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Propriedades Terapêuticas da Cromoterapia

Conteudista: Prof.ª Esp. Flávia Garramone


Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesari

Objetivos da Unidade:

Entender a função terapêutica particular de cada cor e suas relações no aspecto


físico, mental e emocional;

Compreender o mecanismo de reequilíbrio energético e das funções orgânicas


do Sistema de Chacras por meio do uso das cores;

Reconhecer a indicação e a contraindicação da Cromoterapia no tratamento dos


distúrbios psíquicos e biológicos.

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
1 /3

ʪ Material Teórico

Introdução
Nesta Unidade, você vai compreender as Propriedades Terapêuticas da Cromoterapia, isto é, vai
entender a esfera de ação das cores e das luzes com base nas particularidades de cada uma delas,
no que tange à sua correspondência bioenergética com os aspectos físicos, mentais e
emocionais da nossa saúde.

De início, já surgem questões elementares para a atuação na prática clínica, como: o que denota
as características terapêuticas da cor sobre o organismo? Qual efeito decorre da influência de
determinada cor sobre as funções energéticas e fisiológicas dos chacras? Existe contraindicação
para a aplicação da Cromoterapia?       

Pautados nos conhecimentos científicos sobre essas observações, vamos detalhar a temática de
relevância para nosso raciocínio clínico. 

Para começar, você vai identificar os aspectos e as características funcionais das principais
cores utilizadas, ou seja, as especificidades da vibração de cada uma das cores que influenciam
as nossas reações físicas e emocionais.

Em seguida, irá compreender de que forma o emprego da modalidade terapêutica oferece o


equilíbrio energético-funcional dos chacras com o uso das cores, a fim de alterar ou manter as
vibrações do corpo numa frequência que resulta em saúde, bem-estar e harmonia e, por fim,
conhecerá as indicações e as contraindicações da Cromoterapia.   

Certamente, ao final desta Unidade, você estará apto(a) a reconhecer a Cromoterapia como
Ciência da Saúde, uma modalidade terapêutica natural que atua diretamente na base da doença,
procurando restaurar o equilíbrio entre as energias vibratórias do corpo. 

Isso porque cada cor-luz tem particularidades de atuação na fisiologia dos aspectos de saúde
integral do paciente, já que seu mecanismo terapêutico é capaz de promover o reequilíbrio
energético por meio da interação com o sistema de chacras, devolvendo assim, a homeostase
das funções orgânicas do corpo físico.  

Acompanhe com atenção e bons estudos!

Aspectos e Características Funcionais das Principais


Cores Utilizadas
Todos os processos bioquímicos da Natureza dependem da luz e com as células do nosso corpo
não é diferente. 

Um exemplo clássico é a síntese de vitamina D que ocorre na pele, pela ação da luz solar. 

Da mesma forma, cada faixa de cores-luz primárias, do espectro de radiação visível, produz seu
efeito específico sobre o organismo, sem se confundir com as outras, que são intensificadas
pela exposição em Cromoterapia, para cada caso específico.

Propriedades Terapêuticas das Cores Quentes


A conotação das cores em quentes e frias está relacionada a suas características físicas e de
percepção visual, ou seja, no que se refere à absorção e à reflexão da luz, já que a porcentagem
absorvida pelo objeto gera calor e, também, pelas experiências emocionais de quem as vê
(MARTINS, 2020). 

Relembre, na Figura a seguir, as propriedades físicas das cores-luzes quentes.


Figura 1 – Espectro eletromagnético de luz visível. Em
destaque, as cores-luzes quentes

Em relação às propriedades terapêuticas, cabe destacar que as cores-luzes quentes — o


vermelho, o laranja e o amarelo são fisicamente quentes e, por isso, têm efeitos estimulantes. 

Segundo Gaspar (2002), mesmo quando refletidas para o ambiente, conforme as características
da cor-pigmento, dispersam grande parte de sua energia total sob a forma de calor.

A cor-luz vermelha tem comprimento de onda longo (625-740 nm), é a mais quente de todas e,
também, a mais estimulante. Entre as principais propriedades terapêuticas do vermelho, estão:
no aspecto positivo — a ação, a motivação, a vitalidade, a intensidade, a paixão, a luxúria e, no
negativo — a agressividade, a raiva e o ódio (SYRING, 2020; VALCAPELLI, 2013; WILLS, 2002). 

Segundo a Literatura e a base conceitual ancestral da Cromoterapia, o vermelho é a frequência


vibracional que mais se aproxima da matéria e está relacionada ao mundo físico e, portanto,
simboliza o princípio de vida.

Dessa forma, a cor-luz vermelha traz força e vigor ao paciente. Em relação aos aspectos
orgânicos, Martins (2020) e Furlan (2020), escalarem que:

Sinergicamente à fisiologia corporal é a cor do coração, do


sangue, dos músculos e da medula óssea. Estimula o Sistema
Nervoso Simpático e o Parassimpático, as funções do fígado e
do baço, assim como a regeneração tecidual e das células
sanguíneas, e elimina, ainda, toxinas e impurezas; 

No aspecto emocional-mental, traz motivação, segurança,


confiança, determinação para realizar os desejos e os sonhos
materiais, mas o seu excesso mostra irritabilidade e raiva
estagnada.

A respeito da segunda cor-luz do espectro solar, o laranja tem comprimento de onda (590-625


nm) menor que o vermelho, mas traz parte de sua força e calor, já que decorre de sua mistura
com o amarelo. Participa, assim, dos efeitos estimulantes e revitalizantes dessas duas cores, o
que lhe confere vantagens em certas situações, como, por exemplo, ser aplicado em pessoas
estressadas e ansiosas sem causar irritação ou mais agitação (GASPAR, 2002).

Nesse sentido, é a cor que traz vitalidade, com características funcionais regenerativas e
descongestionantes. Entre as principais propriedades terapêuticas, no aspecto positivo,
relaciona-se à alegria, à criatividade, à coragem, à audácia, ao desejo sexual e à empatia com o
próximo e, no negativo, mostra inconsequência, abuso de poder e egocentrismo.
Quanto à sinergia com as funções orgânicas, a cor-luz laranja energiza o baço, os rins, o sistema
linfático, as glândulas suprarrenais e as mamárias, e as gônadas. Também, auxilia os órgãos da
digestão de forma geral. No que tange à percepção psicológica, essa cor evoca vida, calor suave e
conforto (HELLER, 2013; SYRING, 2020).

A cor-luz amarela (565-590 nm), resultante da mistura do vermelho com o verde, é a última
radiação que traz calor.

Tem muita energia e movimento, é sempre claro, leve e brilhante, com capacidade tanto de
estimular quanto de restaurar as células debilitadas. Suas principais características terapêuticas
são a alegria, a inteligência, a racionalidade e a espiritualidade.

Dessa forma, é uma cor de estímulo reativador e fortalecedor, atuando diretamente sobre os
órgãos do sistema digestório, linfático e a pele e, também, energizando o sistema nervoso. O
amarelo estimula o bom humor, a alegria e a concentração, razão de ser amplamente favorável
para fortalecer o intelecto e a assimilação dos estudos (MARTINS, 2020; SYRING, 2020; WILLS,
2002).  

Trocando Ideias...
Simbolicamente, amarelo é a cor do Sol, derivando várias associações,
como a do seu chacra correspondente. Todavia, traz consigo os efeitos
fisiológicos do vermelho de forma mais suave e, por isso, é utilizada a
fim de facilitar a regeneração e a cicatrização de lesões de tecidos e
órgãos mais sensíveis, que poderiam ser prejudicados com energia
forte.
Vale destacar que esta qualidade peculiar do amarelo tem relação com a parcela de luz verde que a
compõe, que é também o complemento do vermelho. 

O verde ocupa exatamente o centro do espectro das cores-luzes e, por isso, tem características
diferenciadas (HELLER, 2013; VALCAPELLI, 2011).

Propriedades Terapêuticas das Cores Frias


No que diz respeito aos princípios físicos das cores frias, devido à sua frequência ser mais alta,
não há dispersão de calor de forma sensível, porém, têm maior capacidade de penetração nos
tecidos corporais. 

Observe, na imagem a seguir, essas características das radiações eletromagnéticas: verde, azul,
índigo e violeta.
Figura 2 – Destaque das cores-luzes frias do espectro
eletromagnético de luz visível 

A cor-luz verde (500-565 nm) se distingue das demais justamente por ser a média entre as
cores extremas: o vermelho, mais quente, e o violeta, o mais frio, sendo então, classificada
como uma cor nem quente, nem fria, o que torna suas propriedades terapêuticas semelhantes à
luz branca (GASPAR, 2002; HELLER, 2013; SYRING, 2020; WILLS, 2002).

Trocando Ideias...
Em Cromoterapia, a luz branca – síntese de todas as cores – tem
aplicação em procedimentos nos quais se busca o reequilíbrio
energético orgânico, a clareza de pensamentos, a conexão com o
espiritual e os sentimentos, ou quando não se tem certeza ainda da cor
específica a ser utilizada. Nesse caso, além de proporcionar paz e
tranquilidade, a Literatura cita que o organismo pode se encarregar de
selecionar a faixa de radiação que necessita.

A consequência dessa propriedade física marca o efeito psicofisiológico característico da cor-


luz verde, que é relaxante e calmante, ao mesmo tempo em que é suavemente tonificante e
estimulante. Sendo descrita, então, como uma cor equilibrada e considerada a cor da cura,
essencialmente, a cor da saúde, aplicada em vários tipos de tratamento.
Isso porque o verde é tido como equilibrador da função cerebral, endócrina, circulatória e do
corpo físico, em geral. Por conta de seu comprimento de onda, é mais penetrante, agindo nas
estruturas mais profundas, como músculos, nervos e vasos sanguíneos. Além do que, estabiliza,
de modo proficiente a nossa energia, os nossos pensamentos e os sentimentos (GASPAR, 2002;
SYRING, 2020; VALCAPELLI, 2011; WILLS, 2002).

Portanto, é uma cor de destacada importância para a prática da Cromoterapia, principalmente,


por ser capaz de corrigir os excessos e os efeitos negativos das outras cores. 

Suas principais características são o equilíbrio, a nutrição e a regulação da homeostase, para


garantir o funcionamento pleno e saudável de todos os órgãos e tecidos corporais.

Em Síntese
O verde dá a sensação de frescor e de alívio e desestressa, sendo
classificado como antisséptico, germicida e desintoxicante. Favorece a
digestão alimentar, o relaxamento muscular e refresca o sangue, trata
doenças endócrinas causadas por disfunções hipofisárias. Ele também
limpa e reenergiza os corpos sutis, equilibrando o racional com o
emocional e estimulando a harmonia, a paz, a esperança, o
crescimento e o amor próprio. 
Compreende-se, assim, a cor-luz azul (485-500 nm) como a primeira cor fria, propriamente
dita, do espectro de luz visível. Trata-se de uma cor que também tem diversas propriedades
terapêuticas, sendo muito utilizada na prática clínica, começando a sequência de cores-luzes
que se conectam aos corpos sutis mais imateriais, devido à amplitude da faixa de frequência e de
comprimento de onda (HELLER, 2013; MARTINS, 2020; SYRING, 2020; WILLS, 2002).

O azul transmite a sensação de proteção, é a cor que representa a espiritualidade e nos estimula
na busca da verdade e paz interior, assim como a criatividade, a inspiração e a compreensão
espiritual. 

Suas principais características são tranquilidade, paciência, harmonia, comunicação, gentileza e


sociabilidade, relaxamento, serenidade e fé.

Tradicionalmente, o azul é considerado uma cor analgésica, absorvente e equilibradora. Atua no


Sistema Nervoso Central e Periférico, vascular, muscular, nas glândulas endócrinas pituitária,
tireoide e paratireoides, regulando, assim, a taxa de metabolismo geral. 

Entretanto, há de se observar que ele tem características depressoras, ou seja, de ação calmante
física e mental.

Situada logo acima, está a cor-luz índigo (440-485 nm), de propriedade mais intensa.

Além de calmante, é sedativa, adstringente e forte coagulante. Suas principais características são
a consciência, a sabedoria e o conhecimento, por causa do maior contato com as esferas
elevadas. 

No corpo físico, a ação sedativa, anestésica e purificante do sangue e da linfa. 


Saiba Mais
O índigo tem efeito dissipador e relaxante das tensões físicas e
emocionais e, ao mesmo tempo, encarrega-se de energizar os corpos
material e sutis, com características semelhantes às da cor-luz
laranja. 

A última cor fria, a cor-luz violeta (380-440 nm) é a de menor comprimento de onda e, por essa
razão, é a de energia mais forte, a mais penetrante nas estruturas corporais e a de maior contato
com o mundo espiritual, estando voltada à alta espiritualidade, à transformação e,
principalmente, à transmutação de qualquer processo negativo para o positivo. Suas principais
características terapêuticas se dão pela ação cauterizadora, sedativa, estimulante do sistema
imunológico, bactericida e controladora de infecções (GASPAR, 2002; SYRING, 2020;
VALCAPELLI, 2011; WILLS, 2002).

Nesse contexto, fica evidente que as cores-luzes têm amplas funções no nosso organismo,
tanto na manutenção da saúde quanto no tratamento de doenças, sendo o equilíbrio
reestabelecido por meio do sistema Chakra e nádis.

Equilíbrio Energético-funcional com o Uso das Cores 


Em todas as formas de desequilíbrio orgânico, seja físico, seja psicoemocional, seja decorrente
da atitude mental, a Cromoterapia é eficaz para a resolução, haja vista a correspondência da cor-
luz com a nossa interface físico-etérica — os Chacras, responsáveis pelo equilíbrio energético e
fisiológico, por causa da conexão estabelecida com o sistema neuroendócrino do corpo físico.
Ressonância das Cores Quentes com os Chacras Inferiores
Frente ao conhecimento de que a energia sutil deve fluir sem bloqueios ou inibições por meio
dos chacras e nádis, pois, do contrário, as doenças se instalam, normalizam esse fluxo
energético, quando em desequilíbrio, aplicando as cores-luzes, é o objetivo primário da
Cromoterapia (GERBER,1988; MARTINS, 2010; SYRING, 2020).

Trocando Ideias...
A ideia-chave da ação de qualquer cor-luz aplicada sobre seu chacra
correspondente é que a interação energética físico-etérea se traduz em
alterações neuro-hormonais, fisiológicas e celulares por todo o corpo.
Ademais, a aura absorve e reflete a energia fotônica ao corpo astral ou
corpo emocional, considerado a sede das emoções humanas. Assim, a
Cromoterapia traz o equilíbrio orgânico e a saúde de maneira holística.

Nesse sentido, as propriedades terapêuticas das frequências das cores-luzes quentes entram em
ressonância com a natureza vibracional dos chacras inferiores, devido às qualidades físicas da
energia fotônica em equivalência. 

No Quadro, a seguir, observe as relações energético-funcionais desses chacras.

Quadro 1 - Quadro Sistemático das Relações Energético-funcionais dos Chacras Inferiores


Fonte: Adaptado de GERBER, 1998, p. 187; GASPAR, 2002, p. 64

Pela sistematização apresentada, percebe-se que os três chacras inferiores se ocupam do


controle da nossa natureza física, que se ligam aos impulsos corporais inconscientes e às
emoções primitivas. 

Dessa forma, começamos, agora, a analisar as ressonâncias das cores-luzes correspondentes.

A cor-luz vermelha, de frequência e energia mais baixa, ressoa junto com o chakra básico/raiz,
da região coccígea, responsável por controlar a vitalidade do corpo físico, e a constituição
anatômica: células, sangue, músculo e ossos dos membros inferiores e da parte inferior das
costas e do abdome. 

O desequilíbrio do chacra básico reflete distúrbios orgânicos, destacados por Syring (2020),
principalmente:

No metabolismo sanguíneo, evidenciados por exemplo em


anemia, fadiga intensa e convalescença de doenças
debilitantes;

Hormonais: adrenalina/noradrenalina, atuantes na adaptação do sistema


circulatório, equilíbrio da temperatura corporal e do batimento cardíaco;

Na captação e veiculação da energia kundalini, o que gera


insegurança, violência, ganância, fúria, depressão,
infertilidade, repressões sexuais e problemas nos órgãos
genitais masculino e feminino.

Nessa perspectiva, os efeitos da interação do vermelho com o chacra básico decorrem do


calor que essa frequência de luz transmite. 

A compatibilidade fisiológica é marcada pelo estímulo da circulação sanguínea e das reações


químicas celulares, bem como da melhora da captação energética de kundalini pelo vórtice
etéreo. Significa que haverá maior absorção de oxigênio e nutrientes pelas hemácias e desses
elementos vitais às células em todas as partes do corpo. Ademais, vitaliza-se a aura e incrementa
a eliminação de resíduos, metabólicos e emocionais, indesejáveis do organismo (GASPAR, 2002;
GERBER, 1988; VALCAPELLI, 2011).

Importante!
Os chacras inferiores formam uma tríade, dita como fisiológica, pois
há o predomínio do controle das atividades e das funções orgânicas
responsáveis pela manutenção da vida corporal e afirmação da nossa
essência no mundo físico.

Dando acesso à energia de frequência etérica, está o chacra umbilical, que ressoa junto com a
cor-luz laranja. Quando em desequilíbrio, impacta a vontade de viver e as disfunções hormonais
do estrógeno e da testosterona, o que gera distúrbios sexuais, reaviva traumas, falta de
objetivos, sentimento de impotência, possessividade, ciúme e inveja, entre outros (SYRING,
2020).

As propriedades físicas da frequência da luz laranja atuam como um elo intermediário entre a
energia agressiva do vermelho e a suave do amarelo, trazendo calor moderado, sendo capaz de
equilibrar o processo de interação da energia física e etérica e de estimular o controle do chacra
umbilical no que tange à absorção do prana e do oxigênio por meio da respiração pulmonar, bem
como a filtração renal do sangue, eliminando restos do metabolismo e substâncias indesejáveis,
reabsorvendo apenas o necessário para a fisiologia corporal. Além disso, promove a circulação e
a distribuição do fluxo de prana por meio do corpo, modificando inclusive as condições
emocionais (GERBER, 1998; WILLS, 2002).

Por seu turno, a cor-luz amarela ressoa junto com o chacra do plexo solar, estreitamente
conectado ao plexo digestório — o Sistema Nervoso Entérico, considerado fisiologicamente o
cérebro visceral. Reportado como a mente inferior, com aspecto material e objetiva, porém,
passível de alterações por influências emocionais. Quando em deficiência energética, verifica-
se dificuldades na digestão, tanto física quanto psíquica (GERBER, 1988). 

Há distúrbios hormonais, em especial, dos que dependem do colesterol, como os sexuais,


retenção de líquido e gordura, problemas estomacais, baixa imunidade, tendência a hemorragias
e processos escleróticos e diabetes. No plano mental, há apatia, insatisfação, falta de força de
vontade e de memória, desatenção e dificuldade para realizar atividades intelectuais (GASPAR,
2002).

Dessa forma, a frequência de luz amarela, por ser dotada de maior energia fotônica e amplitude
de movimento, ativa as funções mentais e do sistema nervoso do plexo solar, bem como
equilibra as do sistema simpático e parassimpático. 

Assim, trata a indigestão e vários distúrbios gastrointestinais derivados do estresse e de


emoções reprimidas, além de exercer efeito estimulante sobre a nossa natureza lógica, racional
e intelectual. 

Na aura, normaliza o intelecto e, de forma objetiva, volta a mente às ações práticas efetivas para
lidar com os desafios da vida cotidiana.
Ressonância das Cores Frias com o Chacra Intermediário e os
Superiores
Em reciprocidade, as altas frequências das cores-luzes frias, como mostra o quadro a seguir,
estão em equivalência com os chacras que se ocupam da mediação das forças espirituais
superiores com a nossa personalidade física. Isto é, integram em sintonia as nossas
necessidades básicas de sobrevivência com as espirituais (GASPAR, 2002; SYRING, 2020; WILLS,
2002).

Quadro 2 – Quadro Sistemático das Relações Energético-funcionais do Chacra Intermediário e


dos Superiores

Fonte: Adaptado de GERBER, 1998, p. 189; GASPAR, 2002, p. 76

A propriedade da luz verde, de frequência média entre as cores quentes, é equivalente ao chacra
cardíaco, que constitui a ponte entre as tríades fisiológicas e espirituais, harmonizando essas
energias entre os outros seis chacras. Isso porque esse vórtice central se conecta ao corpo
mental e às energias emocionais superiores, como o amor e a compaixão, além de influenciar as
funções do coração (GERBER, 1988; MARTINS, 2020; WILLS, 2002).   

Uma vez em desequilíbrio, evidencia-se o egoísmo e a repressão do amor altruísta e, no corpo


físico, evidencia-se em doenças cardíacas e má distribuição do sangue, gerando angina e
hipertensão arterial, em geral, de natureza emocional. 
Os efeitos restauradores sobre as funções do coração e a influência calmante sobre o Sistema
Nervoso Simpático, promovidos pela luz verde, desbloqueia o chacra cardíaco, equilibrando a via
ascendente de kundalini e as faculdades de percepção psíquica e espiritual do indivíduo. 

Dessa forma, a cor-luz verde é capaz de equilibrar o corpo, a mente e o espírito.

Importante!
A cor-luz verde é uma vibração de harmonia e equilíbrio, ressoa com o
chacra cardíaco que conecta, da mesma forma, o corpo físico ao
emocional-espiritual.

A frequência de luz azul, a primeira das cores frias, ressoa com o chacra laríngeo, o primeiro
vórtice da tríade espiritual superior: centro da comunicação, autoexpressão, da vontade e poder
pessoal, da capacidade de percepção mais sutil, da clareza e ação. Funcionalmente, está ligado à
mastigação, à respiração, à fala e ao metabolismo orgânico geral, devido à sua conexão
endócrina com a tireoide.

Fica claro que seu desequilíbrio envolve a região da garganta, doenças tireoidianas, fraquezas,
interfere na expressão verbal de pensamentos e ideias e em diversas funções físicas, psíquicas
ou mentais. 

A sinergia com a cor-luz azul corrige a depressão do aporte nutricional e de oxigênio, bem como
equilibra as funções dos ramos parassimpático do plexo nervoso da região cervical e garganta
(GASPAR, 2002; GERBER,1988; SYRING, 2020; VALCAPELLI, 2011).

Já o chacra frontal ressoa com a frequência mais elevada da cor-luz índigo, devido à
equivalência energética com a capacidade intuitiva e percepção sutil de alto grau, denotada pelo
terceiro olho — sede da conscientização e da     faculdade de se ver além da realidade física,
penetrando na segunda camada da aura, acessando o corpo celestial e o reino psíquico por meio
da capacidade mental e da força do pensamento. 

Dessa forma, o índigo corrige os desequilíbrios de falta de concentração, distúrbios do sono, da


olfação, audição e vários tipos de doenças oculares, fortalecendo os níveis mais sutis da
percepção e a cura das disfunções mentais e das doenças emocionais de cunho nervoso,
auxiliando, ainda, o equilíbrio do sétimo chacra (GERBER, 1988; SYRING, 2020).  

Nesse sentido, o chacra coronário, de alto grau de espiritualidade e sede da consciência superior
do ser humano, quando em desequilíbrio, são evidenciados problemas mentais do tipo
desconexão com a realidade, transtorno de neurastenia, ou seja, esgotamento emocional, mau
humor, irritabilidade, e físicos, relacionados ao cérebro. 

Estando em equivalência com a frequência de cor-luz violeta, por meio de seus efeitos
terapêuticos, há nutrição energética aos neurônios do córtex cerebral e à glândula pineal,
resolvendo essas questões, bem como dores de cabeça e certas formas de esquizofrenia e de
demência.

A compreensão desses aspectos discutidos nos ajuda a entender as razões que estão por trás da
indicação e da contraindicação das cores quentes e frias para reequilibrar os chacras e tratar
doenças específicas.

Indicações e Contraindicações na Cromoterapia


Os princípios terapêuticos da Cromoterapia trazem segurança para que a técnica seja utilizada
em pacientes de várias idades. 
Apesar de ser um método natural de tratamento, há de se observar algumas restrições
específicas no que diz respeito às propriedades físicas de cada cor-luz e no efeito fisiológico
decorrente de sua aplicação para a eficácia da prática clínica.

Indicações e Contraindicações das Cores-luzes Quentes


Sabendo que as cores luzes quentes têm efeitos fisiológicos estimulantes no nosso sistema
orgânico, precisamos compreender quando é favorável sua utilização e, principalmente, em
quais situações devemos ter precauções ou optar em não as aplicar. 

O diagrama a seguir, baseado na Literatura Científica nos traz, nesse sentido, o respaldo
necessário para a elaboração do raciocínio clínico, por evidenciar suas propriedades
terapêuticas.

Figura 3 – Propriedades terapêuticas das cores-luzes


quentes
Fonte: Adaptada de GASPAR, 2022, p. 86; FURLAN, 2020, p. 3
Por ser rica em energia calorífica, a cor-luz vermelha estimula a circulação sanguínea e, assim,
tem a capacidade de aumentar a pressão arterial e o ritmo respiratório. Estimula, ainda, a
produção de células do sangue e a contração da musculatura corporal e, também, aumenta a
atividade do sistema neuroendócrino, pois promove a liberação de adrenalina (GERBER, 1998;
VALCAPELLI, 2011; SYRING, 2020).

Sendo assim, é indicada para distúrbios cardiovasculares, como: insuficiência cardíaca não


congestiva e pressão arterial baixa, doenças musculares atróficas e paralisias musculares,
anemia, fraqueza e doenças debilitantes. Trata, também, impotência sexual e frigidez,
depressão, melancolia e situações de desinteresse pela vida e ajuda a regular o intestino delgado
e fortalece o fígado, além de ser ótima para a redução dos níveis de dor. 

Tem contraindicações em casos de alterações emocionais excessivas: ira, raiva, nervosismo,


neurastenia e distúrbio maníaco bipolar. Em condições sistêmicas, como: hipertensão arterial,
cardiopatias, lesões inflamatórias, tensão pré-menstrual e insônia, entre outros. Portanto, a
cor-luz vermelha não é aconselhada para pessoas agitadas e crianças hiperativas (GASPAR,
2002).

Nesse sentido, há indicação da cor-luz laranja, inclusive em pacientes hipertensos e/ou com
acúmulo de gordura nas artérias, também, para obesos, pois, essa frequência tem ação
eliminadora e destrutiva de depósitos anormais 

de substâncias orgânicas, como: sais de cálcio, comuns em cálculos renais e biliares, e outras
oriundas do metabolismo que geram intoxicação celular e tecidual (FURLAN, 2020). 

Esta cor é indicada, ainda, para tratamentos reumáticos e se mostra excelente para problemas
respiratórios e bronquite crônica. Ademais, é antiespasmódica, beneficiando câimbras
musculares e cólicas abdominais, e também estimula o apetite e a digestão. 

A principal contraindicação se refere às situações em que se verifica a presença de abuso de


poder e egocentrismo.
A Literatura esclarece que o laranja é uma energia mais forte e densa que o amarelo, porém,
quando precedida por essa cor, ocorre melhor ativação de sua função revitalizadora (SYRING,
2020; WILLS, 2002). Isso, por ser o amarelo uma frequência de luz que fornece o máximo de
energia às funções orgânicas gerais do nosso corpo. 

Dessa maneira, a cor-luz amarela é indicada para equilibrar o Sistema Nervoso Simpático e o


Parassimpático, estimular o sistema neuromuscular e, principalmente, o digestório, incluindo o
fígado e o intestino. 

Assim, trata diabetes, úlceras gástrica e duodenal, diarreias e colites nervosas e distúrbios
emocionais como medo, depressão e a melancolia, estafa mental e, fortalece, ainda, a circulação
sanguínea e linfática, tratando estados anêmicos e de fraqueza, pós-cirúrgicos e com ação
purificadora da pele, auxiliando no tratamento de acne, cicatrizes, manchas e eczema.  

Apesar de tantos benefícios, há contraindicações de uso em condições de doenças mentais,


demência, impuberdade psíquica, Síndrome de Down, distúrbios da fala e mau desenvolvimento
psicomotor. O amarelo não é recomendado para pessoa alheia, distraída (aérea) ou muito
mental, pois pode ocasionar confusão e estafa mental (GASPAR, 2002; SYRING, 2020).

Indicações e Contraindicações das Cores-luzes Frias 


O mesmo raciocínio clínico segue para a escolha e a aplicação das cores-luzes frias do espectro
de radiação visível. 

Dessa forma, as indicações e as contraindicações de cada uma delas se pauta na ação terapêutica
e efeitos fisiológicos decorrentes. 

O diagrama a seguir destaca a cor-luz verde por ser referenciada na Literatura Científica como a
que mais se assemelha à luz branca.
Figura 4 – Propriedades terapêuticas da cor-luz verde
Fonte: Adaptada de GASPAR, 2022, p. 86; FURLAN, 2020, p. 34

A cor-luz verde é indicada para tratar ferimentos, inflamações e processos degenerativos, pois
impulsiona as funções celulares nas fases de cicatrização e estimula a renovação tecidual. Ação
terapêutica benéfica inclusive para rejuvenescimento estético. Traz relaxamento muscular mais
profundo, por atuar sobre as fibras e os nervos (GASPAR, 2002; FURLAN, 2020, SYRING, 2020).

No que se refere aos aspectos emocionais e mentais, trata depressão crônica, complexo de
inferioridade, psicose maníaco-depressiva, medo, falta de motivação, falta de memória e
atenção. 

Tem contraindicação em pacientes com hipocondria e megalomania, em condições patológicas,


como úlcera gástrica e duodenal, cólicas menstruais, espasmos viscerais e diarreias dolorosas. 

De acordo com a construção do pensamento na prática clínica, o diagrama a seguir traz as


propriedades da sequência de cores-luzes frias:
Figura 5 – Propriedades terapêuticas das cores-luzes frias
Fonte: Adaptada de GASPAR, 2022, p. 86; FURLAN, 2020, p. 37

A cor-luz azul é considerada a que possui mais efeitos curativos, por atuar em todas as reações
químicas do organismo. 

É indicada para tratar doenças inflamatórias e infecciosas, distúrbios auditivos e da glândula


tireoide e, também, como auxiliar no tratamento do câncer, bem como em hipertensão arterial,
taquicardia e palpitação (GASPAR, 2002; SYRING, 2020).

Por conta de seu efeito calmante, trata o estresse, a estafa, o nervosismo, a insônia, a ira, a
irritabilidade, a ansiedade, e outras condições emocionais, como ciúme, medo, insegurança e
temperamento agressivo. 

O azul não tem contraindicações significativas. Há, porém, restrições de uso em pacientes em


estado de coma, estupor, medo exacerbado ou fobias e naqueles que sofrem de depressão, pois
pode agravar o quadro clínico.
Essas contraindicações seguem para o uso da cor-luz índigo ou azul anil, que é indicada para
conter hemorragias, desintoxicar/purificar o sangue e a linfa. Além de tratar doenças
estomacais, pulmonares, distúrbios da paratireoide e da pituitária, todos os tipos de condições
patológicas de olhos, nariz e ouvidos e distúrbios psicológicos que envolvem vícios, como o
alcoolismo e drogas e, também, em obsessões e distorções da percepção da realidade (GASPAR,
2002; SYRING, 2020; WILLS, 2002).

Finalizando, está a cor-luz violeta, a mais forte e fria de todas. Tem indicação destacada em
doenças de caráter inflamatório e/ou infeccioso, em portadores de neoplasias e câncer e em
condições de baixa imunidade. Trata patologias que envolvem o sistema nervoso, o cérebro, a
medula e a glândula pineal. Por ser purificadora do sangue, atua sobre o sistema cardíaco e
linfático, e trata, ainda, pneumonia, tosse seca, asma, irritação da pele e dor ciática (FURLAN,
2020; WILLS, 2002).

Por conta de seu efeito calmante, trata ansiedade, depressão, irritação nervosa, neuroses e
outras doenças psicoemocionais, incluindo a doença maníaco-depressiva. É eficiente para
condições de carência afetiva, crises de personalidade, materialismo excessivo, remorso e
sentimento de culpa. No entanto, a cor violeta é contraindicada para portadores de dispersão
mental, manias, psicoses, mistificação e fanatismo, e também em condições de vícios e
hipoglicemia (GASPAR, 2002; VALCAPELLI, 2011).  

Frente à abordagem deste estudo, caro(a) aluno(a), da análise do conteúdo discutido a respeito
da função terapêutica da Cromoterapia, você pode reconhecer que está relacionada às
propriedades físicas eletromagnéticas de cada cor-luz, sendo que a indicação, a
contraindicação, a região de aplicação e o parâmetro de resposta físico-mental-emocional
diferenciam-se uma das outras.

Nessa perspectiva, embasar seu raciocínio clínico partiu da identificação de que as cores-luzes
de baixa frequência e comprimento de onda, tidas como cores quentes, têm efeito excitatório,
estimulando o Sistema Nervoso Simpático ou, então, inibindo as ações do parassimpático. 

Características estimulantes motoras e sensoriais, evidenciando que a cor-luz vermelha é a mais


irritante, enquanto as de altas frequências e comprimento de onda, as cores-luzes frias, têm
efeito calmante e depressor motor e sensorial, estimulando o Sistema Nervoso Parassimpático
ou, então, inibindo as ações do simpático, à exceção da cor-luz verde, que é equilibrante e
regeneradora, impulsionando a atividade celular e a substituição de tecidos degenerados ou
atróficos, destacando sua função de corrigir os excessos e os efeitos negativos de qualquer uma
das outras cores-luzes e ser considerada a cor da cura e da saúde.
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

  Vídeos  

Como Limpar seus 7 Chakras sem Mistério 


Confira no vídeo a seguir, Patrícia Cândido explicar os aspectos de hiperatividade e hipoatividade
dos chacras, de forma a nos conscientizar como as relações energéticas fluem em nosso corpo
físico e astral, além de discorrer sobre a fitoenergética que se interconecta com as cores, para o
equilíbrio da saúde.

COMO LIMPAR seus 7 CHAKRAS sem MISTÉRIO | Patrícia Cândido


Meditação Guiada para Equilibrar os Chakras
Confira no vídeo a seguir uma técnica prática de autoaplicação da Cromoterapia.

Meditação Guiada para Equilibrar os Chakras| Arte de Mudar ✯

  Leitura  

Exercícios com as Cores dos Chackras para Melhorar as


Emoções

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Panorama Geral das Pesquisa Científicas sobre Cromoterapia:
Uma Revisão Integrativa

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ʪ Referências

FURLAN, A. Cores que curam. Kindle Unlimited. (e-book)

GASPAR, E. D. Cromoterapia: cores para vida e para a saúde. 2. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 2002. 

GERBER, R. Medicina Vibracional: Uma Medicina para o Futuro. São Paulo: Cultrix, 1998.

HELLER, E. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. São Paulo: G. Gili,
2013.

MARTINS, E. R. Cromoterapia: influência da cor na aura e no sistema nervoso.  2010. 56p.


Monografia (Pós-Graduação em Terapia Transpessoal) – Instituto Superior de Ciências da
Saúde (INCISA). Salvador, Bahia, 2010. Disponível em: <https://grupoomega.org/wp-
content/uploads/2018/06/CROMOTERAPIA-INFLU%C3%8ANCIA-DA-COR-NA-AURA-E-NO-
SISTEMA-NERVOSO.pdf>  Acesso em: 30/06/2022.

SYRING, M. U. O poder das cores: um guia prático de Cromoterapia para mudar a sua vida.
[recurso eletrônico]. Nova Petrópolis: Luz da Serra, 2020.

VALCAPELLI. Cromoterapia: a cor e você. 7. ed. São Paulo: Roca, 2011.

WILLS, P. Manual de Cura pela cor. São Paulo: Pensamento, 2002

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