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1 E 2 D 3 * 4 C 5 B 6 A 7 A 8 C 9 D 10 A 11 D 12 A 13 D

14 C 15 C 16 B 17 E 18 A 19 C 20 E 21 B 22 B 23 D 24 A 25 E 26 D

27 C 28 A 29 C 30 D 31 E 32 B 33 A 34 B 35 D 36 A 37 A 38 A 39 A

40 A 41 B 42 C 43 D 44 D 45 D 46 C 47 B 48 D 49 D 50 C 51 E 52 B

53 A 54 A 55 E 56 B 57 B 58 D 59 B 60 C 61 A 62 B 63 B 64 C 65 A

66 D 67 C 68 B 69 C 70 A 71 C 72 C 73 ! 74 A 75 C 76 B 77 C 78 C

79 C 80 C 81 C 82 C 83 C 84 B 85 B 86 A 87 B 88 B 89 A 90 E 91 B

92 A 93 C 94 B 95 C 96 C 97 B 98 A 99 C 100 B 101 C 102 D 103 A 104 C

105 D 106 D 107 B 108 C 109 D 110 A 111 C 112 A 113 E 114 A 115 A 116 B 117 B

118 D 119 C 120 B 121 A 122 D 123 B 124 C 125 C 126 B 127 C 128 A 129 A 130 B

131 C 132 1 133 A 134 1 135 A 136 B 137 B

Legenda:

! Questão Anulada * Questão Dissertativa

Comentários da equipe acadêmica


Confira os comentários da nossa equipe acadêmica

1 - 2021 HIAE

» Inicialmente vamos lembrar da divisão da pancreatite aguda: Leve: Ausência de falência orgânica e ausência de complicações locais (ex.:
coleções líquidas, necrose peripancreática) ou à distância. Moderadamente grave: Falência orgânica transitória (< 48h de duração) ou
presença de complicações locais e/ou à distância. Grave: Falência orgânica persistente (≥ 48h de duração). Analisando o enunciado, não
identificamos a presença de falência orgânica e nem de complicações, caracterizando um quadro leve. Nestes casos, não precisamos de
outros exames de imagem e o tratamento gira em torno de suporte, dieta zero, analgesia e hidratação. Gabarito letra E.

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2 - 2021 USP - RP

» Paciente de 49 anos com quadro de pancreatite aguda, em tratamento há 72 horas com jejum, hidratação e analgesia em hospital de
média comlexidade. Ou seja, estamos pensando em um quadro leve de pancreatite aguda. Foi realizada tomografia que identificou a
presença de extensa necrose do parênquima e. foi solicitada atransferência para um hospital terciário e a questão nos pergunta qual das
alternativas encontramos parâmetros que justifiquem esta solicitação. De cara já excluimos as letras A e B! Vamos lembrar que a amilase
e a lipase não guardam relação com o prognóstico e sim com o diagnóstico. C- incorreta: a presença de hiperbilirrubinemia não entra os
critériosde gravidade. D- Correta: disfunção de órgãos (no caso o rim - azotemia) e hemoconcentração são critérios de gravidade,
portanto é recomendado assistência em local com suporte. Gabarito letra D.

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3 - 2021 UNICAMP

» Estamos diante de um paciente que vem apresentando um quadro de obstrução intestinal alta e perda de peso há 13 dias. Além disso, o
paciente refere tabismo, etilismo muito acentuado (8 doses por dia há 21 anos) e, um dado muito importante, apresentou pancreatite há
06 semanas. Ao exame, apresenta massa palpável em região epigástrica. Diante deste contexto, muito provavelmente, o paciente
apresentou um quadro de pancreatite de origem alcoólica e evoluiu com uma de suas complicações locais, o pseudocisto pancreático.
Este está se manifestando como uma massa palpável que está comprimindo o estômago e levando a um quadro de obstrução intestinal
alta. Portanto, a grande hipótese diagnóstica é a de pseudocisto pancreático. Gabarito: "Pseudocisto de pâncreas/ pseudocisto".

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4 - 2021 IAMSPE

» Questão meio confusa, mas se você avaliar com calma, conseguimos definir um provável diagnóstico. O quadro começou há pelo menos
20 dias, em que o paciente teve um diagnóstico de colecisitite aguda, não muito bem resolvida e depois uma outra internação por um
problema no pâncreas, mas tudo isso sem nenhuma comprovação. O que temos no momento? Um paciente com massa palpácel em
região epgástrica, sem sinais de irritação peritoneal, sem grandes alterações laboratoriais e uma tomografia que evidencia uma lesão
hipodensa, acompanhando o parênquima pancreático, sem a presença de gás, compatível com necrose pancreática, não infectada. Com
isso, vamos avaliar as alternativas: A- Incorreta: não estamos pensando em uma neoplasia cística para necessitar de ecoendoscopia para
o diagnóstico. B- Incorreta: não estamos diante de uma necrose infectada. Não tem indicação de necrosectomia. C- Correta e D incorreta:
o paciente com necrose pancreática não infectada não tem indicação de antibioticoterapia. Deve receber tratamento clínico e suporte. E-
Incorreta: não estamos suspeitando de infecção da necrose, por isso a biópsia não é indicada. Gabarito letra C.

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5 - 2021 IAMSPE

» Uma paciente obesa, com quadro de dor abdominal em andar superior do abdome e vômitos, sem sinais de irritação peritoneal nos faz
pensar obrigatoriamente em pancreatite aguda como provável diagnóstico. Avaliando as assertivas: I: Incorreta. A tomografia nem
sempre é indicada e, nos quando realizada, o ideal é que seja feita após 72 horas. O primeiro exame de imagem poderá ser uma USG
para tentarmos definir a causa desta pancreatite aguda. II: Correta e III incorreta. Na pancreatite, o paciente deve ficar internado, não
temos indicação de antibiótico ou qualquer outra medida mais intensa no começo. Os pilares do tratamento são: dieta zero, suporte,
analgesia, hidratação e correção de distúrbios. IV: Incorreta: na pancreatite aguda leve/moderada deixamos o paciente em jejum até o
controle da dor, melhora dos vômitos e volta do apetite. Somente uma correta, gabarito letra B.

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6 - 2021 SCMSP

» Questão que acabou sendo ANULADA. Vamos lembrar que a tomografia não é obrigatória em um quadro de pancreatite aguda.
Geralmente ela é solicitada nos quadros mais graves e com suspeita de complicações. Uma lembrança importante é que quando
realizada, o ideal é que seja feita após 72 horas para não subestimarmos a gravidade da doença. Avaliando as alternativas: A- Correta.
Vamos lembrar que um apache II maior ou igual a 8 já indica gravidade. B, C e E- Corretas. A falha na introdução da dieta, a presença de
peritonite ou liquido na USG, nos faz pensar em alguma complicação. D- Correta. Um úinico detalhe, uma PCR > 150mg/dl sustentada.
Não em um primeiro momento, mas de qualuer maneira vamos aceitar a resposta. Ou seja, todas as alternativas indicam a realziação da
TC. Questão ANULADA.

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7 - 2021 HSL - SP

» Paciente de 29 anos internado com quadro de pancreatite aguda. Observe que não identificamos a presença de nenhuma insuficência
ou sinal de falência orgânica, o que nos ajuda a definir o quadro como leve. Qual deve ser o tramento inicial? Internação, analgesia,
correção de distúrbios hidroeletorlíticos e ácido-básico, hidratação e suporte. Gabarito letra A. A antibióticoterapia é indicada somente
nos quadros com necrose infectada. E neste caso, mais simples, não necessitamos realizar exames de imagem.
8 - 2021 UNESP

» Paciente com um quadro clínico típico de pancreatite aguda, associado a elevação dos valores de amilase (> 3x a normalidade), que
realizou TC que demonstra pâncreas difusamente aumentado, com realce heterogêneo e questionável dilatação discreta de via biliar
distal (avaliação minuciosa comprometida pela falta das demais imagens, evidentemetne). Analisando as alternativas: A- Incorreta: o
antibiótico só deve ser indicado na presença de necrose infectada. B- Incorreta: a tomografia, quando indicada, deve ser realizada
idealmente após 72-96 horas. Uma tomografia antes deste momento pode subestimar a gravidade do quadro. Lembre-se que a necrose
só se estabiliza após 72 horas. C- Correta: o consumo de cálcio deminstra um indício de falência orgânica além disso, entra nos critérios
de Ranson dentro das primeiras 48 horas. D- Incorreta: a CPRE só vai estar indicada nos quadros de icterícia persistente ou colangite.
Gabarito letra C.

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9 - 2021 SUS - SP

» Repare que o enunciado já deixa claro que temos indicação cirúrgica e ele nos solicita a maneira MENOS INVASIVA. Das possibilidades, a
menos invasiva e eficaz é a que encontramos na letra D. É o tratamento de escolha sempre que possível, uma drenagem transgástrica via
endoscópica. A punção, como consta na letra B deve ser evitada pelo risco aumentado de formação de fístulas. Os outros procedimentos
são mais invasivos. Gabarito letra D.

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10 - 2021 USP - SP

» Analisando o enunciado indicamos o provável diagnóstico de pancreatite aguda de origem biliar. A presença de "irritação peritoneal" em
andar superior ficou um pouco fora do quadro clínico tradicional, mas podemos sim dizer que temos clínica e laboratório compatíveis, o
que, de acordo com os critérios de atlanta, já nos permite fechar o diagnóstico. Foi realizada uma USG que identificou colelitíase, com
microcálculos, o que nos fala muito a favor de uma pancreatite aguda de origem biliar. A dúvida é, precisamos realizar algum outro
exame de imagem? Não. Veja que a paciente não tem indicação para a realização de uma tomografia. Não é um quadro grave e a
princípio não suspeitamos de complicações. Outro ponto interessante, é que a TC, quando indicada deve ser realizada inicialmente nos
casos de diagnóstico duvidoso (o que não é o caso) ou após 72 horas para avaliar complicações. Em relação a dilatação da via biliar, até
mesmo devido ao edema e inflamação, ainda não vamos nos preocupar tanto com ela e nem com a BD de 1,9. Lembre-se que a
abordagem das vias biliares na PA é indicada para pacientes com colangite ou com icterícia progressiva. Gabarito letra A.

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11 - 2021 USP - SP

» Questão difícil para quem não tem muita experiência com tomografia computadorizada. Mas se você não tem, agora vai ter. O caso
clínico é sobre icterícia obstrutiva, que possui várias causas. E quando pensamos na região periampular, lembramos principalmente de:
cálculo, tumor na ampola de Vater e tumor da cabeça do pâncreas. Na imagem da questão vemos um corte axial de uma tomografia de
abdome com contraste. E o achado é uma lesão hipodensa (cinza) na cabeça do pâncreas (rosa). Letra A: incorreta. A artéria mesentérica
superior fica mais posterior (vermelho). Letra B: incorreta. A veia cava inferior não está em contato com a lesão (azul). Letra C: incorreta.
O tronco celíaco não aparece nessa imagem, seria num corte mais superior. Letra D: correta. A veia mesentérica superior é a que fica ao
lado da cabeça do pâncreas (amarelo).

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12 - 2021 FJG

» Qual das opções não faz parte dos critérios de gravidade? Vamos lembrar que. a hipertrigliceridemia é uma das causas da pancreatite
aguda. No entanto, a dislipidemia não está entre os fatores de risco. Idade maior do que 60 anos, entra nos critérios de Ranson e BISAP
por exemplo. Alguns marcadores clínicos como sangramento digestivo, IMC > 30 kg/m2, também são considerados. O índice de
Charlson, por mais que não seja específico da pancreatite, quando elevado, indica mortalidade elevada. Gabarito letraA.

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13 - 2021 SCMBH

» As bancas adoram questões sobre critérios de Ranson, mas a verdade dos fatos é que eles são antigos e estão sendo cada vez menos
utilizados pela baixa acurácia em predizer gravidade na pancreatite aguda, sobretudo no momento da admissão. De uma forma ou de
outra, têm como base onze achados laboratoriais e clínicos revistos durante a admissão e depois de 48h (os valores são diferentes para a
pancreatite biliar e não biliar, sendo que não utilizamos o parâmetro da PaO₂ em quadros biliares). Três ou mais pontos já caracterizam
um episódio como grave. Os parâmetros avaliados são: Na admissão hospitalar: idade, contagem global de leucócitos, glicemia, LDH e
AST; Dentro de 48 horas: queda do hematócrito, aumento de BUN, cálcio sérico, PaO₂ (repetindo, não é um parâmetro levado em conta
nos quadros biliares), deficit de base e deficit de fluido estimado; Cuidado com a dosagem de lipase sérica! Os níveis de lipase possuem
grande especificidade no DIAGNÓSTICO de pancreatite aguda, mas não apresentam nenhuma correlação com a gravidade do quadro.
Resposta: letra D.

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14 - 2021 HUBFS/HUJBB

» Questão estatística, decoreba, porém clássica. As duas principais causas de pancreatite aguda no nosso meio são a biliar e a alcoólica.
Gabarito letra C.

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15 - 2021 SURCE

» Estamos diante de uma pancreatite aguda grave e, perceba que após 2 semanas o quadro clínico degringolou, o que nos faz pensar em
complicações infecciosas como a infecção de uma provável necrose pancreática. Como avaliar? O melhor exame para este momento
(como o paciente se estabilizou com o uso de aminas vasoativas) é a tomografia. Ela permite a análise do parênquima pancreático, de
complicações, entre outras alterações. Gabarito letra C.

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16 - 2021 HUBFS/HUJBB

» Sobre a pancreatite crônica, vamos avaliar as alternativas: A- Incorreta: A etiologia alcoólica promove mais alteração nos critérios de
Cambridge. B) Correta: A principal causa é a dor intratável clinicamente! C) Incorreta: A base do tratamento é somente reposição com
enzimas, principalmente a lipase. D) Incorreta: É mais frequente na pancreatite crônica, notadamente após episódios de agudização que
passam sem diagnóstico. E) Incorret:. A cirurgia mais realizada para este fim é a pancreatojejunostomia laterolateral (procedimento de
Puestow modificado ou Partington-Rochelle). Gabarito letra B.

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17 - 2021 HUBFS/HUJBB

» Paciente com quadro clínico compatível com pancreatite aguda e com elevação de amilase e lipase, o que fecha o diagnóstico. A-
incorreta: a presença ou não de febre não define nem diagnóstico e nem o prognóstico da pancreatite aguda. B- Incorreta: as causas
mais comuns são cálculos biliares, abuso de álcool e hipertrigliceridemia. C- Incorreta: a manutenção de dieta zero depende da
gravidade do quadro. Nos quadros leves, a dieta é zerada até a recuperação do apetite e controle da dor. Nos casos graves, devemos
iniciar a terapia de suporte nutricional tão logo o paciente se encontre estável. D- Incorreta: na presença de icterícia persistente ou
colangite associada, a CPRE com papilotomia está indicada. E- Correta: o grande medo no quadro de pancreatite aguda é a infecção da
necrose, que indica adoção de antibioticoterapia e necrosectomia. Gabarito letra E.

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18 - 2021 UFPB

» Vamos analisar as alternativas: A) Verdadeiro. A causa mais comum de pancreatite é por migração de microcálculos (< 2-3 mm) para o
ducto colédoco. B) Falso. O diagnóstico de pancreatite aguda necessita de 3 de dois critérios: Presença de sintomas típicos, enzimas
pancreáticas maior que 3x o valor de referência ou exame de imagem que sugira pancreatite. C) Falso. O tratamento das coleções
pancreáticas deve ser conservador, a mesnos que tenha infecção associada. Nesses casos, a drenagem percutânea é a prioridade. D)
Falso. O exame de eleição para avaliação de necrose pancreática é a tomografia com contraste endovenoso. E) Falso. A tomografia deve
ser indicada após 48-72 horas nos pacientes graves. Antes desse período, a chance de falso negativo aumenta. Resposta: letra A.

19 - 2021 HC - UFPR

» Vamos avaliar as assertivas: 1- Incorreta: 90%? Não, pensando em CA de pâncreas, mesmo com o diagnóstico feito com lesões pequenas
e sem invasão de órgãos adjacentes, a sobrevida não chega a 90%. A taxa de sobrevida para tumores localizados gira em torno de 30-
40%. 2- Correta: o famoso sinal de Courvoisier Terrier: vesícula palpável e indolor em um paciente ictérico. 3- Correta: O cistoadenoma
seroso geralmente tem comportamento benigno, porém se apresenta crescimento rápido ou sintomas, deve ser tratado cirurgicamente.
4- Incorreta: O tumor de Frantz é uma neoplasia que geralmente acomete mulheres jovens e gera poucos sintomas. Seu risco de
malignização é pequeno, porém presente, indicando necessidade de cirurgia quando identificado. Corretas 2 e 3, gabarito letra C.

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20 - 2021 UFPB

» Vamos analisar as alternaativas: A) Incorreta. O adenocarcinoma ductal é o tumor mais comum do pâncreas, encontrado mais
frequentemente na cabeça (aproximadamente 70%). B) Incorreta. Na coledocolitíase, primeiro surge a dor e depois a icterícia, visto que é
um processo mais agudo. Na obstrução tumoral, essa sequência se inverte, sendo a icterícia mais intensa antes do surgimento da dor. C)
Incorreta. O tumor maligno de duodeno mais comum é o adenocarcinoma de papila, porém o mais frequente da região periampular é o
adenocarcinoma de cabeça de pâncreas. D) Incorreta. A cirurgia de ressecção so deve ser realizada quando houver intenção curativa,
caso contrário, procedimentos de derivação são ideais par ao alívio dos sintomas do paciente, podendo optar por derivação
biliodigestiva ou passagem de prótese por CPRE. E) Correta. Pacientes com acometimento de veia mesentérica superior maior que 180
graus ou acometimento de artéria mesentérica superior menor que 180 graus podem ser submetidos á terapia neoadjuvante. Caso haja
resposta, procede-se com cirurgia com intenção curativa.Dessa forma, a quimioterapia pode transformar lesões inicialmente
irressecáveis em ressecáveis. Resposta: letra E.

21 - 2021 UFMA

» Paciente com história de colelitíase sintomática e que há 36 horas passou a apresentar dor em andar superior do abdome com
irradiação para o dorso em barra, de forte intensidade, náuseas, vômitos e colúria. Ou seja, devemos pensar em pancreatite aguda, uma
vez que ela apresenta clínica e fator de risco. A- Incorreta: de fato a amilase e a lipase apresentam valor no diagnóstico, mas não
guardam relação com o prognóstico. B- Correta: Sendo um quadro leve, a CVL é recomendada ainda na mesma internação. Não em um
primeiro momento, mas na mesma internação. Nos casos graves de pancreatite aguda, atualmente recomenda-se esperarmos 4-6
semanas. C- Incorreta: a USG é o padrão ouro para avaliarmos a colelitíase, mas não é um bom exame para a coledocolitiase e
pancreatite aguda. D- Incorreta: a CPRE deve ser realizada nos quadros de icterícia persistente ou colangite. Gabarito letra B.

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22 - 2021 SURCE

» Neste caso, a primeira coisa a se fazer é determinar qual tipo de cisto pancreático estamos lidando: temos um paciente idoso com cisto
pancreático grande, com comunicação intraductal e elevação de CEA e amilase altos. Nestes termos, a neoplasia intraductal papilífera
mucinosa (IPMN) é a principal suspeita! Estas lesões tem alto grau de malignização se presentes os critérios de Fukuoka, que incluem:
cisto > 3cm; nódulo com realce mural > 5mm; alargamento de ducto pancreático principal com atrofia distal; crescimento > 5mm em
2anos; espessamento de parede cística, linfadenopatia; aumento de CA 19-9. Nestes casos, a ressecção em bloco da lesão com o tecido
pancreático adjacente (pelo alto risco de malignização) é indicada. Como a lesão tem > 3cm e encontra-se na cabeça do pâncreas, a única
cirurgia possível é a duodenopancreatectomia, tornando correta a letra B. Gabarito: letra B.

23 - 2021 UFMT

» Em relação a pancreatite, vamos avaliar as alternativas: A- Incorreta. A tomografia não é obrigatória para o diagnóstico e não necessita
ser realizada para todos os pacientes, notadamente naqueles com quadro leve. Quando indicada, ela deve ser feita idealmente após72
horas. B- Incorreta. O menor parte dos pacientes. Tanto é que não indicamos a colecistectomia profilática para pacientes com
microcálculos. C- Incorreta. Valores de amilase e lipase não guardam relação com o prognóstico. D- Correta: sim! Realizamos para definir
se a causa realmente é biliar. Gabarito letra D.

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24 - 2021 UFMA

» Em relação às neoplasias císticas do pâncreas: A- Correta: Essas são alguns dos fatores de risco para as neoplasias císticas. B e D-
Incorretas: a neoplasia cística serosa habitualmente se apresenta com pequenos cistos multiloculados (aspecto em "favo de mel"). Tem
baixo potencial de malignidade e à punção apresenta baixos níveis de CEA, mucina e amilase; Obs.: é a neoplasia cística mucinosa que
tem estroma semelhante ao ovário. C: Incorreta: a neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN) de ducto principal apresenta maior
risco de malignização (varia de 30% a 50%) que o de ductos secundários, sendo sempre indicada a cirurgia (nos de ductos secundários
temos que avaliar os estigmas de alto risco). Gabarito letra A.

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25 - 2021 UFSC

» Vamos relembrar a classificação tomográfica de Balthazar para pancreatite aguda: A - Pâncreas de aspecto normal. B - Aumento focal ou
difuso do pâncreas. C - Aumento focal ou difuso pâncreas com inflamação peri-pancreática. D- Presença de coleção pancreática única. E -
Presença de duas ou mais coleções pancreáticas ou presença de gás em coleção. Resposta: letra E.

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26 - 2021 SURCE

» Vamos somando as informações para formularmos uma hipótese diagnóstica. Dor em regiãoe pigástrica, acompanhada de náuseas e
vômitos e que se irradia para o dorso. Equimose periumbilical (sinal de Cullen), tudo isso nos faz pensar em pancreatite aguda. Embora a
questão não tenha fornecido propositalmente os valores séricos da amilase e lipase para nos permitir ter certeza, a paciente ainda é
obesa e está ictérica, o que faz pensar em um quadro biliar como etiologia da pancreatite aguda. A localização da dor não é típica de
apendicite aguda, que geralmente se fixa na fossa ilíaca direita (A incorreta). Há uma acidose metabólica e hiperglicemia apenas
discretas para justificar o diagnóstico de cetoacidose diabética (B incorreta). A dor da gravidez ectópica é geralmente no andar inferior
do abdome e há comumente associação com sangramento uterino (C incorreta). Logo, gabarito letra D.

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27 - 2021 SES - PE

» Para realizarmos a ressecção cirúrgica de um adenocarcinoma de cabeça de pâncreas, precisamos garantir que o paciente não se
apresenta com metástases à distância, pois esta indica terapia com quimioterapia sistêmica. O procedimento é altamente mórbido, com
aproximadamente 50% de complicações, e com alta letalidade, com estudos documentando mortalidade de aproximadamente 25%.
Portanto, o bom status nutricional e clínico do paciente (mensurado através da Escala ECOG) devem ser adequados. Um critério de
irressecabilidade é o acometimento de artéria mesentérica superior ou tronco celíaco. Atenção, pois o acometimento da veia
mesentérica superior não contra-indica! E agora vamos ao gabarito que não é necessário para realizar o procedimento: a biópsia pré-
operatória. A biópsia tem uma alta porcentagem de falsos negativos, e um resultado negativo para câncer de cabeça de pâncreas NÃO
irá nos afastar do diagnóstico se a clínica e os outros achados forem sugestivos. Gabarito letra C. Agora, e em relação a escala ECOG de
performace? A escala PS-ECOG, avalia como a doença afeta as habilidades de vida diária do paciente, com escore que varia de zero a
cinco pontos, permitindo classificar o paciente com o índice 0 (totalmente ativo, capaz de continuar todo o desempenho de pré-doença,
sem restrição), 1 (restritos para atividade física extenuante, porém capazes de realizar um trabalho de natureza leve ou sedentária), 2
(completamente capaz para o autocuidado, mas incapaz de realizar quaisquer atividades de trabalho; fora do leito por mais de 50% do
tempo), 3 (capacidade de autocuidado limitada, restrito ao leito ou à cadeira mais de 50% do tempo de vigília), 4 (completamente
limitado, não pode exercer qualquer autocuidado; restrito ao leito ou à cadeira) e 5 (morto).

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28 - 2021 UFMA

» Em pacientes com pancreatite aguda, o escore de Marshall é utilizado para avaliação de disfunção orgânica, indicada pela presença de
uma pontuação ≥ 2. Os critérios utilizados neste escore são: relação PaO2/FiO2, creatinina e PA sistólica. Sendo assim, no caso em tela,
com os dados fornecidos, vemos que o paciente não pontua neste escore, ou seja, ele não possui sinais de disfunção orgânica.Dito isso,
o que faz com que esse paciente permaneça internado? A simples presença dos sintomas - a alta hospitalar é determinada quando a dor
é controlada com analgésicos orais e o paciente pode volta a se alimentar normalmente.E a tomografia de abdome? Segundo o Harrison:
“a TC pode ser mais útil 3 a 5 dias da hospitalização, quando os pacientes não estão respondendo ao tratamento de manutenção, de
forma a investigar a existência de complicações locais como necrose”. Portanto, como o quadro do caso em questão é leve, sem
disfunção orgânica e a evolução é satisfatória, não há necessidade de realizar tomografia de abdome ou ressonância magnética.
Lembrando que a etiologia da pancreatite já foi esclarecida (alcoólica) e o exame obrigatório, que seria a ultrassonografia de abdome, já
foi realizado.Resposta: letra A.

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29 - 2021 AMP

» Vamos analisar as alternativas: I - Correta. A cabeça do pâncreas fica à direita da linha média envolta pelo duodeno, sendo irrigada pelas
artérias pancreatoduodenal inferior e anterior. É onde se encontra a maior parte dos adenocarcinomas pancreáticos. II - Incorreta. O
pâncreas não é irrigado pelas artérias renais. A irrigação é realizada por ramos da artéria mesentérica superior (pancreatoduodenal
inferior) e do tronco celíaco (artéria gastroduodenal). Resposta: letra C
30 - 2021 HCPA

» Estamos diante de um paciente de 60 anos, com dor abdominal, icterícia e perda ponderal há 30 dias. Na avaliação complementar temos
um CA 19-9 aumentado com lesão sólida em cabeça pancreática de 2,7 cm com contato menor que 180 graus com a veia mesentérica
superior (VMS), sugerindo neoplasia de cabeça pancreática. Vamos analisar as alternativas: Letra A: Incorreta. O paciente já tem
estadiamento adequado de abdome com a tomografia. Seria necessário um Rx ou TC de tórax para complementar o estadiamento. Letra
B: Incorreta. A drenagem pré-operatória das vias biliares está indicada quando o paciente apresenta colangite aguda. Letra C: Incorreta.
A terapia neoadjuvante com quimioterapia e radioterapia é realizada em alguns serviços para tumores de cabeça de pâncreas com
contato de VMS maior que 180 graus ou contato com artéria mesentérica superior menor que 180 graus. Nessas situações, se houver
resposta à neoadjuvância, o tratamento cirúrgico está indicado. Letra D: Correta. O tratamento para esse paciente é
duodenopancreatectomia com intenção curativa sem necessidade de neoadjuvância. Resposta: letra D.

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31 - 2021 AMP

» Em relação a um quadro de pancreatite aguda, vamos avaliar as assertivas. I: Correta. De acordo com os critérios de Atlante, para o
diagnóstico precisamos de dois dos 3 seguintes achados: clínica compatível, laboratório (amilase e, ou lipase > 3x normalidade) e
tomografia. II: Correta. Existem diversas causas de hiperamilesmia, ao passo que a elevação da lipase é mais específica e duradoura. III:
Correta. Na pancreatite aguda algumas medidas são essenciais: hidratação, analgesia, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e
suporte. O paciente também deve ser internado. IV: Correta. A principal causa de pancreatite aguda no nosso meio é a origem bilar, a
segunda é a alcoólica. Gabarito letra E.

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32 - 2021 SES - DF

» Afirmativa INCORRETA. O diagnóstico de pancreatite aguda pode ser facilmente estabelecido diante de um caso típico com auxílio da
dosagem de amilase e lipase, que estarão > 3 vezes o limite superior da normalidade. Esse padrão laboratorial possui alta especificidade
para pancreatite aguda - se as duas estiverem aumentadas, a especificidade e a sensibilidade chegam ambas a 95% (5% dos casos de
pancreatite aguda terão as duas enzimas normais, o que provavelmente representa casos de pancreatite crônica agudizada). Não são as
aminotransferases que auxiliam no diagnóstico, embora a AST guarde algum valor prognóstico e seja usada nos critérios de Ranson.
Resposta: letra B.

33 - 2021 SES - DF

» Embora saibamos que no dia a dia é comum pedir tomografia computadorizada de abdome e pelve para todos os pacientes com
suspeita de pancreatite aguda, não se trata de uma conduta com respaldo na literatura. Isso porque a TC com contraste venoso possui
como finalidades avaliar complicações locorregionais e ajudar no diagnóstico de casos duvidosos, sendo mais bem indicada em casos
graves. Além disso, o exame pode ser normal em 15-30% dos casos de pancreatite "leve", o que não justificaria a sua realização nesses
pacientes, até porque a probabilidade de complicações é baixa em tal contexto. Assim sendo, as grandes recomendações para realização
desse exame são: diagnóstico clínico duvidoso; presença de critérios clínicos de gravidade como distensão e dor abdominal, hipertermia
e leucocitose; Ranson ≥ 3 ou APACHE II ≥ 8; pacientes apresentando deterioração clínica a despeito de tratamento conservador inicial por
48-72h; deterioração aguda após melhora clínica inicial. O exame ideal é a TC helicoidal, que é capaz de revelar imagens com maior
definição da captação do contraste endovenoso. Resposta: letra A.

34 - 2021 SES - DF

» Conceito incorreto! Até pouco tempo atrás, se recomendava antibioticoprofilaxia para portadores de pancreatite aguda grave com > 30%
de necrose do pâncreas. No entanto, estudos recentes sugeriram não haver qualquer benefício com essa conduta, pelo contrário! Ela
parece aumentar a incidência de superinfecções fúngicas (candidíase sistêmica). Assim, importantes livros de referência afirmam não
haver nenhum benefício com antibioticoprofilaxia na pancreatite aguda, esja ela grave ou não. Na presença de necrose infectada o
tratamento está bem indicado, sendo o antibiótico de escolha o imipenem pelo espectro de cobertura e pela boa penetração no
parênquima pancreático. Resposta: letra B.
35 - 2021 FAMEMA

» Estamos diante de uma paciente com necrose infectada. Qual deve ser a nossa conduta? Necrosectomia. Veja que a paciente vem
piorando clinicamente. Neste momento, devemos indicar a ntibioticoterapia e a necrosectomia. Gabarito letra D.

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36 - 2021 UNAERP

» Este paciente da questão tem uma história compatível com uma pancreatite aguda grave, apoiado pelo grande tempo que permaneceu
internado (50 dias) há 03 meses. Atualmente apresenta um provável foco infeccioso e apesar de não ter dor abdominal a primeira
suspeita é de uma complicação local da pancreatite, incluindo o pseudocisto e a necrose pancreática organizada. Para investigação e
triagem o primeiro exame a ser solicitado pode ser uma ultrassonografia para confirmação da presença de um possível cisto
pancreático. Apesar do diagnóstico diferencial incluir a necrose infectada, ressonância magnética é clara em demonstrar que se encontra
na base da via biliar. Não há sinais de síndrome colestática que nos façam pensar em uma colangite ou coledocolitíase. Gabarito: A

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37 - 2021 HPEV

» Estamos diante de uma mulher jovem, 28 anos, torporosa, descorada, com sudorese fria, sem exteriorização de sangramento, agitada,
tornando-se em seguida sonolenta. A paciente vem há três anos apresentando quadros de agitação associada a episódios de
hipoglicemia que, no momento, está 40 mg/dL. Sem dúvidas, a nossa conduta deve ser reverter o quadro hipoglicêmico através de
hidratação com soro glicosado associado à glicose intravenosa. Diante de um quadro de sintomas de neuroglicopenia (confusão mental
ou cefaleia,) associados à resposta adrenérgica (sudorese, tremor e palpitação), a nossa principal hipótese é a presença de um
insulinoma, tumor produtor de insulina. Portanto, devemos internar esta paciente para investigar o diagnóstico de insulinoma ou
mesmo outras causas raras de hiperinsulinemia endógena (nesidioblastose/hipertrofia de células da ilhota; hipoglicemia por
secretagogos e hipoglicemia autoimune). Gabarito: letra A.

38 - 2021 HSA - GUARUJÁ

» Esta é uma questão que requer um raciocínio clínico e crítico do aluno pois não utiliza nenhum escore de risco para pancreatite
específico mas utiliza os conceitos gerais por trás da fisiopatologia da pancreatite aguda grave. O escore mais próximo utilizado para
tomar como referência para entender esta questão seriam os critérios de Ranson, no entanto, são divididos em critérios admissionais e
de 48 horas: na admissão temos como maior gravidade pacientes com mais de 55 anos, leucocitose maior que 16000, DHL maior que
350, TGO maior que 250 e glicemia maior que 200 mg/dL. Em 48 horas, a queda do hematócrito maior que 10%, o aumento do BUN em
pelo menos 5 mg/dL, hipocalcemia menor que 8 mg/dL, déficit de bases menor que -4 e perda de fluídos maior que 6 litros. Entendendo
a fisiopatologia da doença percebemos que o processo inflamatório do pâncreas causa uma grande perda hídrica para o 3º espaço,
levando a aumento do hematócrito, e quanto maior for seu nível maior será a perda hídrica e complicações orgânicas (principalmente
renais) para o paciente. O esperado é que este mesmo processo inflamatório leve a leucocitose. A destruição do parênquima
pancreático, quando significativa, leva a hiperglicemia por redução das células produtoras de insulina. Por último, a PaO2 abaixo de 80
mmHg ainda pode ser normal, sendo o limite inferior significativo de 60-70 mmHg e o nível de amilase sérica não está diretamente
relacionado a gravidade. Por este motivo, dentre as alternativas apresentadas aquele que indica maior gravidade na doença nas
primeiras 24 horas de doença é a presença de um hematócrito maior que 44%. Gabarito: A

39 - 2021 FMJ

» As opções versam sobre o momento ideal para realizarmos a colecistectomia. Imaginando uma pancreatite aguda leve, o ideal é
operarmos ainda na mesma internação. Mesmo sendo uma paciente gestante? Sim. Ainda mais neste caso em que a gestante está no
segundo trimestre. O risco de um novo episódio de pancreatite aguda não é aceitável quando comparamos ao risco de uma CVL.
Gabarito letra A.

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40 - 2021 FMJ

» Vamos analisar as alternativas?A: Correta: os cistoadenomas mucinosos apresentam CEA elevado (acima de 192 ng/ml) e tem como
principal característica tomográfica a presença de um cisto solitário, que pode ter septações finas e ser circundado por um rebordo de
calcificação;B: Incorreta: o cistoadenoma seroso do pâncreas é composto de líquido em seu interior e é tipicamente benigno composto
de uma única camada de células epiteliais cuboides contendo glicogênio.C: Correta: o cistoadenoma seroso possui baixo potencial de
malignidade. Se o quadro for sugestivo, o tratamento intervencionista só estará indicado nas lesões grandes (> 4 cm) e sintomáticas.D:
Incorreta: nos IPMN que acometem ducto principal, o risco de malignização varia de 30 a 50%. Ou seja, um risco alto de malignização.E:
Incorreta: como dito anteriormente, cistoadenoma mucinoso pode apresentar calcificações periféricas.Como visto, a questão possui
duas alternativas corretas e deveria ter sido anulada. No entanto, o gabarito final foi a letra A.

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41 - 2021 HOS

» A chave para o diagnóstico neste caso é combinar a dor no abdome superior com irradiação para dorso, os vômitos e o aumento da
amilase: trata-se de pancreatite aguda. Como se sabe, as duas principais etiologias dessa condição são a litíase biliar e o consumo
exagerado de álcool. Como o enunciado não traz história de alcoolismo, devemos procurar, nas alternativas, algum achado compatível
com litíase biliar, o que nos deixa entre duas opções: B e E. A mais provável de estar associada à pancreatite aguda é a existência de
microcálculos na vesícula. Lembre que, para causar pancreatite, os cálculos devem ser capazes de migrar da vesícula para o colédoco,
obstruindo a via biliar principal, seja por impactação do cálculo, seja por papilite após a passagem da "pedra" através da papila... Um
cálculo com mais de dois centímetros é "grande demais" para sair da vesícula biliar e se instalar no colédoco (letra E incorreta). Vamos
avaliar as demais alternativas... Vesícula em porcelana e pólipos de vesícula não predispõem à pancreatite aguda. O carcinoma de
vesícula pode causar sintomas obstrutivos (síndrome colestática), mas raramente chega ao ponto de invadir o pâncreas e causar
pancreatite (letra D incorreta). Resposta: letra B.

42 - 2021 UNAERP

» De acordo com os critérios de Atlanta, para o diagnóstico de Pancreatite Aguda (PA) são necessários pelo menos 2 de 3 quesitos: dor
abdominal típica; alteração de enzimas pancreáticas acima de 3x o limite superior da normalidade; alterações compatíveis em exame de
imagem. Além disso, um dos escores para classificar a gravidade da PA é o BISAP (Bedside Index of Severety in Acute Pancreatitis): BUN >
25; Impaired mental status (rebaixamento do nível de consciência); SIRS; Age (idade) > 60 anos: Pleural effusion (derrame pleural na
radiografia). Repare que as iniciais em inglês formam o nome do critério. As variáveis devem ser realizadas nas primeiras 24h e uma
pontuação maior ou igual a 3 corresponde a um pior prognóstico. Com isso, podemos facilmente diagnosticar nosso paciente da
questão com pancreatite aguda por apresentar dor abdominal em faixa no andar superior do abdome há 2 dias e com lipase de 346, e
ainda como PA leve pelos critérios de BISAP, pois, dentre os dados oferecidos pela questão, a pontuação é zero. Resposta: letra C.

43 - 2021 ABC

» Um caso clássico de síndrome ictérica com uma paciente apresentando icterícia colestática (aumento de BD e enzimas canaliculares) com
acolia fecal e emagrecimento. Mesmo que não houvesse um exame de imagem, nosso principal hipótese diagnóstica já deveria ser o
câncer de cabeça de pâncreas. De qualquer forma, o exame foi realizado e se identificou uma massa pancreática SEM EVIDÊNCIAS DE
IRRESSECABILIDADE (invasão > 180º da artéria mesentérica superior ou tronco celíaco) e doença metastática (sem linfonodos ou
implantes). Ou seja, temos uma doença com potencial curativo, devendo ser indicada a cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia). _
E essa história de quimiorradioterapia neoadjuvante? Temos indicação de terapia neoadjuvante em lesões não metastáticas com: 1)
invasão da artéria < 180º de circunferência; ou 2) invasão da veia mesentérica / porta > 180º. Gabarito letra D.

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44 - 2021 PMF

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. Trata-se de um caso de abdome agudo inflamatório cuja etiologia provável é pancreatite
aguda. - Letra B: incorreta. O diagnóstico sindrômico de abdome agudo inflamatório é essencialmente clínico, sendo a ultrassonografia
reservada ao diagnóstico etiológico ao se pensar em pancreatite aguda. - Letra C: incorreta. Antecedentes pessoais e hábitos de vida são
importantes para esclarecer o diagnóstico etiológico de pancreatite aguda. - Letra D: correta. O diagnóstico de pancreatite aguda pode
ser facilmente estabelecido diante de um quadro clínico típico com dosagem sérica de amilase e lipase maior que três vezes o limite
superior da normalidade. A amilase costuma se elevar já no primeiro dia do quadro clínico, mantendo-se alta por 3-5 dias. O normal da
amilase sérica geralmente é abaixo de 160 U/L. A especificidade aumenta muito quando considerados níveis acima de 500 U/L e
principalmente 1.000 U/L. Apesar de não estar totalmente correta, visto que o nível sérico de amilase confirma o diagnóstico etiológico, a
letra D é a mais adequada dentre as demais. Resposta: letra D.

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45 - 2021 HBP - RP

» Em relação a pancreatite aguda leve, vamos avaliar as alternativas: A- Incorreta: na pancreatite aguda leve o esperado é o retorno do
apetite e o controle de náuseas e vômitos com cerca de 4-7 dias, por isso a paciente deve ser mantida em dieta zero. B- Incorreta: a CPRE
está indicada nos quadros de icterícia progressiva ou colangite. C- Incorreta: nos quadros leves, o ideal é realizarmos a cirurgia ainda na
mesma internação após a resolução do quadro agudo. D- Correta: apesar de não ser imediate, a necrosectomia deverá ser realziada em
algum momento. Gabarito letra D.

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46 - 2021 UNAERP

» Estamos diante de paciente de 45 anos com dor em abdome superior de instalação súbita, vômitos e com irradiação dorsal de forte
intensidade e com piora após alimentação. Ao exame físico há dor à palpação, hipotensão, taquicardia e o clássico sinal de Gray-Turner,
que é a presença de manchas equimóticas nos flancos, sugerindo hemorragia de retroperitônio, frequentemente por pancreatite aguda
hemorrágica. A colecistite aguda não cursa com sinal de Gray-Turner. A diverticulite perfurada cursa com dor em fossa ilíaca direita com
irradiação para todo o abdome e com sinais de peritonite. A apendicite aguda inicia com dor abdominal progressiva em fossa ilíaca
direita e a peritonite apresenta abdome rígido com descompressão dolorosa. A úlcera perfurada inicia em minutos ou horas uma
peritonite generalizada com abdome em tábua seguido de sepse. Resposta: pancreatite aguda.

47 - 2021 HOS

» Quando realizada três ou mais dias após o início da dor abdominal, a tomografia computadorizada com contraste pode estabelecer de
forma confiável a presença e extensão da necrose pancreática e complicações locais assim como prever a gravidade da doença.
Resposta: letra B.

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48 - 2021 FAMERP

» A questão nos mostra um paciente idoso, tabagista, com história de icterícia progressiva associada a emagrecimento e que, ao exame
físico, apresenta o sinal de Courvoisier-Terrier - vesícula biliar palpável e indolor. Diante desses achados, devemos pensar em um
neoplasia periampular, sendo a principal delas o adenocarcinoma de cabeça de pâncreas. Resposta: letra D.

49 - 2021 HSL - RP

» Este achado de dor epigástrica e em hipocôndrio direito após alimentos gordurosos, nos faz pensar em cólica biliar. Ou seja, a paciente
tem colelitíase. No moemnto com dor em andar supeiror, associada a vômitos, febre, icterícia e confusão mental. A melhor hipótese
seria uma colangite, no entanto não identificamos esta opção. Dentre as apresentadas, aquela mais plausível é a pancreatite aguda. As
outras cursam com quadro bem diferente do apresentado. Hepatite aguda e úlcera infectada, nao geram este wuadro dramático. Na
colecistite, esperamos encontrar o sinal de Murphy e no pseudocisto, precisamos da história de pancreatite aguda prévia. Gabarito letra
D.

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50 - 2021 SMS - PIRACICABA

» O manejo inicial de um paciente com pancreatite aguda consiste em cuidados de suporte com reanimação com fluidos, controle da dor e
suporte nutricional. Fornecemos hidratação a uma taxa de 5 a 10 mL/kg por hora de solução cristaloide isotônica a todos os pacientes
com pancreatite aguda, a menos que fatores cardiovasculares, renais ou outros fatores impeçam a reposição agressiva de fluidos. As
necessidades de fluidos são reavaliadas em intervalos frequentes nas primeiras seis horas de internação e nas 24 a 48 horas seguintes. A
dor abdominal costuma ser o sintoma predominante em pacientes com pancreatite aguda e, quando não controlada, pode contribuir
para a instabilidade hemodinâmica. O controle adequado da dor requer o uso de opiáceos intravenosos, geralmente na forma de uma
bomba de analgesia controlada pelo paciente. Pacientes com pancreatite leve geralmente podem ser tratados apenas com hidratação
intravenosa, uma vez que a recuperação ocorre rapidamente, permitindo que os pacientes retomem a dieta oral em uma semana. O
suporte nutricional é frequentemente necessário em pacientes com pancreatite moderadamente grave se eles provavelmente não
retomarem a ingestão oral em cinco a sete dias. A alimentação por sonda nasojejunal preferida à nutrição parenteral total. A abordagem
das complicações associadas e dos fatores predisponentes subjacentes deve ser realizada após a estabilização do paciente. Resposta:
letra C.

51 - 2021 HAOC

» O diagnóstico da pancreatite aguda pode ser estabelecido quando temos pelo menos DOIS dos seguintes critérios: (1) dor abdominal em
localização típica, como a região epigástrica ou quadrante abdominal superior; (2) elevação da lipase ou amilase pelo menos três vezes
acima da normalidade; (3) exame de imagem compatível (ex.: tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética). No caso
apresentado, temos paciente com dor abdominal na região superior do abdome com vômitos e aumento significativo de amilase e
lipase. Portanto, podemos bater o martelo quanto ao diagnóstico de pancreatite aguda SEM necessidade de imagem! Qual a etiologia?
Ora, como a vesícula possui cálculos, o mais provável é que seja pancreatite biliar. Não há evidências de coledocolitíase ou colangite,
porque a via biliar possui calibre normal.
Uma vez que a paciente vem evoluindo bem ao tratamento, com boa aceitação dieta e sem dor abdominal, o mais provável é que se
trate de pancreatite leve, sem necessidade de qualquer investigação ou exame adicional - A, B, C e D incorretas. O próximo passo é
retirar a vesícula (colecistectomia), ainda na mesma hospitalização, para evitar complicações biliares e recorrência da pancreatite.
Resposta: E.

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52 - 2021 SCMV

» A questão descreve alguns casos de pancreatite aguda e deseja saber em qual há indicação cirúrgica. A e C - Incorretas: nos casos de
pancreatite aguda leve por álcool, o tratamento inclui apenas medidas clínicas de suporte: repouso, analgesia, antieméticos, dieta zero
(inicialmente) e infusão de líquidos e eletrólitos para correção da desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos causados
pelos vômitos. B - Correta: nos casos de pancreatite aguda GRAVE de origem biliar, além das medidas de suporte, está indicada a
abordagem por CPRE e papilotomia nos primeiros dias de evolução, nos pacientes que apresentem clínica sugestiva de colangite ou
obstrução mantida da via biliar demonstrada por exame de imagem. A colecistectomia seria realizada posteriormente. D - Incorreta: na
pancreatite aguda LEVE de etiologia biliar, a colecistectomia está indicada, podendo ser realizada precocemente ou tardiamente na
mesma internação após a resolução dos sintomas (mais comum). Resposta: letra B.

53 - 2021 SCMV

» Vamos analisar as assertivas: I - Correta. O grande exemplo é o de um tumor avançado que promove compressão do trato
gastrointestinal. II - Correta. Mesmo em estágio incurável, as perfurações intestinais ou mesmo presença de sangramento devem ser
controlados. III - Correta. Presença de traqueostomias, ostomias e derivações permitem maior conforto e qualidade de vida aos
pacientes em cuidados paliativos. IV - Correta. A grande finalidade é permitir maior conforto do paciente como controle da dor e melhor
performance que pode ser adquirida com a ressecção da lesão. Corretas: I, II, III e IV. Gabarito: letra A.
54 - 2021 SCML

» Vamos analisar as alternativas: A) Correta. Na pancreatite aguda grave podemos encontrar a presença de complicações locais como
coleções, necrose ou pseudocistos e estas podem comprimir as estruturas próximas como o duodeno, por exemplo, e dificultar a
realização de procedimentos endoscópicos. B) Incorreta. Pacientes que apresentam pancreatite aguda de origem biliar podem
apresentar coledocolitíase associada, por isso, a importância de se investigar a presença de cálculos no colédoco. C) Incorreta. Se a
presença de cálculos no colédoco for confirmada, devemos lançar mão de procedimentos para retirar estes cálculos, estes consistem em
CPRE ou exploração cirúrgica do ducto colédoco. D) Incorreta. Primeiro devemos tratar o quadro de pancreatite, ou seja, diminuir o
processo inflamatório e, em seguida, realizar a colecistectomia ainda na mesma internação. E) Incorreta. Independente de ser um
quadro complicado ou não, todo paciente que apresenta pancreatite aguda de origem biliar não deve ter a colecistectomia adiada, esta
deve ser realizada ainda na mesma internação após a melhora do quadro de pancreatite. Gabarito: letra A.

55 - 2021 HMASP

» A hiperamilasemia é uma consequência e não uma causa da pancreatite aguda. Em relação as causas temos:litíase biliar e álcool, como
sendo as principais e outras como algumas drogas (azatioprina, 6-mercaptopurina, sulfonamidas, estrógenos, tetraciclina, ácido
valproico, medicações anti-HIV), CPRE, trauma (grande impacto), obstrução não litiásica, metabólicas
(hipercalcemia, hipertrigliceridemia), genética, idiopática. Gabarito letra E.

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56 - 2021 UNIMED - RJ

» A Tomografia Computadorizada (TC) em sua fase VENOSA é o exame de eleição na Pancreatite Aguda (PA) para delinear o pâncreas e
para avaliação da gravidade da doença. A TC avalia com precisão aumentos difusos ou localizados do órgão, presença ou não de
coleções fluídas pancreáticas e peripancreáticas, e borramento da gordura perirrenal e peripancreática. Além dessas vantagens, é o
exame não invasivo que melhor identifica a presença ou não de necrose do órgão. Porém, é importante ressaltar que a TC não é
necessária para o diagnóstico da PA. Caso realizada, deve ser feita após 48 a 72 horas para melhor avaliação da extensão da necrose
pancreática. Resposta: letra B.

57 - 2021 HAS

» O insulinoma é o tumor funcionante mais comum do pâncreas. Apenas 15% são malignos e em mais de 90% dos casos eles são
pequenos (< 2 cm), solitários e benignos. O insulinoma ectópico é extremamente raro, ocorre em apenas 2% dos casos e apenas 10% dos
insulinomas estão associados à NEM 1. Gabarito: letra B.

58 - 2021 UNIMED - RJ

» Dentre as causas de pancreatite crônica, a ingestão crônica de álcool é, de longe, a mais comum, sendo responsável por 70 a 80% de
todos os casos. Porém, é interessante ressaltar que apenas 3 a 7% dos grandes alcoolistas irão desenvolver pancreatite crônica! Vendo
por essa perspectiva, percebemos que o álcool provavelmente necessita de associações para induzir o insulto crônico, sendo o
tabagismo o principal deles (presente em até 90% dos pacientes com pancreatite crônica alcoólica). Cerca de 20% dos casos de
pancreatite crônica não apresentam uma causa clara. Os 10% restantes são divididos entre múltiplas causas, entre elas a genética,
autoimune e obstrutiva (pâncreas divisum, tumos, pós-traumática e obstrução crônica do ducto). Resposta: letra D.
59 - 2021 HAS

» Estamos diante de um paciente com pancreatite crônica (etilismo de longa data associado à pancreatite recorrente e calcificações
pancreáticas) apresentando indicação cirúrgica por dor refratária. A dilatação do ducto pancreático é determinante para a escolha do
tratamento cirúrgico. Em geral, os pacientes com um ducto pancreático dilatado (>7 mm) exigem um procedimento de descompressão,
tradicionalmente, a pancreatojejunostomia latero-lateral em Y-de-Roux (cirurgia de Partington-Rochelle). Já os pacientes com ducto
pancreático normal exigem um procedimento de ressecção, como a duodenopancreatectomia modificada (cirurgia de Whipple
modificada), para calcificações localizadas na cabeça pancreática, ou pancreatectomia subtotal distal (cirurgia de Child) para calcificações
em corpo e cauda. Técnicas combinadas como as cirurgias de Berger e Frey podem também ser utilizadas no tratamento dos pacientes
com ducto pancreático dilatado, porém, resultam em menor preservação do tecido pancreático em razão das ressecções associadas. No
caso em questão, observa-se na imagem do ato operatório a confecção inicial de uma anastomose entre o pâncreas completamente
seccionado e uma alça de delgado, sugerindo tratar-se da cirurgia de Partington-Rochelle. Um algo a mais! Vale lembrar que a cirurgia
de Partington é conhecida também como cirurgia de Puestow-modifida e que a cirurgia original de Puestow-Gilesby envolvia ressecção
distal do pâncreas e sua invaginação no interior da alça de delgado. Portanto, melhor resposta: letra B.

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60 - 2021 HAS

» Note que na imagem fica bem visível a aorta e emergência do tronco celíaco. A artéria gástrica esquerda não está muito bem
caracterizada, porém podemos notar a artéria esplênica emergindo e mantendo trajetória na margem pancreática e a artéria hepática
comum, que segue até a emergência da estrutura apontada (artéria gastroduodenal) - a partir deste ponto a chamamos de artéria
hepática própria. Gabarito: C

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61 - 2021 HSL - RJ

» Podemos observar na imagem apresentada uma duodenopancreatectomia com secção do parênquima pancreático e grampeamento da
1ª porção duodenal. São apontadas três estruturas vasculares com setas. A primeira estrutura é uma artéria que é ramo do a. hepática
comum, que por sua vez é ramo do tronco celíaco. Esta artéria apontada como “estrutura 1” tem trajeto posterior à 1ª porção duodenal e
originará as aa. gastroepiploica direita e pancreatoduodenal superior. A estrutura apontada como 2 é o primeiro ramo lateral da a.
mesentérica superior: a. pancreatoduodenal inferior que irá criar uma rede anastomótica com as pancreatoduodenais superiores, ramos
da gastroduodenal. Por último, a estrutura apontada como 3 é um ramo direto do tronco celíaco e corre cranialmente paralela ao corpo
do pâncreas em direção ao baço. Gabarito: A

62 - 2021 SMA - VR

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. O sinal de Cullen consiste em equimose na região periumbilical, sugestivo de pancreatite
necrohemorrágica. O sinal de Murphy consiste na interrupção da inspiração durante à palpação do ponto cístico, sugestivo de colecistite
aguda. - Letra B: correta. Os sinais de Cullen e Gray-Turner consistem em equimoses nas regiões periumbilical e de flancos,
respectivamente. São sugestivos de pancreatite necrohemorrágica. - Letra C: incorreta. O sinal de Cullen consiste em equimose nos
flancos, sugestivo de pancreatite necrohemorrágica. O sinal de Murphy consiste na interrupção da inspiração durante à palpação do
ponto cístico, sugestivo de colecistite aguda. - Letra D: incorreta. O sinal de Rovsing consiste em dor referida em fossa ilíaca direita
durante a palpação da fossa ilíaca esquerda, sugestivo de apendicite aguda. O sinal de Cullen consiste em equimose nos flancos,
sugestivo de pancreatite necrohemorrágica. - Letra E: incorreta. O sinal de Gray-Turner consiste em equimose na região periumbilical,
sugestivo de pancreatite necrohemorrágica. O sinal de Rovsing consiste em dor referida em fossa ilíaca direita durante a palpação da
fossa ilíaca esquerda, sugestivo de apendicite aguda. Resposta: letra B.
63 - 2021 SEMAD

» Paciente com emagrecimento e a combinação de icterícia e sinal de Courvoisier (icterícia e vesícula distendida indolor - provavelmente o
que o enunciado quis dizer com a massa palpável no hipocôndrio direito). São sintomas de neoplasia periampolar, sendo a mais comum
o adenocarcinoma de cabeça de pâncreas. Além desses sintomas, pode causar diabetes e esteatorréia, que o paciente tem, e
tromboflebite recorrente migratória (sinal de Trousseau), que é uma sindrome paraneoplásica. Gabarito: A) Correta - Auto-explicativa. B)
Incorreta - a duodenopancreatectomia (cirurgia de whipple) é para a o adenocarcinoma da cabeça do pâncreas. Se for da
cauda/processo uncinado ou cauda, o que se faz é a pancreatectomia parcial corpo-caudal. C) Incorreta - o prognóstico do
adenocarcinoma de pâncreas é sempre reservado, mas é ainda pior quando localizado no corpo ou na cauda, pois como não causa
icterícia obstrutiva por não estar próximo à ampola hepatopancreática (localizada na cabeça do pâncreas), costuma ser descoberto mais
tardiamente. D) Incorreta - quando é um tumor ressecável, não se deve fazer biópsia guiada pois o próprio procedimento aumentaria o
risco de disseminação da neoplasia. E) Incorreta - a ressecção tumoral é contraindicada caso haja metástase à distância ou invasão do
tumor ao tronco celíaco ou artéria mesentérica superior. Vale ressaltar que invasão venosa, contanto que o cirurgião considere possível
reconstruir o vaso, não é uma contraindicação, nem mesmo invasão da porta ou da cava.

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64 - 2021 FMC

» Esta questão é um pouco infeliz nos termos adotados, no entanto, o raciocínio para chegar a resposta correta não é complexo. Somos
apresentados a um paciente com dores em cólicas no HCD, associada a episódios esporádicos de náuseas e vômitos e elevação
progressiva de amilase e lipase. Percebam que temos 2 dos 3 critérios de Atlanta para pancreatite aguda (dor típica com náuseas e
vômitos + elevação de amilase e/ou lipase de pelo menos 3 vezes o limite superior), caracterizando o diagnóstico de pancreatite aguda.
Dentre as causas etiológicas, epidemiologicamente a causa biliar é a mais comum disparadamente, vindo em segundo lugar o uso de
álcool. Considerando que este paciente não tem nenhuma outra comorbidade e/ou hábito a maior probabilidade é que se trate de uma
etiologia biliar. Eventualmente, se necessário poderá ser solicitada uma colangiografia em busca de coledocolitíase, sendo o método
mais acurado e menos invasivo a colangiografia por ressonância magnética. Em síntese, trata-se de uma pancreatite aguda de etiologia
biliar e como o melhor exame a ser realizado a colangiografia. Apesar do tempo de alguns meses de duração da dor, não parece que o
paciente esteve em vigência de pancreatite todo este período, além disso para fechar o diagnóstico de uma pancreatite crônica
precisaríamos dos critérios de Rosemont, que não podem ser calculados neste momento por falta de exames complementares. Hepatite
e pancreatite alcoólica sem uso de álcool? Bastante improvável. Por sua vez, a pancreatite autoimune por IgG4 é uma doença rara, não
sendo nem de longe o diagnóstico mais provável. O quadro de cirrose biliar primária está associado a hiperbilirrubinemia, fato que não
ocorre neste paciente. Por último, a queixa de dor em cólica com presença de náuseas e vômitos não levanta como principal suspeita a
presença de uma gastrite. Gabarito: C

65 - 2021 SCM - BM

» Questão interessante sobre semiologia! Aproximadamente 3% dos pacientes com pancreatite aguda evoluem com equimose
periumbilical (sinal de Cullen) e em flancos (sinal de Gray-Turner). São achados sugestivos de necrose pancreática e sangramento
retroperitoneal, mas é importante reconhecer que podem ser encontrados em pacientes com hematoma retroperitoneal espontâneo.
Sobre os demais sinais semiológicos: o sinal de Murphy ocorre na colecistite aguda, quando diante da palpação do ponto cístico, o
paciente interrompe subitamente a inspiração profunda por sentir dor. O sinal de Rovsing é descrito como dor na fossa ilíaca direita após
a compressão da fossa ilíaca esquerda (por deslocamento do ar em direção à fossa ilíaca direita). Resposta: letra A.

66 - 2021 HSL - RJ

» Esta é uma paciente com dor abdominal súbita de forte intensidade em andar superior do abdome e que apresenta como posição
antálgica a flexão do quadril e dos joelhos. Este quadro deve levantar a suspeita de uma pancreatite aguda! Ao lembrar dos critérios de
Atlanta para pancreatite revisados em 2012 temos o seguinte: para o diagnóstico é necessário 2 dos 3 critérios. 1. Dor típica associada a
náuseas e vômitos; 2. Amilase e/ou lipase pelo menos 3x maior que a referência e por último 3. Exame de imagem sugestivo de
pancreatite aguda. Nesta questão o aumento da dificuldade ocorre por apresentar duas possíveis respostas corretas: amilase e lipase.
No entanto, o enunciado é muito enfático em colocar que a dor começou a apenas 5 horas. Sabemos que a amilase apresenta uma curva
de ascensão mais rápida e breve que a lipase, subindo em poucas horas. Portanto, para confirmar o diagnóstico o próximo exame a se
realizado é a pesquisa de amilase. A lipase poderá ainda vir normal ou elevada em menos de 3x o limite da sérica. O aumento de
bilirrubina e fosfatase alcalina apenas sugeriram a causa biliar, no entanto, não tem finalidade neste momento.
67 - 2021 HCP

» Estamos diante de um paciente que apresenta síndrome colestática sabidamente por um tumor de cabeça de pâncreas evidenciado na
tomografia de abdome. Após a avaliação criteriosa, durante a laparotomia exploradora, foi realizada uma coledocojejunostomia em Y de
Roux + gastrojejunostomia. Muito provavelmente, o paciente apresentava um tumor irressecável e não foi submetido à cirurgia corretiva
(duodenopancreatectomia). Neste caso, foi realizada uma cirurgia paliativa, uma coledocojejunostomia para descomprimir a via biliar e
gastrojejunostomia para via alimentar. Gabarito: letra C.

68 - 2021 SMA - VR

» A dor abdominal por irritação química acontece especialmente por derramamento de conteúdo ácido entérico (suco gástrico ou
pancreático) na cavidade abdominal. Dentro deste grupo de causas, as principais são pancreatite e úlcera péptica perfurada. Dentre as
alternativas, a apendicite e a doença inflamatória pélvica também podem irritar o peritônio, mas pela presença de inflamação e não por
irritação química. Portanto, sem dúvidas, a grande causa é a pancreatite. Gabarito: letra B.

69 - 2021 IBAP

» Vamos analisar as alternativas: A) Correta. O único tratamento é a ressecção cirúrgica com margens de segurança, podendo ser através
da cirurgia de Whipple ou pancreatectomia distal dependendo da localização do tumor. B) Correta. O tumor periampular mais comum é
o tumor de cabeça de pâncreas, este é caracterizado principalmente por síndrome colestática, fadiga e perda ponderal de peso. C)
Incorreta. A vesícula de Courvoisier-Terrier consiste numa vesícula biliar palpável, indolor e associada à icterícia. D) Correta. O grande
marcador do Ca de pâncreas é o CA 19-9, lembrando que ele tem valor prognóstico e não diagnóstico. Gabarito: letra C.

70 - 2021 HCP

» Gabarito liberado sem pé, nem cabeça! Somente 3% dos pacientes com pancreatite aguda evoluem com equimose periumbilical (sinal de
Cullen) e em flancos (sinal de Gray-Turner). São achados sugestivos de necrose pancreática e sangramento retroperitoneal, ou seja,
indicam gravidade, mas são encontrados em uma minoria dos casos, o que torna a letra A incorreta! A litíase biliar é a causa mais
comum de pancreatite aguda em nosso meio, respondendo por 30 a 60% dos casos. O álcool é o segundo fator mais encontrado, sendo
responsável por 15-30% dos casos. Isso significa que a letra B está correta! A elevação da amilase 3 vezes acima do limite de
normalidade possui uma sensibilidade que fica entre 67 e 83%, enquanto a sensibilidade da lipase varia entre 82 e 100%. A sensibilidade
das duas juntas, no entanto, pode chegar a 95%. A tomografia computadorizada, embora seja o melhor método de imagem para avaliar
complicações, pode ser normal em até 30% dos casos de pancreatite leve, ainda mais se solicitada precocemente, nas primeiras 48-72h.
Dessa forma, precisamos concordar que a letra C está incorreta (finalmente, a banca acertou uma). Por fim, sabemos que a maior parte
dos casos de pancreatite aguda será leve, com bom prognóstico e recuperação completa em 3-5 dias sem complicações. No entanto,
20% os pacientes terão quadros moderados/graves com complicações locais ou sistêmicas. Para se ter ideia, a presença de necrose
pancreática "joga" a mortalidade para 17%, consideravelmente mais alta quando comparamos com quadros leves, cuja
mortalidade estimada é de 3%. Pasmem, a banca errou mais uma! Questão absurda que deveria ter sido anulada!

71 - 2021 FESO

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. A pancreatite aguda induzida por drogas como azatioprina e tetraciclina ocorre em menos de
5% dos casos. - Letra B: correta. A colelitíase é a causa mais comum de pancreatite aguda, correspondendo a 40-70% dos casos. - Letra C:
incorreta. A hipercalcemia de qualquer etiologia pode causar pancreatite aguda, mas a incidência é rara, sendo a causa menos comum
dentre as citadas nas demais alternativas. A fisiopatologia envolve a deposição de cálcio no ducto pancreático e ativação do
tripsinogênio no parênquima pancreático. - Letra D: correta. A hipertrigliceridemia corresponde a 1-14% dos casos de pancreatite aguda.
Ocorre principalmente quando as concentrações séricas de triglicérides são superiores a 1.000 mg/dl. - Letra E: correta. Traumas
abdominais contusos podem precipitar pancreatite aguda em cerca de 10% dos casos, principalmente quando envolvem impacto de alta
energia. Resposta: letra C.
72 - 2021 IPSEMG

» Sabemos que a confirmação diagnóstica de pancreatite aguda exige a presença de dois dos seguintes achados: 1. Quadro clínico típico:
dor abdominal contínua em andar superior do abdome, geralmente desencadeada após um ou três dias após libação alcoólica intensa;
disposição em barra; irradiação para o dorso; náuseas e vômitos presentes. Nos casos mais graves, o paciente pode se apresentar em
mau estado geral, toxêmico, pálido hipotenso, taquicárdico, taquipneico ou com rebaixamento do nível de consciência. - Tais
características torna pancreatite aguda o diagnóstico mais provável para o caso em questão. A dor abdominal da isquemia mesentérica
costuma ser difusa e de intensidade desproporcional aos achados do exame físico. Geralmente está acompanhada de náuseas e
vômitos. As fezes podem se apresentar em geleia de amores devido à necrose da mucosa intestinais. Os achados da radiografia de
abdome costumam ser inespecíficos. 2. Dosagem sérica de amilase e lipase > 3 vezes o limite superior da normalidades. - ALT > 600 U/L
sinaliza origem biliar. 3. Tomografia computadorizada de abdome exame que deve ser solicitado quando o diagnóstico clínico de
pancreatite aguda é duvidoso; quando da presença de critérios de gravidade (distensão e dor abdominal, hipertermia > 39ºC ou
leucocitose); quando Ranson ≥ 3 ou APACHE II ≥ 8; quando deterioração clínica a despeito do tratamento conservador inicial por 72 horas
ou quando deterioração aguda após melhora clínica inicial. - A ultrassonografia abdominal costuma ser utilizada apenas para o
diagnóstico de litíase biliar, causa mais comum de pancreatite aguda. - A radiografia de abdome pode revelar os seguintes achados: alça
sentinela (íleo localizado); sinal do cólon amputado; dilatação das alças intestinais; aumento da curvatura duodenal secundário ao
aumento da cabeça do pâncreas ou irregularidades nas haustrações do cólon transverso secundário ao espasmo difuso. A presença de
distensão de alças do intestino delgado e níveis hidroaéreos confirma o diagnóstico de abdome agudo obstrutivo, cuja principal etiologia
é obstrução por brida. Resposta: Para amilase acima de 3 vezes, limite superior da normalidade, o diagnóstico é de pancreatite aguda e
o resultado de ALT acima de 600 U/L sinaliza origem biliar.

73 - 2021 IHOA

» A história do paciente é sugestiva de câncer de pâncreas, porque há manifestações clínicas típicas: dor abdominal no epigástrio
recorrente, emagrecimento de 15 kg em um ano e massa endurecida palpável no exame físico na topografia deste órgão. Há ainda sinais
de insuficiência pancreática secundária à perda da função exócrina e endócrina: esteatorreia e diabetes recém diagnosticado,
respectivamente. Câncer de estômago, de vesícula e de cólon não justificariam estes achados (letras A, B e D incorretas). O problema é
que o paciente se encontra ANICTÉRICO, o que fala fortemente contra uma lesão localizada na cabeça do pâncreas – isto geraria
obstrução das vias biliares e colestase (letra C incorreta). A melhor resposta seria adenocarcinoma de corpo/cauda de pâncreas. Por esse
motivo, a questão não possui alternativa correta e foi anulada pela banca do concurso.

74 - 2021 UNIRG

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. O gastrinoma cursa com todos os sinais e sintomas que possam resultar de um processo de
hipersecreção ácida, em especial a doença ulcerosa péptica. A apresentação clínica das úlceras possui maior intensidade, progressão e
maior refratariedade às medidas terapêuticas habituais. Sintomas relativos ao refluxo gastroesofágico são experimentados por até 1/3
dos pacientes. Cerca de 2/3 dos pacientes também desenvolvem diarreia, que resulta do alto débito de secreção ácida no intestino
delgado, associado aos efeitos da hipergastrinemia nas funções secretoras e absortivas deste órgão. - Letra B: incorreta. A pancreatite
aguda cursa com dor abdominal contínua, em faixa, inicialmente mesogástrica, mas que costuma irradia para dorso. Além disso,
apresenta náuseas e vômitos associados. - Letra C: incorreta. O tumor da cárdia está localizado na junção esôfago-gástrica e cursa com
pirose, disfagia e perda ponderal em anos. Diarreia e úlceras pépticas não são achados comuns. - Letra D: incorreta. A acalasia cursa com
disfagia e perda ponderal em anos. Resposta: letra A.

75 - 2021 AMS - APUCARANA

» Paciente com histórico de alcoolismo e tabagismo tem dor epigástrica com irradiação para dorso acompanhada de vômitos, quadro
altamente sugestiva de pancreatite aguda... A questão, porém, aborda diretamente o sinal semiológico encontrado no enunciado:
"equimose periumbilical de coloração azulada" – trata-se do sinal de Cullen e reflete hemorragia retroperitoneal que acontece nas
pancreatites agudas graves. Vamos discutir os demais sinais citados pelas alternativas. - Sinal de Grey-Turner consiste no aparecimento
de equimose em flancos e também reflete hemorragia retroperitoneal (letra A incorreta). - Sinal de Terry consiste no espaço
escafosemilunar aumentado, maior que 3 mm, em radiografias do punho (letra D incorreta). Não está descrito, na literatura, um sinal de
Ranson. Na realidade, existem o escore de Ranson, que avalia a gravidade da pancreatite aguda (letra B incorreta). Resposta: letra C.
76 - 2021 SES - GO

» Questão bem direta. A classificação de Balthazar é um escore de gravidade da pancreatite aguda baseado no grau de necrose,
inflamação e presença de coleções pacreáticas detectadas na tomografia de abdomen. Relembre o significado de cada estágio: A-
Pâncreas com tamanho normal, nitidamente definido, contorno liso, realce homogêneo, gordura peripancreática retroperitoneal sem
realce B- Aumento focal ou difuso do pâncreas, o contorno pode mostrar irregularidade, o realce pode ser não homogêneo, mas não há
inflamação peripancreática C- Inflamação peripancreática com anormalidades pancreáticas intrínsecas D- Coleções de fluidos
intrapancreáticos ou extrapancreáticos E- Duas ou mais coleções grandes de gás no pâncreas ou retroperitônio Como podemos ver, a
classificação C corresponde à inflamação peripancreática.

77 - 2021 REVALIDA UFMT

» Questão conceitual simples. A pancreatite aguda grave pode estar associada, em alguns casos, com hemorragia retroperitoneal. O sinal
de Grey-Turner e o de Cullen refletem, ambos, sangramento para o retroperitôneo. O primeiro consiste no aparecimento de equimose
em flancos e o segundo, à equimose periumbilical. Vamos relembrar os demais sinais citados. - O sinal de Chvostek é o surgimento de
espasmos dos músculos faciais em resposta à percussão do nervo facial na região zigomática e acontece na hipocalcemia grave (letras B
e D erradas). - O sinal de Gersuny é o encontro de massa moldável que recupera a forma vagarosamente depois de palpada e indica
fecaloma (letra A errada). - O sinal de Fox é a equimose inguinal e ao redor da base do pênis; também sugere hematoma retroperitoneal.
Resposta: letra C.

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78 - 2021 PUC - RS

» Estamos diante de um paciente de 64 anos que foi diagnosticado com uma neoplasia de cabeça de pâncreas definida como boderline.
Os tumores boderlines são aqueles limítrofes, ou seja, são aqueles tumores que com a terapia neoadjuvante podem ser tornar tumores
ressecáveis, por outro lado, na ausência de terapia neoadjuvante, estes tumores podem se tornar lesões irressecáveis no momento do
tratamento cirúrgico. Por este motivo, para os tumores boderline, a melhor conduta é lançar mão da terapia neoadjuvante para
promover a redução tumoral e tornar a lesão curável. Portanto, a melhor conduta é realizar a radioterapia associada à quimioterapia.
Gabarito: "quimioterapia/radioterapia neoadjuvante".

79 - 2021 SES - GO

» A questão quer saber qual alternativa não devemos utilizar para drenagem de pseudocisto pancreático. Vamos analisar as alternativas:
Letra A: Incorreta. A cistogastrostomia é o melhor método de drenagem de pseudocisto, porque cria uma comunicação entre o
pseudocisto e o estômago de maneira resolutiva e minimamente invasiva. Letra B: Incorreta. A drenagem papilar endoscópica com uso
de stent é uma alternativa de drenagem para pseudocisto. Letra C: Correta. Devemos evitar a drenagem percutânea do pseudocisto
pancreátio para o meio externo, visto que esse tem comunicação com o ducto pancreático principal, gerando uma fístula pancreático-
cutânea. Lembre-se que pseudocistopancreático é totalmente diferente de coleção pancreática infectada, onde a TC é utilizada para
drenagem de material purulento. Letra D: Incorreta. A cistojejunostomia em y-de-Roux é uma excelente alternativa para drenagem de
pseudocisto, porém é realizada por laparotomia ou por laparoscopia. Resposta: letra C.

80 - 2021 REVALIDA UFMT

» A fisiopatologia básica da pancreatite aguda é a ativação maciça das enzimas pancreáticas, que iniciam então um processo de
autodigestão do órgão. Nesse fenômeno, a digestão da gordura peripancreática pela lipase origina ácidos graxos livres, que em
combinação com o cálcio, forma as manchas de esteatonecrose, conhecidas como “pingos de vela”. Resposta: letra C.

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81 - 2021 HUSE

» O pâncreas inflamado pode produzir esta secreção para as suas imediações, isso ocorre principalmente na fase inicial das pancreatites
graves. A maior parte é reabsorvida durante a evolução do quadro e, quando não regridem, levam à formação dos pseudocistos ou
permeiam áreas de necrose. Embora não seja comum, a coleção fluida aguda também pode ser alvo de infecção, que deve ser
suspeitada na presença de febre, leucocitose e dor abdominal. No caso da presença de infecção, devemos puncionar este conteúdo
guiado por exames de imagem. Como no enunciado não há descrição de sinais de infecção, o manejo inicial é apenas observar esta
coleção que, como vimos, pode regredir, desaparecer ou evoluir para outra complicação peripancreática. Melhor conduta: tratamento
conservador. Gabarito: letra C.
82 - 2021 GHC

» Vamos analisar cada questão:I) Incorreta. Um passo fundamental na cirurgia de Whipple é a ligadura da artéria gastroduodenal, ramo da
artéria hepática comum.II) Incorreta. A técnica de telescopagem é uma técnica cirúrgica em que se faz uma invaginação do pâncreas
para dentro do jejuno, utilizada quando o ducto pancreático não é vizualiado. Ou faz técnica de telescopagem ou técnica ducto-mucosa.
A anastomose entre ducto e mucosa é a preferência, mas precisa de identificar o ducto, o que nem sempre é possível.III) Correta. A
anastomose em Y-de-Roux não faz parte da técnica clássica, mas é utilizada por alguns cirurgiões para reconstrução
biliodigestiva.Alternativa C está correta.

83 - 2021 UNCISAL

» Os cálculos biliares (incluindo microlitíase) são a causa mais comum de pancreatite aguda, respondendo por 40 a 70% dos casos. Em
seguida, temos a etiologia alcoólica, responsável por aproximadamente 25 a 35% dos casos. As etiologias citadas nas demais
alternativas são menos comuns. Resposta: letra C.

84 - 2021 UFCG

» As principais indicações exclusivas para nutrição parenteral total (NPT) são:Vômitos e/ou diarreia intratáveis e refratários ao controle
medicamentoso; Íleo paralítico; Fístulas de alto débito; Obstrução e isquemia intestinal; Peritonite difusa; Hemorragia digestiva grave;
Síndrome do intestino curto (< 100 cm de delgado residual); Síndrome disabsortiva grave (falência da terapia enteral); Impossibilidade de
acesso enteral.Portanto, nenhuma das alternativas é indicação exclusiva de NPT. Inicialmente, a banca liberou como gabarito a letra B,
mas depois a questão foi corretamente anulada.

85 - 2021 REVALIDA UFMT

» Veja que o paciente é etilista crônico e em um volume bastante considerável e por um longo período de sua vida, com internações
prévias por apendicite aguda. Ou seja, temos um provável quadro de pancreatite crônica com episódios de agudização. A dor após a
alimentação é compatível com o quadro de pancreatite crônica e poderia até justificar os achados, no entanto, veja que não
encontramos esta opção entre as alternativas. Devemos pensar, devido a clínica de obstrução alta em pseudocisto pancreático levando a
compressão extrínseca do estômago, o que justifica os achados e indica tratamento cirúrgico. Gabarito letra B.

86 - 2021 UNB

» Paciente de 55 anos do sexo feminino, sem fatores de risco descritos pela questão e assintomática. Apresenta lesão cística de 4 cm com
septações em cauda pancreátia achado de forma incidental em ultra-sonografia de abdome. As lesões císticas do pâncreas possuem
amplo espectro de doenças que podem ser categorizadas em dois grupos: cistos não neoplásicos (traumáticos, inflamatórios,
congênitos) e cistos neoplásicos, que incluem cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso, neoplasia mucinosa papilar intraductal,
neoplasia pseudopapilar sólido-cística, tumores neuroendócrinos císticos e cistoadenocarcinoma, entre outros.
Em sua maioria são lesões benignas, portanto alternativa correta letra A

87 - 2021 ICEPI

» O tratamento de escolha para o câncer de cabeça pâncreas com critérios de ressecabilidade é a cirurgia de Whipple (letra B correta), que
consiste na duodenopancreatectomia (letras C e D incorretas). Na descrição tradicional, há ressecção do estômago distal, piloro,
duodeno, vesícula biliar, colédoco, cabeça do pâncreas (letras A e E incorretas) até veia mesentérica superior e 15 cm proximais do
jejuno. A reconstrução é feita com hepaticojejunostomia (ducto hepático comum com jejuno), pancreaticojejunostomia (ducto
pancreático principal com jejuno) ou anastomose pancreático-gástrica e gastrojejunostomia (estômago com jejuno). Resposta: letra B.
88 - 2021 UNB

» A questão aborda o tema dos cistos pancreáticos e seus diagnósticos diferenciais e acompanhamento. Essa entidade possui incidência
cada vez mais elevada e pode ser achad incidental de exames de imagem abdominal por causas inespecíficas. Atualmente cerca de 2,5%
dos pacientes submetidos a exames de imagem apresentam lesões císticas. São divididas em pseudocistos, cistos não-neoplásicos e
cistos neoplásicos, que incluem cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso e neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN). Os
exames mais utilizados para o diagnóstico correspondem a ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética
(RM) e ultrassonografia endoscópica (EUS) sendo que cada um desses métodos apresenta suas vantagens e desvantagens, sendo
necessária a união entre métodos para melhor diagnóstico. A ultrassonografia de abdômen apresenta a vantagem de ser de baixo custo
possuir uma boa disponibilidade, porém, por ser operador dependente possui restrições e eventos gastrointestinais podem dificultar a
visualização do pâncreas, sendo seu principal uso para distinguir lesão sólida de lesão cística. A ressonância nuclear magnética é uma
boa opção para avaliar melhor a anatomia ductal, sendo juntamente com a eco-endoscopia os melhores métodos para diagnóstico, uma
vez que apresentam imagens de melhor qualidade do pâncreas e vias biliares. A ultrassonografia endoscópica é considerada o método
diagnóstico com maior sensibilidade para lesões císticas menores que 2 cm de diâmetro e permite ainda análise anatomopatológica
através da punção aspirativa com agulha fina do conteúdo cístico. Portanto, afirmativa errada. Resposta: Letra B.

89 - 2021 UNB

» Paciente de 55 anos do sexo feminino, sem fatores de risco descritos pela questão e assintomática. Apresenta lesão cística de 4 cm com
septações em cauda pancreátia achado de forma incidental em ultra-sonografia de abdome. Em relação as lesões císticas do pâncreas,
existem três lesões principais: 1 - neoplasia papilar intraductal mucinosa; 2 - cistoadenoma mucionoso; 3 - cistoadenoma seroso. A mais
frequente delas é a primeira (neoplasia papilar intraductal mucinosa), que quando localizadas nos ductos secundários são benignos,
particularmente em doentes assintomáticos. Em contraste, as lesões localizadas no ducto principal devem ser ressecadas e examinadas
à procura de um componente maligno. Afirmativa correta, resposta letra A.

90 - 2021 SMS - PATOS

» A questão faz algumas afirmativas sobre as pancreatites e deseja saber qual a incorreta. - Letras A e B - Corretas: a hiperglicemia é uma
alteração comum, e no início do quadro é devida à SIRS (aumento dos níveis séricos de glucagon, cortisol e catecolaminas, associado à
diminuição da insulina); mas, posteriormente, pode ser secundária a uma destruição maciça das ilhotas de Langerhans, na pacreatite
necrosante extensa. - Letra C - Correta: a amilase sérica costuma se elevar já no primeiro dia de uma pancreatite aguda (2-12h após o
início dos sintomas), mantendo-se alta por 3-5 dias, e apresenta sensibilidade de 85-90% e especificidade de 70-75%. Já a lipase sérica se
eleva junto com a amilase, porém, permanece alta por um período mais prolongado (7-10 dias), e possui sensibilidade igual à amilase
(85%), sendo mais específica (80%). Vale lembrar que a especificidade da amilase é comprometida por alguns fatores: amilase salivar (a
maior parte da amilase sérica é proveniente da saliva - 55-60% da amilase total), absorção intestinal e insuficiência renal (parte da
amilase é eliminada pelos rins, logo, a insuficiência renal grave cursa com hiperamilasemia). - Letra D - Correta: cerca de 80-90% dos
casos de pancreatite aguda cursam apenas com edema do pâncreas, sem áreas extensas de necrose, sem complicações locais ou
sistêmicas e de curso autolimitado em 3-7 dias. Esta é a pancreatite aguda edematosa ou intersticial, ou ainda, pancreatite aguda "leve".
- Letra E - Incorreta: a amilase sérica pode ser normal ou minimamente elevada em pacientes com pancreatite fulminante, bem como
nas pancreatites leves, nas pancreatites superimpostas à pancreatite crônica, ou na fase de convalescença de um episódio agudo. Assim,
o grau de elevação da amilase não é fator preditivo de gravidade ou má evolução. Resposta: letra E.

91 - 2021 UNB

» O item está errado. As lesões císticas serosas do pâncreas têm risco muito baixo de desenvolver malignidade, enquanto o risco é
moderado a alto em lesões císticas mucinosas. Em geral, é necessário um manejo cirúrgico da lesão. Resposta: letra B.

92 - 2021 UFGD

» Paciente adulto jovem, com diagnóstico de pancreatite crônica, apresenta-se apenas com uma massa abdominal palpável e amilase
"tocada". Ora, neste caso, o provável diagnóstico é um pseudocisto pancreático formado a partir de uma pancreatite aguda prévia. Vale
lembrar que o pseudocisto de pâncreas é uma coleção fluida, rica em suco pancreático, que persiste após a quarta semana do início da
pancreatite aguda. Já o câncer de pâncreas normalmente acomete pacientes mais idosos, com história de emagrecimento, anemia,
geralmente são assintomáticos e com diagnóstico tardio. O hemangioma hepático é assintomático na maioria das vezes e diagnosticado
através de exames de imagem. Abscesso pancreático traria febre e leucocitose. A pancreatite crônica agudizada viria acompanhada de
dor em andar superior do abdome e enzimas pancreáticas elevadas. Resposta: letra A.
93 - 2021 UFT

» Os critérios de Ranson, embora tenham mais valor histórico do que acurácia em si para predizer gravidade e mortalidade na pancreatite
aguda (principalmente no momento da admissão), ainda aparecem muito em prova. Eles têm como base a presença de alguns achados
laboratoriais e clínicos durante a admissão e depois de 48h: três ou mais pontos caracterizariam o quadro como grave. Atenção, pois os
parâmetros são diferentes para a pancreatite biliar e não biliar. Para um quadro biliar, temos os seguintes parâmetros: Na admissão
hospitalar: idade > 70 anos; leucocitose > 18.000/µl; glicose > 220 mg/dl; LDH > 3400 U/l; AST > 250 U/l; Dentro de 48h: queda do
hematócrito > 10 pontos; aumento do BUN > 2 mg/dl; cálcio sérico < 8 mg/dl; deficit de base > 5 mmol/l; deficit de fluido estimado > 4
litros. Embora a letra C seja uma resposta adequada, a letra A traz um valor de corte para LDH incorreto, motivo pelo qual a banca
optou por anular a questão.

94 - 2021 UFGD

» Nesta questão temos um paciente de 40 anos, portador de colelitíase que evoluiu com uma pancreatite aguda de provável etiologia
biliar. Este diagnóstico já pode ser fechado com dois dos três critérios clínicos (clínica + aumento de amilase), não sendo necessária a
realização de tomografia para fins diagnósticos. Vamos então à análise das alternativas: A: Incorreta: Para respondermos essa
alternativa, devemos lembrar as indicações de realização de TC no paciente com pancreatite aguda: - diagnóstico clínico de PA é
duvidoso; - presença de critérios clínicos de gravidade como distensão e dor abdominal, hipertermia (>39ºC) e leucocitose; - Ranson > 2
ou APACHE > 7; - pacientes apresentando deterioração clínica a despeito de tratamento conservador inicial por 72 horas; - deterioração
aguda após melhora clínica inicial; Não é possível calcular os escores de Ranson e Apache completos com os dados apresentados nesse
momento, mas pelo menos o Ranson da admissão conseguimos, e para nosso paciente era igual a 0 (zero), vamos relembrar: Ranson da
admissão para pancreatite aguda biliar: - Leucocitose > 18.000/mm3; - Idade > 70 anos; - Glicose > 220 mg/dl; - TGO (AST) > 250 UI/L; -
LDH > 400 UI/L. Vemos então que o paciente não tinha indicação de realização de TC (o nível de amilase não se relaciona com o
prognóstico do paciente); B: Incorreta: o tratamento deve incluir, NO MÍNIMO, os quatro pilares principais: 1. internação hospitalar; 2.
dieta zero; 3. analgesia e 4. hidratação vigorosa (com correção de possíveis distúrbios hidroeletrolíticos); C: Incorreta: o contraste ajuda
no esclarecimento diagnóstico de patologias pancreáticas e deve ser evitado apenas na vigência de lesão renal ou alergia; D: Incorreta:
a antibioticoterapia em casos de pancreatite só é indicada quando há presença de NECROSE INFECTADA; E: Incorreta: a conduta
descrita (CPRE seguida de colecistectomia) é o padrão-ouro para tratamento de coledocolitíase e não no tratamento da pancreatite
aguda; Vemos que a questão claramente queria que marcássemos a alternativa B como resposta (era a menos incorreta), entretanto
quando mencionam "...APENAS manutenção da dieta zero e analgesia) deixaram os outros dois pilares do tratamento de fora da
conduta, invalidando a assertiva. Questão corretamente anulada.

95 - 2021 UESPI

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. Neoplasias pseudopapilares sólidas são de interesse especial porque ocorrem
predominantemente em mulheres (90%) e em uma idade mais jovem (idade média de 20 anos) do que outras neoplasias pancreáticas
(exceto pancreatoblastoma). Na literatura mais antiga, essas neoplasias eram chamadas de "tumores císticos sólidos", "neoplasias
císticas papilares", tumores de Hamoudi ou Frantz e muitos outros nomes, refletindo sua complexa morfologia sólida, cística e "papilar".
No passado, eram classificadas como tendo potencial de malignidade incerto, mas mais recentemente foram são consideradas uma
malignidade de baixo grau. - Letra B: correta. O pâncreas é uma glândula exócrina e endócrina composta localizada no retroperitônio, ao
nível da segunda vértebra lombar. O suprimento arterial para o duodeno e pâncreas é derivado da artéria celíaca, fornecendo as artérias
pancreaticoduodenais superiores (ramos anterior e posterior), e da artéria mesentérica superior, fornecendo as artérias
pancreaticoduodenais inferiores (ramos anterior e posterior). A artéria esplênica supre principalmente o corpo e a cauda do pâncreas. -
Letra C: incorreta. A técnica de Whipple consiste na pancreaticoduodenectomia convencional. - Letra D: correta. Neoplasias mucinosas
papilares intraductais (IPMNs) do pâncreas são neoplasias epiteliais intraductais potencialmente malignas que são grosseiramente
visíveis (tipicamente> 10 mm) e são compostas de células colunares produtoras de mucina. As lesões mostram proliferação papilar,
formação de cistos e vários graus de atipia celular. A verdadeira incidência de IPMN não é conhecida porque muitos IPMNs são
pequenos e assintomáticos, mas sabe-se que é uma causa importante de neoplasia no pâncreas. - Letra E: correta. A ecoendoscopia por
punção fornece imagens de alta qualidade do pâncreas e a oportunidade de tirar amostras de lesões pancreáticas para citologia e
análise de fluido de cisto. Apesar de a letra A não estar completamente correta, a letra C está totalmente errada, sendo a resposta da
questão. Resposta: letra C.
96 - 2021 ENARE

» Os critérios de Ranson, embora tenham mais valor histórico do que acurácia em si para predizer gravidade e mortalidade na pancreatite
aguda (principalmente no momento da admissão), ainda aparecem muito em prova. Eles têm como base a presença de alguns achados
laboratoriais e clínicos durante a admissão e depois de 48h: três ou mais pontos caracterizariam o quadro como grave. Atenção, pois os
parâmetros são diferentes para a pancreatite biliar e não biliar. Como estamos diante de uma pancreatite alcoólica, os parâmetros são:
Na admissão hospitalar: idade > 55 anos; leucocitose > 16.000/µl; glicose > 200 mg/dl; LDH > 350 U/l; AST > 250 U/l; Dentro de 48h:
queda do hematócrito > 10 pontos; aumento do BUN > 5 mg/dl; cálcio sérico < 8 mg/dl; PaO₂ < 60 mmHg; deficit de base > 4 mEq/l;
deficit de fluido estimado > 6 litros. Reparem que um valor de AST de 200 U/100 ml corresponde a 2.000 U/l, bem acima do corte de 250
U/l! Como temos duas respostas possíveis (A e C), a banca optou por anular a questão.

97 - 2021 UNCISAL

» O sintoma mais frequentemente encontrado em pacientes com adenocarcinoma de pâncreas é a icterícia, presente em pelo menos 75%
dos pacientes. Em segundo lugar, a dor epigástrica, muitas vezes com irradiação lombar. A massa palpável em hipocôndrio direito pode
surgir em alguns pacientes decorrente da distensão crônica da vesícula biliar pela obstrução do colédoco (Sinal de Courvoisier). A tabela
em anexo do Sabiston destaca os principais sintomas do câncer de pâncreas. Apesar disso, a questão foi anulada. Resposta: letra B.

98 - 2021 UNIRG

» A trombose de veia esplênica é a causa da famosa hipertensão porta segmentar. Caracteriza-se por formação de varizes em fundo
gástrico (veias gástricas curtas drenam para a veia esplênica), desacompanhada de varizes esofagianas (letra A correta). A trombose da
veia porta cursa com formação de varizes esofagogástricas (letra B incorreta). A isquemia mesentérica aguda apresenta quadro clínico
distinto do exposto na questão, caracterizado por dor abdominal desproporcional ao exame físico, geralmente em pacientes mais velhos
e com fator de risco emboligênico (letra C incorreta). Já a sarcoidose é uma doença inflamatória crônica de causa desconhecida que se
caracteriza pelo acúmulo de linfócitos e macrófagos em diversos órgãos, de modo a formar granulomas não caseosos que promovem
desarranjos teciduais, sendo o pulmão o órgão mais acometido (letra D incorreta). Resposta: letra A.
99 - 2021 AMS - LONDRINA

» Nosso paciente apresenta um quadro clínico compatível com uma complicação clássica da pancreatite aguda, o pseudocisto de
pâncreas. Definimos pseudocisto como uma coleção líquida intra ou peripancreática não infectada, envolvida por uma cápsula de fibrose
e tecido de granulação, que se manteve ou se instalou após 4 semanas do ínicio do quadro de pancreatite aguda. Apesar do marco
cronológico não ter sido informado pela questão, sempre devemos suspeitar deste diagnóstico quando há recorrência de uma dor
epigástrica moderada e/ou uma massa palpável no epigástrio, podendo ser responsável por um novo aumento de amilase e lipase. Boa
parte destes pseudocistos regridem em 6 semanas. Resposta item C. Vamos comentar os demais itens. O câncer de pâncreas apresenta
uma tríade clássica de sintomas que não foram descritos no nosso enunciado. São eles: perda de peso, dor abdominal constante e
incterícia colestática. Necrose pancreática é uma complicação da pancratite aguda, geralmente ocorre em pacientes que estão
internados e evoluem de forma mais grave. Esse diagnóstico geralmente é dado pela tomografia de abdome que é realizada 48-72h
após o diagnóstico. Hemangioma pancreático são tumores vasculares benignos que são diagnósticados incidentalmente em
investigação imaginológica de sintomas pouco específicos. Quadro bastante raro que só pode ser diagnósticado por estudo com
imagem. O abscesso pancreático ocorre quando o pseudocisto evolui com infecção de seu conteúdo. Um achado característico desses
quadros é a manutenção de febre diária de um paciente que já melhorou do quadro clínico geral. O tratamento, além da
antibioticoterapia, deve visar sempre a drenagem.

100 - 2021 HPP

» Os insulinomas são os tumores endócrinos mais comuns do pâncreas, podendo ocorrer em qualquer idade. Os insulinomas secretam
insulina e causam sintomas decorrentes da hipoglicemia. A tríade de Whipple, descrita em 1938, é um achado universal em pacientes
com insulinoma, porém não é específica. Ela consiste em: 1- Sintomas hipoglicêmicos. 2- Glicemia < 50 mg/dl. 3- Alívio dos sintomas após
administração de glicose. O tratamento é sempre cirúrgico. Como a maioria dos tumores é benigno e encapsulado, é possível a sua
enucleação sem necessidade de ressecção pancreática. Esta se encontra reservada para os casos de tumores múltiplos, nos casos de
insulinomas malignos e quando a localização pré ou peroperatória não foi possível. Geralmente é realizada uma ressecção pancreática
parcial, preservando, quando possível, a cabeça do pâncreas. Resposta: letra B.

101 - 2021 CEPT

» Vamos às alternativas: Letra A: INCORRETA - Pegadinha clássica de prova! Embora guardem importante valor diagnóstico para a
pancreatite aguda, o grau de elevação das enzimas pancreáticas não apresenta nenhuma relação com gravidade. Justamente por isso, as
enzimas pancreáticas não entram nos escores tradicionais preditores de gravidade; Letra B: INCORRETA - A amilase costuma se elevar já
no primeiro dia do quadro clínico, entre 2 e 12 horas após o início dos sintomas, mantendo-se alta por 3-5 dias. A lipase, por sua vez, se
eleva junto com a amilase, mas permanece alta por um período prolongado, de 7 a 10 dias; Letra C: CORRETA - Aproximadamente 3%
dos pacientes com pancreatite aguda evoluem com equimose periumbilical (sinal de Cullen) e em flancos (sinal de Gray-Turner). São
achados sugestivos de necrose pancreática e sangramento retroperitoneal, mas é importante reconhecer que podem ser encontrados
em pacientes com hematoma retroperitoneal espontâneo; Letra D: INCORRETA - Sabemos que a maior parte dos casos de pancreatite
aguda será leve, com bom prognóstico e recuperação completa em 3-5 dias sem complicações. No entanto, 20% os pacientes terão
quadros moderados/graves com complicações locais ou sistêmicas. Resposta: letra C.

102 - 2021 HCB - RO

» Os glucagonomas originam-se da célula alfa pancreática. São geralmente tumores grandes quando diagnosticados (5 a 10 cm). A sua
localização mais frequente é na cauda do pâncreas. A maioria dos glucagonomas é solitária. Cerca de 50% a 80% dos glucagonomas são
malignos. Manifestam-se clinicamente através de uma síndrome específica caracterizada por uma dermatite característica chamada de
eritema migratório necrolítico, além de intolerância à glicose e anemia. A perda ponderal é relevante. Quando os gastrinomas são
pancreáticos, são mais comumente encontrados na cabeça do órgão, sendo menos frequentes no corpo e na cauda. Assim, já podemos
excluir essa alternativa. O adenocarcinoma do pâncreas contribui por 80 a 90% de todas as neoplasias pancreáticas. Predomina em
idosos (> 60 anos), sendo raro antes da quinta década de vida. Há um discreto predomínio em homens, particularmente em negros. A
história de pancreatite crônica, de qualquer tipo, é um dos mais poderosos fatores de risco. Quase todos os portadores de câncer de
cabeça do pâncreas acabam desenvolvendo uma tríade clássica: perda ponderal, dor abdominal e icterícia colestática. Os insulinomas
são os tumores endócrinos mais comuns do pâncreas, podendo ocorrer em qualquer idade. Tendem a ser únicos, encapsulados e
altamente vascularizados, o que é útil no seu diagnóstico radiológico. Distribuem-se regularmente entre cabeça, corpo e cauda do
pâncreas. Secretam insulina e causam sintomas decorrentes da hipoglicemia. Cerca de 8% estão associados à Neoplasia Endócrina
Múltipla do Tipo 1 (NEM 1). A tríade de Whipple, descrita em 1938, é um achado universal em pacientes com insulinoma, porém não é
específica. Ela consiste em: sintomas hipoglicêmicos, glicemia < 50 mg/dl e alívio dos sintomas após administração de glicose. Resposta:
Insulinoma.
103 - 2021 SES - GO

» Estamos diante de um paciente de 56 anos, internado por pancreatite aguda evouindo com melhora clínica, porém com achado em
tomografia de coleção pancreática de 6 cm. Devemos lembrar que essa coleção ainda não é um pseudocisto, visto que ainda não tem 4-6
semanas de evolução e não deve ser puncionada porque o paciente está melhorando clinicamente. Vamos analisar as alternativas: Letra
A: Correta. Esse paciente deve ser observado com controle por tomografia quando tiver 4-6 semanas após início do quadro. Não se
indica nenhuma intervenção se permanecer com melhora clínica e assintomático. Letra B: Incorreta. A derivação cistojejunal é uma
opção de tratamento em pacientes com pseudocisto de pâncreas. Letra C: Incorreta. Sem presença de piora clínica, não existe indicação
para puncionar coleções pancreáticas. Letra D: Incorreta. A cistogastrostomia endoscópica é a criação de comunicação do estômago com
o pseudocisto por via endoscópica, considerada uma excelente opção para drenagem de pseudocisto por ser minimamente invasiva e
resolutiva. Resposta: letra A.

104 - 2021 HEVV

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. Consiste na dor epigástrica referida à palpação do ponto de McBurney, sugestivo de
apendicite aguda. - Letra B: incorreta. Provavelmente à questão quis fazer confusão com a tríade de Charcot (icterícia, dor em
hipocôndrio direito e febre com calafrios), sugestiva de colangite. - Letra C: correta. Consiste em equimose localizada na região
periumbilical, sugestivo de hemoperitônio. - Letra D: incorreta. Consiste em equimoses localizadas em flancos, sugestivo de
hemoperitônio. - Letra E: incorreta. Consiste em dor no ombro à inspiração profunda, sugestivo de hemoperitônio. Resposta: letra C.

105 - 2021 IPSEMG

» Considerando o diagnóstico de pancreatite aguda, vamos analisar as alternativas para definir a conduta mais adequada: (A) Incorreta. A
analgesia é um dos pilares do manejo clínico da pancreatite aguda e pode ser feita com opioides, incluindo a morfina (apesar da
preocupação com um eventual aumento do tônus do esfíncter de Oddi, nenhum estudo demonstrou que a morfina causa ou agrava a
pancreatite ou provoca colecistite). (B) Incorreta. Não há indicação de antibioticoterapia profilática. Só administramos antibióticos
quando há infecção sobrejacente. (C) Incorreta. Inicialmente, o paciente deve ser mantido em jejum, mas a dieta realmente deve ser
iniciada da forma mais precoce possível. A preferência, entretanto, não é pela via parenteral - esta só é escolhida caso o paciente não
tolere a alimentação pelo trato gastrointestinal ou caso as necessidades calóricas diárias não estejam sendo supridas pela via oral e/ou
enteral. (D) Polêmica! Em indivíduos com depleção grave de volume, ou seja, na presença de hipotensão e taquicardia, preconiza-se a
infusão de 20 ml/kg de cristalóides em meia hora seguida de 3 ml/kg/h por mais 8-12 horas; o Harrison, referência do Concurso, cita a
posologia de 200-250 ml/h (o ajuste das doses é feito com base em parâmetros clínicos, incluindo o débito urinário, e hemodinâmicos). O
que gerou discussão na questão foi o fato de a Banca ter dado a entender (pela parte final do enunciado) que deveríamos infundir esse
volume a cada hora durante as 24 horas, o que, certamente, provocaria uma baita congestão sistêmica no indivíduo! Apesar do
enunciado mal escrito, a Banca não aceitou a solicitação de recurso dos alunos e manteve como gabarito a alternativa (D).

106 - 2021 IHOA

» A “prateleira de Blummer” representa clinicamente metástase peritoneal palpável ao toque retal, oriunda de neoplasias localizadas no
andar superior do abdome, principalmente nos cólons e no estômago. Resposta: letra D.

107 - 2021 SUS - RR

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: Incorreta. A pancreatite alcoólica é a segunda causa mais comum de pancreatite aguda e ocorre
principalmente em pacientes com grande ingesta alcoólica. Letra B: Correta. A causa mais comum de pancreatite é a litíase biliar, onde
pacientes com microcálculos de vesícula biliar eliminam os mesmos na via biliar comum, ocasionando obstrução da papila de Vater e
ducto pancreático principal. Letra C: Incorreta. Pancreatite farmacológica não é tão frequente e costuma apresentar resolução com a
remoção da medicação. Poucos casos evoluem de forma grave. Letra D: Incorreta. A hipertrigliceridemia pode causar pancreatite aguda,
principalmente em valores acima de 500 mg/dl. Resposta: letra B.
108 - 2021 UEVA

» Vários parâmetros e algoritmos de pontuação foram elaborados para avaliação da gravidade da pancreatite aguda. Dentre eles podemos
citar os critérios de Ranson, Imrie, Atlanta e APACHE II. O objetivo desses algoritmos de pontuação é estratificar as pancreatites agudas
graves para que seja realizado o tratamento e monitorização adequados e o mais precocemente possível. Além desses escores mais
classicamente utilizados, podemos lançar mão de um escore prognóstico para pancreatite aguda. O escore de pancreatite aguda
inofensiva (harmless acute pancreatitis score - HAPS) foi idealizado para identificar pancreatite aguda com curso não grave. O escore
HAPS contém menos parâmetros que podem ajudar a estratificar a doença não grave em um curto período de tempo após a
apresentação. Pode ser facilmente lembrado e aplicado na prática clínica para decidir se devemos admitir esses pacientes em uma
enfermaria ou unidade de terapia intensiva. O escore HAPS pode ser concluído dentro de uma hora a partir da avaliação clínica dos
pacientes. O escore HAPS é constituído por 3 variáveis: sinais de peritonite (avaliados através da ausência ou presença de defesa
abdominal), nível do hematócrito (se normal ou aumentado) e de creatinina no sangue (se inferior ou igual, ou superior a 2mg/dL). A
presença de um valor aumentado de hematócrito (hemoconcentração) e/ou presença de defesa abdominal e/ou creatinina igual ou
superior a 2mg/dl, torna o HAPS negativo, ou seja, há grande chance do paciente evoluir para a forma grave de pancreatite aguda.
Valores de ureia <20mg/dL, baixo peso (IMC <20Kg/m2) e hipocalcemia não são considerados marcadores de gravidade para pancreatite
aguda.

109 - 2021 EMCM

» Estamos diante de uma paciente internada por pancreatite aguda biliar. Como sabemos, a colecistectomia deve ser indicada após a
resolução do quadro clínico, ainda antes da alta. Dessa forma, quando o paciente tiver condições de alta, procedemos com a remoção da
vesícula, de preferência por laparoscopia. Isso é importante por reduzir a recidiva de pancreatite aguda e coledocolitíase. Resposta: letra
D.

110 - 2021 PMC

» Excluída a icterícia, a presença de colédoco dilatado à ultrassonografia de admissão representa o melhor fator preditivo da persistência
de cálculos na via biliar principal. Gabarito letra A.

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111 - 2021 CERMAM

» Estamos diante de um quadro de pancreatite aguda. Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A hidratação vigorosa, assim como
dieta zero, analgesia e internação hospitalar são medidas fundamentais para o tratamento da pancreatite aguda. B) Incorreta. Diante de
um quadro de pancreatite aguda, a tomografia é o melhor exame para evidenciar a presença de complicações locais, no entanto, a
ultrassonografia não é dispensável, este exame é essencial para definir se a pancreatite é de origem litiásica. Caso seja, a colecistectomia
deve ser realizada ainda na mesma internação. C) Correta. Os critérios de Ranson (leucocitose, idade, glicose, AST e LDH) são
avaliados na admissão do paciente e refletem a gravidade e a extensão do processo inflamatório, assim como a idade. Os outros seis
critérios (hematócrito, ureia, base excess, cálcio, perda líquida e PaO2) são avaliados ao longo das 48 horas iniciais e refletem o
desenvolvimento das complicações sistêmicas e o grau de perda volêmica para o "terceiro espaço". D) Incorreta. Não há indicação de
antibioticoterapia na pancreatite aguda. Gabarito: letra C.
112 - 2021 CEOQ

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. Hemaosuccus pancreaticus ou sangramento do ducto pancreático é uma causa rara de
hemorragia digestiva alta. É mais frequentemente encontrado em pacientes com pancreatite crônica, pseudocistos pancreáticos ou
tumores pancreáticos. O sangramento ocorre quando um pseudocisto ou tumor sofre erosão em um vaso, formando uma comunicação
direta entre o ducto pancreático e o vaso. O vaso envolvido geralmente é um pseudoaneurisma da artéria esplênica. A arteriografia
mesentérica com embolização em espiral pode controlar o sangramento agudo e geralmente é o tratamento de escolha. - Letra B:
incorreta. Hemobilia ou sangramento do trato hepatobiliar é uma causa rara de hemorragia digestiva alta. Deve ser considerada em
qualquer paciente com história recente de instrumentação e / ou lesão do parênquima hepático ou do trato biliar. Outras causas de
hemobilia incluem cálculos biliares, colecistite, tumores hepáticos ou do ducto biliar, stents intra-hepáticos, aneurismas da artéria
hepática e abscessos hepáticos. A tríade clássica de hemobilia (cólica biliar, icterícia obstrutiva e sangramento gastrointestinal agudo ou
oculto) está raramente presente. - Letra C: incorreta. A pancreatite aguda é um processo inflamatório agudo do pâncreas. A maioria
dos pacientes com pancreatite aguda tem início agudo de dor abdominal epigástrica severa e persistente. Aproximadamente 90% dos
pacientes apresentam náuseas e vômitos que podem persistir por várias horas. Os achados físicos variam dependendo da gravidade da
pancreatite aguda. Em pacientes com pancreatite aguda leve, o epigástrio pode estar minimamente sensível à palpação. Em contraste,
em pacientes com pancreatite grave, pode haver sensibilidade significativa à palpação no epigástrio ou mais difusamente no
abdome. Pacientes com pancreatite grave podem apresentar febre, taquipneia, hipoxemia e hipotensão. - Letra D: incorreta. O íleo biliar
é uma causa importante, embora infrequente, de obstrução intestinal mecânica, afetando pacientes idosos que frequentemente
apresentam outras condições médicas significativas. É causada pela impactação de um cálculo biliar no íleo após passar por uma fístula
biliar-entérica. A impactação transitória do cálculo biliar produz dor abdominal difusa e vômitos. Resposta: letra A.

113 - 2021 UDI

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: Incorreto. Todos os incretinomiméticos como liraglutida e semaglutida podem causar pancreatite
medicamentosa. Letra B: Incorreto. A colelitíase é uma causa direta de pancreatite aguda, visto que a migração de cálculos para o
colédoco causa obstrução das vias biliares e consequentemente risco de pancreatite aguda. Letra C: Incorreto. Álcool é a segunda causa
mais comum de pancreatite aguda, atrás apenas de colelitíase. Letra D: Incorreto. A hipertrigliceridemia é fator de risco conhecido para
pancreatite aguda, principalmente acima de 500 mg/dL. Letra E: Correto. A bariátrica por si só não causa pancreatite, mas a colelitíase é
mais comum em pacientes submetidos à bariátrica, que por sua vez, é fator de risco para pancreatite aguda. Resposta: letra E.

114 - 2021 PUC - PR

» Pensando no quadro de pancreatite aguda, vamos avaliar o plano terapêutico do nosso amigo residente. 1- Incorreta. Na pancreatite
aguda, quando pensamos no quesito da nutrição, devemos avaliar a gravidade do quadro. Para os quadros leves, devemos deixar a dieta
zerada até o controle da dor e das nauseas e o retorno do apetite, quando liberamos a dieta por via oral (depois de 4-7 dias geralmente).
Nos quadros mais graves, tão logo o paciente se torne estável, indicamos o inicio do suporte nutricional, seja enteral ou NPT. 2-
Incorreta. Por mais que a USG não avalie de maneira tão clara o pâncreas, ela deve ser realizada para identificarmos a provável origem
biliar do quadro. 3- Incorreta. Os critérios BISAP levam em consideração: BUN, alteração do nível de consciência, sinais inflamatórios
(SIRS), idade (> 60 anos) e derrame pelural. 4- Correta. O uso do antibiótico só deve ser iniciado nos quadros de necrose infectada. 5-
Correta. Os pilares para o tratamento da pancreatite aguda são: internação, dieta zero, hidratação e analgesia. Gabarito letra A.

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115 - 2021 PUC - PR

» Estamos diante de um quadro de pancreatite aguda grave. Veja que o paciente evoluiu com disfunção orgânica. Na tomografia
identifica-se: "pâncreas edemaciado, com coleção peripancreática única, sem sinais de necrose pancreática, mas presença de trombose
aguda de veia porta e veia esplênica.". Vamos avaliar as assertivas: I - correta. A pancreatite crônica tradicionalmente. está relacionada
com a trombose segmentar da veia esplênica, no entanto, os quadros inflamatórios agudos graves, como o que foi apresentado, podem
estar associados, por um mecanismo ainda não muito bem determinado, a esta trombose aguda. II- incorreta. O pacienre deve sim ser
tratado com anticoagulação. Tratamento de trombose venosa. III- correta. O tratamento da trombose venosa aguda (sem outros fatores
associados) tradicionalmente é feito por 6 meses. IV- incorreta. A trombólise deve ser feita, a princípio com o uso de trombolíticos.
GAbarito letra. A.

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116 - 2021 UNB

» A questão descreve um quadro típico de pancreatite aguda: dor abdominal em barra associada à vômitos, com aumento de amilase e
ultrassonografia evidenciando cálculos nas vias biliares, sugerindo que essa possa ser a etiologia do quadro. Porém, a pergunta do caso
é outra... Trata-se de uma paciente dislipidêmica e a banca quer saber se a hipercolesterolemia é uma possível causa de pancreatite. A
resposta é: NÃO! Existem duas causas metabólicas bem definidas para a pancreatite aguda: a hipercalcemia (promove ativação
intrapancreática de enzimas digestivas) e a HIPERTRIGLICERIDEMIA (sobretudo pela hiperquilomicronemia). Enquanto a
hipercolesterolemia está bem associada ao risco cardiovascular, a hipertrigliceridemia possui relação direta com a pancreatite e não tem
uma associação tão bem definida assim com o risco cardiovascular.Como vimos, esse risco aumentado de pancreatite se relaciona,
principalmente, com a hiperquilomicronemia e, por isso, as dislipidemias mais associadas à essa condição são as hiperlipidemias dos
tipos I, II e V. Logo, pacientes com valores de triglicerídeos ≥ 500 mg/dL devem receber terapia apropriada para reduzir o risco de
pancreatite.Resposta: letra B.

117 - 2021 UNB

» O caso clínico é de uma paciente com características típicas de uma pancreatite aguda. A dor em faixa em andar alto do abdômen, de
forte intensidade, inédita, súbita, associada a vômitos e desencadeada por episódio de ingesta abundante de comida gordurosa. A
etiologia mais comum desses casos é a biliar, justamente o que foi demonstrado com a ecografia abdominal dessa paciente. Porém, essa
paciente ainda apresenta o cálculo em vias biliar principal. Somente a realização de uma colecistectomia não vai eliminar esse fator que
ainda estará presente. Ela precisa de um estudo da via biliar como a colangiopancreatografia retrograda endoscópica ou exploração da
via biliar. Portanto, a afirmativa está errada. Resposta: Letra B

118 - 2021 UERN

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. A maioria dos pacientes com pancreatite aguda tem início agudo de dor abdominal
epigástrica severa e persistente. Em pacientes com pancreatite por cálculo biliar, a dor abdominal é bem localizada e de início rápido,
atingindo intensidade máxima em 10 a 20 minutos. Em aproximadamente 50% dos pacientes, a dor irradia para o dorso. A dor persiste
por várias horas a dias e pode ser parcialmente aliviada ao sentar-se ou inclinar-se para frente. Aproximadamente 90% dos pacientes
apresentam náuseas e vômitos que podem persistir por várias horas. Os achados físicos variam dependendo da gravidade da
pancreatite aguda. Em pacientes com pancreatite aguda leve, o epigástrio pode estar minimamente sensível à palpação. Em contraste,
em pacientes com pancreatite grave, pode haver sensibilidade significativa à palpação no epigástrio ou mais difusamente sobre o
abdome. Os pacientes podem ter icterícia escleral devido à icterícia obstrutiva devido à coledocolitíase ou edema da cabeça do pâncreas.
Pacientes com pancreatite grave podem apresentar febre, taquipneia, hipoxemia e hipotensão. - Letra B: incorreta. Pacientes com
colecistite aguda geralmente se queixam de dor abdominal, mais comumente no quadrante superior direito ou
epigástrio. Caracteristicamente, a dor da colecistite aguda é constante e intensa e costuma ser prolongada (mais de quatro a seis
horas). A dor pode irradiar para o ombro direito ou para as costas. As queixas associadas podem incluir febre, náuseas, vômitos e
anorexia. Frequentemente, há uma história de ingestão de alimentos gordurosos uma hora ou mais antes do início da dor. Os pacientes
com colecistite aguda geralmente têm aparência doente, febril, taquicárdica e permanecem imóveis na mesa de exame porque a
colecistite está associada à inflamação peritoneal parietal local verdadeira que é agravada pelo movimento. O exame abdominal
geralmente demonstra proteção voluntária e involuntária. Os pacientes frequentemente apresentam um sinal de Murphy
positivo. Pacientes com complicações podem ter sinais de sepse (gangrena), peritonite generalizada (perfuração), crepitação abdominal
(colecistite enfisematosa) ou obstrução intestinal (íleo de cálculo biliar). - Letra C: incorreta. O esfíncter de Oddi é uma estrutura muscular
que abrange a confluência do ducto biliar comum distal e o ducto pancreático à medida que penetram na parede do duodeno. A
disfunção do esfíncter de Oddi é uma síndrome clínica de obstrução biliar ou pancreática relacionada a anormalidades mecânicas ou
funcionais dessa estrutura. Deve ser suspeitada em pacientes que apresentam dor do tipo biliar sem outras causas aparentes. Quando a
causa é biliar, normalmente a dor está localizada no quadrante superior direito ou epigástrio e dura de 30 minutos a várias horas.
Quando a causa é pancreática, os pacientes apresentam episódios recorrentes de pancreatite. - Letra D: correta. A apresentação inicial
do câncer pancreático varia de acordo com a localização do tumor. Aproximadamente 60 a 70% dos cânceres pancreáticos exócrinos
estão localizados na cabeça do pâncreas, enquanto 20 a 25% estão no corpo / cauda e o restante envolve todo o órgão. Os sintomas
manifestos mais comuns em pacientes com câncer pancreático exócrino são astenia, perda ponderal e anorexia, enquanto os sinais mais
frequentes são icterícia e hepatomegalia. O sinal de Courvoisier, que consiste em vesícula biliar distendida porém palpável na margem
costal direita, pode estar presente. Em comparação com os tumores no corpo e na cauda da glândula, os tumores da cabeça do pâncreas
apresentam mais frequentemente icterícia, esteatorreia e perda ponderal. Resposta: letra D.
119 - 2021 SMS - JP

» Trata-se de um paciente do sexo masculino, idoso, etilista crônico, com quadro de dor abdominal periumbilical associada a náuseas,
vômitos, diarreia e sintomas de insuficiência pancreática endócrina (poliuria e polidipsia). Considerando que o paciente teve episódios
semelhantes nos últimos dois anos, a principal hipótese diagnóstica é de pancreatite crônica (letras A e D incorretas). No entanto, apenas
a história clínica não é suficiente para o diagnóstico, sendo necessária a realização de exames de imagem complementares (letra B
incorreta). O principal exame para diagnóstico é o ultrassom endoscópico. Alterações da ecogenicidade, identificação de calcificações e
alterações dos ductos pancreáticos são os achados encontrados na pancreatite crônica. Tem sensibilidade e especificidade semelhante à
CPRE, com uma grande vantagem: não há risco de indução de pancreatite! Além disso, permite a realização de biópsia do pâncreas, na
suspeita de câncer (letra C correta). Resposta: letra C.

120 - 2021 UNB

» Paciente obesa e dislipidêmica, de 40 anos, refere dor abdominal de forte intensidade em andar superior do abdome, em barra, há uma
hora, associada a vômitos. Refere ingesta prévia de comida gordurosa e nega etilismo ou tabagisto. Além disso, os exames laboratoriais
evidenciaram aumento da amilase, e a ultrassonografia (USG) de abdome indicou colelitíase e coledocolitíase. A questão deseja saber se
a amilase sérica em níveis dez vezes maiores que o normal é critério de mau prognóstico nos casos de pancreatite aguda (PA). Valores de
amilase três vezes acima do limite superior da normalidade sugerem fortemente o diagnóstico de pancreatite aguda, na presença de
sinais e sintomas compatíveis. Porém, é importante ressaltar que a amilase é um exame de baixa especificidade e sem correlação com a
gravidade da doença. Algumas formas intermediárias da PA costumam cursar com amilase mais elevada do que as formas mais graves.
Resposta: letra B.

121 - 2021 UNB

» Paciente obesa e dislipidêmica, de 40 anos, refere dor abdominal de forte intensidade em andar superior do abdome, em barra, há uma
hora, associada a vômitos. Refere ingesta prévia de comida gordurosa e nega etilismo ou tabagisto. Além disso, os exames laboratoriais
evidenciaram aumento da amilase, e a ultrassonografia (USG) de abdome indicou colelitíase e coledocolitíase. A questão deseja saber se
a USG de abdome é um exame essencial nos casos de pancreatite para eludidar a causa biliar. Apesar da USG não ser um bom método
para avaliarmos o parênquima pancreático, é o que apresenta maior sensibilidade na avaliação de litíase biliar e dilatação de vias
biliares. Por isso, ela deve ser solicitada para todo paciente com pancreatite aguda, já que a lítiase biliar é a sua causa mais comum.
Resposta: letra A.

122 - 2021 HPP

» Questão sobre Pancreatite aguda, vamos aos itens:

A) Incorreto. Ainda que porcetagem sejam sempre assuntos controversos, estima-se que a mortalidade nos quadros de pancreatite leve
sejam inferiores a 5%.

B) Incorreto. Lembre-se o tratamento é SUPORTE. Dieta zero + Analgesia + Correção hidroeletrolítica. No primeiro momento, não vamos
tratar a causa base.

C) Incorreto. A colecistectomia está indicada na pancreatite de origem biliar o que vai mudar é o momento da cirurgia.
Pancreatite leve: Na mesma internação, após resolução do quadro clínico da pancreatite.
Pancreatite grave: Esperar pelo menos 6 semanas após a resolução do quadro clínico da pancreatite.

D) CORRETA E RESPOSTA DA QUESTÃO. A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) deve ser realizada caso haja
disponibilidade no pacientes com pancreatite de origem biliar com colangite, de preferência nas primeiras 24h horas da admissão.
Outras indicações são: Pacientes com obstrução do ducto biliar comum, dilatação do ducto biliar e aumento das enzimas hepáticas sem
colangite.

Vamos aproveitar para lembrar um conceito da nossa apostila:


OS NÍVEIS DE AMILASE E LIPASE NÃO TEM VALOR PROGNÓSTICO!!! TAMBÉM NÃO SE CORRELACIONAM COM A GRAVIDADE!!!

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123 - 2021 UNB

» Paciente obesa e dislipidêmica, de 40 anos, refere dor abdominal de forte intensidade em andar superior do abdome, em barra, há uma
hora, associada a vômitos. Refere ingesta prévia de comida gordurosa e nega etilismo ou tabagisto. Além disso, os exames laboratoriais
evidenciaram aumento da amilase, e a ultrassonografia (USG) de abdome indicou colelitíase e coledocolitíase. A questão deseja saber
se o tratamento da pancreatite aguda envolve uso de antibióticos endovenosos, independentemente de achado radiológico ou do
quadro clínico do paciente. Não há benefícios do uso de antibioticoprofilaxia em casos de pancreatite aguda para prevenção da infecção
da necrose pancreática. Além disso, a sua utilização aumenta o número de casos de infecção fúngica na área de necrose. O uso do
antibiótico deve ser feito apenas após diagnosticada a infecção da necrose. Nesses casos, a laparotomia com realização de
necrosectomia também é indicada. Resposta: letra B.

124 - 2021 HEA

» Vamos lá, questão sobre lesão cística pancreática. De início, devemos entender que as lesões císticas pancreáticas são classificadas em:
pseudocistos (ou coleções inflamatórias), cistos verdadeiros (como os relacionados à fibrose cística) e neoplasias císticas. Dentre as
neoplasias císticas pancreáticas, a maioria dos autores considera quatro principais subtipos: - Neoplasia cística serosa:
majoritariamente lesões benignas (ressecção indicada apenas se sintomática), caracterizadas por microcistos multiloculados com
calcificação central. Geralmente são achados de imagem. Característico de mulheres mais velhas. - Neoplasia cística mucinosa:
macrocistos produtores de mucina, sem comunicação com ductos. Possuem potencial maligno (necessário tratamento cirúrgico).
Característico de mulheres mais velhas. - Neoplasia mucinosa papilar intraductal: neoplasias do sistema ductal produtoras de mucina.
Podem se comunicar com ducto principal (alto potencial maligno) ou não (baixo potencial maligno). Apresenta distribuição igual entre os
sexos e geralmente acomete indivíduos > 50 anos. - Neoplasia sólida pseudopapilar (Tumor de Frantz): característica de mulheres jovens
(< 35 anos) e geralmente localizada no corpo ou na cauda pancreática. Tradicionalmente apresentam componente sólido e componente
cístico e apresentam elevado potencial de malignização (necessária ressecção). Geralmente cursam com dor inespecífica em hipocôndrio
direito. Após a breve revisão, concluímos que a nossa principal hipótese consiste no tumor de Frantz. Resposta: letra C.

125 - 2021 HEA

» Vamos analisar as alternativas considerando uma paciente jovem com quadro de pancreatite aguda: Letra A: Incorreta. As indicações de
papilotomia endoscópica por CPRE na pancreatite aguda são: colangite associada e pancreatite grave. Letra B: Incorreta. A
colecistectomia deve ser realizada apenas antes da alta, fora do período agudo. Letra C: Correta. Após estabilidade, aceitação de dieta e
normalização dos parâmetros clìnicos, a colecistectomia deve ser realizada antes da alta, visando reduzir a recidiva. Letra D: Incorreta.
Após estabilização, realizar CPRE apenas se houver sinais claros de coledocolitíase. Resposta: letra C.

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126 - 2021 UEPA - BELÉM

» Estamos diante de paciente jovem com dor, distensão e hemorragia retroperitoneal. Vamos analisar as alternativas: Letra A: Incorreta. A
litíase biliar cursa com cólicas em epigástrio e hipocôndrio direito, náuseas e vômitos, principalmente após ingesta de gordura. Letra B:
Correta. A pancreatite é a principal causa de hemorragia retroperitoneal em pacientes jovens, indicando gravidade. Porém ocorre em
menos de 5% dos pacientes. Letra C: Incorreto. Litíase renal cursa com dores em cólica em flanco, porém não cursa com hemorragia em
retroperitônio. Letra D: Incorreta. A apendicite pode cursar com abscesso de retroperitônio, porém não hemorragia. Letra E: Incorreta.
Neoplasia de cólon direito geralmente cursa com emagrecimento e anemia crônica por sangramento digestivo oculto. Resposta: letra B.

127 - 2021 HEVV

» Estamos diante de paciente de 62 anos com histórico de etilismo pesado referindo dor abdominal, náuseas, vômitos e empachamento.
Exames recentes evidenciam hipertrigliciridemia grave (> 500 mg/dL). Vamos analisar as alternativas: Letra A: Incorreto. A síndrome de
Wernicke-Korsakoff cursa com alteração neurológica. Letra B: Incorreta. O volvo cursa com parada súbita de eliminação de fezes e flatos,
com distensão abdominal importante. Letra C: Correta. A pancreatite aguda nesse paciente pode ter sido causada por etilismo pesado
ou por hipertrigliceridemia. Letra D: Incorreta. A síndrome de Aldoff tem relação com leptospirose, sem qualquer relação com o quadro
apresentado. Letra E: Incorreta. A questão não apresenta nenhum dado sugestivo de qualquer parasitose. Resposta: letra C.
128 - 2021 UERN

» O manejo inicial de um paciente com pancreatite aguda consiste em cuidados de suporte com reanimação com fluidos, controle da dor e
suporte nutricional. Pacientes com pancreatite aguda devem ser monitorados de perto nas primeiras 24 a 48 horas. Fornecemos
hidratação a uma taxa de 5 a 10 mL / kg por hora de solução cristaloide isotônica. A dor abdominal não controlada pode contribuir para
a instabilidade hemodinâmica. O controle adequado da dor requer o uso de opiáceos intravenosos, geralmente na forma de uma bomba
de analgesia controlada pelo paciente. Pacientes com pancreatite leve geralmente podem ser tratados apenas com hidratação
intravenosa, uma vez que a recuperação ocorre rapidamente, permitindo que os pacientes retomem a dieta oral em uma semana. Até
20% dos pacientes com pancreatite aguda desenvolvem uma infecção extrapancreática (por exemplo, infecções da corrente sanguínea,
pneumonia e infecções do trato urinário). Quando há suspeita de infecção, os antibióticos devem ser iniciados enquanto a fonte da
infecção está sendo determinada. No entanto, se as culturas forem negativas e nenhuma fonte de infecção for identificada, os
antibióticos devem ser descontinuados. Antibióticos profiláticos não são recomendados em pacientes com pancreatite aguda,
independentemente do tipo (intersticial ou necrosante) ou gravidade da doença (leve, moderadamente grave ou grave). Resposta: letra
A.

129 - 2021 FBHC

» A questão descreve um quadro altamente sugestivo de pancreatite aguda! Veja só: paciente com dor abdominal que irradia para o dorso,
náuseas e vômitos, desidratada, hemoconcentrada e com lipase bastante elevada. Portanto, o tratamento imediato deve ser feito com
grandes volumes de solução cristalóide, de preferência, o ringer lactato. A reanimação volêmica é uma das medidas que realmente
afetam a morbimortalidade dos pacientes com pancreatite. Ela deve ser realizada nas primeiras 24h de forma que a pressão arterial seja
estabilizada, os valores de hematócrito voltem ao normal, os níveis de ureia caiam e o débito urinário seja > 0,5 ml/kg/h.O ringer lactato
é preferido por ser uma solução mais balanceada. O cloreto de sódio em grandes volumes pode resultar em acidose metabólica
hiperclorêmica. Letras B e D incorretas.Além disso, o uso de soluções colóides é extremamente controverso e não faz parte da primeira
linha de tratamento no resgate volêmico do paciente desidratado. Alguns autores defendem a administração de soluções colóides,
particularmente albumina, naqueles com resposta limitada às soluções cristalóides ou naqueles nos quais se acredita que a
hipoalbuminemia esteja contribuindo para o choque, embora os dados para apoiar essas indicações sejam limitados. Por outro lado, há
um consenso de que o amido hiperoncótico deve, em geral, ser evitado, pois seu uso está associado a um maior risco de disfunção renal
e mortalidade. Letras C e E incorretas Resposta: letra A.

130 - 2021 HAC - PR

» A questão traz um paciente masculino de 28 anos com dor abdominal súbita e constante em andar superior do abdome, do tipo "em
faixa", ou seja, que irradia para o dorso, associada à náusea e vômito. Além disso, seus exames laboratoriais revelam amilase de 6720
UI/L com bilirrubina total de 3,4 mg/dL. Ora, diante desse quadro clínico, devemos realizar o diagnóstico de pancreatite aguda (PA), que
pode ser facilmente estabelecido de um caso clínico típico com o auxílio da dosagem sérica de amilase e lipase (que estarão > 3x o limite
superior da normalidade). Porém, métodos de imagem, como a tomografia computadorizada de abdome, são úteis nos casos duvidosos,
podendo confirmar o diagnóstico de PA ao demonstrarem a presença de edema/necrose do parênquima pancreático. Além disso,
algumas doenças que se manifestam com intensa dor abdominal aguda devem ser afastadas, como a doença ulcerosa péptica ou úlcera
perfurada, colelitíase, coledocolitíase, colecistite aguda, isquemia mesentérica aguda, obstrução intestinal e IAM inferior/dissecção
aórtica abdominal. Cumpre ressaltar que os exames de imagem não são obrigatórios para o diagnóstico, sendo reservados para casos
em que os critérios clínicos e laboratoriais não são capazes de diferenciar com certeza a PA de seus diagnósticos diferenciais; nestes,
está indicada a laparotomia exploradora. A realização de uma ultrassonografia de abdome pode, além de auxiliar no diagnóstico, definir
uma possível etiliogia biliar na pancreatite aguda. No caso da questão, não há indicação de antibioticoterapia pois não temos evidência
de necrose pancreática infectada nem de sepse. Também não há indicação de encaminhamento à UTI pela ausência de
comprometimento sistêmico do paciente. Por fim, a pequena efusão pleural na radiografia de tórax deve ser por mecanismo de irritação
pleural proveniente da inflamação pancreática e não apresenta indicação de toracocentese diagnóstica em um primeiro momento.
Resposta: realização de exames de imagens (ultrassonografia de abdome e/ou tomografia de abdome).

131 - 2021 SMS - PATOS

» A questão deseja saber quais as principais causas de pancreatite aguda (PA) no nosso meio. A causa mais comum é a litíase biliar,
responsável por 30 a 60% dos casos. Nessa situação, a passagem do cálculo do colédoco (que migrou da vesícula biliar) para o duodeno,
através da ampola de Vater, ocasionaria uma hipertensão no sistema ductal pancreático, o que facilitaria, por mecanismos ainda
desconhecidos, a pancreatite aguda. O álcool (etanol) é o segundo fator mais encontrado na PA (15-30%) e o principal na pancreatite
crônica. Dentre os mecanismos relacionados à lesão por álcool temos o espasmo do esfíncter de Oddi, elevando a pressão intraductal, e
a toxicidade para as células acinares. Outras causas de PA incluem: drogas (2-5%, segundo o Sabiston é a terceira causa mais frequente),
idiopática (de acordo com o Cecil esta é a terceira causa mais comum), pós CPRE, traumas e metabólicas. Resposta: letra C.
132 - 2021 HOA - AC

» O pâncreas anular resulta da migração aberrante do broto pancreático ventral, o que gera Um tecido pancreático aberrante envolvendo
a segunda porção do duodeno. Essa anormalidade pode estar associada a outros defeitos congênitos, incluindo a síndrome de Down, a
má rotação, a atresia intestinal e má formações cardíacas. Se os sintomas de obstrução ocorrerem, o bypass cirúrgico através da
duodenojejunostomia está indicado. Gabarito Medgrupo: letra E.

133 - 2021 SESAP

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. A ultrassonografia de abdome deve ser realizada em todos os pacientes com diagnóstico de
pancreatite aguda na admissão ao serviço de saúde com o objetivo de identificar a principal etiologia para a condição, que é a litíase
biliar. - Letra B: incorreta. A tomografia de abdome deve ser realizado nos pacientes com pancreatite aguda quando há dúvida
diagnóstica ou piora do quadro clínico inicial - Letra C: incorreta. A litíase biliar é um fator de risco importante para pancreatite aguda ao
longo da vida, mas a microlitíase (também denominada lama biliar) contribui de forma menos significativa. - Letra D: incorreta. A amilase
sérica não se correlaciona com a gravidade da pancreatite aguda. Resposta: letra A.

134 - 2021 HOA - AC

» Excluída a icterícia, a presença de colédoco dilatado à ultrassonografia de admissão representa o melhor fator preditivo da persistência
de cálculos na via biliar principal. Melhor resposta letra D.

135 - 2021 AMS - APUCARANA

» Vamos às afirmativas: I. Correta. O estudo de Dong et al. demonstrou que pacientes com CA 19.9 sérico ≥ 338,45 U/ml evoluíram com
menor sobrevida quando comparados aos pacientes do grupo com valores inferiores. No estudo de Salmiheimo et al., pacientes com
valores pré-operatórios de CA 19.9 ≥ 555 U/ml tiveram quase que o dobro de chance de evoluir para o óbito durante o
acompanhamento. II. Correta. A quimioterapia adjuvante com gemcitabina retarda a recidiva da doença e aumenta a sobrevida quando
comparada à cirurgia isoladamente. Quando em associação com a capecitabina, estudos demonstram o incremento em 2,5 meses na
mediana de sobrevida em comparação à utilização de gemcitabina de forma isolada, tornando-se o esquema ideal de quimioterapia
adjuvante. III. Incorreta. Atualmente, a ressecção cirúrgica através da duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple) representa a única
opção terapêutica com chance de cura. Entretanto, o diagnóstico em fase localizada e passível de ressecção ocorre em somente 10% a
20% dos pacientes. Resposta: letra A.

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136 - 2021 REVALIDA INEP

» Se pudéssemos resumir esta questão em única síndrome da medicina, qual seria? A síndrome colestática! Nosso paciente possui
comemorativos clássicos dessa condição, caracterizada pela dificuldade em drenagem adequada do sistema biliar: icterícia, colúria,
prurido... Como se trada de um idoso, com dor abdominal que irradia para o dorso e emagrecimento há 4 meses, ganha importância a
hipótese de neoplasia periampular, mais especificamente um tumor de cabeça de pâncreas justificando o quadro apresentado. Como o
problema está no “escoamento” da bile, e não na síntese da bilirrubina em si, haverá aumento predominante na forma DIRETA, que é
também a única capaz de passar pelos glomérulos e sair pela urina, provocando colúria (A e C incorretas). Haverá também aumento de
outros marcadores colestáticos, como fosfatase alcalina e gama-GT (B correta). A dificuldade na circulação enterohepática de sais biliares
pode provocar deficiência relativa de vitamina K, importante para síntese de fatores da coagulação, o que pode provocar tempo de
protrombina aumentado (D incorreta). Resposta: B.
137 - 2021 FBHC

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. Em mais de 50% das vezes, o diagnóstico do câncer de pâncreas só é percebido no estágio IV
(metástases à distância) e grande parte do restante dos casos é identificada no estágio III (ausência de metástases, porém com doença
irressecável). - Letra B: incorreta. O procedimento de escolha para todos os tumores periampulares, incluindo os adenocarcinomas de
cabeça do pâncreas, é a pancreatoduodenectomia, denominada cirurgia de Whipple. - Letra C: correta. O câncer de pâncreas predomina
em idosos (> 60 anos), sendo raro antes da quinta década de vida. Há um discreto predomínio em homens, particularmente em negros
(risco duas vezes maior que em brancos). - Letra D: correta. O diagnóstico histopatológico não é obrigatório antes da cirurgia porque os
métodos empregados com este intuito na realidade são pouco sensíveis e um resultado negativo não afasta o diagnóstico de câncer de
pâncreas. Por outro lado, quando se considera que a doença é irressecável, contraindicando-se a cirurgia curativa, a confirmação do
diagnóstico histopatológico passa a ser obrigatória, com o paciente devendo ser submetido à punção aspirativa guiada por endoscópica
ou percutânea. - Letra E: correta. A história de pancreatite crônica, de qualquer tipo, é um dos mais poderosos fatores de risco. Contudo,
uma forma especial, a pancreatite crônica hereditária, acarreta risco particularmente alto (mais de 50% dos portadores desta condição
desenvolvem câncer de pâncreas da vida). O tabagismo é outro fator de risco consistente, diretamente proporcional à carga tabágica.
Resposta: letra B.

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