Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MEDICINA
DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO
ÁCIDO-BASE
RELEVÂNCIA A*
HARRISON'S PRINCIPLES OF INTERNAL MEDICINE 19.ª ED.
T Elaborar um plano
TERAPÊUTICO
MUITO IMPORTANTE
MENOS perguntável
INTRODUÇÃO
pH arterial sistémico
é mantido entre 7.35 e 7.45
RESPOSTA
DISTÚRBIO COMPENSATÓRIA
↑ 1 mEq/L HCO-3
aguda ↑ 10 mmHg PaCO2
acidose
crónica ↑ 4 mEq/L HCO-3
(>24h) ↑ 10 mmHg PaCO2
Respiratória
↓ 2 mEq/L HCO-3
aguda ↓ 10 mmHg PaCO2
alcalose
↓ 4 mEq/L HCO-3
crónica
↓ 10 mmHg PaCO2
DISTÚRBIO ÁCIDO-BASE
SIMPLES
Exemplos:
– Overdose de sedativos ou salicilatos pode dar distúrbio misto
– acidose metabólica + acidose/alcalose respiratória (respetivamente)
ALCALOSE
COMBINAÇÃO
METABÓLICA
PaCO2 METABÓLICA AG
47 40 normal
(mmHg)
alterado
AG 10 30
ΔAG = 20
Δ[HCO3−] ≠ ΔAG
DELTA (Δ) GAP
METABÓLICO RESPIRATÓRIO
OUTROS
PERDAS RENAIS
FÁRMACOS
ACIDOSE METABÓLICA
Compensação respiratória
PaCO2=1,5x HCO-3+ 8 ± 2
- Diabética
- Alcoólica 2. PERDAS RENAIS
GAU positiva: [NH4+]U ↑
3. TOXINAS -
-
Acidose tubular renal
Défice mineralocorticóide
- Salicilatos - IR hiperclorémica (inicial)
- Álcoois (etilenoglicol, metanol, piroglutâmico)
- Paracetamol
4. INSUF. RENAL
3. FÁRMACOS
- Diuréticos poupadores de K+
- Aguda ou crónica - AINEs, IECAs e ARAs
- Inibidores da calcineurina
ACIDOSE
METABOLICA
– Aumento produção ácidos endógenos (p.e. lactato, cetoácidos)
Efeitos sistémicos:
– Respiratório: ↓pH leva a ↑ da ventilação especialmente volume corrente
– leva a padrão respiratório típico: respiração de Kussmaul
– Cardíaco: Contractilidade pode ↓ mas inotropismo manter-se normal
– pela libertação de catecolaminas
– Vascular: Dilatação arterial periférica e constrição venosa central
– ↓ compliance central e pulmonar predispõe a edema pulmonar
– mesmo com sobrecarga de volume mínima
– SNC: depressão da função (dor de cabeça, letargia, estupor e coma)
– intolerância à glicose também pode surgir
TRATAMENTO
Tratamento com bases deve ser reservado
para acidemia grave (pH <7.1)
– Pode ser necessário suplementar com base com pH >7.1 se não existir
HCO3− potencial no plasma.
sim não
o anião gerado é
tratar com bases
metabolizável?
sim não
corrigir o distúrbio há
independentemente
de base disfunção renal?
da etiologia
sim não
corrigir o distúrbio
tratar com bases
de base
objetivo do tratamento
não é normalizar o pH nem [HCO3−]
– objetivo é aumentar [HCO3−] para 10meq/l e pH para ~7.2
ACIDOSE
METABOLICA
Acidose metabólica Acidose metabólica
com ↑ do gap aniónico sem ↑ do gap aniónico
3. TOXINAS
3. FÁRMACOS
4. INSUF. RENAL
ACIDOSE
COM AG
Pistas clínicas:
– Salicilatos: História de ingestão e presença de alcalose respiratória
– Cetoacidose diabética: Presença de diabetes mellitus
– Cetoacidose alcoólica: Evidência alcoolismo e níveis de β-
hidroxibutirato
– Acidose urémica: Sinais de urémia e determinar creatinina/BUN
– Etilenoglicol: avaliação cristais oxalato na urina
– Acidose láctica: reconhecer situações em que lactato pode aumentar
– hipotensão
– choque
– insuficiência cardíaca
ACIDOSE
1. LACTICA
L-Lactato D-Lactato
aumenta por aumenta por
Pilar do tratamento
é insulinoterapia IV
Abordagem terapêutica:
– Lavagem gástrica imediata com soro isotónico, seguida de carvão ativado
por sonda nasogástrica
≠ entre osmolaridade
calculada e medida
Lesão multissistémica:
– SNC
– Coração/pulmões
– Rins
Tratamento:
– Diurese osmótica ou salina, suplementos piridoxina/tiamina, fomepizole.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA:
– Atenção: Citrato aumenta absorção de alumínio do trato GI. Por isso, nunca
deve ser dado juntamente com antiácidos com alumínio pelo risco de
intoxicação com alumínio.
ACIDOSE
METABOLICA
acidose metabólica acidose metabólica
com ↑ do gap aniónico sem ↑ do gap aniónico
- Diabética
- Alcoólica 2. PERDAS RENAIS
GAU positiva: [NH4+]U ↑
3. TOXINAS -
-
Acidose tubular renal
Défice mineralocorticóide
- Salicilatos - IR hiperclorémica (inicial)
- Álcoois (etilenoglicol, metanol, piroglutâmico)
- Paracetamol
4. INSUF. RENAL
3. FÁRMACOS
- Diuréticos poupadores de K+
- Aguda ou crónica - AINEs, IECAs e ARAs
- Inibidores da calcineurina
ACIDOSE
METABOLICA
SEM ↑ DO GAP ANIÓNICO
- Existe uma troca recíproca do [HCO3−] pelo [Cl-] que resulta num AG
normal.
NormoK+
– Níveis NH4+ podem ser estimados calculando gap aniónico urinário (GAU):
𝐺𝐴𝑈 = [𝑁𝑎! + 𝐾 !]" −[𝐶𝑙#]"
DIARREIA
NH4+ …
…
NH4 +
Na+
Na+
Cl- Cl-
K+
K+
quando [Cl-]u > [Na+ + K+]u quando [Na+ + K+]u > [Cl-]u
GAU é negativo GAU é positivo
– indica que níveis NH4+ estão – indica que níveis NH4+ não estão
apropriadamente elevados apropriadamente elevados
– sugere causa extra-renal para acidose – sugere causa renal para acidose
CAUSAS
2. RENAIS
ATR DISTAL CLÁSSICA TIPO 1
– Incapacidade de acidificação distal da urina.
– Acidemia, hipocalemia e baixa secreção NH4+ (GAU +, baixa [NH4+]u).
– Maioria também tem hipocitratúria e hipercalciúria.
– Risco de nefrolitíase e doença óssea.
– Pode ser causada por acetazolamida ou topiramato
ETIOLOGIA:
- Diabetes mellitus
- Uropatia obstrutiva
- Défice de mineralocorticoides
- Resitência aos mineralocorticoides
- Patologia tubulointersticial
CAUSAS
2. RENAIS TFG geralmente normal
METABÓLICO RESPIRATÓRIO
↑ 7 mmHg PaCO2
↑ 10 mEq/L HCO-3
ORIGEM
2. GASTROINTESTINAL
1. Vómitos
2. Aspiração gástrica
1. Diuréticos
2. Deficiência de Mg2+
3. Défice de K+
4. Recuperação de acidose lática ou cetoacidose
5. Hipercalcemia
6. Síndrome de Bartter
7. Síndrome de Gitelman
AUMENTO DA ATIVIDADE
4. MINERALOCORTICOIDE
RENINA ↑ RENINA ↓
1. Estenose da artéria renal HIPERALDOSTERONISMO
PRIMÁRIO
2. Hipertensão acelerado
1. Adenoma
2. Hiperplasia
3. Tumor secretor de renina
3. Carcinoma
4. Terapia com estrogénio DEFEITOS ENZIMÁTICOS
1. 11 beta – hidroxilase
2. 17 alfa - hidroxilase
SÍNDROME CUSHING
ALCALOSE
METABOLICA
BASES EXÓGENAS
ORIGEM
GASTROINTESTINAL • VAE diminuído
• HipoK+
• Hiperaldosteronismo hiperreninemico
ORIGEM RENAL
• VAE aumentado
AUMENTO DA ATIVIDADE • Hipertensão
MINERALOCORTICOIDE • HipoK+
• Hiperaldosteronismo
• VAE aumentado
SÍNDROME DE LIDDLE • Hipertensão
• Hipoaldosteronismo hiporreninemico
ALCALOSE
METABOLICA
QUANTIFICAÇÃO
[ Cl- ] URINÁRIO
Causa primária:
– Hiperaldosteronismo primário, estenose da artéria renal ou Cushing:
correção reverte alcalose
– Perda de H+ pelo estômago pode ser mitigada com uso de IBPs
– Perda de H+ pelos rins responde à descontinuação de diuréticos
ALCALOSE
METABOLICA
Tratamento:
Fatores de manutenção:
– Hipocalemia deve ser sempre corrigida.
– Hipovolemia deve ser corrigida com solução salina isotónica.
Relembrar que acetazolamida é um dos diuréticos que pode causar acidose metabólica.
DISTÚRBIOS ÁCIDO-BASE
METABÓLICO RESPIRATÓRIO
FÁRMACOS OUTROS
Obesidade, hipercapnia permissiva
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
Compensação renal
↑ 1 mEq/L HCO-3
Aguda
↑ 10 mmHg PaCO2
↑ 4 mEq/L HCO-3
Crónica ↑ 10 mmHg PaCO2
- Neurónios motores
- Junção neuromuscular
- Músculo esquelético
– Hipercapnia permissiva tem sido usada com maior frequência pela menor
mortalidade comparativamente a ventilação convencional.
METABÓLICO RESPIRATÓRIO
↓ 4 mEq/L HCO-3
Crónica
↓ 10 mmHg PaCO2
Compensação:
ESTIMULAÇÃO DE
FÁRMACOS/HORMONAS OUTROS
RECETORES DA PAREDE
TÓRACICA Ventilação mecânica
Salicilados
Progesterona Hemotórax Sépsis
Teofilina, outros Insuficiência cardíaca Insuficiência hepática
Embolismo pulmonar Recuperação de acidose
metabólica
Clínica semelhante a
hipocalcemia.
Tal como alcalose
metabólica.
Diagnóstico:
– Baseado na medição do pH arterial e PaCO2
(Variação do pH e PaCO2 em sentidos opostos à distúrbio respiratório)
Tratamento:
– Diminuir hipocapnia causada pela ventilação mecânica com alteração do
volume corrente e frequência respiratória
COMPENSAÇÃO ADEQUADA?
SIM NÃO
DISTÚRBIO SIMPLES
DISTÚRBIO MISTO
COMO INTERPRETAR UMA GASIMETRIA
Hipocalemia
perpetua/contribui alcalose
Hipercalemia
perpetua/contribui acidose
FISIOLOGIA
ESSENCIAL
– Aldosterona, Na+ e nefrónio distal:
Hiperaldosteronismo
leva a alcalose e hipocalemia
Hipoaldosteronismo
leva a acidose e hipercalemia