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@profa_priscilafontana
O que é Gasometria Arterial?
O ânion gap nada mais é do que a diferença entre os cátions presentes no sangue
(principalmente sódio) e os ânions (HCO3 e Cloro). A soma de todos os cátions
deve ser igual à soma de todos os ânions. Porém somando o principal cátion que
é o sódio e os principais ânions, a conta não fecha. Para ter o equilíbrio temos o
Ânion Gap, que são os ânions não mensuráveis.
AG = Sódio - (Cloro + HCO3)
Seu valor de referência varia de 6 a 12mEq/L, de acordo com o laboratório.
Sua principal função é a diferenciação das acidoses metabólicas.
HIPOPERFUSÃO TECIDUAL:
Choque (séptico, cardiogênico ou hipovolêmico)
Insufuciência cardíaca
PCR
Isquemia mesentérica
CIRROSE HEPÁTICA
DEFICIÊNCIA RENAL
CETOACIDOSE
LEUCEMIAS E LINFOMAS
HIV
FÁRMACOS E TOXINAS
ERROS INATOS DO METABOLISMO
Lactato
Os pontos de corte para o Lactato arterial são:
Normal: até 2mmol/L
Hiperlactatemia leve: 2 a 5mmol/L
Hiperlactatemia moderada: 5 a 10 mmol/L
Hiperlactatemia grave: > 10mmol/L
O Lactato é um marcador de gravidade em casos de choque (séptico,
cardiogênico ou hipovolêmico), e a acidose láctica é comumente caracterizada por
pH < 7.35 e concentração arterial de lactato > 5mmol/L.
Relação P/F (PaO2/FiO2)
A relação P/F apesar de muitas vezes auxiliar no entendimento da troca gasosa,
ela avalia a oxigenação.
Como ela não leva em consideração a ventilação alveolar no cálculo, não
descarta hipoxemia por hipoventilação.
Vent. Alveolar = FR x (VC - Vent.espaço morto)
www.rccc.eu/calculadoras/SpFi.html
CaO2 - Conteúdo Arterial de Oxigênio
O CaO2 (Conteúdo Arterial de Oxigênio) expressa a quantidade total de O2
transportada aos tecidos. Ele é o padrão ouro para avaliarmos a oxigenação.
Através dessa variável conseguimos ter acesso a todo conteúdo de oxigênio
disponível para o consumo tecidual.
O O2 é basicamente transportado de 2 formas:
- Dissolvido do plasma: 1 a 2% do total de O2
- Ligado à hemoglobina: 98 a 99% do total de O2
CaO2 = (1.34 x Hb x SaO2 ) + (0,003 x PaO2)
Então mesmo que cotidianamente utilizemos a relação P/F para nos nortear em
tomadas de decisão, é importante avaliarmos outros índices para entendermos
nosso paciente por completo!!!
D(A-a) O2 e relação PaO2/PAO2
Caso a FiO2 ofertada seja diferente das citadas acima, é somente fazer uma
regra de três simples para sabermos o valor de referência.
D(A-a) O2 e relação PaO2/PAO2
É uma medida não influenciada pela FiO2 o que sugere fortemente o seu
uso rotineiro.
Não se prenda somente à avaliação da SaO2, PaO2 e relação P/F para a
oxigenação! Vá além! Pois podemos estar diante de distúrbios de trocas
gasosas, de ventilação/perfusão, alteração intersticial...
Todos esses índices podem trazer informações valiosíssimas sobre a
oxigenação do nosso paciente!!!
Uma DO2 (oferta de Oxigênio tecidual) adequada é dependente de:
- Débito Cardíaco
- Hemoglobina
- SaO2 (Saturação Arterial de Oxigênio)
- Em menor atuação a PaO2 (Pressão Parcial Arterial de Oxigênio)
Por isso que na ventilação mecânica, não adianta eu "melhorar" a oxigenação com uma
melhora da PaO2 se meu paciente terá repercussão no débito cardíaco, ou SaO2, ou se ele
está anêmico.
Com uma perfusão inadequada, captação/oferta inadequada de O2 para os tecidos, iremos
favorecer um metabolismo celular anaeróbico e maior produção de ácido lático.
Devemos estar atentos à afinidade da Hb com o oxigênio.
Mesmo que tudo esteja "normal", se houver aumento da afinidade da Hb pelo O2, termos
uma menor oferta de O2 aos tecidos e risco de hipóxia tissular:
Redução da temperatura corporal
Alcalemia
Hipocapnia
Redução do 2,3 difosfoglicerato.
Acidose BE = -2 a + 2 Alcalose
AGUDO:
Um acréscimo de 1mEq/L no HCO3 para cada elevação de 10mmHg do PaCO2
acima de 40mmHg.
Alcalose Respiratória
AGUDO:
Um decréscimo de 2 mEq/L no HCO3 para cada redução de 10mmHg do
PaCO2 abaixo de 40mmHg.
Atenção !!!
PaCO2 = 25
PaO2 = 97
HCO3 = 11
BE = - 14.5
Caso Clínico 1
pH 7.26 ---> Acidose O distúrbio que está deixando o pH
ácido é metabólico.
PaCO2 = 25 ---> Alcalose
Então temos como distúrbio primário o
PaO2 = 97 --> Normal HCO3.
E pela fórmula do PaCO2 esperado
HCO3 = 11 --> Acidose temos 25 de PaCO2.
BE = - 14.5 --> Crônico Então temos uma acidose metabólica
COMPENSADA.
Caso Clínico 2
pH 7.46
PaCO2 = 29.6
PaO2 = 138
HCO3 = 20.7
BE = -2.5
Caso Clínico 2
pH 7.46 --> Alcalose O distúrbio que deixou o pH
alcalótico é respiratório.
PaCO2 = 30 --> Alcalose
O distúrbio é agudo.
PaO2 = 138 --> Hiperoxemia Pelo cálculo teremos como HCO3
esperado 20.
HCO3 = 20 --> Acidose
Então temos uma alcalose
BE = -2.5 --> Agudo respiratória COMPENSADA.
Caso Clínico 3
pH 7.41
PaCO2 = 30
PaO2 = 90
HCO3 = 17
BE = -5.6
Caso Clínico 3
pH 7.20
PaCO2 = 80
PaO2 = 71
HCO3 = 30
BE = - 2.8
Caso Clínico 4
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