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Nome: Vanessa Aparecida da Silva Melo RGM: 222.

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Atividade de Clinica Médica

Qual a finalidade do exame – gasometria arterial?

A gasometria arterial é um exame indicado para avaliação do distúrbio do equilíbrio


ácido-base, da oxigenação pulmonar do sangue arterial e da ventilação alveolar. Tem
por objetivo mensurar os valores do pH sanguíneo, da pressão parcial de gás carbônico
(PaCO2) e oxigênio (PaO2), do íon bicarbonato (HCO3) e da saturação da oxi-
hemoglobina, dentre outros. Trata-se de um procedimento invasivo, realizado por meio
de uma punção arterial.

 
Que parâmetros podem ser evidenciados na gasometria arterial  e seus
respectivos valores de referência?

pH normal do sangue arterial - O pH é o que determina o estado do equilíbrio ácido-


base do sangue. Seu valor normal é de 7,35 – 7,45
pCO2 (pressão parcial de gás carbônico) - O valor do pCO2 fora dos valores 35 – 45
mmHg indica algum distúrbio respiratório.
HCO3 (bicarbonato) - Já o HCO3 permite detectar distúrbios metabólicos. Seu valor
de referência é 22 – 28 mEq/L.
BE (excesso de bases) - O excesso de bases (BE) é um parâmetro que vem em conjunto
com o HCO3 e juntamente com ele irá indicar um distúrbio metabólico. Seu valor
normal é de -2 a +2 mEq/L.
pO2 (pressão parcial do oxigênio) - A pO2 dentro do seu valor 80 – 100 mmHg
determina uma boa eficácia das trocas de oxigênio entre alvéolos e capilares
pulmonares.
SatO2 (Saturação de Oxigênio) - A saturação de oxigênio (SatO2) representa a
quantidade de oxigênio que se liga com a hemoglobina. Seu valor de referência é acima
de 95%. 
Quais são os principais distúrbios acido básicos encontrados em uma gasometria
arterial?

Distúrbios Respiratórios
Os distúrbios de origem respiratória são decorrentes de alterações primárias na pCO2. E
essas alterações são ocasionadas por desordens na ventilação pulmonar. A
hiperventilação reduz a pCO2 e a hipoventilação aumenta a pCO2. Dessa maneira,
alcalose e acidose respiratórias, nada mais são do que alterações da ventilação.
 
Acidose Respiratória
A acidose respiratória acontece quando o pH é reduzido. Essa redução de pH ocorre
devido ao acúmulo de CO2 pelo organismo, que não o elimina adequadamente pela
ventilação. Pneumonia, enfisema, asma, inalação de fumaça, ingestão de drogas,
bronquite, alterações no sistema nervoso central e obstrução das vias aéreas são
situações que podem provocar a acidose respiratória.  Alguns sintomas são dificuldade
respiratória, desorientação, coma, fraqueza e pH urinário abaixo de 6,0.
 
Alcalose Respiratória
A alcalose respiratória, consequentemente, é o contrário da acidose. Ou seja, com a
eliminação excessiva de CO2 por meio respiratório, o pH é elevado, causando o
distúrbio. Entre as situações que podem causar a alcalose respiratória, estão a febre alta,
exercícios físicos excessivos, uso de drogas, cirrose, overdose e doenças pulmonares.
Pode apresentar sintomas como: convulsões, inconsciência, tetania e pH urinário acima
de 7,0.
 
Distúrbios Metabólicos
Já os distúrbios metabólicos acontecem quando há alteração nas concentrações de
bicarbonato. Isso faz com que haja anormalidades no conteúdo de bases ou ácidos. Este
pode ser causado por doenças renais, vômitos e/ou diarreia intensos, alterações
eletrolíticas, ou ainda, ingesta de substâncias ou doenças que afetam o metabolismo,
como diabetes, por exemplo.
 
Acidose Metabólica
A acidose metabólica se dá quando o pH do corpo diminui. Isso ocorre devido ao
acúmulo de ácidos do metabolismo (que pode ser pirúvico, clorídrico, fosfórico,
sulfúrico, lático e bromídrico). Pode ocasionar sintomas como torpor, falta de ar a
esforços, hiperventilação, respiração profunda e rápida (kussmaul), inconsciência e
urina ácida.
 
Alcalose Metabólica
A alcalose metabólica acontece quando há perda de ácidos em excesso. Ou acúmulo de
bases (por exemplo, o próprio bicarbonato de sódio). Isso faz com que eleve o pH.
Comumente apresenta sintomas como: tetania e respiração difícil, hipertonicidade dos
músculos, potássio menos que 4 mEq/L e pH urinário acima de 7,0.
 
Distúrbios Mistos
Ainda pode ocorrer um distúrbio misto, ou seja, os dois sistemas (respiratório e
metabólico) estão envolvidos em uma mesma gasometria. Isso acontece por causa do
princípio da compensação, onde devemos ficar atentos à provável resposta
compensatória para cada distúrbio. Dessa forma, cada tipo de distúrbio puxa o PH para
seu lado, deixando o PH normal. Para decifrar essa disfunção mista, é necessário levar
em consideração os outros itens presentes na gasometria.

 Que profissional é responsável pela coleta?

Resolução Cofen nº 390/2011, Art. 1º No âmbito da equipe de Enfermagem, a


punção arterial tanto para fins de gasometria como para monitorização da pressão
arterial invasiva é um procedimento privativo do Enfermeiro, observadas as
disposições legais da profissão.

 Quais as possibilidades de sitio de punção e como realizá-la?

Locais de punção por ordem de preferência: artérias radiais, braquiais e femorais;

- Higienizar as mãos.

- Realizar desinfecção do frasco de heparina sódica com Clorexidine alcóolico.

- Adaptar a agulha a seringa e aspirar 0,2ml de heparina sódica, lubrificando a seringa


em toda sua extensão.

- Identificar a seringa com nome do paciente, leito, unidade e data.

- Em seguida, empurrar o êmbolo de volta até o fim, desprezando a heparina e trocar a


agulha. Caso utilizar a seringa específica para gasometria (pré-lubrificada com
anticoagulante), este procedimento é desnecessário.

- Preparar ambiente.

- Explicar para o paciente os riscos/benefícios e objetivos do procedimento.


- Posicionar confortavelmente o paciente em decúbito dorsal ou sentado.

- Calçar luvas de procedimento e óculos de proteção.

- Realizar o Teste de Allen: comprimir simultaneamente as duas artérias (radial e ulnar)


pedindo ao paciente que feche e abra várias vezes a mão; esta ficará esquemiada e
pálida. Em seguida com a mão do paciente aberta, retira-se os dedos da artéria ulnar. A
coloração rósea deve voltar, indicando boa circulação colateral.

- Palpar o pulso radial. Em caso de debilidade pensar nos demais locais de punção, em
ordem de prioridade: braquial, pedioso e femoral.

- Realizar antissepsia do local da punção com algodão o gaze embebido em Clorexidine


alcoólico.

- Posicionar a agulha inclinada a 45° e o bisel disposto lateralmente. Observar o


enchimento espontâneo de sangue na seringa ou realizar aspiração até o volume
predeterminado. Para os demais locais a angulação da agulha deve respeitar: 45-60º para
braquial, 30-45º para pedioso e 60-90º para femoral.

- Retirar a agulha e pressionar o local até hemostasia completa.

- Remover imediatamente as bolhas de ar da seringa.

- Realizar rotação da seringa entre as mãos.

- Colocar a seringa dentro do saco plástico.

- Retirar as luvas e higienizar as mãos.

-Encaminhar imediatamente a seringa ao laboratório, de preferência em gelo.

- Organizar os materiais e encaminhá-los ao destino adequado.

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