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6 B 7 * 8 C 9 C 10 D 11 B 12 B 13 E 14 A 15 E 16 C 17 A 18 B 19 D 20 A 21 C 22 A 23 C

24 C 25 A 26 D 27 C 28 A 29 A 30 A 31 A 32 D 33 A 34 C 35 D 36 A 37 B 38 C 39 D 40 C 41 B

42 A 43 C 44 B 45 B 46 C 47 C 48 A 49 C 50 A 51 A 52 B 53 A 54 A 55 C 56 D 57 C 58 A 59 C

60 B 61 A 62 B 63 A 64 A 65 C 66 E 67 C 68 B 69 B 70 A 71 A 72 C 73 C 74 A 75 C 76 B 77 C

78 C 79 A 80 B 81 D 82 B 83 A 84 D 85 D 86 D 87 C 88 B 89 E 90 C 91 A 92 D 93 D 94 E 95 C

96 C 97 A 98 D 99 C 100 D 101 D 102 A 103 C 104 C 105 C 106 E 107 A 108 A 109 B 110 B 111 D 112 D 113 D

114 C 115 D 116 C 117 A 118 C 119 A 120 A 121 B 122 C 123 C 124 D 125 D 126 C 127 B 128 B 129 B 130 C 131 B

132 A 133 B 134 B 135 B 136 D 137 C 138 E 139 C 140 E 141 A 142 D 143 A 144 B 145 D 146 E 147 D 148 D 149 B

150 B 151 A 152 C 153 A 154 C 155 A 156 D 157 D 158 B 159 A 160 D 161 A 162 D 163 D 164 A 165 D 166 D 167 E

168 B 169 A 170 D 171 A 172 D 173 B 174 E 175 D 176 A 177 B 178 D 179 B 180 D 181 C 182 C 183 A 184 B 185 B

186 A 187 B 188 C 189 A 190 B 191 A 192 C 193 D 194 C 195 C 196 D 197 D 198 A 199 D 200 C 201 D 202 A 203 C

204 D 205 C 206 E 207 E 208 A 209 B 210 B 211 E 212 B 213 A 214 A 215 B 216 B 217 B 218 D 219 C 220 C 221 D

222 A 223 A 224 D 225 A 226 B 227 C 228 D 229 C 230 B 231 B 232 D 233 B 234 B 235 C 236 D 237 A 238 B 239 C

240 C 241 A 242 D 243 C 244 C 245 E 246 E 247 B 248 C 249 A 250 A 251 A 252 C 253 C 254 C 255 B 256 A 257 D

258 A

Legenda:

! Questão Anulada * Questão Dissertativa

Comentários da equipe acadêmica


Confira os comentários da nossa equipe acadêmica

6 - 2022 HSJC - SP

» Acontose nigricans ou acrocórdons corresponde a lesões hiperpigmentadas, elevadas e aveludadas, principalmente nas axilas, dobras e pescoço. Vamos às alternativas.
Letra A: incorreta. Esperamos o achado de galactorreia na hiperprolactinemia, mas não de acantose nigricans. Letra B: correta. A presença de acantose nigricans está
associada à aumento da resistência periférica à insulina e, por isso, sua presença indica a dosagem da insulina em jejum. Letra C: incorreta. Sinais de hiperandrogenismo
são, principalmente, acne e hirsutismo, mas não acantose nigricans. Letra D: incorreta. Hipogonadismo diz respeito ao não desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários. Resposta: letra B.

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7 - 2022 UNICAMP

» Essa questão pede a terapia hormonal indicada para paciente de 30 anos com queixa de sangramento menstrual aumentado há um ano. Ela refere ciclos menstruais
regulares, com sangramento durando sete dias. O hemograma realizado evidenciou anemia. Função tireoidiana, prolactina, FSH, LH e ultrassonografia transvaginal
apresentaram resultados normais. O ponto chave para acertar essa questão é lembrar que o relato de enxaqueca com aura corresponde a contraindicação absoluta aos
métodos combinados (categoria 4). Portanto, a terapia hormonal indicada seria com progestogênio isolado, que poderia ser por via oral, injetável trimestral, implante ou
sistema intrauterino liberador de levonorgestrel.

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8 - 2022 SCMSP

» A síntese do estrogênio exige a ação combinada das duas gonadotrofinas (LH e FSH) sobre dois tipos de células (célula da teca e célula da granulosa), caracterizando a
teoria das duas células da esteroidogênese ovariana. As células da teca, sob estímulo do LH, sintetizam principalmente testosterona e androstenediona, a partir do
colesterol. Já as células da granulosa expressam níveis elevados de atividade aromatase em resposta à estimulação do FSH. Dessa forma, tais células são responsáveis
por converter androgênios em estradiol e estrona sob ação da enzima aromatase. Resposta: letra C.

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9 - 2022 IAMSPE

» A questão deseja saber qual das alternativas é CORRETA em relação ao método do muco cervical ou de Billings. Vamos a elas: Letra A: incorreta, pois a progesterona faz
com que o muco cervical se torne espesso, opaco e sem filância. Letra B: incorreta, pois a subida do estrogênio transforma o muco, tomando-o abundante e
transparente. Letra C: correta, pois a produção estrogênica faz o muco cervical ser filante, aquoso, abundante e transparente. Letra D: incorreta, pois o teste de Billings
consiste no método de detecção do muco cervical. Letra E: incorreta, pois o aumento do estrogênio determina, por ação sincrônica, o aumento do muco cervical e,
contrariamente, o aumento da progesterona diminui o muco cervical. Resposta: letra C.

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10 - 2022 USP - RP

» Pelo método de Ogino Knaus, a mulher deve ser orientada a registrar a duração do ciclo menstrual por, pelo menos, seis meses e, a partir daí, deve ser calculada a
diferença entre o ciclo mais longo e o ciclo mais curto. Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto for maior que 10 dias, o método não deve ser utilizado. O
período fértil, durante o qual é preconizada a abstinência sexual, é calculado pela subtração de 18 do ciclo mais curto e 11 do ciclo mais longo. Como no caso da
paciente descrita na questão a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto foi de 9 dias, o método pode ser utilizado. Assim, temos: 24 menos 18: 6 (corresponde
ao início do período fértil). 33 menos 11: 22 (corresponde ao final do período fértil). Ou seja, o período fértil dessa mulher vai do 6º ao 22º dia do ciclo. Resposta: letra D.

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11 - 2022 UNICAMP

» Essa questão descreve uma adolescente de 16 anos que não apresentou menarca; portanto, corresponde a um caso de amenorreia primária. Assim, ficamos entre as
alternativas A e B. A síndrome de Asherman é definida pela presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia (como curetagens uterinas),
geralmente cursando com amenorreia secundária. Já a síndrome de Rokitansky inclui uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos
paramesonéfricos (ausência ou hipoplasia uterina, da porção superior da vagina e tubas anômalas). O cariótipo é feminino (46XX) e os ovários são normais, sendo assim,
o desenvolvimento sexual secundário é completo. Os ciclos são geralmente ovulatórios, não ocorrendo apenas o sangramento menstrual (amenorreia primária).
Portanto, o diagnóstico mais provável é de síndrome de Rokitansky. Resposta: letra B.

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12 - 2022 HIAE

» Essa questão descreve uma puérpera com parto vaginal há 1 semana, em aleitamento materno, que deseja método contraceptivo. Vamos analisar cada uma das
alternativas: Letra A: incorreta. O DIU hormonal pode ser introduzido nas primeiras 48 horas pós-parto ou após quatro semanas deste. A introdução entre esses períodos
é classificada como categoria 3 pelos critérios de elegibilidade da OMS. Letra B: correta. O implante subcutâneo é considerado categoria 2 para mulheres que estejam
amamentando com menos de seis semanas pós-parto. Letra C: incorreta. Assim como o DIU hormonal, o DIU de cobre pode ser introduzido nas primeiras 48 horas pós-
parto ou após quatro semanas deste. A introdução entre esses períodos é classificada como categoria 3. Letra D: incorreta. Métodos combinados, como o injetável
mensal são considerados categoria 4 para mulheres que estejam amamentando com menos de seis semanas pós-parto. Resposta: letra B.

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13 - 2022 HSL - SP

» Essa questão descreve uma paciente de 16 anos com menarca há 2 anos e queixa de irregularidade menstrual, aumento dos pelos em todo o corpo e ganho de peso nos
últimos seis meses. Podemos perceber que essa paciente possui dois dos três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP): -
oligo/anovulação; - sinais clínicos de hiperandrogenismo (aumento dos pelos em todo corpo). Devemos lembrar que a SOP é responsável por 70 a 80% dos casos de
hirsutismo, o qual se caracteriza pelo crescimento dos pelos grossos e pigmentados (pelos terminais) em regiões onde não deveriam existir na mulher, como face, tórax
e abdome. As mulheres com SOP geralmente relatam que o hirsutismo se inicia na fase final da adolescência. O hirsutismo é um sinal clínico bastante frequente do
hiperandrogenismo. Ele resulta do aumento da produção de androgênios e da sensibilidade cutânea aos androgênios, que depende da atividade local da enzima 5 alfa-
redutase, a qual é determinada geneticamente. Portanto, o principal hormônio envolvido nos sintomas da principal hipótese diagnóstica desta paciente é a
testosterona. Resposta: letra E.

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14 - 2022 UNICAMP

» Essa questão descreve uma paciente com história prévia de cirurgia bariátrica disabsortiva há 10 meses, apresentando queixa de irregularidade menstrual. Dentre as
alternativas fornecidas nessa questão, a única conduta correta seria a prescrição de contraceptivo injetável combinado (letra A). Devemos lembrar que, como a paciente
tem história de cirurgia bariátrica disabsortiva, não deve utilizar nenhum método hormonal por via oral, pela redução da absorção, seja pílula combinada ou de
progestogênio isolado. Portanto, a única alternativa correta é a letra A. Resposta: letra A.

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15 - 2022 HSL - SP

» Essa questão pede a situação que corresponde a indicação para o uso de DIU não-hormonal. Vamos analisar cada uma das alternativas: Letra A: incorreta. Um dos
efeitos colaterais do DIU não-hormonal é o aumento da intensidade do sangramento menstrual. Pacientes com síndrome de Von Willebrand apresentam disfunção
plaquetária, não sendo boas candidatas ao uso do DIU não-hormonal. Letra B: incorreta. Diferente do sistema intrauterino liberador de levonorgestrel, que reduz o
sangramento menstrual e melhora a dismenorreia, o DIU não hormonal apresenta como efeitos colaterais o aumento da intensidade do sangramento menstrual e da
dismenorreia. Letra C: incorreta. Mioma submucoso com distorção da cavidade impede o correto posicionamento do DIU não-hormonal, sendo uma contraindicação ao
seu uso. Letra D: incorreta. O DIU não-hormonal possui, como um dos efeitos colaterais, o aumento da intensidade do sangramento menstrual. Sendo assim, o DIU não-
hormonal não seria a melhor opção de método contraceptivo para uma paciente que apresenta ciclos menstruais de 25 dias e duração de sangramento de 10 dias. Letra
E: correta. A ausência de gestação e a idade inferior a 20 anos não são contraindicações ao uso do DIU não-hormonal. Resposta: letra E.

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16 - 2022 SUS - SP

» A questão descreve uma paciente de 16 anos que ainda não apresentou a menarca. Vale lembrar que a ausência de menstruação aos 16 anos, mesmo com
desenvolvimento sexual normal, define a amenorreia primária. Ao exame físico, nota-se fenótipo feminino e genitália discretamente infantilizada. O beta-hCG foi
negativo, o que afasta a possibilidade de gravidez. A ultrassonografia pélvica revelou útero presente, porém com volume reduzido. Já o valor sérico de FSH encontra-se
elevado. Vamos analisar as alternativas sobre o caso: Letra A: incorreta. Valores de FSH acima de 20 mUI/mL sugerem um quadro de hipogonadismo hipergonadotrófico
e causa ovariano. Já o hipogonadismo hipogonadotrófico é caracterizado por FSH abaixo de 5 mUI/mL, indicando causa hipotalâmica ou hipofisária. Letra B: incorreta. A
síndrome de insensibilidade androgênica completa ou síndrome de Morris é caracterizada por indivíduo com cariótipo 46 XY, com testículos normais e produtores de
testosterona, porém com receptores androgênicos não funcionantes, o que leva ao fenótipo feminino. Os testículos são responsáveis pela produção de hormônio
antimülleriano, que promove a regressão dos ductos de Müller e a não formação da genitália interna feminina. Portanto, a síndrome de Morris não é compatível com o
quadro, uma vez que a paciente apresenta útero, apesar de infantilizado. Letra C: correta. A disgenesia gonadal é definida como ausência de células germinativas nas
gônadas, as quais ficam destituídas de atividade endócrina. Com essa disgenesia, há alteração do feedback com a hipófise e, consequentemente, aumento do FSH.
Dessa forma, a disgenesia gonadal é compatível com o hipogonadismo hipergonadotrófico e com o caso clínico em questão. Letra D: incorreta. A disgenesia gonadal pura
em indivíduos XY (e não XX) é denominada síndrome de Swyer. Nessa condição, são observados anéis fibrosos no lugar dos testículos. As pacientes apresentam
amenorreia primária, crescimento eunucoide, trompas e útero normais ou rudimentares, gônadas em fita, ausência de caracteres sexuais secundários e infantilismo
genital. Letra E: incorreta. A agenesia mülleriana ou síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser inclui uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e
à fusão dos ductos paramesonéfricos, resultando em ausência de estruturas internas femininas, como útero, dois terços superiores da vagina e trompas. Neese caso, o
útero está presente. Resposta: letra C.

17 - 2022 SUS - SP

» A questão deseja saber qual das alternativas é CORRETA em relação à escolha do método contraceptivo para uma paciente de 18 anos, que tem preferência por
anticoncepcional hormonal oral. Vamos às alternativas: Letra A: correta, pois o anticoncepcional combinado oral (ACO) aumenta o risco de AVC isquêmico em mulheres
com enxaqueca com aura. Exatamente, por esta razão, esta condição é classificada como categoria 4 (uso proscrito), ou seja, uma contraindicação absoluta ao uso deste
método. Letra B: incorreta, pois é o antecedente pessoal de infarto agudo do miocárdio que contraindica o uso do ACO, e não em parente de primeiro grau. Letra C:
incorreta, pois o sangramento vaginal inexplicável é uma condição classificada como categoria 4 (uso proscrito), ou seja, uma contraindicação absoluta ao uso de
qualquer dispositivo intrauterino (DIU). Letra D: incorreta, pois não existem pílulas de estrogênio isolado. Letra E: incorreta, pois tanto HIV assintomático ou avançado
quanto a doença clínica (SIDA) leve ou grave são condições classificadas como categoria 1 para o uso de pílulas combinadas, ou seja, não há restrições ao seu uso.
Resposta: letra A.

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18 - 2022 HSL - SP

» A questão deseja saber qual das alternativas é considerada uma malformação Mülleriana não obstrutiva. Elas são assim denominadas, pois não apresentam obstáculo à
exteriorização do sangue menstrual. Letras A, C, D e E: incorretas, pois a agenesia do terço inferior da vagina, o corno uterino não comunicante, a atresia do colo uterino
e o septo vaginal oblíquo consistem em malformações Müllerianas obstrutivas, pois este conjunto de anomalias apresentam algum impedimento à exteriorização do
efluente menstrual. A título de bagagem teórica, convém lembrar que o septo vaginal transverso imperfurado e a imperfuração himenal também se incluem nas
malformações obstrutivas. Letra B: correta, pois, de fato, a síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH) constitui uma malformação não obstrutiva. Ela ocorre
em pacientes com cariótipo 46,XX, com tubas uterinas e ovários normais, nas quais os ductos de Müller não se desenvolvem resultando em agenesia (ausência do corpo
e colo uterinos) ou hipoplasia uterinas (útero rudimentar sólido) e agenesia dos 2/3 proximais da vagina, não havendo, portanto, canalização da vagina. Resposta: letra
B.

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19 - 2022 USP - SP

» A questão descreve uma paciente de 43 anos em amenorreia há 60 dias. Relata ciclos menstruais prévios regulares, com intervalo de 30 dias. Durante a anamnese, a
paciente relata ter iniciado tratamento para depressão com sulpirida há quatro meses. O exame físico não evidenciou nenhuma alteração significativa e o beta-hCG foi
negativo, o que afasta a possibilidade de gravidez. Vamos analisar as opções sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. Pacientes com falência ovariana
prematura apresentam irregularidade menstrual e sintomas climatéricos. Letra B: incorreta. A pseudociese deve ser considerada em pacientes com amenorreia que
apresentem sinais e sintomas de gravidez. Letra C: incorreta. Devemos suspeitar da síndrome dos ovários policísticos na presença de irregularidade menstrual, sinais
clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários de aspecto policístico à ultrassonografia. Letra D: correta. Reparem que existe uma proximidade entre o início
do tratamento da depressão e o atraso menstrual. A sulpirida é um antipsicótico atípico que atua como antagonista seletivo dos receptores centrais de dopamina. O
medicamento altera a secreção pulsátil de GnRH, promovendo amenorreia hipotalâmica de causa iatrogênica. Portanto, a principal hipótese diagnóstica é o bloqueio das
gonadotrofinas. Resposta: letra D.

20 - 2022 USP - SP

» Essa questão apresenta algumas imagens e quer seber qual dos instrumentos seria utilizado na inserção de um DIU. Vamos analisar cada uma das alternativas. Letra A:
correta. O histerômetro é introduzido através do orifício externo do colo para medir o tamanho da cavidade uterina. Assim é possível saber até onde o DIU deve ser
introduzido para atingir o fundo uterino. Letra B: incorreta. A pinça dente de rato é utilizada em cirurgias para segurar algum tecido com maior firmeza ou para auxiliar
nas suturas. Letra C: incorreta. A imagem é de um porta agulha com fio. Para a colocação do DIU não é necessária nenhuma sutura. Letra D: incorreta. A pinça
apresentada é utilizada para biópsia de colo uterino. Resposta: letra A.

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21 - 2022 USP - SP

» Essa questão descreve uma paciente com queixa de amenorreia secundária, iniciada após curetagem uterina. A partir dessas informações devemos pensar em síndrome
de Asherman, que é definida pela presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia (como curetagens uterinas), geralmente cursando
com amenorreia secundária. A imagem de histeroscopia compatível com a presença de sinéquias intrauterinas está apresentada na letra C, que é o gabarito da questão.
Na alternativa A é apresentado um endométrio com padrão proliferativo; a imagem da letra B evidencia um pólipo endometrial; enquanto a letra D apresenta um
endométrio irregular, com vascularização aumentada e lesão vegetante sugerindo malignidade. Resposta: letra C.
22 - 2022 USP - SP

» Essa questão descreve uma atleta profissional de atletismo apresentando fratura de stress tibial. A amenorreia referida pela paciente é uma amenorreia hipotalâmica,
comum em atletas profissionais. A conduta mais adequada para esta paciente consiste no uso de contraceptivo hormonal combinado, pois como a paciente tem apenas
23 anos e está em amenorreia, está apresentando perda de massa óssea pela falta de estrogênio (deficiência na formação óssea). O uso de Bifosfonado não estaria
indicado para o tratamento desta paciente, pois o problema está na deficiência da formação óssea (pela falta de estrogênio) e não no aumento da reabsorção. Além
disso, esta medicação não deve ser utilizada em mulheres jovens, com potencial de gestar, já que é uma medicação de depósito e que não tem sua segurança avaliada
na gestação. Essa paciente deve também receber reposição de cálcio e vitamina D; entretanto a ingesta de doses elevadas de cálcio não seria suficiente se não houver
o estrogênio ajudando na formação óssea. Em relação à musculação, também não será isso que vai resolver a falta de estrogênio. Portanto, a conduta mais adequada
para essa paciente está descrita na letra A. Resposta: letra A.

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23 - 2022 SUS - SP

» A questão deseja saber qual é o melhor método contraceptivo para uma paciente de 16 anos, nuligesta, portadora de enxaqueca com aura e adenoma hepático,
considerando os critérios de elegibilidade da OMS de 2015 e o índice de Pearl dos métodos contraceptivos. A enxaqueca com aura e o adenoma hepático são duas
situações clínicas classificadas como categoria 4, ou seja, contraindicações absolutas para o uso de métodos combinados, o que exclui a letra A. O espermicida faz parte
dos métodos de barreira, cujo uso isolado (sem diafragma) não é recomendável pela baixa eficácia, o que descarta a letra B. O DIU de cobre (letra C) tem o uso sem
restrições (categoria 1) tanto para pacientes com enxaqueca com aura, quanto para o adenoma hepático. A tabelinha ou método de Ogino-Knaus (letra D) faz parte dos
métodos comportamentais que por serem de baixa eficácia não devem ter seu uso incentivado, principalmente em uma adolescente de 16 anos. A enxaqueca com aura
é uma situação classificada como categoria 2 para início de uso de progestogênio injetável e categoria 3 para continuidade do uso. Por outro lado, o adenoma hepático é
uma condição clínica classificada como categoria 3, ou seja, uma contraindicação relativa para o uso de progestogênios injetáveis, o que exclui a letra E como escolha
contraceptiva para a adolescente. Resposta: letra C.

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24 - 2022 UERJ

» A questão deseja saber qual é a recomendação para uma paciente jovem, que não utiliza anticoncepcional hormonal, com relato de relação sexual desprotegida há 48
horas, no 9º dia do ciclo menstrual. Neste contexto, estamos diante de uma clássica indicação para a anticoncepção de emergência (AE), a relação sexual sem uso de
método anticonceptivo. Convém frisar que a eficácia da AE pode variar de forma importante em função do tempo decorrido entre a relação sexual e sua administração.
Idealmente, o prazo para início da AE deve ser nas primeiras 72h, embora ela possa ser administrada até o 5º dia da relação sexual desprotegida. Neste contexto, vamos
às alternativas: Letras A e B: incorretas, pois o prazo para administração da AE se estende até o 5º dia da relação sexual desprotegida. Letra C: correta, pois a AE deve
ser administrada tão rápido quanto possível e, preferencialmente, em dose única (método de levonorgestrel) dentro dos cinco dias que sucedem a relação sexual
desprotegida. Letra D: incorreta, pois a história familiar de tromboembolismo não constitui uma contraindicação ao método. A única contraindicação absoluta à AE é a
presença de gravidez confirmada. Resposta: letra C.

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25 - 2022 HNMD

» A questão deseja saber qual das alternativas contêm causas de amenorreia primária. A título de bagagem teórica, vamos aproveitar para recapitular sua definição: a
amenorreia primária define a ausência de menstruação sem a ocorrência de menarca. Em termos cronológicos, ela pode ser definida como a ausência de menarca até os
16 anos de idade, com presença de caracteres sexuais secundários, ou a ausência de menarca até os 14 anos de idade em meninas sem desenvolvimento de caracteres
sexuais secundários. Nessa linha de raciocínio, avaliaremos cada uma das alternativas: Letra A: correta, pois a disgenesia gonadal (principal causa de amenorreia
primária pelo quadro de insuficiência ovariana; a gônada disgenética é em fita, constituída por tecido fibroso, sem função hormonal ou de produção de gametas, com
alteração no desenvolvimento sexual), a síndrome de Kallmann (por disfunção hipotalâmica) e a deleção parcial do cromossomo X (por insuficiência ovariana, já que são
necessários dois cromossomos X intactos para assegurar função ovariana normal) são causas de amenorreia primária. Letra B: incorreta, pois a hiperprolactinemia
(medicamentosa ou prolactinoma) e tumor ovariano secretor de androgênios são causas possíveis de amenorreia secundária. Já o hímen imperfurado é uma
malformação obstrutiva associada à amenorreia primária. Letra C: incorreta, pois a síndrome dos ovários policísticos (anovulação hiperandrogênica) e a síndrome de
Asherman (sinéquias ou aderências intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia por curetagens uterinas excessivas ou repetidas, outras cirurgias uterinas,
substâncias cáusticas e processos inflamatórios, como doença inflamatória pélvica grave ou endometrite tuberculosa) são, em geral, causas de amenorreia secundária.
Letra D: incorreta, pois a doença inflamatória pélvica é uma causa de amenorreia secundária pela produção de sinéquias intrauterinas. Letra E: incorreta, pois a
galactosemia (doença hereditária autossômica recessiva causada por uma mutação no gene GALT, localizado no cromossomo 9 (9p13), que controla a formação da
enzima galactose-1-fosfato uridil transferase - GALT) e a tuberculose (causa hipotalâmica - doença granulomatosa pela interferência na secreção pulsátil de GnRH; causa
uterina pela infecção pélvica e formação de aderências dentro da cavidade uterina ) são causas de amenorreia secundária. O septo vaginal transverso é uma
malformação obstrutiva associada à amenorreia primária. Resposta: letra A.

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26 - 2022 UFRJ

» Questão sobre ciclo menstrual. A progesterona é produzida produzida pelo ovário e o seu pico ocorre sete dias após a ovulação, coincidentemente com os maiores níveis
estrogênicos e com a maior vascularização do endométrio. A fase lútea é normalmente fixa e com duração de 14 dias. Após 14 dias da ovulação, na ausência de
gestação, a paciente irá menstruar. Já a hipófise é responsável pela produção de FSH e LH. Portanto, a única alternativa correta é a letra D. Resposta: letra D.

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27 - 2022 SES - RJ

» Estamos diante de uma jovem de 15 anos com quadro de amenorreia primária. O enunciado nos fornece um dado importante: a paciente refere emagrecimento devido à
dieta, pois sente que está acima do peso. Observem que a preocupação da paciente não condiz com o IMC descrito, refletindo um provável distúrbio alimentar. Ao exame
físico, podemos observar sinais de anemia e presença de caracteres sexuais secundários. Vamos analisar as alternativas sobre o exame complementar mais indicado:
Letra A: incorreta. A presença de hímen íntegro indica que a paciente ainda não iniciou atividade sexual, o que afasta a possibilidade de gravidez. Letra B: incorreta. As
manifestações clínicas mais comuns da hiperprolactinemia incluem galactorreia e amenorreia secundária. Letra C: correta. A perda de peso excessiva altera a
pulsatilidade do GnRH, resultando em amenorreia hipotalâmica. Além disso, a paciente encontra-se hipocorada 2+/4+, traduzindo uma provável anemia devido à dieta
restritiva. Portanto, devemos solicitar um hemograma para investigação do quadro. Letra D: incorreta. A síndrome dos ovários policísticos é causa de amenorreia
secundária. Resposta: letra C.

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28 - 2022 HUOL

» A questão deseja saber qual é o contraceptivo hormonal ideal para puérperas em aleitamento materno. Os anticoncepcionais com progestágenos isolados representam
boas opções contraceptivas durante o período do aleitamento. O método deve ser iniciado seis semanas após o parto e seu maior benefício é a ausência de efeitos sobre
a amamentação. Já o contraceptivo hormonal combinado não deve ser usado antes de seis semanas do parto (categoria 4) e deve ser evitado, se houver a chance de
usar outro método, até seis meses após o parto (categoria 3). No entanto, de acordo com os critérios de elegibilidade da OMS, anticoncepcionais combinados são
considerados categoria 2 em lactantes seis meses ou mais após o parto e, por isso, podem ser utilizados com segurança. Portanto, a escolha do método hormonal em
lactantes depende do período pós-parto. Dessa forma, podemos concluir que a questão não apresenta alternativa correta entre as opções de resposta. A banca manteve
como gabarito oficial a letra A, apesar da solicitação de recurso. No entanto, a questão merecia ter sido anulada.

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29 - 2022 HUOL

» Questão sobre planejamento familiar. Vamos analisar as alternativas sobre os métodos contraceptivos: Letra A: correta. O implante subdérmico de etonogestrel é um
contraceptivo reversível de longa duração, com ação comprovada por até três anos. O método atua inibindo a ovulação, alterando o muco cervical e promovendo atrofia
do endométrio. Dessa forma, as pacientes podem apresentar amenorreia, principalmente após o primeiro ano de uso. Letra B: incorreta. A história familiar de trombose
venosa profunda não contraindica o uso de anticoncepcionais combinados orais, apenas a história pessoal de tromboembolismo. Letra C: incorreta. A pílula de
desogestrel possui maior eficácia contraceptiva, pois atua inibindo a ovulação. Portanto, não há indicação de substituir o método após o período de lactação, diferente da
minipílula. Letra D: incorreta. O DIU de cobre não é eficaz no tratamento de distúrbios disfóricos pré-menstruais, justamente por ser um método não hormonal.
Resposta: letra A.

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30 - 2022 PSU - MG

» A questão descreve uma paciente jovem, portadora de diabetes mellitus tipo 1, que deseja realizar a troca do contraceptivo combinado oral devido à náuseas e cefaleia
associadas ao inicio do método. O implante de etonogestrel é um dos métodos contraceptivos reversíveis mais eficazes, com taxa de falha em menos de uma em 1.00
mulheres por ano. Queixas como cefaleia e náuseas geralmente estão relacionadas ao componente estrogênico, mas também são possíveis efeitos colaterais do
implante. Se considerarmos a capacidade de apresentar tais efeitos adversos entre os contraceptivos em geral, a melhor opção seria o DIU de cobre. No entanto, em
comparação com os contraceptivos orais combinados, os implantes possuem potencial menor de provocar náuseas e cefaleia. Em pacientes com diabetes mellitus tipo 1
sem doença vascular, os anticoncepcionais hormonais são considerados categoria 2 e, por isso, podem ser utilizados. Tais pacientes também podem utilizar
anticoncepcionais com progestágeno isolado de forma segura e eficaz. Vale lembrar que o principal fator de risco para trombose é o componente estrogênico. Na
presença de diabetes mellitus tipo 1 bem controlado, o DIU de cobre é considerado categoria 1 e o DIU de levonorgestrel categoria 2. Considerando as opções de
resposta, a afirmativa que cita o implante subdérmico é a melhor alternativa. No entanto, a mesma abre margem para uma dupla interpretação. A questão foi
devidamente anulada pela banca após solicitação de recurso.

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31 - 2022 HUOL

» Estamos diante de uma mulher de 27 anos em amenorreia secundária há quatro meses. A questão nos fornece um dado importante: a paciente pratica atividade física
diária intensa. Os exames complementares revelaram níveis séricos reduzidos de FSH, sugerindo etiologia central. Vamos analisar as alternativas sobre a principal
hipótese diagnóstica: Letra A: correta. Dosagens reduzidas de FSH indicam produção ovariana inadequada por ausência de estímulo central, caracterizando o
hipogonadismo hipogonadotrófico. Vale lembrar que a atividade física extenuante pode causar amenorreia. A fisiopatologia inclui alterações na regulação da liberação
pulsátil de GnRH. Letra B: incorreta. Na síndrome dos ovários policísticos esperamos encontrar irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de
hiperandrogenismo e ovários com aspecto micropolicístico à ultrassonografia. Letra C: incorreta. O hipogonadismo hipergonadotrófico é caracterizado por níveis elevados
de gonadotrofinas, indicando insuficiência gonadal. Nesse caso, temos níveis séricos de FSH e LH reduzidos. Letra D: incorreta. A síndrome de Sheehan é causada por
necrose hipofisária secundária à isquemica local. As pacientes geralmente relatam episódio de hemorragia pós-parto e ausência de lactação. Resposta: letra A.

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32 - 2022 PSU - MG

» A questão descreve uma paciente de 19 anos, com dois filhos vivos, que deseja encaminhamento para realizar esterilização cirúrgica. De acordo com a legislação
brasileira, a esterilização voluntária é permitida somente nas seguintes situações: em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo
menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico; na presença de risco de vida ou à
saude da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. Portanto, como a nossa paciente já possui prole constituída, sua
solicitação pela laqueadura tubária poderá ser atendida.

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33 - 2022 HCPA

» Essa questão descreve uma paciente com desejo de contracepção. A presença de nódulo mamário sugestivo de fibroadenoma, com ultrassonografia mamária
classificada como BI-RADS 2, não representa contraindicação a nenhum método hormonal. Entretanto, como a paciente é diabética e apresenta retinopatia não
proliferativa grave, possui contraindicação aos métodos combinados. Devemos lembrar que as pacientes diabéticas que apresentam nefropatia, retinopatia, neuropatia
ou outra doença vascular ou que são diabéticas de longa data (mais de 20 anos), não devem utilizar nenhum método hormonal combinado. Portanto, o método
contraceptivo contraindicado para esta paciente seria o anticoncepcional oral combinado. Resposta: letra A.

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34 - 2022 HCPA

» Questão sobre acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMP-D) que exige atenção! Vamos avaliar juntos cada uma das afirmativas em busca da que traz
informação incorreta. Letra A: correta. A primeira aplicação de AMP-D deve ser aplicada nos primeiros cinco dias do ciclo menstrual. O início da ação contraceptiva ocorre
dentro de 24 horas após a injeção.Letra B: correta. O início da ação contraceptiva do AMP-D ocorre dentro de 24 horas após a injeção e é mantida por até 14 semanas,
determinando uma margem de proteção se houver uma demora na aplicação da injeção, tipicamente aplicada a cada 12 semanas (90 dias). Se houver um atraso na
aplicação maior que 14 semanas, deve-se questionar à mulher se houve relações desprotegidas, para avaliar a necessidade do uso de contracepção de emergência.
Perceba que a diferença entre 14 semanas (tempo máximo entre as injeções) e 12 semanas (tempo recomendado entre as injeções) é de 2 semanas (14 dias),
considerado como período de tolerância entre as doses.Letra C: incorreta. O uso de AMP-D para contracepção produz um estado de hipoestrogenismo e, em alguns
estudos, isso está associado à diminuição da massa óssea. Dados indicam que o uso do AMP-D reduz a Densidade Mineral Óssea (DMO) em mulheres que atingiram o
pico de massa óssea e traz prejuízos à aquisição óssea entre aquelas que ainda não atingiram este pico.Letra D: correta. O mecanismo de ação do AMP-D é diferente dos
outros métodos contendo apenas progestogênio, pois além de alterar a espessura endometrial e espessar o muco cervical, bloqueia o pico do hormônio luteinizante (LH),
evitando a ovulação.Resposta: letra C.

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35 - 2022 UFPB

» Pois é, mais uma questão bastante difícil e específica retirada inteiramente da referência em ginecologia do concurso- Tratado de Ginecologia da FEBRASGO.
Comecemos pela afirmativa correta, para entender o conceito trazido pela questão, após, vamos em busca do erro das demais afirmativas. Letra D: Correta. Segue
trecho da referência, que responde a questão: "Dois pares de ductos genitais se desenvolvem em ambos os sexos, a saber: os mesonéfricos (ductos de Wolff) e os
paramesonéfricos (ductos de Müller). Os ductos paramesonéfricos, que se desenvolvem no feto feminino enquanto os mesonéfricos regridem, são originados do epitélio
celômico e, laterais aos ductos de Wolff, crescem caudalmente a eles e depois os cruzam ventralmente para se fundirem na linha média. Fundidos, formam o canal
uterovaginal e progridem até a face posterior do seio urogenital, onde se inserem no Tubérculo de Müller." Letra A: Incorreta. É o canal uterovaginal, não ureterovaginal,
que a questão descreve. Letra B: Incorreta. O que seria o canal de Nuck? Do ponto de vista anatômico, o peritônio acompanha o ligamento redondo até sua inserção
terminal nos grandes lábios vulvares, formando o canal de Nuck. Portanto, a afirmativa B está incorreta. Letra C: Incorreta. Os ductos de Wolff ou mesonéfricos se
desenvolvem no sexo masculino, sob ação da testosterona, dando origem a genitália interna masculina. Letra E: Incorreta. O fundo de saco de Douglas é a escavação
retouterina, não um canal, conforme solicitado pela questão. Resposta: letra D.

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36 - 2022 AMP

» Temos afirmativas sobre a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Vamos avaliar cada uma delas e classificá-las como verdadeiras ou falsas. Afirmativa I: verdadeira. A
causa subjacente à SOP é desconhecida. Entretanto, suspeita-se de origem genética multifatorial e poligênica, tendo em vista a observação de acúmulo de casos bem
documentados da síndrome dentro de famílias. Especificamente, observou-se aumento da prevalência entre as mulheres afetadas e suas irmãs e mães. As alterações
clínicas e laboratoriais associadas à SOP são consequências, e não causas, da síndrome. Afirmativa II: verdadeira. Há algumas evidências que pacientes com SOP com
ciclos menstruais irregulares podem desenvolver ciclos regulares à medida que o tempo passa. A redução da coorte de folículos antrais à medida que as mulheres
entram na faixa dos 30 e 40 anos de idade, pode levar à diminuição simultânea na produção androgênica. Afirmativa III: falsa. A SOP está associada à infertilidade,
subinfertilidade e também a aumento do risco de abortamento de primeiro trimestre. Portanto, as afirmativas I e II são verdadeiras e a afirmativa III é falsa. Resposta:
letra A.

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37 - 2022 UFPB

» A questão deseja saber qual é a síndrome que corresponde às afirmativas. Vamos analisar as opções: Letra A: incorreta. A disgenesia gonadal pura em indivíduos XY é
denominada síndrome de Swyer. Nessa condição, são observados anéis fibrosos no lugar dos testículos. As pacientes apresentam amenorreia primária, crescimento
eunucoide, trompas e útero normais ou rudimentares, gônadas em fita, ausência de caracteres sexuais secundários e infantilismo genital. Letra B: correta. Na disgenesia
gonadal pura 46XX as pacientes apresentam ovários em fita e fenótipo feminino. A herança é autossômica recessiva. A estatura geralmente é normal e não possuem
estigmas. Pode associar-se com hipoacusia (síndrome de Perrault) e manifestações neurológicas, como ataxia, epilepsia, nistagmo e retardo mental. Devido a ausência
de estímulo hormonal, a genitália interna feminina é hipoplásica. Letra C: incorreta. A síndrome de Turner é caracterizada por disgenesia gonadal e amenorreia primária.
Estigmas como baixa estatura, hipertelorismo, pescoço alado e tórax escavado são frequentes. O cariótipo clássico é 45X0. Letras D e E: incorretas. A disgenesia gonadal
mista é caracterizada pela presença de testículo disgenético de um lado e gônada disgenética ou ausente contralateral, além da persistência de derivados müllerianos. O
espectro fenotípico varia de genitais externos femininos a masculinos normais, passando por diferentes graus de ambiguidade genital. Resposta: letra B.

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38 - 2022 UFES

» A questão deseja saber o que é INCORRETO afirmar em relação à lei nº 9263/1996 – Lei do Planejamento Familiar –, quanto a permissão da esterilização voluntária da
mulher. Vamos às alternativas: Letra A: correta, pois de acordo com a legislação brasileira, a esterilização voluntária é permitida somente nas seguintes situações: -
Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a
manifestação da vontade e o ato cirúrgico; - Na presença de risco de morte ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado
por dois médicos. Letra B: correta, pois na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges. Letra C:
incorreta, pois a esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial, e não familiar. Letra D: correta,
pois é vedada a esterilização cirúrgica durante os períodos de parto ou abortamento, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas
anteriores. Resposta: letra C.

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39 - 2022 HCPA

» Estamos diante de uma paciente jovem com sinais clínicos de hiperandrogenismo e amenorreia. Ao exame físico, nota-se hipertrofia de clitóris. Os exames laboratoriais
evidenciaram um aumento de testosterona total. Vamos analisar as alternativas sobre o provável diagnóstico: Letra A: incorreta. A síndrome dos ovários policísticos
(SOP) é caracterizada por irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos à ultrassonografia. Vale lembrar que o
diagnóstico é de exclusão e, por isso, devemos inicialmente excluir outras possíveis causas de disfunção ovulatória e hiperandrogenismo. Na SOP não é esperado um
aumento significativo da testosterona associado à sinais de virilização. Letra B: incorreta. A deficiência da enzima 21-hidroxilase está relacionada à hiperplasia adrenal
congênita. Devemos suspeitar desse diagnóstico na presença de níveis elevados de 17-hidroxiprogesterona (17-OHP4), o que não foi mencionando no enunciado da
questão. Letra C: incorreta. Tumores de origem adrenal cursam com níveis elevados de SDHEA. A paciente em questão apresenta níveis de SDHEA dentro da faixa de
normalidade. Letra D: correta. Na presença de hiperandrogenismo com níveis elevados de testosterona e sinais de virilização devemos suspeitar de tumor ovariano
secretor de androgênio. O tumor das células de Leydig é o provável diagnóstico nesse caso. Resposta: letra D.

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40 - 2022 PSU - MG

» Questão sobre ciclo menstrual que exigia atenção. Vamos relembrar alguns aspectos: O GnRH é liberado pelo hipotálamo de forma pulsátil, modulando a liberação de
gonadotrofinas. Se a sua liberação fosse contínua, inibiria o ciclo; efeito obtido com o uso de medicações agonistas de GnRH, por exemplo. O estradiol e a inibina B na
fase folicular exercem feedback negativo sobre o FSH. Enquanto a progesterona exerce feedback negativo sobre o LH. O hormônio responsável pelo feedback positivo
sobre o LH é o estradiol. É o pico sustentado de estrogênio no final da fase folicular que leva ao pico de LH. Portanto, a única alternativa correta é a que afirma que o
aumento inicial do estradiol que ocorre no início da fase folicular exerce feedback negativo sobre o FSH.

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41 - 2022 PSU - MG

» Mais uma questão sobre ciclo menstrual. Dessa vez, a questão pede a alternativa errada. A única alternativa errada é a que afirma que a duração do ciclo menstrual é
definida pela duração da fase lútea, pois, na verdade, a fase variável é a folicular (primeira fase do ciclo). Após a ovulação, a fase lútea dura em torno de 14 dias. Vamos
relembrar os conceitos das demais afirmativas, que estão certas: Durante a menstruação ocorre a descamação das camadas endometriais superficial e média (que em
conjunto formam a camada funcional); enquanto a camada profunda permanece intacta e é responsável pela renovação endometrial. A duração média do ciclo
menstrual é de 28 dias. Apesar de haver pequenas variações na literatura, o clássico é considerar que o ciclo menstrual normal tem duração de 21 a 35 dias. Nos
extremos da vida reprodutiva são mais comuns ciclos anovulatórios, o que desencadeia a irregularidade menstrual. Nos dois primeiros anos após a menarca há uma
imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, enquanto na pré-menopausa há uma redução da reserva ovariana.

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42 - 2022 PSU - MG

» Questão aborda os principais conceitos sobre ciclo menstrual. A única alternativa errada é a que afirma que a enzima aromatase converte androgênios em
progesterona. A enzima aromatase, na verdade, converte androgênio em estrogênio. Por essa razão a obesidade é fator de risco para câncer de endométrio, uma vez
que as mulheres obesas apresentam maior aromatização perifárica de androgênio em estrogênio. Vamos relembrar os conceitos das demais afirmativas, que estão
certas: O pico da massa folicular ocorre em torno de semanas. A partir daí já se inicia o processo de atresia folicular. Esse processo de atresia folicular é contínuo; não
sendo interrompido pela gravidez e nem pelo uso de anovulatórios. O início do desenvolvimento folicular (folículo primário) não depende do FSH. A ação do FSH é
necessária nas fases de folículo secundário e pré-antral.

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43 - 2022 UFES

» A questão deseja saber qual das alternativas NÃO apresenta contraindicações absolutas, ou seja, condições classificadas como categoria 4 nos Critérios de Elegibilidade
da Organização Mundial de Saúde (OMS), para uso Anticoncepcionais Combinados Orais (ACO). Vamos a elas: Letras A, B e D: incorretas, pois trombofilia conhecida,
lúpus eritematoso sistêmico com anticorpo antifosfolípide positivo e enxaqueca com aura constituem contraindicações absolutas ao uso de ACO, pois são condições
classificadas como categoria 4. Letra C: correta, pois a história familiar de trombose venosa profunda de 1º grau, embora o grau de parentesco não tenha sido
informado na alternativa, é uma condição classificada como categoria 2 para o uso de ACO, ou seja, o ACO pode ser usado com restrições, pois os benefícios superam os
riscos, mas o acompanhamento médico deve ser mais frequente. Resposta: letra C.

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44 - 2022 AMP

» Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas nessa questão: Afirmativa I: verdadeira. Na teoria das duas células duas gonadotrofinas, o LH atua nas células
da teca transformando colesterol em androgênio. Sendo assim, no pico de LH há uma maior produção de androgênio. Afirmativa II: falsa. A produção de androgênio
ocorre nas células da teca. Nas células da granulosa ocorre a conversão de androgênios em estrogênio pela ação de aromatases. Afirmativa III: verdadeira. As células
eosinofílicas do epitélio cérvico vaginal são as células mais superficiais que descamam mais no período ovulatório. Resposta: letra B.

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45 - 2022 UFMT

» Essa questão descreve uma paciente com história de trombose venosa profunda há 2 anos, após acidente automobilístico; no momento sem uso de anticoagulante.
Segundo os critérios de elegibilidade da OMS, história de TVP e TEP é contraindicação absoluta (categoria 4) ao uso de qualquer método combinado. Os métodos com
progestágeno isolado (oral, injetável trimestral, implante e sistema intrauterino) são considerados categoria 2, enquanto o DIU não-hormonal é considerado categoria 1.
Portanto, a única alternativa correta é a letra B. Resposta: letra B.

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46 - 2022 UFPB

» Para responder essa questão devíamos lembrar que a irregularidade menstrual por imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano é comum nos dois primeiros anos
após a menarca. A paciente descrita nesta questão teve a menarca há três anos, então a causa da sua irregularidade menstrual não seria somente anovulação
decorrente dessa imaturidade. Além disso ela apresenta sinais clínicos de hiperandrogenismo (acne e hirsutismo) e sobrepeso e não possui alteração do
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Sendo assim, nossa principal hipótese diagnóstica é de síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou anovulação
crônica hiperandrogênica. Os exames a serem solicitados servem para excluir outras causas de irregularidade menstrual (como hipotireoidismo e hiperprolactinemia),
com a dosagem de TSH e prolactina e outras causas de hiperandrogenismo (como hiperplasia adrenal congênita), com a dosagem de testosterona, 17-OH-progesterona,
SDHEA. Essa questão acabou anulada pois, uma vez que a paciente já apresenta dois dos três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de SOP (anovulação e sinais
clínicos de hiperandrogenismo), não há a obrigatoriedade de realização de ultrassonografia pélvica para o diagnóstico. TC de crânio e TC de suprarrenal não são exames
a serem realizados inicialmente. A RM de crânio está indicada na suspeita de prolactinoma; enquanto a TC de suprarrenal estaria indicada se a dosagem de SDHEA
estivesse muito elevada.

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47 - 2022 SCMBH

» A questão deseja saber qual das alternativas é CORRETA em relação à anovulação crônica hiperandrogênica ou síndrome dos ovários policísticos (SOP), que é a
endocrinopatia mais comum nas mulheres. Vamos a elas: Letra A: incorreta, pois a etiologia da SOP permanece desconhecida. A SOP parece ser consequente a uma
origem genética multifatorial e poligênica. Letra B: incorreta, pois a aparência policística dos ovários são consequência, e não a causa do aumento dos androgênios
circulantes. O microambiente androgênico ovariano contribui para o processo de atresia folicular. Letra C: correta, pois pacientes com SOP apresentam maior risco de
intolerância à glicose e diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e de hiperplasia (HE) e câncer de endométrio (CE), além de dislipidemia, síndrome metabólica e câncer
(CA) de ovário. O aumento do risco de HE/CE ocorre devido ao estímulo do estrogênio no endométrio não antagonizado pela progesterona que, consequentemente, o
expõe a uma estimulação proliferativa mitogênica constante. O estado hiperestrogênico também aumenta o risco de CA de ovário em duas a três vezes. Letra D:
incorreta, pois a dosagem de 17-hidroxiprogesterona, e não a dosagem de testosterona livre, é que é solicitada para o diagnóstico diferencial com a hiperplasia
congênita da suprarrenal de manifestação tardia. Resposta: letra C.

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48 - 2022 SES - PE

» A questão deseja saber qual é a alternativa CORRETA considerando uma paciente de 20 anos que, ao exame físico, apresenta sinais clínicos de hiperandrogenismo –
acne e hirsutismo (pilificação com padrão escrutiforme, ou seja, com padrão de distribuição de pelos no abdome inferior). Vamos às alternativas: Letra A: correta e é a
resposta da questão, pois descreve a patogenia da acne. Letra B: incorreta, pois dentro do folículo piloso, ocorre a conversão de testosterona em diidrotestosterona de
forma reversível pela 5 alfa-redutase, e não pela aromatase reversa. Letra C: incorreta, pois no hiperandrogenismo, os níveis de SHBG diminuem, logo, a ação é
inibitória, e não estimulatória. Letra D: incorreta, pois na anovulação, não há formação de corpo lúteo (CL); logo, não há aumento da progesterona (P4). Letra E:
incorreta, pois a hiperplasia adrenal congênita (HAC) de início tardio é um diagnóstico diferencial pesquisado pela dosagem da 17-hidroxiprogesterona (17OHP4) que é o
substrato da enzima 21-hidroxilase. Algumas fontes consideram uma dosagem de 17OHP4 maiores que 500 ng/dl para diagnóstico de HAC de início tardio. Outras
consideram dosagens de 17OHP4 maiores que 800ng/dl. Resposta: letra A.

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49 - 2022 UFMT

» Questão direta. O implante subdérmico consiste em uma haste de 4 cm de comprimento por 2 mm de diâmetro, contendo 60 mg de etonorgestrel. Possui ação
comprovada por até três anos. Tem como mecanismo de ação uma liberação diária de 60 mcg de etonorgestrel que inibe a ovulação por bloqueio do pico de LH, altera o
muco cervical e atrofia o endométrio. Apresenta índice de Pearl de 0,05. Resposta: letra C.

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50 - 2022 AMRIGS

» Essa questão descreve uma paciente com queixa de amenorreia secundária. Como o laudo histopatológico do material proveniente da curetagem uterina pós-
abortamento realizada há 13 meses identificou fragmentos de miométrio, devemos pensar que foi uma curetagem agressiva, com potencial de gerar aderências
intrauterinas. A amenorreia desencadeada pela presença de sinéquias uterinas decorrentes de agressão endometrial prévia corresponde à síndrome de Asherman.
Então, pensando em síndrome de Asherman, vamos analisar as quatro imagens de histerossalpingografia fornecidas no enunciado: Imagem I: demonstra falha de
enchimento da cavidade uterina, que é compatível com a presença de aderências da síndrome de Asherman. Imagem II: cavidade uterina aparentemente normal;
entretanto a trompa encontra-se dilatada, podendo corresponder à hidrossalpinge. Imagem III: útero desviado para esquerda, o que pode ser decorrente de
endometriose e aderências pélvicas; mas o enchimento da cavidade é aparentemente normal. Imagem IV: também demonstra falha de enchimento da cavidade e pouco
contraste caindo na cavidade. Pode ser um útero rudimentar, por exemplo. A questão acabou anulada, pois a baixa qualidade das imagens na prova dificultou ainda mais
a interpretação dos alunos.

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51 - 2022 AMRIGS

» Essa questão acabou anulada pela dificuldade de interpretação da imagem pelos candidatos durante a prova. O corte transversal do útero permite a visualização de
duas cavidades endometriais (imagens hiperecogênicas), então provavelmente corresponde a um útero bicorno ou septado. Vamos analisar cada uma das alternativas
apresentadas: Letra A: correta. O útero bicorno não é contraindicação ao uso de implante subdérmico. Letra B: incorreta. Não há pólipos endometriais na imagem;
entretanto, o útero bicorno ou a presença de septo uterino são contraindicações ao uso do DIU. Letra C: incorreta. Não há um espessamento endometrial na imagem e,
da mesma forma, o útero bicorno ou a presença de septo uterino são contraindicações ao uso do DIU hormonal. Letra D: incorreta. Não há miomas nessa imagem, os
quais são hipoecogênicos à ultrassonografia (cinza mais escuro). O que vemos são duas cavidades endometriais. Portanto, a resposta correta seria letra A; entretanto a
questão acabou anulada pela qualidade da imagem na prova.

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52 - 2022 SES - PE

» A questão descreve uma paciente de 30 anos, com diagnóstico de anorexia nervosa, em amenorreia há oito meses. Vamos analisar as alternativas sobre a fisiopatologia
da amenorreia nesse caso: Letra A: incorreta. Na anorexia nervosa, a amenorreia está relacionada à restrição calórica severa, o que resulta em supressão do eixo
hipotálamo-hipofisário. Há alterações na regulação da liberação pulsátil de GnRH, além de reversão da secreção pulsátil do LH para os padrões pré-púberes, com
supressão da produção hipofisária de LH e do FSH. Letra B: correta. A redução na produção de leptina causada pela perda de peso excessiva estimula o neuropeptídeo Y,
que altera a pulsatilidade do GnRH. Letra C: incorreta. Tanto a anorexia quanto a bulimia nervosa estão relacionados à amenorreia. Nos transtornos alimentares, a
diminuição da pulsatilidade do GnRH pode ser causada por alterações hormonais, como baixos níveis de leptina ou altos níveis de grelina, neuropeptídio Y e hormônio
liberador de corticotropina. Letra D: incorreta. A amenorreia hipotalâmica está associada à diminuição dos níveis de leptina, e não aumento. Letra E: incorreta. A
anorexia nervosa cursa com baixos níveis séricos de TSH e tri​iodotironina (T3), e altos níveis de T3 reverso. Resposta: letra B.

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53 - 2022 SCMBH

» A única alternativa incorreta em relação ao DIU de cobre é a que afirma que o índice de gestações, expulsão e remoção por motivos médicos aumenta a cada ano de
uso. Na verdade, o índice de gestações, expulsão e remoção diminui a cada ano de uso. Vamos relembrar os conceitos das demais afirmativas, que estão corretas:
Dentre os dispositivos de cobre, o T de cobre 380 A é o mais eficaz e sua duração é de 10 anos. Ele é superior aos demais dispositivos de cobre, como o Multiload 375, o
Multiload 250, o T de cobre 220 e o T de cobre 200. A taxa de falha do DIU fica entre 0,6 (para o uso perfeito) e 0,8 (para o uso típico) no primeiro ano. E essa falha se
relaciona principalmente ao deslocamento do dispositivo, o que é mais frequente no primeiro ano de uso. O retorno à fertilidade é imediato após a remoção do
dispositivo.

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54 - 2022 AMRIGS

» Essa questão descreve uma paciente de 30 anos que apresenta sintomas frequentes de alteração de humor, os quais desaparecem rapidamente. Apesar da questão não
fazer nenhuma correlação ao ciclo menstrual, os sintomas apresentados são compatíveis com o transtorno disfórico pré-menstrual. O transtorno disfórico pré-menstrual
corresponde, para a maioria dos autores, a um subtipo mais grave da síndrome pré-menstrual, no qual as alterações de humor são graves o suficiente para prejudicar o
desempenho das atividades e das relações profissionais e pessoais da paciente. São sintomas cíclicos e recorrentes na fase lútea do ciclo menstrual e que são aliviados
ou mesmo desaparecem com o início ou logo após a menstruação. A ansiedade generalizada não apresenta melhora tão rápida, como a relatada na questão. No
transtorno ciclotímico, a paciente apresenta oscilação entre episódios de depressão e mania, por um período prolongado de, no mínimo, dois anos. Também não há uma
melhora súbita. Já o transtorno dismórfico corporal se relaciona à alimentação. Portanto, o transtorno mais provável para esta paciente seria o transtorno disfórico pré-
menstrual. Resposta: letra A.

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55 - 2022 HC - UFPR

» Vamos analisar cada uma das alternativas em relação à contracepção: Letra A: incorreta. Mesmo com o uso de métodos contraceptivos anovulatórios, continua a ocorrer
o processo de atresia dos folículos primários e a menopausa continua a ocorrer no mesmo momento previsto geneticamente. Letra B: incorreta. O DIU não é considerado
um método abortivo. Letra C: correta. A mulher tem direito à realizar laqueadura se tiver mais de 25 anos OU dois filhos vivos. Entretanto, a lei exige um prazo de 60
dias entre a manifestação da vontade e o procedimento cirúrgico, período no qual será realizado atendimento multidisciplinar visando desencorajar a esterilização
precoce. Então essa alternativa está de acordo com a legislação atual. Letra D: incorreta. O implante de etonorgestrel impede o pico de LH e, com isso, a ovulação.
Letra E: incorreta. O sistema intrauterino liberador de levonorgestrel não é considerado um método anovulatório, então ele não tem uma grande função na queixa de
TPM. Resposta: letra C.

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56 - 2022 HCG

» Questão sobre amenorreias, primária e secundária, e suas causas. Quando discutimos as causas das amenorreias, classicamente dividimos as etiologias em 4
compartimentos para tornar o estudo mais didático, que são os abaixo: - Compartimento I: desordens do trato de saída ao fluxo menstrual (uterovaginais); -
Compartimento II: desordens gonádicas (ovarianas); - Compartimento III: desordens hipofisárias; - Compartimento IV: desordens hipotalâmicas e no sistema nervoso
central. Agora, vamos avaliar cada uma das afirmativas trazidas pela questão, em busca da correta. Letra A: incorreta, pois a síndrome de Kallmann e anorexia nervosa
são causas de amenorreia consequente à disfunção hipotalâmica (compartimento IV), não ovariana. A síndrome de Kallman é a mais conhecida das neuropatias
determinantes de amenorreia hipotalâmica. Consiste na tríade de anosmia (agenesia do bulbo olfatório) ou hiposmia, hipogonadismo hipogonadotrófico e cegueira para
cores. Letra B: incorreta, pois a amenorreia consequente à hiperprolactinemia decorre de alteração no compartimento hipofisário (III). Além disso, hímen imperfurado e
septo vaginal transverso são causas de amenorreia primária por alteração no compartimento I (desordens do trato de saída). As amenorreias causadas pelo hímen
imperfurado e pelo septo vaginal são primárias, não secundárias. Letra C: incorreta, pois a amenorreia associada à amamentação, por aumento da prolactina, está
associada ao compartimento III (hipofisária), e não ao trato genital. Letra D: correta. A fisiopatologia do compartimento hipotálamo-hipófise pode ser explicada por um
aumento na sensibilidade hipofisária ao GnRH, que leva a um aumento na frequência e na amplitude dos pulsos de LH. Isso justifica o aumento nas concentrações de LH
e a resposta exagerada do LH ao GnRH, que é característica da síndrome dos ovários policísticos e da anovulação crônica. A hipersecreção de LH resultaria na hiperplasia
do estoma ovariano e das células da teca, com produção aumentada de testosterona e androstenediona. Resposta: letra D.

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57 - 2022 SURCE

» Temos uma paciente com história de acidente vascular cerebral (AVC) anterior que se queixa de sangramento uterino aumentado (SUA). Apresenta ultrassonografia
pélvica recente que não visualizou nenhuma alteração estrutural e exame ginecológico dentro da normalidade. Somos questionados sobre a terapêutica mais adequada
para a paciente. Vamos abaixo avaliar cada uma das afirmativas, buscando a mais adequada para a paciente em questão. Letra A: incorreta, pois, diante de uma
paciente com história de AVC, os métodos combinados são categoria 4, ou seja, tem risco de saúde inaceitável não devendo, portanto, ser usado.Letra B: incorreta, pois
dentre os efeitos colaterais possíveis e comuns dos dispositivos intrauterinos de cobre (DIU-cobre) é o aumento do sangramento menstrual. Por isso, diante de uma
paciente que já apresenta sangramento aumentado, a introdução do DIU-cobre não é indicado.Letra C: correta, pois o sistema intrauterino liberador de levonorgestrel
(SIU-LNG) produz concentração de progesterona local no endométrio que provoca efeito pronunciado de atrofia endometrial, o que é benéfico nos casos de sangramento
uterino aumentado de causa não estrutural. A inserção de um SIU-LNG reduz a perda de sangue menstrual em até 97% das pacientes após um ano de uso. E em relação
ao AVC prévio da paciente? Em pacientes com AVC atual ou história, inserção de SIU-LNG é categoria 2, ou seja, o método pode ser utilizado de forma geral.Letra D:
incorreta, uma vez que a histerectomia eletiva é um método invasivo devendo ser reservada para casos que não apresentaram resposta satisfatória aos métodos não
invasivos. Resposta: letra C.

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58 - 2022 SURCE

» Essa questão descreve uma paciente com quadro de amenorreia primária, uma vez que não apresentou menarca aos 16 anos, apresar da presença de caracteres
sexuais secundários (mamas e pilificação vulvar em estágio IV). Como os caracteres sexuais secundários estão presentes, podemos afirmar que o funcionamento dos
ovários é normal e, consequentemente, da hipófise e do hipotálamo também; não havendo a indicação de nenhuma dosagem hormonal. Podemos, então, excluir as
alternativas B, C e D. O enunciado também informa que os grandes e pequenos lábios são normais, porém o intróito vaginal não permite a passagem de cotonete; isso
reforça a hipótese de causa anatômica para a amenorreia primária e a indicação de realização de ultrassom pélvico. Resposta: letra A.

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59 - 2022 SURCE

» Essa questão descreve uma mulher de 35 anos com desejo de contracepção. Devemos lembrar que a enxaqueca com aura e a hipertensão arterial são contraindicações
ao uso de qualquer método combinado, então podemos excluir as alternativas A, B e D. Sendo assim, dentre as alternativas apresentadas, a única opção para esta
paciente é o dispositivo intrauterino. Resposta: letra C.

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60 - 2022 SES - DF

» Temos uma paciente de 15 anos, com menarca (primeira menstruação) há um ano, que procurou atendimento ginecológico, pois seus ciclos menstruais ocorrem a cada
52 dias, com fluxo intenso e tem duração de sete dias, requerendo o uso de absorventes noturnos. O padrão individual de sangramento (características menstruais) é o
que define se o padrão de sangramento é normal. O ciclo menstrual normal possui duração que varia de 21 a 35 dias (média de 28 dias), fluxo que perdura de 2 a 6 dias,
com uma perda sanguínea de 20 a 60 ml. Note, portanto, que estamos diante de um quadro de sangramento uterino anormal (SUA) na adolescência. A principal causa
de SUA nesta faixa etária é a anovulação, decorrente da imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, que é comum nos primeiros dois anos após a menarca. A
fisiologia desse fenômeno está relacionada com uma falha do mecanismo de feedback do estrogênio. Em ciclos anovulatórios, a secreção de estrogênio continua,
resultando em proliferação endometrial com subsequente crescimento instável e eliminação incompleta. O resultado clínico é um sangramento irregular, prolongado e
intenso. Desse modo, a assertiva está errada. Resposta: letra B.

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61 - 2022 SES - DF

» Temos uma paciente de 15 anos, com menarca (primeira menstruação) há um ano, que procurou atendimento ginecológico, pois seus ciclos menstruais ocorrem a cada
52 dias, com fluxo intenso e tem duração de sete dias, requerendo o uso de absorventes noturnos. O padrão individual de sangramento (características menstruais) é o
que define se o padrão de sangramento é normal. O ciclo menstrual normal possui duração que varia de 21 a 35 dias (média de 28 dias), fluxo que perdura de 2 a 6 dias,
com uma perda sanguínea de 20 a 60 ml. Esse padrão de normalidade é divergente na literatura. Neste contexto, outras fontes consideram que a duração do ciclo
menstrual normal varia de 28 + 7 dias, o fluxo menstrual dura aproximadamente 4 + 2 dias, com uma perda sanguínea entre 20 a 80 ml. Desse modo, embora não haja
consenso, a assertiva está certa. Resposta: letra A.

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62 - 2022 SES - DF

» Temos uma paciente de 15 anos, com menarca (primeira menstruação) há um ano, que procurou atendimento ginecológico, pois seus ciclos menstruais ocorrem a cada
52 dias, com fluxo intenso e tem duração de sete dias, requerendo o uso de absorventes noturnos. Perceba, portanto, que este padrão individual de sangramento
(características menstruais) define um quadro de sangramento uterino anormal (SUA) na adolescência. E a principal causa de SUA nesta faixa etária é a anovulação,
decorrente da imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, que é comum nos primeiros dois anos após a menarca. Note, ainda, que a adolescente apresenta dois
sinais clínicos de hiperandrogenismo: acne e hirsutismo (pelos escurecidos). A presença deles indica risco aumentado de síndrome dos ovários policísticos (SOP), com
indicação de seguimento clínico. Mas o diagnóstico da SOP, orientado por consensos, ainda é um grande desafio, principalmente em adolescentes. Assim, diagnosticar
SOP na adolescência requer cautela, pois muitas de suas características são comuns na fase de maturação do eixo reprodutivo: a irregularidade menstrual é típica no
primeiro ano, e ciclos entre 21 até 45 dias são usuais até três anos após a primeira menstruação. A acne é outro achado comum na adolescência, de forma que
devem ser investigadas causas hormonais nos casos de acne grave. Vale lembrar, ainda, que a SOP é um diagnóstico de exclusão. Portanto, o diagnóstico de hiperplasia
adrenal congênita (forma não clássica), hiperprolactinemia, hipotireoidismo, síndrome de Cushing, síndromes de resistência insulínica grave e tumores virilizantes devem
ser descartados. Pelos motivos expostos, o diagnóstico da SOP na adolescência é difícil. Consequentemente, a assertiva está errada. Resposta: letra B.

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63 - 2022 SES - DF

» Temos uma paciente de 15 anos, com menarca (primeira menstruação) há um ano, que procurou atendimento ginecológico, pois seus ciclos menstruais ocorrem a cada
52 dias, com fluxo intenso e tem duração de sete dias, requerendo o uso de absorventes noturnos. Perceba, portanto, que este padrão individual de sangramento
(características menstruais) define um quadro de sangramento uterino anormal (SUA) na adolescência. E a principal causa de SUA nesta faixa etária é a anovulação,
decorrente da imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, que é comum nos primeiros dois anos após a menarca. Note, ainda, que a adolescente apresenta dois
sinais clínicos de hiperandrogenismo: acne e hirsutismo (pelos escurecidos). A presença deles indica risco aumentado de síndrome dos ovários policísticos (SOP), cuja
fisiopatologia ainda não foi completamente desvendada. Sabe-se que os ovários são as principais fontes de androgênios nas pacientes com SOP. O efeito imediato
produzido pelos androgênios é a inibição da secreção e da pulsatilidade do hormônio folículo-estimulante (FSH). A supressão nos níveis de FSH responde pela falta de
estímulo adequado para o crescimento de novos folículos. Esses, por sua vez, nunca chegarão à completa maturação e ovulação. Dessa forma, acumulam-se abaixo da
albugínea, e conferem ao ovário o aspecto policístico. Os androgênios alteram, ainda, os pulsos de GnRH, aumentando os níveis do hormônio luteinizante (LH), que
estimulam as células da teca ovariana a produzirem mais androgênios. Esses hormônios, em excesso, não sofrem aromatização pela falta de FSH e promovem ações
intra e extraovarianas. Perceba, portanto, que a regulação do ciclo ovariano depende de uma complexa interação entre os diferentes níveis de estímulo e controle da
produção das gonadotrofinas e dos esteroides. Desse modo, a assertiva está certa. Resposta: letra A.

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64 - 2022 SES - DF

» Temos uma paciente de 15 anos, com quadro de sangramento uterino anormal (SUA), cuja principal causa de SUA nesta faixa etária é a anovulação, decorrente da
imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário (HHO), que é comum nos primeiros dois anos após a menarca (aos 14 anos). Note, ainda, que a adolescente apresenta
dois sinais clínicos de hiperandrogenismo: acne e hirsutismo (pelos escurecidos). A presença deles indica risco aumentado de síndrome dos ovários policísticos (SOP). A
SOP consiste em um distúrbio no eixo neuroendócrino reprodutor, também denominado de anovulação crônica hiperandrogênica, já que se caracteriza por
hiperandrogenismo e alterações da função ovariana (anovulação e/ou morfologia ovariana policística). Por fim, convém lembrar que os ovários das adolescentes,
geralmente, têm dimensões e volume maiores que os das mulheres adultas, sendo muitas vezes multifoliculares, principalmente quando há imaturidade do eixo HHO,
induzindo diagnóstico errôneo de SOP durante a adolescência. Pelos motivos expostos, a assertiva está certa, já que ela não se refere especificamente à morfologia
ovariana no diagnóstico da SOP em adolescentes. Resposta: letra A.

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65 - 2022 HAOC

» A questão descreve uma paciente jovem, com ciclos menstruais regulares de 28 dias e controle do período ovulatório pela medida da temperatura basal. O método se
baseia no fato de haver alteração na temperatura basal durante a fase lútea do ciclo menstrual. Vamos analisar as afirmativas sobre esse método comportamental:Letra
A: incorreta. Na primeira fase do ciclo, a temperatura permanece estável. A ovulação promove um aumento dos níveis de progesterona, que atua no centro
termorregulador no hipotálamo e promove uma elevação da temperatura basal entre 0,3 a 0,8ºC.Letra B: incorreta. O método é baseado na variação de temperatura.
Vale lembrar que os índices de falha são elevados.Letra C: correta. A mulher deverá se manter em abstinência durante toda a primeira fase do ciclo até a manhã do
quarto dia em que se verificou o aumento da temperatura. Após esse período, o risco de gravidez é menor, pois consideramos que a ovulação ocorreu e o óvulo não é
mais fecundável.Letra D: incorreta. A mulher deve escolher sempre a mesma via de mensuração da temperatura, que pode ser oral, vaginal ou retal.Letra E: incorreta.
Considera​mos que houve ovulação depois de três dias consecutivos de temperatura elevada, ou seja, durante o período de elevação também há risco de
gravidez.Resposta: letra C.

66 - 2022 HAOC

» Estamos diante de uma paciente jovem com queixa de irritabilidade, insônia e dificuldade de concentração. Os sintomas são cíclicos e se iniciam dez dias antes da
menstruação, com melhora após o seu início. A nossa principal hipótese diagnóstica é a síndrome pré-menstrual (SPM), caracterizada por sintomas físicos, emocionais e
comportamentais, cíclicos e recorrentes, que iniciam na semana anterior à menstruação e aliviam com o início do fluxo menstrual. O tratamento medicamentoso visa
eliminar as flutuações hormonais e suprimir a ovulação ou estabilizar os neurotransmissores com fármacos antidepressivos ou ansiolíticos. Vamos analisar as alternativas
sobre a opção terapêutica mais indicada:Letra A: incorreta. A pregabalina é um anticonvulsivante utilizado para o tratamento da dor neuropática.Letra B: incorreta.
Devido ao seu efeito sedativo e ao potencial desenvolvimento de dependência, o alprazolam não é o medicamento de primeira escolha.Letra C: incorreta. A
espironolactona é uma substância antiandrogênica que pode ser utilizada no tratamento do hirsutismo.Letra D: incorreta. O clomifeno é utilizado como indutor da
ovulação em pacientes com síndrome dos ovários policísticos e infertilidade.Letra E: correta. A paroxetina é um antidepressivo que atua como inibidor da recaptação de
serotonina. O fármaco possui eficácia comprovada no tratamento da SPM e, por isso, é a opção terapêutica de escolha.Resposta: letra E.

67 - 2022 ISCMB

» Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao condom feminino: Letra A: incorreta. Assim como o condom masculino, cada preservativo só deve ser utilizado
uma vez. Letra B: incorreta. Deve ser utilizado lubrificante. O uso de quantidade insuficiente de lubrificante acarreta tendência para aderência do condom e
deslocamento dele com o pênis em vez de permanecer fixo dentro da vagina. Letra C: correta. A finalidade do método é impedir que o pênis e o sêmen entrem em
contato direto com a mucosa genital feminina. Letra D: incorreta. O condom feminino possui 17cm de comprimento e 8cm de diâmetro. Letra E: incorreta. A alternativa
C está correta. Resposta: letra C.

68 - 2022 ISCMB

» Questão sobre a definição de amenorreia. A amenorreia secundária é definida como a ausência de menstruação por seis meses ou pelo período equivalente a três ciclos
consecutivos. Já a amenorreia primária é caracterizada por ausência de menstruação aos 14 anos em pacientes sem caracteres sexuais secundários ou aos 16 anos em
pacientes com desenvolvimento sexual normal. Portanto, a definição descrita no enunciado corresponde à amenorreia secundária. Resposta: letra B.

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69 - 2022 ISCMB

» A questão deseja saber como se denomina um intervalo entre as menstruações maior que 36 e inferior a 90 dias. Convém frisar que termos confusos, inconsistentes e,
algumas vezes, coincidentes foram atribuídos para descrever as anormalidades na frequência, na duração, ou no volume do sangramento uterino. E em virtude da
grande divergência na literatura em relação à interpretação destes termos, é aconselhável, na prática clínica, descrever apenas anormalidade do sangramento (ex.: fluxo
excessivo em intervalos regulares, com duração prolongada). Mas vamos analisar cada uma das alternativas para chegarmos à resposta: Letra A: incorreta, pois a
maioria dos livros didáticos define a hipermenorreia como intervalos regulares com duração normal e fluxo excessivo. Letra B: correta, pois a oligomenorreia é definida
como ciclos menstruais com intervalos acima de 35 dias que, portanto, inclui o intervalo descrito. A título de bagagem teórica, algumas fontes denominam de
espaniomenorreia o intervalo maior do que 45 dias (46 a 60 dias). Letra C e D: incorretas, pois os termos “clivagem amenorreica” e “amenorreia súbita” não existem. A
título de bagagem teórica, convém lembrar que a amenorreia é definida como a ausência da menarca ou ausência da menstruação por, no mínimo, três ciclos
menstruais consecutivos ou seis meses. Letra E: incorreta, pois a oligomenorreia contempla a definição descrita no enunciado. Resposta: letra B.

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70 - 2022 IOVALE

» O método da temperatura basal é baseado na alteração térmica corpórea ocorrida com a ovulação por aumento da progesterona. Esta atua no centro termorregulador
no hipotálamo e promove uma elevação da temperatura basal entre 0,3 e 0,8°C (em geral, 04°C). É este efeito termogênico que pode ser usado para identificar o dia da
ovulação. Vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: correta. A progesterona age no centro regulador do hipotálamo e promove elevação da
temperatura basal. Letra B: incorreta. O aumento da temperatura basal não se deve à liberação de catecolaminas, mas sim, à sua ação hipotalâmica. Letra C: incorreta.
A justificativa do aumento da temperatura basal é devido à ação da progesterona, não a ativação de prostaglandinas endometriais. Letra D: incorreta. A indução da
atividade dos catecolestrogênios não está envolvida no aumento da temperatura basal. Resposta: letra A.

71 - 2022 IOVALE

» Temos uma questão que nos questiona qual é a melhor opção para contracepção de emergência. Portanto, não estamos em busca apenas de uma opção para tal
contracepção, mas sim, a melhor delas. A anticoncepção de emergência (AE) é um método anticonceptivo que visa a prevenir a gestação após a relação sexual.
Diferentemente de outros métodos anticonceptivos que atuam na prevenção da gravidez antes ou durante a relação sexual, a AE tem indicação reservada a situações
especiais ou de exceção, com o objetivo de prevenir gravidez indesejada ou inoportuna. Entre os métodos hormonais são indicados os que contêm o etinilestradiol e
levonorgestrel (método Yuzpe), o levonorgestrel, o acetato de ulipristal e, menos frequentemente, a mifepristona ou o uso do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre.
Vamos às alternativas. Letra A: correta. O método mais adequado para a AE consiste na utilização de levonorgestrel isolado, em função de evidentes vantagens sobre o
método de Yuzpe, como: efeitos colaterais sensivelmente reduzidos, não produção de interação com outros medicamentos (como os antirretrovirais) e maior efetividade.
Há duas formas de administração do Levonorgestrel: - 1a opção: 01 comprimido de 1,5 mg via oral ou 02 comprimidos de 0,75 mg, dose única, até 5 dias após a relação
sexual; - 2a opção: 01 comprimido de 0,75 mg via oral de 12/12 goras, no total de 02 comprimidos, até 5 dias após a relação sexual. Assim, ainda que a opção traga a 2a
opção do método de Levonorgestrel isolado, é a melhor opção. Letra B: incorreta. Na AE não usamos método isolado de estrogênio. O método Yuzpe inclui etinilestradiol
e progesterona, sendo a progesterona mais estudada e recomentada pela Organização Mundial da Saúde, o levonorgestrel. Indica-se 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de
levonorgestrel, divididas em duas doses iguais, com intervalo de 12 horas. Assim, perceba que o esquema trazido pela afirmativa não é usado na AE. Letra C: incorreta.
Conforme discutimos acima, a associação mais estudada e recomentada no método Yuzpe é etinilestradiol 20 mcg + levonorgestrel 1 mg em duas doses iguais e com
intervalo de 12 horas. Letra D: incorreta. Acetato de medroxiprogesterona não está dentre as opções para anticoncepção de emergência, em nenhuma posologia. Assim,
a afirmativa está incorreta. Resposta: letra A.

72 - 2022 SMS - PIRACICABA

» LARC é uma sigla em inglês para "Long-acting reversible contraceptives", o que em um tradução livre significa "Métodos Contraceptivos Reversíveis de Longa Duração".
Esses métodos incluem: dispositivo intrauterino (DIU) de cobre; sistema intrauterino (SIU) liberador de levonorgestrel e implante hormonal subdérmico de etonorgestrel.
Resposta: letra C.

73 - 2022 SCMV

» Questão específica sobre uma síndrome rara relacionada à anomalia do sistema genital feminino. A Síndrome de Johanson-Blizzard (SJB) é uma doença hereditária,
autossômica recessiva, caracterizada por hipoplasia de asa nasal, agenesia de couro cabeludo, deficiência auditiva e insuficiência pancreática exócrina com má
absorção. Outras características podem estar presentes, como microcefalia, deficiência de crescimento, surdez neurossensorial, manchas café-com-leite, alterações no
ducto lacrimal, hipotireoidismo, alterações dentárias, retardo neuropsicomotor, imperfuração anal e, por fim, malformações genitais, como o septo vaginal longitudinal,
resposta da questão. Resposta: letra C.

74 - 2022 HSL

» Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao GnRH: Letra A: correta. O GnRH controla simultaneamente a secreção de FSH e LH (gonadotrofinas) pelas
células gonadotróficas basofílicas da hipófise anterior. Letra B: incorreta. É secretado de forma pulsátil, com frequência e amplitude que variam em todo o ciclo
menstrual. Letra C: incorreta. Possui meia-vida muito curta (cerca de 2 a 4 minutos) pela rápida clivagem proteolítica. Letra D: incorreta. Alguns estudos tem
demonstrado que o GnRH pode estimular a liberação placentária de hCG, pois existem receptores de GnRH na placenta. A alternativa D pode ter deixado muitos
candidatos em dúvida; entretanto, não há dúvida que a alternativa A está correta e é a resposta da questão. Resposta: letra A.

75 - 2022 SCMV

» O enunciado descreve uma paciente jovem, sem pelos axilares e pubianos, vagina em fundo cego e ausência de útero. Estamos diante da síndrome de insensibilidade
androgênica ou síndrome de Morris. A síndrome é caracterizada pela insensibilidade periférica aos androgênios em indivíduos com genótipo 46, XY. O defeito impede a
função normal do receptor androgênico e a ação da testosterona, levando ao desenvolvimento do fenótipo feminino. Por se tratar de paciente 46, XY, os testículos estão
presentes e funcionantes, o que implica na produção de hormônio antimülleriano e, portanto, não há genitália interna feminina, como útero, trompas e dois terços
superiores da vagina. Vale lembrar que os pelos axilares e pubianos são escassos ou ausentes, o que sugere o diagnóstico nesse caso. Vamos analisar as afirmativas:
Afirmativa I: verdadeira. A exposição androgênica insuficiente de um feto genotipicamente masculino leva ao pseudo-hermafroditismo masculino. O fenótipo é feminino,
porém não há desenvolvimento de genitália interna. Na puberdade, frequentemente se apresentam com amenorreia primária e pelos pubianos e axilares escassos ou
ausentes. Afirmativa II: falsa. O gene do receptor androgênico se localiza no braço longo do cromossomo X. Afirmativa III: verdadeira. Os níveis de testosterona são
normais ou ligeiramente elevados. Importante lembrar que ocorre conversão periférica de androgênio a estrogênio, o que explica desenvolvimento mamário nessas
pacientes. Afirmativa IV: falsa. A reposição de testosterona não está indicada devido a incapacidade de responder aos androgênios. Portanto, apenas as afirmativas I e
III estão corretas. Resposta: letra C.
76 - 2022 SMS - SP

» Essa questão pede a alternativa correta em relação aos métodos contraceptivos. Vamos a elas: Letra A: incorreta. Não há contraindicação ao uso de ACO por paciente
de 20 anos sem comorbidades. Letra B: correta. O anel deve ser posicionado no fundo de saco posterior pela própria mulher e deixado no local por três semanas,
quando deve ser retirado e descartado. Como vantagens, podemos citar: menor falha por esquecimento; liberação constante de hormônios, sem flutuações, em menor
dose que as pílulas combinadas tradicionais e com menos efeitos colaterais. Letra C: incorreta. A nuliparidade não contraindica o uso de dispositivos intrauterinos. São
considerados categoria 2. Letra D: incorreta. Em pacientes com enxaqueca com aura, o DIU de cobre é considerado categoria 1 e o DIU de progesterona categoria 2.
Letra E: incorreta. Para mulheres com mais de 35 anos que fumem menos de 15 cigarros por dia, os ACO são considerados categoria 3; para as que fumam 15 ou mais
cigarros por dia, os ACO são categoria 4. Resposta: letra B.

77 - 2022 SCMV

» Questão específica que deseja saber qual é a síndrome genética associada à atresia vaginal. A atresia vaginal consiste na ausência de canalização da vagina. Vamos
analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A síndrome do pterygium poplíteo é uma doença rara, associada principalmente à hipoplasia de grandes lábios, sendo
descritas também hipoplasia de vagina e útero, além de hipertrofia do clitóris. Letra B: incorreta. A síndrome ulnar-mamária é autossômica dominante e cursa com
anomalia de membros, hipoplasia ou disfunção de glândula mamária, dentição anormal, malformações uterinas e hímen imperfurado. Letra C: correta. A síndrome de
Edwards-Gale é uma condição autossômica dominante que está relacionada a persistência do septo longitudinal da vagina. O defeito ocorre devido à reabsorção
incompleta do septo que é formado durante a fusão das estruturas müllerianas. Letra D: incorreta. A síndrome de Waardenburg tipo 2 pode levar à perda auditiva e
alterações na pigmentação dos cabelos, olhos e pele, mas não há descrição de malformação genital associada. Portanto, podemos concluir que a melhor opção é a
alternativa C. A banca alterou o gabarito oficial após solicitação de recurso. Resposta: letra C.

78 - 2022 SCMSJC

» Temos uma questão sobre uma paciente de 23 anos com grave rebaixamento mental, em consulta ginecológica para decidir método contraceptivo. Perceba que o que
vai definir o melhor método contraceptivo é o rebaixamento mental grave. Vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta. Método
combinado oral, o anticoncepcional combinado oral, envolve a tomada diária. Como estamos diante de paciente com grave rebaixamento mental, a administração diária
da medicação pela mãe seria difícil. Por isso, essa não é a melhor alternativa. Letra B: incorreta. Como discutido anteriormente, métodos orais não são a melhor
alternativa para a paciente devido ao rebaixamento mental grave. Letra C: correta. Os métodos de contracepção de longa duração (LARC) constituem a melhor opção
para essa paciente, uma vez que não constituem métodos que exigem administração diária e tem duração prolongada. Letra D: incorreta. A esterilização tubária envolve
cirurgia, não sendo a melhor opção. Além disso, a esterilização deve ser realizada em mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com
dois filhos vivos. Assim, não é a melhor opção para a paciente. Resposta: letra C.

79 - 2022 UNITAU

» Temos uma paciente de 20 anos com amenorreia primária e dificuldade em iniciar atividade sexual. Ao exame físico, os caracteres sexuais secundários estão presentes,
ou seja, há funcionamento ovariano, e a vagina é curta. Tem cariótipo XX e, ao exame de imagem, percebe-se presença de ovários e útero rudimentar.Agenesia
mulleriana ou síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser é usada para denominar uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos
paramesonéfricos. O cariótipo é feminino (46, XX), os ovários são normais e, assim, há desenvolvimento sexual secundário completo. O exame ginecológico minuscioso
identifica vagina curta e em fundo cego.Inclui uma diversidade de malformações como ausência ou hipoplasia uterina, da porção superior da vagina e tubas
anômalas.Assim, a descrição do caso da questão é completamente compatível com malformações mullerianas, dos ductos paramesonéfricos.Resposta: letra A.

80 - 2022 SCMSJC

» Essa questão descreve uma paciente de 13 anos, com menarca há um ano, que ainda não iniciou atividade sexual, apresentando ciclos menstruais irregulares desde a
menarca. Devemos lembrar que durante os primeiros dois anos após a menarca, muitos ciclos menstruais são anovulatórios, por imaturidade do eixo hipotálamo-
hipófise-ovariano. A principal causa de sangramento uterino anormal em adolescentes é não estrutural, por disfunção ovulatória. A investigação de anovulação crônica
está indicada se não houver a correção dos ciclos menstruais após os dois primeiros anos da menarca, então as letras A e C estão incorretas. E o quadro descrito não
corresponde a amenorreia hipotalâmica, então a letra D também está incorreta. Portanto, a única alternativa correta é a letra B. Resposta: letra B.
81 - 2022 HIS

» ID: 292.964 | ORDEM: 36 | ANO:2022 | TIPOR1 CONCURSO: HOSPITAL INFANTIL SABARÁ ENUNCIADO: Você está atendendo uma paciente do sexo feminino de 16 anos
de idade, que comparece em consulta ambulatorial. A paciente relata que gostaria de iniciar o uso de método contraceptivo. Assinale a alternativa que contém uma
avaliação que é indispensável de ser feita antes da prescrição do contraceptivo: ALTERNATIVAS: GABARITO PRÉ GABARITO PÓS • A) Hemograma, colesterol total e
frações, triglicérides e glicemia de jejum. • B) Citologia oncótica de colo uterino. • C) Ultrassonografia transvaginal. • D) Anamnese e exame físico completo. ☆ • E)
Ultrassonografia pélvica e eletrocardiograma. A alternativa D está correta. O aconselhamento contraceptivo é de suma importância, pois engloba conhecimentos
médicos, aspectos religiosos e sociais. O hábito da população brasileira de utilizar medicamentos sem a orientação de um médico pode trazer riscos à saúde. No Brasil,
pelo menos 35% dos remédios são adquiridos sem prescrição de um especialista, incluindo as pílulas anticoncepcionais. Cerca de 11 milhões de brasileiras utilizam as
pílulas anticoncepcionais não apenas como contraceptivo, mas também para tratar miomas, endometrioses e outros problemas ginecológicos. No entanto, o uso de
contraceptivos pode ter contraindicações e apresentar riscos, quando usados inadequadamente. Apesar da pílula anticoncepcional ser segura e ser considerada um dos
melhores métodos para evitar a gravidez, a avaliação prévia do paciente é fundamental. Antes de adotar a pílula como método contraceptivo é indispensável procurar o
ginecologista, pois existem no mercado diversos tipos de contraceptivos e o médico precisa avaliar o Histórico de Saúde da paciente para definir qual é o mais adequado
para cada caso. A contracepção consiste na maneira pela qual uma ou mais ações, dispositivos ou medicamentos são utilizados para evitar ou reduzir a chance de uma
mulher engravidar (OMS). E representa uma das principais preocupações das mulheres em idade fértil. Exercer a atividade sexual e planejar o número de filhos é um
direito de todos. Neste contexto, a Lei 9.263 de 12/01/1996 define o planejamento familiar como “conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos
iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal”. Atualmente, dois métodos são utilizados para medir a eficácia de um
contraceptivo: a análise da tabela de vida e o índice de Pearl. A análise da tabela de vida fornece a taxa de falha para cada mês de uso do método e pode fornecer uma
taxa cumulativa para um determinado período de tempo (US Food and Drug Administration). O índice de Pearl é considerado pela OMS como o principal avaliador da
eficácia dos métodos contraceptivos. Por esta razão, toda avaliação da eficácia será direcionada por ele. A segurança consiste no potencial do método contraceptivo
causar riscos à saúde de quem o utiliza. É avaliada pelos efeitos indesejáveis e complicações que pode provocar. Quanto maior a segurança do método, menor será a
probabilidade de trazer qualquer tipo de problema à saúde de quem faz seu uso. A escolha do método é o critério mais importante para a escolha ou eleição de um
método anticoncepcional é a opção feita pelo(a) usuário(a). O médico sempre deve privilegiar essa opção e considerá-la prioritária. Entretanto, o método escolhido nem
sempre poderá ser usado, tendo em vista características clínicas evidenciadas pelo(a) usuário(a), que podem contraindicar seu uso. A OMS representa a principal fonte
de conhecimento sobre o uso de métodos anticoncepcionais. Divulga regularmente atualizações e novas versões do documento denominado "Critérios Médicos de
Elegibilidade para Uso de Métodos Anticoncepcionais”, que fornece informações e orientações sobre a segurança do uso dos diversos métodos contraceptivos em
condições de saúde específicas. De acordo com os critérios de elegibilidade da OMS, os métodos contraceptivos são classificados em quatro categorias: Categoria 1: o
método pode ser usado sem restrições; Categoria 2: o método pode ser usado com restrições, ou seja, com precaução nas situações descritas. As vantagens superam os
riscos, mas o acompanhamento médico deve ser mais frequente; Categoria 3: os riscos decorrentes do uso, em geral, superam os benefícios. Quando há uma condição
da categoria 3, este método deve ser a última escolha e, se usado, o acompanhamento médico deve ser rigoroso. O uso desse método não é geralmente recomendado, a
menos que outros métodos mais apropriados não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis. Pode ser interpretada como uma contraindicação relativa; Categoria 4: o
método não deve ser usado, pois apresenta um risco inaceitável. Pode ser interpretada como uma contraindicação absoluta. Como regra geral, a gravidez é
contraindicação para o início de qualquer método, exceto os de barreira e comportamentais, o que torna fundamental a exclusão de gravidez antes de seu início.

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82 - 2022 HIS

» Questão bastante direta. O tempo de adaptação ao uso de qualquer método contraceptivo pode durar de três a seis meses. As alternativas nem incluíram as duas opções
para não gerar polêmica. Sendo assim, a melhor resposta é a letra B. Resposta: letra B.

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83 - 2022 HIS

» ID: 292.966 | ORDEM: 38 | ANO:2022 | TIPOR1 CONCURSO: HOSPITAL INFANTIL SABARÁ ENUNCIADO: Você está atendendo uma paciente do sexo feminino de 16 anos
de idade, que comparece em consulta ambulatorial. A paciente relata que gostaria de iniciar o uso de método contraceptivo. A paciente optou por uso de dispositivo
intrauterino (DIU) de cobre. Ela retornou posteriormente ao implante do DIU, após 18 meses, com queixa de sangramento abundante e persistente, sem causa definida.
Qual conduta deve ser adotada neste momento? ALTERNATIVAS: GABARITO PRÉ GABARITO PÓS • A) Retirada do DIU e escolha de outro método. • B) Prescrição de anti-
inflamatório não esteroide por 5 dias. • C) Troca por outro dispositivo intrauterino (DIU) de cobre. • D) Prescrição de ácido tranexâmico por 5 dias. • E) Manter o DIU e
solicitar exames para investigação de coagulopatia. A alternativa correta é a Letra A. Os Dispositivos Intra Uterinos (DIUs) com cobre foram desenvolvidos com
diversos formatos. Os mais utilizados são o em formato de T (TCu 380A), e o em formato de ferradura (Ômega 375® ou Optima 375® ou Andalan Comfort 375®). Os
números que acompanham o modelo se referem à superfície de cobre presente. Foi constatado que quanto maior essa superfície, maior seria o número de íons de cobre
liberados na cavidade uterina, resultando em maior eficácia. O mecanismo de ação desses dispositivos ainda não está completamente esclarecido. Todos provocam
uma reação inflamatória no endométrio, com alterações histológicas e bioquímicas importantes (aumento de citocinas citotóxicas), que interferem na fisiologia normal da
espermomigração, fertilização do óvulo e implantação do blastocisto. Os íons de cobre interferem na vitalidade e na motilidade espermática, prejudicando-as, e também
diminui a sobrevida do óvulo no trato genital. O cobre é responsável por um aumento da produção de prostaglandinas e inibição de enzimas endometriais. Estas
mudanças afetam adversamente o transporte de espermatozoides de modo que raramente ocorre a fertilização. A ovulação não é afetada em usuárias do DIU de cobre.
Pelo fato de ser um corpo estranho, estimula uma reação inflamatória pronunciada no endométrio, tornando-o hostil e inóspito à implantação embrionária. A
concentração de diversos tipos de leucócitos, prostaglandinas e enzimas nos fluidos uterino e tubários aumenta consideravelmente; O cobre aumenta acentuadamente a
extensão dessa reação inflamatória que, além de atingir toda a cavidade uterina, penetra no colo e, provavelmente, nas tubas uterinas; As alterações bioquímicas
interferem no transporte dos espermatozoides no trato genital, bem como afetam a função e a viabilidade dos gametas, alterando, portanto, os espermatozoides e
óvulos e, consequentemente, impedem a fecundação ou diminuem as chances de desenvolvimento de qualquer zigoto que possa ser formado; O cobre altera a
viabilidade dos espermatozoides no muco cervical, diminuindo sua chance de ascensão até as tubas uterinas e de fertilização do óvulo. Além disso, os íons de cobre
também têm efeito direto na motilidade espermática, reduzindo a capacidade de penetração no muco cervical. Por fim, o pequeno número de fertilizações, em virtude
dos efeitos supracitados, explica a taxa de insucessos destes dispositivos. Os efeitos colaterais são o aumento da intensidade do sangramento menstrual e piora da
dismenorreia. Frequentemente, causa alterações do sangramento menstrual, como sangramento de escape ou aumento do fluxo menstrual e de cólicas; A existência de
anemia deve ser cuidadosamente pesquisada e corrigida antes da inserção; As causas mais frequentes de abandono de uso são o sangramento aumentado e a dor;
Outras causas para descontinuação do DIU são as razões pessoais, como o desejo de gravidez; A frequência de encerramentos por gravidez e infecção é muito baixa.
No caso da paciente em questão, a causa do sangramento não era coagulopatia, visto que a mesma não apresentava histórico, nem antecedentes. Observando que ela
já estava com o Dispositivo há 18 meses sem quaisquer queixas significativas nesse sentido. Nenhuma das outras assertivas serriam resolutivas para paciente. Visto
que as Medicações seriam Paliativas e Momentâneas. Não podendo ser ingeridas de forma contínua, até pelo malefício que causariam. A troca do DIU de Cobre por outro
também de Cobre em nada Mudaria a reação da paciente ao material. A atividade inflamatória seria a mesma. Dessa forma, ficamos com a alternativa A. Única na qual
as queixas de Sangramento e Dor seriam resolvidas.
84 - 2022 FAMERP

» Estamos diante de uma mulher de 38 anos que deseja iniciar método contraceptivo disponível na rede pública. A questão nos forneceu dados importantes: a paciente
apresenta fluxo menstrual intenso, é tabagista e a ultrassonografia transvaginal revelou um mioma intramural com componente submucoso. Vamos analisar as
alternativas sobre o anticoncepcional mais indicado nesse caso: Letra A: incorreta. A presença de mioma que provoca distorção da cavidade uterina representa uma
contraindicação absoluta ao método. Além disso, um dos principais efeitos colaterais do DIU de cobre é o aumento do fluxo menstrual. Letra B: incorreta. De acordo com
os critérios de elegibilidade da OMS, em pacientes tabagistas acima de 35 anos, os contraceptivos combinados são consideradas pelo menos categoria 3, ou seja,
representam uma contraindicação relativa. Letra C: incorreta. Além de estar contraindicado pela presença do mioma com componente submucoso, o DIU de
levonorgestrel não está disponível na rede pública. Letra D: correta. O anticoncepcional injetável trimestral é um método que possui apenas progestágeno e está
disponível nas unidades básicas de saúde. A paciente não apresenta nenhuma contraindicação ao método e, por isso, é a opção mais adequada. Resposta: letra D.

85 - 2022 SCMMA

» Questão sobre a fisiologia do ciclo menstrual. Sabemos que o pico de LH do meio do ciclo é o marcador fisiológico da ovulação, sendo precedido por um aumento
acelerado dos níveis de estradiol. O súbito aumento do estradiol (X) promove o pico de LH (Y), induzindo a maturação final do oócito e a ruptura folicular. O recrutamento
folicular depende da ação hormonal. O mecanismo da dominância folicular está relacionado ao maior número de receptores de FSH (Z) no folículo dominante. Este
folículo apresenta maior atividade da enzima aromatase, o que permite maior produção de estradiol, maior número de receptores de FSH e expressão de receptores de
LH nas células da granulosa. Portanto, podemos concluir que as letras X, Y, Z correspondem ao estradiol, LH e FSH, respectivamente.Resposta: letra D.

86 - 2022 FAMERP

» Essa questão descreve uma paciente apresentando dois dos três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP): sinais clínicos de
hiperandrogenismo (acne e hirsutismo) e ovário policístico ao exame ultrassonográfico. É considerado como ovário policístico ao ultrassom quando estão presentes 12
ou mais folículos com 2 a 9mm e/ou volume ovariano maior que 10cm3, pelo menos em um ovário. Importante sempre lembrar que a SOP é um diagnóstico de exclusão.
Seu diagnóstico diferencial abrange outras afecções que podem cursar com hiperandrogenismo, como síndrome de Cushing e hiperplasia adrenal congênita. E que é um
fator de risco para a síndrome metabólica, a qual se caracteriza por resistência insulínica, obesidade, dislipidemia aterogênica e hipertensão arterial). Diante das
informações fornecidas pelo enunciado, a principal hipótese diagnóstica é de SOP. Resposta: letra D.

87 - 2022 ISCMSC

» Em uma paciente jovem com ciclos anovulatórios e IMC elevado, podemos pensar em um contexto de síndrome dos ovários policísticos, mesmo que não tenhamos o
diagnóstico fechado. A questão deseja saber qual a alternativa INCORRETA em relação à melhor abordagem terapêutica nesse contexto. Vamos a elas: - Letra A: correta.
Nos casos de infertilidade em pacientes que desejam gestar, a medicação de escolha é o citrato de clomifeno. - Letra B: correta. Na SOP, é importante que haja manejo
adequado da resistência insulínica. Portanto, a metformina é um dos medicamentos indicados para tratamento da hiperinsulinemia associada à SOP.- Letra C: incorreta.
As pacientes com SOP apresentam oligo/amenorréia devido ao déficit de produção de progesterona resultante da anovulação crônica. Há risco de afecções endometriais
à custa de estímulo estrogênico prolongado. Portanto, nessas pacientes, devemos oferecer contraceptivos combinados ou progestágenos isolados para tratamento da
irregularidade menstrual, não estradiol isolado. -Letra D: correta. O tratamento com anticoncepcional injetável mensal pode ser preconizado com o intuito de tratamento
da irregularidade menstrual. Cabe a menção de que contraceptivos combinados por via não oral atenuam o hiperandrogenismo, porém apresentam menor ação na
função hepática e produção de globulinas. Resposta: letra C.

88 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Estamos diante de uma adolescente de 16 anos que comparece à consulta pediátrica acompanhada dos pais. Os pais referem início de dieta restritiva há cinco meses,
com emagrecimento excessivo. Ao exame físico, podemos observar baixo peso, presença de hipotensão postural, bradicardia e extensa erosão do esmalte dentário, sinal
de indução de vômito frequente. O eletrocardiograma evidencia achatamento de onda T e aparecimento de onda U (mais evidentes em v3 e v4), achados compatíveis
com hipocalemia. A nossa principal hipótese diagnóstica é a anorexia nervosa. Vamos analisar as alternativas sobre os distúrbios que podem ser encontrados nesse caso:
Letra A: incorreta. A regurgitação contendo acido gástrico, a alcalose metabólica e a desnutrição aumentam a liberação de enzimas proteolíticas pancreáticas,
contribuindo para o aumento das glândulas parótidas, e não diminuição. Letra B: correta. Na anorexia nervosa, a amenorreia está relacionada à restrição calórica severa,
o que resulta em supressão do eixo hipotálamo-hipofisário. Há alterações na regulação da liberação pulsátil de GnRH, além de reversão da secreção pulsátil do LH para
os padrões pré-púberes, com supressão da produção hipofisária de LH e do FSH. Letra C: incorreta. As alterações eletrolíticas presentes na anorexia nervosa incluem
hiponatremia, hipocalemia e hipomagnesemia. Letra D: incorreta. Esperamos encontrar uma redução na libido, e não aumento. Resposta: letra B.

89 - 2022 HOS

» Para responder essa questão devemos lembrar que o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos requer a presença de pelo menos dois dos três critérios de
Rotterdam: 1) oligo e/ou anovulação 2) sinais de hiperandrogenismo clínico e/ou bioquímico 3) ovários policísticos na ultrassonografia Lembrando que o diagnóstico de
SOP requer ainda a excusão de outras etiologias para anovulação e hiperandrogenismo. Portanto, para uma paciente assintomática que apresentou o achado isolado de
ovários com aspecto micropolícistico na ultrassonografia, não é possível fechar o diagnóstico de SOP e a conduta adequada consiste apenas em observação. Resposta:
letra E.

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90 - 2022 FMJ

» Essa questão descreve uma paciente de 18 anos apresentando irregularidade menstrual desde a menarca e sinais clínicos de hiperandrogenismo (acne, hirsutismo,
alopecia e seborreia). Dentro do arsenal terapêutico para essa paciente podemos incluir a espironolactona, que é um antagonista específico da aldosterona e tem função
no tratamento do hirsutismo. A espironolactona possui efeito diurético poupador de potássio e seu efeito no tratamento do hirsutismo baseia-se em: - inibição
competitiva de di-hidrotestosterona a nível do receptor intracelular; - supressão da biossíntese de testosterona por uma diminuição das enzimas CYP 110; - aumento do
catabolismo androgênico, com aumento da conversão periférica de testosterona em estrona; - inibição da atividade da 5 alfa-redutase cutânea. A tadalafila é o
medicamento utilizado para disfunção erétil (letra A incorreta). O Tribulus terrestris é um composto fitoterápico utilizado para tratamento de sintomas climatéricos (letra
B incorreta). A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico (letra D incorreta). Já a gestrinona possui efeito androgênico (letra E incorreta). Portanto, a única alternativa
correta é a letra C. Resposta: letra C.
91 - 2022 HOS

» A questão deseja saber qual é a afirmativa correta em relação aos métodos contraceptivos. Analisando as alternativas: Letra A: incorreta. A rifampicina interfere no
metabolismo dos contraceptivos orais ao induzir a síntese de enzimas do citocromo P450 no fígado, reduzindo os níveis plasmáticos de etinilestradiol. Além disso, os
anticoncepcionais orais aumentam a depuração do AAS, e não o contrário. Já os corticoides podem ter o seu efeito potencializado pelo contraceptivo, sendo
recomendado reduzir a dose conforme a necessidade. Portanto, os fármacos citados não causam aumento da excreção de estradiol. Letra B: incorreta. O DIU de cobre é
recomendado como primeira linha de contracepção em adolescentes. Letra C: incorreta. O retorno da fertilidade após a descontinuação da medroxiprogesterona demora
aproximadamente nove meses. Letra D: incorreta. O anel vaginal é um método contraceptivo hormonal combinado. Letra E: incorreta. Após seis meses, a maioria das
usuárias de DIU hormonal desenvolve amenorreia ou oligomenorreia, porém, não são todas as pacientes que apresentam esse benefício não contraceptivo. Portanto, a
questão não apresenta alternativa correta entre as opções de resposta e merecia ter sido anulada. A banca manteve como gabarito oficial a letra A, mesmo após a
solicitação de recurso.

92 - 2022 UNAERP

» De acordo com os critérios de elegibilidade da OMS, os métodos contraceptivos são classificados em quatro categorias. A questão deseja saber qual a alternativa
CORRETA em relação à categoria 3. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. A categoria que representa um risco inaceitável é a categoria 4.- Letra B: incorreta. Quando o
método pode ser uso com restrições pois as vantagens superam os riscos, esse é classificado como categoria 2.- Letra C: incorreta. Não existe indicação de realizar
investigação de trombofilias antes da prescrição de um método contraceptivo.- Letra D: correta. Na categoria 3, os riscos decorrentes do uso, em geral, superam os
benefícios. O uso desse método não é geralmente recomendado, a menos que outros métodos mais apropriados não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis. - Letra
E: incorreta. O uso sem restrições do método define a categoria 1. Resposta: letra D.

93 - 2022 FMJ

» Analisando as alternativas sobre o estrogênio encontrado nos contraceptivos orais combinados: Letra A: incorreta. O valerato de estradiol é um estrogênio natural
presente em alguns contraceptivos orais e no injetável mensal. Letra B: incorreta. O etinilestradiol e o estrogênio natural apresentam risco trombótico similar. Letra C:
incorreta. O etinilestradiol presente nos contraceptivos orais combinados pode ser encontrado nas doses de 50 mcg, 35 mcg, 20 mcg e 15 mcg. Letra D: correta. O
etinilestradiol é responsável por aumentar o substrato de renina, desencadeando a síntese de angiotensina e estimulando o córtex adrenal a produzir aldosterona.
Consequentemente, gera vasoconstrição e retenção de sódio e água. Letra E: incorreta. O etinilestradiol é um estrogênio sintético. Já o valerato de estradiol e o 17-
betaestradiol são considerados estrogênios naturais. Resposta: letra D.

94 - 2022 FMJ

» A questão deseja saber qual hormônio encontra-se aumentado na presença de um tumor de adrenal. Para respondê-la, vamos relembrar a origem dos androgênios na
paciente do sexo feminino. A secreção dos androgênios ovarianos está sob o controle do hormônio luteinizante (LH). Em relação à proporção total de androgênios
secretados, os ovários são responsáveis por 25% da secreção da testosterona, 50% da secreção de androstenediona (A4) e em torno de 20% da secreção de
deidroepiandrosterona (DHEA). Por outro lado, as adrenais, sob controle do hormônio corticotrófico (ACTH), respondem por 25% da secreção da testosterona, 50% da
androstenediona, cerca de 80% da DHEA e aproximadamente 95% da secreção de sulfato da DHEA (SDHEA). Portanto, diante de um tumor adrenal secretor de
androgênio, esperamos encontrar níveis elevados de SDHEA. Resposta: letra E.

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95 - 2022 IGESP

» A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA em relação à indicação de contraceptivos para paciente em amamentação exclusiva. Vamos a elas:- Letras A, B e D:
incorretas. Todas as opções são de contraceptivos combinados, compostos por estrógenos e progestágenos. O estrogênio é proscrito em pacientes em amamentação por
sua interferência na lactação. Métodos combinados em mulheres que estejam amamentando com menos de 6 semanas do parto é categoria 4 (contraindicação
absoluta).- Letra C: correta. O desogestrel é uma pílula composta apenas por progestagênio, sendo seu uso seguro durante a lactação, pois seu uso não interfere na
produção do leite materno. Resposta: letra C.

96 - 2022 IGESP

» A amenorreia da mulher atleta já é reconhecida como amenorreia de causa hipotalâmica. Sob essa circunstância a secreção pulsátil do GnRH está alterada, causando
diminuição da produção de LH e FSH que, por sua vez, acarreta decréscimo dos esteróides ovarianos.A descoberta dos opióides endógenos em 1975 gerou inúmeras
pesquisas referentes aos efeitos do exercício na liberação desses peptídeos, particularmente sobre as beta-endorfinas. As beta-endorfinas são consideradas
neurotransmissores, neuro-hormônios e neuromoduladores. Elas podem influenciar uma variedade de funções hipotalâmicas, incluindo regulação da reprodução, com
efeito inibitório na liberação de GnRH, temperatura, função cardiovascular e respiratória, bem como funções extra hipotalâmicas, tais como percepção dolorosa e humor.
A produção de beta-endorfinas durante o exercício depende da intensidade mais do que da duração do mesmo, existindo uma correlação direta com a produção de
lactato e acidose. Exercícios recreacionais de curta duração são insuficientes para a produção do opióide. Em contraste, atletas de elite podem experimentar altos níveis
de opióides, durante o treinamento e principalmente nas competições, onde a carga de stress é maior. Isso explica o distúrbio menstrual. Sendo assim, a única
alternativa correta é a letra C.A letra A está incorreta, pois a prática de exercícios físicos não desencadeia a formação de ovários policísticos.A letra B está incorreta, pois
nas atletas de alta performance os níveis de hormônios suprarrenais estão elevados, não diminuídos.A letra D também está errada, pois os níveis séricos de prolactina
aumentam agudamente com o exercício, mas diminuem durante o treinamento intenso e prolongado.Resposta: letra C.

97 - 2022 FAMEMA

» Essa questão pedia a alternativa correta em relação à síndrome de Morris, mas acabou anulada. Vamos analisar cada alternativa: Letra A: incorreta. A síndrome de
Morris também é chamada de insensibilidade androgênica completa. Decorre de um defeito genético nos receptores de androgênios, sendo assim, o indivíduo com
genótipo 46XY não é capaz de apresentar os efeitos clínicos dos androgênios, o que leva a ausência de desenvolvimento da genitalia externa masculina e dos caracteres
sexuais masculinos. A alternativa, que era o gabarito da questão, está incorreta porque os receptores existem, porém apresentam alteração funcional. Letra B: incorreta.
As mamas são pouco desenvolvidas, devido à conversão periférica de androgênios. Letra C: incorreta. Os testículos devem ser retirados pela incidência aumentada de
tumores malignos nesses pacientes, principalmente o gonadoblastoma. Letra D: incorreta. Não há genitália interna nem feminina e nem masculina. Portanto, nenhuma
das alternativas é correta e a questão foi anulada.
98 - 2022 FAMEMA

» Essa questão descreve uma paciente de 18 anos apresentando amenorreia primária e disgenesia gonadal. Apenas com essa informação já é possível dizer que a
principal hipótese diagnóstica é síndrome de Turner. Devemos lembrar que a disgenesia gonadal está na maioria dos casos associada às alterações cromossômicas, em
especial à síndrome de Turner, que responde por cerca de 50% dos casos. Favorece ainda mais a nossa principal hipótese diagnóstica o fato da paciente apresentar
sinais característicos da síndrome de Turner: baixa estatura, pescolo alado e tireoidite autoimune. A síndrome de Swyer consiste na disgenesia gonadal pura em
indivíduos 46 XY. Nessa síndrome são observados anéis fibrosos no local dos testículos, os quais são incapazes de produzir testosterona ou fator antimülleriano, o que
torna a genitália interna e externa fenotipicamente femininas. É uma forma de disgenesia gonadal menos comum que a síndrome de Turner e não há a presença dos
estigmas da síndrome de Turner. A síndrome de Morris é também denominada insensibilidade completa aos androgênios. O genótipo dos indivíduos é 46 XY, mas o
defeito que impede a função normal do receptor androgênico leva ao desenvolvimento do fenótipo feminino. Não há disgenesia gonadal; os testículos estão presentes e
funcionantes e não há a presença dos estigmas de Turner. Já na síndrome de Klinefelter, o fenótipo é masculino; o que já exclui essa alternativa. Ela ocorre quando há a
presença de, pelo menos, um cromossomo X extra adicionado ao cariótipo 46 XY. A forma mais comum, que responde por 80-90% dos casos, corresponde ao genótipo
47 XXY. Resposta: letra D.

99 - 2022 HPEV

» A questão descreve uma puérpera, trinta dias após parto vaginal, que deseja orientação sobre métodos contraceptivos. De acordo com os critérios de elegibilidade da
OMS, os anticoncepcionais com progestágeno isolado representam boas opções contraceptivas durante o período de aleitamento. O método deve ser iniciado seis
semanas após o parto e seu maior benefício é a ausência de efeitos sobre a amamentação. Já o contraceptivo hormonal combinado não deve ser usado antes de seis
semanas do parto (categoria 4) e deve ser evitado, se houver a chance de usar outro método, até seis meses após o parto (categoria 3). Portanto, o anel vaginal, a pílula
combinada e o injetável mensal estão contraindicados. Devemos prescrever a pílula de progestágeno isolado.Resposta: letra C.

100 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Uma paciente de 16 anos que ainda não menstruou apresenta baixa estatura e cariótipo evidenciando uma monossomia do cromossomo X (síndrome de Turner). Fetos
que são 45,X podem ter população oocitária normal até a 20ª ou a 24ª semana de idade fetal mas, após esse período, o processo de atresia se acelera de tal forma a
praticamente esgotar o número de folículos no período do nascimento. A síndrome de Turner é uma das principais causas de falência ovariana precoce. A minoria dessas
pacientes consegue uma gestação espontânea (menos de 5%, segundo o Tratado de Ginecologia da FEBRASGO). Uma opção que tem se mostrado promissora nessas
pacientes é a gestação obtida por técnicas de reprodução assistida, com ovodoação. Dessa forma, a letra D é a melhor resposta para a nossa questão. Apenas para
aproveitarmos a questão, a criopreservação de oócitos pode ser uma opção para pacientes com cariótipo em mosaico, puberdade espontânea e concentrações normais
de FSH e hormônio anti-mulleriano, mas infelizmente não é esse o caso. Resposta: letra D.

101 - 2022 SCMA - SP

» A questão deseja saber qual hormônio presente nos contraceptivos orais é responsável pelo espessamento do muco cervical. O muco cervical está sujeito a mudanças
cíclicas influenciadas pelos níveis hormonais. Sob efeito do estrogênio, o muco torna-se mais fluido e adquire capacidade de filância, tornando-se elástico. Já sob
influência da progesterona, o muco cervical torna-se espesso, turvo e perde a distensibilidade. Portanto, o hormônio envolvido nesse caso é a progesterona. Resposta:
letra D.

102 - 2022 HPEV

» Estamos diante de uma adolescente de 18 anos que relata relação sexual desprotegida há 36 horas. Vamos analisar as alternativas sobre a contracepção de
emergência:Letra A: correta. A contracepção de emergência deve ser realizada preferencialmente com o método de levonorgestrel, na dose total de 1,5 mg. É
considerada a opção de escolha por ser mais eficaz, possuir menos efeitos colaterais, conferir comodidade posológica (dose única) e não interagir com os antirretrovirais
(para os casos de profilaxia pós exposição em vítimas de violência sexual).Letra B: incorreta. O anticoncepcional injetável não está indicado para a contracepção de
emergência.Letra C: incorreta. O método de Yuzpe utiliza pílula combinada na dose de 200 mcg de etinilestradiol associado a 1 mg de levonorgestrel, dividida em duas
doses com intervalo de 12 horas, diferente da posologia descrita.Letra D: incorreta. A recomendação é utilizar o método até o 5º dia do ato sexual desprotegido,
idealmente nos três primeiros dias. Dessa forma, ainda estamos dentro do prazo para administrar a medicação.Resposta: letra A.

103 - 2022 UNAERP

» A primeira avaliação a ser realizada deve ser uma história clínica minuciosa e exame clínico criterioso. A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA em relação ao
protocolo de investigação da amenorreia secundária. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. A malformação mulleriana seria uma hipótese mais provável para casos de
amenorreia primária, não secundária.- Letra B: incorreta. Primeiramente, devemos realizar a dosagem da prolactina. Apenas se essa se encontrar elevada, faz sentido
prosseguir a investigação com RNM para afastar prolactinoma.- Letra C: correta. A dosagem de prolactina é uma importante parte da investigação, visto que a
hiperprolactinemia é causa frequente de amenorreia secundária. A dosagem de FSH também faz parte da investigação inicial. O teste da progesterona avalia
simultaneamente o status estrogênio e a patência do trato de saída. - Letra D: incorreta. A dosagem de FSH faz parte do fluxograma de investigação inicial. A dosagem
de LH não é realizada rotineiramente para investigação.- Letra E: incorreta. Diante de uma suspeita clínica de tireoidopatias, a dosagem de TSH e T4L se impõe. A
dosagem de marcadores de doença autoimune tireoideana não faz parte da investigação de amenorreia secundária. Resposta: letra C.

104 - 2022 HASP

» Temos uma paciente de 34 anos, em amamentação exclusiva e parto há 50 dias, com desejo de contracepção. Questão pergunda qual o método menos indicado para a
referida paciente. Perceba que estamos diante de uma paciente em amamentação exclusiva entre 6 semanas e 6 meses. Para essas pacientes, os métodos combinados
são categoria 3 pelos critérios de elegibilidade da OMS (os riscos, comprovados ou teóricos, superam as vantagens do uso do método, não sendo recomendável seu uso)
e os métodos isolados de progesterona são categoria 1, não havendo restrição para seu uso. Letra A: correta. Após 4 semanas do parto, dispositivo intrauterino (DIU)
liberador de Levonorgestrel é categoria 1. Letra B: correta. Assim como o DIU hormonal, o DIU de cobre também é categoria 1 após 4 semanas do parto. Letra C:
incorreta. O método injetável mensal é combinado, ou seja, formado por estrogênio e progesterona, sendo, portanto, categoria 3 na paciente entre 6 semanas e 6 meses
após o parto em amamentação. Assim, seu uso é contraindicado. Letra D: correta. Implante subdérmico de etonorgestrel é método isolodo de progesterona. Assim, é
categoria 1 nos critérios de elegibilidade e tem uso permitido. Resposta: letra C.
105 - 2022 FAMEMA

» Essa questão descreve uma paciente que apresenta dois dos três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP): oligo-ovulação e
sinais clínicos de hiperandrogenismo (pele oleosa, acne, hirsutismo). Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas em relação ao caso clínico: Letra A:
incorreta. A redução do peso corporal é capaz de restaurar a ovulação e a fertilidade em mais de 75% das mulheres. Letra B: incorreta. Na SOP, o FSH está normal ou
diminuído e o LH aumentado. Letra C: correta. O anticoncepcional combinado oral é o tratamento de primeira linha para a irregularidade menstrual. Letra D: incorreta. A
presença de ovários policísticos ao ultrassom corresponde ao terceiro critério de Rotterdam. Pacientes com SOP devem apresentar ao menos dois dos três critérios,
desde que excluídas outras causas de anovulação e hiperandrogenismo. A paciente descrita nesta questão apresenta os outros dois critérios diagnósticos, conforme
explicado acima. Portanto, a única alternativa correta é a letra C. Resposta: letra C.

106 - 2022 UNAERP

» O teste do estrogênio progesterona tem como principal objetivo avaliar a resposta endometrial e a patência do trato de saída. A questão deseja saber qual a alternativa
CORRETA nesse caso clínico de amenorreia secundária. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. A insuficiência ovariana prematura pode ser definida como falência ovariana
antes dos 40 anos de idade. Proporcionando tanto estrogênio quanto progesterona, haveria sangramento se o caso de tratasse de uma insuficiência ovariana. - Letra B:
incorreta. O hipogonadismo hipogonadotrófico responderia ao estímulo hormonal.- Letra C: incorreta. A síndrome de Turner é uma importante causa de amenorreia
primária, e várias alterações e estigmas podem ser encontrados.- Letra D: incorreta. A disgenesia gonadal em indivíduos com cariótipo 46,XY é denominada síndrome de
Swyer, onde anéis fibrosos são observados no lugar dos testículos. É causa de amenorreia primária.- Letra E: correta. A síndrome de Asherman é definida pela presença
de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia. Por ocasionar uma obstrução ao trato de saída, não há resposta ao teste do estrogênio
progesterona. Resposta: letra E.

107 - 2022 HASP

» Essa questão pede a alternativa correta em relação à anticoncepção hormonal não oral. Vamos a elas: Letra A: correta. Pelos critérios de elegibilidade da OMS, o
implante de etonorgestrel é considerado categoria 2 para pacientes que estejam amamentando com menos de seis semanas pós-parto. E categoria 1 após seis meses.
Letra B: incorreta. O retorno à fertilidade não é imediato com o método injetável trimestral. Letra C: incorreta. O índice de falha do implante de etonorgestrel é de
0,05%, enquanto o da vasectomia é de 0,15%. Letra D: incorreta. Para pacientes com doença valvar sem complicações, o injetável mensal é considerado categoria 2. Ele
é contraindicado (categoria 4) para pacientes com doença valvar com complicações. Como essa alternativa não faz essa diferenciação, foi considerada incorreta.
Resposta: letra A.

108 - 2022 HASP

» Quando discutimos eficácia teórica de um método contraceptivo, precisamos nos lembrar do conceito do índice de Pearl. O índice avalia o número de falhas, ou seja, de
gestações, que ocorreram com a utilização do método ao fim de um ano, em 100 mulheres. Quanto menor o índice de Pearl, maior é a eficácia de um método
contraceptivo. Temos 02 taxas de falhas ao avaliar os métodos: o uso típico e o uso perfeito. A questão nos questiona qual método tem eficácia teórica similar ao sistema
intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG). Como o SIU-LNG não depende da tomada da paciente, sua eficácia em uso perfeito e típico é o mesmo: 0,2. Vamos
avaliar cada uma das afirmativas em busca da com similar ao SIU-LNG. Letra A: correta. A esterilização cirúrgica tubárea também tem taxas com uso típico e perfeito
iguais, uma vez que é método cirúrgico: 0,5. 0,2 e 0,5 são eficácias similares. Letra B: incorreta. Em uso perfeito, a contracepção hormonal oral combinada tem taxa de
falha de 0,3, já em uso típico, 9. Assim, a taxa em uso típico é distante de 0,2. Letra C: incorreta. O anel tem índices em uso típico e perfeito, respectivamente, de 9 e
0,3, números distantes de 0,2. Letra D: incorreta. O implante de etonorgestrel é o método contraceptivo com menor índice de falha, que é de 0,05 tanto em uso típico
quanto perfeito. 0,5 e 0,2 (relativos a esterilização cirúrgica) são números mais próximos do que 0,05 e 0,2 (do implante de etonorgestrel) e, por isso, a afirmativa A
responde melhor a questão. Resposta: letra A.

109 - 2022 UAM

» Questão sobre planejamento familiar. Estamos diante de um casal de 30 anos, com dois filhos vivos. A esposa é tabagista e possui história familiar positiva para câncer
de mama. Vamos analisar as alternativas sobre a melhor opção nesse caso: Letra A: incorreta. Tabagistas com idade ≥ 35 anos são consideradas pelo menos categoria 3
para o uso dos contraceptivos hormonais combinados. Abaixo dessa idade, o método é classificado como categoria 2. Além disso, a história familiar de câncer de mama
também não representa uma contraindicação. Letra B: correta. De acordo com a legislação vigente, a esterilização voluntária é permitida somente nas seguintes
situações: em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60
dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. Letra C: incorreta. A vasectomia pode ser realizada em ambiente ambulatorial com anestesia local. No entanto, o
prazo mínimo é de 60 dias. Letra D: incorreta. A história prévia de cicatriz uterina não contraindica a inserção do DIU. Resposta: letra B.

110 - 2022 IGESP

» Retroação, retrocontrole ou feedback corresponde à influência dos hormônios ovarianos sobre as gonodotrofinas hipofisárias e hormônios hipotalâmicos. A questão
deseja saber qual a alternativa CORRETA em relação ao retrocontrole de alça longa. Vamos a elas:- Letras A e D: incorretas. O endométrio, apesar de ser influenciado
pelos hormônios ovarianos, não exerce mecanismo de feedback sobre o mesmo e não é considerada uma alça de retrocontrole.- Letra B: incorreta. A retroação pode ser
de alça longa (ovário-hipotálamo), curta (ovário-hipófise; hipófise-hipotálamo) ou ultracurta (hipotálamo, hipófise e ovário sobre as próprias secreções). - Letra C:
incorreta. O eixo hipófise-hipotálamo é considerado de alça curta. Ou seja, como vimos acima, não existe opção correta.

111 - 2022 IGESP

» Essa questão descreve uma adolescente de 12 anos que ainda não apresentou menarca e refere cólicas esporádicas há 2 anos. Ao exame físico, foi evidenciado
abaulamento ao nível do hímen. Diante dessas informações, a principal hipótese diagnóstica é de criptomenorreia, que consiste na ausência de menstruação aparente
decorrente de sua retenção por alteração do trajeto de saída; por exemplo em caso de hímen imperfurado. A criptomenorreia costuma cursar com dor pélvica cíclica,
podendo ocorrer hematocolpo (acúmulo de sangue em vagina), hematometra (acúmulo de sangue na cavidade uterina) e até derrame intraperitoneal. A amenorreia
hipotalâmica não justifica o acúmulo de sangue no trajeto de saída, então a letra A está incorreta. A letra B está incorreta, pois amenorreia secundária consiste na
ausência de menstruação por seis meses ou pelo período equivalente a três ciclos consecutivos, em paciente que já apresentou menarca. A letra C também está
incorreta, pois dismenorreia membranácea consiste na descida espontânea de tecido endometrial pela vagina, cursando com dor em cólica intensa e súbita; então há
exteriorização do sangramento.Resposta: letra D.
112 - 2022 IGESP

» A prolactina é um hormônio cuja principal função é estimular a lactação. É produzida e secretada principalmente pelas células lactotróficas da adeno-hipófise. A questão
deseja saber qual a alternativa INCORRETA em relação aos inibidores da prolactina. Vamos a elas:- Letras A e B: incorretas. Tanto a GABA quanto a somatostatina são
considerados fatores inibidores de prolactina (PIF) secundários e, juntamente com a dopamina, exercem efeito inibitório sobre a prolactina.- Letra C: incorreta. A
dopamina é o principal fator inibidor da síntese e secreção de prolactina (PIF). Ela atua nos receptores dopaminérgicos tipo 2, por meio da inibição de adenilato ciclase.-
Letra D: correta. A regulação estimulatória é exercida por fatores liberados de prolactina, sendo os mais importante a ocitocina, o TRH, o estrogênio e o VIP. Resposta:
letra D.

113 - 2022 SCML

» Questão direta que deseja saber qual é a melhor opção em relação à contracepção de emergência. A contracepção de emergência deve ser realizada preferencialmente
com o método de levonorgestrel, na dose única total de 1,5 mg. É considerada a opção de escolha por ser mais eficaz, possuir menos efeitos colaterais, conferir
comodidade posológica (dose única) e não interagir com os antirretrovirais (para os casos de profilaxia pós exposição em vítimas de violência sexual). A recomendação é
utilizar o método até o 5º dia do ato sexual desprotegido, idealmente nos três primeiros dias. Já o método de Yuzpe consiste na administração de pílulas combinadas. A
dose total necessária inclui 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, divididas em duas doses iguais, com intervalo de 12 horas. Vale lembrar que o uso de
levonorgestrel apresentou menor incidência de gestações quando comparado ao método de Yuzpe. Portanto, a melhor opção consiste no uso do levonorgestrel 75 mcg,
de 12/12 horas, por um dia. Resposta: letra D.

114 - 2022 SCMRP

» Essa questão descreve uma paciente com quadro de amenorreia há 11 meses, após suspensão do anticoncepcional oral combinado, hirsutismo e acne. Os exames
laboratoriais realizados descartam gestação (beta-hCG negativo) e evidenciam função tireoidiana, prolactina e FSH normais. Vamos analisar as hipóteses diagnósticas
apresentadas na questão: Letra A: incorreta. A paciente apresenta amenorreia secundária, definida pela ausência de menstruação por, no mínimo, três ciclos
consecutivos em mulheres com ciclos menstruais regulares prévios durante a menacme, ou a ausência de menstruação por seis meses em mulheres com ciclos
irregulares. A amenorreia primária consiste na ausência de menstruação aos 14 anos associada a ausência de caracteres sexuais secundários ou ausência de
menstruação aos 16 anos, mesmo com desenvolvimento sexual normal. Letra B: incorreta. Na insuficiência ovariana precoce, os níveis de FSH encontram-se elevados.
Letra C: correta. A paciente apresenta dois dos três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP): anovulação e sinais clínicos de
hiperandrogenismo (hirsutismo e acne); além de obesidade, o que fortalece a suspeita clínica. Também foram excluídos outras causas de irregularidade menstrual, já
que os valores de TSH e prolactina estão normais. Apesar do enunciado não dar informações de exames para exclusão de outras causas de hiperandrogenismo, como
SDHEA e 17-OH progesterona, a SOP ou anovulação crônica hiperandrogênica permanece como principal hipótese diagnóstica. Letra D: incorreta. A síndrome de
Asherman é definida pela presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia (como curetagens uterinas), geralmente cursando com
amenorreia secundária. O enunciado da questão não informa que a paciente tenha passado por processo de abortamento com realização de curetagens uterinas, o que
exclui essa hipótese diagnóstica. Letra E: incorreta. A síndrome de Sheehan resulta da necrose hipofisária secundária à isquemia local, que pode ocorrer em hemorragias
com instabilidade hemodinâmica no parto. É causa de amenorreia secundária. Também podemos excluir esse diagnóstico, já que não há relato de parto. Portanto, o
provável diagnóstico é de anovulação crônica hiperandrogênica. Resposta: letra C.

115 - 2022 HASP

» É essencial que tenhamos os conceitos certos a respeito ao processo de esterilização feminino, baseado na lei 9.236 de 1996 por sua importância na prática e a
recorrência do conceito em provas de residência. Vamos discutir cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta. Segundo o artigo 10° da lei, somente
é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: "em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos
vivos." Perceba, portanto, que a paciente precisa ter apenas um dos dois: ou ser maior do que 25 anos ou ter pelo menos um filho vivo, não em adição ("e"), como traz a
afirmativa. Letra B: incorreta. Para que a esterilização voluntária seja permitida, o prazo mínimo entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico é de 60 dias, não 6
meses. Letra C: incorreta. Segundo o artigo 10° da lei, lê-se: "É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto, aborto ou até o 42° dia de pós-
parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores, ou quando a mulher for portadora de doença de base e a exposição
a segundo ato anestésico ou cirúrgico representar maior risco para sua saúde." Assim, não é permitido em todas as mulheres no período de parto. Letra D: correta.
Segundo o artigo 10° da lei 9.236: "É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto, aborto ou até o 42° dia de pós-parto ou aborto, exceto
nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores, ou quando a mulher for portadora de doença de base e a exposição a segundo ato
anestésico ou cirúrgico representar maior risco para sua saúde. É necessário relatório escrito e assinado por dois médicos". Resposta: letra D.

116 - 2022 SCO

» Existem muitos mitos em relação às medicações que interferem com o uso de anticoncepcionais orais. O sistema do citocromo P450 é a principal via de metabolização
de esteroides contraceptivos. Portanto, medicamentos que induzem este citocromo poderiam reduzir a eficácia de contraceptivos orais. A questão deseja saber qual a
opção CORRETA. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. A cimetidina é um antiácido e antiulceroso que haja competindo com a histamina nos receptores H2 das células
parietais gástricas. Não possui qualquer interferência com o uso de contraceptivos orais. - Letras B e D: incorretas. Quando nos referimos aos antibióticos, a maioria não
afeta a contracepção. O único antibiótico que, comprovadamente, reduz a eficácia dos contraceptivos orais é a rifampicina, antibiótico utilizado para tratamento da
tuberculose e hanseníase. - Letra C: correta. Alguns anticonvulsivantes, como o Topiramato, interferem negativamente com o anticoncepcional oral, sendo importante ter
esse cuidado na hora do seu uso.Resposta: letra C.

117 - 2022 UAM

» Questão direta que deseja saber a fisiopatologia envolvida na acantose nigricans. O aparecimento de acantose deve-se à ação prolongada da insulina em níveis elevados
sobre os queratinócitos. Tipicamente, a lesão cutânea é espessa, pigmentada e aveludada, sendo mais frequente nas axilas, pescoço, virilhas e vulva. Portanto, podemos
afirmar que a acantose nigricans é um indicador fidedigno de resistência periférica à insulina. Vale lembrar que o achado é comum em pacientes com anovulação crônica
e hiperandrogenismo. Resposta: letra A.
118 - 2022 ABC

» Questão de amenorreia secundária, com uma paciente de 30 anos, uma cesárea anterior, com diminuição do fluxo menstrual há 1 ano e última menstruação há 08
meses. Os exames complementares mostram FSH e LH baixo. Vamos avaliar cada uma das afirmativas trazidas, em busca da correta. Letra A: incorreta. Na insuficiência
ovariana prematura (termo atualmente preferido em relação à menopausa precoce), há falência gonadal antes dos 40 anos de idade. Nessa situação, espera-se que o
FSH esteja elevado, não diminuído, devido às alterações de feedback do eixo hipotálamo-hipófise-ovário devido à insuficiência ovariana, que diminui produção de
estrogênio, inibinas e progesterona pelos folículos ovarianos diminuídos. Letra B: incorreta. No hipogonadismo hipergonadotrófico a disfunção é primariamente gonadal.
Assim, haverá elevação do FSH, já que não haverá feedback negativo entre os hormônios ovarianos e a hipófise. Letra C: correta. Perceba que as dosagens de FSH e LH,
hormônios hipofisários, estão diminuídas. Ou seja, não há estímulo ovariano para sua produção hormonal, essencial para ciclo ovulatório e menstrual normais. Assim, a
causa da amenorreia secundária da paciente é central, o que caracteriza o hipogonadismo hipogonadotrófico. Diz-se hipogonadismo devido à não produção estrogênica.
Letra D: incorreta. A síndrome de Asherman é definida pela presença de sinéquias decorrentes de agressão endometrial prévia (curetagens uterinas, processos
inflamatórios, substâncias cáusticas e cirurgias uterinas). A paciente do caso não tem descrição de nenhum fator de risco para aderências uterinas e, além disso, na
síndrome de Asherman, os hormônios hipofisários encontram-se normais. Letra E: incorreta. Lembre-se que para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP)
precisamos de pelo menos 02 dos 03 critérios de Rotterdem, que são os seguintes: oligo ou anovulação; hiperandrogenismo clínico e/ou laboratorial; ovários com
característica micropolicística à ultrassonografia. Assim, a paciente da questão possui apenas o critério de amenorreia (anovulação), não podendo fechar diagnóstico de
SOP. Resposta: letra C.

119 - 2022 SCO

» A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA em relação ao caso em questão. Vamos a elas:- Letra A: correta. O “spotting”, ou escape, é perfeitamente comum
em usuários de métodos contraceptivos hormonais e não tem nenhuma relação com a efetividade do método. É caracterizado por um sangramento esporádico, que
surge fora da pausa entre as injeções. Na maior parte das vezes, é ocasionado por uma atrofia endometrial induzida pelo medicamento. A paciente deve ser
tranquilizada e a data da próxima injeção mantida de forma habitual.- Letra B: incorreta. Se o “spotting” persistir para além de 3 ciclos e for um incômodo para a
paciente, pode-se avaliar a associação de estrogênios orais ou transdérmicos.- Letra C: incorreta. O injetável deve ser tomado na data correta, visto que escapes não
interferem na efetividade do método.- Letra D: incorreta. Considerando a contracepção, não há necessidade de associação de método, visto que a paciente faz uso
regular. Entretanto, é sempre importante enfatizar a importância do uso de preservativo para prevenção de ISTs. Resposta: letra A.

120 - 2022 PUC - SP

» Questão sobre planejamento familiar e COVID-19. Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Pacientes que utilizam dispositivos intrauterinos e necessitam de troca
após o período recomendado de uso devem ser orientadas e tranquilizadas, uma vez que estudos demonstram que a eficácia pode se manter por mais tempo que o
prazo de vencimento, em geral até 1 a 2 anos. Letra B: incorreta. Deve-se manter a inserção de DIU e implantes subdérmicos, especialmente em populações vulneráveis
e mulheres com doenças prévias. O que pode ser postergada é a troca do LARC para quem já utiliza o método. Letra C: incorreta. O fornecimento da contracepção de
emergência deve ser garantido durante a pandemia. Vale lembrar que o método pode ser utilizado por qualquer paciente, independente das condições de saúde. Letra
D: incorreta. Contraceptivos combinados orais permanecem como categoria 4 para uso durante a amamentação com menos de seis semanas pós parto. Resposta: letra
A.

121 - 2022 UAM

» Essa questão pede a melhor opção de contraceptivo hormonal no puerpério. Vamos analisar cada uma das alternativas: Letra A: incorreta. Para pacientes que estejam
amamentando, os métodos combinados são contraindicados antes de seis meses pós-parto. Letra B: correta. Os métodos de progestágeno isolado são considerados
categoria 1 entre seis semanas e seis meses pós-parto. Letra C: incorreta. Para pacientes que estejam amamentando, os métodos combinados são contraindicados antes
de seis meses pós-parto. Letra D: incorreta. Qualquer método contraceptivo hormonal pode ser utilizado por pacientes que não estejam amamentando, sem fatores de
risco para TVP, a partir de 21 dias pós-parto. Resposta: letra B.

122 - 2022 HMASP

» Questão sobre a fisiologia do ciclo menstrual. O aumento da secreção de estradiol na fase folicular tardia estimula o pico de LH, e consequentemente, a ovulação. Vale
lembrar que a ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36 horas após o início da elevação dos níveis de LH e cerca de 10 a 12 horas após o seu pico máximo. Resposta:
letra C.

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123 - 2022 ABC

» Vamos analisar as alternativas sobre fisiologia do ciclo menstrual: Letra A: incorreta. O pico de estradiol estimula o pico de LH e, consequentemente, a ovulação. No
entanto, a produção de estradiol depende do desenvolvimento folicular estimulado pelo FSH. Letra B: incorreta. A ovulação ocorre 10 a 12 horas após o pico de LH, e não
de FSH. Letra C: correta. Após a produção folicular adequada, com níveis de estradiol suficientes durante 24 a 36 horas, ocorrerá o pico de LH. A ovulação ocorre cerca
de 10 a 12 horas após o pico máximo da gonadotrofina. Letra D: incorreta. O pico da produção de progesterona pelo corpo lúteo ocorre sete dias após a ovulação, ou
seja, no meio da fase lútea. Letra E: incorreta. O corpo lúteo é formado após a ruptura folicular. Resposta: letra C

124 - 2022 USCS

» Questão sobre planejamento familiar. Estamos diante de uma mulher de 24 anos que deseja orientação contraceptiva. O enunciado nos forneceu dados importantes: a
paciente possui apenas um parto anterior, apresenta útero bicorno e está preocupada em relação ao ganho de peso. Vamos analisar as alternativas sobre o
anticoncepcional ideal: Letra A: incorreta. O útero bicorno é uma malformação mülleriana que cursa com duas cavidades endometriais que se comunicam e uma cérvice.
A presença de alterações anatômicas que distorcem a cavidade representa uma contraindicação absoluta ao uso do DIU não hormonal e hormonal. Letra B: incorreta. O
ganho de peso é uma queixa comum entre usuárias de medroxiprogesterona injetável, sendo um motivo importante de descontinuação do método. Letra C: incorreta. De
acordo com a legislação vigente, a esterilização voluntária é permitida somente nas seguintes situações: em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores
de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico. Letra D: correta. De
acordo com os critérios de elegibilidade da OMS, a paciente não apresenta nenhuma contraindicação ao uso do anticoncepcional hormonal combinado. Portanto,
considerando as outras alternativas, o método é a melhor opção. Resposta: letra D.
125 - 2022 PUC - SP

» Essa questão pede a alternativa correta em relação ao ciclo menstrual. Vamos a elas: Letra A: incorreta. O sinal para o recrutamento folicular inicia-se na fase lútea do
ciclo precedente. A diminuição da progesterona, do estradiol e da inibina A interrompem o retrocontrole negativo sobre o FSH, que aumenta nos primeiros dias da fase
folicular. Este aumento é o sinal para iniciar o recrutamento folicular. Letra B: incorreta. O endométrio torna-se secretor após a ovulação. Caracteriza-se pela atuação da
progesterona produzida pelo corpo lúteo em contraposição à ação estrogênica. Letra C: incorreta. As ovogonias são células diploides que formarão os oócitos primários.
Letra D: correta. Em mulheres na menopausa, devido à diminuição dos folículos ovarianos ou até sua ausência, há diminuição importante nos níveis de inibina B,
facultando altos níveis de FSH (que pode ser um marcador da reserva folicular ovariana), ou seja, quanto maior a concentração de FSH na fase folicular inicial, pior a
qualidade dos folículos ovarianos (menor produção de inibina). Resposta: letra D.

126 - 2022 ABC

» A questão deseja saber em qual condição é contraindicada a inserção de DIU de cobre. As contraindicações absolutas ao método incluem: gravidez; doença inflamatória
pélvica ou IST atual, recorrente ou recente (nos últimos três meses); sepse puerperal; imediatamente pós-aborto séptico; alterações anatômicas que distorcem a
cavidade; hemorragia vaginal inexplicada; câncer cervical ou endometrial; doença trofoblástica maligna e alergia ao cobre (para DIUs-Cu). Portanto, a presença de
mioma submucoso que provoca distorção da cavidade uterina representa uma contraindicação absoluta ao método. Resposta: letra C.

127 - 2022 SCO

» Temos no caso em questão uma paciente com mais de 35 anos e tabagista. Quando levamos em conta os critérios de elegibilidade da OMS, consumo de menos de 15
cigarros por dia é considerado categoria 3 (risco supera benefícios), e consumo maior ou igual a 15 cigarros diários é categoria 4 (contraindicação absoluta) para o uso
de contraceptivos orais combinados, ou seja, aqueles que contêm estrogênio e progesterona, pelo aumento de risco trombótico. A questão deseja saber qual a
alternativa CORRETA em relação ao contraceptivo mais indicado nesse caso. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. O anticoncepcional combinado oral, como o próprio nome
diz, possui tanto estrogênio quanto progesterona, não sendo o método mais indicado para essa paciente.- Letra B: correta. A anticoncepcional injetável trimestral é
composto apenas de progesterona, sem estrogênio. É, portanto, o método mais indicado no caso acima. - Letra C: incorreta. O adesivo transdérmico é um método pouco
utilizado no Brasil, mas consiste em uma camada interna formada por matriz com liberação diária de norelgestromina (progestágeno) e etinilestradiol. Ou seja, não é a
melhor alternativa para essa paciente.- Letra D: incorreta. O anel vaginal é um contraceptivo hormonal não oral com liberação contínua diária de etinilestradiol e
etonogestrel (progestágeno), e consiste em um anel flexível de polímero que deve ser inserido na vagina. Por ser um método combinado, também não é o mais indicado
para a paciente em questão. Resposta: letra B.

128 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Uma paciente de 43 anos com antecedente de enxaqueca sem aura está em uso de pílula combinada. Vamos lembrar que, segundo a OMS, os métodos combinados
(contendo estrogênio) são formalmente contraindicados em pacientes com enxaqueca com aura e idade maior ou igual a 35 anos (categoria 4). Nossa paciente,
portanto, deve interromper o uso do método. Além disso, devem ser discutidas outras opções de métodos contraceptivos mais adequados, visto que ela ainda poderia
engravidar espontaneamente. Os progestágenos isolados, dispositivos intrauterinos (hormonal ou não) e o implante subdérmico são boas opções. O diagnóstico do
climatério e a indicação de terapia hormonal são clínicos e dispensam a dosagem hormonal; a paciente sequer apresenta sinais climatéricos (irregularidade menstrual,
fogachos, irritabilidade, labilidade emocional, etc). Resposta: letra B.

129 - 2022 REVALIDA - USP SP

» A questão descreve uma paciente jovem com irregularidade menstrual desde a menarca. Ao exame físico, podemos observar a presença de sobrepeso (IMC entre 25 e
29 kg/m²) e hirsutismo (escore de Ferriman-Gallwey maior ou igual a oito). A nossa principal hipótese diagnóstica é a síndrome dos ovários policísticos (SOP), pois
estamos diante de um quadro de disfunção ovulatória e sinais clínicos de hiperandrogenismo. Vamos analisar as alternativas sobre o caso:Letra A: incorreta. De acordo
com os critérios de Rotterdam, dois dos três critérios de SOP já são suficientes para realizar o diagnóstico. Portanto, a identificação de ovários policísticos à
ultrassonografia não é obrigatória.Letra B: correta. Devido ao estado anovulatório persistente e, consequentemente, à ausência de formação de corpo lúteo, não há
produção de progesterona, não ocorrendo a queda cíclica do hormônio que desencadeia a menstruação. Dessa forma, pacientes com SOP cursam com oligomenorreia ou
amenorreia, critério diagnóstico presente no quadro clínico em questão.Letras C e D: incorretas. A diminuição da produção hepática de SHBG e a resistência insulínica
estão presentes na SOP, mas não fazem parte dos critérios diagnósticos.Resposta: letra B.

130 - 2022 HASP

» Vamos avaliar cada alternativa separadamente: Letra A: incorreta. O procedimento pode ser realizado em homens e mulheres maiores de vinte e cinco anos de idade OU
antes disso, se houver, pelo menos, dois filhos vivos. Letra B: incorreta. A eficácia é MAIOR após esse período. Geralmente orienta-se esperar de 30-40 dias, ou de 20-
30 ejaculações para poder haver relação sem proteção. Letra C: correta. Sim, o DIU deve ser inserido no pós-parto, se a mulher desejar, durante a sua permanência no
hospital. O momento mais indicado para a colocação é logo após a expulsão da placenta. Porém, pode ser inserido a qualquer momento dentro de 48 horas após o parto.
Letra D: incorreta. Os anticoncepcionais combinados não devem ser utilizados no período pós-parto, ao menos até os primeiros 6 meses de vida do lactente. Resposta:
letra C.

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131 - 2022 HMMG

» O hipotálamo é responsável pela secreção de diversas substâncias, que terão atuação na hipófise e consequentemente em diferentes órgãos-alvo. A questão deseja
saber qual a alternativa CORRETA em relação à substância responsável pelo controle do ciclo menstrual. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. O GHRH irá atuar na hipófise
sobre o GH, que terá efeito somático.- Letra B: correta. O GnRH controla simultaneamente a secreção de dois hormônios (gonodotrofinas), que correspondem ao FSH e
LH., que atuarão sobre as gônadas (ovários). A secreção do GnRH varia em frequência e amplitude em todo o ciclo menstrual, que é imprescindível para um ciclo
menstrual normal.- Letra C: incorreta. O CRH irá atuar na hipófise liberando ACTH, que atua nas suprarrenais.- Letra D: incorreta. O TRH atua liberando TSH da hipófise
que, por sua vez, irá atuar sobre a tireóide. Resposta: letra B.
132 - 2022 USCS

» O enunciado descreve uma mulher jovem com irregularidade menstrual e acne. A paciente refere períodos de oligomenorreia intercalados com sangramento uterino
anormal (SUA). A acne é moderada e refratária ao tratamento tópico, sugerindo um hiperandrogenismo clínico. Além disso, podemos observar a presença de hipertensão
arterial e circunferência abdominal acima de 88 cm, critérios para a síndrome metabólica. Estamos diante de um quadro de síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Devemos suspeitar de SOP na presença de anovulação crônica e sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo. A questão deseja saber qual é a conduta menos
adequada. Vamos analisar as afirmativas: Letra A: correta. Estamos diante de um quadro de SUA por disfunção ovulatória. No entanto, de acordo com os critérios de
elegibilidade da OMS, a presença de pressão arterial entre 140 - 159 x 90 - 99 mmHg é considerada categoria 3 para o uso de métodos hormonais combinados. Portanto,
nesse caso, essa não é a conduta mais adequada e o controle do SUA pode ser realizado com métodos contendo apenas progestágenos. Letra B: incorreta. A eleveção
pressórica e a circunferência abdominal são critérios da síndrome metabólica e é extremamente importante o incentivo à perda de peso para redução do risco
cardiovascular. Além disso, o controle da síndrome metabólica também melhora a resistência insulínica e pode levar a retomada dos ciclos ovulatórios. Letra C: correta.
O desogestrel é um progestágeno isolado e, portanto, pode ser utilizado para controle dos ciclos nessa paciente. Entretanto, ele apresenta efeito androgênico, ou seja,
pode levar a piora do hiperandrogenismo. Letra D: incorreta. O uso cíclico de noretisterona é uma opção para o controle dos ciclos em pacientes que não desejam
contracepção. Além disso, a espironolactona tem efeito antiandrogênico, sendo uma boa alternativa para o tratamento da acne moderada. Portanto, temos duas
alternativas corretas entre as opções de resposta. A banca anulou a questão após a solicitação de recurso.

133 - 2022 USCS

» Essa questão pede as afirmativas corretas em relação ao caso clínico apresentado. Vamos a elas: Afirmativa I: correta. É compatível com a síndrome da insensibilidade
androgênica completa. Decorre de um defeito genético nos receptores de androgênios, sendo assim, o indivíduo com genótipo 46XY não é capaz de apresentar os efeitos
clínicos dos androgênios, o que leva a ausência de desenvolvimento da genitalia externa masculina e dos caracteres sexuais masculinos. Não há genitália interna nem
feminina e nem masculina. As mamas são pouco desenvolvidas, pela conversão periférica de androgênios e os pelos são escassos. Afirmativa II: incorreta. A transmissão
ocorre por meio de um gene recessivo ligado ao X responsável pelo receptor androgênico. Afirmativa III: correta. A produção de testosterona é normal ou um pouco
elevada. Afirmativa IV: incorreta. Há uma insensibilidade nos receptores androgênicos. Resposta: letra B.

134 - 2022 HMMG

» A questão deseja saber qual a alternativa INCORRETA a respeito dos exames de investigação de amenorréia primária. É importante frisar que, além do exame físico, USG
e cariótipo fazem parte da investigação da amenorréia primária. Vamos a elas:- Letra A: correta. O FSH é imprescindível para avaliação da etiologia da amenorréia,
definindo causas hipotalâmicas/hipofisárias se dosagem baixa ou ovariana de aumentada. - Letra B: incorreta. A dosagem de progesterona não irá auxiliar na
investigação diagnóstica.- Letra C: correta. A dosagem sérica de estradiol é citada por alguns autores, mas não é imprescindível e deve ser interpretada em conjunto
com a dosagem de FSH. - Letra D: correta. A dosagem de TSH faz parte da investigação diagnóstica da amenorréia. Resposta: letra B.

135 - 2022 UNOESTE

» Essa questão descreve uma paciente com 16 anos, usuária de drogas e tabagista, no terceiro dia pós-parto vaginal, que está amamentando. Qual seria o método
contraceptivo mais indicado neste caso? Devemos lembrar que os métodos combinados, como a pílula combinada oral, o anel vaginal e o adesivo transdérmico
são considerados categoria 4 para mulheres que estejam amamentando com menos de seis semanas pós-parto. Então podemos excluir as letras A, C e D. O DIU de cobre
pode ser inserido nas primeiras 48 horas após o parto ou após quatro semanas deste. A inserção entre esses dois períodos está associada a aumento do risco de
expulsão (categoria 3). Já o implante é considerado categoria 2 para mulheres que estejam amamentando com menos de 6 semanas pós-parto. Portanto, este seria o
método indicado para a paciente, dentre as alternativas fornecidas. Resposta: letra B.

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136 - 2022 HMMG

» A questão deseja saber qual a alternativa INCORRETA em relação à indicação de contraceptivos para paciente em amamentação exclusiva. Vamos a elas:- Letras A, B e
C: corretas. Todas as opções citadas são compostas apenas de progestágenos e podem ser utilizadas com segurança durante a lactação.- Letra D: incorreta. O anel
vaginal é composto de estrógeno e progestágeno. Contraceptivos com estrogênio são proscritos durante a lactação pela sua interferência no aleitamento. Resposta: letra
D.

137 - 2022 SCM - BM

» A questão deseja saber qual hormônio está aumentado em uma paciente de 15 anos com síndrome dos ovários policísticos, com hirsutismo. O hirsutismo resulta do
aumento da produção dos androgênios e da sensibilidade cutânea aos androgênios. Dessa forma, é esperado que os hormônios que estejam aumentados sejam a
testosterona total, testosterona livre e a androstenediona. A determinação dos níveis séricos de FSH e LH é pouco útil na avaliação das pacientes com SOP. Embora
possa ser encontrada uma inversão da relação LH:FSH (maior ou igual a 2:1), o aumento é discreto e isso não é um critério diagnóstico. Os níveis de estradiol são
semelhantes ao da fase folicular precoce, mas os níveis de estrona estão aumentados pela conversão periférica de androstenediona. Resposta: letra C.

138 - 2022 UNIMED - MACAÉ

» Estamos diante de uma paciente de 28 anos com quadro de amenorreia secundária após curetagem uterina. Vamos analisar as alternativas sobre o diagnóstico mais
provável:Letra A: incorreta. A disgenesia gonodal cursa com amenorreia primária. Vale lembrar que a síndrome de Turner é uma causa importante de disgenesia
gonodal. Nesse caso, estigmas como baixa estatura, hipertelorismo, pescoço alado e tórax escavado são frequentes.Letra B: incorreta. A síndrome de Sheehan resulta de
necrose hipofisária secundária à isquemia local. As pacientes geralmente relatam episódio de hemorragia pós-parto associado à ausência de lactação.Letra C: incorreta.
A síndrome de Kallmann é caracterizada por amenorreia hipotalâmica, anosmia ou hiposmia e cegueira para cores.Letra D: incorreta. A agenesia mülleriana ou síndrome
de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser inclui uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos paramesonéfricos, resultando em ausência
de estruturas internas femininas, como útero, dois terços superiores da vagina e trompas.Letra E: correta. A síndrome de Asherman é definida pela presença de
sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia. O quadro clínico é caracterizado por amenorreia secundária e infertilidade. Portanto, devemos
suspeitar da síndrome em pacientes que evoluem com amenorreia após relato de curetagem uterina.Resposta: letra E.
139 - 2022 UHG

» Vamos analisar cada uma das afirmativas em relação ao caso clínico apresentado: Afirmativa I: incorreta. Para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP)
devem estar presentes dois dos três critérios de Rotterdam: 1. Oligo-ovulação ou anovulação; 2. Sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo; 3. Ovários
policísticos ao ultrassom. Sendo assim, a presença de alteração ultrassonográfica dos ovários não é obrigatória. Afirmativa II: correta. Conforme descrito acima, um dos
critérios de Rotterdam consiste na presença de hiperandrogenismo clínico ou laboratorial. Afirmativa III: incorreta. O hirsutismo se caracteriza pelo crescimento de pelos
grossos e pigmentados (pelos terminais) em regiões onde não deveriam existir na mulher, como face, tórax e abdome. A quantificação do grau de hirsutismo é feita com
base no sistema de pontuação de Ferriman e Gallwey, sendo que um escore menor que 8 é considerado normal; entre 8 e 16 é hirsutismo leve; de 17 a 25 é hirsutismo
moderado e acima de 25 é grave. Como a pontuação da paciente descrita foi 6, ela não apresenta hirsutismo. Afirmativa IV: correta.Essa paciente possui dois dos três
critérios de Rotterdam para o diagnóstico SOP: oligo/anovulação e hiperandrogenismo laboratorial. Ela também apresenta obesidade, o que fala a favor do diagnóstico de
SOP. Além disso, o resultado de SDHEA normal exclui outras causas de hiperandrogenismo. Resposta: letra C.

140 - 2022 IFF

» Essa questão descreve uma paciente de 43 anos, com história previa de TVP após COVID 19 há nove meses, que suspendeu anticoagulação há três meses, desejando
método contraceptivo. Segundo os critérios de elegibilidade da OMS, história de TVP é contraindicação absoluta a qualquer método combinado (categoria 4), então já
podemos excluir as letras A, B, C e D. Portanto, dentre as alternativas, o melhor método para esta paciente é a pílula com desogestrel, a qual é considerada categoria 2.
Resposta: letra E.

141 - 2022 UNIGRANRIO

» A definição de amenorreia primária é a ausência de menstruação aos 14 anos associada a ausência de caracteres sexuais secundários ou ausência de menstruação aos
16 anos com desenvolvimento sexual normal. Temos uma paciente de 14 anos e presença de caracteres sexuais secundários. Ela está em estágio Tanner 4 nas mamas
(elevação das mamas com projeção das aréolas) e, portanto, não se inclui na definição de amenorreia primária. É justamente no estádio M3 ou M4 de Tanner que ocorre
a menarca. Logo, a paciente apresenta um desenvolvimento normal e não é necessário iniciar investigação.Alternativa A: correta. Alternativa B: incorreta. O teste da
progesterona pode ser utilizado na investigação da amenorreia secundária e avalia o status estrogênico e a patência do trato genital. Alternativa C: incorreta. A paciente
apresenta um desenvolvimento normal, não sendo necessário a investigação com dosagens hormonais por ora. Alternativa D: incorreta. Não é necessário a realização de
exame de imagem e os contraceptivos hormonais devem ser prescritos após a menarca, se necessário. Resposta: alternativa A.

142 - 2022 SEMAD

» O hormônio luteinizante (LH) é sintetizado pela hipófise com ação sobre as células da teca, sintetizando principalmente androgênios, além de outros esteroides sexuais.
Na fase folicular as concentrações de LH são baixas e, com a elevação do estradiol o meio do ciclo, há feedback positivo sobre a liberação do LH, responsável direto pela
ovulação. Para tanto, a concentração de estradiol deve ser maior do que 200 pg/ml e deve persistir por aproximadamente 50 horas. Letra A: incorreta. O FSH é o
hormônio que estimula o crescimento folicular no início do ciclo menstrual, mas não aumenta no período pré-ovulatório. Letra B: incorreta. A progesterona é produzida
pelo folículo após a ovulação, não antes. Letra C: incorreta. Repare que o estrogênio que aumenta e estimula o pico de LH é o estradiol, não o estriol. Letra D: incorreta.
A prolactina não aumenta antes do pico de LH. Resposta: letra D.

143 - 2022 SEMAD

» Questão sobre interessante sobre interação entre drogas e anticoncepcionais combinados. A principal via de metabolismo de esteroides contraceptivos é o sistema do
citocromo p450 hepático. Portanto, medicamentos que induzem este citocromo poderiam reduzir a eficácia de contraceptivos hormonais orais e do anel vaginal. Esta
indução enzimática, em geral, ocorre após 2 a 3 semanas de uso de medicamentos como fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, oxcarbamazepina, topiramato,
felbamato, ritonavir, primidona, rifampicina e griseofulvina. Vamos às alternativas. Letra A: correta. Todas as drogas citadas estão envolvidas no sistema citocromo P450
hepático. Letra B: incorreta. Fluconazol não diminui a concentração dos estrogênios. Letra C: incorreta. Nenhuma das medicações citadas tem envolvimento no sistema
citocromo P450 hepático. Letra D: incorreta. Setralina e lamotrigina não têm interação om esteroides contraceptivos. Letra E: incorreta. Lamotrigina e anfotericina B não
têm interação om esteroides contraceptivos. Resposta: letra A.

144 - 2022 SEMAD

» Vamos analisar as afirmativas sobre a contracepção de emergência: Letra A: correta. O mecanismo de ação do anticoncepcional de emergência varia conforme o
momento do ciclo menstrual em que o método é administrado. Letra B: incorreta. O principal mecanismo de ação é o atraso da ovulação. Não há evidências que
indiquem que o método possui efeito após a fecundação. Letra C: correta. Quando utilizado na primeira fase do ciclo menstrual, antes do pico de LH, o contraceptivo de
emergência altera o desenvolvimento dos folículos, impedindo ou postergando a ovulação. Letra D: correta. O método também atua modificando o muco cervical,
tornando-o espesso e hostil. Letra E: correta. O método de Yuzpe consiste na administração de pílulas combinadas. A dose total necessária inclui 0,2 mg de etinilestradiol
e 1 mg de levonorgestrel, divididas em duas doses iguais, com intervalo de 12 horas. Vale lembrar que o uso de levonorgestrel isolado apresentou menor incidência de
gestações quando comparado ao método de Yuzpe. Resposta: letra B.

145 - 2022 SMA - VR

» Questões sobre avaliação dos critérios de elegibilidade de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) são clássicas em provas de residência médica. Portanto,
vamos sedimentar os conceitos relativos a elegibilidade dos métodos em paciente com história de tromboembolismo. Paciente com história de trombose venosa
profunda ou tromboembolismo pulmonal têm as seguintes classificações para os métodos: - Categoria 4 para métodos combinados, ou seja, esses métodos têm risco de
saúde inaceitavel e, portanto, não deve ser usado (contraindicação absoluta); - Categoria 2 para os métodos de progesterona isolados, ou seja, as vantagens em utilizar
o método geralmente superam o riscos, teóricos ou provados. O método pode ser utilizado de modo geral. - Categoria 1 para o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre, ou
seja, não há restrição ao uso do método. Agora, vamos avaliar os métodos trazidos por cada uma das afirmativas, em busca do método mais indicado, ou seja, que não
apresente contraindicação. Letra A: incorreta. Anticoncepcionais combinados orais são métodos combinados e, portanto, categoria 4, sendo contraindicados em
pacientes com história de tromboembolismo. Letra B: incorreta. Injetáveis mensais são métodos combinados e, por isso, contraindicados por serem categoria 4. Letra C:
incorreta. Anel vaginal é categoria 4 para paciente com história de trombose, uma vez que é um método combinado de estrogênio e progesterona. Letra D: correta. O
DIU de cobre é o único método categoria 1 para pacientes com história de trombose e, assim, pode ser usado sem restrições. Letra E: incorreta. DIU liberador de
Levonorgestrel é categoria 2 em pacientes com história de tromboembolismo. Assim, podem ser usados de modo geral. Porém, repare que a questão solicita o método
mais indicado e, por isso, preferimos o método que é categoria 1 ao que é categoria 2. Por isso, a melhor resposta para a questão é DIU de cobre. Resposta: letra D.
146 - 2022 SMA - VR

» Temos uma paciente de 28 anos, com história de sangramento significativo em parto e que evolui para agalactia e amenorreia no puerpério. Essa é uma condição
clássica de amenorreia secundária, mas, vamos chegar à resposta a partir da discussão das afirmativas disponibilizadas. Letra A: incorreta. Síndrome de Cushing pode
causar amenorreia secundária, porém, não tem relação com sangramento intenso no pós-parto nem com agalactia. Os sinais e sintomas clássicos esperados associados
à síndrome de Cushing são: pletora facial, equimoses, fraqueza muscular proximal, estrias cutâneas, hipertensão arterial. Letra B: incorreta. Síndrome de Asherman é
definida pela presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia, geralmente causando amenorreia secundária isolada, sem relação com
agalactia e sangramento de grande monta após o parto. Letra C: incorreta. Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser é causa de amenorreia primária (e não
secundária como a questão traz) e corresponde a malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos paramesonéfricos, sem associação com
sangramento pós-parto e agalactia. Letra D: incorreta. Síndrome de Mayer é a mesma que síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser, causa de amenorreia primária
associada a malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos paramesonéfricos, sem associação com amenorreia secundária e agalactia. Letra E:
correta. A síndrome de Sheehan resulta da necrose hipofisária secundária à isquemia local, que pode ocorrer em hemorragias com instabilidade hemodinâmica no parto.
Clinicamente, é expressa semanas a meses após o parto, como panhipopituitarismo ou apenas destruição seletiva de determinados setores, sendo o gonadotrófico o
mais comumente acometido. Nesse caso, a amenorreia secundária associada à ausência de lactação. Resposta: letra E.

147 - 2022 FESO

» Questão bastante recorrente em provas de residência, sobre as indicações de laqueadura tubária durante a cesariana. Vamos avaliar cada uma das afirmativas em busca
da correta, com base na legislação brasileira.Letra A: incorreta, pois é vedada a esterilização cirúrgica em mulheres durante os períodos de parto, aborto ou até o 42° dia
de pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores ou quando a mulher for portadora de doença de base e a
exposição a segundo ato anestésico cirúrgico representar maior risco para sua saúde. Portanto, mulheres com no mínimo 2 filhos vivos ou mais de 25 anos têm direito de
realizar laqueadura tubária fora do período de parto, aborto ou até 42 dias pós-parto ou aborto não sendo permitido, assim, sua realização durante cesariana, exceto nos
casos citados anteriormente.Letra B: incorreto, pois a laqueadura tubária é permitida durante a cesariana nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas
sucessivas anteriores ou quando a mulher for portadora de doença de base e a exposição a segundo ato anestésico cirúrgico representar maior risco para sua saúde.
Portanto, a realização de laqueadura tubária durante a cesariana não é vetado ao médico, havendo indicações precisas.Letra C: incorreta, pois a cesariana não pode ser
indicada para a realização de laqueadura tubária, mesmo que haja desejo materno registrado em cartório.Letra D: correta, pois a laqueadura tubária está indicada
durante a cesárea (no parto) nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores ou quando a mulher for portadora de doença de base e a
exposição a segundo ato anestésico cirúrgico representar maior risco para sua saúde.Letra E: incorreta, pois a laqueadura tubária pode ser sim realizada durante a
cesariana nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores ou quando a mulher for portadora de doença de base e a exposição a segundo
ato anestésico cirúrgico representar maior risco para sua saúde.Resposta: letra D.

148 - 2022 FMP

» Vamos relembrar os três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP): 1. Oligo-ovulação ou anovulação 2. Sinais clínicos e/ou
bioquímicos de hiperandrogenismo 3. Ovários policísticos ao ultrassom Sendo assim, os critérios para SOP que Márcia apresenta são: amenorreia, sinais clínicos de
hiperandrogenismo (hirsutismo e acne) e ovários policísticos ao ultrassom. A única alternativa correta é a letra D. Resposta: letra D.

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149 - 2022 FMP

» A síndrome pré-menstrual (SPM) inclui sintomas físicos, cognitivos, comportamentais e emocionais recorrentes que acontecem durante sete a dez dias que antecedem o
período menstrual (fase pós-ovulatória) e interferem com as atividades diárias. Os sintomas geralmente terminam com o aparecimento do fluxo (resolução rápida) e
ocorrem em caráter cíclico e recorrente. Sendo assim, a SPM ocorre na fase lútea do ciclo menstrual. Resposta: letra B.

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150 - 2022 FESO

» Os anticoncepcionais combinados orais (ACO) promovem anovulação através do bloqueio do eixo hipotálamo hipofisário. Eles suprimem o LH (pelo componente
progestogênico) e o FSH (pelo componente estrogênico) basais. Com isso, os folículos ovarianos não amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre o pico de LH
no meio do ciclo, o qual seria fundamental para a ovulação. Portanto, a principal ação dos ACO para impedir a ovulação é a inibição desse pico de gonadotrofinas no
meio do ciclo, que seria fundamental para a ovulação. Resposta: letra B.

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151 - 2022 FESO

» Questão sobre Síndrome Pré-menstrual (SPM) e Transtorno Disfórico Pré-menstrual (TDPM). O diagnóstico da SPM é feito pela presença de um sintoma afetivo
(ansiedade, irritabilidade etc.), somado a um sintoma somático (mastalgia, cefaleia, edema abdominal ou de extremidades) por três ciclos consecutivos, pelo menos nos
cinco dias que antecedem a menstruação. O TDPM representa um extremo mais grave e incapacitante, com duração aproximada de 14 dias. Seu diagnóstico é feito com
base na presença de um ou mais sintomas maiores (labilidade emocional, irritabilidade, humor deprimido ou ansiedade acentuada), associado com um ou mais sintomas
menores (interesse diminuído, fadiga, redução da concentração, aumento do apetite, insônia/sonolência, mastalgia, edema ou ganho de peso), para o total de cinco ou
mais sintomas na semana que precede a menstruação, estando presente em todos ou na maioria dos ciclos em 12 meses. O diagnóstico diferencial com distúrbios
psiquiátricos é imprescindível e se faz, principalmente, pela cessação característica dos sintomas ao início da menstruação. A questão deseja saber a alternativa
incorreta. Letra A: incorreta. A psicoterapia, mesmo não acompanhada de tratamento medicamentoso, é efetiva em muitas pacientes. Letra B: correta. A atividade física,
pelo menos três vezes por semana por 30 minutos, melhora o humor. Dietas ricas em triptofanos, precursor da serotonina, podem atuar de forma adjuvante. Letra C:
correta. Os anticoncepcionais podem ter efeito benéfico, principalmente, nas pacientes com queixa de edema Letra D: correta. Inibidores de recaptação de serotonina
são eficazes, tanto de forma contínua, quanto de forma intermitente (na fase lútea). Letra E: correta. A depressão pós-parto é mais prevalente em mulheres com história
de SPM e TDPM. Resposta: letra A.
152 - 2022 FESO

» Questão bastante direta que nos questiona os exames que devem ser solicitados na investigação inicial da amenorreia secundária. Vamos começar revisando o conceito
de amenorreia secundária: consiste na ausência de menstruação por seis meses ou pelo período equivalente a três ciclos consecutivos. Portanto, a paciente do caso, que
apresenta última menstruação há 06 meses, tem sim o diagnóstico de amenorreia secundária. Quando pensamos na investigação de amenorreia secundária, devemos
solicitar os seguintes exames complementares: AVALIAÇÃO LABORATORIAL: - Dosagem de beta-hCG- imprescindível para excluir a possibilidade de gestação; - Dosagem
do FSH- para diferencial o hipogonadismo hipogonadotrófico do hipergonadotrófico; - Dosagem de prolactina- para investigação de hiperprolactinemia; - Dosagem de TSH
e T4 livre- investigação de hipo e hipertireoidismo, que podem estar associados à amenorreia secundária; Vamos avaliar cada uma das afirmativas trazidas abaixo, em
busca da correta. Letra A: incorreta, pois não há indicação de solicitar LH na investigação inicial de amenorreia secundária. Letra B: incorreta, pois, inicialmente não há
indicação de solicitar ultrassonografia pélvica na amenorreia secundária. A ultrassonografia pélvica deve ser solicitada inicialmente na investigação da amenorreia
primária. Letra C: correta, pois, inicialmente, os exames que devem ser solicitados na investigação da amenorreia secundária são: beta-hCG, TSH, prolactina, FSH. Letra
D: incorreta, pois não há indicação de avaliar LH e progesterona. Letra E: incorreta, pois não há indicação de solicitar testosterona total e SDHEA na investigação da
amenorreia secundária. Resposta: letra C.

153 - 2022 FESO

» Questão sobre causas de oligomenorreia. Letra A: correta. O diagnóstico da síndrome de ovários policísticos (SOP) em adolescentes baseia-se na presença de: oligo ou
amenorreia e hiperandrogenismo clínico ou laboratorial. A obesidade é fator de risco para SOP devido à resistência insulínica. Além disso, nessa síndrome observa-se
uma inversão LH-FSH, de forma que o LH se encontra mais aumentado que o FSH. Letra B: incorreta. A hiperplasia suprarrenal pode ser causa de amenorreia e
hirsutismo, porém não tem relação com obesidade. É uma das causas mais frequentes de puberdade precoce periférica, cursando, nesse caso, com elevação de LH e
FSH. Letra C: incorreta. O uso inadequado de anovulatórios não tem relação com hirsutismo ou obesidade, tampouco cursa com LH alto, uma vez que anovulatórios têm
efeito inibitório na foliculogênese e nas gonadotrofinas. Letra D: incorreta. O hipertireoidismo, ao contrário do hipotireoidismo, não é causa de hirsutismo ou obesidade.
Pode cursar com alterações menstruais Letra E: incorreta. A clínica e as alterações laboratoriais relativas aos adenomas hipofisários irão variar conforme seu subtipo
(funcionante ou não funcionante) e também localização. Resposta: letra A.

154 - 2022 SCM - BM

» Essa questão descreve uma adolescente de 14 anos apresentando quadro clínico de amenorreia primária, com presença de caracteres sexuais secundários, abaulamento
suprapúbico e dor pélvica cíclica. A presença dos caracteres sexuais secundários indica que há sinais de ação estrogênica e, portanto, de funcionamento ovariano. A
presença de dor pélvica cíclica e abaulamento suprapúbico nos faz pensar em criptomenorreia (o sangramento não se exterioriza por alterações no trajeto de saída —
agenesia do colo, hímen imperfurado ou septo transverso). Nesses casos, é frequente a dor pélvica cíclica, podendo ocorrer hematocolpo, hematometra e até derrame
intraperitoneal. Portanto, o provável diagnóstico para esta adolescente é septo vaginal transverso. Resposta: letra C.

155 - 2022 SCM - BM

» Estamos diante de uma paciente de 22 anos com ciclos menstruais irregulares e última menstruação há seis meses. Por definição, a amenorreia secundária consiste em
ausência de menstruação por seis meses ou pelo período equivalente a três ciclos consecutivos. O exame físico não evidenciou alterações. Já o valor sérico de FSH
encontra-se reduzido, indicando um hipogonagdismo hipogonadotrófico. Vamos analisar as alternativas sobre a principal hipótese diagnóstica:Letra A: correta. Dosagens
reduzidas de FSH indicam produção ovariana inadequada por ausência de estímulo central, caracterizando o hipogonadismo hipogonadotrófico. Portanto, podemos
afirmar que a amenorreia hipotalâmica é a principal hipótese diagnóstica, pois cursa com níveis reduzidos de FSH.Letra B: incorreta. Não há relato de agressão
endometrial prévia, como cirurgias uterinas ou endometrite para pensarmos em sinéquias uterinas. Além disso, não esperamos encontrar níveis baixos de FSH nessa
situação.Letra C: incorreta. Devemos suspeitar de síndrome dos ovários policísticos na presença de irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de
hiperandrogenismo e ovários com aspecto policístico à ultrassonografia.Letra D: incorreta. Na insuficiência ovariana prematura esperamos encontrar níveis elevados de
FSH. A produção insuficiente de estrogênio altera o feedback negativo com a hipófise, resultando em elevação das gonadotrofinas.Resposta: letra A.

156 - 2022 SCM - BM

» Essa questão descreve uma paciente de 17 anos que apresenta sobrepeso e dois dos três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos
(SOP): oligo/anovulação (ciclos menstruais irregulares) e sinais clínicos de hiperandrogenismo (hirsutismo). Foi indicada perda de peso, já que a perda de apenas 5 a 7%
do peso ao longo de seis meses é capaz de restaurar a ovulação na maioria das pacientes com SOP. A modificação do estilo de vida é essencial para o controle da
dislipidemia, para a prevenção de doenças cardiovasculares e de diabetes mellitus tipo 2 em pacientes com SOP. Também foi prescrito anticoncepcional com acetato de
ciproterona, um progestágeno com elevado efeito antiandrogênico, para tratamento da irregularidade menstrual e do hirsutismo. O melhor tratamento a ser utilizado a
seguir, para tratamento do hirsutismo, seria a espironolactona, um antagonista específico da aldosterona, com ligação competitiva aos receptores da aldosterona na
região tubular do rim. A inibição máxima do hirsutismo é observada em três a seis meses, embora continue por 12 meses. A flutamida é um antiandrogênio não
esteroide puro, cujo mecanismo de ação é a inibição da ligação nuclear dos androgênios nos tecidos-alvo. É, ainda, um inibidor fraco da biossíntese de testosterona.
Possui menor afinidade pelo receptor androgênico do que a espironolactona ou o acetato de ciproterona. As diretrizes de prática clínica da Endocrine Society Clinical
Practice Guidelines (ESCPG) não recomendam o uso da flutamida como tratamento de primeira linha do hirsutismo. A finasterida é um inibidor específico da atividade da
enzima 5-alfa-redutase tipo 2. A maior parte da melhora do hirsutismo com a finasterida ocorreu após seis meses de tratamento com 7,5 mg de finasterida diariamente.
A gestritona não estaria recomendada, por apresentar efeito androgênico. Portanto, o melhor medicamento a ser utilizado para esta paciente é a espironolactona, que é
a medicação mais efetiva por um tempo mais prolongado. Resposta: letra D.

157 - 2022 SCM - BM

» Gestação, imediatamente após aborto infectado e câncer de colo de útero (aguardando tratamento, para início de uso) são três situações consideradas contraindicações
absolutas (categoria 4) ao uso de dispositivos intrauterinos. Em caso de abortamento infectado, deve-se tratar a condição e aguardar três meses para sua inserção.
Portanto, dentre as alternativas, a única que não consiste em contraindicação ao uso de dispositivo intrauterino é a letra D (categoria 2). Resposta: letra D.
158 - 2022 SCM - BM

» A tríade de anosmia (agenesia do bulbo olfatório) ou hiposmia, hipogonadismo hipogonadotrófico e cegueira para cores está presente da síndrome de Kallmann. A
síndrome decorre de uma falha na migração das células neuronais olfatórias e das células produtoras de GnRH (derivadas dos placoides olfativos) do epitélio nasal da
placa cribiforme do nariz até a área pré-óptica e hipotalâmica durante a embriogênese e foi inicialmente descrita em homens. Na mulher, caracteriza-se por amenorreia
primária por secreção deficiente de GnRH, infantilismo sexual e anosmia ou hiposmia. A síndrome de Sheehan resulta da necrose hipofisária secundária à isquemia local
que pode cursar em hemorragias com instabilidade hemodinâmica no parto (é preciso haver 98% de destruição da glândula para haver hipofunção acentuada).
Clinicamente, se expressa semanas a meses após o parto, como pan-hipopituitarismo ou apenas destruição seletiva de determinados setores. O setor gonadotrófico é o
mais frequentemente acometido. Nesse caso, ocorre a amenorreia secundária associada à ausência de lactação. A síndrome de Asherman é definida pela presença de
sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia, geralmente causando amenorreia secundária. As curetagens uterinas excessivas ou repetidas,
processos inflamatórios (doença inflamatória pélvica grave ou endometrite tuberculosa), substâncias cáusticas e outras cirurgias uterinas (partos laboriosos, extração
manual da placenta) podem causar a síndrome, que também é causa de infertilidade. A origem da amenorreia não é obstrutiva e geralmente ocorre pela falha do
crescimento endometrial. Contudo, a presença de sinéquias no nível do orifício interno pode contribuir para o processo. Já a síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-
Hauser inclui uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e fusão dos ductos paramesonéfricos, a saber: ausência ou hipoplasia uterina, ausência dos
dois terços superiores da vagina e tubas anômalas, com ovários normais. Como os ovários são presentes e normais, o desenvolvimento sexual secundário é, portanto,
completo. O eixo neuro-hormonal é funcionante e os ciclos são geralmente ovulatórios, não ocorrendo apenas o sangramento menstrual. Resposta: letra B.

159 - 2022 HUSE

» Segundo os Critérios de Elegibilidade da OMS, são contraindicações absolutas (categoria 4) à inserção de DIU: alterações anatômicas que distorcem a cavidade uterina
(letra B incorreta); tuberculose pélvica (letra C incorreta); sangramento vaginal inexplicado, antes da investigação (letra D incorreta). A inserção no período menstrual
não é considerada contraindicação, pelo contrário, o período menstrual é considerado a melhor época para inserção, momento em que o colo uterino está
fisiologicamente mais entreaberto e há, teoricamente, a certeza de ausência de gravidez. Portanto, a letra A é a resposta da questão e, consequentemente, a letra E
também está incorreta. Resposta: letra A.

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160 - 2022 PMFI

» Essa questão descreve uma paciente de 23 anos, tabagista e portadora de enxaqueca com aura, que deseja método contraceptivo. Vamos analisar cada uma das
alternativas em relação ao caso: Letra A: incorreta. O tabagismo em paciente com menos de 35 anos não contraindica nenhum método hormonal; entretanto, a
enxaqueca com aura é contraindicação absoluta ao uso de qualquer método combinado (categoria 4). Letra B: incorreta. O tabagismo em paciente com menos de 35
anos não contraindica nenhum método hormonal; entretanto, a enxaqueca com aura é contraindicação absoluta ao uso de qualquer método combinado (categoria 4).
Letra C: incorreta. Métodos contraceptivos podem ser prescritos na Atenção Básica. Letra D: correta. O DIU de cobre é considerado categoria 1 para pacientes com
enxaqueca com aura. Resposta: letra D.

161 - 2022 IO

» A questão deseja saber qual é a orientação contraceptiva correta em uma paciente que evoluiu com aborto espontâneo. A fertilidade retorna rapidamente após um
aborto espontâneo ou induzido. Os anticoncepcionais orais combinados, as pílulas só de progestógeno, os injetáveis só de progestógeno, os injetáveis mensais, o adesivo
combinado e os implantes podem ser iniciados imediatamente após o procedimento. Já os dispositivos intrauterinos podem ser iniciados uma vez que tenha sido excluída
a possibilidade de infecção ou uma eventual infecção tenha sido tratada. Portanto, a contracepção deve ser iniciada antes da próxima menstruação pelo risco de
ovulação nesse período. Resposta: letra A.

162 - 2022 IO

» A questão descreve uma paciente de 42 anos, com quatro abortamentos prévios, em amenorreia há seis meses. As dosagens hormonais encontram-se normais. O teste
de estimulação com estrogênio e progesterona foi negativo. A mimetização de um ciclo com estrogênio e progesterona exógenos avalia a resposta endometrial e a
patência do trato de saída. A ausência de sangramento após o teste sugere uma causa uterovaginal. Vamos analisar as alternativas sobre a principal hipótese
diagnóstica: Letra A: incorreta. Na menopausa, os níveis de FSH encontram-se elevados. Letra B: incorreta. Pacientes com anovulação crônica apresentam teste da
progesterona positivo. Letra C: incorreta. O hipotireoidismo subclínico cursa com níveis aumentados de TSH. Letra D: correta. A síndrome de Asherman é definida pela
presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia. A história prévia de abortamento com curetagens excessivas e a ausência de
sangramento de privação após o teste com estrogênio e progesterona sugerem tal diagnóstico. Resposta: letra D.

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163 - 2022 SMSCG

» Vamos analisar as afirmativas sobre a fisiopatologia do hiperandrogenismo na síndrome de anovulação crônica: Letras A e E: corretas. O aumento dos estrógenos
(estradiol e estrona) estimula a secreção de LH. O LH, por sua vez, estimula a produção androgênica nas células da teca ovariana. Como resultado, os ovários secretam
níveis elevados de testosterona e androstenediona. Letra B: correta. A desregulação das enzimas formadoras de androgênios nas adrenais e nos ovários resulta em
maior síntese de androgênios. Letra C: correta. A inibição da síntese hepática de SHBG aumenta a fração livre de testosterona, contribuindo para o hiperandrogenismo.
Letra D: incorreta. Na síndrome de anovulação crônica corre uma hiperatividade da 5-alfa-redutase, o que aumenta a conversão periférica de androgênios. Resposta:
letra D.

164 - 2022 EMCM

» A questão descreve uma paciente de 38 anos, com relato de enxaqueca com aura, que deseja iniciar contracepção, sendo o anel vaginal ou o dispositivo intrauterino
liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) os métodos de escolha. O anel vaginal é um contraceptivo hormonal combinado, diferente do SIU-LNG, que contém apenas
progestágeno. De acordo com os critérios de elegibilidade da OMS, os métodos combinados são classificados como categoria 4 para uso em pacientes com diagnóstico
de enxaqueca com aura em qualquer idade, ou seja, representam uma contraindicação absoluta. Já os progestágenos isolados podem ser utilizados com segurança, uma
vez que não há evidência de aumento de risco para eventos tromboembólicos venosos ou arteriais nesse caso. Portanto, o anel vaginal está contraindicado, mas o SIU-
LNG é uma boa opção. Resposta: letra A.
165 - 2022 MULTIVIX

» Analisando as alternativas sobre a fisiologia do ciclo menstrual:Letra A: incorreta. Na fase pré-ovulatória ocorre o pico de LH, em resposta ao aumento da secreção de
estradiol. Tanto os níveis de estradiol quanto os níveis de FSH estão elevados nesse período.Letra B: incorreta. Na fase folicular, os níveis de FSH começam a se elevar, e
uma coorte folicular em crescimento é recrutada. Cada um desses folículos secreta níveis crescentes de estrogênio. Já o LH e a progesterona aumentam na segunda fase
do ciclo, e não na primeira.Letra C: incorreta. O nível de estrogênio é reduzido durante a fase lútea inicial. Já o pico de progesterona ocorre em torno do oitavo dia após a
ovulação. Os esteroides do corpo lúteo (estradiol e progesterona) fornecem retroalimentação negativa e causam diminuição na secreção de FSH e LH.Letra D: correta. A
regressão do corpo lúteo, que ocorre ao final da fase lútea, leva a uma queda dos níveis circulantes de estradiol, progesterona e inibina A. O decréscimo desses
hormônios resulta em elevação dos níveis de FSH, reiniciando o ciclo.Resposta: letra D.

166 - 2022 HMDI

» A questão deseja saber qual das alternativas explica o achado de acantose nigricans em pacientes com síndrome dos ovários policísticos (SOP). A acantose nigricans ou
acantose nigricante é um marcador cutâneo clássico da resistência insulínica. Ela é uma lesão cutânea espessa, pigmentada e aveludada, que pode estar presente nas
axilas, nuca, abaixo das mamas, face interna das coxas e vulva. É encontrada com maior frequência em mulheres obesas com SOP (incidência de 50%) do que em
mulheres com peso normal com SOP (incidência de 5 a 10%). Resposta: letra D.

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167 - 2022 UNESC - ES

» Temos uma paciente de 19 anos com amenorreia primária sem caracteres sexuais secundários. Há duas informações cruciais para chegarmos à resposta correta:
presença de útero com tamanho normal e gônadas em fita; cariótipo 46, XY. Vamos agora avaliar cada uma das afirmativas em busca da correta. Letra A: polêmica, pois
a puberdade tardia é considerada quando o broto mamário não surge até os 13 anos ou se as menstruações não tiverem sido iniciadas ao 15 anos de idade ou não
tiverem menarca decorridos 5 anos ou mais desde o início do desenvolvimento puberal. Portanto, a paciente da questão, com 19 anos e sem desenvolvimento de
caracteres sexuais secudários tem o diagnóstico sindrômico de puberdade tardia. Porém, a informação das gônadas em fita nos faz pensar em um diagnóstico mais
específico. Letra B: incorreta, pois o cariótipo da síndrome de Turner seria 45 XO ou em mosaico (45, X0/45, XX; 45, X0/45, XY), não 46, XY. As pacientes com síndrome
de Turner apresentam gônadas em fita, porém, útero, vagina e tuba são infantilizadas (a questão descreve útero de tamanho normal). Letra C: incorreta, pois o
hermafroditismo verdadeiro caracteriza-se pela presença de ovário e testículo separadamente, em gônadas opostas, ou mais comumente na mesma gônada (ovotéstis).
O útero encontra-se sempre presente e o cariótipo pode ser 46, XX (mais comum- 70%), 46, XY ou mosaico. Poranto, como a alternativa descreve gônadas em fita e não
ovotéstis ou ovário e testículos separadamente, a afirmativa está incorreta. Letra D: incorreta, pois a síndrome de Morris ou de insensibilidade androgênica completa se
caracteriza por indivíduos de cariótipo 46, XY, com testículos (e não ovários) presentes e funcionantes, porém, sem ação periférida da testosterona. Além disso, lembre-
se que essas pacientes apresentam algum desenvolvimento mamário na puberdade devido à conversão da testosterona em estrogênio. Letra E: correta, pois a
síndrome de Swyer (ou disgenesia gonadal pura) caracteriza indivíduos 46, XX ou 46, XY com fenótipo feminino, gônadas em fita e genitálias externa e interna femininas.
As pacientes apresentam níveis elevados de FSH em consequência das gônadas em fita não produzirem hormônios esteroides nem inibina A. Resposta: letra E.

168 - 2022 IO

» Questão clássica de provas de residência, que é a discussão de critérios de elegibilidade em pacientes tabagistas. Lembre-se que diante de pacientes tabagistas, para
avaliação das contraindicações aos métodos, avaliamos as pacientes em 02 grupos: com mais de 35 anos e com menos de 35 anos. A paciente do caso tem mais de 35
anos, então, vamos nos concentrar nessa faixa etária. Após a divisão por idade, temos que saber se a paciente fuma menos de 15 cigarros e as com 15 ou mais cigarros.
Pois bem, a paciente da questão tem mais de 35 anos e fuma mais de 15 cigarros. Essas pacientes são categoria 4 para os métodos combinados e categoria 1 para os
métodos isolados de progesterona e os dispositivos intrauterinos (tanto de cobre quanto liberador de levonorgestrel). Vamos avaliar as afirmativas em busca de
anticoncepcional eficaz. Letra A: incorreta. Pílula combinada oral é método combinado. Portanto, é categoria 4 para a paciente do caso, sendo contraindicada. Letra B:
correta. Injeção trimestral de acetato de medroxiprogesterona é método isolado de progesterona, sendo categoria 1 para a paciente. Assim, é uma alternativa permitida
e de alta eficácia, sendo a resposta da questão. Letra C: incorreta. Injetável mensal é método combinado, sendo categoria 4 para a paciente, portanto, contraindicado.
Letra D: incorreta. Coito interrompido é um método de baixa eficácia não sendo, assim, indicado. Resposta: letra B.

169 - 2022 HMDI

» Vamos analisar as afirmativas sobre o ciclo menstrual fisiológico: Letra A: correta. Considerando um ciclo menstrual normal, a duração média é de 28 dias. Sabemos que
a fase lútea é fixa, com duração de 14 dias. Portanto, nesse caso, a fase folicular também terá 14 dias. Níveis crescentes de estrogênio e baixa concentração de
progesterona caracterizam a primeira fase do ciclo. Letra B: incorreta. Altos níveis de LH e progesterona marcam a fase lútea, e não folicular. Letra C: incorreta. A fase
lútea tem duração fixa de 14 dias. O que varia entre diferentes pacientes é a fase folicular, que pode ser maior ou menor dependendo do tempo que folículo leva para se
desenvolver e ovular. Letra D: incorreta. O período entre a menstruação e a ovulação corresponde à fase proliferativa do endométrio, e não secretora. Resposta: letra A.

170 - 2022 HCB - RO

» Questão clássica sobre contraindicações absolutas ao uso de contraceptivo oral (categoria 4). São elas: mutações trombogênicas, tabagismo acima de 15 ou mais
cigarros por dia acima de 35 anos de idade, hipertensão descompensada ou com doença vascular, história de TVP e TEP, cirurgia com imobilização prolongada, doença
cardíaca isquêmica atual ou passada, AVC atual ou passado, enxaqueca com aura em qualquer idade, câncer de mama atual, tumor hepático (adenoma ou tumor
maligno), cirrose descompensada e lúpus com SAF positivo ou desconhecido. A idade menor ou igual a 21 anos, asma e depressão não são contraindicações para o uso
de contraceptivo oral combinado. Resposta: migrânea com aura.

171 - 2022 HMDI

» Questão direta que deseja saber qual é o diagnóstico mais provável de uma paciente de 32 anos com amenorreia secundária e FSH elevado. Vamos analisar as opções:
Letra A: correta. A insuficiência ovariana prematura é uma síndrome clínica resultante da perda de atividade ovariana antes dos 40 anos. As principais manifestações
clínicas incluem sintomas climatéricos e aumento dos níveis de FSH. Vale lembrar que devem ser obtidos valores de FSH acima de 25 mUI/ml em dois momentos
distintos, com intervalo de ao menos quatro semanas. Letra B: incorreta. A agenesia ovariana cursa com níveis elevados de FSH. No entanto, o quadro clínico inclui
amenorreia primária, e não secundária. Letra C: incorreta. Na síndrome dos ovários policísticos, esperaríamos encontrar irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou
bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários com aspecto micropolicístico à ultrassonografia. Nesse caso, há aumento da razão LH/FSH, e não aumento isolado do FSH.
Letra D: incorreta. A síndrome de Sheehan resulta da necrose hipofisária secundária à isquemia local. As pacientes geralmente relatam episódio de hemorragia pós-parto
e ausência de lactação. Os níveis de FSH encontram-se reduzidos, não elevados. Resposta: letra A.
172 - 2022 COC

» Essa questão descreve uma paciente com 17 anos apresentando quadro de amenorreia primária. Vamos relembrar o fluxograma de investigação da amenorreia
primária: Como os caracteres sexuais secundários estão ausentes, o primeiro exame a ser solicitado é a dosagem de LH e FSH. Vale lembrar que a principal causa de
amenorreia primária sem desenvolvimento sexual secundário (hipogonadismo) com elevação das gonadotrofinas é a disgenesia gonadal. E dos casos de disgenesia
gonadal, a síndrome de Turner é a causa mais comum. Se a dosagem de FSH estiver elevada, o próximo passo da investigação seria a realização de cariótipo. Por outro
lado, se FSH baixo, o próximo passo da investigação consiste na realização do teste do GnRH; se negativo, a causa é hipofisária e se positivo, é hipotalâmica. Portanto, o
primeiro exame a ser solicitado para esta paciente é a dosagem de FSH e a provável hipótese diagnóstica é digenesia gonadal. Resposta: letra D.

173 - 2022 HUSE

» A síndrome de Kallman é causada por falha na migração das células neuronais olfatórias e das células produtoras de GnRH do epitélio nasal da placa cribiforme do nariz
até a área pré-óptica e hipotalâmica durante a embriogênese. Na mulher, caracteriza-se por amenorreia primária por secreção deficiente de GnRH, infantilismo sexual e
anosmia ou hiposmia. Os ovários são pequenos, com folículos pouco desenvolvidos e os níveis de gonadotrofinas são baixos. Essas pacientes respondem de forma
excelente à administração pulsátil de GnRH exógeno, sendo este o tratamento de primeira escolha. Portanto, na síndrome de Kallmann não há defeito na fusão dos
ductos de Müller, não cursa com vagina curta ou com ausência de útero (letras C, D e E incorretas). A síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser engloba uma série
de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos de Müller. O cariótipo é 46 XX, os ovários são normais e o desenvolvimento sexual secundário é
completo. O eixo neuro-hormonal é funcionante e os ciclos são geralmente ovulatórios, não ocorrendo apenas o sangramento menstrual (amenorreia primária). A vagina
é curta e em fundo cego (útero ausente ou hipoplásico). A associação com anomalias renais e das vias urinárias é frequente. Sendo assim, a única característica comum
às duas síndromes é a amenorreia primária. Resposta: letra B.

174 - 2022 HUSE

» A questão deseja saber qual progestágeno está associado a um maior risco de evento tromboembólico. O componente progestagênio, quando associado ao estrogênio,
também influencia no risco de trombose, sendo o levonorgestrel (o mais androgênico) o mais seguro, aumentando em duas vezes o risco comparado a não usuárias de
métodos hormonais. Os demais progestagênios aumentam em quatro a seis vezes o risco, sem diferenças significativas entre eles. Por outro lado, alguns estudos
constataram aumento do risco de trombose venosa em usuárias de contraceptivo oral contendo os novos progestágenos desogestrel ou gestodeno. Portanto, existe uma
divergência na literatura, não sendo possível afirmar que a ciproterona é o progestágeno de maior risco de evento tromboembólico. A banca manteve como gabarito
oficial a letra E, apesar da solicitação de recurso. No entanto, a questão deveria ter sido anulada.

175 - 2022 REVALIDA INEP

» Estamos diante de uma paciente de 13 anos referindo ausência de menstruação, cujo exame físico mostrou altura e peso adequados, além de mamas e pelos em estágio
M3 P3 de acordo com a classificação de Tanner. A amenorreia primária é definida como a ausência de menstruação aos 14 anos associada ao não desenvolvimento de
características sexuais secundárias ou a ausência de menstruação aos 16 anos, mesmo com desenvolvimento sexual normal. Vale lembrar que, na maioria dos casos, os
eventos da puberdade obedecem à sequência telarca (M2 da escala de Tanner), seguida pela pubarca (em média após seis meses a um ano da telarca) e, por fim, a
menarca (primeira menstruação). A menarca ocorre geralmente em 2 a 2,5 anos após o início da telarca. Portanto, considerando que a paciente possui 13 anos e já
apresentou telarca e pubarca, não está indicada a investigação do quadro, pois a menarca deve acontecer antes dos 16 anos, o que exclui as letras A, B e C. Nesse
caso, devemos apenas orientar a paciente sobre a normalidade do desenvolvimento. Resposta: letra D.

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176 - 2022 SES - GO

» A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é caracterizada por ciclos anovulatórios irregulares (às vezes com períodos de amenorreia), infertilidade, manifestações de
hiperandrogenismo (hirsutismo e acne), obesidade e ovários aumentados de volume com múltiplos cistos. É, portanto, a causa mais comum de hiperandrogenismo,
anovulação crônica, hirsutismo e infertilidade por fator ovulatório. Perceba que, no caso em tela, temos uma paciente que apresenta sinais de hiperandrogenismo (pelos
terminais na face, membros superiores e tórax), sobrepeso e hirsutismo (escala de Ferriman-Gallwey ≥ 8). Logo, podemos perceber que o fenótipo é bastante sugestivo
de SOP, não é mesmo?! Essa hipótese fica ainda mais evidente quando o autor da questão destaca que tais manifestações tiveram início APÓS a puberdade... Neste
contexto, duas dúvidas podem surgir:
(1) Existe SOP com ciclos menstruais normais? Sim, existe! Lembre-se que a presença de oligo ou anovulação não é critério obrigatório para SOP e, ainda assim, elas
podem ocorrer em vigência de ciclos regulares (embora não seja o mais comum).
(2) O laboratório normal não fala contra a possibilidade de hiperandrogenismo? Guarde essa informação: mesmo em pacientes com hiperandrogenismo clínico, o
laboratório pode ser normal! Isso é explicado pela presença de andrógenos circulantes que não são facilmente dosados por teste laboratoriais, embora sejam substâncias
bioativas. O tratamento preconizado consiste em mudanças no estilo de vida (essa é a intervenção mais importante!!!), podendo associar anticoncepcional oral
combinado (ACO) como tratamento de primeira linha. O uso associado de fármacos antiandrógenos pode ser considerado após 6 meses de ACO sem resultado adequado.
Resposta: letra A.

177 - 2022 HRL - PR

» Essa questão pede a alternativa correta em relação à laqueadura tubária. Vamos a elas: Letra A: incorreta. Está liberada para mulheres com capacidade civil plena e
maiores de 25 anos OU (não é E) pelo menos, com dois filhos vivos. Sendo assim, pode ser realizada em mulheres com menos de 23 anos, desde que possua dois filhos
vivos; mas isso não foi especificado nesta alternativa. Letra B: correta. É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de parto, aborto ou até o 42º
dia de pós-parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores, ou quando a mulher for portadora de doença de base e
a exposição a segundo ato anestésico ou cirúrgico representar maior risco para sua saúde. É necessário relatório escrito e assinado por dois médicos. Letra C:
incorreta. Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende de consentimento expresso de ambos os cônjuges. Letra D: incorreta. A mesma Lei 9.263 de
12/01/1996 e portaria 048 do Ministério da Saúde de 1999, rege os critérios de esterilização cirúrgica de homens e mulheres. Resposta: letra B.
178 - 2022 HUSE

» A questão deseja saber qual é a alternativa incorreta em relação ao tratamento da síndrome dos ovários policísticos (SOP). Analisando as alternativas: Letra A: correta.
Para o restabelecimento da fertilidade na SOP, podemos utilizar fármacos indutores da ovulação. Letra B: correta. A metformina melhora o padrão menstrual, diminui os
níveis de androgênio e possui efeito positivo na indução da ovulação. Letra C: correta. A perda de peso reduz a resistência insulínica e promove o retorno dos ciclos
ovulatórios. Letra D: incorreta. O tratamento de primeira linha para a irregularidade menstrual consiste no emprego de anticoncepcionais hormonais, cuja função é
induzir ciclos menstruais regulares. Já o citrato de clomifeno é um indutor da ovulação que deve ser utilizado no tratamento de infertilidade. Letra E: correta. Os
anticoncepcionais hormonais podem auxiliar no tratamento do hirsutismo. Vale lembrar que, em casos de hirsutismo mais acentuado, o tratamento com contraceptivos
pode não ser suficiente. Dessa forma, a associação com substâncias antiandrogênicas deve ser prescrita. A banca alterou o gabarito oficial para letra D após solicitação
de recurso. Resposta: letra D.

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179 - 2022 PUC - RS

» A questão descreve uma paciente de 26 anos com irregularidade menstrual, oligomenorreia e hiperandrogenismo clínico (escore de Ferriman acima de oito). Estamos
diante de um quadro de síndrome dos ovários policísticos (SOP). Vamos analisar as afirmativas sobre o caso: Afirmativa I: incorreta. De acordo com os critérios
diagnósticos da síndrome, o hiperandrogenismo pode ser clínico e/ou laboratorial. O critério ultrassonográfico padronizado, segundo as novas recomendações da
ASRM/ESHRE de 2018, inclui a presença de 20 ou mais folículos com diâmetro médio de 2 a 9 mm e/ou volume ovariano total maior ou igual 10 cm³, em um ou ambos os
ovários. Dois dos três critérios de SOP já são suficientes para realizar o diagnóstico. Portanto, a confirmação laboratorial de hiperandrogenismo e a identificação de
ovários policísticos à ultrassonografia não são obrigatórios. Afirmativa II: correta. Em pacientes que não desejam gestar, a primeira opção de tratamento da disfunção
menstrual inclui os progestágenos. Os principais objetivos são: induzir ciclos menstruais regulares, auxiliar no tratamento do hiperandrogenismo e proteger o endométrio
do efeito proliferativo estrogênico. Afirmativa III: incorreta. Metanálises com uso da metformina na SOP mostraram resultados positivos na ocorrência de ovulação. No
entanto, segundo a referência do concurso, estudos maiores sugeriram que a taxa de nascidos vivos apenas com metformina é menor do que a alcançada com
clomifeno. Portanto, a indução da ovulação com citrato de clomifeno é mais efetiva. Dessa forma, apenas a afirmativa II está correta. Resposta: letra B.

180 - 2022 HEVV

» As cardiopatias são uma das principais causas de morbimortalidade materna na gestação. A OMS propôs uma classificação que mostra, em ordem crescente, o risco
materno ao engravidar. As pacientes cardiopatas incluídas no risco III e IV apresentam, respectivamente, risco alto e muito alto de eventos cardiovasculares na gestação.
O termo "LARC" corresponde aos métodos contraceptivos reversíveis de longa duração e inclui o DIU de cobre, sistema intrauterino (SIU) liberador de levonorgestrel e
implante hormonal subdérmico. Essa questão pede as razões para os LARC estarem indicados para as pacientes cardiopatas. Vamos analisar cada uma das afirmativas:
Afirmativa I: correta. São métodos de longa duração que não dependem da lembrança diária da paciente. Afirmativa II: correta. Como não dependem da lembrança
diária da paciente, possuem menor índice de falha. Afirmativa III: correta. O DIU de cobre é um método não hormonal, enquanto o SIU liberador de levonorgestrel e o
implante hormonal subdérmico são métodos de progesterona isolada. Pacientes cardiopatas possuem contraindicação ao uso de estrogênio. Portanto, as três razões
estão corretas. Resposta: letra D.

181 - 2022 COC

» Essa questão descreve uma paciente com 38 anos apresentando quadro de amenorreia secundária há seis meses, iniciada após curetagem uterina. Excluída a
possibilidade de gestação, foi realizado teste da progesterona, mas a paciente não apresentou sangramento, o que exclui a anovulação como causa da amenorreia;
então a letra A está incorreta. Posteriormente foi realizado teste do estrogênio + progesterona e a paciente menstruou, o que exclui as causas uterovaginais para a
amenorreia, como a síndrome de Asherman; então a letra B está incorreta. Como o teste do estrogênio foi positivo, deve ser investigado o eixo hipotálamo-hipófise-
gonádico. Como a dosagem de FSH está elevada (> 20 mUI/ml), indica que há integridade do eixo hipotálamo-hipofisário, e não está ocorrendo produção adequada dos
hormônios ovarianos, devido a alguma alteração ovariana. É um hipogonadismo hipergonadotrófico. Podemos então excluir as letras D e E. A principal hipótese
diagnóstica é, portanto, de menopausa precoce. Resposta: letra C.

182 - 2022 PUC - RS

» A questão descreve uma paciente de 34 anos que deseja iniciar contracepção hormonal com o anel vaginal. Vamos analisar as alternativas sobre o caso: Letra A:
incorreta. O período recomendado para a permanência do anel na vaginal é de 21 dias, devendo ser retirado a seguir. Após uma pausa de sete dias, um novo anel deve
ser colocado novamente. Letra B: incorreta. O anel vaginal é um método hormonal combinado com liberação diária de 120 mcg de etonogestrel e 15 mcg de
etinilestradiol durante três semanas. Nesse caso, a paciente não apresenta nenhuma contraindicação ao método. Letra C: correta. Não é necessário retirar o anel
durante a relação sexual. Caso a paciente prefira retirar o contraceptivo, o mesmo deve ser reintroduzido em no máximo três horas para que não haja perda da eficácia.
Letra D: incorreta. Uma das vantagens do anel vaginal é a facilidade de uso, sendo inserido e retirado pela própria paciente. Resposta: letra C.

183 - 2022 UNIRG

» Estamos diante de uma paciente de 17 anos com amenorreia primária. Ao exame físico, podemos observar baixa estatura, ausência de caracteres secundários,
hipertelorismo mamário, pescoço alado e cubitus valgus. O diagnóstico mais provável é a síndrome de Turner. Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. A
paciente apresenta amenorreia primária associada aos estigmas clássicos da síndrome de Turner, principal causa de disgenesia gonadal. Letra B: incorreta. Devemos
solicitar o cariótipo na investigação das amenorreias hipergonadotróficas. No entanto, a síndrome de Morris é caracterizada pela insensibilidade periférica aos
androgênios em indivíduos com genótipo masculino (46, XY). Letra C: incorreta. A agenesia mülleriana ou síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser inclui uma série
de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos paramesonéfricos, resultando em útero rudimentar associado à agenesia de vagina. Letra D:
incorreta. A síndrome dos ovários policísticos é causa de amenorreia secundária, e não primária. Resposta: letra A.

184 - 2022 UNCISAL

» Essa questão, que acabou anulada, pedia a alternativa incorreta em relação aos métodos contraceptivos. Vamos a elas: Letra A: correta. Os métodos de progestogênio
isolados são os métodos de escolha em pacientes em aleitamento até seis meses pós-parto. Letra B: correta. Os métodos combinados são contraindicados em pacientes
hipertensas, mesmo controladas. Letra C: correta. O uso de DIU não oferece proteção contra ISTs. Letra D: correta. O uso de anticonvulsivantes como fenitoína,
carbamazepina, barbitúricos, primidona, topiramato e oxcarbamazepina pode reduzia a eficácia de ACO. Letra E: correta. A contracepção de emergência pode ser
realizada até cinco dias da relação, preferivelmente nas primeiras 72 horas. Como todas as alternativas eram corretas, a questão anulada.
185 - 2022 UNIRG

» Questão sobre os métodos contraceptivos hormonais. Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O Índice de Pearl é definido como o número de gestações por
100 mulheres por ano de exposição ao método contraceptivo. O implante subdérmico apresenta índice de Pearl de 0,05. Já o SIU-LNG possui um índice de 0,2, ou seja,
maior. Letra B: correta. As pílulas combinadas podem ser classificadas de acordo com as variações na concentração hormonal em monofásicas, bifásicas e trifásicas.
Letra C: incorreta. O implante subdérmico é um anticoncepcional de progestagênio constituído que contém 68 mg de etonogestrel (derivado do desogestrel). Letra D:
incorreta. Uma das vantagens do anel vaginal é a ausência do metabolismo de primeira passagem hepática. Resposta: letra B.

186 - 2022 SCMM

» São efeitos benéficos não contraceptivos do uso dos anticoncepcionais combinados orais (ACO): regulariza o ciclo menstrual, diminui o fluxo menstrual, melhora a
síndrome pré-menstrual, melhora a dismenorreia, melhora a acne e hirsutismo, previne o aparecimento de cistos ovarianos, reduz o risco de câncer de ovário e
endométrio, diminui o risco de DIP (50%), gravidez ectópica e miomatose, aumentam a densidade óssea e melhoram a artrite reumatoide. Portanto, a única alternativa
que não representa um benefício não contraceptivo do uso dos ACO é a prevenção ao câncer de mama. Resposta: letra A.

187 - 2022 HEVV

» Essa questão pede a alternativa que corresponde a contraindicação absoluta (categoria 4) aos métodos anticoncepcionais hormonais orais e IM. Vamos analisar cada
uma delas: Letra A: incorreta. Paciente tabagista com mais de 35 anos que fume mais de 15 cigarros por dia possui contraindicação absoluta (categoria 4) aos métodos
combinados. Porém, não apresenta contraindicação aos métodos de progestogênio isolado, como a pílula de desogestrel e o injetável trimestral (categoria 1). Letra B:
correta. Câncer de mama atual é contraindicação absoluta a qualquer método hormonal, inclusive para o sistema intrauterino (SIU) liberador de levonorgestrel. Letra C:
incorreta. Diabetes há mais de 20 anos é contraindicação absoluta (categoria 4) aos métodos combinados e contraindicação relativa (categoria 3) ao injetável de
progesterona. Já a pílula oral de progesterona é classificada como categoria 2 para essas mulheres. Letra D: incorreta. Para mulheres hipertensas com PAS entre 140 e
159 e PAD entre 90 e 99, os métodos combinados são classificados como categoria 3; já os métodos de progestogênio isolado não possuem contraindicação. Resposta:
letra B.

188 - 2022 HSD - MA

» Vamos analisar as afirmativas sobre a síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser: Letra A: incorreta. A agenesia mülleriana ou síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-
Hauser inclui uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos paramesonéfricos ou ductos de Müller. Letra B: incorreta. A síndrome é
caracterizada por malformação mülleriana, sem associação com alteração cromossômica. Letra C: correta. O achado clássico inclui ausência de útero, trompas e 2/3
superiores da vagina. Letra D: incorreta. Os ovários são normais, o que explica o desenvolvimento sexual secundário completo. Letra E: incorreta. A ausência de
genitália interna feminina influencia diretamente na fertilidade. Resposta: letra C.

189 - 2022 HV - AL

» A síndrome de Asherman é definida pela presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia, geralmente causando amenorreia secundária.
As curetagens uterinas excessivas ou repetidas, processos inflamatórios (doença inflamatória pélvica grave ou endometrite tuberculosa), substâncias cáusticas e outras
cirurgias uterinas (partos laboriosos, extração manual da placenta) podem causar a síndrome, que também é causa de infertilidade. A origem da amenorreia não é
obstrutiva e geralmente ocorre pela falha do crescimento endometrial. Contudo, a presença de sinéquias no nível do orifício interno pode contribuir para o processo.
Portanto, a síndrome possui origem uterina. Resposta: letra A.

190 - 2022 SESAP

» A questão descreve uma mulher jovem com humor deprimido, anedonia e irritabilidade. O enunciado nos fornece um dado importante: os sintomas são cíclicos,
associados a um período específico do mês. Vamos analisar as alternativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. O transtorno dismórfico corporal
envolve um foco obsessivo em um defeito que a pessoa considera ter na própria aparência. Letra B: correta. Estamos diante de um quadro de transtorno disfórico pré-
menstrual (TDPM). O TDPM é caracterizado pela perda da capacidade funcional em decorrência de alterações psicossomáticas e de humor recorrentes e relacionadas a
segunda fase do ciclo menstrual. O principal fator que aponta para o diagnóstico é a interferência nas atividades diárias e nas relações interpessoais, como no caso em
questão. Letras C e D: incorretas. A ansiedade generalizada e a ciclotimia são distúrbios do humor que não possuem a característica cíclica, ou seja, não há relato de
melhora ou piora súbita. Resposta: letra B.

191 - 2022 SMS - JP

» Estamos diante de uma mulher jovem, sem comorbidades, com quadro de amenorreia secundária. O enunciado nos fornece um dado importante: a paciente irá prestar
provas para ingressar na faculdade e está focada nos estudos. Vamos analisar as alternativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: correta. Mulheres em
situações de estresse podem apresentar amenorreia de origem hipotalâmica. A fisiopatologia inclui alterações na regulação da liberação pulsátil de GnRH. Letra B:
incorreta. Não há relato de sintomas vasomotores associados ao quadro de amenorreia para pensarmos em menopausa precoce. Letra C: incorreta. Na síndrome dos
ovários policísticos, esperaríamos encontrar irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários com aspecto micropolicístico à
ultrassonografia. Letra D: incorreta. A síndrome de Sheehan resulta da necrose hipofisária secundária à isquemia local. As pacientes geralmente relatam episódio de
hemorragia pós-parto e ausência de lactação. Resposta: letra A.

192 - 2022 UEM

» Essa questão descreve uma paciente de 17 anos apresentando quadro de amenorreia primária, ausência de caracteres sexuais secundários (mamas pouco
desenvolvidas) e FSH baixo. Diante dessas informações, devemos pensar em causas hipofisárias ou hipotalâmicas, as quais poderiam ser diferenciadas pelo teste GnRH.
Sendo assim, dentre as alternativas apresentadas, um diagnóstico possível para esta paciente seria o tumor hipotalâmico. A síndrome de Turner é a disgenesia gonadal
mais comum. Na disgenesia gonadal ocorre amenorreia primária sem desenvolvimento sexual secundário (hipogonadismo), mas com elevação das gonadotrofinas. Na
insensibilidade aos androgênios, o indivíduo é 46XY, ou seja, do sexo masculino, que, devido a um defeito genético nos receptores de androgênios, não é capaz de
apresentar efeitos clínicos dos androgênios, o que leva à ausência de desenvolvimento da genitália externa masculina e dos caracteres sexuais masculinos. Há aumento
do LH e o FSH encontra-se normal a elevado. O útero, as tubas e os ovários são ausentes. A síndrome de Savage é determinada pela resistência à ação das
gonadotrofinas ou ausência dos receptores ovarianos. Pode ser primária ou adquirida. Nos casos primários da síndrome, não há desenvolvimento dos caracteres sexuais
secundários. Nos casos adquiridos, o desenvolvimento é normal ou infantil dependendo da época de manifestação do quadro. Não há o feedback negativo exercido pelos
produtos de síntese ovariana (não há síntese ovariana) e, portanto, as gonadotrofinas encontram-se aumentadas. É diagnóstico diferencial com a insuficiência ovariana.
Já a insuficiência ovariana, dependendo da época em que se manifesta, pode determinar amenorreia primária ou secundária. É determinada pela aceleração do processo
de destruição folicular, acarretando ovários hipotróficos com folículos escassos. FSH também se encontra elevado. Resposta: letra C.
193 - 2022 CERMAM

» Essa questão descreve uma mulher com desejo de contracepção. Devemos lembrar que a enxaqueca com aura, a sídrome antifosfolipide e a hipertensão arterial são
contraindicações ao uso de qualquer método combinado, então já podemos excluir as alternativas A, B e C. Em relação ao dispositivo intrauterino (DIU), que foi o
gabarito da questão, devemos fazer a ressalva que a síndrome antifosfolipide corresponde a uma contraindicação relativa ao DIU hormonal (categoria 3). Então, o
método a ser indicado para esta paciente seria o DIU de cobre. A letra D não especifica que seria dispositivo intrauterino de cobre, entretanto, foi considerada o gabarito
da questão. Resposta: letra D.

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194 - 2022 CERMAM

» Essa questão descreve uma paciente de 35 anos com desejo de gestação. O hormônio a ser solicitado na fase inicial do ciclo menstrual é o FSH, o qual eleva-se já no
final do ciclo anterior (período pré-menstrual) e é responsável por estimular o recrutamento e o crescimento dos folículos ovarianos e a seleção para dominância até que
o óvulo esteja maduro para ser fecundado. O FSH pode ser um marcador da reserva folicular ovariana, ou seja, quanto maior a concentração de FSH na fase folicular
inicial, pior a qualidade dos folículos ovarianos, pois menor é a produção de inibina. No período pré-ovulatório, o hormônio a ser solicitado é o LH, que é o marcador
fisiológico da ovulação. Com a elevação do estradiol no meio do ciclo, há aumento da liberação do LH, cujo pico é no meio do ciclo. Já na fase lútea, o hormônio a ser
solicitado é a progesterona. A progesterona possui níveis séricos baixos na fase folicular com aumento no dia do pico de LH. Apresenta elevação importante na fase
lútea, sendo o principal produto do corpo lúteo. Com essas dosagens hormonais há a possibilidade de avaliar a reserva ovariana e a ocorrência da ovulação. Resposta:
letra C.

195 - 2022 SES - PB

» Questão sobre anovulação crônica. Essa patologia está, muitas das vezes, associada à resistência insulínica aumentada, com consequente redução da glicodelina e
IGFBP-1, proteínas secretadas pelo endométrio, que influenciam na implantação embrionária. Resposta: letra C.

196 - 2022 HNSC

» Essa questão descreve uma paciente com quadro de amenorreia secundária, entretanto, não menciona sua idade. Também não foi mencionado a exclusão da
possibilidade de gestação, que é a principal hipótese diagnóstica em paciente no menacme apresentando amenorreia. Ela apresenta TSH e prolactina normais, o que
exclui hipotireoidismo e hiperprolactinemia. Níveis normais ou diminuídos de gonadotrofinas justificam o rastreio de tumores do SNC através de exames de imagem.
Atualmente, o método de imagem de eleição é a ressonância magnética. O exame realizado se mostrou normal. Dentre as alternativas apresentadas nessa questão, a
melhor resposta seria anorexia nervosa. A anorexia nervosa, além dos tumores hipofisários e hipotalâmicos, também pode cursar com níveis pré-púberes de
gonadotrofinas. A síndrome de Turner é a principal causa de disgenesia gonadal, cursando com amenorreia primária. A questão não forneceu mais informações para o
diagnóstico de síndrome dos ovários policísticos (SOP). A SOP costuma cursar com FSH normal ou diminuído, como é o caso da paciente; entretanto, cursa com aumento
dos estrógenos (principalmente estrona). A vasculite diabética não seria causa de amenorreia secundária. Portanto, apesar de ser uma questão confusa, com poucas
informações no enunciado, dentre as alternativas apresentadas, a letra D seria a melhor opção de resposta. Resposta: letra D.

197 - 2022 UEM

» Essa questão pede a alternativa correta em relação aos anticoncepcionais combinados orais. Vamos a elas: Letra A: incorreta. A Ciproterona tem o mais potente efeito
antiandrogênico. Letra B: incorreta. O Levonorgestrel é derivado da 19-nortestosterona (testosterona), mas tem menor efeito androgênico. Letra C: incorreta. A
sensação de ganho de peso pode ocorrer por retenção hídrica, principalmente nos primeiros três meses de uso; o que se corrige após esse período. Não é possível culpar
o ACO por um ganho superior a 2 kg. Letra D: correta. A Drospirenona é derivado da espironolactona e possui ação antimineralocorticoide e antiandrogênica. Letra E:
incorreta. Quanto maior a dose de estrógenos, maior a ocorrência de efeitos colaterais e riscos trombogênicos, pois o principal fator de risco para trombose é o
componente estrogênico. Resposta: letra D.

198 - 2022 CERMAM

» Essa questão pede a alternativa que apresenta causas de amenorreia primária com genitália externa normal e hipogonadismo hipogonadotrófico. Vamos a elas: Letra A:
correta. O atraso constitucional manifesta-se por hipogonadismo hipogonadotrófico. Os níveis de GnRH são funcionalmente deficientes em relação à idade cronológica e
estão associados a um retardo no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (puberdade tardia); há amenorreia primária. A síndrome de Kallman está
presente em cerca de 50% dos casos de hipogonadismo hipogonadotrófico sem causa aparente que cursam com amenorreia primária.Ela ocorre por falha na migração
das células neuronais olfatórias e das células produtoras de GnRH (derivadas dos placoides olfativos) do epitélio nasal da placa cribiforme do nariz até a área pré-óptica e
hipotalâmica durante a embriogênese e consiste na tríade de anosmia (agenesia do bulbo olfatório) ou hiposmia, hipogonadismo hipogonadotrófico e cegueira para
cores. Já no hipotireoidismo, a redução primária nos níveis circulantes de hormônios da tireoide provoca aumento compensatório no hormônio hipotalâmico liberador da
tireotrofina (TRH). Como parte do eixo da tireoide, o TRH aumenta o TSH, estimulando os tireotrofos hipofisários. Além disso, o TRH liga-se também aos lactotrofos
hipofisários, aumentando a secreção de prolactina. O aumento da prolactina circulante resulta em aumento compensatório da dopamina central, o principal inibidor da
secreção de prolactina. O aumento nos níveis centrais da dopamina altera a secreção de GnRH, rompendo, consequentemente, a secreção gonadotrófica cíclica normal e
impedindo a ovulação. Letra B: incorreta. A síndrome de Turner corresponde à principal causa de disgenesia gonadal. Na disgenesia gonadal, há ausência de células
germinativas nas gônadas, levando a altos níveis de gonadotrofinas (hipogonadismo hipergonadotrófico). Aproximadamente 25% das mulheres com disgenesia gonadal
apresentam cariótipo em mosaico, sendo o mais comum o 45X0/46XX. Letra C: incorreta. A deficiência de 17 alfa hidroxilase é causa de amenorreia gonadal, cursando
com hipogonadismo hipergonadotrófico. O mosaicismo foi explicado na alternativa B. Letra D: incorreta. A síndrome de Turner cursa com hipogonadismo
hipergonadotrófico. Resposta: letra A.

199 - 2022 UEVA

» Estamos diante de uma paciente de 23 anos, com irregularidade menstrual e sinais clínicos de hiperandrogenismo, que deseja engravidar. A ultrassonografia revelou a
presença de ovários de aspecto policístico (20 ou mais folículos com diâmetro médio de 2 a 9 mm e/ou volume ovariano total maior ou igual 10 cm³, em um ou ambos os
ovários). A nossa principal hipótese diagnóstica é a síndrome dos ovários policísticos (SOP), uma vez que a paciente apresenta os três critérios de Rotterdam. Vamos
analisar as afirmativas sobre o caso: Letra A: incorreta. A avaliação mais precoce da infertilidade está indicada em pacientes com história de oligomenorreia. Letra B:
incorreta. Diante de uma paciente com diagnóstico de SOP e desejo de gestação, o uso de indutores de ovulação é uma opção terapêutica. Letra C: incorreta. Para o
restabelecimento da fertilidade, medidas como mudanças do estilo de vida e uso de fármacos indutores da ovulação são eficazes. Letra D: correta. A metformina é um
medicamento que atua na resistência insulínica. Em virtude da associação entre SOP e síndrome metabólica, foram realizados estudos para avaliar a metformina como
agente adequado para indução da ovulação. Tais estudos mostraram resultados positivos na ocorrência da ovulação. Sendo assim, o uso de metformina pode sim auxiliar
no retorno dos ciclos ovulatórios. Resposta: letra D.
200 - 2022 SES - PB

» A questão sobre planejamento familiar e o uso de dispositivo intrauterino (DIU). O principal mecanismo de ação do DIU consiste na reação de corpo estranho, dificultando
a implantação devido à reação inflamatória crônica endometrial. A presença de cobre no muco cervical também atua na diminuição da motilidade e viabilidade dos
espermatozoides. Em puérperas, pode ser inserido em até 48 horas do parto, inclusive imediatamente após a dequitação placentária, apesar de existir maior risco de
expulsão do dispositivo nesse período. Durante a inserção do dispositivo, o uso de antibióticos geralmente não é recomendado. A síndrome vaso-vagal é uma
complicação rara associada à inserção do DIU. O quadro é caracterizado por bradicardia, náuseas, vômitos e sudorese. Em relação aos critérios de elegibilidade, tanto a
nuliparidade quanto a história prévia de gravidez ectópica não são consideradas contraindicações ao método.

201 - 2022 SCMGO

» Questão direta que seja saber qual é o progestágeno que possui maior atividade antiandrogênica. Os progestágenos presentes nos anticoncepcionais combinados orais
podem ser classificados de acordo com a sua atividade androgênica. Em ordem crescente, do menos androgênico (ou mais antiandrogênico) até o mais androgênico,
temos: ciproterona, drospirenona, clormadinona, acetato de medroxiprogesterona, dienogeste, desogestrel, gestodeno, etonogestrel levonorgestrel, norgestrel e
noretisterona. Portanto, a ciproterona é o progestágeno que apresenta maior atividade antiandrogênica. Resposta: letra D.

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202 - 2022 HEDA

» Somos questionados a respeito do contraceptivo hormonal que deve ser prescrito em paciente no puerpério e em aleitamento materno. Antes de discutir as afirmativas,
vamos nos lembrar da definição de puerpério: período de tempo de quatro a oito semanas que se inicia após o parto. Portanto, é sobre a anticoncepção nesse período
que estamos discutindo. Agora, vamos às alternativas. Letra A: correta. Nas pacientes em aleitamento materno até 6 meses após o parto, período que engloba o
puerpério, os métodos isolados de progesterona são categoria 1, ou seja, podem ser usados sem restrições. Letra B: incorreta. Não há anticoncepção composta apenas
por estrogênios. Lembre-se que a ação contraceptiva, de inibição de ovulação é feita pela progesterona. Letra C: incorreta. Nas pacientes em aleitamento materno até 6
meses após o parto, os métodos combinados são categoria 3, ou seja, não é recomendável o uso do método. Letra D: incorreta. Os contraceptivos contendo
progesterona isoladamente e os dispositivos intrauterinos são opções contraceptivas hormonais durante o aleitamento. Letra E: incorreta. Os métodos combinados,
contendo estrogênio e progesterona, não devem ser usados durante o puerpério e o aleitamento, uma vez que são categoria 3. Resposta: letra A.

203 - 2022 SCMGO

» Questão direta sobre a contracepção de emergência. A contracepção de emergência deve ser realizada preferencialmente com o método de levonorgestrel, na dose total
de 1,5 mg. É considerada a opção de escolha por ser mais eficaz, possuir menos efeitos colaterais, conferir comodidade posológica (dose única) e não interagir com os
antirretrovirais. A recomendação é utilizar o método até o 5º dia do ato sexual desprotegido, idealmente nos três primeiros dias. O método de Yuzpe consiste na
administração de pílulas combinadas. A dose total necessária inclui 0,2 mg de etinilestradiol e 1 mg de levonorgestrel, divididas em duas doses iguais, com intervalo de
12 horas. Vale lembrar que o uso de levonorgestrel apresentou menor incidência de gestações quando comparado ao método de Yuzpe. Resposta: letra C.

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204 - 2022 HNSC

» Vamos avaliar cada uma das afirmativas sobre uso de anticoncepcional oral, em busca da correta. Afirmativa I: correta. Pílulas combinadas com concentrações baixas de
estrogênio podem ter como queixa o escape menstrual. Afirmativa II: correta. A associação do etinilestradiol com o levonorgestrel é mais eficaz em diminuir o spotting
(sangramento irregular) quando comparado a noretindrona. Afirmativa III: correta. Tendo como base sempre o etinilestradiol 20 mcg, a progesterona a ser conjugada ao
estrogênio é essencial em relação ao controle do ciclo menstrual, visto que é a progesterona quem age com objetivo contraceptivo. Todas as afirmativas estão corretas.
Resposta: letra D.

205 - 2022 REVALIDA INEP

» Temos uma paciente multigesta (2 partos normais) e usuária de anticonvulsivante, que se queixa de sangramentos intermenstruais após mudança de anticoncepcional
combinado oral (ACO). Ela utilizava um ACO que apresentava 35 mcg de etinilestradiol, associado à ciproterona, e trocou para outro que apresentava 20 mcg de
etinilestradiol associado ao gestodeno. Com base nesse quadro clínico, a questão deseja saber qual orientação que deve ser dada à paciente para corrigir o problema.
Antes de respondê-la, vamos “amarrar” um conceito importante: os sangramentos de escape estão muito associados à atrofia endometrial pelo componente
progestogênico, que predomina sobre o estímulo estrogênico para proliferação endometrial. Se reduzirmos a dose de estrogênio, reduzimos também o estímulo
proliferativo sobre o endométrio, favorecendo ainda mais a atrofia. Agora sim, vamos às alternativas: Letra A: incorreta, pois nem os anti-inflamatórios e nem os
antifibrinolíticos devem ser cogitados para um sangramento de escape. O uso de anti-inflamatórios não está indicado rotineiramente pelos seus efeitos gastrointestinais
e pelas repercussões na função renal em médio e longo prazo. Já os antifibrinolíticos só devem ser considerados nos sangramentos uterinos anormais moderados a
intensos, sobretudo naquelas pacientes em que o tratamento hormonal não é apropriado. Letras B e D: incorretas, pois se trata de uma paciente com epilepsia em uso
de fenitoína, que constitui uma contraindicação relativa ao uso de ACO (categoria 3). Convém lembrar que existe uma interação medicamentosa conhecida entre esses
medicamentos, com redução da absorção e, consequentemente, da eficácia contraceptiva. Letra C: correta, pois, de fato, o DIU realmente não constitui uma
contraindicação em pacientes em uso de fenitoína e consiste na melhor opção contraceptiva para a nossa paciente (categoria 1). Resposta: letra C.

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206 - 2022 UEL

» Vamos analisar cada uma das afirmativas em relação aos implantes anticoncepcionais contendo etonogestrel: Afirmativa 1: falsa. O implante possui índice de Pearl de
0,05; enquanto o DIU de cobre possui índice de Pearl de 0,6 e o SIU de levonorgestrel de 0,2. Afirmativa 2: falsa. A inserção é ambulatorial, após realização de pequeno
botão anestésico. Complicações não são frequentes. Afirmativa 3: verdadeira. É um método de alta eficácia e com ação comprovada por até 3 anos. Não há
contraindicação em pacientes nuligestas. Afirmativa 4: verdadeira. É categoria 2 para pacientes que estão amamentando com menos de 6 semanas pós-parto. Afirmativa
5: verdadeira. 40% das pacientes apresentam amenorreia após um ano; entretanto, a presença de sangramento uterino anormal é a principal causa de não adaptação
ao método. Resposta: letra E.
207 - 2022 HEDA

» Estamos diante de uma mulher de 27 anos com amenorreia secundária. O enunciado nos forneceu um dado importante: a paciente pratica exercício físico intenso.
Vamos analisar as alternativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. O hipogonadismo hipergonadotrófico é caracterizado por níveis elevados de
gonadotrofinas, indicando insuficiência gonadal. Nesse caso, temos níveis séricos de FSH e LH reduzidos. Letra B: incorreta. A síndrome de Sheehan resulta da necrose
hipofisária secundária à isquemica local. As pacientes geralmente relatam episódio de hemorragia pós-parto e ausência de lactação. Letra C: incorreta. Na síndrome dos
ovários policísticos, esperaríamos encontrar irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários com aspecto micropolicístico à
ultrassonografia. Letra D: incorreta. No hipotireoidismo, o aumento do TSH resulta em hiperprolactinemia, causando amenorreia por inibição da secreção hipotalâmica de
GnRH. Nesse caso, os níveis de prolactina estão normais. Letra E: correta. No hipogonadismo hipogonadotrófico esperamos encontrar níveis reduzidos de gonadotrofinas,
como consequência de uma disfunção no hipotálamo ou na hipófise. Vale lembrar que a atividade física extenuante pode causar amenorreia. A fisiopatologia inclui
alterações na regulação da liberação pulsátil de GnRH. Resposta: letra E.

208 - 2022 HCMT

» O método de Ogino-Knaus (ritmo, calendário ou tabelinha) consiste na abstenção das relações sexuais entre o primeiro e o último dia fértil, calculado pelo método
estatístico de probabilidade de Ogino-Knaus. Antes de usar esse método, a mulher deve registrar o número de dias de cada ciclo menstrual durante, pelo menos, 6
meses. O primeiro dia da menstruação é sempre o dia número um. A mulher subtrai 18 da duração do seu ciclo mais curto estimando, assim, o primeiro dia do seu
período fértil. Em seguida, ela subtrai 11 dias da duração do seu ciclo mais longo, que corresponde ao último dia de seu período fértil. O casal deve evitar relações
durante este período.A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA. Vamos a elas:- Letra A: correta. 28 - 18 = 10 e 32 - 11 = 21. Dessa forma o casal deve abster-
se de relações entre o 10º e o 21º dias do ciclo menstrual.- Letras B e C: incorretas. Conforme explicitado acima, o cálculo deve ser realizado da forma exemplificada. -
Letra D: incorreta. Em geral, mulheres com ciclos com variações de mais de 6 dias não devem usar este método.Resposta: letra A.

209 - 2022 CEP - SE

» Segundo os critérios de elegibilidade da OMS, a única alternativa que não representa contraindicação absoluta ao uso de contraceptivo horal combinado é a letra B. Para
pacientes com diabetes sem doença vascular, o uso de anticoncepcionais combinados orais (ACO) é considerado categoria 2. Para pacientes com câncer de mama atual,
hepatite C ativa, história atual de TVP em anticoagulação e enxaqueca com aura, o uso de ACO é considerado categoria 4. Resposta: letra B.

210 - 2022 SCMCG

» Estamos diante de uma mulher de 28 anos, com ciclos ovulatórios de 26 dias, que deseja saber em qual dia do ciclo menstrual ocorre a ovulação. Para calcularmos o dia
da ovulação, devemos lembrar que a fase lútea tem duração fixa de 14 dias. Sendo assim, o que varia entre diferentes indivíduos é a fase folicular, que pode ser maior
ou menor dependendo do tempo que o folículo leva para se desenvolver e ovular. Dessa forma, em uma paciente com ciclos menstruais regulares de 26 dias e fase lútea
fixa de 14 dias, podemos concluir que a fase folicular tem duração de 12 dias. Portanto, a ovulação ocorre no 12º dia do ciclo menstrual.Resposta: letra B.

211 - 2022 ICEPI

» A questão deseja saber quais condições são consideradas contraindicações absolutas à contracepção hormonal. De acordo com os critérios de elegibilidade da OMS,
pacientes com história prévia ou atual de tromboembolismo venoso, doença cardíaca isquêmica atual ou passada, câncer de mama atual e a presença de múltiplos
fatores de risco para doença cardiovascular (como a hiperlipidemia) são considerados categoria 4 para o uso de contraceptivos hormonais combinados. Portanto, todas
as afirmativas representam uma contraindicação absoluta ao método. Resposta: letra E.

212 - 2022 REVALIDA INEP

» A questão deseja saber qual método contraceptivo é o mais indicado para um casal soropositivo para HIV, que iniciou relacionamento há um mês. A primeira coisa que
devemos pensar é que não há nenhum método contraceptivo contraindicado pelo HIV, por si só. A segunda coisa é que, independentemente de escolhermos um método
reversível ou irreversível, não podemos abrir mão do uso do preservativo. Isso porque ele é imprescindível para a prevenção de outras infecções sexualmente
transmissíveis e da superinfecção pelo HIV, que é a aquisição de uma cepa viral diferente, podendo levar à resistência a alguns antirretrovirais e dificultar o tratamento.
Percebemos, portanto, que as nossas opções de resposta são apenas as letras A e B. Vamos relembrar que, para realização da laqueadura tubária, a paciente deve ser
maior de 25 anos ou ter mais de dois filhos vivos. A nossa paciente em questão, portanto, não preenche os critérios para realização de laqueadura tubária mesmo que
manifestasse o desejo de esterilização cirúrgica. A melhor opção para essa paciente é o uso de anticoncepcional hormonal associado ao preservativo. Resposta: letra B.

213 - 2022 FHSTE

» Essa questão descreve uma paciente de 30 anos, nuligesta, hipertensa controlada, que deseja um método contraceptivo. Segundo os critérios de elegibilidade da OMS,
os métodos combinados são consiedrados categoria 3 para pacientes hipertensas controladas em que a PA pode ser avaliada. Sendo assim, podemos excluir as
alternativas B, C e D. Em relação ao DIU de levonorgestrel, pelos critérios de elegibilidade da OMS, ele é considerado categoria 1 para pacientes hipertensas
controladas, entretanto é categoria 2 para pacientes nulíparas. Como a questão pede o método considerado categoria 1 e o enunciado informa que a paciente é
nulípara, nenhuma alternativa estaria correta. Entretanto, a banca considerou como gabarito a letra A, provavelmente por considerar somente a hipertensão controlada.
Resposta da banca: letra A.

214 - 2022 SCMCG

» Questão direta que deseja saber qual método contraceptivo possui eficácia superior à laqueadura tubária bilateral. O índice de Pearl é considerado pela OMS como o
principal avaliador de eficácia dos anticoncepcionais. O índice avalia o número de falhas, ou seja, o número de gestações que ocorreram com a utilização do método ao
fim de um ano, em 100 mulheres. Dessa forma, quanto menor o índice de Pearl, maior é a eficácia contraceptiva. O implante subdérmico de etonogestrel apresenta
índice de Pearl de 0,05, sendo considerado mais eficaz do que a laqueadura tubária, que possui um índice de Pearl de 0,5. Já a taxa de falha dos anticoncepcionais orais
(combinados ou de progestágeno isolado) é de 9 considerando o uso típico e 0,3 em condições ideais. O DIU de cobre possui taxas de falha em uso típico e perfeito,
respectivamente, de 0,8 e 0,6. Por fim, o sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) apresenta taxa de falha de 0,2 (tanto para uso típico quanto perfeito).
Portanto, assim como o implante subdérmico, a eficácia também é superior à laqueadura tubária. Perceba que o enunciado não questiona sobre o método de maior
eficácia, e sim qual é superior à laqueadura. Sendo assim, podemos concluir que a questão apresenta duas alternativas corretas entre as opções de resposta. O gabarito
liberado pela banca foi implante de etonogestrel, mas a questão merecia ter sido anulada.
215 - 2022 HEDA

» A síndrome que possui todas as características descritas neste enunciado é disgenesia gonadal pura 46XX. É uma condição autossômica recessiva, sendo que a maioria
dos afetados tem estatura normal e não apresenta as anomalias somáticas descritas na síndrome de Turner. É comum a ocorrência de surdez. A forma com surdez é
denominada de síndrome de Perrault, entidade que se distingue pela presença de disgenesia gonadal e surdez neurossensorial nas mulheres homozigotas. Desde os
primeiros relatos, várias manifestações neurológicas também têm sido descritas, dentre as quais ataxia, diplegia espástica, epilepsia e nistagmo, além de retardo
mental, porém com distribuição bastante variável. A disgenesia gonadal pura 46XX em geral é diagnosticada por amenorréia primária e atraso no desenvolvimento de
caracteres sexuais secundários, em indivíduos com cariótipo 46,XX, fenótipo feminino normal, presença de genitalia interna feminina (útero, trompas e porção superior
da vagina), que podem ser um pouco hipoplásicos ou infantis pela falta de estímulo hormonal, além de mamas pouco desenvolvidas. Como as gônadas são disgenéticas,
elas não respondem ao estímulo com FSH e LH, havendo redução na concentração de estrógeno e conseqüente aumento das gonadotrofinas, caracterizando um
hipogonadismo hipergonadotrófico. A disgenesia gonadal pura 46XY corresponde à síndrome de Swyer. Não há associação com síndrome de Perrault. Na síndrome de
Turner há a presença dos estigmas de Turner. Em geral, a disgenesia gonadal mista associa-se ao cariótipo 45,X/ 46,XY, com um espectro fenotípico que varia de
genitais externos femininos a masculinos praticamente normais, passando por diferentes graus de ambigüidade genital, sempre com algum desenvolvimento de
derivados müllerianos e a presença de uma gônada disgenética e um testículo disgenético contra-lateral, ou ainda de testículos disgenéticos bilateralmente, com risco
elevado para o desenvolvimento de neoplasia gonadal. Resposta: letra B.

216 - 2022 SMS - PR

» Questão sobre planejamento familiar. Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A paridade não é um fator determinante na escolha do método contraceptivo. O
DIU de cobre é uma opção para as pacientes nulíparas. Letra B: correta. De acordo com os critérios de elegibilidade da OMS, em pacientes tabagistas acima de 35 anos,
os contraceptivos combinados são consideradas pelo menos categoria 3, ou seja, representam uma contraindicação relativa. Letra C: incorreta. O implante subdérmico
ou implanon é um anticoncepcional de progestagênio que contém 68 mg de etonogestrel apenas (derivado do desogestrel). Letra D: incorreta. O principal fator de risco
para trombose é o componente estrogênico. Esse risco pode ser potencializado em função do progestágeno associado. Resposta: letra B.

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217 - 2022 PUC - PR

» Essa questão descreve uma paciente que utiliza coito interrompido como método contraceptivo. Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao caso: Letra A:
incorreta. A taxa de falha do coito interrompido em seu uso ideal é de 4% e com o uso típico é de 22%. Letra B: correta. A taxa de falha do coito interrompido em seu uso
ideal é de 4%; já a taxa de falha do ACO em seu uso típico é de 9%. Letra C: incorreta. A paciente deve ser orientada sobre a taxa de falha do método, entretanto, cabe a
ela concordar com a troca do método. Letra D: incorreta. A taxa de falha do coito interrompido em seu uso ideal é de 4%. Já a taxa de falha do injetável trimestral em seu
uso típico é de 6%. Letra E: incorreta. A taxa de falha do coito interrompido em seu uso ideal é de 4%. Já a taxa de falha do diafragma em seu uso típico é de 12%.
Resposta: letra B.

218 - 2022 SMS - PR

» A questão deseja saber qual é a afirmativa correta em relação aos métodos contraceptivos combinados. Vamos analisar as opções: Letra A: incorreta. Medicações que
interferem na eficácia dos contraceptivos combinados incluem os anticonvulsivantes, como a fenitoína, a carbamazepina, os barbitúricos, a primidona, o topiramato e a
oxcarbazepina, além da lamotrigina e da rifampicina. Antifúngicos, antibióticos e antiparasitários não têm interação medicamentosa com os contraceptivos combinados
hormonais. Letra B: incorreta. As interações dos antirretrovirais com esteroides contraceptivos são variáveis. Alguns fármacos elevam os níveis plasmáticos de
esteroides, enquanto outros os reduzem. Letra C: incorreta. O uso dos contraceptivos combinados orais é considerado categoria 4 em puérperas com menos de seis
semanas pós-parto em aleitamento. Letra D: correta. Os anticoncepcionais combinados aumentam três a cinco vezes o risco de trombose venosa profunda comparados a
não usuárias do método. Resposta: letra D.

219 - 2022 UEVA

» Estamos diante de uma paciente de 30 anos em amenorreia secundária após curetagem uterina realizada devido à hemorragia puerperal. Vamos analisar as alternativas
sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. A disgenesia gonadal consiste no comprometimento funcional parcial ou completo das gônadas. A principal
causa é a síndrome de Turner, caracterizada por amenorreia primária, baixa estatura e estigmas clássicos. Letra B: incorreta. A síndrome de Sheehan é consequência da
necrose hipofisária secundária à isquemia local. As pacientes geralmente relatam episódio de hemorragia pós-parto e ausência de lactação. Letra C: correta. A síndrome
de Asherman é definida pela presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia. O quadro clínico é caracterizado por amenorreia
secundária após curetagem uterina, conforme descreve o enunciado da questão. Letra D: incorreta. A síndrome de Kallmann é caracterizada por amenorreia
hipotalâmica, anosmia ou hiposmia e cegueira para cores. Resposta: letra C.

220 - 2022 UEM

» Questão nos solicita qual das afirmativas abaixo corresponde a uma contraindicação absoluta ao uso do dispositivo intrauterina (DIU) de cobre, ou seja, qual deles é
classificado como categoria 4 dentre os critérios de elegibilidade- risco de saúde inaceitável caso o método anticoncepcional seja utilizado. Letra A: incorreta. A inserção
de DIU de cobre em pacientes nulíparas é categoria 2, ou seja, o método pode ser utilizado de forma geral. Letra B: incorreta. A inserção de DIU de cobre durante a
amamentação é categoria 1, podendo ser realizado. Vamos revisar um conceito: inserção de DIU após o parto (tanto de cobre quanto de progesterona) em menos de 48
horas é categoria 1; entre 48 horas e 4 semanas após o parto, ambos são categoria 3; após 4 semanas, são categoria 1. Em pacientes amamentando, o DIU de cobre é
categoria 1 e o DIU-Levonorgestrel é categoria 2. Letra C: correta. A doença inflamatória pélvica (DIP) atual é categoria 4 para inserção de DIU de cobre. Duas
observações importantes: - A afirmativa podia ter sido melhor escrita e deixado claro se tratar de DIP atual, uma vez que história de DIP (DIP passada) não é
contraindicação à inserção de DIU; - Lembre-se que a inserção de DIU é categoria 4 nas pacientes com DIP atual, porém, a continuação é categoria 2, não devendo o DIU
ser removido imediatamente. Letra D: incorreta. A inserção de DIU pós-abortamento de primeiro trimestre é categoria 1 e nos de segundo trimestre é categoria 2, ou
seja, são permitidos. A inserção de DIU após abortamento só não é permitido (categoria 4) caso haja abortamento séptico. Letra E: incorreta. Em pacientes com menos
de 20 anos, a inserção de DIU é categoria 2, ou seja, pode ser realizada! O uso de DIU nessas pacientes apresenta maior risco de expulsão, mas, não é contraindicado.
Resposta: letra C.

221 - 2022 ICEPI

» Vamos analisar a afirmativa sobre sobre os anticoncepcionais orais combinados. Entre os benefícios não contraceptivos, podemos citar: tratamento da dismenorreia;
redução do sangramento com melhora dos parâmetros hematimétricos; diminuição da incidência de gestação ectópica, doença mamária benigna e cistos ovarianos
simples; fator de proteção para câncer de ovário e endométrio. Os principais efeitos adversos incluem náuseas, vômitos, mastalgia, irritabilidade e alteração do padrão
de sangramento. Além disso, os anticoncepcionais combinados aumentam o risco de tromboembolismo quando comparados a não usuárias do método. O mecanismo de
ação envolve a inibição do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, resultando em diminuição da produção de estrogênio endógeno e possível impacto no ganho de massa óssea
em adolescentes. Portanto, a afirmativa encontra-se totalmente correta. Resposta: letra D.
222 - 2022 HNSC

» Essa questão descreve uma mulher de 21 anos, com dois filhos, sem comorbidades, com desejo de utilizar o DIU de cobre como método contraceptivo. Segundo os
critérios de elegibilidade da OMS, o DIU de cobre é classificado como categoria 1 para esta paciente. Devemos lembrar que se fosse uma paciente com menos de 20
anos ou nulípara, o DIU de cobre seria considerado categoria 2. Resposta: letra A.

223 - 2022 PMFI

» A questão descreve uma mulher jovem com amenorreia secundária há quatro meses. A paciente nega atividade sexual, o que exclui a hipótese de gravidez. Os exames
laboratoriais e a ultrassonografia transvaginal não revelaram alterações. O enunciado nos forneceu um dado importante: a paciente relata estar muito ansiosa. Vamos
analisar as alternativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: correta. Mulheres em situações de estresse podem apresentar amenorreia. A fisiopatologia inclui
alterações na regulação da liberação pulsátil de GnRH. Letra B: incorreta. A síndrome de Sheehan resulta da necrose hipofisária secundária à isquemica local, podendo
ocorrer em hemorragias pós-parto. Clinicamente, se manifesta com hipopituitarismo. Letra C: incorreta. A insuficiência ovariana prematura é uma síndrome clínica
resultante da perda de atividade ovariana antes dos 40 anos. Nesse caso, teríamos sintomas climatéricos e aumento dos níveis de FSH. Letra D: incorreta. Na síndrome
dos ovários policísticos, esperaríamos encontrar irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários com aspecto micropolicístico à
ultrassonografia. Resposta: letra A.

224 - 2022 HOA

» A síndrome dos ovários policísticos é um diagnóstico de exclusão. Em sua investigação, devemos excluir outras condições podem resultar em oligo/anovulação e/ou
excesso de androgênios, como a hiperplasia suprarrenal congênita, tumores secretores de androgênios, hiperprolactinemia, hipotireoidismo, anovulação de origem
hipotalâmica ou início da insuficiência ovariana prematura, entre outras. A dosagem sérica de 17-OH-progesterona serve para excluir a Hiperplasia Suprarrenal
Congênita (HSRC) de início tardio. Nessa forma de HSRC, a enzima mais comumente afetada é a 21-hidroxilase. A sua deficiência leva ao acúmulo de seu substrato, a 17-
OH-progesterona. Valores de 17-OH-progesterona abaixo ou iguais a 200 ng/dl excluem HSRC de início tardio/deficiência de 21-hidroxilase. Entretanto, valores acima de
200 ng/dl indicam a necessidade imediata de realizar o teste de estimulação com ACTH. Resposta: letra D.

225 - 2022 PUC - PR

» Vamos analisar cada uma das alternativas em relação à fisiologia do ciclo menstrual: Letra A: correta. O GnRH é secretado de forma pulsátil pelo hipotálamo e controla
simultaneamente a secreção do LH e FSH (gonadotrofinas) pelas células gonadotróficas basofílicas da hipófise anterior. Letra B: incorreta. A exposição contínua da
hipófise ao GnRH leva à dessensibilização hipofisária e à diminuição dos seus receptores na hipófise. Sendo assim, a administração contínua de análogos de GnRH leva
ao fenômeno chamado de down-regulation, no qual os receptores gonadotróficos sensíveis ao GnRH são reduzidos. Letra C: incorreta. Na fase folicular tardia há um
aumento na frequência e na amplitude dos pulsos, o que é necessário para que ocorra o pico de LH. Na fase lútea é que ocorre uma redução profressiva na frequência
dos pulsos. Letra D: incorreta. Os contraceptivos hormonais combinados suprimem o LH e o FSH basais e diminuem a capacidade da hipófise de secretar gonadotrofinas
quando estimulada pelo GnRH. Letra E: incorreta. O anel vaginal e o adesivo promovem anovulação através do bloqueio do eixo hipotálamo hipofisário. Resposta: letra
A.

226 - 2022 SMS - PR

» Essa questão pede as afirmativas corretas sobre os métodos contraceptivos. Vamos a elas: Afirmativa I: correta. O DIU de cobre pode ser usado como contraceptivo de
emergência; devendo ser inserido em até cinco dias do coito. Afirmativa II: correta. O índice de Pearl do implante subdérmico é 0,05%, enquanto o do anel vaginal é
0,3% com o uso perfeito e 9% com o uso típico. Afirmativa III: correta. Para pacientes com história atual de tromboembolismo venoso, o uso de injetável trimestral é
considerado categoria 3. Afirmativa IV: incorreta. Para pacientes com mais de 35 anos que fumem 15 ou mais cigarros por dia, o uso de ACO é considerado categoria 4.
Resposta: letra B.

227 - 2022 CEP - SE

» Essa questão pede a alternativa incorreta em relação ao ciclo menstrual. Vamos a elas: Letra A: correta. Nas etapas do desenvolvimento folicular temos,
sequencialmente, o folículo primordial, o pré-antral, o antral e o pré-ovulatório. Letra B: correta. O desenvolvimento folicular é um processo contínuo e dinâmico que só
se interrompe quando a reserva ovariana chega ao fim, isto é, os folículos crescem e entram em atresia continuamente, mesmo durante a infância pré-puberal, gestação,
ciclos anovulatórios, uso de anticoncepcional oral e perimenopausa. Letra C: incorreta. A ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36 horas após o início da elevação dos
níveis de LH e cerca de 10 a 12 horas após seu pico máximo. Letra D: correta. Possui níveis séricos baixos na fase folicular com aumento no dia do pico de LH. Há
elevação importante na fase lútea (produção de progesterona pelo corpo lúteo na segunda fase do ciclo menstrual). Letra E: correta. Caso ocorra gravidez, o hCG
mantém o funcionamento lúteo até que a esteroidogênese placentária se estabeleça plenamente. Resposta: letra C.

228 - 2022 UEMA

» A questão deseja saber qual das alternativas NÃO constitui um mecanismo de ação dos anticoncepcionais combinados orais (ACO). Os ACO promovem a anovulação
através do bloqueio do eixo hipotálamo-hipofisário-ovário (letra A). Eles suprimem o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH) basais, e
diminuem a capacidade da hipófise de secretar gonadotrofinas quando estimulada pelo GnRH, além de possuírem ação hipotalâmica. O componente progestogênico
inibe predominantemente a secreção de LH, enquanto o componente estrogênico age predominantemente inibindo a secreção do FSH. Com isso, os folículos ovarianos
não amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre o pico de LH no meio do ciclo, que é fundamental para a ovulação. Convém lembrar que o componente
progestogênico ainda exerce outros efeitos: torna o muco cervical mais espesso (letra B), o que dificulta a espermomigração; altera a motilidade tubária (letra C),
interferindo no transporte do óvulo à tuba uterina, onde ocorre a fecundação; promove a atrofia do endométrio (letra E), tornando-o desfavorável à implantação
embrionária. Consequentemente, os ACO aumentam a viscosidade do muco cervical, e não a diminuem. Resposta: letra D.

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229 - 2022 HNSC

» Essa questão descreve uma paciente de 34 anos apresentando quadro de amenorreia secundária. Após a exclusão de gestação, hiperprolactinemia e distúrbios da
tireoide, foi realizado teste da progesterona. O teste da progesterona positivo indica que anovulação é a causa da amenorreia da paciente. O endométrio foi preparado
pelo estrogênio, porém não houve antagonização pela progesterona (não há ovulação, não há corpo lúteo e produção de progesterona). Resposta: letra C.
230 - 2022 CEP - SE

» Essa questão pede a alternativa incorreta em relação à SOP. Vamos a elas: Letra A: correta. A SOP, atualmente, é um diagnóstico de exclusão. Devem ser excluídas
outras condições podem resultar em oligo/anovulação e/ou excesso de androgênios, como a hiperplasia suprarrenal congênita, tumores secretores de androgênios,
hiperprolactinemia, hipotireoidismo, anovulação de origem hipotalâmica ou início da insuficiência ovariana prematura, entre outras. Letra B: incorreta. As mulheres
afetadas devem apresentar pelo menos dois dos seguintes critérios de Rotterdam: oligo-ovulação ou anovulação; hiperandrogenismo clínico ou bioquímico; ovários
policísticos identificados ao exame ultrassonográfico. Sendo assim, a presença de ovários micropolicísticos ao ultrassom não é obrigatória para o diagnóstico. Letra C:
correta. A síndrome metabólica caracteriza-se por resistência à insulina, obesidade, dislipidemia aterogênica e hipertensão arterial. Essa síndrome associa-se a um
aumento no risco de Doença Cardiovascular (DCV) e DM tipo 2. A prevalência é de aproximadamente 45% em mulheres com SOP, em comparação com 4% em controles
ajustados de acordo com a idade. Letra D: correta. O tratamento da SOP depende dos objetivos e da gravidade da disfunção endócrina presente: controle da
irregularidade menstrual; tratamento do hirsutismo; desejo de gestação; manejo da resistência insulínica. Letra E: correta. Nos casos de infertilidade e SOP, o indutor da
ovulação de primeira escolha é o Citrato de Clomifeno. Há indicação para uso da metformina nas pacientes com resistência insulínica documentada ou nas refratárias ao
uso do citrato de clomifeno. Resposta: letra B.

231 - 2022 UFCSPA

» Questão sobre uma paciente de 38 anos com desejo de uso de anticoncepcional combinado oral (ACO). É tabagista em uso de 20 cigarros ao dia, apresenta medida de
pressão arterial de 140 x 90 mmHg e dislipidemia. Somos questionados a respeito do motivo que contraindica o uso de ACO na paciente da questão. Precisamos,
portanto, discutir os critérios de elegibilidade da OMS de cada uma das comorbidades relatadas em relação ao uso de ACO. Letra A: incorreta, pois a idade isoladamente
não contraindica uso de ACO. Lembre-se que em pacientes com menos de 40 anos o uso de ACO é categoria 1 e em maiores de 40 anos, categoria 2. Portanto, a idade
não é critério contraindicativo, ainda mais na paciente da questão, que tem 38 anos. Letra B: correta. Quando discutimos o critério tabagismo, dividimos em 2
avaliações: idade (menor ou maior do que 35 anos) e o número de cigarros fumados ao dia. Em pacientes com menos de 35 anos, independentemente da quantidade de
cigarros fumados ao dia, os métodos combinados (como o ACO) são categoria 2, podendo ser usados. Acima dos 35 anos, dividimos em menos que 15 cigarros e 15 ou
mais cigarros ao dia. Na primeira situação, os métodos combinados são categoria 3 e na segunda situação, a categoria é 4. Portanto, para a paciente em questão, que
tem mais do que 35 anos e fuma mais de 15 cigarros, a categoria para uso de ACO é 4, sendo contraindicado. Letra C: incorreta, pois não fazemos diagnóstico de
hipertensão arterial sistêmica com apenas um valor de pressão arterial (PA) alterado. Nos critérios de elegibilidade da OMS, o critério é hipertensão arterial sistêmica
(HAS), não elevação pressórica. Lembre-se que para um diagnóstico de HAS em consulta, a PA deve estar alterada (com valores maiores ou iguais a 140 x 90 mmHg) em
02 consultas, não apenas em uma. Letra D: incorreta, pois a dislipidemia como fator isolado não entra nos critérios de elegibilidade OMS. Lembre-se que o critério é
"vários fatores de risco para doença cardiovascular". Como a paciente apresenta apenas dislipidemia, não se encaixa em tal critério, não sendo esse um limitante para o
uso de ACO. Resposta: letra B.

232 - 2022 PMFI

» Essa questão descreve uma paciente com 22 anos que teve coito desprotegido há 50 horas e deseja anticoncepção de emergência. A contracepção de emergência deve
ser usada após intercurso sexual desprotegido ou após falha de um método. Pode ser realizada até 5 dias da relação, preferencialmente em até 72 horas. Ciclos
menstruais irregulares não são contraindicação à contracepção de emergência. Portanto, a única alternativa correta é a letra D. Resposta: letra D.

233 - 2022 IHOA

» Questão sobre ciclo menstrual. Vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta. A secreção do GnRH é pulsátil, não contínua. Letra B:
correta. Ao final da fase lútea, há regressão do corpo lúteo o que provoca diminuição da produção de progesterona e inibina B que são produzidas por esse corpo lúteo.
Consequentemente, a diminuição da progesterona e inibina B "liberam" o feedback negativo sobre o FSH. Letra C: incorreta. Há um detalhe incorreto na afirmativa... São
as células da teca que produzem androgênio sob estímulo do LH; já as células da granulosa, sob efeito do FSH convertem os androgênio em estrogênios. Letra D:
incorreta. A elevação dos níveis de estrogênio produz feedback negativo, e não positivo, sobre a secreção hipofisária do FSH. Resposta: letra B.

234 - 2022 UFCSPA

» A questão nos solicita a diferenciação clínica entre as síndromes de Rokitansky e Morris. Assim, antes de discutirmos especificamente as alternativas, vamos a uma
breve revisão das duas. A Síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser (SMRKH) inclui uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos
ductos paramesonéfricos. O cariótipo é feminino (46, XX). Os ovários são normais e, portanto, o desenvolvimento sexual secundário é completo, ou seja, apresenta
desenvolvimento mamário e de pelos pubianos. O eixo neurohormonal é funcionante e os ciclos são geralmente ovulatórios, não ocorrendo apenas o sangramento
menstrual. Inclui uma diversidade de malformações: ausência ou hipoplasia uterina, da porção superior da vagina e tubas anômalas. A Síndrome de Morris, também
denominada de insensibilidade completa aos androgênios, corresponde a insensibilidade periférica aos androgênios em indivíduos com genótipo 46, XY. Há testículos, e
não ovários, no abdome ou em hérnias inguinais, devido à presença do cromossomo Y. As pacientes têm uma vagina em fundo cego e pelos axilares e pubianos escassos
ou ausentes. Essas pacientes apresentam algum desenvolvimento mamário na puberdade, apesar de mamilos imaturos e aréolas pálidas. Não há testosterona durante o
desenvolvimento para suprimir a formação de tecidos mamários. Na puberdade, a conversão de testosterona em estrogênio estimula o crescimento mamário. Agora sim,
vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta, pois ambas síndromes apresentam desenvolvimento mamário. Assim sendo, essa
característica não as diferencia. Letra B: correta, pois a SMRKH apresenta desenvolvimento de pelos pubianos, ao passo que a síndrome da Morris se apresenta com
pelos axilares e pubianos escassos ou ausentes. Portanto, essa é uma das características que as diferenciam clinicamente Letra C: incorreta, pois não há clitoromegalia
em nenhuma das duas afecções. Letra D: incorreta, pois não há alteração do tecido urológico nas afecções discutidas. Resposta: letra B.

235 - 2022 AMS - APUCARANA

» Questão interessante para discutirmos contraindicação à introdução do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre. Categoria 4 de acordo com os critérios de elegibilidade da
OMS diz respeito a métodos com risco de saúde inaceitável, caso o método anticoncepcional seja utilizado, sendo assim, uso proscrito. Vamos avaliar cada uma das
afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta. A contraindicação para o uso de DIU de cobre é doença inflamatória pélvica (DIP) atual. História passada de DIP não
é contraindicação ao uso do DIU! Letra B: incorreta. Presença de Neoplasia intracervical (NIC) é categoria 1 para inserção de DIU de cobre, ou seja, não há restrição ao
uso do método. O que é categoria 4 para o DIU de cobre é o câncer de colo uterino, não NIC. Letra C: correta. A presença de mioma uterino com distorção da cavida
uterina, como o mioma submucoso, é categoria 4 segundo critérios de elegibilidade da OMS. Letra D: incorreta. Gestação ectópica prévia não é contraindicação para
inserção de DIU. Resposta: letra C.
236 - 2022 AMS - APUCARANA

» Vamos avaliar cada uma das afirmativas sobre as amenorreias, classificando-as como corretas ou incorretas Afirmativa I: correta. Na síndrome de Mayer-Rokitanski, o
cariótipo é feminino e os ovários são normais. Assim, o desenvolvimento sexual secundário é completo. Como há malformações relacionadas ao desenvolvimento e à
fusão dos ductos paramesonéfricos, há vagina em fundo cego e, consequentemente, a paciente apresenta amenorreia primária. Afirmativa II: correta. A investigação
inicial das amenorreias secundárias envolve solicitação de exames complementares, com as seguintes dosagens: TSH, prolactina e FSH. Afirmativa III: correta. Na
síndrome de Morris há insensibilidade periférica aos androgênios. Assim, o cariótipo é 46, XY, há testículos, não há ovários e o fenótipo feminino. As pacientes têm vagina
em fundo cego e pelos axilares e pubianos escassos ou ausentes; apresentam algum desenvolvimento mamário na puberdade, porém, com mamilos e aréolas
prematuros. Afirmativa IV: incorreta. Na síndrome de Turner há útero e as tubas uterinas infantilizados e os ovários são em fita. Assim, não há ausência de gônadas,
útero e tubas uterinas. Estão corretas as afirmativas I, II e III. Resposta: letra D.

237 - 2022 HAC - PR

» Questão bem direta, que nos questiona sobre qual métodos não é efetivo na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (IST). São métodos considerados de
prevenção de IST: - Abstinência sexual e redução do número de parceiros; - Vacinação profilática (hepatite B e HPV); - Preservativos masculino e feminino. Agora, vamos
às alternativas. Letra A: incorreta. O espermicida vaginal (assim como o diafragma) não é efetivo na prevenção das IST e sua utilização não deve ser encorajada. Além
disso, os espermicidas contendo N-9 estão associados com trauma do epitélio genital, podendo aumentar o risco de transmissão de algumas doenças. Letra B: correta.
Os preservativos (condom) são efetivos na prevenção de IST. Letra C: correta. Os preservativos femininos, assim como os masculinos, são métodos de prevenção de IST.
Letra D: correta. A vacinação profilática contra hepatite B e HPV é método de prevenção de IST. A afirmativa podia ter sido melhor escrita e especificados as vacinas,
mas, ainda assim, está correta. Letra E: correta. Redução do número de parceiros sexuais e abstinência sexual são efetivos na prevenção das IST. Assim, a afirmativa A é
incorreta e a resposta da questão. Resposta: letra A.

238 - 2022 IHOA

» Questão nos solicita qual situação constitui contraindicação absoluta, ou seja, categoria 4 dos critérios de elegibilidade, para uso de anticoncepcional combinado oral
(ACO). Vamos avaliar as afirmativas. Letra A: incorreta. A afirmativa deveria ser doença inflamatória pélvica (DIP) crônica- repare que a afirmativa não diz a localização
da doença inflamatória... De qualquer jeito, DIP atual ou passada é categoria 1 para ACO podendo, portanto, ser usado. Letra B: correta. História de trombose venosa
profunda ou tromboembolismo pulmonar é categoria 4 para ACO sendo, portanto, contraindicação absoluta. Letra C: incorreta. Apenas diminuição da capacidade renal,
sem associação a diabetes ou hipertensão arterial crônica, não é contraindicação ao uso de ACO e nem está dentre as condições apresentadas pela OMS nos critérios de
elegibilidade. Letra D: incorreta. Repare que a afirmativa trouxe amamentação sem especificar nenhum período. A partir dos 6 meses de amamentação, é permitido o
uso de ACO, sendo categoria 2. Até 6 semanas após o parto, os ACO são contraindicados e são categoria 4. Porém, como a afirmativa diz apenas amamentação, temos
que considerar todos os períodos possíveis de amamentação. Resposta: letra B.

239 - 2022 HAC - PR

» A questão deseja saber quais são os critérios diagnósticos da síndrome dos ovários policísticos (SOP). Analisando as alternativas: Letras A, B e E: incorretas. Pacientes
portadoras de SOP têm maior probabilidade de serem obesas, no entanto, a obesidade não faz parte dos critérios diagnósticos. Letra C: correta. A síndrome dos ovários
policísticos é caracterizada por irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos à ultrassonografia. Vale lembrar que
o diagnóstico é de exclusão e, por isso, devemos inicialmente excluir outras possíveis causas de disfunção ovulatória e hiperandrogenismo. Letra D: incorreta. A
resistência à insulina e a hiperinsulinemia fazem parte da disfunção esteroidogênica ovariana presente na SOP, mas não estão incluídas nos critérios diagnósticos da
doença. Resposta: letra C.

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240 - 2022 UESPI

» A questão descreve uma paciente de 27 anos com ciclos menstruais irregulares e sinais clínicos de hiperandrogenismo (escore de Ferriman acima de oito), com desejo
de gestar. Vamos analisar as afirmativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. A investigação do casal infértil está indicada após um ano de coito
desprotegido. Letra B: incorreta. A síndrome androgenital ou hiperplasia adrenal congênita forma não clássica ou tardia cursa com amenorreia e sinais clínicos de
hiperandrogenismo. Nesse caso, deveríamos encontrar níveis elevados de 17-hidroxiprogesterona. Letra C: correta. A principal hipótese diagnóstica é a síndrome dos
ovários policísticos (SOP). Os critérios diagnósticos da SOP incluem irregularidade menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos
à ultrassonografia. Dois dos três critérios já são suficientes para realizar o diagnóstico. Em relação ao tratamento, pacientes com infertilidade devem utilizar fármacos
indutores da ovulação, como o citrato de clomifeno. Letra D: incorreta. A propedêutica da infertilidade inclui necessariamente a investigação do casal. Letra E: incorreta.
A insuficiência ovariana prematura é caracterizada pela presença de sintomas climatéricos e aumento dos níveis de FSH. Vale lembrar que devem ser obtidos valores de
FSH acima de 25 mUI/ml em dois momentos distintos, com intervalo de ao menos quatro semanas. Resposta: letra C.

241 - 2022 UFCSPA

» Essa questão pedia a alternativa correta em relação a um casal que apresenta infertilidade conjugal decorrente de anovulação por síndrome dos ovários policísticos
(SOP). Vamos a elas: Letra A: incorreta. A primeira linha de tratamento seria a perda ponderal. A perda de apenas 5 a 7% do peso ao longo de seis meses pode reduzir
bastante a testosterona livre calculada ou a testosterona biodisponível, bem como restaurar a ovulação e a fertilidade em mais de 75% das mulheres. Letra B: incorreta.
A perda de apenas 5 a 7% do peso ao longo de seis meses pode reduzir bastante a testosterona livre calculada ou a testosterona biodisponível, bem como restaurar a
ovulação e a fertilidade em mais de 75% das mulheres. Letra C: incorreta. O monitoramento do ciclo por meio da ultrassonografia transvaginal seriada é recomendado e
visa acompanhar o crescimento folicular e determinar o melhor momento para orientar o coito. Além disso, possibilita a avaliação do desenvolvimento endometrial e
documenta a ocorrência de ruptura folicular. Letra D: incorreta. Nos casos de infertilidade, o indutor da ovulação de primeira escolha citrato de clomifeno. Por não
apresentar nenhuma alternativa correta, a questão acabou anulada.

242 - 2022 UFCSPA

» A questão descreve uma paciente de 23 anos com sintomas físicos e alterações do humor de caráter cíclico, resultando em prejuízo no trabalho. Vamos analisar as
alternativas sobre o diagnóstico mais provável: Letra A: incorreta. A dismenorreia cursa com dor pélvica antes ou durante o fluxo menstrual, sem alteração de humor
associada. Letra B: incorreta. O quadro de transtorno ciclotímico se caracteriza pela alternância entre períodos hipomaníacos e depressivos. Letra C: incorreta. O
transtorno de personalidade histriônica é marcado por excessiva emotividade e busca de atenção. Letra D: correta. O transtorno disfórico pré-menstrual é caracterizado
pela perda da capacidade funcional em decorrência de alterações psicossomáticas e de humor recorrentes e relacionadas a segunda fase do ciclo menstrual. O principal
fator que aponta para o diagnóstico é a interferência nas atividades diárias e nas relações interpessoais, como no caso em questão. Resposta: letra D.

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243 - 2022 SES - GO

» A amenorreia secundária consiste na ausência de menstruação por seis meses ou pelo período equivalente a três ciclos menstruais consecutivos. Todas as mulheres em
idade reprodutiva com amenorreia secundária devem realizar primeiramente um teste de gravidez. A investigação inicial inclui a dosagem sérica de FSH, prolactina e
TSH. Os níveis de FSH permitem avaliar se estamos diante de um hipogonadismo hipogonadotrófico ou hipergonadotrófico. Valores de FSH menores que 5 U/L indicam
provável causa hipotalâmica ou hipofisária enquanto valores acima de 20 U/L sugerem etiologia ovariana. Devemos ainda cogitar a possibilidade de distúrbios da tireoide
e de hiperprolactinemia em pacientes com amenorreia. A dosagem de estradiol não é indispensável e deve ser interpretada em conjunto com o FSH. Para a avaliação dos
órgãos pélvicos, a investigação inclui a realização da ultrassonografia pélvica. Considerando as alternativas, a melhor resposta é a letra C.

244 - 2022 UFJ

» Questão sobre amenorreia secundária. Estamos diante de uma mulher de 35 anos em amenorreia após o último parto. Ao exame físico, podemos observar a presença de
uma discreta hipotrofia vaginal. Vamos analisar as afirmativas sobre a hipótese diagnóstica mais provável: Letra A: incorreta. O valor de TSH encontra-se dentro dos
parâmetros de normalidade, o que afasta a hipótese de hipotireoidismo. Letra B: incorreta. O valor de referência da prolactina na maioria dos laboratórios é, em média,
até 20 ng/mL. Elevações de até cinco vezes o limite superior da referência do teste devem ser confirmadas com uma segunda dosagem. Letra C: correta. A insuficiência
ovariana prematura é definida como uma síndrome clínica decorrente da perda da função ovariana, temporária ou definitiva, antes dos 40 anos, caracterizada por
amenorreia, hipoestrogenismo e níveis elevados de gonadotrofinas. Vale lembrar que devem ser obtidos valores de FSH acima de 25 mUI/ml em dois momentos
distintos, com intervalo de pelo menos quatro semanas. Letra D: incorreta. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é caracterizada por irregularidade menstrual, sinais
clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos à ultrassonografia. Portanto, considerando as outras alternativas, a melhor resposta é a letra C.

245 - 2022 HAC - PR

» Vamos discutir separadamente cada uma das afirmativas, em busca da que não é causa de amenorreia. Repare que a questão não especifica se primária ou secundária,
dizendo apenas amenorreia. Letra A: incorreta. A síndrome de Kallmann é causa de amenorreia primária hipotalâmica, cursando com hipogonadismo hipogonadotrófico.
A causa dessa síndrome é uma falha na migração das células neuronais olfatórias e das células produtoras de GnRH (derivados dos placoides olfativos) do epitélio nasal
da placa cribiforme do nariz até a área pré-óptica e hipotalâmica durante a embriogênese. Consiste na tríade de anosmia ou hiposmia, hipogonadismo hipogonadotrófico
e cegueira para cores. Letra B: incorreta. A síndrome de Asherman é definida pela presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia,
geralmente causando amenorreia secundária. Curetagens uterinas excessivas ou repetidas, processos inflamatórios, substâncias cáusticas e outras cirurgias uterinas
(partos laboriosos, extração manual da placenta) podem causar a síndrome, que também é causa de infertilidade. Letra C: incorreta. A síndrome de Rokitanski-Kuster-
Hauser (SRKH) corresponde a uma série de malformações relacionadas ao desenvolvimento e à fusão dos ductos paramesonéfricos. O cariótipo é feminino (46, XX), os
ovários são normais e, portanto, o desenvolvimento sexual secundário é completo. A SRKH é causa de amenorreia primária. Letra D: incorreta. A síndrome de Sheehan
resulta da necrose hipofisária secundária à isquemia local, que pode ocorrer em hemorragias com instabilidade hemodinâmica no parto. Clinicamente, se expressa
semanas a meses após o parto, como panpituitarismo ou apenas destruição seletiva de determinados setores, sendo o gonadotrófico o mais frequentemente acometido.
Nesse caso, ocorre amenorreia secundária associada à ausência da lactação. Letra E: correta. A síndrome de Ehlers-Danlos não é causa de amenorreia, nem primária,
nem secundária. É um distúbio hereditário do tecido conjuntivo caracterizado por hipermobilidade articular, hiperextensibilidade da pele e fragilidade do tecido. Assim, a
única que não é causa de amenorreia é a síndrome de Ehlers-Danlos. Resposta: letra E.

246 - 2022 UDI

» Essa questão pede a alternativa que representa um benefício dos anticoncepcionais combinados orais: Letra A: incorreta. Edema é um possível efeito colateral
relacionado ao uso de ACO. Letra B: incorreta. O uso de ACO é fator de risco para a formação de cálculo biliar. Letra C: incorreta. O ACO pode ser um fator de risco de
TVP. O principal fator de risco para trombose é o componente estrogênico, o qual pode ser potencializado em função do progestogênio associado. Letra D: incorreta. Os
ACO reduzem o risco de neoplasia de ovário e endométrio, principalmente do primeiro. Estudos ainda não conseguiram comprovar um possível aumento da incidência de
câncer de mama (parece haver um pequeno aumento). Letra E: correta. Os ACO promovem melhora das doenças benignas da mama. Resposta: letra E.

247 - 2022 UEPA - BELÉM

» Questão conceitual sobre a indicação de investigação de amenorreia primária. A amenorreia primária é definida como a ausência de menstruação aos 14 anos associada
à ausência de caracteres sexuais secundários ou ausência de menstruação aos 16 anos, mesmo com desenvolvimento sexual normal. Dessa forma, é aconselhável a
investigação nos seguintes casos: meninas em que, aos 13 anos, se verifique ausência completa de caracteres sexuais secundários; meninas com desenvolvimento
sexual normal cuja menarca não ocorreu aos 15 anos; meninas cuja menarca não ocorreu cinco anos após o início do desenvolvimento das mamas, caso isso tenha se
estabelecido antes dos dez anos de idade; meninas com estigmas genéticos sugestivos, como por exemplo, da síndrome de Turner; meninas com caracteres sexuais
secundários presentes antes dos 15 anos com dor pélvica, na ausência de menstruação. Portanto, temos duas alternativas corretas entre as opções de resposta (letras B
e C). A banca manteve como gabarito oficial a letra B, apesar da solicitação de recurso.

248 - 2022 IHOA

» A questão descreve uma paciente jovem com quadro de amenorreia secundária, galactorreia e diminuição do campo visual. A ressonância revelou a presença de um
tumor hipofisário com compressão de quiasma óptico. Apesar da suspeita clínica de macroprolactinoma, a dosagem sérica de prolactina encontra-se normal. Vamos
analisar as alternativas sobre a conduta mais adequada: Letra A: incorreta. O mesmo efeito pode ser observado na repetição em 3 meses, sem diluição, o que atrasaria
ainda mais o tratamento. Letra B: incorreta. Não há indicação de biópsia da lesão. O diagnóstico depende de achados clínicos, laboratoriais e de imagem. Letra C:
correta. Devemos suspeitar do efeito gancho na presença de tumor hipofisário volumoso e prolactina normal ou discretamente elevada. O efeito gancho é caracterizado
por níveis falsamente baixos de prolactina. A conduta consiste em realizar uma nova dosagem com diluição da amostra. Letra D: incorreta. Na presença de
hiperprolactinemia assintomática com níveis inferiores a 100 mcg/L, devemos descartar macroprolactinemia. Nesse caso, predomina a forma dimérica da prolactina, que
é biologicamente inativa. Como a paciente encontra-se sintomática e a imagem revelou a presença de tumor hipofisário, podemos afastar a possibilidade de
macroprolactinemia. Resposta: letra C.
249 - 2022 AMS - APUCARANA

» Essa questão pede a alternativa correta em relação à embriologia do trato genital. Vamos a elas: Letra A: correta. Nos dois primeiros meses de gestação, os dois sexos
se desenvolvem de maneira exatamente idêntica. As gônadas indiferenciadas se desenvolvem em ovários ou testículos a partir de oito semanas de gestação. O trato
urogenital interno é derivado de dois conjuntos de ductos, os ductos de Wolff (mesonéfricos) e ductos de Müller (paramesonéfricos), os quais estão presentes
precocemente em ambos os sexos. Letra B: incorreta. O gene SRY no cromossomo Y produz o fator determinante de testículo e regula o desenvolvimento sexual
masculino. Ocorre a produção de testosterona e hormônio antimülleriano. Os ductos de Wolff originam o epidídimo, vaso deferente, vesicular seminal e ducto
ejaculatório, e os ductos de Müller regridem. Letra C: incorreta. O gene SRY no cromossomo Y produz o fator determinante de testículo e regula o desenvolvimento
sexual masculino. Ocorre a produção de testosterona e hormônio antimülleriano. Os ductos de Wolff originam o epidídimo, vaso deferente, vesicular seminal e ducto
ejaculatório, e os ductos de Müller regridem. Já no sexo feminino, os ductos de Müller originam as tubas, útero e vagina superior (2/3 superiores) e os ductos de Wolff
persistem na forma vestigial. Letra D: incorreta. O desenvolvimento ovariano ocorre na ausência do gene SRY e na presença de WNT4, o gene mestre para esse processo
de diferenciação. Na ausência de testosterona e hormônio antimülleriano, os ductos de Müller originam as tubas, útero e vagina superior (2/3 superiores) e os ductos de
Wolff persistem na forma vestigial. Resposta: letra A.

250 - 2022 HOB - DF

» Questão bastante direta, que nos questiona a definição de amenorreia secundária. Amenorreia secundária consiste na ausência de menstruação por seis meses ou pelo
período equivalente a três ciclos. Assim, a paciente em questão, com 28 anos e há sete meses sem menstruar, é classificada em amenorreia secundária, o que torna a
afirmativa certa. Resposta: letra A.

251 - 2022 HOB - DF

» Temos uma paciente de 28 anos com história de dois abortamentos que procura atendimento devido à ausência de menstruação há sete meses. Tem exames
complementares dentro da normalidade. Conforme discutido na questão anterior, como a paciente está há mais de seis meses sem menstruar, temos o diagnóstico de
amenorreia secundária. A partir de exames complementares normais em paciente com amenorreia secundária foram realizados 02 testes: - Testa da progesterona:
negativo; O teste da progesteorna avalia simultaneamente o status estrogênico e a patência do trato genital de saída (compartimento I). Baseia-se na administração de
acetato de medroxiprogesterona 10 mg por dia durante 5 a 7 dias ou de progesterona micronizada oral na dose de 300 mg ao dia por 5 a 7 dias. Na ausência de
sangramento após o teste da progesterona, devemos suspeita de causas relacionadas à produção estrogênica deficiente, resposta endometrial inadequada ou fator
obstrutivo do trato de saída. Diante do teste com resultado negativo, prossegue-se a propedêutica com o teste do estrogênio e da progesterona. - Teste do estrogênio e
progesterona: negativo. A administração de ambos hormônios mimetiza um ciclo com estrogênio e progesterona exógenos visa examinar a resposta endometrial e
avaliar a patência do trato de saída. A falta de resposta ao ciclo artificial atesta alterações no compartimento I, ou seja, anomalias do trato genital. Portanto, como a
paciente da questão não apresenta sangramento em nenhum dos testes, estamos diante de anomalia do trato genital. A síndrome de Asherman é definida pela
presença de sinéquias intrauterinas decorrentes de agressão endometrial prévia, geralmente causando amenorreia secundária. Um dos fatores associados à síndrome
estão as curetagens uterinas. Agora, volte ao enunciado e perceba que a paciente tem história de 02 abortamentos. A questão não nos diz se foram necessárias ou não
curetagens uterinas. Mesmo assim, diante de paciente com amenorreia secundária por anomalia do trato genital e história de 02 abortamentos, a síndrome de Asherman
é sim uma provável hipótese diagnóstica. Portanto, a afirmativa está certa. Resposta: letra A.

252 - 2022 ENARE

» Essa questão pede a correta correlação entre a síndrome e o cariótipo. Vamos analisar cada alternativa: Letra A: incorreta. A síndrome de Sheehan corresponde à
necrose hipofisária após hemorragia puerperal com instabilidade hemodinâmica. Não se relaciona a alteração de cariótipo. O cariótipo 45 XO é da síndrome de Turner.
Letra B: incorreta. A síndrome de Rokitansky corresponde a uma agenesia Mülleriana; também não possui alteração de cariótipo. O cariótipo é 46XX. Letra C: correta. Na
síndrome de Morris o cariótipo é 46 XY; entretanto, por uma insensibilidade androgênica, a genitália externa é feminina. Letra D: incorreta. O cariótipo da síndrome de
Turner é 45 XO. Letra E: correta. Aqui temos o problema da questão. Apesar da síndrome de Kallmann ser mais frequente em mulheres (cariótipo 46 XX), ela pode
acontecer em homens (cariótipo 46 XY). Nas mulheres, a síndrome de Kallman cursa com amenorreia primária e infantilismo sexual; podendo estar associada a anosmia
e cegueira para cores. O gabarito da banca foi mantido como letra C; entretanto, por ter duas alternativas corretas, a questão deveria ter sido anulada. Resposta da
banca: letra C.

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253 - 2022 UEPA - BELÉM

» Estamos diante de uma paciente de 18 anos com quadro de amenorreia primária. Ao exame físico, podemos observar, além da baixa estatura, a ausência de caracteres
sexuais secundários, uma vez que os estágios M1 e P1 de Tanner são pré-puberes. Os exames complementares revelaram níveis elevados de FSH, configurando um
hipogonadismo hipergonadotrófico. Vamos analisar as afirmativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. A amenorreia hipotalâmica cursa com níveis
reduzidos de FSH. Letra B: incorreta. Não há relato do resultado da ultrassonografia pélvica para pensarmos em malformação mülleriana. Além disso, também não
esperaríamos um hipogonadismo nesse caso. Letra C: correta. A disgenesia gonadal consiste no comprometimento funcional parcial ou completo das gônadas. Vale
lembrar que a principal causa é a síndrome de Turner, caracterizada por amenorreia primária, baixa estatura e estigmas clássicos. Esperamos encontrar níveis elevados
de FSH e genitália feminina presente, porém infantilizada. Letra D: incorreta. Pacientes com deficiência de 5-alfa-redutase possuem genótipo XY e, portanto, apresentam
testículos e não possuem estruturas müllerianas. Letra E: incorreta. A síndrome de insensibilidade androgênica completa ou síndrome de Morris é caracterizada por
indivíduo com cariótipo 46 XY, com testículos normais e produtores de testosterona, porém com receptores androgênicos não funcionantes, o que leva ao fenótipo
feminino. Os testículos são responsáveis pela produção de hormônio antimülleriano, que promove a regressão dos ductos de Müller e a não formação da genitália interna
feminina. Resposta: letra C.

254 - 2022 FUBOG

» A questão deseja saber qual é a afirmativa correta sobre o quadro clínico da síndrome dos ovários policísticos (SOP). Vamos analisar as opções:Letra A: incorreta. A SOP
acompanha a mulher em toda sua vida reprodutiva, manifestando-se desde a adolescência com distúrbio menstrual e hiperandrogenismo cutâneo, passando por
infertilidade na idade adulta e podendo evoluir com aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares antes e após a menopausa. Embora esses
achados possam ser únicos inicialmente e insuficientes para estabelecer o diagnóstico, não são raros.Letra B: incorreta. Devido ao estado anovulatório persistente e,
consequentemente, à ausência de formação de corpo lúteo, não há produção de progesterona, não ocorrendo a queda cíclica do hormônio que desencadeia a
menstruação. Dessa forma, pacientes com SOP cursam com oligomenorreia ou amenorreia.Letra C: correta. As principais expressões clínicas do hiperandrogenismo
presente na SOP incluem acne, hirsutismo e alopecia androgênica. O hirsutismo é caracterizado pelo surgimento de pelos com padrão masculino. O grau e a extensão do
hirsutismo são estimados pelo escore de Ferriman-Gallwey.Letra D: incorreta. A manifestação clínica mais comum de hiperandrogenismo em adolescentes é a acne, não
a alopecia.Resposta: letra C.
255 - 2022 UNIFIMES

» É sempre importante levar os conceitos a respeito das principais contraindicações ao uso dos anticoncepcionais combinados orais (ACO). Vamos avaliar cada uma das
afirmativas em busca da que não contém uma contraindicação verdadeira a seu uso. Para isso, vamos usar os Critérios de Elegibilidade da Organização Mundial da
Saúde. Letra A: correta. História de trombose venosa profunda e/ou tromboembolismo pulmonar é categoria 4 para uso de ACO. Categoria 4 significa risco de saúde
inaceitável, caso o método anticoncepcional seja utilizado. Letra B: incorreta. Varizes com uso de meia compressiva é categoria 1 para uso de ACO. Categoria 1 significa
que não há restrição ao uso do método contraceptivo. Portanto, pacientes com varizes podem utilizar ACO e, por isso, a afirmativa B está incorreta, sendo a resposta da
questão. Letra C: correta. Enxaqueca com aura, independentemente da idade, é categoria 4, ou seja, essas pacientes tem ACO contraindicado. Letra D: correta.
Hipertensão arterial moderada (pressão arterial sistólica entre 160 e 179/ pressão arterial diastólica entre 100 e 109 mmHg) e grave (pressão arterial sistólica maior ou
igual a 180/ pressão arterial diastólica maior ou igual a 110 mmHg) é categoria 4 para ACO, ou seja, há contraindicação absoluta. Resposta: letra A.

256 - 2022 UERN

» Questão sobre amenorreia. A amenorreia primária é definida como ausência de menstruação aos 14 anos associada à falha no desenvolvimento sexual ou menstruação
ausente aos 16 anos, mesmo com desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Já a amenorreia secundária consiste em ausência de menstruação por seis
meses ou pelo período equivalente a três ciclos consecutivos. Vamos analisar as opções:Letra A: incorreta. Geralmente, a puberdade nas meninas segue uma ordem de
desenvolvimento, iniciando pela telarca, pubarca e, por fim, a menarca. A amenorreia primária deve ser investigada em meninas cuja menarca não ocorreu cinco anos
após o início do desenvolvimento das mamas, caso isso tenha ocorrido antes dos dez anos.Letra B: correta. A hiperplasia adrenal congênita forma não clássica ou tardia
cursa com amenorreia secundária e sinais clínicos de hiperandrogenismo, sendo considerada como diagnóstico diferencial da síndrome dos ovários policísticos. Letra C:
correta. O teste de gravidez faz parte da investigação de pacientes com amenorreia e história de início de atividade sexual.Letra D: correta. Adolescentes com níveis
normais de FSH e ausência de útero devem realizar cariótipo para fazer o diagnóstico diferencial entre malformação mülleriana e insensibilidade androgênica.Resposta:
letra A.

257 - 2022 UERN

» Vamos analisar as alternativas sobre planejamento familiar:Letra A: incorreta. Apenas a história pessoal de câncer de mama representa uma contraindicação ao uso de
contraceptivos orais combinados.Letra B: incorreta. Os métodos comportamentais são baseados na identificação do período fértil. Os cinco principais tipos são: método
de Ogino-Knaus (ritmo, calendário ou tabelinha), temperatura basal, monitoramento do muco cervical, método sintotérmico e amenorreia lactacional.Letra C: incorreta. O
adesivo transdérmico é um anticoncepcional hormonal combinado. Deve ser aplicado no primeiro dia do ciclo, sendo utilizado um adesivo a cada sete dias, durante três
semanas consecutivas.Letra D: correta. Os eventos adversos são relativamente leves e podem incluir principalmente náuseas e vômitos, além de cefaleia e tontura. Vale
lembrar que o método Yuzpe apresenta maior incidência de náuseas quando comparado aos que contêm levonorgestrel.Resposta: letra D.

258 - 2022 UERN

» A questão deseja saber qual é a alternativa incorreta em relação ao dispositivo intrauterino (DIU). Vamos analisar as opções: Letra A: incorreta. A pesquisa de infecção
por gonococo ou clamídia não está indicada em pacientes assintomáticas como método de triagem. Letra B: incorreta. Os métodos contraceptivos de longa duração
incluem o implante subdérmico liberador de etonogestrel, o DIU de cobre e o sistema intrauterino liberador de levonorgestrel. A taxa de continuidade após um ano do
DIU é 78-80%, inferior ao implante subdérmico, que é de de 84%. A principal causa da descontinuação dos LARCs, em especial do DIU, foi a expulsão do dispositivo,
seguidos por dor pélvica, sangramento anormal e corrimento vaginal. Letra C: incorreta. Em puérperas, o DIU pode ser inserido em até 48 horas do parto, inclusive
imediatamente após a dequitação placentária, ou após quatro semanas. Letra D: correta. Existe uma relação inversa entre o risco de infecção e o tempo desde a
inserção do DIU. O risco de DIP é maior logo após a colocação e nos primeiros meses. Portanto, podemos concluir que não há apenas uma alternativa incorreta entre as
opções de resposta. A questão foi devidamente anulada após solicitação de recurso.

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