentado + pH normal + Bicarbonato sérico elevado, e nesse caso o paciente vai
apresentar uma retenção lento de CO2. Paciente
• As causas desse distúrbio podem se dar por:
• Distúrbios do SNC (AVC/tumor/hipertensão intracraniana)
• Intoxicação por benzodiazepínicos ou opioides
• Síndrome Guillain Barre
• Miopatias inflamatórias
• Deformidades da parede torácica
• Fadiga respiratória
• Obesidade mórbida
Sabe-se que o pH sanguíneo oscila entre os valores de 7,35 a 7,45. A alcalose é caracterizada
por uma modificação no pH sanguíneo, em específico, quando o valor fica acima de 7,45 por
conta da diminuição de íons H+ concentrados no sangue. Essa modificação pode ser
desencadeada pelo funcionamento em excesso dos pulmões, rins ou sistemas tampão. Também
se destaca como causadores dessa modificação, o âmbito respiratório ou metabólico.
A alcalose metabólica é caracterizada pela diminuição de ácidos não-voláteis, aumentando a
quantidade de HCO3 no plasma. Ou seja, ela é um distúrbio acidobásico que aumenta a
concentração do bicarbonato, ocasionando a diminuição do Hidrogênio no sangue arterial,
aumentando o pH sanguíneo.
Tal distúrbio possui bastante ocorrência em unidades de terapia intensiva (UTIs), possuindo
como causas mais comuns:
1. Perda de Hidrogênio: Normalmente ocasionado por vômitos e drenagem gástricas (perdas
gastrointestinais), uso de diuréticos de alça ou tiazídicos (perdas renais) e hiperaldosteronismo.
2. Adição de HCO3 ao LEC: Desencadeada pela ingestão crônica/excessiva de antiácidos
ou infusão de bicarbonatos.
A alcalose metabólica também pode ser manifestação de doenças primárias, portanto, se torna
essencial o tratamento de doença de base, quanto de seus efeitos.
O tratamento se baseia na causa, quando ela é resultado de perda gástrica, se trata a partir da
correção da hipovolemia e da hipocloremia, com solução de NaCl 0,9%. Quando a perda é pelos
rins ou estômago, é necessário o uso de inibidores de bomba de prótons ou a suspensão de
diurético, ou seja, a correção da causa subjacente reverterá a alcalose.
Por sua vez, a alcalose respiratória é um distúrbio acidobásico é desencadeada por uma
ventilação inadequada que ocasiona uma hiperventilação alveolar, resultando na perda excessiva
de pCO², essa diferença produz um aumento no pH e reduz a concentração de HCO³.
Dentre as causas da alcalose respiratória, podemos dividi-las em:
1. Agudas: Causada por febre, infecções sistêmicas, dor severa, ansiedade, encefalite e
intoxicação por salicilatos. A origem do distúrbio vem da hiper estimulação do centro
respiratório bulbar.
2. Crônicas: Relacionada a lesões no SNC ou ventilação assistida. A lesão do SNC refere-se
a danos permanentes às áreas bulbares de controle respiratório.
Como tratamento, nos dirigimos a regulação adequada da assistência por ventilação mecânica.
Também se sugere, aos pacientes com síndrome de hiperventilação, a respiração em sacos de
papel e atenção a episódios de estresse psicológico
Distúrbio misto ocorre, quando o grau de compensação não é adequado ou quando a resposta é
maior que a esperada. Em alguns casos os distúrbios alteram o pH em diferentes sentidos, ou
seja, estão presentes uma alcalose e uma acidose. Nesses casos é importante notar que ambos são
causados por deficiências no mesmo sistema, seja respiratório ou renal.
Acidose Mista
Na Acidose metabólica o HCO3 vai ser baixo, enquanto o pCo2 vai ter aumento na ventilação
Fazemos uma conta para identificar se o pulmão está compensando essa acidose metabólica
pCo2: (1,5xHCO3 ) +8
Exemplo:
PH: 7,2
HCO3: 20
(1,5 x 20) + 8 =38
O resultado pode variar em 2 para mais ou para menos ou seja 36 ou 40
Se esse valor for maior que 40 teremos uma acidose respiratória, se esse valor for menor de 36
teremos uma alcalose respiratória
Acidose= excesso de CO2, nesse caso estaria retendo CO2 ocasionando problemas nos rins e nos
pulmões
Alcalose = hiperventilado, nesse caso jogando o CO2 para fora
O distúrbio nesse caso se dá pelo fato de termos uma acidose metabólica e alcalose respiratória
• Acidose respiratória nesse caso temos o quadro aguado e o quadro crônica, pCo2 estará
alto HCO3 deverá ser reabsorvido
Quadro agudo: se trata de uma enfermidade recente
Temos como base:
Para cada 10 mmHg de pCO2 que sobe – reabsorve 1 mEq/I HCO3
Exemplo:
pCO2: médio é 40 mmHG
HCO3: médio é 24mEq/L
Se o pCO2 está em 60 temos uma subida de: 20 e reabsorvido de 2 ou 8; 2 em casos agudos e 8
em casos crônicos.
Referente ao HCO3 no caso aguado fazemos (HCO3 médio+ valor reabsorvido) , ou seja, 24 + 2
= 26
O HCO3 é para estar 26 mEq/L podendo estar entre 24 ou 28
Menor que 24: acidose metabólica, devido o bicarbonato não estar reabsorvendo o suficiente
Maior de 28: alcalose metabólica, devido o rim estar reabsorvendo mais que o necessário
2 SISTEMA DE TAMPÕES
O mais importante sistema tampão do organismo é o sistema tampão ácido carbônico e pelo
sal desse ácido, o bicarbonato de sódio, pois atua diretamente na regulação do PH. Quando
um ácido é adicionado ao sangue, o bicarbonato do tampão reage a ele, a reação produz um
sal, formado com o sódio do bicarbonato e o ácido carbônico. O ácido carbônico produzido
pela reação do bicarbonato do tampão, se dissocia em CO2 e água.
Os mecanismos fisiológicos são representados pelos pulmões e pelos rins, que eliminam
substâncias indesejáveis ou em excesso, ácidas ou bases.
Para a formação de uma solução assim, mistura-se o ácido fraco com um sal do mesmo ânion
desse ácido. Por exemplo, considere uma solução-tampão constituída de ácido acético
H3CCOOH e acetato de sódio H3CCOONa. A concentração desses íons se deve
praticamente à dissociação do sal, que é grande. Já a ionização do ácido é pequena.
A adição de um ácido forte aumenta a concentração do íon hidrônio, H3O+1, e visto que o
ácido acético é um ácido fraco, o ânion acetato possui grande afinidade pelo próton
hidrônio. Dessa forma, eles reagem e mais ácido acético é formado. No entanto, se for
adicionado cada vez mais ácido forte chegará o momento em que todo o ânion acetato será
consumido e o efeito tampão cessará. A adição de uma base forte aumenta a concentração
dos íons OH-.
Mas esses íons são neutralizados pelos íons H3O+1 liberados na ionização do ácido
acético. A concentração dos íons H3O+1 irá diminuir e haverá um deslocamento do
equilíbrio no sentido de aumentar a ionização do ácido e, a variação de pH da solução será
muito pequena.
Mistura de base fraca com seu ácido conjugado
Portanto, o aumento dos íons OH- é compensada pelo aumento proporcional de Mg2.
3 REGULAÇÃO RESPIRATORIA