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Gasometria
Valores normais:
pH: 7,40 ± 0,05
PaCO2: 40 ± 5 mmHg
PaO2: 96 mmHg – 0,4 x idade (normalmente o min é 70)
HCO3: 24 ± 2 mEq/L
Saturação de O2: ≥ 94%
Cloro: 95 a 105
Ânion gap: 10 ± 2 mEq/L (Fórmula → AG = Na⁺ - (Bic + Cl⁻)
Sem o ácido carbônico nota-se que o bicarbonato é a base do sistema, pois consome
íons de H+, enquando o CO2 é o ácido, pois libera H+ quando vira ácido carbônico (pela
ação da anidrase carbônica).
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Quando o distúrbio ácido-básico é leve, o pH pode estar no limite da faixa normal, por
exemplo:
Resposta compensatória
o Acidose metabólica:
PaCO2 esperado = 40 – 1,2(24 – Bic)
o Alcalose metabólica:
PaCO2 esperada = 40 + 0,6 (Bic -24)
A resposta compensatória visa manter a relação HCO 3/CO2 o mais próxima possível do
normal, pois é ela que altera o pH.
Exemplo – resposta compensatória de uma acidose metabólica (HCO3 < 22mEq/l)
tentando manter a relação, o organismo produz PCO 2 por hiperventilação compensatória
(respiração de Kussmaul).
Logo, na acidose metabólica pura o HCO 3 está baixo e a PCO2 também está baixa.
Na acidose respiratória crônica, o aumento primário de PCO 2 deve ser compensado com
o aumento do HCO3, por meio da retenção renal de bicarbonato.
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Distúrbios mistos
Em distúrbios mistos a variação do pH costuma ser grande, o que coloca em risco a vida
do paciente.
o Gaso 8: pH normal
PCO2 baixo alcalose respiratória
HCO3 baixo acidose metabólica
Distúrbio misto: não é compensatório, o pH está normal.
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o Gaso 9: pH normal
HCO3 alto alcalose metabólica
PCO2 alto acidose respiratória
Distúrbio misto quando o pH está normal, com amplas variações da
PCO2 e do HCO3, geralmente há um distúrbio acidobásico misto.
Distúrbios ácido-básicos metabólicos são definidos pela alteração primária dos níveis de
bicarbonato. Distúrbios ácido-básicos respiratórios são definidos pela alteração primária dos
níveis de CO2.
Sistemas tampão
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Acidose metabólica
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Alcalose metabólica
Câimbra, polirura, parestesias...
Acidose metabólica
CASO 1
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CASO 2
CASO 3
Paciente feminina, 29 anos, levada pelos familiares ao PS de clínica médica, com dor
abdominal difusa e vômitos, é portadora de DM1. Apresenta-se taquipneica, desidratada (++/+
+++4), FC 140 bpm, PA 90x60 mmHg, glicose 500.
pH: 7,1 acidose
PaCO2: 22
PaO2: 88
HCO3: 10 Acidose metabólica
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SatO2: 94%
Na: 132
Cl: 106,4
PaCO2 esperado = 40 – 1,2(24 – Bic)
PaCO2 esperado = 23,2 (21,2-25,2) está na faixa, está compensado.
AG (só calcula na acidose metabólica) = Na⁺ - (Bic + Cl⁻)
AG=132-(10+106,4)=15,6 (normal 10 ± 2 mEq/L) calcula para ver se a acidose
metabólica é por aumento de íons não mensuráveis.
Laudo
o Acidose metabólica descompensada e sem hipoxemia
Usa a fórmula para perceber uma expectativa. Para pacientes idosos, até 70 está normal,
em um paciente jovem, o valor indicado é de 70-100, da PaO2.
o AG aumentado (aumento ou redução na excreção do H +)
Há uma hiperglicemia, mas como não tem insulina não consegue levar a glicose para as
células para fornecer energia, ocorre produção de corpos cetônicos pelo fígado, para fornecer
energia ao organismo, por conta da diabetes. Ou tem um aumento na produção de ânions
(caso da paciente) ou redução na excreção do H +.
CASO 4
CASO 5
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CASO 6
Paciente 20 anos, com dor abdominal e vômitos, relata que na noite anterior ingeriu
grande quantidade de bebidas alcóolicas.
pH: 7,3 acidose
PaCO2: 30
PaO2: 80
HCO3: 15 acidose metabólica
Na: 140
Cl: 103
K: 4
AG = Na⁺ - (Bic + Cl⁻)
AG= 22 (normal 10 ± 2 mEq/L) AG aumentado
PaCO2 esperado = 40 – 1,2(24 – Bic)
PaCO2 esperado = 29,2 (27,2-31,2) está na faixa
Laudo
o Acidose metabólica com AG aumentado descompensada
o Não tem hipoxemia, apesar da fórmula dar 88mmHg, o normal é entre 70-
100mmHg.
O bêbado ingeriu metanol, que forma ácido fórmico, o que aumenta o AG. No alcóolatra,
o ácido fórmico + formaldeído vão para o SNC, podendo causar crise convulsiva. Essa é uma
das situações em que se usa o bicarbonato para alcalinizar o sangue, pois quando o pH se
torna alcalino o ácido fórmico se desprende do SNC. Já no paciente que bebeu demais, o
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tratamento é apenas jejum com soro glicosado, pois o ácido fórmico não causa alterações tão
importantes, o rim para de produzir corpos cetônicos.
CASO 7
CASO 8
Paciente masculino, 27 anos, levado ao PS, vítima de queimaduras graves em boate, com
uso de oxigênio.
pH: 7,3 acidose
PaO2: 70
PaCO2: 38
HCO3: 15 acidose metabólica
PaCO2 esperado = 40 – 1,2(24 – Bic)
PaCO2 esperado = 29,2(27,2-31,2) está acima, tem acidose respiratória
Laudo
o Acidose metabólica
O ambiente de boate tem muitos revestimentos que no momento em que entram em
combustão levam a produção de monóxido de carbono. O paciente entre em insuficiência
respiratória porque a Hb tem grande afinidade com o CO, formando carboxihemoglobina, que
tem grande afinidade por oxigênio, e não libera o O2 para o sangue, o que faz o tecido ficar
sem oxigenação. Isso leva a uma hipo-oxigenação, o paciente faz glicólise anaeróbica e produz
ácido lático, levando à acidose metabólica por conta dessa alteração.
o Acidose respiratória
O paciente aspirou, tem lesão pulmonar (queimadura), o que também leva a insuficiência
respiratória, hipoventilação, sem troca gasosa. Ele está tomando oxigênio mas mesmo assim
está com 70 de O2. Para tirar o paciente desse estado tem que liberar o O2. Além da produção
de ácido lático, tem o cianeto, que leva à depressão da musculatura respiratória.
Tratamento: hidroxi-cobalamina (vitamina B12).
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CASO 9
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Acidose Metabólica
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Respiração de Kussmaul
Diminuição da contratilidade dos músculos respiratórios
Depressão da contratilidade do miocárdio e vasodilatação periférica → diminuição do
débito cardíaco, hipotensão e hipoperfusão tecidual
Venoconstrição com aumento da resistência da circulação pulmonar
Fibrilação ventricular
Cefaleia, letargia, estupor e coma
Tendência a hiperpotassemia
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Alcalose Metabólica
A alcalose metabólica surge quando existe perda de H + para as células ou para o meio
externo. Sempre que o indivíduo perde H+ há retenção de bicarbonato, por isso alcalose
metabólica é sinônimo de retenção de bicarbonato. Os rins tem uma enorme capacidade de
eliminar todo o excesso de bicarbonato e assim poderiam rapidamente corrigir qualquer
alcalose metabólica, mas nem sempre é o que acontece, vejamos o porque...
Hipocloremia
Hipocalemia
Hipovolemia
Maior eliminação de H+ urina ácida
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Acidose Respiratória
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Acidose resp:
Depende da causa e gravidade
Ansiedade, sipneia, confusão, psicose, coma...
Alcalose Respiratória
A Suzete cita histeria, edema pulmonar moderado, dor, hipóxia, febre e AVC como causas
de alcalose respiratória aguda também (obs.: ela não cita intoxicações e sepse por gram-
negativos).
A Suzete não cita nenhuma das causas de alcalose respiratória crônica que estão no
quadro – ela cita altitudes elevadas, gravidez, salicilatos, metilxantinas, caminofilinas e
teofilinas.
Tonturas
Confusão mental
Convulsões
Arritmias cardíacas em cardiopatas
Redução do cálcio ionizado
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Alcalose resp:
Tonturas, confusão mental, convulsões, arritimias cardíacas e redução do cálcio ionizado
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