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6 A 7 D 8 C 9 A 10 C 11 B 12 D 13 A 14 D 15 D 16 A 17 C 18 * 19 C 20 B 21 * 22 B 23 A

24 D 25 C 26 C 27 B 28 B 29 A 30 A 31 D 32 C 33 D 34 D 35 B 36 A 37 D 38 A 39 B 40 A 41 B

42 D 43 C 44 D 45 B 46 D 47 D 48 D 49 C 50 A 51 D 52 A 53 C 54 D 55 A 56 A 57 A 58 B 59 E

60 E 61 B 62 C 63 C 64 C 65 C 66 B 67 A 68 B 69 E 70 C 71 C 72 D 73 E 74 C 75 A 76 C 77 A

78 C 79 C 80 D 81 D 82 C 83 C 84 C 85 C 86 D 87 C 88 B 89 B 90 E 91 D 92 B 93 B 94 B 95 C

96 B 97 D 98 C 99 A 100 B 101 E 102 D 103 D 104 B 105 D 106 A 107 D 108 B 109 B 110 D 111 D 112 D 113 B

Legenda:

! Questão Anulada * Questão Dissertativa

Comentários da equipe acadêmica


Confira os comentários da nossa equipe acadêmica

6 - 2022 HIAE

» Temos uma paciente jovem, do sexo feminino, com uma taquiarritmia regular de QRS estreito; até se prove o contrário, trata-se de uma taquicardia supraventricular
paroxística! Como nossa doente está estável hemodinamicamente, a primeira medida é tentar reversão com manobra vagal, através da compressão do seio carotídeo ou
da manobra de Valsava. Se a taqui supra não for extinta pela manobra vagal, a conduta é tentar reversão farmacológica. E qual a droga de escolha? É a adenosina
venosa, na dose inicial, em bolus, de 6 mg. Se não houver reversão, faremos uma nova dose de 12 mg. Outras opções são verapamil/diltiazem venosos ou
betabloqueadores venosos. Todas essas drogas agem inibindo o nódulo AV, parte obrigatória do circuito de reentrada da taquicardia, tanto na taqui AV nodal como na
taqui AV com via acessória. A cardioversão elétrica sincronizada estaria indicada apenas em caso de instabilidade hemodinâmica. A fibrilação atrial é uma arritimia de
QRS irregular e sem ondas P (LETRA B INCORRETA). O flutter é caracterizado por ondas f características (LETRA C INCORRETA). A taquicardia ventricular é uma arritmia
de QRS alargado (LETRA D INCORRETA). Resposta: letra A.

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7 - 2022 HIAE

» Temos uma paciente jovem, do sexo feminino, com uma taquiarritmia regular de QRS estreito; até se prove o contrário, trata-se de uma taquicardia supraventricular
paroxística! Como nossa doente está estável hemodinamicamente, a primeira medida é tentar reversão com manobra vagal, através da compressão do seio carotídeo ou
da manobra de Valsava (LETRA D CORRETA). Se a taqui supra não for extinta pela manobra vagal, a conduta é tentar reversão farmacológica. E qual a droga de escolha?
É a adenosina venosa, na dose inicial, em bolus, de 6 mg (LETRAS A e B INCORRETAS). Se não houver reversão, faremos uma nova dose de 12 mg. Outras opções são
verapamil/diltiazem venosos ou betabloqueadores venosos. Todas essas drogas agem inibindo o nódulo AV, parte obrigatória do circuito de reentrada da taquicardia,
tanto na taqui AV nodal como na taqui AV com via acessória. A cardioversão elétrica sincronizada estaria indicada apenas em caso de instabilidade hemodinâmica
(LETRA C INCORRETA). Resposta: letra D.

Video comentário: 296559

8 - 2022 HSL - SP

» No início de 2018 a European Society of Cardiology (ESC) publicou uma diretriz sobre uso de antiarrítmicos na Cardiologia. Neste documento, é enfatizado que o grande
problema do uso rotineiro dos antiarritmicos é a toxicidade e TODA droga antiarrítmica, por natureza, possui um determinado efeito pró-arrítmico - ou seja, enquanto
uma arritmia é tratada, existe potencial de provocar outra. Os efeitos pró-arrítmicos são muito comuns nas associações de drogas e podem aumentar a mortalidade.
Com isso, já podemos perceber que a alternativa C está correta. Mas, e as outras alternativas? Vamos lá… Letra A: incorreta. A dose de ataque usual é de 5mg/kg em
250mL de solução de glicose a 5%, administrados por um período de 20 minutos a 2 horas. Letra B: incorreta. A apresentação oral deste fármaco é limitada devido à
meia-vida muito curta, devendo ser feitas doses a cada 3 a 4 horas; recomenda-se de 300 a 500 mg por dose. Já a preparação endovenosa é amplamente usada, sendo a
dose inicial de 100 mg a cada 3 a 5 minutos, podendo chegar a 1 g em 1 hora, ou 25 mg/min, monitorando a pressão e o QRS (não ultrapassar 50% de aumento) até a
arritmia ser suprimida. A dose de manutenção é de 2 a 6 mg/min. Letra D: incorreta. A lidocaína deve ser feita em bolus iniciais de 70 a 100 mg (1 a 2 mg/kg), que pode
ser repetido (0,5 a 1 mg/kg). A dose de manutenção é de 1 a 4 mg/kg durante 24 h. Letra E: incorreta. Pelo contrário, a recomendação é justamente fazer a adenosina 6
mg endovenosa em bolus (pode ser repetido até 2 doses de 12 mg). Resposta: letra C.

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9 - 2022 HSL - SP

» Maurice Sokolow e Thomas P. Lyon descreveram em 1949 o que seria provavelmente o critério de sobrecarga de ventrículo esquerdo (SVE) mais conhecido da história da
medicina. Neste artigo, eles concluíram que enquanto a soma da onda R de V5 ou V6 mais a onda S de V1 era superior a 35 mm em 32% dos pacientes com hipertrofia
de VE (HVE), nenhum indivíduo saudável (sem HVE) apresentava o critério alterado. Resumindo, pelo índice de Sokolow-Lyon: - Onda R V5 ou V6 + onda S de V1 > 35
mm = SVE Resposta: letra A.

Video comentário: 303206


10 - 2022 HSL - SP

» Ao invés de tentar converter a fibrilação atrial (FA) ao ritmo sinusal, uma estratégia possível é apenas a reduzir a sua frequência cardíaca (FC), agindo somente sobre o
nódulo AV, o “filtro” natural da passagem elétrica entre o átrio e o ventrículo - é o que chamamos de controle da frequência. Ela se baseia no uso dos inibidores do
nódulo AV, que agem apenas baixando a resposta ventricular da FA, sem reverter a arritmia. As principais drogas usadas neste contexto são betabloqueadores e
antagonistas do cálcio não di-hidropiridínicos – diltiazem, verapamil. Os antagonistas do canal de cálcio di-hidropiridínicos (ex: anlopidino, nifedipino) são potentes
vasodilatadores, podendo gerar aumento reflexo da frequência cardíaca - ou seja, o oposto do efeito desejado nestes casos - e, por isso, não são utilizados. O digital só é
indicado nos casos de insuficiência cardíaca (IC) sistólica sintomática (embora, mesmo nesses casos, o betabloqueador seja a droga preferencial). A amiodarona também
pode ser utilizada para reduzir a FC em pacientes com IC, embora o risco de reversão do ritmo não desejada deva ser considerado. Resposta: letra C.

Video comentário: 303207

11 - 2022 HSL - SP

» Definitivamente não podemos concordar com o gabarito liberado pela banca! Imediatamente após a intubação, a confirmação do posicionamento do tubo na traqueia
precisa ser realizada. Tradicionalmente, usamos parâmetros clínicos como movimentação do tórax, ausculta pulmonar e na região epigástrica, melhora da oxigenação e
presença de condensação no próprio tubo. Acontece que o parâmetro de maior acurácia é a capnografia com avaliação da EtCO2 (End-tidal carbon dioxide). A ideia é
bastante simples: o capnógrafo é capaz de detectar o CO2 expirado através do tubo que foi inserido. Se o tubo está no esôfago, não vamos detectar gás carbônico
expirado. E a radiografia? Bem, ela realmente deve ser realizada após a confirmação do posicionamento do tubo para nos certificarmos da localização da ponta do tubo,
que deve estar posicionada a um mínimo de 1-3 centímetros acima da carina. Entretanto, tal método NÃO é capaz de diferenciar com absoluta certeza uma intubação
esofágica de uma intubação endotraqueal. Assim sendo, entendemos que a melhor resposta deveria ser a letra E, não a letra B!

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12 - 2022 SCMSP

» A "síndrome do coração pós-feriado" (Holiday Heart Syndrome - HHS) é conhecida como a ocorrência, em pessoas saudáveis e sem doença cardíaca conhecida, de uma
perturbação aguda do ritmo cardíaco, mais frequentemente fibrilação atrial, após o consumo abusivo de bebidas. O nome é derivado do fato de que esses episódios
foram inicialmente observados mais frequentemente após finais de semana ou feriados. Vamos às assertivas: - A HHS está associada principalmente a arritmias
supraventriculares, com a FA sendo a arritmia cardíaca mais comum da síndrome. No entanto, outros tipos menos frequentes de arritmias também podem ocorrer, tais
como flutter atrial, taquicardia atrial paroxística, e extrassístoles ventriculares isoladas. A incorreta. - A FA é a arritmia mais frequente, estando associada a aumento da
mortalidade. B incorreta. - Acredita-se que a ingestão alcoólica aguda interfira com o sistema de condução cardíaco através do retardo da condução, o que é importante,
porque facilita a reentrada, que é um dos principais mecanismos subjacentes ao desenvolvimento de arritmias cardíacas, a saber a FA. C incorreta. - O principal
metabólito do álcool, o acetaldeído, tem propriedades arritmogênicas, possivelmente aumentando as catecolaminas sistêmicas e intramiocárdicas. D correta. - Existe
uma relação dose-resposta entre a quantidade diária de álcool consumido e o risco de FA, com um risco relativo de 1,08 /dose. No entanto, o risco de FA foi apenas
significativo para a ingestão de > 3 doses / dia (36 g / dia) para homens e > 2 doses / dia (24 g / dia) para mulheres, implicando em um possível limiar acima do qual
existe um risco significativamente aumentado de FA. E incorreta. Resposta: D.

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13 - 2022 SCMSP

» Para saber onde colocar os eletrodos, devemos ter um parâmetro anatômico para nos guiar. Entre o manúbrio e o esterno, é possível palpar o ângulo de Louis. Abaixo
desse ângulo, o primeiro espaço intercostal que sentimos é o 2º espaço intercostal. Por convenção, os eletrodos precordiais são assim distribuídos: - V1: borda esternal
do 4o espaço intercostal direito; - V2: borda esternal do 4o espaço intercostal esquerdo; - V3: entre V2 e V4; - V4: no 5o espaço intercostal esquerdo, na linha
hemiclavicular; - V5: no mesmo nível de V4, na linha axilar anterior; - V6: no mesmo nível de V5, na linha axilar média. Resposta: letra A.

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14 - 2022 UNIFESP

» Em primeiro lugar, vamos analisar o ECG: temos uma taquicardia cujo QRS é estreito, o que significa que os ventrículos são estimulados pela via normal (sistema His-
Purkinje), o RR é regular (ao contrário da fibrilação atrial) e geralmente não se detecta onda P. O diagnóstico é de TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA (TSVP
ou “taqui supra”). A primeira medida na tentativa de reversão de uma taqui supra geralmente é a manobra vagal. Porém, a banca pede a primeira opção de tratamento
farmacológico (lista apenas drogas), e aí não temos dúvida: é a adenosina venosa, na dose inicial, em bolus, de 6 mg. Se não houver reversão, faremos uma nova dose
de 12 mg. Resposta: D.

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15 - 2022 FJG

» A questão não traz muitos dados a respeito do paciente, mas podemos concluir se tratar de um caso de fibrilação atrial (FA) de duração desconhecida, sem sinais de
instabilidade hemodinâmica. Nesse contexto, vale a pena observar que a estratégia de controle do ritmo por meio da cardioversão elétrica ou farmacológica pode ser
tentada, embora o controle da frequência também seja uma opção válida. Caso se opte pelo controle do ritmo, é necessário descartar a presença de trombos por meio
do ecocardiograma (ECO) transesofágico. Se este exame for normal, podemos realizar a cardioversão imediatamente após. É importante observar que durante o período
que antecede a exclusão do trombo, os pacientes que foram incluídos nos ensaios clínicos ficaram anticoagulados com heparina não fracionada, o que justifica o seu uso
no período periprocedimento (LETRA D CORRETA). Se houver trombo, a cardioversão deve ser feita apenas após 4 semanas de anticoagulação. Como a duração da FA é
desconhecida, não podemos optar pela cardioversão imediata sem anticoagulação; isso seria uma possibilidade se a duração fosse < 48 horas (LETRA A INCORRETA). O
uso de betabloqueador venoso seria uma opção para controle de frequência cardíaca, mas o digital é realizado nos casos refratários ou na associação de insuficiência
cardíaca descompensada (LETRA B INCORRETA). Caso o paciente tenha escore CHA2DS2VASC ≥ 2 pontos, a preferência é pelo uso dos anticoagulantes de ação direta,
como os inibidores do fator Xa e não pela warfarina (LETRA C INCORRETA). Resposta: letra D.

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16 - 2022 FJG

» Questão polêmica! Primeiro, vamos interpretar a questão: temos um paciente com SCA com supra de ST, que evoluiu com FV. Neste contexto, a banca pergunta qual
seria a melhor estratégia de desfibrilação e de trombólise. Portanto, temos: (1) Desfibrilação: para os cardiodesfibriladores tradicionais (monofásicos), o choque aplicado
para reverter a FV ou a TV sem pulso deve ser de 360 J, sempre dessincronizado. Para os mais modernos (bifásicos) a carga gira em torno de 120 a 200 J, ficando na
dependência do tipo de onda bifásica. Na prática, se você dispõe de um cardiodesfibrilador bifásico e não sabe o tipo de onda, dê um choque de 200 J. Um conceito muito
importante: preconiza-se apenas um choque, seguido imediatamente da continuação da RCP (compressão + ventilação). Nem o ritmo, nem o pulso devem ser checados
depois do choque, mas apenas após dois minutos de RCP!!! O detalhe é que a banca não peguntou sobre a sequência do atendimento, apenas sobre a estratégia de
desfibrilação. Ou seja, desfibrilação elétrica com 200 J. (2) Trombólise: os estudos iniciais com administração de trombolíticos durante a PCR foram promissores. No
entanto, dois estudos clínicos não revelaram melhora na sobrevida quando administrados fibrinolíticos durante a PCR, sendo que, em um deles, inclusive, houve aumento
do risco de hemorragia intracerebral. Assim, fibrinolíticos não devem ser administrados rotineiramente na PCR. Entretanto, após o retorno a circulação espontânea,
recomenda-se terapia de reperfusão (trombólise ou cateterismo coronariano de emergência) para pacientes pós-parada cardíaca com IAM com supra de ST ou bloqueio
de ramo esquerdo novo. Perceba, então, que o grande problema aqui foi a interpretação: a banca não está perguntando qual é a sequência de atendimento, e sim qual
seria a melhor forma de realizar desfibrilação e a trombólise neste contexto específico. Assim, vemos que, conceitualmente, a questão não está incorreta. Resposta: letra
A.

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17 - 2022 HNMD

» O eletrocardiograma revela uma taquicardia de ritmo irregular, QRS estreito e ausência de onda P. O nosso diagnóstico realmente é de fibrilação atrial. Dentre os fatores
de risco, podemos citar: idade avançada; hipertensão; doença isquêmica do miocárdio e doença orovalvar mitral (mais comumente estenose e de etiologia reumática);
hipertireoidismo, cardiopatia dilatada de qualquer etiologia (incluindo pós-IAM); cardiomiopatia hipertrófica; diabetes, obesidade, apneia do sono; miocardite, pericardite,
pós-operatório de cirurgia cardiotorácica; TEP, DPOC descompensada; libação alcoólica (Holiday syndrome); tabagismo. A cardioversão elétrica é indicada na presença de
critérios de instabilidade - hipotensão, angina, rebaixamento do nível de consciência e/ou edema agudo de pulmão. Nosso paciente chegou ao setor de emergência sem
critérios para reversão emergencial do ritmo, motivo pelo qual não podemos marcar a letra A. As letras B e D trazem diagnósticos incorretos (além disso, nosso paciente
possui critérios para anticoagulação pelo CHADS-VASC). O controle de frequência pode ser uma estratégia mais vantajosa quando compramos com a ablaçao por cateter,
já que a chance de recorrência após ablação pode ser grande (até mesmo associado a um risco paradoxalmente maior de morte). No entanto, ela pode ser sim uma
possibilidade se os benefícios superarem os riscos em casos selecionados. Resposta: letra C.

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18 - 2022 SUS - BA

» O enunciado descreve uma mulher com história de diabetes que evoluiu com síncope. Até aqui, não temos muitos dados que nos ajudem com o diagnóstico diferencial
das possíveis etiologias… Porém, quando vemos os sinais vitais, algo deve chamar atenção: FC 34 bpm com PA 86 x 52 mmHg!!! Ou seja, muito provavelmente estamos
diante de uma bradiarritmia maligna! O próximo passo, sem dúvida, é realizar um eletrocardiograma para melhor avaliação. Entretanto, ao invés de colocar a imagem do
exame, a banca optou por descrevê-lo: a presença de ondas P completamente dissociadas dos complexos QRS é compatível com o diagnóstico de bloqueio
atrioventricular total! Nesta condição, a onda P aparece em várias posições com relação ao QRS (dentro, logo antes, logo depois, no segmento ST, em cima da onda T
etc.). Resposta: bloqueio atrioventricular total.

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19 - 2022 AMRIGS

» Questão sobre RCP. O profissional de saúde (a questão menciona que você é o médico responsável) deve, em primeiro lugar, verificar a segurança do local, avaliar a
responsividade da vítima e, caso a mesma esteja irresponsiva, chamar ajuda (ex.: DEA, se disponível, ou ligar para o SAMU). A seguir, os passos (considerando que quem
presta o atendimento é um profissional de saúde) são checar o pulso carotídeo e a respiração simultaneamente, observando se há elevação do tórax da vítima e se há
pulso, em não mais que 10 segundos. Se a vítima não respirar, ou apresentar gasping e o pulso estiver ausente, iniciar RCP. Em uma situação de PCR, um mnemônico
pode ser utilizado para descrever os passos simplificados do atendimento em SBV (BLS): o “C-A-B-D”. O “C” corresponde a compressões (30 compressões), “A” é a
abertura das vias aéreas, “B” remete à boa ventilação (duas ventilações) e “D” à desfibrilação. Este mnemônico deve ser utilizado para o atendimento, após detecção da
PCR. A seguir, a sequência completa de um atendimento, por um profissional de saúde, a uma vítima que se encontra em colapso súbito. Logo, a ordem, dentre os
passos citados são: (1) Checar responsividade, (2) Checar pulso, (3) Iniciar compressões e (4) Garantir via aérea. Observem que “observar se a vítima está respirando”
não significa garantir via aérea (provavelmente foi este o erro da banca). Face ao exposto, sugerimos recurso à época do concurso e a questão foi devidamente
ANULADA (o gabarito inicial havia sido a opção C).

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20 - 2022 AMRIGS

» O elemento chave para o sucesso da reanimação e aumento na probabilidade de sobrevivência é o início rápido das manobras de RCP, o que inclui não só “o tempo para
desfibrilação” como todas as demais medidas que comentamos na questão anterior. Logo, a opção que melhor responde à questão é a letra A. "Tempo para
desfibrilação" seria o elemento-chave para uma PCR por FV ou TV sem pulso (porém observem que a banca não cita o ritmo, impossibilitando que a opção B seja a
resposta). Infelizmente os pedidos de recurso dos alunos não foram acatados, e a banca manteve como resposta opção B.

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21 - 2022 SUS - BA

» Temos uma paciente com quadro de bloqueio atrioventricular total, evoluindo com síncope e hipotensão - o que constitui um sinal de instabilidade hemodinâmica. Nestes
casos, a atropina deve ser administrada enquanto não é possível realizar a estimulação cardíaca temporária imediata (transvenosa, se disponível imediatamente, ou
transcutânea) e/ou infusão de um agente cronotrópico (adrenalina ou dopamina) se os sintomas forem muito significativos. Portanto, assim que disponível, devemos
implantar um marca-passo (transcutâneo ou transveoso). Resposta: implantação de marcapasso transcutâneo ou marcapasso transvenoso.

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22 - 2022 UFSC

» Frente a um paciente com quadro de taquiarritmia com QRS alargado, a principal hipótese diagnóstica é de uma taquicardia ventricular. O aspecto típico do
eletrocardiograma é de intervalo RR regular, FC entre 100-300 bpm, QRS alargado e aberrante, com mais de três complexos ventriculares (extrassístoles) sucessivos,
sem onda P. Vamos avaliar as alternativas frente ao caso clínico descrito: A) INCORRETA. A adenosina é o tratamento farmacológica de escolha para as taquicardias
supraventriculares paroxísticas. B) CORRETA. A taqui ventricular é o exemplo mais típico de uma taquiarritmia com QRS alargado, ou seja, com duração > 0,12s. Tanto é
que existe o famoso macete: “Diante de uma taquicardia com QRS alargado, considere taqui ventricular até que se prove contrário.” C) INCORRETA. Nem toda
taquicardia ventricular está associada à instabilidade hemodinâmica – depende da duração e do grau de disfunção cardíaca de base. D) INCORRETA. As taquicardias
supraventriculares são consideradas benignas e de melhor prognóstico em relação às ventriculares. E) INCORRETA. Nem toda taquiarritmia com QRS alargado é uma
taquicardia ventricular. Também há dois outros mecanismos que podem explicar taquiarritmias atriais ou supraventriculares com QRS alargado: 1. bloqueio de ramo
(taqui supraventricular com aberrância); e 2. pré-excitação ventricular, na síndrome de WPW. Essas situações precisam ser diferenciadas, pois o tratamento é diferente.
Resposta: letra B.

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23 - 2022 UFES

» Questão que gera muita discussão. Muita mesmo e deveria ter sido anulada. O acesso central pode ser puncionado na veia femoral e isso não iria atrapalhar as
compressões torácicas e o acesso. Se pensarmos somente na punção de veias jugulares e subclávias, vamos avalair. Tanto as letras B, C e D, são corretas e devem ser
consideradas. Veja, a punção em um cenário de emergência, em que você não consegue delimitar os marcos tal qual um cenário eletivo, o risco de complicaçõe como
pneumotórax e punção arterial é maior. A dificuldade técnica e este risco existem, mas não impedem a punção. Agora o fato de interromper as compressões, aí é um
evento inacenitável. Melhor resposta seria a letra A. Mas a questão deveria te sido anulada.

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24 - 2022 UFMT

» Para entender o gabarito, é preciso relembrar alguns conceitos sobre pulso venoso. A curva de pressão intra-atrial (e o pulso venoso em si) possui três ondas de
ascensão (A, C e V) e dois descensos (X e Y). A onda C, correspondente ao fechamento da tricúspide, normalmente é imperceptível aos nossos olhos. Na inspeção,
portanto, o pulso venoso tem apenas duas ascensões perceptíveis. A onda A é a maior ascensão, ocorrendo junto à contração atrial direita, que promove um súbito
aumento da pressão intra-atrial, logo antes da primeira bulha cardíaca. O descenso X vem depois da onda A-C, explicado por uma queda da pressão intra-atrial
consequente à descida do assoalho tricúspide na ejeção ventricular. Essa queda de pressão estimula o enchimento atrial pelo sangue venoso. A onda V é a segunda
ascensão, ocorrendo durante o enchimento atrial com a valva tricúspide fechada, logo antes da segunda bulha cardíaca. O descenso Y vem depois da onda V, causado
pela abertura da tricúspide e saída do sangue do átrio para o ventrículo. Ora, a onda A não representa a contração atrial? Pois bem, lembre-se que na fibrilação atrial,
não há atividade elétrica atrial organizada nem contração efetiva - o átrio não contrai, apenas fibrila! Agora ficou fácil de entender: a ausência de onda A ocorre
justamente na fibrilação atrial! Nesse caso, às vezes podemos até notar a onda C, dando a impressão de haver duas ascensões. No BAV total, temos a onda A em
canhão, pois a contração atrial se dá ao mesmo tempo em que a contração ventricular (ou seja, com a valva atrioventricular fechada). A bradicardia sinusal e o BAV de
segundo grau 2:1 não justificariam alterações proeminentes na onda A. Resposta: letra D.

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25 - 2022 UFMT

» Relembrando alguns conceitos sobre pulso venoso: a curva de pressão intra-atrial (e o pulso venoso em si) possui três ondas de ascensão (A, C e V) e dois descensos (X e
Y). A onda C, correspondente ao fechamento da tricúspide, normalmente é imperceptível aos nossos olhos. Na inspeção, portanto, o pulso venoso tem apenas duas
ascensões perceptíveis. A onda A é a maior ascensão, ocorrendo junto à contração atrial direita, que promove um súbito aumento da pressão intra-atrial, logo antes da
primeira bulha cardíaca. O descenso X vem depois da onda A-C, explicado por uma queda da pressão intra-atrial consequente à descida do assoalho tricúspide na ejeção
ventricular. Essa queda de pressão estimula o enchimento atrial pelo sangue venoso. A onda V é a segunda ascensão, ocorrendo durante o enchimento atrial com a valva
tricúspide fechada, logo antes da segunda bulha cardíaca. O descenso Y vem depois da onda V, causado pela abertura da tricúspide e saída do sangue do átrio para o
ventrículo. No BAV total, temos a onda A em canhão: ao observarmos o pulso venoso, nos surpreendemos com repentinas e proeminentes ondas A (como um “tiro de
canhão”), de ocorrência esporádica. Isso acontece quando há dissociação atrioventricular (BAV total, taquicardia ventricular, taquicardia juncional), no momento em que
a contração atrial se dá ao mesmo tempo em que a contração ventricular, portanto com a valva atrioventricular fechada. Nas taquicardias ou flutter atriais, em que a
frequência atrial é maior que a ventricular, podemos notar mais ondas A em relação ao pulso arterial. Resposta: letra C.

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26 - 2022 HCG

» Muitos alunos nesta questão marcaram a opção B, alegando que a taquicardia sinusal é a arritmia mais comum. Porém, atentem que é perguntada a arritmia "mais
comum durante atendimentos de emergência". Taquicardia sinusal realmente é bem mais comum que FA, mas não costuma levar o paciente à emergência (em última
análise atendemos vários pacientes taquicárdicos durante um plantão na emergência, mas a taqui sinusal dificlmente é a CAUSA do atendimento em si). A arritmia mais
comum que leva a atendimentos de emergência/pronto-socorro é a FA - essa informação é trazida em diversos livros-texto!Resposta: C.

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27 - 2022 SES - DF

» A síndrome de Wolff-Parkinson-White é decorrente da presença de uma via acessória congênita com capacidade de condução anterógrada (do átrio para o ventrículo),
revelando-se no ECG sinusal com o padrão da “pré-excitação ventricular” (PR curto e onda delta) e manifestando-se clinicamente com taquiarritmias de repetição,
geralmente do tipo Taqui supra ou FA - exatamente o que este paciente parece estar apresentando agora. Realmente o diagnóstico de FA associado a WPW é difícil, mas
pode ser dado pelas seguintes características eletrocardiográficas, presentes no traçado deste paciente: RR irregular, QRS alargado, sem onda P e eventual onda delta.

Assertiva ERRADA, portanto. Resposta: B.

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28 - 2022 SES - DF

» A síndrome de Wolff-Parkinson-White é decorrente da presença de uma via acessória congênita com capacidade de condução anterógrada (do átrio para o ventrículo),
revelando-se no ECG sinusal com o padrão da “pré-excitação ventricular” (PR curto e onda delta) e manifestando-se clinicamente com taquiarritmias de repetição,
geralmente do tipo Taqui supra ou FA - exatamente o que este paciente parece estar apresentando agora. Realmente o diagnóstico de FA associado a WPW é difícil, mas
pode ser dado pelas seguintes características eletrocardiográficas: RR irregular, QRS alargado, sem onda P e eventual onda delta. "A longo prazo", o procedimento de
ablação por radiofrequência da via acessória está sempre indicada na síndrome de Wolff-Parkinson-White quando esta se manifesta com taquiarritmias de repetição.
Portanto, estes pacientes devem ser encaminhados ao arritmologista. A terapia farmacológica depende da taquiarritmia que o paciente apresentou: 1. taqui supra
ortodrômica: verapamil, diltiazem ± digoxina, ou propafenona (grupo IC); 2. taqui supra antidrômica, fibrilação atrial + WPW ou flutter + WPW: a droga profilática de
escolha nesses casos é um antiarrítmico do grupo IC – em nosso meio, utiliza-se a propafenona 450-900 mg/dia (três tomadas). Nos EUA, dá-se preferência pela
flecainida. Não está indicado sotalol.

Assertiva ERRADA, portanto. Resposta: B.

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29 - 2022 SES - DF

» A síndrome de Wolff-Parkinson-White é decorrente da presença de uma via acessória congênita com capacidade de condução anterógrada (do átrio para o ventrículo),
revelando-se no ECG sinusal com o padrão da “pré-excitação ventricular” (PR curto e onda delta) e manifestando-se clinicamente com taquiarritmias de repetição,
geralmente do tipo Taqui supra ou FA - exatamente o que este paciente parece estar apresentando agora. Realmente o diagnóstico de FA associado a WPW é difícil, mas
pode ser dado pelas seguintes características eletrocardiográficas, presentes no traçado deste paciente: RR irregular, QRS alargado, sem onda P e eventual onda delta.
Nos pacientes com WPW e FA, é considerado alto o risco de evolução para TV e FV, uma vez que a via acessória não possui a propriedade de “filtro” típica do nódulo AV;
portanto, uma taquiarritmia atrial de alta frequência torna-se perigosa se a maioria dos estímulos atriais passarem aos ventrículos pela via acessória, em vez de serem
“filtrados” pelo nódulo AV. Logo, o risco de morte súbita sem dúvida está AUMENTADO em casos como este. Assertiva CERTA, portanto. Resposta: A.

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30 - 2022 SES - DF

» A síndrome de Wolff-Parkinson-White é decorrente da presença de uma via acessória congênita com capacidade de condução anterógrada (do átrio para o ventrículo),
revelando-se no ECG sinusal com o padrão da “pré-excitação ventricular” (PR curto e onda delta) e manifestando-se clinicamente com taquiarritmias de repetição,
geralmente do tipo Taqui supra ou FA - exatamente o que este paciente parece estar apresentando agora. Realmente o diagnóstico de FA associado a WPW é difícil, mas
pode ser dado pelas seguintes características eletrocardiográficas, presentes no traçado deste paciente: RR irregular, QRS alargado, sem onda P e eventual onda delta.
Todos os casos de FA com instabilidade hemodinâmica devem ser prontamente revertidos com cardioversão elétrica emergencial. Na FA com WPW, a carga deve ser
mais alta, começando com 200 J. Assertiva CERTA. Resposta: A.

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31 - 2022 SURCE

» A questão traz paciente de 70 anos com história recente de acidente vascular encefálico (AVE) de etiologia cardioembólica, associado a fibrilação atrial (FA)
diagnosticada na investigação subsequente. Neste caso, o principal cuidado em relação à profilaxia secundária, isto é, evitar episódios subsequentes de AVE
cardioembólico, é iniciar a anticoagulação oral, que em geral é avaliada pelo escore CHA 2DS 2-VASC. No entanto, há um detalhe importante no caso: trata-se de
paciente com história de implante de válvula metálica no passado. Todo paciente com prótese mecânica cardíaca já tem, por si só, risco tromboembólico aumentado e,
ainda que o paciente não tivesse o diagnóstico recente de FA, ele já deveria estar em uso de anticoagulante oral para prevenir o PRIMEIRO episódio de AVE, isto é,
profilaxia PRIMÁRIA! O AAS e o clopidogrel são agentes antiplaquetários muito pouco efetivos em reduzir o risco tromboembólico e por isso NÃO recomendados
rotineiramente para esse fim (LETRAS A e B INCORRETAS). Os agentes orais de ação direta, incluindo os inibidores do fator Xa (ex.: apixabana, rivaroxabana) ou
inibidores da trombina (ex.: dabigatrana), são as drogas consideradas de PRIMEIRA LINHA como anticoagulantes orais na maioria dos cenários clínicos, devido à sua boa
eficácia e praticidade em termos de não necessidade de monitorização dos valores de INR. No entanto, pacientes portadores de válvula metálica como no caso da
questão NÃO possuem aprovação para o uso dos anticoagulantes de ação direta, uma vez que não há estudos clínicos que comprovem a sua eficácia e segurança nesse
contexto (LETRA C INCORRETA). O anticoagulante oral de escolha passa a ser o antagonista da vitamina K, mais especificamente a WARFARINA, que no cenário em tela
servirá como profilaxia SECUNDÁRIA de futuros episódios de AVE, tanto pela presença de válvula, como pela presença de FA. No entanto, há dois problemas na questão:
(1) Em pacientes de elevado risco cardioembólico como este, o ideal é que não se perca tempo até o que a warfarina inicie sua ação terapêutica, o que depende do INR
no alvo terapêutico em torno de 3,0 e pode demorar alguns dias. Enquanto isso, o paciente deve iniciar heparina de baixo peso molecular subcutânea (ex.: enoxaparina)
para que haja anticoagulação imediata (com suspensão da heparina após). (2) O paciente possui problemas importantes de adesão medicamentosa, o que gera dúvidas
quanto à segurança da liberação do uso crônico de warfarina neste idoso, já que é uma droga com potenciais riscos, tanto pela subdose (falta de anticoagulação) como
dose supraterapêutica (risco de hemorragia). Por tais problemas, podemos ver que a questão se construiu em um cenário hipotético ruim e com diversos pontos que a
tornaram incorreta e fizeram com que a banca do concurso a anulasse.

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32 - 2022 SURCE

» O quadro clínico é de paciente de 56 anos, hipertensa, diabética, há três dias com taquicardia (FC = 140 bpm) e eletrocardiograma compatível com o diagnóstico de
fibrilação atrial – taquiarritmia, ausência de ondas P e intervalos R-R irregulares. Como há estabilidade hemodinâmica, a primeira estratégia terapêutica a ser adotada é
tratar os sintomas por meio do controle da frequência cardíaca. A droga mais indicada para isso é o betabloqueador, como metoprolol, propranolol ou esmolol, por via
endovenosa. O uso de bloqueador de canal de cálcio como verapamil ou diltiazem é uma alternativa. Além disso, está indicada a anticoagulação crônica pela presença
de um escore CHA 2DS 2-VASC ≥ 3 pontos. Vamos revisar esse escore: insuficiência cardíaca (1 ponto); hipertensão arterial (1 ponto); idade ≥ 75 anos (2 pontos);
diabetes (1 ponto); AVE, AIT ou tromboembolismo (2 pontos); doença vascular (infarto do miocárdio, doença arterial prévia, placa aórtica - 1 ponto); idade 65-74 anos (1
ponto); sexo feminino (1 ponto). Escore ≥ 2 em homens ou ≥ 3 em mulheres indica anticoagulação. Como a paciente possui três pontos (sexo feminino = 1 ponto;
hipertensão = 1 pontos; diabetes = 1 ponto), não há dúvidas de que se indica a anticoagulação (LETRA C CORRETA). Uma opção dentro do manejo da FA recém-
diagnosticada é tentar revertê-la para o ritmo sinusal por meio do uso de antiarrítmicos como amiodarona ou cardioversão elétrica. No entanto, tal conduta deve ser
realizada apenas APÓS o controle inicial da frequência cardíaca com betabloqueadores e anticoagulação por no mínimo três semanas ou exclusão de trombos cardíacos
por análise com ecocardiograma transesofágico (LETRAS A, B e D incorretas). Resposta: letra C.

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33 - 2022 PSU - MG

» A história de episódios de síncope precipitada por desidratação (ficar em pé por longos períodos em temperatura alta) e precedida por sintomas prodrômicos nos
sugerem fortemente o diagnóstico de síncope vasovagal. Pode ocorrer em qualquer idade, mas predomina em mulheres jovens, muitas vezes associada à história
familiar em parente de primeiro grau. Idosos comumente fazem manifestações atípicas. O diagnóstico é clínico e, em algumas situações, pode ser corroborado pelo teste
de inclinação (tilt test), com ou sem sensibilização com nitrato ou isoproterenol. Quanto à demais opções, a história clínica desta paciente não sugere síncope por
isquemia cerebral (opção A incorreta), por arritmia cardíaca (B incorreta) ou picos hipertensivos (C). Resposta: D.

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34 - 2022 HCPA

» Estamos diante de um cenário de parada cardiorrespiratória em que o ritmo observado no eletrocardiograma é de uma taquicardia ventricular polimórfica “especial
“conhecida como torsades de pointes. No eletrocardiograma, podemos observar complexos QRS de morfologias diferentes (polimórfica), oscilando em amplitude e
polaridade (aspecto de torção de pontas). Seu principal fator predisponente é o prolongamento do intervalo QT, que pode ocorrer, por exemplo, como consequência de
distúrbios eletrolíticos (ex.: hipomagnesemia, hipocalemia e hipocalcemia), além do uso de medicamentos (quinidina, procainamida, disopiramida, sotalol, ibutilida,
dofetilida, tricíclicos, clorpromazina, haloperidol) e causas congênitas como a síndrome do QT longo. No contexto do paciente instável hemodinamicamente (incluindo
PCR), a conduta mais importante inicialmente é a DESFIBRILAÇÃO, ou seja, choque não sincronizado (LETRAS A B INCORRETAS), seguida pela infusão do SULFATO DE
MAGNÉSIO, na dose de 1 a 2 gramas intravenoso, correndo por 15 a 20 minutos. A normalização do potássio faz parte da conduta posterior, mas não é a medida
“salvadora” no momento da PCR. Não há indícios de congestão pulmonar no momento para administração de diurético como furosemida, que pode AGRAVAR ainda mais
a hipomagnesemia e hipocalemia (LETRA C INCORRETA). Resposta: letra D.

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35 - 2022 UNINOVE

» Questão retirada, integralmente, da I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Vamos, então, revisar o trecho que respondia a questão: “Um socorrista carrega o desfibrilador e outro reinicia as compressões torácicas até o dispositivo estar pronto
para desfibrilar. Realiza-se prévio aviso para todos se afastarem e, imediatamente após o choque, as compressões torácicas devem ser reiniciadas, mantendo-as
continuamente por 2 minutos, ao fim dos quais, todos devem se afastar do paciente para que o ritmo seja reavaliado. Nesse momento de pausa para análise do ritmo,
que não deve exceder 10 segundos, os socorristas responsáveis pelas compressões devem fazer rodízio visando a manter a boa qualidade da RCP..” Resposta: letra B.

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36 - 2022 SCMSJC

» A cadeia de sobrevivência intra-hospitalar faz referências aos procedimentos que são feitos dentro do hospital durante uma PCR, conforme preconizado pelo ACLS. Estas
são: (1) Reconhecimento e prevenção precoces (2) Acionamento do serviço médico de emergência (3) RCP de alta qualidade (4) Desfibrilação (5) Cuidados pós-PCR (6)
Recuperação Em 2020, a AHA adicionou um sexto elo na conhecida cadeia de sobrevivência do atendimento à possível parada cardiorrespiratória (PCR), tanto em
ambiente pré-hospitalar quanto intra-hospitalar. O novo elo é o de RECUPERAÇÃO, com a finalidade de pontuar a necessidade de cuidado intensivo e monitoramento
constante dos parâmetros ventilatórios, circulatórios e neurológicos no pós-PCR. A resposta é a opção A.

37 - 2022 SMS - PIRACICABA

» Qual é o protocolo para a FV/TV sem pulso? Temos a seguinte sequência: BLS, incluindo o primeiro choque + RCP por 2min + checagem do ritmo. Se mantiver ritmo
chocável, choque + RCP por 2min e iniciar A-B-C-D do ACLS: via aérea avançada + acesso venoso periférico + vasopressores (adrenalina) » checagem do ritmo. Se
mantiver ritmo chocável: choque + RCP por 2min e antiarrítmicos (amiodarona ou lidocaína) » checagem do ritmo. E assim, sequencialmente: droga + choque » RCP »
checagem do ritmo (alternando entre vasopressor e antiarrítmico). Amiodarona: pode ser usada duas vezes (300 mg – 150 mg); lidocaína: é uma opção equivalente: 1-
1,5 mg/kg. Segunda dose: 0,5- 0,75 mg/kg. Logo, as 3 drogas citadas constam no protocolo recente do ACLS para FV/TV sem pulso e a resposta é a opção D.

38 - 2022 UNINOVE

» Questão retirada, integralmente, da I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Vamos, então, revisar o trecho que respondia a questão: “Estratégias de desfibrilação: Se um desfibrilador bifásico estiver disponível, a energia do choque deve ser entre
120-200J, conforme as orientações do fabricante (Classe I, Nível de Evidência B). Se o socorrista desconhece as orientações do fabricante, o choque deve ser
administrado com a energia máxima disponível no aparelho (Classe IIb, Nível de Evidência C). Choques subsequentes devem ser com energia equivalente ou superior
(Classe IIb, Nível de Evidência B). Se um desfibrilador monofásico estiver disponível, o choque deve ser administrado com 360J, assim como os choques subsequentes.”
Resposta: letra A.

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39 - 2022 SCMSJC

» Estamos diante de um paciente que chega inconsciente à Emergência. Seu eletrocardiograma revela ritmo organizado, sinusal, com frequência de, aproximadamente,
60-70 bpm. Levando em consideração o rebaixamento do nível de consciência, é preciso se perguntar se ele não está em franca parada cardiorrespiratória (no caso, o
ritmo de parada seria a atividade elétrica sem pulso). Por isso, antes de pensarmos em solicitar exames laboratoriais ou intubá-lo, é preciso checar se há pulso.
Resposta: letra B.

40 - 2022 SCMSJC

» Como sabemos, o sulfato de magnésio é uma droga fundamental no manejo da taquicardia ventricular polimórfica, especialmente aquela com padrão de torsades de
pointes. Inclusive, essa é a única indicação da droga no contexto de uma parada cardiorrespiratória (PCR). O eletrocardiograma que detecta essa alteração é o da letra A.
As opções B e C revelam uma taquicardia ventricular monomórfica. A análise do eletrocardiograma da alternativa D fica um pouco comprometida pela qualidade da
imagem. Entretanto, parece se tratar de um BAVT (as ondas P parecem bater em um ritmo independente dos QRS). Este não é um ritmo de parada; seu manejo envolve
a utilização de marca-passo e atropina. Resposta: letra A.
41 - 2022 SMS - PIRACICABA

» O enunciado descreve um paciente jovem, sem relato de comorbidades, apresentando quadro de febre, prostração e palpitação há 1 dia. Ao exame, encontra-se
desidratado e tendendo à hipotensão - o que pode gerar diminuição da perfusão periférica, justificando a oximetria no limite inferior da normalidade. No monitor, vemos
um ritmo organizado, regular, com FC em torno de 110 bpm, QRS estreito, e precedidos de onda P. Além disso, é possível notar uma onda T invertida com discreto
infradesnivelamento de ST que, muito provavelmente, representa apenas uma alteração de repolarização secundária à taquicardia. Portanto, temos uma taquicardia
atrial (não podemos "cravar" que é sinusal com apenas uma derivação) em um contexto de desidratação e febre - condições que, por natureza, causam aumento da FC!
Logo, não há indicação de realizar controle de FC e, muito menos, cardioversão química ou elétrica! O que devemos fazer é fornecer terapia de suporte (ou seja, hidratar
o paciente e prescrever antitérmicos), além de tratar a doença de base. Resposta: letra B.

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42 - 2022 PUC - SP

» A questão descreve uma cena de atendimento de parada cardiorrespiratória fora do ambiente hospitalar, ou seja, devemos aplicar os princípios do suporte básico de vida
(BLS). Após garantir a segurança da cena e pedir ajuda, a sequência correta de acordo com as diretrizes vigentes é o C – A – B: Compressões torácicas - Airway (vias
aéreas – garantir a perviedade) – Breathing (ventilar). Inicialmente, a medida mais eficaz são as compressões torácicas efetivas (LETRAS A, B e C INCORRETAS). O grande
valor das compressões se dá pelo fato de que, nos primeiros 5 min de PCR, a concentração de oxigênio do sangue ainda parece ser adequada para a homeostase
tecidual e, portanto, o principal determinante da lesão miocárdica e cerebral neste momento não é a hipoxemia, mas sim a parada do fluxo sanguíneo. Deve-se
comprimir na frequência de 100 a 120 vezes por minuto, procurando deprimir ativamente o esterno, no mínimo, com 5 cm de profundidade (1/3 do diâmetro AP do tórax)
evitando excesso na profundidade (superiores a 6 cm). Apenas após a aplicação de 30 compressões torácicas, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da
vítima (manobra do Head tilt Chin lift) e aplicar duas ventilações. Isto pode ser feito sem proteção para quem realiza as manobras de RCP (boca a boca ou boca-nariz) ou
com proteção a partir de dispositivos de barreiras e válvulas (dispositivos faciais com válvula unidirecional, máscaras portáteis ou dispositivos bolsa-máscara). Isso tudo
será feito até que se chegue o desfibrilador trazido pelos socorristas, para se verificar se é o caso de ser um ritmo chocável. Resposta: letra D.

43 - 2022 UNOESTE

» Durante o atendimento de uma parada cardiorrespiratória (PCR), o ponto mais importante e definidor para diminuição da mortalidade é a COMPRESSÃO TORÁCICA
EFETIVA (LETRA C CORRETA). O grande valor das compressões se dá pelo fato de que, nos primeiros 5min de PCR, a concentração de oxigênio do sangue ainda parece
ser adequada para a homeostase tecidual e, portanto, o principal determinante da lesão miocárdica e cerebral neste momento não é a hipoxemia, mas sim a parada do
fluxo sanguíneo. A compressão, quando feita corretamente, garante 30% do fluxo cerebral e coronariano e pode manter uma PA sistólica em torno de 60 a 80 mmHg e
uma Pressão Arterial Média (PAM) em torno de 40 mmHg. Ela retarda a lesão isquêmica (por hipóxia e acidose) do miocárdio, aumentando comprovadamente o sucesso
da reversão de uma fibrilação ventricular pelo choque desfibrilatório (e não cardioversão elétrica – LETRA E INCORRETA). Em outras palavras, a compressão torácica é
mais importante do que a ventilação e há estudos demonstrando a eficácia de se massagear o paciente sem ventilá-lo (LETRS A e D INCORRETAS). A adrenalina é um
vasopressor muito potente, capaz de aumentar o fluxo coronariano e cerebral, reduzindo a hipóxia e acidose teciduais e facilitando a desfibrilação, porém não é o item
mais importante (LETRA B INCORRETA). Vamos aproveitar para relembrar a técnica correta de compressão: com o paciente em decúbito dorsal, idealmente sob
superfície rígida, o socorrista deve colocar o “calcanhar” de uma das mãos sobre o centro do peito da vítima (que é a metade inferior do esterno) e o “calcanhar” da
outra mão no topo da primeira, de modo que as mãos fiquem sobrepostas e paralelas. Estando os braços totalmente esticados, com o movimento do tronco, ele aplicará
as compressões, na frequência 100 a 120 por minuto, procurando deprimir ativamente o esterno, no mínimo, com 5 cm de profundidade (1/3 do diâmetro AP do tórax)
evitando excesso na profundidade (superiores a 6 cm). O socorrista deve evitar apoiar-se sobre o tórax entre as compressões, permitindo o completo retorno da parede
torácica. Resposta: letra C.

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44 - 2022 HSL - RP

» A circulação fetal difere da circulação pós-natal em alguns aspectos fundamentais, como elevada resistência vascular pulmonar e reduzido fluxo pulmonar no feto; baixa
resistência vascular sistêmica decorrente da presença da placenta, que é o local das trocas gasosas na circulação fetal; mistura (shunt) ou desvio do sangue mais
oxigenado através do duto venoso e forame oval, do átrio direito para o átrio esquerdo e ventrículo esquerdo e daí para aorta e cérebro do feto; e mistura (shunt) ou
desvio do sangue menos oxigenado através do canal arterial, do ventrículo direito para a aorta descendente do feto. A transição da circulação fetal para a pós-natal
envolve a eliminação da circulação placentária, o estabelecimento da circulação pulmonar efetiva e a separação entre as circulações pulmonar e sistêmica, o que ocorre
com o fechamento dos locais de mistura entre elas (forame oval, duto venoso e canal arterial). As circulações sistêmica e pulmonar, que funcionavam em paralelo no
feto, passam a funcionar em série. O ventrículo direito, que, no feto, trabalhava em um regime de alta resistência, torna-se responsável pela circulação pulmonar, que é
de baixa resistência. Por outro lado, o ventrículo esquerdo fica responsável pela circulação sistêmica. Resposta: letra D.

45 - 2022 ISCMB

» As ondas U, típicas da hipocalemia, mas que também podem ser detectadas em pessoas saudáveis, nada mais são do que deflexões positivas, geralmente observadas
nas derivações V2-V4, que apresentam baixa voltagem (< 0,2 mV) e polaridade semelhante à das ondas T. Embora algumas referências apontem sua origem como
incerta, acredita-se que elas podem representar um fenômeno de repolarização tardia do sistema de Hiss-Purkinje, responsável pela condução dos potenciais elétricos
aos miócitos ventriculares. Resposta: letra B.

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46 - 2022 PUC - SP

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A base do tratamento da osteoartrose são medidas não farmacológicas que tem por objetivo aliviar a sobrecarga
articular (ex: evitar esforço repetitivo, aumento da força dos músculos responsáveis pela estabilização da articulação e redução de peso). O tratamento farmacológico
inclui creme de capsaicina a 0,025% (que reduz a dor) e analgésico oral (sem sinais inflamatórios: paracetamol / com sinais inflamatórios: AINE). Os casos refratários de
dor monoarticular podem ser tratados com injeção intra-articular de corticoide, que tem efeito durante quatro a seis semanas. Outras drogas utilizadas, que ainda não
têm eficácia bem comprovada pela literatura, são o hialuronato de sódio, a colchicina, a vitamina C e os sulfatos de condroitina e glucosamina - estes dois últimos,
apesar de recomendados por alguns autores, ainda não constam nas últimas edições do Harrison e do Cecil. Por falta de evidências, a hidroxicloroquina também não é
usada para este fim. Letra B: incorreta. Hematúria e proteinúria estão presentes em praticamente todos os pacientes com nefrite lúpica classe IV em atividade, e
síndrome nefrótica, hipertensão e TFG reduzida são frequentemente observadas. Os pacientes afetados geralmente apresentam hipocomplementemia significativa
(especialmente C3, mas o C4 também pode estar reduzido) e níveis elevados de anti-DNA (principalmente durante a atividade da doença). Histologicamente, a classe IV
é definida pela presença de acometimento em mais de 50% dos glomérulos na microscopia. Se menos de 50% estão envolvidos, então a doença seria definida como
focal (classe III), e não difusa (classe IV). Letra C: incorreta. Embora analgésicos comuns e AINES também sejam efetivos, tratamento abortivo de escolha para a
enxaqueca é com os triptanos - agonistas seletivos dos receptores serotonérgicos 5-HT1, que levam à vasoconstrição preferencial dos vasos cerebrais e meníngeos. Os
opióides devem ser evitados sempre que possível, em especial a meperidina. Letra D: correta! Existem centenas de drogas que podem gerar aumento do intervalo QT!
As mais “badaladas” são: psicotrópicos (como as fenotiazinas), amiodarona (apesar de aumentar QT normalmente não induz a torsades), procainamida e quinidina
(antiarrítmicos da classe IA), eritromicina e outros macrolídeos (como claritromicina e azitromicina), antifúngicos (ex: fluconazol), antidepressivos tricíclicos e sotalol
(antiarrítmico classe III). Resposta: letra D.

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47 - 2022 REVALIDA - USP SP

» É fundamental lembrar das causas reversíveis de parada cardiorrespiratória. Para isso, temos a "regrinha" dos 5H's (hipóxia, hipovolemia, acidose ou H⁺,
hipo/hipercalemia, hipotermia) e 5T's (trombose coronariana, trombose pulmonar, toxicidade medicamentosa, pneumotórax hipertensivo ou tensão no tórax e
tamponamento cardíaco). Ora, o eletrocardiograma do nosso paciente é totalmente compatível com hipotermia! A alteração mais característica — embora não seja
exatamente patognomônica — é a formação da onda J de Osborn, uma deflexão positiva no ponto J melhor perceptível nas derivações precordiais, mas com o segmento
ST retornando rapidamente à linha de base. Além disso, como a hipotermia reduz a capacidade de automatismo dos miócitos cardíacos, podem ser observadas outras
alterações, como prolongamento de PR/QRS/QT, bradicardia (sinusal, ritmo juncional, fibrilação atrial de resposta lenta), com a possibilidade de morte por fibrilação
ventricular e assistolia. Cuidado, pois o traçado pode ser confundido com síndrome coronariana aguda com "supra" de ST ou com HIPERcalcemia. Hipocalemia causa
alargamento do QT e onda P apiculada, enquanto o tamponamento cardíaco pode causar redução de amplitude elétrica e fenômeno de alternância elétrica (mudança da
amplitude do QRS a cada ciclo). Resposta: letra D.

48 - 2022 ABC

» Na investigação da síncope, o eletrocardiograma é um exame complementar muito importante. Vamos avaliar o exame realizado neste paciente: Trata-se de um trecho
de ritmo regular, que inicialmente se apresenta na sequência normal: ondas P, QRS e T, com intervalos PR e QT mantidos. Contudo, subitamente o ritmo se altera na
segunda metade do traçado, e observam-se apenas duas ondas P, sem os respectivos complexo QRS e onda T. No último batimento, o ritmo retorna ao padrão inicial. As
ondas P "sozinhas" também são chamadas de "bloqueadas", e representam um estímulo cardíaco que nasceu nos atrios e não foi transmitido aos ventrículos. Esse
fenômeno é também chamado de bloqueio atriventricular (BAV). No caso acima, como existem duas ondas P bloqueadas em sequência, este bloqueio atrioventricular
recebe o nome de BAV AVANÇADO. Muitos autores não consideram o bloqueio um tipo de BAV de 2° grau, e sim uma categoria separada de bradiarritmia. Por isso, este
bloqueio não recebe o nome de Mobitz 2. Na presença de sintomas relacionados à bradiarritmia, uma das condutas aceitas é o uso do marcapasso transcutâneo, para
garantir a frequência cardíaca até a resolução definitiva do quadro. Portanto, como podemos ver, nenhuma das alternativas corretamente nomeou a bradiarritmia, porém
a letra E pode ser considerada correta, uma vez que não especificou o tipo de bloqueio e contém a terapia adequada. Na opinião da equipe MEDGRUPO, a resposta
deveria ser a letra E, embora esteja incompleta. Contudo, a banca ignorou os pedidos de recurso, e manteve esse gabarito polêmico. Resposta: letra D

49 - 2022 ISCMB

» Existem inúmeros índices utilizados para avaliar a sobrecarga de ventrículo esquerdo. Os principais critérios, com suas respectivas sensibilidades e especificidades, estão
listados a seguir: – Sokolow-Lyon: onda S de V1 + onda R de V5 ou V6 ≥ 35mm (S 57% / E 86%). – Cornell: onda R de avL + onda S de V3 ≥ 28mm se masculino ou ≥
20mm se feminino (S 42% / E 96%). – Romhilt-Estes ≥ 5 pontos - escore que pontua vários achados: 3 pts se onda S de V1 ou V2 OU onda R de V5 ou V6 ≥ 30mm; 3 pts
se houver padrão de strain; 3 pts se houver sobrecarga de átrio esquerdo; 2 pts se desvio para esquerda além -30º; 1 pt se QRS ≥ 90ms e 1 pt se deflexão intrínseca em
V5 ou V6 ≥ 50ms (S 52% E 97%). Não existe índice de Barth e índice de Laureyns na eletrocardiografia. Resposta: letra C.

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50 - 2022 FMJ

» A paciente acima é idosa e apresentou 3 episódios de síncope. A princípio, tem como único fator de risco cardiovascular a hipertensão em tratamento, e seu exame físico
é inteiramente normal. Contudo, seu eletrocardiograma e idenciou uma alteração importante! O bloqueio trifascicular corresponde a um bloqueio dos 3 fascículos
ventriculares (ramo direito, ramo posteroinferior esquerdo e ramo anterosuperior esquerdo), responsáveis pela condução elétrica cardíaca até os ventrículos. Ou seja, o
bloqueio trifascicular corresponde eletrocardiograficamente ao BAVT, mesmo que transitório. A presença desta alteração é indicação inequívoca de implante de
marcapasso definitivo, mesmo na ausência de sintomas. A presença de síncope deixa ainda menos dúvidas. A consuta deve ser o implante de marcapasso definitivo
bicameral. Na ausência de taquiarritmias ventriculares, não existe indicação de cardiodisfibrilador implantável. Resposta: letra A

51 - 2022 HOS

» Uma questão com alternativas bastante diretas a respeito do tratamento da fibrilação atrial, que tem como componente mais importante a anticoagulação sistêmica
para prevenção de eventos tromboembólicos. O importante a ser lembrado é que a anticoagulação deve ser feita cronicamente com inibidores diretos do fator Xa
(rivaroxabana, apixabana, edoxabana ou dabigatrana) ou inibidores da vitamina K (varfarina). O uso de antiagregantes plaquetários NÃO é recomendado nestes
pacientes, pois ja foi comprovado aumento no risco de sangramento SEM redução efetiva do risco tromboembólico. (A, B e E INCORRETAS). As alternativas restantes
listam a rivaroxabana, que para esta paciente deve ser utilizada na dose de 20mg 1x/dia (C INCORRETA), e a apixabana, esta sim na dose correta de 5mg 12/12h (D
CORRETA). Resposta: letra D.
52 - 2022 SCMSJC

» Obter o máximo de sucesso no atendimento de um paciente que sofreu uma PCR exige organização da estrutura e de procedimentos, a partir de etapas elencadas como
a “cadeia de sobrevivência”. Como o ambiente é determinante nestas etapas, recomenda-se o uso de cadeias distintas, considerando se é uma PCR Intra-Hospitalar
(PCRIH) ou no ambiente Extra-Hospitalar (PCREH). Observe que os pacientes que têm uma PCREH dependem da assistência da comunidade, sendo a parada reconhecida
pelos socorristas leigos inicialmente para, em seguida, pedir ajuda, iniciar manobras de reanimação, desfibrilar, até que um time de Serviço Médico de Emergência (SME)
com formação profissional assuma a responsabilidade (eventualmente, até iniciando a "ressuscitação avançada" ou ACLS). Algo recente foi a possibilidade de utilização
de tecnologias como as de mídia social para convocação de socorristas que estejam nas proximidades da vítima. Na sequência, temos o transporte do paciente para um
pronto-socorro e/ou um laboratório de hemodinâmica, quando é finalmente transferido para uma unidade de cuidados intensivos, onde receberá todos os cuidados pós-
parada. Como os sobreviventes de uma parada cardíaca podem experimentar um espectro de problemas físicos, neurológicos, cognitivos, emocionais e sociais, há
recomendação de uma avaliação ainda antes da alta hospitalar com a formulação de planejamento de tratamento médico, de reabilitação e de retorno às
atividades/trabalho, que é o que entendemos como recuperação. Para os pacientes que têm uma PCRIH, é valioso dispor inicialmente de um sistema de vigilância
adequado (ex.: times de resposta rápida, sistema de alerta imediato) para fornecer intervenção àqueles com piora clínica e evitar a PCR. Obviamente serão dispensados,
ao longo da cadeia, os cuidados com o transporte. Eventualmente essa regra pode ser quebrada. Se estivermos diante de uma suposta vítima de PCR por asfixia (ex.:
afogamento e crianças), a prioridade seria iniciar medidas de RCP antes de acionar o serviço de emergência/urgência. Resposta: letra A.

53 - 2022 UNITAU

» Temos uma paciente jovem, do sexo feminino, com taquiarritmia regular de QRS estreito; até se prove o contrário, trata-se de uma taquicardia supraventricular
paroxística! A taqui supra é uma arritmia por reentrada, ou seja, depende de um substrato arritmogênico, que forma o caminho para o circuito reentrante. A maioria dos
casos (75%) é por reentrada nodal e o restante por reentrada na via acessória. Como nossa doente está estável hemodinamicamente, a primeira medida é tentar
reversão com manobra vagal, através da compressão do seio carotídeo ou da manobra de Valsava. Se a taqui supra não for extinta pela manobra vagal, a conduta é
tentar reversão farmacológica. E qual a droga de escolha? É a adenosina venosa, na dose inicial, em bolus, de 6 mg. Se não houver reversão, faremos uma nova dose de
12 mg. Outras opções são verapamil/diltiazem venosos ou betabloqueadores venosos. Todas essas drogas agem inibindo o nódulo AV, parte obrigatória do circuito de
reentrada da taquicardia, tanto na taqui AV nodal como na taqui AV com via acessória. A cardioversão elétrica sincronizada estaria indicada apenas em caso de
instabilidade hemodinâmica. Resposta: letra C.

54 - 2022 HOS

» Uma paciente com queixa de palpitações e síncope gera imediatamente a suspeita de uma taquiarritmia, mas nem toda palpitação é sinônimo de taqucardia! o ECG é
imprescindível diante dessa queixa, e é a chave do diagnóstico nesse caso. Vamos ao laudo: Trata-se de um ritmo regular, de complexos QRS largos, e acentuadamente
BRADICÁRDICO, com frequência ventricular abaixo de 30 bpm. Enquanto isso, a frequência atrial é também regular, porém com aproximadamente 60 bpm. Na derivação
DII longa, é possível observar que não há qualquer relação entre as ondas P e os complexos QRS, que estão dissociados. Trata-se de um BAVT, que justifica
perfeitamente os sintomas apresentados, e caso não seja identificada nenhuma causa reversível para o quadro, está indicado implante de marcapasso definitivo. E o que
explica as palpitações? O motivo mais comum nesse caso é a própria dissociação atrioventricular. A onda P simultânea ao QRS pode produzir uma contração atrial com
as valvulas atrioventriculares fechadas, gerando essa sensação de palpitação repentina. Além disso, indivíduos com bradicardias tão acentuadas estão sob risco
aumentado de taquiarritmias ventriculares. O tratamento com marcapasso definitivo é capaz de reduzir ambos os problemas. Resposta: letra D.

55 - 2022 ISCMSC

» Temos um paciente que no pós-operatório passa a apresentar sinais de instabilidade hemodinâmica como confusão mental e hipotensão secundária a uma taquiarritmia.
No eletrocardiograma, podemos ver uma frequência cardíaca aumentada – em torno de 190 bpm – basta dividir 1500 pelo número de quadradinhos entre os intervalos
RR (em torno de 8 quadradinhos), com QRS estreitos (< 3 quadradinhos) e intervalos RR regulares. A onda P não é visível. Isso é tipo da taquicardia supraventricular
paroxística. Se o paciente não apresentasse sinais de instabilidade, poderíamos tentar manobra vagal, seguida pela adenosina 6 mg (letras B, C e D incorretas). Como há
instabilidade hemodinâmica, não há o que discutir – o tratamento de escolha é a cardioversão elétrica sincronizada. Resposta: letra A.

56 - 2022 SCMRP

» Estamos diante de uma TV sem pulso (analisando o eletrocardiograma, polimórfica). Diante de um ritmo chocável, entendemos que a desfibrilação deve ser realizada
assim que disponível, pois o choque desfibrilatório é a única medida confiável capaz de reverter uma fibrilação ventricular ou uma taquicardia ventricular sem pulso. No
entanto, é fundamental guardar um conceito importante: preconiza-se apenas um choque que deve ser seguido imediatamente da continuação da RCP (isso é,
compressão + ventilação). Ou seja, nem o ritmo, nem o pulso devem ser checados depois do choque, mas apenas após dois minutos de RCP, assim como colocado na
letra A. A obtenção de via aérea definitiva deve ser considerada quando "entramos" no ACLS, geralmente após o segundo choque. A amiodarona é administrada mais
tardiamente, após o terceiro choque se não houver reversão. Resposta: letra A.

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57 - 2022 HSL

» O enunciado descreve um ECG no qual, a cada batimento, ocorre um aumento progressivo do intervalo PR, até que se chegue a uma onda P bloqueada (não
acompanhada de complexo QRS). Este é o clássico fenômeno de Wenckebach, o mecanismo fisiopatológico básico do bloqueio atrioventricular de 2º grau tipo Mobitz I!
Resposta: Bloqueio átrio ventricular de 2° grau tipo Mobitz I.

58 - 2022 HAOC

» O ECG revela complexos QRS alargados com formatos semelhantes. Ora, trata-se de uma taquicardia ventricular monomórfica. Na abordagem inicial dessa arritmia, é
preciso avaliar se há algum critério de instabilidade: rebaixamento do nível de consciência, dispneia, hipotensão ou angina. Perceba que o paciente apresenta estes três.
De acordo com o ACLS, a conduta a ser tomada é a cardioversão elétrica, um choque sincronizado para reestabelecer o ritmo cardíaco normal. A carga inicial
preconizada pelo ALCS para reversão dessa arritmia é de 100 joules. Resposta: "100J".
59 - 2022 FMJ

» Questão interessante! Percebam que estamos diante de um adolescente com físico de atleta, visto que pratica corrida diariamente e já participou de diversas maratonas.
Diante de um atleta bem treinado, em sua avaliação clínica evolutiva, é necessário também lembrar que existem adaptações fisiológicas ao exercício que não devem ser
consideradas patológicas, e sua presença significa apenas que há treinamento intenso. Essas adaptações consistem em remodelamento cardíaco com dilatação e
hipertrofia das câmaras, e a intensidade de cada uma varia com a modalidade praticada. São achados comuns no exame físico bradicardia com frequência abaixo de 60
bpm, com aumento do tônus vagal, que pode levar a uma intensa variação respiratória do ritmo cardíaco conhecida como arritmia respiratória ou arritmia sinusal.
Também são comuns achados no ECG do atleta, que são nada mais do que adaptações fisiológicas ao exercício, consideradas variantes normais, tais como bradicardia
sinusal, arritmia sinusal, bloqueio atrioventricular de 1º grau, bloqueio incompleto do ramo direito e repolarização precoce. A dilatação das câmaras cardíacas, por
remodelamento fisiológico relacionado ao exercício, permite o aparecimento de terceira bulha fisiológica (B3), além de sopros inocentes ejetivos nas vias de saída do
coração, que não devem ser confundidos com doença cardiovascular. Logo, trata-se nada mais do que um quadro clínico benigno, conhecido como "coração de atleta",
que consiste em uma série de alterações estruturais e funcionais, as quais ocorrem no coração de indivíduos que treinam por mais 1 hora na maioria dos dias. A
síndrome é assintomática, as alterações eletrocardiográficas são comuns e não é necessário tratamento. No entanto, a síndrome é significativa, pois deve ser distinguida
de doenças cardíacas graves. Desta forma, recomenda-se seguimento por 3 meses durante a perda de condicionamento para monitorar a regressão do VE, como uma
maneira de distinguir essa síndrome da miocardiopatia. Essa perda de condicionamento pode interferir amplamente na vida do atleta e ser recebida com resistência.
Resposta: letra E.

60 - 2022 HOS

» Mais uma avaliação que, na prática, independe da idade do paciente. Estamos diante de um paciente com uma taquicardia bastante expressiva (234 bpm), de QRS
estreito, ou seja, não pode ser ventricular (C e D INCORRETAS). A frequência muito elevada por si só torna improvável que seja uma taquicardia sinusal, porém há
também a descrição de dificuldade de visualização da onda P, o que fala a favor de uma taquicardia supraventricular (A INCORRETA). E quanto ao tratamento? Ora,
nosso paciente está pálido, cianótico, taquipneico, com nível de consciência rebaixado, com dessaturação em ar ambiente e hipotensão. São simplesmente TODOS os
critérios para instabilidade hemodinâmica. Nesse caso, não pode haver dúvidas. Está indicada cardioversão elétrica sincronizada. (B INCORRETA, E CORRETA) Resposta:
letra E.

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61 - 2022 HMMG

» Vamos avaliar as alternativas referentes aos cuidados após reanimação cardiopulmonar (PCR): A) ERRADA! O suporte ventilatório deve ser o suficiente para manter a
PaO2 em faixas normais (100 - 150 mmH2O). A hiperoxia pós-RCP está associada a pior prognóstico, sobretudo porque a hiperventilação leva ao aumento da pressão
intratorácica, com piora do débito cardíaco e perfusão cerebral. B) CORRETA! Segundo as novas recomendações do PALS, depois da RCP, os pacientes devem ser
avaliados com relação a convulsões e o estado epiléptico e qualquer crise convulsiva deve ser tratada. Se tiver disponibilidade, a eletroencefalografia contínua deverá
ser instituída. C) ERRADA! Deve-se evitar hipertensão intracraniana, mas a recomendação é de manter em valores dentro da normalidade. Vale lembrar que na fase pós-
RCP ocorre disfunção cardíaca biventricular associada à instabilidade vascular. Dessa forma, é comum a necessidade de drogas vasoativas para melhorar a função
miocárdica e a perfusão orgânica, que levam a manutenção da pressão arterial. D) ERRADA! A ocorrência de febre persistente pós-RCP está associada com pior
prognóstico neurológico e risco de morte, assim a temperatura deve ser continuadamente monitorada, sendo recomendado manter a temperatura entre 32°C e 36°C por
pelo meNos 24 horas após a RCP. Temperaturas maiores que 37,5°C devem ser tratadas agressivamente com antipiréticos e medidas físicas de resfriamento. Resposta:
letra B.

62 - 2022 INTO

» Questão interessante! A syndrome de taquicardia postural (POTS) é uma condição caracterizada por intolerância ortostática. Esta, por sua vez, é definida como uma
resposta autonômica anormal causando sintomas que se desenvolvem enquanto o paciente se mantém em ortostase. Dentre esses sintomas, podemos citar fotofobia,
tontura, borramento visual, fraqueza, fadiga, palpitações, náusea, cefaleia, dispneia, entre outros. A intolerância ortostática também é um fenômeno encontrado em
outras condições, como na hipotensão postural. No entanto, diferente desta, a POTS é caracterizada pela manutenção da PA, e não pela sua queda. Para o diagnóstico,
devemos constatar os seguintes parâmetros: (1) história de sintomas de intolerância ortostática; (2) correlação dos sintomas com um aumento sustentado da FC em
ortostase de, pelo menos, 30 bpm (se < 20 anos de idade, considerar 40 bpm) em 10 minutos, na ausência de hipotensão ortostática; (3) teste autonômico (ex: tilt test)
que confirme a correlação dos sintomas com a taquicardia; (4) exclusão de fatores confundidores, como hipertireoidismo. A estratégia terapêutica tem como objetivo
melhorar os sintomas através da expansão do meio intravascular, atividades físicas entre outros. Como medidas, podemos citar o aumento da ingestão hidrossalina. Os
betabloqueadores podem ser usados em casos refratários para atenuar o aumento da frequência cardíaca. Resposta: letra C.

63 - 2022 CEPOA

» A questão descreve paciente que, enquanto monitorizado, evolui para o ritmo demonstrado no eletrocardiograma, a fibrilação ventricular (FV) – um ritmo de parada
cardíaca! Como a situação toda se deu durante o transporte médico do paciente, que se encontra monitorizado e a FV necessariamente evolui sem pulso, não é
necessário checá-lo (LETRA B INCORRETA). O recomendado é, mesmo antes de começar a massagem, aplicar o choque desfibrilatório prontamente disponível, que é
capaz de reverter a situação na maioria das vezes (LETRAS A e D INCORRETAS).Resposta: letra C.

64 - 2022 SCM - BM

» Questão difícil! A síndrome do QT longo (SQTL) é uma síndrome arrítmica herdada com aumento do intervalo QT e risco de morte súbita. Mutações nos genes KCNQ1,
KCNH2 e SCN5A respondem por 90% dos casos com genótipo determinado, e a genotipagem é informativa para aconselhamento genético e melhor manejo da doença.
Porém, esse conhecimento não bastava para acertar a questão! Era necessário saber que as mutações nos genes KCNQ1, KCNH2 e SCN5A determinam os tipos I, II e III
da doença, respectivamente. Utilidade prática da questão: nenhuma. Resposta: C.

65 - 2022 SCM - BM

» Em se tratando de paciente com indicação de anticoagulação no contexto de fibrilação atrial, sabemos que, atualmente, a literatura preconiza o uso dos anticoagulantes
orais de ação direta (ex.: rivaroxabana, dabigatrana, etc.) em relação ao antagonista da vitamina K, warfarina. O que a questão quer saber é, afinal, quando damos
preferência a essa última droga. As preferências à warfarina dão-se nos seguintes cenários clínicos:- Pacientes com válvula cardíaca mecânica de qualquer tipo e
localização (o uso de prótese biológica não é indicação absoluta).- Pacientes com estenose mitral reumática grave ou clinicamente significativa (área valvar mitral ≤ 1,5 ​
cm2).- Pacientes em que há risco de interação medicamentosa entre o anticoagulante de ação direta e outras drogas utilizadas pelo paciente, que possam, por exemplo,
reduzir ou aumentar o seu efeito, principalmente atuando sobre o CYP3A4 (CYP2C9 não é clinicamente o mais relevante).- Custo elevado do tratamento com
anticoagulantes de ação direta.A insuficiência hepática não é contraindicação absoluta aos anticoagulantes de ação direta - eles não devem ser usados quando a
disfunção hepatocelular for grave. Devemos evitar a warfarina quando o INR for lábil. Nesse sentido, analisando as alternativas, vemos que a única que apresenta uma
indicação de anticoagulação com warfarina é a letra C.
66 - 2022 UNIMED - MACAÉ

» A paciente evolui com instabilidade hemodinâmica (hipotensão arterial) às custas de uma fibrilação atrial aguda. Nesse contexto, sabemos que o tratamento de escolha
é a CARDIOVERSÃO ELÉTRICA sincronizada (LETRA B CORRETA), e não opções farmacológicas como amiodarona, procainamida ou metoprolol, devido à sua ação mais
lenta (LETRAS A, D e E INCORRETAS).A questão tenta enganar com uma possível intoxicação por opioides associada, visto que a paciente fez uso de morfina
recentemente e apresenta-se bradipneica. No entanto, note que isso não justificaria a hipotensão arterial e que, portanto, a terapia mais importante no momento é a
reversão para o ritmo sinusal, e não a infusão de naloxona, que é o antídoto do opioide (LETRA C INCORRETA).Resposta: letra B.Obs.: questão sem gabarito oficial
liberado.

67 - 2022 UNIMED - RJ

» A questão foi facilitada pois já nos foi dado o diagnóstico de taquicardia supraventricular. Diante dessa condição, temos que definir se o paciente apresenta sinais de
instabilidade. Na ausência de instabilidade clínica, pode-se proceder com manobras vagais (aplicação de gelo no rosto ou manobra de Valsalva). Caso o ritmo não
reverta, uma nova tentativa pode ser realizada (se o paciente mantém estabilidade clínica), mas se a segunda tentativa falhar, o tratamento medicamentoso deve ser
realizado. Na presença de sinais de instabilidade clínica, o tratamento definitivo deve ser realizado e consiste na realização da cardioversão sincronizada (durante os
preparativos para a cardioversão, as manobras vagais podem ser feitas, desde que não atrase a execução do procedimento). Como o paciente em questão apresenta
sinais de instabilidade clínica (torporoso, reagindo pouco as solicitações verbais, palidez cutânea, sudorese acentuada, pulsos finos, enchimento capilar alentecido, SatO2
89%) a cardioversão sincronizada é a melhor conduta. Resposta: letra A.

68 - 2022 SMA - VR

» Repare que a Banca deseja saber a única situação que NÃO indica necessidade de hospitalização ou investigação intensiva de um quadro de síncope. Todos os achados
descritos são indicações clássicas, com exceção da alternativa B. É claro que pacientes que mantém hipoglicemia apesar da alimentação devem ser investigados (há a
possibilidade de se tratar de um insulinoma, por exemplo), mas, a princípio, não é necessária uma investigação “intensiva” (termo usado no enunciado). Veja todas as
indicações, de acordo com o Harrison, na imagem anexada. Resposta: letra B.

69 - 2022 FESO

» A causa reversível mais comum de disfunção do NSA é uso de drogas, como betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio, digoxina, antiarritmicos agentes
simpaticolíticos e até mesmo o lítio. Hipotireoidismo, Hipotermia e Hipóxia, estão entre outras causas frequentes. O aumento da PIC causa o chamado "reflexo de
Cushing", deprimindo o NSA e reduzindo a FC. Por fim, resta a radioterapia, que realmente não está associada à disfunção do NSA. Resposta: opção E.

70 - 2022 FESO

» Vamos analisar as assertivas: A) INCORRETA. Os novos anticoagulantes orais incluem os inibidores do fator Xa (ex.: rivaroxabana, apixabana) e inibidores diretos da
trombina (ex.: dabigatrana). Eles são inferiores aos antagonistas da vitamina K (cumarínicos) como a warfarina no tratamento da síndrome de anticorpo antifosfolipídio e
por isso a warfarina é a droga de escolha nesse contexto. B) INCORRETA. Em caso de TEP avançado (“submáximo”), como aqueles maciços ou com sinais clínicos de
gravidade, a preferência é por anticoagulação parenteral. C) CORRETA. São similares à warfarina em termos de redução do risco cardioembólico no acidente vascular
encefálico (AVE) e fibrilação atrial sem valvopatia associada. Nesta situação, são consideradas drogas de primeira escolha, pois não necessitam de monitorização com
INR. D) INCORRETA. O custo dessas drogas é mais elevado, portanto essa não é uma boa justificativa para utilizá-las em relação aos cumarínicos. E) INCORRETA. A
incidência de sangramentos maior é semelhante. Resposta: letra C.

71 - 2022 HNSC

» O BAV de primeiro grau é definido como um alentecimento da condução AV. O intervalo no ECG que mede o tempo de condução atrioventricular é o intervalo PR,
estando aumentado no BAV de 1º grau, ou seja, acima de 200ms ou 5 mm. No BAV de 2º grau, encontramos no ECG algumas ondas P sem QRS (“ondas P bloqueadas”).
No BAV de 2º grau Mobitz I, o intervalo PR vai aumentando progressivamente até chegar à onda P bloqueada. Este é o chamado fenômeno de Wenckebach, que, na sua
forma típica, inclui também um intervalo R-R progressivamente menor até o bloqueio. Já no BAV de segundo grau Mobitz II, não há o fenômeno de Wenckebach, ou seja,
não há um aumento progressivo do PR antes da onda P bloqueada. Finalmente chegamos ao último grau de bloqueio: o BAV completo. Neste, a condução atrioventricular
foi totalmente perdida, isto é, o ritmo atrial continua sendo comandado pelo nódulo sinusal (ondas P) enquanto os ventrículos passam a ser comandados por um ritmo de
escape distal ao bloqueio. As extrassístoles ventriculares aparecem no ECG como um QRS de morfologia aberrante, que vem “antes do tempo”, mas sem ser precedido
por uma P extrassistólica. Resposta: letra C.

72 - 2022 HEVV

» Questão acertadamente anulada pela Banca! Vamos entender... De forma geral, o flutter atrial dificilmente ocorre em um coração estruturalmente normal. Algumas
referências indicam que qualquer condição que possa causar fibrilação atrial (FA) também pode levar ao desenvolvimento do flutter. Portanto, todas as opções listadas
são etiologias possíveis, embora a FA seja mais comumumente encontrada. Só para lembrarmos outras etiologias destas arritmias: cardiomiopatia hipertrófica,
cardiopatias congênitas (ex: defeito do septo atrial), entre outras.

73 - 2022 HCSVP - PR

» A questão descreve justamente os critérios eletrocardiográficos da FIBRILAÇÃO ATRIAL:- Ausência de onda P- Frequência cardíaca: em geral, 90–170 bpm.- Intervalo RR:
IRREGULAR.- QRS: estreito (exceto se bloqueio de ramo associado) - LETRA E CORRETA.O flutter atrial é caracterizado pela presença de onda F, em dente de serra, com
FC em torno de 300 bpm (A INCORRETA).A taquicardia atrial multifocal, por outro lado, tem ondas P de morfologias diferentes (LETRA C INCORRETA) e a taquicardia
supraventricular paroxística possui intervalos RR regulares (LETRA B INCORRETA).A taquicardia ventricular possui QRS alargado (LETRA B INCORRETA).Resposta: letra E.
74 - 2022 UNIRG

» Um paciente hipertenso apresenta-se na UBS com queixa de síncope! Esse é um diagnóstico muito interessante para os amantes da clínica porque, na maioria das vezes,
costuma ser dado pela história clínica, sem necessitar de exames adicionais! Vamos, então, perceber que o paciente apresenta uma profissão (vigilante) que predispõe
ao quadro: passa horas em pé e teve o quadro sincopal justamente em ortostase, o que fala a favor de uma síncope de etiologia vasovagal. Além disso, o paciente não
teve nenhum outro sintoma de risco e um exame físico normal. Pra completar, o quadro foi precedido de pródromos vagais: ele teve tontura, escurecimento da visão e
sudorese, o que corrobora ainda mais a nossa hipótese! Vamos analisar as alternativas, então: Letra A: incorreta. Como vimos, o paciente tem fatores que nos fazem
pensar em uma síncope de etiologia neuromediada (vasovagal) e não cardíaca e pode ser manejado na própria UBS. Geralmente, as síncopes cardíacas ocorrem em
indivíduos maiores de 60 anos, com histórico de cardiopatia prévia. A sua apresentação costuma ser um quadro súbito ou com pródromos breves, bem como (pode)
ocorrer durante exercício ou na posição supina. Letra B: incorreta. O quadro do paciente fala a favor de uma hiperestimulação do sistema vagal e não em um quadro
orgânico sincopal. Se tivermos que pedir um exame, seria o tilt table test (ou teste de inclinação), onde - estimulando o sistema vagal desse paciente - teríamos a
confirmação dessa hipótese. Letra C: correta. Como vimos, a etiologia desse paciente é uma síncope neuromediada e sem fatores de alerta. Letra D: incorreta. Crises
convulsivas até são diagnóstico diferencial para o diagnóstico de síncope, mas não nesse caso. O paciente não apresentou nenhum estigma de crise, nenhum outro fator
de risco ou característica que nos faça pensar nessa causa. Geralmente, nos quadros de crise convulsiva, o paciente tem um período pós ictal de confusão mental,
sonolência, durando um tempo maior para recobrar a consciência e que, geralmente, não costuma vir seguido de sintomas vagais, como esse caso. Resposta: letra C.

75 - 2022 HSD - MA

» A taquicardia ventricular polimórfica “especial “conhecida como torsades de pointes é caracterizada no eletrocardiograma como complexos QRS de morfologias
diferentes (polimórfica), oscilando em amplitude e polaridade (aspecto de torção de pontas). Seu principal fator predisponente é o prolongamento do intervalo QT, que
pode ocorrer, por exemplo, como consequência de distúrbios eletrolíticos (ex.: hipomagnesemia, hipocalemia e hipocalcemia), além do uso de medicamentos (quinidina,
procainamida, disopiramida, sotalol, ibutilida, dofetilida, tricíclicos, clorpromazina, haloperidol) e causas congênitas como a síndrome do QT longo. Resposta: letra A.

76 - 2022 FUBOG

» A bradicardia sinusal é definida pela presença de onda P positiva em D2 e D1 precedendo cada QRS, além de FC < 50-60 bpm. As bradiarritmias sinusais benignas são
causadas por uma das seguintes condições: (1) vagotonia ou aumento do estímulo vagal, ou (2) uso de drogas cronotrópicas negativas (C CORRETA). Na parada sinusal,
temos parada súbita da atividade automática do coração, caracterizado por ritmo sinusial com falhas prolongadas e esporádicas (A INCORRETA). Devemos pensar no
bloqueio sinoatrial (BSA) de 2º grau na presença de diversas pausas sinusais no ECG (B INCORRETA). Já o bloqueio de ramo esquerdo é definido pela presença de onda S
alargada em V1 e onda R alargada + ausência de onda Q em D1 e V6 (D INCORRETA). Resposta: letra C.

77 - 2022 COC

» Temos um paciente de meia idade, hipertenso e diabético que apresenta perda de consciência. Bom, como pensarmos em estratificar esse diagnóstico desse paciente?
Vamos começar pela queixa mais importante que é a perda de consciência! As causas podem ser muitas, mas, sem dúvidas devemos ter em mente a divisão entre as
neurológicas e as cardíacas. Perceba que a questão nos mostra indícios que nos fazem pensar no diagnóstico de SÍNCOPE e de provável origem cardíaca: ele tem
episódios não precedidos de pródromos, com episódios cada vez menores e recuperação rápida da consciência (segundos) após as crises. Vamos aproveitar pra
relembrar as principais características de cada tipo das síncopes: Síncope cardíaca: indivíduos maiores de 60 anos, com histórico de cardiopatia prévia. A
apresentação costuma ser um quadro súbito ou com pródromos breves, e pode ocorrer durante exercício ou na posição supina. Síncope não cardíaca: paciente
jovem, sem doença cardíaca prévia, apenas em ortostase, alteração com mudança postural, presença de pródromos ou gatilhos, recorrente e com história de longa data
com quadros similares. Visto isso, ficamos logo de cara com a letra A como resposta. Mas, vamos analisar as outras alternativas: Letra B: incorreta. A lipotimia pode
ser uma consequência de picos elevados de pressão, mas a clínica costuma ser diferente: o paciente teria sintomas vagais como palidez, tontura, suor, escurecimento
visual, podendo ser desencadeada por mudança de decúbito ou episódios de estress emocional. Letra C: incorreta. A síncope neuromediada, como vimos acima, pode
ter sintomas muito parecidos com o quadro de lipotimia, além de ser precedido, geralmente, por pródromos ou estímulos vagais, o que não foi o caso desse paciente.
Letra D: incorreta. A síncope por hipoglicemia também como as outras, costuma ter sintomas prodrômicos associados e não algo súbito, como esses. Haveria de estar
relacionado também com ausência ou mudança nos padrões de alimentação, ou desregulação glicêmicas, como valores alterados de glicemia capilar, que corroborassem
essa ideia, o que não foi falado na questão. Letra E: incorreta. Geralmente, a síncope por crise convulsiva costuma ter a descrição de algum outro sintoma típico das
crises, como movimentos tônico-clônicos, perda esfincteriana e o paciente costuma voltar das crises com um período de confusão mental e sonolência maior, recobrando
a consciência de forma mais gradual. Resposta: letra A.

78 - 2022 SESAP

» O elemento chave para o sucesso da reanimação e aumento na probabilidade de sobrevivência é o início rápido das manobras de RCP, o que inclui não só “o tempo para
desfibrilação” (mesmo porque pode se tratar de um ritmo não chocável). Logo, a opção que melhor responde à questão é a letra B. Só temos um problema: a banca
divulgou como resposta a opção C e anulou a questão após pedidos de recurso.
79 - 2022 COC

» Temos o quadro de uma adolescente que passou mal, apresentando sintomas vagais: perceba que ela tem tontura, perda de visão, precedido de sudorese, palidez,
taquicardia e vômitos. É claro que alguns diagnósticos devem estar na nossa mente, como quadros neurológicos, mas o que deve figurar como elemento principal é o
diagnóstico de SÍNCOPE! Vamos analisar então cada uma das alternativas: Letra A: incorreta. A epilepsia generalizada é, de fato, um diagnóstico diferencial a ser
pensado. Mas, faltam algumas outras manifestações como: abalos, liberação esfincteriana, movimentos tônico-clônicos, o que não foi trazido pela questão. Além disso,
temos outra informação importante: além dos sintomas típicos vasovagais, é citado que houve uma completa recuperação da consciência após as crises, o que aumenta
a suspeita de uma síncope. Nos quadros de epilepsia, é comum que haja uma sonolência pós ictal, confusão mental, o que não ocorreu com essa garota. Letra B:
incorreta. A crise de simulação ou desordens psiquiátricas são diagnósticos que devem estar no rol de diagnósticos da investigação, mas devem ser de exclusão.
Primeiramente, precisamos excluir causas orgânicas antes de firmarmos este tipo de conclusão. A questão nos trouxe que o tilt table test foi positivo! Esse exame, que
consiste, grosso modo, em colocar o paciente deitado e mudá-lo de posição, inclinando-o, avalia disfunções do sistema autônomo e é um dos critérios diagnósticos para
avaliação da síncope, sobretudo as vago-mediadas. Letra C: correta. Como vimos ao longo das alternativas, além da paciente ter sintomas vagais e um tilt table test
postivio, o que fala a favor de um quadro de síncope vasovagal, podemos lembrar aqui que as síncopes, na sua etiologia e investigação, podem ser divididas em:
cardiogênicas, ortostáticas e neuromediadas. Nas cardiogênicas, geralmente há um colapso súbito, e não um quadro precedido de pródromos, como o que houve com
essa paciente. Nas ortostáticas, haveria de ter o relato de diferenças na mudança da pressão arterial da paciente em decúbito dorsal e ortostase, bem como os sintomas
ocorrendo durante essa mudança de posição, o que não foi o caso aqui. Como indicado pela alternativa, o tratamento da síncope vagal consiste em atitudes
comportamentais, como aumento da ingesta de sal e água e utilização de meias de compressão. O uso de betabloqueadores é uma terapia ainda com benefícios
incertos, mas que é utilizada na prática diária, tendo efeito em alguns indivíduos. Mas, como funcionaria os betabloqueadores nesse caso? Na síncope vaso-vagal, o
gatilho é simpático: ocorre um súbito surto hiperadrenérgico que estimula o vago e causa uma vasodilatação sistêmica, hipotensão e bradicardia. O betabloqueador,
então, age de três maneiras: diminuindo o estímulo adrenérgico que modula esse gatilho, reduzindo gatilhos como sintomas de ansiedade e pânico e, por fim, diminuem
os receptores de estiramento do miocárdio, reduzindo o estresse de cisalhamento ventricular (contratilidade reduzida e estresse da parede), abrandando, o eixo
neurocardiogênico. Letra D: incorreta. Como vimos, o tratamento é comportamental e, em alguns casos, pode até ser medicamentoso. Mas, a atropina é uma droga
indicada para tratamento de bloqueios atroventriculares malignos, não sendo uma opção para esse tipo de síncope. Letra E: incorreta. Da mesma forma que a letra B
trouxe, vimos que essa paciente tem substratos orgânicos para nos fazer pensar em uma síncope vasovagal e não em um quadro psicogênico. Resposta: letra C.

80 - 2022 HV - AL

» Vamos analisar as alternativas:A) Correta. A avaliação cardiológica basal de pacientes que irão se submeter a terapias potencialmente cardiotóxicas deve inicialmente
incorporar a realização de anamnese e exame físico, focados para a área cardiovascular, um eletrocardiograma de 12 derivações em repouso e avaliação basal da
função ventricular esquerda pela ecocardiografia preferencialmente.B) Correta. Por intermédio do ECG basal, a identificação prévia de alguma alteração do ritmo indica a
realização de Holter 24 horas. Recomenda-se a realização do ECG antes de cada ciclo quimioterápico e monitorização contínua nos pacientes com alteração.C) Correta.
Nesse sentido, é especialmente importante o ECG especialmente nas drogas quimioterápicas de alto risco, como trióxido de arsênio, aprovado para o tratamento das
recaídas de leucemia promielocítica aguda (LMA-M3). Essa droga leva ao prolongamento do intervalo QT em até 63% dos pacientes e Torsades de Pointes, arritmia
ventricular de difícil tratamento e potencialmente fatal.D) Incorreta. Em crianças, a dose recomendada de de sulfato de magnésio para o torsades de pointes é 25 a 50
mg/kg/dose (dose máxima: 2.000 mg/dose).Resposta: letra D.

81 - 2022 FHSTE

» É difícil definir que arritmia nossa paciente tem. A única informação que a banca fornece é que o QRS é alargado, o que pode ser compatível com uma taquicardia
ventricular ou mesmo com uma taquicardia supraventricular com aberrância (na dúvida, o caso será conduzido como uma taquicardia ventricular até prova contrária).
De uma forma ou de outra, a nossa conduta não muda, pois há claros critérios para instabilidade: nossa paciente encontra-se hipotensa, com sinais de congestão
pulmonar e com confusão mental. Diante desses critérios, não há espaço para terapia medicamentosa ou nenhum tipo de manobra. Resta apenas a cardioversão elétrica
emergencial! Lembre-se apenas de que a “cardioversão” (choque sincronizado com os complexos QRS) é diferente da “desfibrilação” (choque não sincronizado). Esta
última é a eletroterapia ministrada em casos de parada cardíaca. A cardioversão tem que ser sincronizada ao QRS justamente para evitar o fenômeno "R sobre T", que
pode desencadear uma arritmia ainda mais grave. Resposta: letra D.

82 - 2022 IO

» Questão sem graça pois retira na íntegra um trecho do documento "Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 " e coloca em uma das assertivas. Nas outras assertivas muda uma ou outra palavra tornando-a inválida.
Vamos aproveitar para rever sobre o tema: "Estudo observacional com uso de betabloqueadores via oral ou intravenosa após a PCR por FV/TVSP mostrou reduzir
mortalidade 72 horas após e em 6 meses. No entanto, podem levar à piora hemodinâmica, exacerbar sinais de Insuficiência Cardíaca (IC) e causar arritmias." Resposta:
letra C.

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83 - 2022 ENARE

» A banca quer uma arritmia com QRS estreito e regular. Vamos às opções: - FA: tem QRS estreito (exceto nos casos associados a bloqueio de ramo), mas é irregular.
Excluída. - Torsades de pointes: tem QRS largo (é um subtipo de TV polimórfica). Excluída. - Taquicardia atrial: tem QRS estreito e RR regular. - Taquicardia de
movimento circular antidrômica: é um subtipo de taquicardia supraventricular por reentrada em via acessória na qual o estímulo desce pela via acessória e sobe pelo
nódulo AV (ao contrário do que ocorre na TSV ortodrômica, que é bem mais comum). Pelo fato de o estímulo descer pela via acessória, o QRS é alargado (embora o RR
seja regular). Excluída. - Flutter atrial com BAV variado: tem QRS estreito, mas o RR é irregular devido ao BAV variado. Excluída. Resposta: opção C. entre as
taquiarritmias citadas, a FA, o flutter atrial e a taquicardia atrial são aquelas com QRS estreito (as demais têm QRS alargado, já podendo ser excluídas). Dentre essas
três, a FA possui intervalo RR irregular, assim como um flutter atrial que se apresente como bloqueio AV variado... Dessa forma, apenas a taqui atrial responde à questão
(QRS estreito, RR regular). Resposta: opção C.

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84 - 2022 IHOA

» Vamos às assertivas sobre FA: A incidência da FA de forma geral aumenta com a idade (A incorreta). Sua morbidade decorre principalmente de associação com AVE
isquêmico e insuficiência cardíaca, sendo maior nos seguintes grupos: idosos, hipertensos, diabéticos, mulheres, portadores de DAC ou DAOP, AVE ou AIT prévio (B
incorreta). A necessidade ou não da anticoagulação na FA paroxística depende da presença de outros fatores de risco, como pode ser avaliado por escores específicos
(ex.: CHA2DS2-Vasc) (D incorreta). A FA persistente é caracterizada como a fibrilação contínua e sustentada por mais de 7 dias, sendo a apresentação mais comum (C
correta). Resposta: C.
85 - 2022 UFJ

» Uma taquicardia ventricular que dura mais de 30 ou causa instabilidade hemodinâmica é definida como TV sustentada. Na presença de instabilidade hemodinâmica, a
conduta é a cardioversão imediata, através de cardioversão elétrica (CVE) com 100 J. Resposta: C.

86 - 2022 IO

» Questão sem graça pois retira na íntegra um trecho do documento "Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 " e coloca em uma das assertivas. Nas outras assertivas muda uma ou outra palavra tornando-a inválida.
Vamos aproveitar para rever sobre o tema: Em um ensaio clínico em adultos com FV/TVSP, observou se que a administração de amiodarona 300 mg ou 5 mg/ kg
melhorou a sobrevida à admissão hospitalar, quando comparada com placebo ou administração de lidocaína. No entanto, não houve melhora do prognóstico neurológico.
Agora vem o trecho usado na questão: " A amiodarona pode ser considerada para FV/TVSP que não responde à RCP, desfibrilação e terapêutica vasopressora (Classe de
Recomendação IIb; Nível de Evidência B). A dose inicial deve ser de 300 mg por via intravenosa ou intraóssea e pode ser administrada uma dose adicional de 150 mg,
intercalada com vasopressor." Ou seja, exatamente como a letra D, nosso gabarito.

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87 - 2022 UFJ

» Qual é a conduta frente a uma fibrilação atrial (FA)? Depende! Se FA o paciente tiver instabilidade hemodinâmica, a condita é cardioversão elétrica emergencial. Porém,
se for FA persistente ou paroxística recorrente temos duas estratégias possíveis: 1) Controle da FC: feita com inibidores do nódulo AV (diltiazem, verapamil ou
betabloqueador), sem que haja reversão para ritmo sinusal. 2) Controle do ritmo: ainda que não altere a mortalidade, é feita para alguns pacientes, como aqueles com
sintomas refratários, apesar do controle da frequência: reverter a FA + antiarrítmico profilático oral. A FA pode ser revertida com um antiarrítmico (amiodarona,
propafenona, flecainida, dofetilida ou ibutilida) e/ou cardioversão elétrica eletiva (mais efetiva). Como antiarrítmicos profiláticos, temos sotalol, propafenona, amiodarona
e dronedarona como principais opções. E a terapia anticoagulante? Caso a proposta seja reverter o ritmo, a anticoagulação está indicada para pacientes com FA ≥ 48h
ou início indeterminado ou de alto risco para eventos tromboembólicos (CHA2DS2-Vasc). O ideal, nestes casos, é realizar um ecocardiograma trasesofágico (ECO-TE)
para excluir a presença de trombos. Na ausência de trombo, reverter a FA após 6-12h de heparina plena (com bolus e infusão contínua para atingir PTTa 1,5-2 x controle)
e fazer, no mínimo, mais quatro semanas de anticoagulação plena após a reversão. Na presença de trombo, a reversão só poderá ser realizada após 3-4 semanas de
anticoagulação e repetição do ECO-TE confirmando a resolução (desaparecimento) do trombo. Se não houver ECO-TE disponível, devemos proceder a anticoagulação
por, no mínimo, três semanas antes da cardioversão e fazer, no mínimo, mais quatro semanas após. Nos pacientes com FA < 48h, sem alto risco, pode-se fazer apenas
heparina plena antes da reversão e anticoagulante, no mínimo, quatro semanas depois da reversão. Além disso, independente da terapia escolhida (controle de ritmo ou
da FC), a terapia anticoagulante está indicada ad aeternum nos portadores de FA valvar ou pertencentes ao grupo de alto risco (CHA2DS2-Vasc). Portanto, no caso em
tela, como paciente apresenta uma FA de início indeterminado, devemos assumir que há a possibilidade de existirem trombos intra-atriais. Desta forma, está
contraindicada a reversão imediata do ritmo. A cardioversão só seria permitida neste paciente caso existissem sinais de instabilidade hemodinâmica. Assim, devemos
optar pelo controle de frequência cardíaca e a classe medicamentosa de escolha são os betabloqueadores (como o metoprolol). Deve ser iniciada anticoagulação plena,
podendo-se optar pela heparina venosa em fase inicial. Caso haja disponibilidade de ECO-TE, este deve ser realizado para avaliar a presença de trombos, e, caso
negativo, seria permitida a reversão da arritmia. Se indisponível, a anticoagulação deve ser mantida por 3-4 semanas antes até a reversão do ritmo. Resposta: letra C.

88 - 2022 IO

» Questão sem graça pois retira na íntegra um trecho do documento "Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 " e coloca em uma das assertivas. Nas outras assertivas muda uma ou outra palavra tornando-a inválida.
Vamos analisar o trecho utilizado pela banca avaliadora: "Para pacientes com disfunção ventricular sistólica, a amiodarona e a digoxina são as drogas mais utilizadas.
Bloqueadores de canal de cálcio e betabloqueadores intravenosos devem ser evitados quando houver esta suspeita clínica (área cardíaca aumentada, edema de
membros inferiores, hepatomegalia, turgência jugular a 45° e história clínica de IC). " Ou seja, exatamente como descrito na letra B, nosso gabarito.

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89 - 2022 UNIFIMES

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A qualidade da imagem dificulta a identificação exata da frequência cardíaca, mas ela é, certamente, menor que 60
bpm. Letra B: correta. O ritmo sinusal é caracterizado pela presença de ondas p positivas em DI, DII e aVF. É nítido perceber que ela é negativa em DII e aVF nesse ECG,
ou seja, os impulsos elétricos não partem do nodo sinusal. Nesse caso, o estímulo elétrico parece surgir em alguma região atrial mais baixa, próxima ao nodo
atrioventricular – repare que o intervalo PR é curto, justamente por causa dessa proximidade. Letra C: incorreta. A polaridade positiva dos QRS de DI e aVF indica que o
eixo está situado entre 0 e 90 graus. Letra D: incorreta. O enunciado não cita manifestações clínicas e não há desnivelamento do segmento ST no exame para
pensarmos em síndrome coronariana aguda. Resposta: letra B.

90 - 2022 ENARE

» O ECG revela complexos QRS alargados com formatos semelhantes. Ora, trata-se de uma taquicardia ventricular monomórfica! Na abordagem inicial de qualquer
taquiarritmia, é preciso avaliar se há algum critério de instabilidade: rebaixamento do nível de consciência, dispneia, hipotensão ou angina. Perceba que o paciente
apresenta estes dois. De acordo com o ACLS, a conduta a ser tomada é a cardioversão elétrica, um choque sincronizado para reestabelecer o ritmo cardíaco normal com
carga inicial de 100 joules. Resposta: letra E.

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91 - 2022 IO

» Questão sem graça pois retira na íntegra um trecho do documento "Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 " e coloca em uma das assertivas. Nas outras assertivas muda uma ou outra palavra tornando-a inválida.
Vamos analisar o trecho utilizado pela banca avaliadora: "A atropina antagoniza a ação da acetilcolina, um neurotransmissor parassimpático, nos receptores
muscarínicos. Dessa forma, ela bloqueia o efeito do nervo vago tanto no nó sinoatrial como no nó atrioventricular, aumentando a frequência de disparos do nó sinusal e
facilitando a condução atrioventricular, o que, teoricamente, podia torná-la útil para uso em casos de assistolia ou AESP." Ou seja, exatamente como a letra D, nosso
gabarito.

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92 - 2022 UESPI

» Primeiro, vamos analisar qual é a pontuação desse idoso no escore CHA2DS2VASc: insuficiência cardíaca (Congestive heart failure; 1 ponto) idade maior ou igual a 75
anos (Age; 2 pontos) / AVE isquêmico prévio (Stroke; 2 pontos). Portanto, ele tem 5 pontos, o que indica risco de AVE de 6.7% por ano! O risco de fenômenos
tromboembólicos passa a ser mais elevado quando o escore é de 2 ou mais (em homens; nas mulheres, quando é de 3 ou mais). Nessas situações, a terapia
anticoagulante está indicada. O risco de sangramento, que sempre deve ser levado em consideração antes do início da anticoagulação, é avaliado através de outro
escore, o HAS-BLED, que leva em consideração a presença de HAS, disfunção hepática e renal, AVE prévio, idade > 65 anos, entre outros fatores. Resposta: letra B.

93 - 2022 IO

» Questão sem graça pois retira na íntegra um trecho do documento "Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de
Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019 " e coloca em uma das assertivas. Nas outras assertivas muda uma ou outra palavra tornando-a inválida.
Vamos analisar o trecho utilizado pela banca avaliadora: "Diversos sistemas manifestam sinais e sintomas como os listados a seguir, que são indicativos deste
comprometimento hemodinâmico: alteração no nível de consciência; hipotensão arterial sistêmica (Pressão Arterial Sistólica − PAS < 90 mmHg) ou choque circulatório
com alteração da perfusão periférica; congestão pulmonar; e dor precordial anginosa." Ou seja, exatamente como descrito na letra B, nosso gabarito.

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94 - 2022 IO

» Questão retirada da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia A adenosina é uma
droga que diminui a condução pelo nó atrioventricular e promove vasodilatação coronária. Possui meia-vida de menos de 5 a 10 segundos, tendo efeito fugaz, porém
efetivo no término da maioria das taquicardias de QRS estreito. Efeitos colaterais podem ocorrer em até 60% dos casos. Os principais efeitos colaterais da adenosina são:
- Cardiovasculares: flush facial, palpitação, hipotensão e dor torácica. - Bradicardias: bloqueio atrioventricular de qualquer grau. - Taquicardias: extrassístoles
ventriculares, TV não sustentada, TV monomórfica e polimórfica (TdP). - Respiratórios: dispneia (12%), hiperventilação e broncoespasmo. - Sistema nervoso central:
cefaleia (8 a 25%), tonturas e vertigens (20%), parestesias e turvação visual. É importante orientar previamente o paciente que poderá apresentar pressão torácica
importante, com sensação de “morte iminente”, porém tais efeitos são transitórios. As contraindicações absolutas à adenosina são: bloqueio atrioventricular de segundo
ou terceiro graus, disfunção do nó sinusal e FA pré-excitada. Resposta: letra B.

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95 - 2022 IO

» Questão retirada da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia Os principais efeitos
colaterais da adenosina são: - Cardiovasculares: flush facial, palpitação, hipotensão e dor torácica. - Bradicardias: bloqueio atrioventricular de qualquer grau. -
Taquicardias: extrassístoles ventriculares, TV não sustentada, TV monomórfica e polimórfica (TdP). - Respiratórios: dispneia (12%), hiperventilação e broncoespasmo. -
Sistema nervoso central: cefaleia (8 a 25%), tonturas e vertigens (20%), parestesias e turvação visual. É importante orientar previamente o paciente que poderá
apresentar pressão torácica importante, com sensação de “morte iminente”, porém tais efeitos são transitórios. As contraindicações absolutas à adenosina são: bloqueio
atrioventricular de segundo ou terceiro graus, disfunção do nó sinusal e FA pré-excitada. Resposta: letra C.

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96 - 2022 UEVA

» A questão descreve paciente com bradicardia (FC = 40 bpm), cujo eletrocardiograma revela o diagnóstico de um bloqueio atrioventricular total (BAV total). Note que há
uma completa dissociação entre as ondas P e os complexos QRS! Em outras palavras, o átrio está contraindo em um ritmo “só dele”, tanto que as ondas P
eventualmente coincidem com o início da despolarização ventricular, causando um entalhe inicial na onda T. Os ventrículos despolarizam por meio de um ritmo de
escape juncional, justificando os complexos QRS de duração normal. Como a paciente encontra-se estável hemodinamicamente, sem hipotensão arterial, rebaixamento
de nível de consciência, dispneia ou dor torácica, a melhor conduta é monitorizar o ritmo, preferencialmente por meio de marcapasso transcutâneo, que pode entrar em
ação em caso de deterioração clínica. Devem-se avaliar causas reversíveis do BAVT, como isquemia miocárdica, aumento do tônus vagal, hipotireoidismo, hipercalemia e
medicamentos depressores cardíaco. Na ausência de causas reversíveis, está indicado tratamento com marcapasso definitivo, que pode ser programado enquanto a
paciente é monitorizada em ambiente de unidade de terapia intensiva Não há indicação inicial de atropina ou dopamina, já que não há sinais de instabilidade clínica
Resposta: Monitorizar e programar passagem de marcapasso definitivo.

97 - 2022 IO

» De acordo com a Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2019:
“Caso após realização de manobras vagais e adenosina, não houver resolução da arritmia, procede-se à administração de outros bloqueadores do nó atrioventricular,
como os bloqueadores de canal de cálcio não diidropiridínicos e betabloqueadores. Verapamil e diltiazem mostraram-se efetivos em reversão para ritmo sinusal em
diversos ensaios clínicos e permanecem como tratamento de primeira linha para o tratamento das taquicardias supraventriculares. Betabloqueadores, como nadolol,
metoprolol ou esmolol, também, podem ser usados, porém poucos estudos clínicos randomizados embasam o efeito de reversão para ritmo sinusal.” Resposta: letra D.

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98 - 2022 UEVA

» Vamos aproveitar essa questão para rever alguns conceitos sobre o BLS/ACLS: 1- Sobre a técnica de compressão torácica: a técnica correta é feita com o paciente em
decúbito dorsal, idealmente sob superfície rígida. Nesta posição, o socorrista deve colocar o “calcanhar” de uma das mãos sobre o centro do peito da vítima (que é a
metade inferior do esterno) e o “calcanhar” da outra mão no topo da primeira, de modo que as mãos fiquem sobrepostas e paralelas. Estando os braços totalmente
esticados, com o movimento do tronco, ele aplicará as compressões, na frequência 100 a 120 por minuto, procurando deprimir ativamente o esterno, no mínimo, com 5
cm de profundidade (1/3 do diâmetro AP do tórax) evitando excesso na profundidade (superiores a 6 cm). 2- Sobre o início do ACLS: o ACLS começa, normalmente, pela
obtenção de uma via aérea avançada (embora não seja exclusivo deste protocolo), que está indicada quando o paciente não se recupera após o primeiro choque
desfibrilatório do BLS, caso tenha sido realizado. A obtenção de acesso venoso periférico para administração de drogas e medidas específicas para algumas causas de
parada cardíaca (ex.: toracocentese e pneumotórax hipertensivo) também estão incluídas. Logo após a obtenção de uma via aérea avançada, a RCP deve ser retomada
por mais 2min, agora sem a relação 30:2, ou seja, um indivíduo fica realizando as compressões “100-120 por minuto” e outro fica ventilando o paciente com ambu ligado
ao oxigênio 10 L/min, numa frequência de 10 por minuto (uma ventilação a cada 6s). 3- Sobre o uso da adrenalina: durante a RCP, logo após o segundo choque e a
obtenção de acesso venoso periférico, faz-se adrenalina 1 mg (uma ampola) pela veia periférica, infundindo em seguida cerca de 20 ml de soro fisiológico ou água
destilada e elevando o braço do paciente. A adrenalina deve ser repetida a cada três a cinco minutos durante todo o ACLS. Trata-se de um vasopressor muito potente,
capaz de aumentar o fluxo coronariano e cerebral, reduzindo a hipóxia e acidose teciduais e facilitando a desfibrilação. Resposta: letra C.

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99 - 2022 HSJ - PR

» Vamos analisar as alternativas: Letra A correta e D incorreta. A conduta na atividade elétrica sem pulso (AESP) e na assistolia consiste em manter as manobras de
ressuscitação e aplicar adrenalina na dose de 1 mg a cada 3-5 minutos. Paralelamente a isso, é importante avaliar a presença de possíveis condições reversíveis de PCR
- os 5 H’s (hipovolemia, hipóxia, hidrogênio/acidose, hipo/hipercalemia, hipotermia) e os 5 T’s (tenso pneumotórax, tamponamento cardíaco, trombose coronariana,
toxicidade, trombose pulmonar). Com relação ao tempo de RCP, nos casos de PCR intra-hospitalar, não existem parâmetros muito bem definidos para cessar as
manobras de ressuscitação - ou seja, essa deve ser uma decisão da equipe, levando em consideração as limitações físicas da equipe e o prognóstico do paciente. Letra
B: incorreta. Assistolia e AESP são ritmos não chocáveis!! Letras C e E: incorretas. A cardioversão deve ser reservada para os casos de taquiarritmia com QRS facilmente
identificável no monitor - isso permite que o choque seja sincronizado e o ritmo prontamente revertido. Por outro lado, a FV, a TV sem pulso e a TV polimórfica exigem
um choque dessincronizado de alta energia (desfibrilação), pois o monitor do aparelho não pode identificar o QRS. Se o “botão da sincronia” estiver ativado, o choque
simplesmente não ocorrerá. Resposta: letra A.

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100 - 2022 IO

» Questão retirada na íntegra da Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de
Cardiologia - 2019. Veja só o trecho presente nesta diretriz: “Na abordagem da FA e do flutter atrial de alta resposta ventricular, alguns pontos devem ser definidos para
a programação da terapêutica. Sinais de comprometimento hemodinâmico são indicação formal para CVE sincronizada. Em pacientes estáveis, dados como Fração de
Ejeção de Ventrículo Esquerdo (FEVE), tempo de duração da arritmia (menor ou maior que 48 horas) e presença de pré-excitação ventricular (síndrome de Wolf-
Parkinson-White) são imprescindíveis para tomada de decisões acerca de indicação de anticoagulação, reversão do ritmo ou controle da resposta ventricular e avaliação
da segurança para a reversão do ritmo.” Mais adiante, neste mesmo documento, os autores explicam que, em uma FA com início > 48h ou duração desconhecida, o risco
de trombo em átrio esquerdo e de eventos cardioembólicos é muito maior. Assim, devem-se iniciar anticoagulação e decidir posteriormente sobre a reversão do ritmo.
No caso de pacientes com FA/ flutter e síndrome de Wolf-Parkinson-White, o tratamento de escolha é a CVE. No caso dos pacientes com FEVE reduzida (< 40%) que foi
optado pela reversão do ritmo, a amiodarona e a dofetilida são as drogas mais seguras para serem usadas como antiarrítmico profilático oral. Resposta: letra B.

101 - 2022 ENARE

» Segundo as recomendações mais recentes do suporte básico de vida (BLS) é fundamental reconhecer a parada cardiorrespiratória (PCR) o mais rápido possível! Porém, é
importante que a avaliação da respiração e a verificação do pulso não atrasem as medidas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Para isso, recomenda-se que, em
pacientes desacordados, os profissionais de saúde gastem NO MÁXIMO dez segundos para checar pulso carotídeo antes de iniciar a RCP. Se o socorrista for leigo, a
verificação do pulso não deve ser realizada e a RCP deve ser iniciada assim que houver suspeita de que o paciente esteja em PCR! A realização de RCP em um paciente
que não responde e que não está em PCR tem poucas consequências adversas, ao passo que não realizar a RCP em um paciente que está em PCR pode contribuir para
um desfecho desfavorável. Ou seja, a nossa primeira medida, após verificar responsividade, deve ser checar o pulso carotídeo e a respiração (para confirmar que se trata
de uma PCR). Em seguida, devemos começar o o BLS, na sequência: - C (compressão): executar imediatamente 30 compressões torácicas, na frequência de 100-120 por
minuto. Letra A incorreta. - A (via aérea): consiste em abrir e manter a via aérea do paciente pérvia. - B (respiração): após as compressões iniciais e abertas as vias
aéreas, realizar duas ventilações (manter sempre a relação compressão/ventilação de 30:2). Leigos podem fazer apenas as compressões sem ventilação (hands-only).
Letra B incorreta. - D (desfibrilação): assim que o desfibrilador automático externo (DEA) ou o cardiodesfibrilador manual estiverem disponíveis, monitorar o ritmo e, em
caso de FV ou TV sem pulso, proceder a um choque dessincronizado de 360 J (monofásico) ou 120-200 J (bifásico), voltando imediatamente depois às manobras de RCP.
Repare que é só nessa etapa que nos preocupamos com o ritmo do paciente e, ainda assim, o mesmo deve ser checado com o próprio DEA (letra D incorreta). Caso o
paciente não tenha se recuperado após o primeiro choque desfibrilatório, devemos começar o ACLS. Em geral, é neste momento que iremos obter uma via aérea
avançada e acesso venoso periférico para administração de drogas. Letra C incorreta. Resposta: letra E.

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102 - 2022 HPP

» Temos um ECG com o aspecto típico da taquicardia supraventricular paroxística ou, para os íntimos, "taqui supra": o QRS é estreito, o que significa que os ventrículos são
estimulados pela via normal (sistema His-Purkinje), o RR é regular (ao contrário da fibrilação atrial) e geralmente não se detecta onda P, mas T está presente. Não temos
onda U. Tipicamente, a taqui supra se apresenta como uma taquicardia de frequência bastante alta (120-250 bpm). A primeira medida na tentativa de reversão de uma
taqui supra geralmente é a manobra vagal. Caso não ocorra reversão, a próxima opção é a adenosina venosa, na dose inicial, em bolus, de 6 mg. Se não houver
reversão, faremos uma nova dose de 12 mg. A cardioversão elétrica é reservada aos pacientes instáveis hemodinamicamente, o que não é o caso. Resposta: opção D.

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103 - 2022 REVALIDA - UNIRG

» A questão descreve paciente com idade avançada, hipertensa e diabética, com palpitações e eletrocardiograma evidenciado ausência de ondas P e intervalo RR
irregular. Nesse contexto, a principal hipótese diagnóstica é de uma FIBRILAÇÃO ATRIAL (FA), no caso, uma FA de baixa resposta ventricular, ou seja, que mantém uma
frequência cardíaca normal, de 89 bpm. Vamos analisar as alternativas.A) Incorreta. Da mesma forma que temos um escore para pontuar o alto risco para
tromboembolismo na FA, também dispomos de um escore para contrabalanceá-lo, baseado no risco de sangramento em pacientes anticoagulados - o mais utilizado é o
HAS-BLED. A partir de 3 pontos, há um risco anual de sangramento elevado. O seu uso independe de uma frequência cardíaca elevada.B) Incorreta. Em pacientes com
estenose mitral e fibrilação atrial, o uso de anticoagulantes orais direto (como dabigatrana, um inibidor direto da trombina) não é aprovado, devido à menor eficácia em
relação à warfarina - essa última é a droga indicada nesse contexto, portanto. C) Incorreta. Na verdade, o sinal da “pá de pedreiro”, que é uma depressão do ST com
concavidade superior, indica impregnação miocárdica por digitálico em doses terapêuticas, e não intoxicação.D) Correta. De fato, a pontuação da paciente nesse escore
é de 3. Vamos revisá-lo:C = Congestive heart failure (IC)/disfunção de ventrículo esquerdo – [1 pt].H = Hipertensão – [1 pt].Age = idade ≥ 75 anos – [2 pts].Diabetes [1
pt].S = Stroke (AVE prévio), AIT, tromboembolismo – [2 pts].VASc = doença vascular (infarto do miocárdio prévio, doença arterial prévia, placa aórtica) – [1 pt].Age =
idade 65-74 anos – [1 pt].Sexo (categoria) = feminino – [1 pt].Como a paciente é diabética, hipertensa e do sexo feminino, são 3 pontos. As recomendações atuais em
relação à anticoagulação são:Escore ≥ 2 em homens ou ≥ 3 em mulheres: anticoagulação recomendada - pode ser com anticoagulante direto ou warfarina.Escore 1 em
homens ou 2 em mulheres: anticoagulação pode ser considerada.Escore 0 em homens ou 1 em mulheres: não anticoagular.Resposta: letra D.

104 - 2022 CESUPA

» O eletrocardiograma de nosso paciente é absolutamente compatível com fibrilação atrial: temos um QRS estreito, ritmo irregular (avaliado pela variação no intervalo R-R)
na ausência de onda P. Isso explica a história de AIT, pois a fibrilação atrial é fator de risco para eventos cerebrovasculares. Qual deve ser a nossa conduta? Em primeiro
lugar, vamos definir se ele possui indicação de anticoagulação ad aeternum pela estratificação de risco tromboembólico. Segundo a mais recente diretriz de fibrilação
atrial da AHA/ACC, o escore recomendado para estratificação é o CHA2DS2-Vasc, recebendo 1 a 2 pontos cada item, num total de 9 pontos: C = Congestive heart failure
(IC)/disfunção de ventrículo esquerdo – [1 pt]. H = Hipertensão – [1 pt]. Age = idade ≥ 75 anos – [2 pts]. Diabetes - [1 pt]. S = Stroke (AVE prévio), AIT, tromboembolismo
– [2 pts]. VASc = doença vascular (infarto do miocárdio prévio, doença arterial prévia, placa aórtica) – [1 pt]. Age = idade 65-74 anos – [1 pt]. Sexo (categoria) =
feminino – [1 pt]. Escore ≥ 2 em homens ou ≥ 3 em mulheres: anticoagulação recomendada. Escore 1 em homens ou 2 em mulheres: anticoagulação pode ser
considerada. Escore 0 em homens ou 1 em mulheres: não anticoagular. Temos indicação de anticoagular, mas precisamos avaliar também o risco de sangramento pelo
escore HAS-BLED. Funciona assim: Hypertension (hipertensão) - 1 ponto Abnormal renal or liver function – alteração da função renal ou hepática - 1 ou 2 (1 ponto para
cada) Stroke (AVC) - 1 ponto Bleeding (sangramento prévio) - 1 ponto Labile INR (labilidade RNI) - 1 ponto Elderly (e.g. > age > 65 years) – idade avançada - 1 ponto
Drugs or alcohol – uso de drogas ou álcool - 1 ou 2 (1 ponto para cada) A partir de 3 pontos, teríamos um risco anual de sangramento elevado. Certamente precisamos
ajustar a dose dos anti-hipertensivos, bem como associar betabloqueador para controle de frequência, mas as letras A e C erram ao ignorar a prevenção para eventos
tromboembólicos. Resposta: letra B.

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105 - 2022 EMCM

» Uma questão difícil sobre a abordagem das síncopes e que requer muita calma na leitura das alternativas! Vamos analisar cada uma delas: Letra A: correta. As situações
descritas pela alternativa podem justificar e ser causas de quadro sincopal, como IAM e anemia, que levam a alterações (diminuição) no débito cardíaco e podem ser
vistos por exames de marcadores de necrose miocárdica e hemograma, respectivamente; e, também, a disautonomia secundária, um distúrbio do sistema nervoso
autônomo que pode ser gerado por condições como diabetes mellitus, doenças autoimunes, ou doenças virais e que podem ser marcados com exames laboratoriais
(hemoglobina glicada, glicemia de jejum, dosagem de anticorpos e paineis virais, respectivamente). Letra B: correta. Na investigação das síncopes, é imperativo que
estudemos desordens do sistema autônomo desse paciente. Para isso, temos testes autonômicos que são feitos, dentre eles, a manobra de Valsalva, o teste da
respiração profunda, teste do exercício isométrico (handgrip), que avaliam justamente as funções simpáticas colinérgicas e adrenérgicas. Letra C: correta. A cataplexia é
uma doença que envolve exatamente o conceito trazido pela alternativa. Letra D: incorreta. De fato, após um evento de síncope temos uma reorientação quase
imediata. Contudo, num quadro convulsivo, no período pós ictal às crises, como por exemplo na crise tônico-clônica, o paciente pode apresentar sonolência pós ictal e
desorientação, o que invalida essa alternativa. Resposta: letra D.

106 - 2022 HPP

» No caso anterior, o paciente da questão apresentava um ECG com achados típicos de HIPOCALEMIA e, neste momento, evoluiu com taquiarritmia e instabilidade
hemodinâmica. Agora, vamos analisar o ECG: estamos diante de complexos QRS morfologicamente variáveis numa mesma derivação, sofrendo mudanças rápidas e
frequentes ao longo do registro. Ou seja, temos aqui uma taquicardia ventricular polimórfica! Olhando atentamente ao traçado, parece até haver aquele aspecto de
“torção de pontas”, que deu nome a famosa Torsades pointes - sobretudo quando analisamos em conjunto o ECG da questão anterior, onde havia intervalo QT longo pela
presença de hipocalemia. Feito o diagnóstico, vamos partir para o tratamento! Neste contexto, lembre-se: sempre que houver instabilidade clínica (angina, hipotensão
sintomática, edema agudo de pulmão, rebaixamento do nível de consciência) está indicada a interrupção imediata da arritmia. Mas atenção! Aqui não faremos
cardioversão elétrica (choque sincronizado) e, sim, desfibrilação. Isso porque a cardioversão necessita do reconhecimento do QRS do paciente para a aplicação do
choque e, como, na TV polimórfica (no caso, torsades de pointes), o QRS tem grande variação, ele acaba não sendo reconhecido pelo aparelho e o choque não é
aplicado. Resposta: letra A.

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107 - 2022 UEL

» Questão copiada e colada do documento "Posicionamento para Ressuscitação Cardiopulmonar de Pacientes com Diagnóstico ou Suspeita de COVID-19 – 2020", da
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Vamos às alternativas: Letra A: INCORRETA - De acordo com a fonte citada, recomenda-se que a eficácia da RCP seja avaliada
usando dióxido de carbono expirado (pressão parcial de dióxido de carbono > 10 mmHg) e pressão arterial invasiva (considerando valores da pressão diastólica > 20
mmHg). Letra B: INCORRETA - As manobras de reanimação podem ser feitas sim em posição prona. O ponto de referência para posicionamento das mãos segue a
projeção do mesmo lugar das compressões torácicas (T7-T10), na região interescapular. Letra C: INCORRETA - Se o paciente estiver em posição pronada, sem via aérea
invasiva instalada, recomenda-se reposicioná-lo rapidamente em posição supina, estabelecer as manobras de RCP e, o mais breve possível, instalar a via aérea invasiva,
preferencialmente por intubação orotraqueal. Caso o paciente já esteja sob intubação orotraqueal e ventilação mecânica, recomenda-se iniciar as manobras de RCP com
o paciente ainda em posição prona. Recomenda-se que tentativas de retorno do paciente para posição supina sejam executadas com o máximo de segurança ao
despronar, evitando a desconexão do ventilador e o risco de aerossolização. Letra D: CORRETA - Frase copiada e colada da diretriz sobre a desfibrilação nos pacientes
em posição prona: "Caso não existam pás adesivas, a desfibrilação deve ser tentada colocando-se a pá esternal na região dorsal e a pá apical na lateral do paciente".
Letra E: INCORRETA - Pontos mais centrais do cuidado aos pacientes em parada cardiorrespiratória não mudaram com a publicação da normatização, mas o próprio
documento reconhece peculiaridades no atendimento de pacientes com COVID-19: "Considerando esse cenário, em que evidências sólidas estão pouco documentadas
ou acessíveis, a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (ABRAMEDE), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a Associação de Medicina Intensiva Brasileira
(AMIB) e a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), representantes oficiais de especialidades afiliadas à Associação Médica Brasileira (AMB), apresentam, a seguir,
as práticas destinadas ESPECIFICAMENTE ao atendimento de pacientes com diagnóstico ou suspeita de COVID-19. Em todos os outros casos, mantêm-se as diretrizes de
2015 da International Alliance of Resuscitation Committees (ILCOR), as diretrizes de 2019 da American Heart Association (AHA)1 e a Atualização da Diretriz de
Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2019". Além da paramentação, limitar o número de pessoas no
atendimento, priorização da intubação com videlaringoscopia (se disponível), uso de filtro HEPA e recomendações para pacientes pronados estão entre as
particularidades contempladas no fluxograma do documento. Resposta: letra D.

108 - 2022 HCMT

» A descrição de complexos QRS estreitos, RR regular e ausência de ondas P ou f de flutter, indica o diagnóstico de taquicardia supraventricular. Lembre-se que a conduta
depende se a criança está estável hemodinamicamente ou não. No caso em tela, a criança está bem perfundida e normotensa. Portanto, a primeira conduta a ser feita é
a manobra vagal. Nos lactentes, a manobra vagal pode ser realizada a partir da aplicação da bolsa de gelo sobre a face do paciente por cerca de 20 segundos (reflexo do
mergulho), com o cuidado de não obstruir as vias aéreas (e não pela compressão do bulbo ocular). Caso a manobra não seja eficiente, devemos prescrever uma droga
que bloqueie o nódulo AV de forma rápida e transitória: a adenosina. Se o paciente estivesse instável (ex.: hipotensão arterial), a conduta seria a cardioversão elétrica
sincronizada imediata.Resposta: letra B.

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109 - 2022 HMDI

» Paciente é encontrado desacordado e SEM PULSO, o que caracteriza uma parada cardiorrespiratória (PCR)! Identificada a PCR, a compressão torácica é considerada o
principal componente nas manobras de reanimação de uma PCR. O grande valor das compressões se dá pelo fato de que, nos primeiros 5 min de PCR, a concentração de
oxigênio do sangue ainda parece ser adequada para a homeostase tecidual e, portanto, o principal determinante da lesão miocárdica e cerebral neste momento não é a
hipoxemia, mas sim a parada do fluxo sanguíneo. A compressão, quando feita corretamente, garante 30% do fluxo cerebral e coronariano e pode manter uma PA
sistólica em torno de 60 a 80 mmHg e uma Pressão Arterial Média (PAM) em torno de 40 mmHg!! Ela retarda a lesão isquêmica (por hipóxia e acidose) do miocárdio,
aumentando comprovadamente o sucesso da reversão de uma fibrilação ventricular pelo choque desfibrilatório. Caso seja possível, as compressões devem ser
alternadas com as ventilações, na relação de 30:2, ou seja, 30 compressões seguidas por duas ventilações (ambu-máscara ou boca a boca). Define-se, portanto, 1 ciclo
de RCP como a execução de 30 compressões e duas ventilações. Geralmente, pelo menos 5 ciclos de RCP (aproximadamente 2 min) devem ser realizados antes de
qualquer nova medida de reanimação (ex: avaliação do ritmo, choque desfibrilatório, intubação traqueal, uso de drogas antiarritmicas). Cabe lembrar que a cardioversão
não é feita no contexto da PCR, e sim a DESFIBRILAÇÃO. Resposta: letra B.

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110 - 2022 HSJ - PR

» Uma descrição clínica que não pode deixar dúvidas. Trata-se de um paciente com queixa de palpitações taquicárdicas, um sintoma que aponta para o diagnóstico das
taquiarritmias. As palpitações também podem estar relacionadas à taquicardia sinusal, e para esta diferenciação, o exame físico e os exames complementares são de
grande valia. O exame físico revela um ritmo cardíaco IRREGULAR e taquicárdico, em um paciente absolutamente estável hemodinamicamente. Seu eletrocardiograma
contém a descrição perfeita de um ritmo de FA: irregular, com ausência de atividade atrial organizada (ondas P) na linha de base. Não há como inferir outras patologias
pela descrição acima, mas não resta dúvidas que o diagnóstico de fibrilação atrial pode ser confirmado. Resposta: letra D

111 - 2022 HSJ - PR

» Como visto na questão imediatamente anterior, o paciente acima apresenta todos os achados (clínicos e eltocardiográficos) compatíveis com o diagnóstico de fibrilação
atrial. O manejo desta doença tem 3 grandes objetivos simultâneos: -O controle dos fatores precipitantes da fibrilacão atrial (no caso, principalmente a hipertensão
arterial) -A decisão ente manejo da arritmia através do controle do ritmo (cardioversão) ou da frequência cardíaca (controle medicamentoso sem intenção de reversão
para ritmo sinusal) -A avaliação da prevenção de eventos tromboembólicos para pacientes com risco elevado (CHA2DS2-VASc > 1). No caso, o paciente pontua apenas
uma vez no score, não havendo indicação formal de início de anticoagulação. Embora nenhuma das alternativas contemple a abordagem completa,a única que
apresenta uma opçnao que se encaixa no tatamento da doença é a alternativa D. Vale lembrar que não há qualquer indicação de encaminhamento para serviço de
emergência por conta deste diagnóstico, que pode ser manejado ambulatorialmente na atenção básica. Resposta: letra D.

112 - 2022 HCMT

» Questão sobre puros conceitos eletrocardiográficos!!Ao verificarmos o eixo do QRS, percebemos que ele está desviado para a esquerda além de -30º (DI positivo,
enquanto aVF e DII estão negativos). Isso por si só já nos permitiria presumir o diagnóstico de Bloqueio da divisão ântero superior do ramo esquerdo (ou Hemibloqueio
Anterior Esquerdo - HBAE). Mas ainda verificamos outras características do HBAE: padrão qR em derivações esquerdas (DI e aVL) e padrão rS em derivações inferiores
(DII, DIII e aVF), sendo onda S em DIII maior que onda S em DII. Resposta: letra D.
113 - 2022 HUSE

» O diagnóstico eletrocardiográfico é de taquiarritmia supraventricular paroxística, o que fica definido pela presença de QRS estreito, intervalo R-R regular e ausência de
onda P. Vamos organizar o manejo geral de uma "taqui supra": se o paciente não apresentar sinais de instabilidade hemodinâmica (hipotensão, congestão pulmonar,
angina ou rebaixamento do sensório), a primeira medida é tentar reverter a taquiarritmia com manobra vagal, através da compressão do seio carotídeo ou da manobra
de Valsalva. Se a taqui supra não for extinta pela manobra vagal, a conduta é tentar reversão farmacológica. E qual é a droga de escolha? É a adenosina venosa, na dose
inicial, em bolus, de 6 mg. Se não houver reversão, faremos uma nova dose de 12 mg. Se não houver reversão, tentamos betabloqueadores ou mesmo bloqueadores do
canal de cálcio. Em caso de instabilidade hemodinâmica, entretanto, tradicionalmente escolhe-se a cardioversão elétrica emergencial com 150 J. Ora, nosso paciente
está torporoso, com pele mosqueada, pulsos finos e enchimento capilar lentificado. Há instabilidade, motivo pelo qual a letra B parece ser a melhor resposta. Acontece
que os guidelines reconhecem que a adenosina pode ser tentada mesmo em pacientes instáveis, o que é bastante diferente da abordagem de outras taquiarritmias.
Assim, poderíamos considerar também a letra A como resposta. De uma forma ou de outra, o gabarito liberado foi a letra B.

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