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C A D E R N O Nome do Candidato:

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RESIDÊNCIA MÉDICA - 2021 ASSINATURA
SALA: CARTEIRA:

ESPECIALIDADES CLÍNICAS

INSTRUÇÕES

 Verifique se este CADERNO DE QUESTÕES contém 120 questões de múltipla escolha.

 Caso não esteja completo, informe imediatamente o fiscal da sala. Não serão aceitas
D E

reclamações posteriores.

 Escreva seu nome completo, sala, carteira e assine no campo indicado.

 Utilize caneta de tinta preta ou azul.


Q U E S T Õ E S

 Responda as questões de múltipla escolha na FOLHA OBJETIVA, no espaço indicado.

 Não será permitida qualquer espécie de consulta nem o uso de aparelhos eletrônicos.

As imagens de pacientes e de exames complementares exibidos têm prévia autorização para apresentação.
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".

Boa prova!

03/Janeiro/2021
QUESTÃO 01 QUESTÃO 05
Mulher de 65 anos vem com história de fraqueza há dois meses. Homem de 55 anos, com diagnóstico de miocardiopatia
Refere temperatura de 37,5°C no período e emagrecimento de chagásica, com quadro de dispneia progressiva aos esforços,
3 kg (60 kg para 57 kg) apesar de se alimentar bem. Refere que piorou há três dias. Exame clínico: regular estado geral,
insônia e desatenção. Nega medicações em uso. Exame clínico: corado, FC = 102 bpm, rítmico, PA = 142X70 mmHg. Bulhas
BEG, corada, hidratada, eupneica. PA = 140x70 mmHg, sem rítmicas e normofonéticas, B3+ e sopro sistólico 3+/6+,
hipotensão postural, P= 110 bpm. Restante normal. Traz exames: regurgitativo, em área mitral. Murmúrio vesicular presente, com
hemograma, glicemia, creatinina e potássio normais. estertores finos em 2/3 inferiores, bilateralmente. Edema em
A medicação mais adequada para o tratamento desta paciente é: membros inferiores 2+/4+.
A conduta mais adequada é:
(A) Prednisona.
(B) Mirtazapina. (A) Furosemida IV e carvedilol VO.
(C) Ceftriaxona. (B) Dobutamina IV e captopril VO.
(D) Metimazol. (C) Dobutamina IV e carvedilol VO.
(D) Furosemida IV e captopril VO.
QUESTÃO 02
Homem de 20 anos, com antecedente de bronquite na infância QUESTÃO 06
que melhorou na pré-adolescência, apresenta crises de tosse Mulher de 40 anos vem com queixa de diarreia há dois meses.
seca e aperto no peito há três meses. Em uma das crises, São três episódios/dia de fezes líquidas, sem muco ou sangue.
procurou Pronto-Socorro, onde recebeu inalações, com melhora. Nega febre e teve redução de 65 para 63 Kg no período. Nega
Tem tido sintomas diurnos aproximadamente uma vez por mudança do padrão de alimentação. Refere estar mais ansiosa
semana. A espirometria mostra CVF=91%, devido à pandemia. Seu exame clínico é normal. Exames: anti-
VEF1=82%,VEF1/CVF = 0,74, com resposta significativa após a transglutaminase IgG normal (IgA não realizada), teste de
administração de broncodilatador. tolerância à lactose sérica em jejum e de 30 em 30 minutos:
A conduta mais adequada é: 85 mg/dL, 90 mg/dL, 95 mg/dL, 95 mg/dL, calprotectina nas fezes
diminuída, protoparasitológico de fezes com Endolimax nana,
lipase sérica normal.
(A) Budesonida+formoterol 400/12 mcg duas vezes ao dia e
salbutamol 200 mcg nas crises. A conduta mais adequada é prescrever:
(B) Budesonida 200 mcg duas vezes ao dia e
salbutamol 200 mcg nas crises. (A) Amitriptilina.
(C) Budesonida+formoterol 400/12 mcg nas crises. (B) Ivermectina.
(D) Budesonida+formoterol 200/6 mcg duas vezes ao dia e (C) Lactase.
salbutamol 200 mcg nas crises. (D) Pancreatina.

QUESTÃO 03 QUESTÃO 07
Mulher de 38 anos é internada para investigação de febre alta, Mulher de 75 anos em avaliação pré-operatória de histerectomia
com um a dois picos diários, há três meses. Refere rash total abdominal com linfadenectomia pélvica por adenocarcinoma
maculopapular pruriginoso acometendo predominantemente o de endométrio estágio T2N0M0. Refere episódios de
tronco, que surge apenas durante a febre e some completamente precordialgia atípica relacionada a episódios de estresse, mas
com a resolução da mesma. Exames com anemia de doença não aos esforços. Nega dispneia. Antecedentes: dislipidemia e
crônica, leucocitose com neutrofilia, plaquetose, aumento de diabetes mellitus há 20 anos, infarto do miocárdio há oito anos,
provas de atividade inflamatória e elevação do complemento com angioplastia primária e colocação de stent não
sérico e da ferritina. Sedimento urinário normal e ecocardiograma farmacológico e episódio de ataque isquêmico transitório há
transtorácico, com boa janela, normal. quatro anos. Está em uso de metformina, insulina NPH 10U à
O tratamento mais adequado, baseado na principal hipótese noite, amlodipino, atenolol, AAS, ciprofibrato e atorvastatina.
diagnóstica, é: Exame clínico: PA = 134x88 mmHg, FC = 88 bpm,
IMC=34 kg/m², sem sopros carotídeos, sem estase jugular.
Restante do exame também sem alterações. Exames pré-
(A) Anti-inflamatório não hormonal. operatórios: ECG = ritmo sinusal e inversão de onda T em parede
(B) Pulsoterapia de ciclofosfamida. inferior, radiografia de tórax, hemograma, função renal,
(C) Pulsoterapia de corticoide. coagulograma e eletrólitos normais. Cintilografia de perfusão
(D) Antibioticoterapia. miocárdica realizada há quatro anos = Gated 68%, hipocaptação
persistente em segmento septal de parede inferior.
Com relação à avaliação cardiológica adicional para essa
QUESTÃO 04 paciente dever-se-ia:
Homem de 25 anos apresenta hipertensão arterial. Na
investigação encontra-se relação aldosterona / atividade de (A) Proceder à cirurgia sem investigação adicional.
renina bastante elevada e nódulo de 6 cm em adrenal esquerda.
(B) Solicitar nova cintilografia de perfusão miocárdica.
Os exames mostrarão com maior probabilidade:
(C) Solicitar ecocardiograma transtorácico.
(D) Solicitar angiografia de coronárias.
(A) Hipercalemia, acidemia e hipoglicemia.
(B) Hipocalemia, alcalemia e hiperglicemia.
(C) Hipocalemia, acidemia e hiperglicemia.
(D) Hipercalemia, alcalemia e hipoglicemia.

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QUESTÃO 08 QUESTÃO 12
Homem de 82 anos compareceu à consulta com queixa de perda Mulher de 32 anos, sem queixas ou história de doença
de memória, que é pior durante o período da noite. Tem oito anos tireoidiana. Realizou exame ultrassonográfico, solicitado pelo
de escolaridade. Sua esposa relatou que ele se aposentou há um ginecologista, que revelou a presença de um nódulo sólido,
mês e, desde então, mudou sua personalidade habitual hipoecoico, de contornos irregulares, com pontos
extrovertida. Ele nega qualquer histórico de depressão. O escore hiperecogênicos sugestivos de microcalcificações, medindo
no Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi de 25/30. Durante 1,4 x 0,8 x 1,2 cm, localizado na transição do lobo direito com o
a realização do MEEM, ele reclamou várias vezes da perda de istmo. Também foi descrita a presença de um linfonodo de
memória e respondeu “não sei” para várias perguntas do teste. aspecto reacional, com hilo hiperecogênico central, medindo
A característica abaixo que sugere mais fortemente um 1,1 x 0,5 x 1,8 cm, localizado na cadeia cervical direita, nível 3.
diagnóstico de depressão em vez de demência é: Os exames de função tireoidiana mostraram TSH = 1,2 UI/mL, T4
livre = 1,2 ng/dL e anticorpos anti-tireoidianos negativos.
(A) Mudança da personalidade habitual do indivíduo. A conduta mais apropriada para este caso é:
(B) Respostas frequentes “não sei” durante o teste cognitivo.
(C) Paciente conseguir perceber a perda de memória. (A) Observação com ultrassonografia cervical em seis meses.
(D) Os sintomas serem piores durante a noite. (B) Cintilografia da tireoide.
(C) Punção aspirativa por agulha fina do nódulo da tireoide.
(D) Punção aspirativa por agulha fina do linfonodo cervical.
QUESTÃO 09
Mulher de 32 anos vem com queixas de placas eritematosas
pruriginosas e fugazes há 12 semanas. Inicialmente apresentava QUESTÃO 13
edema em lábios, cerca de duas vezes na semana. Após Homem de 19 anos, com diagnóstico de anemia falciforme, foi ao
procurar o Pronto-Socorro em várias ocasiões, onde era Pronto-Socorro por quadro de crise álgica. À ocasião,
medicada com anti-histamínicos e corticosteroides sistêmicos, apresentava hemoglobina = 6,2 g/dL, DHL = 450 U/L e
vem se automedicando com prednisona 40 mg ao dia há quatro reticulócitos = 8%. Foi solicitada transfusão de um concentrado
semanas e permanece assintomática desde então. Não identifica de hemácias. A pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) foi
causas desencadeantes. Não suspendeu o tratamento com positiva, com identificação de anti-C. Foi selecionada e
receio de retorno dos sintomas. transfundida uma unidade fenótipo compatível. Seis dias após a
Além de suspender a prednisona gradualmente, a conduta mais transfusão, o paciente retorna com quadro de febre e dor óssea.
adequada é: Exames atuais: hemoglobina = 4,2 g/dL, reticulócitos = 3,5%,
DHL = 1.200 U/L, teste da antiglobulina direto (TAD) negativo e
PAI positivo, com anti-C. O tratamento mais adequado para este
(A) Omalizumab. paciente é:
(B) Loratadina.
(C) Montelucaste. (A) Tratamento de suporte e suspensão das transfusões.
(D) Observação clínica. (B) Novas transfusões com unidades compatíveis.
(C) Novas transfusões com unidades recentes e
QUESTÃO 10 leucodepletadas.
Funcionária da limpeza de um hospital, ao torcer o esfregão, (D) Imunoglobulina intravenosa e suspensão das transfusões.
acidenta-se com agulha que se encontrava de permeio. Vem hoje
para avaliação médica, quatro dias após o acidente. Não se sabe
QUESTÃO 14
se a agulha do acidente havia sido usada em algum paciente.
A profilaxia pós-exposição de HIV nesta paciente: Mulher de 42 anos em avaliação pré-operatória para
mastectomia total com esvaziamento axilar por neoplasia de
mama estágio T2N1M0. Sedentária. Nega dispneia ou
(A) Deve ser iniciada imediatamente e mantida por um mês. precordialgia. Refere episódios de broncoespasmo
(B) Deve ser considerada após resultado de sorologia especialmente à noite, em torno de duas a três vezes por
negativa. semana, e episódios de chiado diurno quase diários.
(C) Deve ser iniciada imediatamente e reavaliada após Antecedentes: asma brônquica em uso beclometasona 250 mcg
resultado de sorologia. 12/12h e salbutamol de demanda (usa diariamente). Nega
(D) Não é recomendada. tabagismo e etilismo. Exame clínico: PA = 110x72 mmHg,
FC = 92 bpm, IMC = 35 kg/m², presença de sibilos esparsos
bilateralmente. Restante do exame sem alterações. ECG e
QUESTÃO 11 radiografia de tórax sem alterações.
Homem de 51 anos com cirrose hepática alcoólica foi submetido Com relação ao manejo perioperatório desta paciente, deve-se:
à endoscopia digestiva alta, que revelou duas varizes esofágicas
de médio e uma de grosso calibre, com red spots e sinais de (A) Associar beta-2 agonista de longa duração; iniciar
sangramento recente. Foi realizada ligadura elástica e evoluiu hidrocortisona no intra-operatório e manter por três dias
com melhora clínica e laboratorial. Na alta, apresentava após a cirurgia.
PA = 100x70 mmHg e FC = 64 bpm. (B) Associar beta-2 agonista de longa duração; iniciar
Com relação à profilaxia secundária de hemorragia digestiva, prednisona três dias antes e manter por três dias após a
este paciente provavelmente se beneficiará de: cirurgia.
(C) Trocar beclometasona por budesonida; solicitar prova de
(A) Ligadura elástica e propranolol. função pulmonar.
(B) Ligadura elástica e carvedilol. (D) Trocar beclometasona por budesonida; solicitar gasometria
(C) Propranolol. arterial em ar ambiente.
(D) Carvedilol.

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QUESTÃO 15 QUESTÃO 19
Homem de 52 anos é admitido na UTI com suspeita de Homem de 87 anos vem ao Pronto-Socorro com síndrome
COVID- 19. Por dois dias, fez uso de ceftriaxone, azitromicina, consumptiva há cinco meses e dores difusas pelo corpo. Toque
metilprednisolona 2 mg/Kg e enoxaparina 1 mg/kg 12/12 h em retal: próstata de consistência pétrea. Paciente emagrecido,
hospital de campanha, onde evoluiu com piora clínica, foi restrito ao leito, ECOG 3. Tomografias de tórax e abdome:
intubado e encaminhado a uma UTI. Exame clínico: T = 38,2°C, linfonodomegalias abdominais e pélvicas, além de múltiplas
FC = 82 bpm, FR = 30 ipm, PA = 112x78 mmHg. RASS = -5, em lesões ósseas disseminadas em ossos da pelve e coluna torácica
uso de fentanil e midazolam, relação PaO2/FIO2 = 120, em e lombar. Biópsia prostática: adenocarcinoma escore 9 (5 + 4) de
ventilação mecânica controlada, sem drogas vasoativas. Gleason, ISUP 5. PSA sérico de 1920 ng/mL (normal até
Secreção traqueal hialina à aspiração. Exame de PCR para 4 ng/mL). Mantém dores intensas apesar de analgesia otimizada.
SARS-CoV-2 positivo em secreção traqueal. Radiografia de Neste momento, o tratamento mais adequado é:
tórax: infiltrado intersticial bilateral. Exames laboratoriais:
creatinina = 1,1 mg/dL, ureia = 56 mg/dL, leucócitos = 2.500/mm3,
linfócitos = 850/mm3, plaquetas = 222.000/mm3, (A) Sedação paliativa.
D- dímero = 5.800 mcg/L. (B) Radioterapia das lesões ósseas.
Além de dexametasona, a prescrição deste paciente deve conter: (C) Quimioterapia citotóxica sistêmica.
(D) Hormonioterapia com antagonista de LHRH.
(A) Enoxaparina profilática.
(B) Enoxaparina profilática e azitromicina. ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 20 e 21:
(C) Enoxaparina terapêutica e azitromicina. Mulher de 48 anos é admitida na UTI com quadro de cefaleia
(D) Enoxaparina terapêutica. intensa, vômitos e hemiplegia direita com afasia global.
Tomografia de crânio: sangramento núcleo-capsular esquerdo.
Antecedentes: hipertensão arterial de difícil controle, dislipidemia.
QUESTÃO 16 Exame clínico: PA = 180 x 110 mmHg, FC = 92 bpm, FR = 18 ipm,
Mulher de 25 anos vem ao Pronto-Socorro por quadro de febre T = 36,8°C; SpO2 = 94%, glicemia capilar = 155 mg/dL. Escala de
esporádica há uma semana, associada a dores articulares e Glasgow = 11 (AO = 4; MRM = 6; MRV = 1), hemiplegia direita.
rigidez matinal que dura uma hora e meia. A paciente negou Restante do exame clínico normal.
corrimento vaginal e referiu atividade sexual com parceiro único
há três meses. Exame clínico: tenossinovite no dorso do pé QUESTÃO 20
direito e da mão esquerda (tendões extensores dos dedos),
poliartrite de metacarpofalangeanas e interfalangeanas O manejo mais adequado da pressão arterial sistólica deve ser
proximais de ambas as mãos e duas pequenas lesões pustulosas feito com:
na mão direita. Restante do exame clínico normal.
O tratamento mais adequado para a principal hipótese (A) Esmolol para manter < 180 mmHg.
diagnóstica desta paciente é: (B) Nitroprussiato de sódio para manter 110 – 140 mmHg.
(C) Nitroprussiato de sódio para manter 140 – 160 mmHg.
(A) Hidroxicloroquina. (D) Esmolol para manter < 220 mmHg.
(B) Ceftriaxone.
(C) Prednisona. QUESTÃO 21
(D) Metotrexate.
A paciente evoluiu com necessidade de intubação orotraqueal e
tratamento cirúrgico. Após 72 horas, em ventilação mecânica
QUESTÃO 17 controlada e realizando medidas de primeira linha para
hipertensão intracraniana (PIC = 28 mmHg), apresentava
Foram avaliados pacientes que apresentaram hematúria
sódio = 128 mEq/L (queda de 4 – 5 mEq/L/dia). Balanço hídrico
macroscópica acompanhando infecções de vias aéreas
acumulado = + 2L. Diurese nas últimas 24h = 1.200 mL.
superiores (hematúria sinfaringítica). Parte destes indivíduos
Osmolaridade urinária = 800 mOsm/L.
evoluiu para síndrome nefrótica ou glomerulonefrite rapidamente
progressiva. A conduta mais adequada neste momento é:
O diagnóstico mais provável é:
(A) NaCl 20% 40 mL em bolus e NaCl 0,9% em 24 horas.
(A) Amiloidose renal. (B) NaCl 3% 150 mL em bolus e NaCl 3% em 24 horas.
(B) Glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica. (C) NaCl 3% em 24 horas.
(C) Glomerulonefrite membrano-proliferativa. (D) NaCl 0,9% em 24 horas.
(D) Nefropatia por IgA.
QUESTÃO 22
QUESTÃO 18 Homem de 35 anos apresenta fraqueza, febre, mialgia, artralgia,
livedo reticular, nódulos subcutâneos, úlceras digitais,
A saturação de oxigênio de um homem de 45 anos é de 97% e a
mononeurite multiplex, claudicação intestinal e insuficiência
frequência cardíaca é de 80. Ao andar 50 m rapidamente, sua
cardíaca. Tomografia não mostra alterações pulmonares. Tem
frequência cardíaca eleva-se para 100 e a saturação cai para
sorologia positiva para vírus B da hepatite. O diagnóstico mais
84%. É mais provável que ele tenha:
provável é:

(A) Doença pulmonar obstrutiva crônica.


(A) Poliarterite nodosa.
(B) Asma grave.
(B) Doença de Behçet.
(C) Pneumonia intersticial.
(C) Granulomatose de Wegener.
(D) Insuficiência cardíaca congestiva.
(D) Doença de Churg – Strauss.

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QUESTÃO 23 QUESTÃO 26
Homem de 25 anos com sarcoma alveolar de partes moles em Homem de 48 anos, negro, com miocardiopatia hipertensiva com
coxa esquerda há três anos, vem com piora do controle álgico fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 28%, em uso de
nas últimas semanas. Refere dor de intensidade 8/10 na maior enalapril 20 mg de 12/12 h, carvedilol 25 mg de 12/12 h,
parte do tempo, com irradiação para terço distal de membro. Há espironolactona 50 mg/dia e furosemida 80 mg/dia. Atualmente
uma semana foi aumentada a dose do opioide em 50% com com dispneia aos esforços médios. Exame clínico:
melhora parcial (intensidade 5/10), mas com piora da náusea. PA = 142X84 mmHg, FC = 62 bpm e sem sinais de hipervolemia.
Está em uso de dipirona 2 g VO a cada 6 h, morfina 30 mg Eletrocardiograma com ritmo sinusal, bloqueio de ramo direito e
VO 4/4h e gabapentina 300 mg 3x ao dia. QRS = 128 ms. A intervenção de maior grau de recomendação
A melhor hipótese diagnóstica e conduta são: no tratamento desse paciente é:
(A) Associar ivabradina.
(A) Hiperalgesia induzida por opioide. Manter doses de morfina (B) Associar hidralazina + nitrato.
e gabapentina e associar segunda droga adjuvante. (C) Associar losartana.
(B) Hiperalgesia induzida por opioide. Trocar morfina por (D) Implantar marca-passo com ressincronização.
metadona e manter doses de resgate com morfina.
(C) Tolerância ao opioide. Reduzir dose de morfina e aumentar
QUESTÃO 27
dose de gabapetina.
(D) Tolerância ao opioide. Trocar morfina por oxicodona e Homem de 14 anos iniciou há cinco dias quadro de odinofagia e
associar segunda droga adjuvante. febre, para o qual recebeu prescrição de anti-inflamatório.
Evoluiu com piora do quadro que se associou a dor abdominal,
náusea e vômitos. Três dias depois, deu entrada no PS com
QUESTÃO 24 adinamia, sonolência, dispneia e taquicardia. Há dois dias tem
Mulher de 32 anos, sem comorbidades, está em tratamento apresentado polidipsia, poliúria e polifagia. Exame clínico: regular
anticoagulante para embolia pulmonar segmentar há quatro estado geral, torporoso, corado, desidratado ++/4+. T = 38°C;
meses. O evento ocorreu após internação em unidade de terapia FC = 100 bpm; PA = 90x60 mm Hg; FR = 30 ipm. Hálito cetônico.
intensiva por COVID-19, onde permaneceu sob ventilação Orofaringe com hiperemia e amígdalas hipertrofiadas. Exame
invasiva por 10 dias. No momento está assintomática e retornou cardiopulmonar sem outras alterações. Abdome doloroso
às suas atividades habituais. Refere que a mãe e uma tia materna difusamente à palpação superficial e profunda; descompressão
apresentaram embolia pulmonar com cerca de 30 anos, a mãe brusca negativa. Exames: glicemia = 400 mg/dL;
após viagem de avião prolongada e a tia após a gravidez. A hemoglobina = 14,9 g/dL; leucócitos = 21.000/mm 3;
suspensão da anticoagulação desta paciente: ureia = 66 mg/dL; creatinina = 1,7 mg/dL; Na = 130 mEq/L;
K= 6,0 mEq/L; Ph = 7,02; bicarbonato = 6 mEq/L;
PaCO2 = 17 mmHg; PaO2 = 100 mmHg
(A) Depende da investigação de trombofilia na paciente.
O tratamento inicial deste paciente deve incluir hidratação,
(B) Depende da investigação de trombofilia na mãe e na insulinoterapia e:
paciente. (A) Bicarbonato de sódio.
(C) Pode ser definida sem necessidade de investigação de (B) Inalação com beta2-agonista.
trombofilia.
(C) Nenhum tratamento adicional.
(D) Não pode ser realizada, independentemente da
investigação de trombofilia. (D) Ceftriaxone e metronidazol.

QUESTÃO 25 QUESTÃO 28

Homem de 60 anos, etilista, vem trazido pela esposa com Mulher de 70 anos em consulta de rotina vem com hemograma
rebaixamento do nível de consciência há dois dias. Negava febre. mostrando pancitopenia e macrocitose, com reticulócitos
Em uso de furosemida 80 mg/dia e espironolactona 200 mg/dia e diminuídos. Tem artrite reumatoide, diabetes e fibrilação atrial.
propranolol 80 mg/dia. Teve sangramento digestivo há seis Faz uso crônico de varfarina, metformina, metotrexate e
meses, quando foi feita ligadura de varizes esofágicas. Hábito omeprazol. O medicamento que MENOS provavelmente leva às
intestinal duas vezes ao dia. Dieta normal com pouca proteína alterações laboratoriais descritas é:
animal. Exame clínico: sonolento, consciente, orientado, (A) Varfarina.
flapping +, PA = 100x70 mmHg, P = 60 bpm, ictérico ++/4+, (B) Metformina.
descorado ++/4+, pulmões e coração normais, ascite pequena, (C) Omeprazol.
fígado não palpável e baço a 3 cm do rebordo costal esquerdo. (D) Metotrexate.
Membros com edema +/4+, telangiectasias em tronco. Exames:
bilirrubina total = 5,0 mg/dL, bilirrubina direta = 4,5 mg/dL,
albumina = 3,5 g/dL, INR = 1,6, ureia = 30 mg/dL, QUESTÃO 29
creatinina = 0,8 mg/dL, hemoglobina = 10 g/dL,
Comparada a uma mulher estadunidense branca de 65 anos de
leucócitos = 5000/mm3, pH = 7,32, bicarbonato = 22 mEq/L.
idade, 65 Kg de peso e 1,65 m de altura e nenhum fator de risco
No manejo do cuidado deste paciente deve-se: relevante para osteoporose, o risco de uma mulher brasileira,
com as mesmas características, apresentar uma fratura óssea
(A) Diminuir furosemida para 40 mg e espironolactona para maior por osteoporose, em 10 anos, é aproximadamente:
100 mg. (A) Três vezes menor e, portanto, o exame da densitometria
(B) Considerar que o nível de consciência seja evolução natural óssea seria dispensável.
da doença. (B) Duas vezes maior e, portanto, o exame da densitometria
(C) Hidratar, introduzir ceftriaxona e esvaziar a ascite. óssea seria recomendável.
(D) Suplementar vitamina K parenteral. (C) Igual e, portanto, o exame da densitometria óssea seria
necessário.
(D) A metade e, portanto, a densitometria óssea seria
recomendável.

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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 30 a 32: QUESTÃO 34
Homem de 62 anos, previamente hipertenso e diabético, em uso Mulher de 67 anos, vem em consulta no ambulatório com queixa
de enalapril e metformina, é admitido na UTI com quadro suspeito de astenia e perda de peso há cinco meses. Faz
de COVID-19. Estava em ventilação mecânica há dois dias em acompanhamento na oncologia por neoplasia de mama há cinco
uma UPA. Exame clínico: T = 38,2oC, FC = 92 bpm, FR = 32 ipm, anos, tratada com exérese cirúrgica, quimioterapia e radioterapia.
PA = 98x62 mmHg (PP = 18), SpO2 = 92%, Exame clínico: descorada ++/4+ e baço percutível, sem outras
glicemia = 280 mg/dL. RASS – 3 em uso de propofol 100 mg/h e alterações. Exames: Hemoglobina = 8,2 g/dL, VCM = 104 fl,
fentanil 20 mcg/h, pupilas isocóricas e fotorreagentes. Em leucócitos = 3.400/mm3, segmentados = 1.200/mm3,
ventilação mecânica, modo pressão controlada (PCV), linfócitos 800/mm3, plaquetas = 68.000/mm3.
FR = 27 ipm, FIO2 = 60%, PEEP = 10 cmH2O, P = 12 cmH2O, A hipótese mais provável é:
Vc = 480 mL (Peso predito = 80 Kg). Em uso de noradrenalina
0,05 mcg/Kg/min. Recebe dieta enteral 15 mL/h (1,5 Kcal/mL).
Diurese = 200 mL (24h), balanço hídrico (24h) = + 500 mL. (A) Deficiência de ácido fólico.
Exames laboratoriais: creatinina = 2,2 mg/dL, ureia = 262 mg/dL, (B) Síndrome mielodisplásica.
potássio = 5,2 mEq/L, sódio = 144 mEq/L, pH = 7,33, (C) Hiperesplenismo.
PaCO2 = 44 mmHg, PaO2 = 62 mmHg, bicarbonato = 22 mEq/L (D) Infiltração medular pelo câncer.
e lactato = 36 mg/dL.

QUESTÃO 35
QUESTÃO 30
Mulher de 36 anos, primigesta, 12 semanas de gestação,
Em relação ao manejo da lesão renal aguda, a próxima conduta assintomática, retorna com as seguintes sorologias:
mais adequada é:
Toxoplasmose: IgG e IgM reagentes
Rubéola: IgG e IgM não reagentes
(A) Furosemida 80 mg IV e, se diurese > 200 mL em 2 horas,
manter de horário. CMV: IgG reagente e IgM não reagente
(B) Furosemida 80 mg IV e, se diurese < 200 mL em 2 horas, EBV: IgG reagente e IgM não reagente
iniciar diálise. Hepatite B: AgHBs, Anti-HBc e Anti-HBs não reagentes
(C) Realizar expansão volêmica e balanço hídrico positivo. Hepatite A: IgG reagente e IgM não reagente
(D) Iniciar diálise. Hepatite C: não reagente
A conduta mais adequada é solicitar:
QUESTÃO 31
(A) Avidez para toxoplasmose (IgG) e vacinação para
Em relação ao controle glicêmico deste paciente, a conduta mais hepatite B e para rubéola agora.
adequada é:
(B) Avidez para toxoplasmose (IgM) e vacinação para
hepatite B e para rubéola após o parto.
(A) Insulinoterapia intravenosa com meta de glicemia capilar (C) Avidez para toxoplasmose (IgG) e vacinação para
entre 80-140 mg/dL. hepatite B agora.
(B) Fazer 6 UI de insulina regular subcutânea agora e 10 UI de (D) Avidez para toxoplasmose (IgM) e vacinação para
insulina glargina à noite. hepatite B após o parto.
(C) Fazer 6 UI de insulina regular subcutânea agora e 8 UI de
insulina NPH 8/8h.
(D) Insulinoterapia intravenosa com meta de glicemia capilar QUESTÃO 36
entre 140-180 mg/dL. Homem de 32 anos é trazido para atendimento no Pronto-
Socorro devido a quadro de dificuldade respiratória e fraqueza
muscular após discussão familiar. Tem hipertensão de difícil
QUESTÃO 32 controle há vários anos. Exames: K+ = 2,2 mEq/L; pH = 7,52;
Em relação à terapia nutricional, a conduta mais adequada para PvCO2 = 34 mmHg; bicarbonato = 28 mEq/L. A tabela resume os
o dia de hoje é: exames da última consulta ambulatorial.

(A) Suspender a dieta enteral e prescrever glicose 5% Exame laboratorial Resultado


1000 mL/24h.
TSH e T4 livre Normais
(B) Manter a velocidade de infusão da dieta enteral.
(C) Modificar para dieta para diabetes e manter velocidade de Cortisol urinário Normal
infusão. Potássio urinário Aumentado
(D) Aumentar a dieta para 40 mL/h e, após 24 horas, para Sódio urinário Reduzido
55 mL/h.
Atividade de renina plasmática Reduzida
Aldosterona plasmática Reduzida
QUESTÃO 33
Homem de 50 anos vem para consulta de rotina. Refere usar
medicação prescrita por psiquiatra, mas não sabe o nome. Traz O tratamento mais adequado é:
exames recentes, dentre os quais Na = 160 mEq/L. A medicação
que provavelmente este paciente utiliza é: (A) Acetazolamida.
(B) Dexametasona.
(A) Carbonato de lítio. (C) Espironolactona.
(B) Carbamazepina. (D) Amilorida.
(C) Fenitoína.
(D) Desvenlafaxina.
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QUESTÃO 37 QUESTÃO 41
Homem de 66 anos, tabagista (50 maços-ano), com antecedente Homem de 56 anos, hipertenso e com sobrepeso, está internado
de câncer de cólon operado há sete anos, vem em consulta na unidade de terapia intensiva há três dias por quadro de
devido a nódulo pulmonar identificado em radiografia de tórax insuficiência respiratória decorrente de COVID-19. O paciente
durante avaliação pré-operatória para cirurgia de correção de está sedado, sob ventilação mecânica há 36 horas, no modo
hérnia incisional. Está assintomático e sem alterações ao exame volume controlado: volume corrente = 480 mL, frequência
clínico. Tomografia de tórax: nódulo de 3,6 cm em ápice pulmonar respiratória = 32 ipm, fluxo = 60 L/min (quadrado),
esquerdo. Tomografia de abdome: normal. Dosagem sérica de PEEP =11 cmH20, pressão de pico = 40 cmH20, pressão de
antígeno carcinoembrionário: 15,6 microgramas/L (valor normal platô = 26 cmH2O, FIO2 = 60%, sem sinais de assincronia.
até 5,0 microgramas/L). Gasometria arterial: pH = 7,25, PaCO2 = 50 mmHg,
A conduta mais adequada neste momento é: PaO2 = 65 mmHg, Sata O2 = 91%, bicarbonato = 26 mEq/L. Peso
predito = 80 Kg.
(A) Quimioterapia paliativa. A conduta mais adequada para esse paciente é:
(B) Biópsia do nódulo.
(C) Colonoscopia. (A) Colocar o paciente em posição prona.
(D) Lobectomia associada à linfadenectomia. (B) Aumentar o volume corrente para 640 mL.
(C) Iniciar bloqueio neuromuscular.
(D) Aumentar PEEP para 15 cm H2O, após manobra de
QUESTÃO 38 recrutamento.
Homem de 38 anos com anemia falciforme e necrose asséptica
da cabeça do fêmur retorna para seguimento ambulatorial. Está
em uso de paracetamol 500 mg via oral a cada 6 h, QUESTÃO 42
oxicodona 10 mg duas vezes ao dia, lactulose 10 mL três vezes Mulher de 42 anos está internada por COVID-19 há três dias.
ao dia e bisacodil 10 mg duas vezes ao dia. Apresenta dor Está em uso de cateter de O2 3 L/min e recebendo
controlada, tem apetite preservado, sem dispneia, mas queixa de dexametasona 6 mg IV uma vez ao dia. Exame clínico:
obstipação, com hábito intestinal a cada cinco dias, com fezes PA = 100/74 mmHg, FC = 94 bpm, SatO2 = 92 e pulmões com
ressecadas. Exame clínico: abdome levemente timpânico a estertores grossos difusos. Restante do exame sem alterações.
percussão, sem dor à descompressão brusca. Há uma hora cefaleia holocraniana e rebaixamento do nível de
A medicação a ser associada para o tratamento da obstipação consciência. Foi realizada tomografia de crânio, cuja imagem é
intestinal é: apresentada.

(A) Senna.
(B) Polietilenoglicol.
(C) Supositório glicerina.
(D) Docusato de sódio.

QUESTÃO 39
Mulher de 61 anos com queixa de cefaleia recorrente há um mês,
bitemporal, associada a dor e rigidez nos ombros. Antecedentes
pessoais: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo 2
insulino-dependente e doença arterial coronariana com
angioplastia há um ano. Exame clínico: IMC 34 kg/m 2,
hipersensibilidade à palpação do couro cabeludo, sem lesões
cutâneas; dor à movimentação de ombros, com força preservada.
Restante do exame sem alterações.
A causa mais provável para a dor nos ombros é:
A conduta terapêutica mais adequada para esta paciente é:
(A) Polimiosite.
(A) Descompressão cirúrgica.
(B) Fibromialgia.
(B) Heparinização plena.
(C) Polimialgia reumática.
(C) Antiagregação plaquetária.
(D) Síndrome miofascial.
(D) Trombólise endovascular.

QUESTÃO 40
QUESTÃO 43
Homem de 60 anos, previamente hipertenso e diabético, será
submetido à cirurgia de revascularização do miocárdio. Está Mulher de 90 anos, viúva, vem à consulta ambulatorial trazida por
hospitalizado há 36 horas. um dos filhos por apatia há seis semanas. Frequentava sempre
a igreja, porém nesse período não quer mais sair de casa. O
Em relação à antibioticoprofilaxia, a conduta mais adequada é:
apetite está reduzido, perdeu 4 kg e também está com dificuldade
(A) Vancomicina duas horas antes, com repetição para dormir. Tem antecedentes de hipertensão arterial,
intraoperatória após quatro horas. constipação crônica e quedas frequentes.
(B) Cefuroxima duas horas antes, sem repetição A melhor opção de tratamento para esta paciente é:
intraoperatória.
(A) Amitriptilina.
(C) Clindamicina uma hora antes, sem repetição
(B) Fluoxetina.
intraoperatória.
(C) Bupropiona.
(D) Cefazolina uma hora antes, com repetição intraoperatória
após quatro horas. (D) Mirtazapina.

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QUESTÃO 44 QUESTÃO 47
Mulher de 68 anos, oriental, vem em consulta com queixa de dor Mulher de 60 anos, diabética há 10 anos, está internada há três
em coxa direita iniciada há um mês, inespecífica, de ritmo dias por coma hiperosmolar, desencadeado por infecção urinária.
mecânico, sem outros sintomas, com alívio apenas temporário Foi hidratada, recebeu insulina regular em bomba de infusão por
quando faz uso de analgésico comum. Antecedentes: dois dias e ceftriaxona. Em casa usava metformina 850 mg nas
hipertensão arterial, dislipidemia e osteoporose. Faz uso de três refeições e empagliflozina, 25 mg/dia. Hoje, está em uso de
losartana, anlodipino e sinvastatina há 10 anos e alendronato há insulina NPH 12 U/dia (em duas doses) e insulina regular
sete anos. Exame clínico: dor à mobilização do quadril direito, conforme glicemia capilar pré-refeições. Exames de hoje:
sem outras alterações. glicemia de jejum = 120 mg/dL, ureia = 50 mg/dL,
creatinina = 1,6 mg/dL, peptídeo C elevado, HbA1c = 11%. Foi
decidido por alta hoje, com seguimento ambulatorial.
O tratamento hipoglicemiante mais adequado para esta paciente
é:

(A) Insulina NPH e metformina.


(B) Insulina NPH e glicazida.
(C) Empagliflozina e metformina.
(D) Empaglifozina e glicazida.

QUESTÃO 48
Mulher de 29 anos com diagnóstico de hipertensão arterial
sistêmica desde a primeira gestação. Está na 8ª semana de uma
segunda gestação, em uso de enalapril 20 mg 12/12 horas e
hidroclorotiazida 12,5 mg uma vez ao dia. Assintomática. Exame
clinico sem alterações, PA = 120/74 mmHg.
A melhor conduta no momento é:

(A) Trocar medicações para losartana e atenolol.


(B) Suspender enalapril.
(C) Trocar medicações para nifedipino e metildopa.
Faz parte do tratamento desta paciente: (D) Suspender hidroclorotiazida.

(A) Associar cálcio e vitamina D.


QUESTÃO 49
(B) Suspender alendronato.
(C) Substitutir alendronato por ácido zoledrônico. Mulher de 53 anos é admitida com quadro de cólica ureteral
recorrente. Nega poliúria, polidipsia, fraqueza muscular, dores
(D) Avaliar adesão ao tratamento.
ósseas ou fraturas. Ex-tabagista de 50 maços-ano, parou há três
anos. Relata constipação intestinal há três meses, com melhora
QUESTÃO 45 com uso de lactulose. Exames laboratoriais: cálcio
total = 12,8 mg/dL, fósforo = 2,3 mg/dL, creatinina = 0,77 mg/dL,
Mulher de 20 anos, gestante de 10 semanas, foi encaminhada 25-OH-vitamina D = 7 ng/dL; PTH = 232 pg/mL.
pelo obstetra por apresentar sorologia reagente para sífilis.
Para indicação de paratireoidectomia é necessário:
Refere quadro de urticária generalizada e hipotensão 30 minutos
após a administração de penicilina benzatina aos 15 anos. Nega
uso do medicamento posteriormente ou sintomas semelhantes (A) Ultrassonografia cervical.
com qualquer outro medicamento. Já foi medicada com (B) Cintilografia com sestamibi tecnécio-99m.
cefalexina em duas ocasiões sem reações adversas. (C) Investigar neoplasia maligna.
A conduta mais adequada é: (D) Nenhum outro exame.

(A) Iniciar tratamento com penicilina benzatina.


QUESTÃO 50
(B) Iniciar tratamento com estolato de eritromicina.
(C) Comprovar alergia à penicilina com teste cutâneo e Mulher de 22 anos foi ferroada por abelha há uma semana. Após
dessensibilizar, se positivo. 10 minutos, iniciou quadro de urticária em todo corpo e dispneia.
Na investigação inicial após uma semana, a pesquisa de IgE
(D) Solicitar RAST para penicilina e, se negativo, liberar o uso
sérica específica foi não reagente para veneno de abelha
de penicilina.
(0,20 kU/L).
A conduta mais adequada é:
QUESTÃO 46
Mulher de 37 anos em tratamento para artrite reumatoide (A) Fazer investigação para outra causa de anafilaxia com
apresenta anemia com ferro sérico = 26 ug/dL e ferritina testes cutâneos.
sérica = 110 ng/mL. A anemia desta paciente se caracteriza por: (B) Fazer testes cutâneos para alergia a veneno de abelha
neste momento.
(A) Elevação da hepcidina e liberação da ferroportina. (C) Repetir a pesquisa de IgE sérica específica após quatro
(B) Elevação da hepcidina e bloqueio da ferroportina. semanas do evento.
(C) Queda da hepcidina e liberação da ferroportina. (D) Fazer investigação para outra causa de anafilaxia com IgE
sérica específica.
(D) Queda da hepcidina e bloqueio da ferroportina.

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QUESTÃO 51 QUESTÃO 55
Homem de 80 anos vem ao Pronto-Socorro em anúria há 24 h. Homem de 62 anos em avaliação pré-operatória para
Detectou-se retenção urinária e coloca-se sonda de alívio com nefrectomia parcial por neoplasia renal estágio T3N0M0. Faz
saída de 1200 mL de urina. Antes da sondagem, seus exames caminhadas diárias de 30 min. Nega dispneia aos esforços,
mostravam ureia = 96 mg/dL e creatinina = 2,8 mg/dL. No ortopneia ou dispneia paroxística noturna. Nega precordialgia
primeiro dia de internação, urinou três litros. Recebeu três litros aos esforços. Antecedentes: diabetes mellitus há 40 anos,
de soro fisiológico IV e no segundo dia urinou quatro litros. hipertensão arterial há 25 anos e doença renal crônica. Nega
A sequência dos eventos fisiopatológicos que devem ter ocorrido tabagismo e etilismo. Exame clínico: PA = 140x 86 mmHg,
neste paciente, após a desobstrução urinária, são FC = 92 bpm, IMC = 28 kg/m². Restante do exame sem
respectivamente: alterações. Exames pré-operatórios: ECG e radiografia de tórax
sem alterações, hemoglobina = 10,8 g/dL,
leucócitos = 6.800/mm³, plaquetas 410.000/mm³,
(A) Hipovolemia, deficiência da ação do hormônio anti- ureia = 68 mg/dL, creatinina = 1,6 mg/dL, sódio = 141 mEq/L,
diurético. K = 4,9 mEq/L, clearance de creatinina = 46 mL/min, glicemia de
(B) Deficiência da ação do hormônio anti-diurético, perda do jejum 180 mg/dL, hemoglobina glicada = 8,9%.
sistema de contra corrente da medula renal. Com relação à profilaxia de tromboembolismo venoso para este
(C) Perda do sistema de contra corrente da medula renal, paciente, a melhor opção é:
hipovolemia.
(D) Deficiência da ação do hormônio anti-diurético, (A) Enoxaparina 40 mg SC ao dia por 10 dias.
hipovolemia.
(B) Heparina não fracionada 5.000 U SC de 12/12 h por quatro
semanas.
QUESTÃO 52 (C) Enoxaparina 40 mg SC ao dia por quatro semanas.
Homem de 88 anos, internado por exacerbação de DPOC e (D) Heparina não fracionada 5.000 U SC de 12/12 h por 10
quadro demencial, apresenta melhora progressiva, porém dias.
persiste com grande quantidade de secreção pulmonar clara.
Está em uso de ceftriaxona, azitromicina, hidrocortisona,
escopolamina, heparina, colírio de atropina sublingual e inalação QUESTÃO 56
com ipratrópio. Homem de 62 anos procura o Pronto-Socorro com queixa de
Dentre as alternativas, a medicação que MENOS auxilia no equimoses não relacionadas a trauma, febre vespertina e astenia
manejo da secreção é: há uma semana. Exames: Hemoglobina = 8,9 g/dL;
leucócitos = 3.400/mm3, com presença de 36% blastos grandes
e granulares, alguns com bastonete de Auer,
(A) Hidrocortisona. plaquetas = 5.000/mm3, fibrinogênio = 85 mg/dL, INR = 1,7.
(B) Escopolamina. Durante o atendimento, o paciente apresentou convulsão tônico-
(C) Colírio de atropina. clônica e encontra-se inconsciente após a crise, com pupilas
(D) Ipratrópio. midriáticas e fotoreagentes.
Além de plaquetas e ácido transretinoico, a conduta inicial para a
principal hipótese do quadro neurológico deve incluir a infusão
QUESTÃO 53 de:
Houve um ataque bioterrorista no metrô de uma cidade. Os (A) Plasma congelado e complexo protrombínico.
sintomas das vítimas variam desde dispneia leve até asfixia, (B) Plasma congelado e crioprecipitado.
gasping, cianose, crise convulsiva e parada cardiorrespiratória
(C) Crioprecipitado.
em assistolia. Não foram observadas fasciculações musculares
ou outras alterações segmentares ao exame neurológico nem (D) Complexo protrombínico.
alterações do diâmetro das pupilas. Além disso, nenhuma lesão
de pele ou de mucosas foi identificada nos pacientes expostos.
QUESTÃO 57
O antídoto ou terapia que deve ser providenciado para
atendimento dos pacientes é: Homem de 45 anos, usuário de drogas injetáveis, apresentou
febre, mialgia, dor faríngea à deglutição e mal-estar geral há 15
dias. Foi tratado com amoxicilina por cinco dias, com melhora dos
(A) Pralidoxima. sintomas. Após cinco dias, vem ao Pronto-Socorro com artralgia,
(B) Naloxona. parestesias e manchas avermelhadas em membros inferiores.
(C) Hemodiálise. Exame clínico: descorado +/4+, normotenso, sem
(D) Tiosulfato de sódio. adenomegalias, com petéquias confluentes em membros
inferiores e áreas de livedo reticular. Exames complementares:
Hemoglobina = 10 g/dL, leucócitos = 8500/mm3,
3
QUESTÃO 54 plaquetas = 180.000/mm , VHS = 55 mm/h, FAN negativo,
A alternativa que melhor correlaciona fatores de risco e protetor C3= 88 mg/dL, C4 = 5 mg/dL, exame de urina com proteinúria
para câncer de mama é: +/4+ e 80 hemácias/campo.
A alternativa que contem possíveis diagnósticos para este
paciente é:
FATOR DE RISCO FATOR PROTETOR (A) Púrpura de Henoch-Schönlein, urticária vasculite e lúpus
eritematoso sistêmico.
(A) Menarca precoce tardia
(B) Poliangeite microscópica, vasculite pós-estreptocócica e
(B) Menopausa precoce tardia vasculite reumatoide.
(C) Paridade multípara nulípara (C) Púrpura de Henoch-Schönlein, crioglobulinemia e vasculite
(D) 1ª gestação jovem tardia ( > 30 anos) por hipersensibilidade a droga.
(D) Vasculite pós-estreptocócica, crioglobulinemia e doença do
soro crônica.

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QUESTÃO 58 QUESTÃO 61
Mulher de 28 anos, procedente de São Paulo, administradora, Homem de 45 anos, afrodescendente, vem em acompanhamento
procura Pronto-Socorro com história de seis dias de febre não por hipertensão arterial de difícil controle há seis meses. É
medida, calafrios, astenia, mialgia e cefaleia frontal. Há dois dias assintomático e, desde o início do tratamento, passou a fazer
cansaço, tosse seca, náuseas e dor abdominal. Nega caminhadas diárias e adequou sua dieta, tendo perdido seis Kg
antecedentes mórbidos. Realizou trilha em área de mata há no período. Foram afastadas causas secundárias e não há
15 dias. Foi vacinada contra hepatite B (três doses) e febre evidências de má aderência. Exame clínico: PA 150/94 mmHg,
amarela há dois anos. Exame clínico: regular estado geral, FC = 78 bpm, peso = 88 kg, altura = 1,80 m, IMC = 27,2 kg/m 2,
descorada +/4+, ictérica +/4+, hemorragia conjuntival, restante sem alterações. Está em uso de enalapril 20 mg duas
T = 37,4o C. Ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações, vezes ao dia, amlodipina 10 mg à noite e hidroclorotiazida 25 mg
abdome doloroso difusamente à palpação, fígado a 3 cm do pela manhã.
rebordo costal direito, doloroso. Petéquias em membros A conduta mais adequada no manejo do cuidado deste paciente
inferiores. Exames laboratoriais: Hemoglobina = 10,4 g/dL, é:
hematócrito = 31%, leucócitos = 12.060/mm3 (70% neutrófilos,
18% linfócitos e 12% monócitos), plaquetas = 65.000/mm 3,
ureia = 76 mg/dL, creatinina = 2,1 mg/dL, CPK = 716 mg/dL, (A) Associar espironolactona.
ALT = 128 U, AST = 110 U, bilirrubina direta = 2,3 mg/dL, (B) Associar atenolol.
bilirrubina indireta = 0,7 mg/dL, Na = 136 mEq/L e K = 2,9 mEq/L. (C) Dividir a dose de amlodipina em duas tomadas.
O tratamento mais adequado para este paciente é: (D) Aguardar o efeito das mudanças de hábito de vida.

(A) Ceftriaxone. QUESTÃO 62


(B) Remdesevir.
Homem de 58 anos, assintomático, passa em consulta médica
(C) Dexametasona. de rotina para mostrar resultado de exames. Não faz
(D) Doxiciclina. acompanhamento médico há mais de 30 anos. É sedentário e
tabagista de 40 maços.ano. Exame clínico: peso = 110 kg,
altura = 1,70 m, PA = 160X90 mmHg, FC = 80 bpm. Restante do
QUESTÃO 59 exame sem alterações. Hemoglobiona = 12,0 g/dL,
Homem de 60 anos tem diagnóstico de doença pulmonar glicemia = 108 mg/dL, HbA1c = 6,7 %, ureia = 54 mg/dL,
obstrutiva crônica há três anos. Está em tratamento com creatinina = 1,7 mg/dL. Uma nova dosagem após três meses
broncodilatador de demanda de curta duração. Apresenta índice mostrou glicemia = 98 mg/dL e HbA1c = 6,6%.
de dispneia modificado do Medical Research Council (mMRC) de Com relação ao manejo dos achados glicêmicos, além de
1 e COPD Assessment Test (CAT) de 9. Foi internado por uma orientação de mudanças de hábitos alimentares e de vida,
exacerbação há seis meses e apresentou nova exacerbação há recomenda-se:
dois meses, que foi tratada ambulatorialmente. Exames
complementares atuais: VEF1 pós-broncodilatador = 65% do
previsto; SpO2 = 94% (ar ambiente); eosinófilos = 88/mm3. (A) Introduzir glicazida.
O tratamento de manutenção mais adequado é: (B) Introduzir empagliflozina.
(C) Introduzir metformina.
(D) Não introduzir nenhum medicamento.
(A) Corticoide inalatório e anticolinérgico inalatório de longa
duração.
(B) Corticoide inalatório e beta-2 agonista de longa duração. QUESTÃO 63
(C) Anticolinérgico inalatório de longa duração. Homem de 60 anos com história de aumento do volume
(D) Beta-2 agonista de longa duração e anticolinérgico abdominal, acompanhado de edema progressivo de membros
inalatório de longa duração. inferiores há cerca de três meses. Refere dispneia que melhora
quando se deita. É hipertenso mal controlado há 10 anos e bebe
duas doses de destilado ao dia há dois anos. Nega tabagismo. O
QUESTÃO 60 exame subsidiário que tem maior probabilidade de estar alterado
Homem de 72 anos, advogado em atividade, com antecedente neste paciente é:
de hipertensão essencial, diabetes mellitus, cardiopatia
isquêmica, faz uso de AAS, metformina, insulina, enalapril,
hidroclorotiazida, atenolol e atorvastatina. É admitido na (A) NT-Pro BNP.
enfermaria com diagnóstico de COVID-19. Exame clínico: (B) Fator V.
PA = 138 x 94 mmHg; T = 37,3°C; FC = 60 bpm; FR = 20 ipm; (C) Proteinúria/Creatinúria.
SpO2 = 96% (com cateter nasal de O2 3L/min). Consciente e (D) Creatinina sérica.
orientado. São prescritos ceftriaxone, azitromicina,
hidroxicloroquina e prednisona, sem documentação de
consentimento do paciente. Estava sem queixa de dispneia ou QUESTÃO 64
dores e evoluiu com parada cardiorrespiratória súbita e óbito. Homem de 45 anos apresenta dores abdominais recorrentes,
Os princípios bioéticos que foram desrespeitados neste contexto taquicardia persistente, hipertensão arterial, neuropatia
são: periférica, alterações psiquiátricas e hiponatremia.
O diagnóstico mais provável é:
(A) Não-maleficência e justiça.
(B) Não-maleficência e autonomia. (A) Hemocromatose.
(C) Justiça e beneficência. (B) Síndrome carcinoide.
(D) Autonomia e beneficência. (C) Amiloidose.
(D) Porfiria intermitente aguda.

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QUESTÃO 65 QUESTÃO 69
Mulher de 42 anos, em tratamento de linfoma, portadora de Homem de 82 anos em avaliação pré-operatória para correção
cateter de longa permanência, realizou quimioterapia há três de hérnia inguinoescrotal. Antecedentes: diabetes mellitus há 40
semanas e apresenta contagem absoluta de neutrófilos de 350 anos, hipertensão arterial há 25 anos, acidente vascular cerebral
células/mm3. Evoluiu com quadro de febre e choque. Você foi há dois anos e depressão há um ano. Em uso de metformina,
avisado pelo serviço de microbiologia que as duas amostras de gliclazida, amlodipina, AAS, enalapril, hidroclorotiazida, sertralina
hemoculturas coletadas estão positivas para cocos Gram- e clonazepam. Tem hipoacusia e faz uso irregular de aparelho
positivos, catalase positivo e coagulase positivo. A amostra de auditivo. Ex-tabagista de 40 maços-ano, parou há 15 anos. Ex-
sangue retirada do cateter positivou quatro horas antes da etilista de destilados diariamente, parou há 12 anos. Fica apenas
amostra de sangue periférico. dentro de casa. Independente para ABVDs e dependente para
O diagnóstico mais provável é: AIVDs. Nega dispneia ou precordialgia. Exame clínico:
PA = 150x88 mmHg, FC = 76 bpm, IMC = 22 kg/m². Restante do
exame sem alterações. A conduta mais adequada em relação ao
(A) Infecção relacionada ao cateter por Staphylococcus manejo do risco de delirium deste paciente é:
aureus.
(B) Bacteremia não relacionada ao cateter por Staphylococcus
aureus. (A) Manter clonazepam e sertralina.
(C) Infecção relacionada ao cateter por Streptococcus viridans. (B) Suspender clonazepam e manter sertralina.
(D) Bacteremia não relacionada ao cateter por Streptococcus (C) Suspender clonazepam e sertralina.
viridans. (D) Trocar clonazepam por quetiapina e manter sertralina.

QUESTÃO 66 QUESTÃO 70
Homem de 70 anos, hipertenso e diabético há 10 anos, com mau Homem de 76 anos, com diagnóstico de câncer de sigmoide, foi
controle, vem com história de vômitos e queda do estado geral internado para realização de retossigmoidectomia. Apresenta
há três dias. Exame clínico: PA = 180x100 mmHg, FC = 100 bpm, hematoquezia diariamente. Evoluiu com dispneia súbita e dor
descorado +/4+, em anasarca, ausculta cardíaca normal, torácica no segundo dia de internação. Realizou angiotomografia
pulmões com crepitação fina em metade de ambos hemotóraces de tórax, com diagnóstico de tromboembolismo pulmonar e
e abdômen com fígado a 2 cm do rebordo costal direito, doloroso. trombose venosa profunda de veia femoral direita. Está
Exames: Hemoglobina = 10 g/dL, ureia = 250 mg/dL, creatinina = hemodinamicamente estável. Tem proposta de realizar cirurgia
8 mg/dL e relação proteinúria/creatinúria = 4,0. Ultrassonografia em três dias. Exames laboratoriais: Hemoglobina = 7,9 mg/dL,
renal: rins com 11 cm. leucócitos = 10.200/mm3, ureia = 55 mg/dL,
Na investigação das alterações renais descritas, devemos fazer: creatinina = 1,1 mg/dL, glicemia = 88 mg/dL,
albumina = 3,2 mg/dL, ferritina = 8 mg/dL.
A conduta recomendada neste caso é:
(A) Biópsia renal.
(B) Eletroforese de proteínas.
(A) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular e
(C) Fundoscopia. antecipar cirurgia.
(D) Sorologia para hepatite C. (B) Anticoagulação com heparina de baixo peso molecular e
adiar a cirurgia.
QUESTÃO 67 (C) Filtro de veia cava e antecipar cirurgia.
Mulher de 64 anos está internada na UTI com quadro confirmado (D) Filtro de veia cava, profilaxia com heparina de baixo peso
de COVID-19. Está em uso de ventilação não-invasiva com molecular e adiar a cirurgia.
FiO2 = 70%, FR = 40 ipm, EPAP = 8 cm H2O, IPAP = 12 cmH2O,
Vc = 600 mL. Peso predito = 60 Kg. Você opta pela intubação e
QUESTÃO 71
a paciente é colocada em modo volume controlado (VCV),
PEEP = 10 cmH2O, FIO2 = 100%, Vc = 360 mL, fluxo = 30 L/min, Homem de 45 anos, com história quatro meses de síndrome
pressão de platô = 24 cmH2O, FR = 20 ipm. Após a intubação, a consumptiva, alteração comportamental e crises convulsivas
paciente evoluiu com parada cardiorrespiratória em atividade tônico-clônicas generalizadas. A ressonância nuclear magnética
elétrica sem pulso. evidenciou hidrocefalia, atrofia cortical e quebra de barreira.
A causa mais provável da parada cardiorrespiratória é: Líquor com proteínas = 180 mg/dL, 240 células (62% linfócitos,
10% monócitos e 28% neutrófilos) e adenosina
deaminase = 48 U/L. O exame anti-HIV foi reagente, com
(A) Pneumotórax. linfócitos T CD4 = 35 células/mm3 e PCR
(B) Atelectasia. HIV= 324.000 copias/mL (5,51 log).
(C) Intubação seletiva. A conduta mais adequada para este paciente é:
(D) Acidose respiratória.
(A) RIPE + corticoide juntamente com Tenofovir + Lamivudina
+ Dolutegravir.
QUESTÃO 68
(B) Aguardar resultado do teste rápido molecular para
Dado o seguinte exame de urina I: densidade 1005, sangue +++, Mycobacterium tuberculosis.
Leucócitos 1000/mL, hemácias: 1000/mL.
(C) Aguardar resultado da PCR para Mycobacterium
O diagnóstico mais provável é: tuberculosis.
(D) RIPE + corticoide e aguardar dois meses para início de
(A) Glomerulonefrite difusa aguda. Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir.
(B) Anemia falciforme.
(C) Carência de vitamina B12.
(D) Malária grave.

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QUESTÃO 72 QUESTÃO 75
Homem de 52 anos vem ao Pronto-Socorro às 07h30 trazido por Homem de 45 anos, com queixa de dor epigástrica em cólica,
familiares porque acordou às 06h30 com dificuldade para náuseas e vômitos há quatro dias e, há dois dias, tosse seca e
movimentar os membros do lado esquerdo do corpo. Foi dormir dispneia. Já teve outros episódios de dor abdominal no último
às 23h30h sem sintomas. Antecedentes: hipertensão, diabetes ano, sem dispneia, mas não procurou atendimento. Nega
mellitus e dislipidemia. Exame clínico: PA = 160 x 100 mmHg, hiporexia, mas perdeu 5 kg nos últimos seis meses. Refere
FC = 82 bpm, FR = 18 ipm, SpO2 = 96%, T = 36,6oC, glicemia etilismo de cerca de 1 litro de pinga ao dia, há 10 anos. Exame
capilar = 162 mg/dL. Escala de coma de Glasgow = 15, clínico: PA = 100/70 mmHg, P = 98 bpm, T = 36,6° C, emagrecido,
hemiplegia esquerda desproporcionada, sem afasia ou descorado +/4+, desidratado +/4+; pulmões com ausência de
negligência. NIHSS = 6. Ritmo cardíaco regular. Restante do murmúrio vesicular em metade inferior do hemitórax esquerdo;
exame normal. Realizadas tomografia e angiotomografia de dor à palpação profunda de abdômen superior e macicez móvel
crânio, que não demonstraram alterações observáveis presente. Restante do exame sem alterações. Uma radiografia
(ASPECTS = 10, sem obstrução de grandes vasos). de tórax é mostrada. Hemoglobina = 10,8 g/dL,
O próximo passo no atendimento deste paciente é: leucócitos = 7.200/mm3, plaquetas 180.000/mm3, proteína total
sérica = 7 mg/dL, albumina sérica = 3,8 mg/dL.
(A) Trombectomia em caso de mismatch em exame de
neuroimagem avançada.
(B) Trombólise em caso de mismatch em exame de
neuroimagem avançada.
(C) Trombólise imediata.
(D) Ácido acetilsalicílico.

QUESTÃO 73
Homem de 32 anos é admitido na UTI por politraumatismo com
trauma cranioencefálico e contusão pulmonar. Evoluiu com
quadro compatível com morte encefálica. O exame neurológico é
compatível com o diagnóstico. Será realizado o teste de apneia.
Gasometria arterial (FiO2 = 1): pH = 7,26, PaO2 = 100 mmHg,
PaCO2 = 50 mmHg, bicarbonato = 24 mEq/L. Parâmetros
ventilatórios: VCV, PEEP = 5 cm H2O, Vc = 360 mL (6 mL/Kg),
FR = 18 ipm, fluxo = 40 L/min, PPL = 25 cmH2O.
Os passos subsequentes para proceder ao teste de apneia são:

(A) Otimizar PEEP, aumentar FR, documentar PaCO2 em faixa


de normalidade e realizar teste de apneia em CPAP.
O exame de liquido pleural com maior probabilidade de ser
(B) Aumentar FR, documentar PaCO2 em faixa de normalidade
encontrado neste paciente é:
e realizar teste de apneia com cateter intratraqueal a
6 L/min.
(C) Otimizar PEEP, aumentar volume corrente, documentar (A) Proteínas totais = 3 g/dL.
PaO2 > 200 mmHg e PaCO2 em faixa de normalidade e (B) Adenosina deaminase = 80 U/L.
realizar o teste de apneia em CPAP. (C) Triglicérides = 2.000 mg/dL.
(D) Não é possível realizar o teste de apneia neste caso. (D) Amilase = 1.000 U/L.

QUESTÃO 74 QUESTÃO 76
Mulher de 73 anos chega ao consultório com seu marido, muito Mulher de 34 anos, hígida, com diagnóstico de COVID-19, está
preocupado, referindo que sua mulher até 15 dias atrás fazia todo na UTI há seis dias e intubada há cinco dias. Foi curarizada por
o serviço de casa, quando caiu da própria altura. Após alguns 72 horas após a intubação, com três sessões de prona. Evolui
dias, passou a ficar apática, inapetente, com flutuação da nas últimas 4 horas com piora de hipoxemia e choque. Ao exame:
consciência e dificuldade de marcha. Era funcional e T = 37,2°C, FC = 132 bpm, FR = 32 ipm, PA = 80 x 60 mmHg,
independente para atividades da vida diária. Faz uso de SpO2 = 80%. RASS – 3, em uso de fentanil 20 mcg/h +
enalapril 20 mg duas vezes ao dia, clortalidona 25 mg uma vez propofol 150 mg/h. Em ventilação mecânica, modo pressão
ao dia e AAS 100 mg uma vez ao dia. Exame clínico: controlada (PCV): PEEP = 16 cmH2O, FIO2 = 100%,
PA = 140 x 60 mmHg, FC = 88 bpm, FR = 18 ipm, T = 35,6°C. P = 12 cm H2O, Vc = 240 mL (Peso predito = 60 Kg). Realizada
Desorientada e desatenta, sem déficits motores. Ritmo cardíaco ultrassonografia point-of-care: ventrículo direito dilatado com
com extra-sístoles eventuais. Sem outras alterações ao exame. movimento paradoxal do septo interventricular, ventrículo
O próximo passo na investigação diagnóstica é: esquerdo hiperdinâmico, veias femorais e poplíteas
compressíveis, presença de linhas B com consolidações
(A) Holter cardíaco de 24 horas. subpleurais em ambos hemitóraces, com deslizamento pleural
ausente.
(B) Rastreamento infeccioso.
A próxima conduta a ser realizada é:
(C) Tomografia computadorizada de crânio.
(D) Dosagem de TSH, T4 livre e vitamina B12.
(A) Reduzir PEEP e aumentar volume corrente.
(B) Trombólise química.
(C) Anticoagulação plena.
(D) Toracocentese de alívio bilateral.

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QUESTÃO 77 QUESTÃO 81
Mulher de 66 anos, hipertensa, em uso de enalapril 10 mg/dia, Homem, 38 anos, admitido no Pronto-Socorro com intensa dor
sem seguimento médico regular, procura atendimento devido a precordial há uma hora, após uso de cocaína inalatória. Sabe ter
desconforto abdominal inespecífico há dois meses. Nega outras hipertensão e dislipidemia, mas não faz acompanhamento.
queixas. Exame clínico normal. Ultrassonografia de abdome: Exame clínico: PA= 154X90 mmHg, FC= 104 bpm (rítmico),
múltiplos nódulos hepáticos. Biópsia de um dos nódulos: restante sem alterações. O eletrocardiograma revelou
adenocarcinoma. supradesnivelamento do segmento ST em parede anterior.
Os exames complementares indicados inicialmente são: Neste paciente, devemos evitar o uso de:

(A) Tomografias de abdome e pelve, colonoscopia e imuno- (A) Beta-bloqueador.


histoquímica. (B) Benzodiazepínico.
(B) Tomografia de tórax, marcadores tumorais séricos e (C) Nitroglicerina.
colonoscopia. (D) Morfina.
(C) Tomografias de tórax, abdome e pelve, mamografia e
imuno-histoquímica.
(D) Tomografia por emissão de pósitrons de tórax e abdômen, QUESTÃO 82
colonoscopia e endoscopia. Homem de 80 anos faz acompanhamento por insuficiência
cardíaca congestiva, fibrilação atrial e osteoporose há 10 anos.
Há um mês, iniciou tratamento para depressão. Mora com a filha
QUESTÃO 78 e tem autonomia para suas atividades básicas. Está em uso de
Mulher de 73 anos, hipertensa, internada há 12 dias devido à varfarina, captopril, digoxina, amiodarona, omeprazol,
pancreatite aguda. Há três dias apresentou pico febril isolado, amitriptilina e vitamina D. Exame clínico: PA = 130x86 mmHg,
sem repercussão hemodinâmica. Sem alterações ao exame FC = 66 bpm. Pulmões com raras crepitações finas em bases
clínico. Foram coletados exames gerais, hemocultura, urocultura pulmonares. Presença de pequenas equimoses em membros
e retirados cateter venoso central e sonda vesical. Evoluiu afebril, superiores.
estável, sem outras intercorrências. Urina 1: 1.000.000 leucócitos As medicações a serem retiradas neste momento são:
e urocultura positiva (Candida krusei > 1.000.000 UFC):
A melhor conduta é: (A) Varfarina, digoxina, amitriptilina.
(B) Omeprazol, varfarina, vitamina D.
(A) Anfotericina B. (C) Amiodarona, omeprazol, amitriptilina.
(B) Não iniciar antifúngico. (D) Digoxina, amiodarona, vitamina D.
(C) Anidulafungina.
(D) Fluconazol.
QUESTÃO 83
Considere quatro pacientes com as seguintes associações:
QUESTÃO 79
I. Plaquetose e síndrome HELLP.
Mulher de 35 anos, com história de epistaxis bilateral frequente e II. Leucocitose e síndrome de Felty.
ciclos menstruais hipermenorrágicos, é encaminhada para
avaliação pré-operatória de mamoplastia redutora. Tem mãe e III. Eosinofilia e poliarterite nodosa.
irmã que também apresentam fluxo menstrual aumentado. IV. Neutrofilia e hemorragia aguda intensa.
Exames: Hemoglobina = 11,5 g/dL, VCM = 78 fL,
reticulócitos = 2%, leucócitos 5000/mm3 com diferencial normal, As associações corretas são:
plaquetas = 320.000/mm3, tempo de protrombina – AP = 100%,
tempo de trombina = 17,0 seg (normal 17,0 seg), tempo de
(A) I e II.
tromboplastina parcial ativada – R = 1,29 (normal até 1,21).
(B) I e III.
A hipótese diagnóstica mais provável é:
(C) II e IV.
(D) III e IV.
(A) Hemofilia B.
(B) Deficiência de fator XIII.
(C) Anticoagulante lúpico. QUESTÃO 84
(D) Doença de von Willebrand. Mulher de 89 anos teve diagnóstico recente de carcinoma ductal
invasivo (CDI) de mama. Antecedentes: hipertensão arterial,
diabetes, artrose de joelhos e, há três anos, trombose em
QUESTÃO 80 membro inferior direito. Biópsia: expressão de receptores de
Homem de 68 anos, tabagista e etilista, fez diagnóstico de estrógeno (100%) e progesterona (90%) e HER2 negativo.
carcinoma epidermoide de laringe T3N1M0. Indicou-se Exames de estadiamento normais. Realizou mastectomia,
tratamento de preservação de laringe com radioterapia e confirmando-se CDI estádio II e agora está em programação de
quimioterapia (cisplatina na dose de 100 mg/m 2 IV a cada 21 hormonioterapia adjuvante.
dias) concomitantes. Deverá receber profilaxia de êmese tardia Deve-se EVITAR hormonioterapia com:
nos dias seguintes à aplicação do quimioterápico.
Os medicamentos mais eficazes para esta profilaxia são: (A) Exemestano.
(B) Tamoxifeno.
(A) Ondansetrona e olanzapina. (C) Letrozol.
(B) Dexametasona e aprepitanto. (D) Anastrozol.
(C) Haloperidol e aprepitanto.
(D) Dexametasona e ondansetrona.

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QUESTÃO 85 QUESTÃO 89
Um paciente que começará a usar insulina NPH em três tomadas Homem de 60 anos, com diagnóstico recente de diabetes
e insulina R, pré-refeições, precisa aprender a se auto aplicar. mellitus, vem para consulta de rotina. É sedentário, não fuma e
O melhor protocolo é: dorme sete horas por noite. Exame clínico: IMC = 30 kg/m2,
PA = 140X86 mmHg, restante normal. Exames:
glicemia = 128 mg/dL, HbA1c = 7,0%, creatinina = 1,1 mg/dL,
(A) Injetar ar no frasco de NPH sem aspirar, seguido de injetar colesterol HDL = 40 mg/dL e colesterol LDL = 140 mg/dL.
ar e aspirar a R e depois aspirar a insulina NPH.
Em relação ao valor energético total, as recomendações
(B) Injetar ar no frasco de R sem aspirar, seguido de injetar ar máximas de cada componente da dieta são, para carboidrato,
e aspirar a NPH e depois aspirar a insulina R. gordura, proteína e sacarose, respectivamente:
(C) Aplicar cada insulina separadamente, com intervalo de 15
minutos entre elas, dando preferência para NPH primeiro.
(A) 40%, 40%, 10%, 5%.
(D) Aplicar cada insulina separadamente, com intervalo de 15
minutos entre elas, dando preferência para R primeiro. (B) 60%, 35%, 20%, 10%.
(C) 35%, 60%, 10%, 0%.
(D) 20%, 60%, 20%, 5%.
QUESTÃO 86
Homem de 50 anos, encaminhado por ser portador de tumor
adrenal identificado em tomografia de abdome realizada para QUESTÃO 90
investigação de dores abdominais ocasionais e incaracterísticas. Homem de 64 anos, hipertenso, é internado por queda da própria
O paciente é hipertenso há cinco anos e está em uso de altura com fratura de antebraço esquerdo, do quarto e quinto arco
bloqueador de receptor de angiotensina, com bom controle. costal ipsilateral. No segundo dia de internação, recebendo
Exame clínico: IMC = 29 kg/m2, PA = 140x90 mmHg (supina e tramadol, teve melhora da dor, porém apresentou três episódios
ortostática), FC = 80 bpm (supina e ortostática), sem estigmas de de vômitos ao longo do dia.
hipercortisolismo. Tomografia: tumor na adrenal direita, com A medicação que NÃO deve ser usada como anti-emético é:
5 cm, 30 UH na fase sem contraste, e captação intensa do
contraste, com clareamento de 10%.
(A) Ondansetrona.
A conduta mais adequada é:
(B) Metoclopramida.
(C) Dimenidrato.
(A) Ressecção cirúrgica.
(D) Haloperidol.
(B) Ressonância nuclear magnética de adrenais.
(C) Dosagem de catecolaminas.
(D) Acompanhamento clínico. QUESTÃO 91
Mulher de 76 anos, com diabetes tipo 2 há 10 anos, é internada
com febre de 39°C, dor abdominal e diarreia. IMC = 32 kg/m 2,
QUESTÃO 87 PA = 90x60 mm Hg, FC = 100 bpm, FR 22 ipm. Exames:
Homem de 17 anos, com diagnóstico de beta-talassemia maior, creatinina = 1,8 mg/dL, peptídeo C = 2,3 ng/mL,
está recebendo transfusão de concentrado de hemácias filtrado glicemia = 320 mg/dL. Faz uso de metformina 850 mg 3x dia,
e fenotipado. Após uma hora e meia, evoluiu com temperatura de gliclazida 60 mg/dia, sinvastatina 40 mg/dia,
38,1°C, sendo suspensa a transfusão. Não há outras queixas e o fenofibrato 200 mg/dia e sitagliptina 50 mg/dia.
exame clínico está inalterado. Em relação ao controle glicêmico, a conduta mais adequada é:
Após 12 horas, é provável que este paciente apresente:
(A) Suspender os antidiabéticos orais e iniciar insulinização
(A) Persistência da febre. basal/bolus.
(B) Nenhum sintoma. (B) Manter os antidiabéticos orais e associar insulina regular de
(C) Urina escura. demanda.
(D) Prurido. (C) Suspender metformina, aumentar dose de glicazida e
associar insulina regular de demanda.
(D) Manter os antidiabéticos orais e associar insulina NPH ao
QUESTÃO 88 deitar 10 UI SC.
Considerando pacientes que chegam ao Pronto-Socorro, com
diferentes doenças, e apresentando as seguintes gasometrias,
aquele que mais provavelmente terá indicação de ventilação QUESTÃO 92
mecânica é: Homem de 56 anos foi submetido a endoscopia digestiva alta
para avaliação de sintomas de doença do refluxo
gastroesofágico. Ao exame, foram observadas na mucosa
pH PaCO2 (mmHg) Bicarbonato (mEq/L) esofagiana da transição esôfago-gástrica duas erosões lineares
(A) 7,22 60 23 de 4,0 e 4,5 mm, não confluentes, localizadas nas pregas
mucosas. O grau da classificação de Los Angeles é:
(B) 7,32 64 35
(C) 7,11 21 8
(A) A.
(D) 7,53 44 42 (B) B.
(C) C.
(D) D.

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QUESTÃO 93 ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 96 e 97:
O paciente, cuja foto é apresentada, deverá fazer o seguinte Mulher de 30 anos vem ao clínico com lesão de pele em membros
exame: inferiores há cerca de três semanas. Uma imagem do exame
físico é apresentada. Feita biópsia que mostrou paniculite septal
sem vasculite.

(A) Tomografia de abdômen.


QUESTÃO 96
(B) Mielograma.
(C) Sorologia para sífilis. A etiologia mais provável é:
(D) Colonoscopia.
(A) Infecção de vias aéreas superiores.
QUESTÃO 94 (B) Poliarterite nodosa.
(C) Tuberculose.
Homem de 38 anos refere lombalgia aguda após curvar-se para
pegar o filho de oito anos no colo, há cinco dias. Conta que desde (D) Sarcoidose.
então a “coluna travou” e que a dor tem trajeto de irradiação que
passa pela nádega direita, parte lateral da coxa, anterior da perna QUESTÃO 97
e ântero-medial do pé direito. Nega comorbidades ou uso de
medicamentos. Exame clínico: dor à palpação de musculatura Caso não tratada, a lesão deverá evoluir com:
paravertebral lombar, Lasègue positivo à direita, força
preservada e reflexos patelar e aquileu normoativos. (A) Fistulização.
A melhor conduta é: (B) Necrose.
(C) Resolução.
(A) Anti-inflamatório não-hormonal e radiografia de articulação (D) Abscedação.
sacroilíaca e coluna lombar.
(B) Anti-inflamatório não-hormonal e repouso por curto
período, seguido de reabilitação. QUESTÃO 98
(C) Corticosteroide injetável de longa duração e ressonância Dentre as imagens de fundo de olho apresentadas, a que tem
magnética de coluna lombar. maior probabilidade de ser encontrada em um paciente com
(D) Corticosteroide de curta duração e tomografia de coluna hipertensão arterial maligna é:
lombar.

QUESTÃO 95
Na investigação de um homem de 60 anos com anemia, foi (A)
realizado um esfregaço periférico apresentado na imagem.

(B)

(C)

É mais provável que este paciente apresente: (D)

(A) Ferropenia.
(B) Hiperfosfatemia.
(C) Hipercalcemia.
(D) Macrocitose.

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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 99 e 100: QUESTÃO 101
Durante a pandemia, autores de um consórcio desenvolveram Homem de 26 anos vem ao Pronto-Socorro por cefaleia de forte
um escore prognóstico (escore 4C) para mortalidade hospitalar intensidade há uma semana. Refere há um mês lesões orais
por COVID-19. Os autores apresentaram os gráficos abaixo no dolorosas, lesões nodulares em pele e dor ocular. Nega outros
manuscrito, comparando o escore novo com os escores CURB- antecedentes. O exame de líquor mostrou aumento de
65 e A-DROP e idade isoladamente. celularidade com predomínio de polimorfonucleares e exame
bacterioscópico e cultura negativos. As alterações de exame
Probabilidade observada

clínico são mostradas nas imagens.

Probabilidade predita
Sensibilidade

O tratamento recomendado para o quadro que trouxe o paciente


ao hospital é:

(A) Pulsoterapia com ciclofosfamida.


(B) Ceftriaxone e dexametasona.
(C) Pulsoterapia com metilprednisolona.
Especificidade (D) Aciclovir endovenoso.
Benefício líquido padronizado

QUESTÃO 102
Mulher de 42 anos é admitida na UTI com quadro de COVID-19
oriunda de hospital de campanha, onde foi intubada por
hipoxemia. Sem comorbidades descritas. Exame clínico:
T = 36,2oC, FC = 62 bpm, FR = 22 ipm, PA = 115x72 mmHg,
SpO2 = 97%, glicemia capilar = 115. RASS – 4, em uso de
midazolam 10 mg/h e fentanil 20 mcg/h, pupilas mióticas e
fotorreagentes. Em ventilação mecânica, modo pressão de
suporte (PSV), PEEP = 8 cmH2O, FIO2 = 50%, P = 10 cmH2O,
Limiar de alto risco Vc = 550 mL (Peso predito = 55 Kg). Sem drogas vasoativas.
Fonte: www.bmj.com/content/370/bmj.m3339 Recebe dieta enteral 20 mL/h. Diurese = 1.200 mL nas últimas
12 horas. Tomografia de tórax: infiltrado em vidro fosco
acometendo 30% do parênquima pulmonar. Exames
QUESTÃO 99 laboratoriais: pH = 7,38, PaO2 = 80 mmHg, PaCO2 = 38 mmHg,
As informações apresentadas em cada gráfico são, bicarbonato = 24 mEq/L, creatinina = 0,8 mg/dL,
respectivamente: leucócitos = 8.200/mm3, plaquetas = 192.000/mm3.
(A) Discriminação, calibração e análise da curva de decisão. As próximas condutas a serem realizadas nesse caso são:
(B) Calibração, análise da curva de decisão e discriminação.
(C) Análise da curva de decisão, discriminação e calibração. (A) Desligar a sedação, realizar teste de respiração
(D) Calibração, discriminação e análise da curva de decisão. espontânea e proceder à extubação.
(B) Assegurar sedação profunda, curarizar e modificar para
modo volume-controlado.
QUESTÃO 100
(C) Instalar BIS com alvo de 20-40, curarizar e modificar para
Baseado na análise dos gráficos, pode-se afirmar que: modo volume-controlado.
(A) A discriminação da idade é melhor do que o escore CURB- (D) Manter sedação leve e modificar para modo pressão
65. controlada.
(B) Há grande probabilidade de se observar o desfecho predito
com o escore 4C.
(C) Em um limiar de risco de 10%, o escore 4C é melhor do que
tratar todos os pacientes.
(D) Não há diferença na aplicabilidade clínica entre os escores
4C, CURB-65 e A-DROP.

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QUESTÃO 103
Homem de 62 anos, com antecedente de hipertensão arterial, encontra-se na sala de observação do Pronto-Socorro para investigação
de dor precordial de início há duas horas. Exame clínico: PA = 170/100 mmHg, FC = 80 bpm, T = 36,7⁰C, FR = 16 ipm. O
eletrocardiograma da entrada e uma imagem de tomografia de tórax são apresentados.

O tratamento deste paciente deve incluir:


(A) Heparina endovenosa.
(B) Fibrinolítico.
(C) Ácido acetilsalicílico.
(D) Beta-bloqueador.

QUESTÃO 104
O estudo “Outcomes of 3.737 COVID-19 patients treated with hydroxychloroquine/azithromycin and other regimens in Marseille, France:
a retrospective analysis” foi publicado em junho de 2020. Em uma coorte de pacientes hospitalizados e não-hospitalizados com resultado
positivo para SARS-CoV-2, os autores compararam o uso da combinação hidroxicloroquina/azitromicina por pelo menos três dias contra
o uso de outros regimes de tratamento (que incluíram uso de hidroxicloroquina/azitromicina por menos de três dias, hidroxicloroquina
isoladamente, azitromicina isoladamente e uso de nenhum desses tratamentos). Os desfechos incluíram mortalidade hospitalar,
admissão em UTI, hospitalização ≥ 10 dias e persistência de positividade em PCR para SARS-CoV-2 ≥ 10 dias. Segundo os autores,
dado que houve somente 35 óbitos, optou-se por incluir três variáveis para ajuste estatístico (o tratamento utilizado, o escore NEWS2 e
o escore de comorbidades de Charlson). Os autores analisaram a sobrevida com modelo de regressão de Cox e escores de propensão
usando pareamento e ponderação. Neste resultado, os autores optaram por analisar apenas pacientes > 60 anos, pois não houve óbitos
em pacientes com menos de 60 anos, apresentando o resultado abaixo.

Modelo utilizado Hazard ratio (IC 95%) Valor de p


Modelo de Cox múltiplo (N = 702) 0,49 (0,25 – 0,97) 0,0406
Modelo de Cox estratificado com pareamento por escore
0,41 (0,17 – 0,99) 0,0482
de propensão (N = 398)
Modelo de Cox com ponderação por escore de
0,49 (0,31 – 0,79) 0,0030
propensão (N = 702)

Assinale a alternativa que traz a interpretação correta a respeito dos itens apresentados do estudo:

(A) Os resultados dos modelos com escores de propensão ratificam a confiabilidade no resultado da análise multivariada com o
modelo de Cox.
(B) O estudo carece de validade interna e não deve ser utilizado para decisões clínicas e de saúde pública.
(C) Os grupos comparados se assemelham a uma análise por intenção de tratar em ensaios clínicos.
(D) O estudo tem validade interna, porém não é generalizável.

QUESTÃO 105
Uma mulher de 66 anos, assintomática, fumante de um maço de cigarros por dia desde os 20 anos de idade, procura ajuda médica para
parar de fumar e saber se o cigarro já comprometeu a sua saúde. Ela fuma, sistematicamente, um cigarro a cada 40-45 minutos. Nega
relação ou alteração do tabagismo com café, sono ou outro hábito diário. Nega também maior vontade de fumar em momentos de
estresse. A aplicação do teste de Fagerström apontou escore 8.
A conduta mais adequada é:
(A) Aconselhamento em grupo para cessação do tabagismo e espirometria.
(B) Aconselhamento breve individual para cessação do tabagismo e tomografia dos pulmões de baixa dose.
(C) Aconselhamento, medicamento anti-tabágico e tomografia dos pulmões de baixa dose.
(D) Aconselhamento, medicamento anti-tabágico e espirometria.

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QUESTÃO 106
Mulher de 66 anos, diabética, está internada na enfermaria para tratamento de pielonefrite aguda com ceftriaxone IV há sete dias. Estava
afebril há três dias, porém apresentou dois picos febris nas últimas 24 horas. Urocultura da admissão: Escherichia coli 106 UFC (sensível
a ampicilina, ceftriaxona, piperacilina-tazobactam, meropenem e amicacina). Os exames complementares são apresentados na tabela:

Exame Admissão Hoje


Hemoglobina (g/dL) 12,5 11,0
Leucócitos (/mm3) 15.500 11.300
Neutrófilos (%) 77 62
Eosinófilos (%) 3 12
Basófilos (%) 1 1
Linfócitos (%) 15 20
Monócitos (%) 3 5
3
Plaquetas (/mm ) 350.000 312.000
Creatinina (mg/dL) 1,1 2,5
Ureia (mg/dL) 65 75

A conduta mais adequada é:


(A) Substituir ceftriaxone por ampicilina.
(B) Substituir ceftriaxone por piperacilina-tazobactam.
(C) Manter ceftriaxone por mais três dias.
(D) Suspender ceftriaxone.

QUESTÃO 107
Homem de 52 anos, branco, faz acompanhamento ambulatorial por miocardiopatia hipertensiva há seis meses. Faz uso de furosemida
40 mg e espironolactona 25 mg pela manhã, além de enalapril 20 mg e carvedilol 25 mg duas vezes ao dia. Desde o último retorno há
dois meses, deixou de melhorar e persiste com dispneia ao caminhar pela casa, no plano. Exame clínico: PA = 108X86 mmHg, corado,
hidratado, eupneico em repouso, bulhas rítmicas e sopro sistólico ++/4+ em área mitral, com irradiação para axila, pulmões sem
alterações e membros inferiores sem edema. Hemograma, eletrólitos, ureia e creatinina normais. Ecocardiograma: fração de ejeção =
0,3; hipocontratilidade difusa. Um eletrocardiograma do momento da consulta é mostrado.

A alteração de medicação mais adequada para este paciente é:

(A) Adicionar sacubitril/valsartana.


(B) Trocar carvedilol por ivabradina.
(C) Trocar enalapril por sacubitril/valsartana.
(D) Adicionar ivabradina.

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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 108 e 109:
O primeiro resultado do estudo RECOVERY foi publicado durante a pandemia na revista New England Journal of Medicine. Os autores
incluíram pacientes hospitalizados com COVID-19 suspeita ou confirmada e os pacientes foram alocados a diversos grupos. Uma das
análises comparou o uso de dexametasona 6 mg/dia por 10 dias contra o grupo controle. O desfecho primário foi a mortalidade em 28
dias.

QUESTÃO 108
A medida de efeito que pode ser utilizada para apresentar este resultado é:
(A) Risco relativo.
(B) Diferença entre medianas.
(C) Chances.
(D) Média.

QUESTÃO 109
Os autores apresentaram uma análise estratificando os pacientes de acordo com o suporte respiratório no momento da randomização.

Adaptado de: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa2021436 (acessado em 21/10/2020).

Pode-se afirmar que:


(A) O efeito da intervenção foi negativo em pacientes sem necessidade de oxigênio.
(B) Um efeito positivo em pacientes sem necessidade de oxigênio pode ser descartado.
(C) Não há plausibilidade biológica para esta análise de modificação de efeito.
(D) O efeito da intervenção foi maior nos pacientes com maior suporte respiratório.

QUESTÃO 110
Uma revisão sistemática da Organização Mundial da Saúde avaliando o efeito de corticosteroides em pacientes críticos com COVID-19
foi publicada na revista Journal of the American Medical Association (JAMA) no dia 2 de setembro de 2020. O resultado da meta-análise
está apresentado abaixo.
No de No de
Medicação e Identificador Dose inicial e mortes/total mortes/total Odds ratio Favorece Favorece não Peso,
estudo ClinicalTrials.gov administração Não (IC 95%)
Favorece
esteroides
Favorece
esteroides
não %
Peso,
Esteroides esteroides esteroides %
esteroides
Dexametasona
DEXA-COVID 19 NCT04325061 Alta: 20 mg/d IV 2/7 2/12 2,00 (0,21-18,69) 0,920,92
CoDEX NCT04327401 Alta: 20 mg/d IV 69/128 76/128 0,80 (0,49-1,31) 18,69
18,69
RECOVERY NCT04381936 Baixa: 6 mg/d VO ou IV 95/324 283/683 0,59 (0,44-0,78) 57,00
57,00
Efeito fixo de subgrupo 166/459 361/823 0,64 (0,50-0,82) 76,60
76,60
Hidrocortisona
CAPE COVID NCT02517849 Baixa: 200 mg/d IV 11/75 20/73 0,46 (0,20-1,04) 6,80
COVID STEROID NCT04348305 Baixa: 200 mg/d IV 6/15 2/14 4,00 (0,65-24,66)
6,80
1,39
REMAP-CAP NCT02735007 Baixa: 50 mg cada 6h IV 26/105 29/92 0,71 (0,38-1,33) 1,39
11,75
Efeito fixo de subgrupo 43/195 51/179 0,69 (0,43-1,112) 11,75
19,94
Metilprednisolona 19,94
Esteroides-SARI NCT042444591 Alta: 40 mg cada 12h IV 13/24 13/23 0,91 (0,29-2,87) 3,46
Geral (efeito fixo)
222/678 425/1025 0,66 (0,53-0,82) 3,46
100,0
P= 0,31 parar heterogeneidade; I2= 15,6%
100,0
Geral (efeito randômico) 222/678 425/1025 0,70 (0,48-1,01)

Adaptado de: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2770279 (acessado em 21/10/2020).

A análise dos resultados apresentados na figura permite afirmar que:


(A) O modelo de efeitos fixos é o mais recomendado para interpretar a magnitude do efeito e sua precisão.
(B) O resultado do modelo de efeito randômico não confirma o benefício do uso de corticosteroides.
(C) Os resultados sugerem que o corticosteroide utilizado influencia a direção do efeito estimado.
(D) Os resultados sugerem que doses altas dos corticosteroides influenciam a direção do efeito estimado.

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QUESTÃO 111
Mulher de 33 anos queixa-se de dor ao urinar de início há quatro dias, quando procurou Pronto-Socorro, coletou exame de urina e foi
prescrita fenazopiridina, que usou sem apresentar melhora. Hoje refere dor em região lombar direita. Nega febre. Sem outras queixas.
Antecedente pessoal: diabetes mellitus tipo 1. Exame clínico: bom estado geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica. T = 38°C, PA
= 120x80 mmHg, FC = 100 bpm, FR = 22 ipm. Abdome plano, flácido, doloroso em hipogástrio, Giordano + à direita. A urocultura
coletada há quatro dias foi positiva para Citrobacter freundii e o antibiograma é mostrado na tabela.

Antibiótico Sensibilidade Antibiótico Sensibilidade

Norfloxacino Sensível Piperacilina Tazobactam Resistente

Ciprofloxacino Sensível Meropenem Sensível

Cefalexina Resistente Imipenem Sensível

Cefoxitina Resistente Ertapenem Sensível

Ceftriaxone Sensível Amicacina Sensível

Ceftazidima Sensível Gentamicina Sensível

Cefepime Sensível Polimixina Sensível

A melhor opção de antimicrobiano é:

(A) Norfloxacino.
(B) Ceftriaxone.
(C) Ciprofloxacino.
(D) Meropenem.

QUESTÃO 112
Homem de 55 anos é atendido no Pronto-Socorro com queixa de dor precordial há uma hora. A dor é de forte intensidade, sem irradiação,
e iniciou durante uma reunião de trabalho. Tem antecedente de hipertensão arterial há 15 anos tratada com atenolol e foi submetido à
colecistectomia laparoscópica há dois meses, evoluindo sem intercorrências. Tabagista de 40 maços-ano. Exame clínico: corado,
hidratado, eupneico, sudoreico, com fáscies de dor. PA = 160X108 mmHg, FC = 65 bpm, T = 36,4° C, SpO 2 em ar ambiente = 94%,
IMC = 30 Kg/m2. Exames cardíaco, pulmonar e abdominal sem alterações. Foi realizado um eletrocardiograma e instituídas as medidas
terapêuticas iniciais.

O próximo passo mais adequado no manejo do cuidado deste paciente é a realização de:

(A) Angiotomografia de tórax.


(B) Angiotomografia de coronárias.
(C) Ecocardiograma transesofágico.
(D) Cineangiocoronariografia.

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QUESTÃO 113
Mulher de 46 anos vem com história de diarreia, febre e dor em fossa ilíaca direita há dois dias. Está em uso de docetaxel e cisplatina
para tratamento de neoplasia de pulmão. Exame clínico: estado geral regular, T = 39,1°C, FC = 122 bpm, PA = 115X60 mmHg,
FR = 18 ipm. Exame cardiopulmonar sem alterações. Abdome: distendido e doloroso em fossa ilíaca direita com dor à descompressão
brusca nesta topografia. RHA presentes. Exames: sódio = 128 mEq/L, potássio = 3,3 mEq/L, creatinina = 1,2 mg/dL,
leucócitos = 750/mm3, hemoglobina = 6,8 g/dL, plaquetas = 52.000/mm3. Tomografia de abdome: espessamento da parede do ceco e
cólon ascendente, sem pneumoperitônio. Apêndice não visualizado. Não há sinais de aeroportia ou trombose arteriovenosa mesentérica.
A antibioticoterapia inicial mais adequada neste momento é:

(A) Cefepime e metronidazol.


(B) Cefepime e micafungina.
(C) Meropenem e vancomicina.
(D) Meropenem e micafungina.

QUESTÃO 114
Homem de 35 anos, natural e procedente de São Paulo, vem em consulta devido a cansaço e perda de 10% do peso em seis meses.
Nega expectoração, febre ou sudorese noturna. Nega doenças prévias, uso de medicações, tabagismo ou drogas ilícitas. Exame clínico:
IMC = 25 kg/m2, SpO2 = 95% (ar ambiente), FC = 65 bpm, PA = 126x62 mmHg. Exame cardíaco, pulmonar e abdominal sem alterações.
Apresenta lesão cutânea compatível com eritema nodoso nas pernas. A tomografia computadorizada de tórax é apresentada.

O exame a ser solicitado é:

(A) Pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente no escarro.


(B) Biópsia pulmonar transbrônquica.
(C) PCR para SARS-CoV-2 em swab nasal e orofaríngeo.
(D) Pesquisa de fungos em lavado broncoalveolar.

QUESTÃO 115
Dados os seguintes exames laboratoriais e diagnósticos:

Paciente TGO TGP Gama GT Fosfatase alcalina CPK


(U/L) (U/L) (U/L) (U/L) (U/L)
I 200 100 250 100 50
II 35 30 300 400 80
III 100 25 20 100 1.000
A. Hepatite alcoólica aguda.
B. Tuberculose disseminada.
C. Estado de mal epiléptico.
D. Miastenia gravis

A melhor correlação é:
(A) I C, II D, III A.
(B) I D, II C, III B.
(C) I A, II B, III C.
(D) I B, II A, III D.

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QUESTÃO 116
Mulher de 70 anos, com antecedente de miocardiopatia isquêmica, vai ao Pronto-Socorro com história de diarreia e vômitos há um dia,
que relaciona à ingestão de salada com maionese. Refere ainda palpitação e tontura, desde que acordou, há duas horas. Nega dor
torácica ou dispneia. Faz uso de furosemida, enalapril, atorvastatina e ácido acetil salicílico. Exame clínico: regular estado geral,
desidratada ++/4+, acianótica, eupneica, PA = 80/60 mmHg, FC = 150 bpm, T = 36,7⁰ C, FR = 16 ipm. Bulhas arrítmicas, normofonéticas
e sopro sistólico ++/6+ em área mitral. Presença de estertores grossos em base de ambos os hemitóraces. Um traçado do monitor
cardíaco é apresentado. O próximo passo no manejo do cuidado desta paciente é:

(A) Cardioversão elétrica sincronizada.


(B) Propafenona endovenosa.
(C) Amiodarona endovenosa.
(D) Hidratação endovenosa.

QUESTÃO 117
São apresentas uma lista de etiologias de nefropatias e de características laboratoriais.

ETIOLOGIA DA NEFROPATIA CARACTERÍSTICA


I.IgA A. Complemento sérico normal
II. Lúpus eritematoso sistêmico B. C4 diminuído
III. Pós estreptocócica C. C3. diminuído
IV. Crioglobulinemia mista D. Vírus C positivo
V. Poliangeíte granulomatosa E. ANCA-C (anti-proteinase 3)
VI. Poliangeite microscópica F. ANCA-P (anti-mieloperoxidase)

A alternativa que melhor correlaciona a etiologia e as características é:


(A) I A, II C, III B, IV D, V F, VI E.
(B) I A, II B, III C, IV D, V E, VI F.
(C) I B, II A, III C, IV E, V D, VI F.
(D) I D, II C, III A, IV F, V B, VI E.

QUESTÃO 118
A melhor associação entre os padrões de acometimento e os diagnósticos, de A a G, respectivamente, é:

PADRÃO DE ACOMETIMENTO DIAGNÓSTICO


A - Articulações com redução do espaço articular, esclerose do osso
1. Artrite Reumatoide
subcondral e osteofitose
B - Atrite mutilante com dedos em telescópio 2. Artrite gotosa
C - Acometimento da primeira articulação metatarsofalangeana 3. Artrite psoriásica
D - Acometimento da articulação atlanto-axial 4. Artrite lúpica
E - Acometimento não erosivo com artropatia de Jaccoud 5. Osteoartrite
F - Monoartrite aguda com importantes sinais flogísticos e bloqueio articular 6. Artropatia da hemocromatose
G - Acometimento de 2ª e 3ª articulações metacarpofalangeanas com
7. Artrite séptica
osteófitos em gancho
8. Espondilite anquilosante

(A) 5, 3, 2, 1, 4, 7, 6.
(B) 8, 6, 2, 1, 3, 5, 4.
(C) 8, 3, 1, 6, 2, 7, 5.
(D) 5, 6, 1, 3, 4, 7, 2.

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QUESTÃO 119
“Um estudo controlado e randomizado com 20.000 mulheres revelou que as que foram rastreadas por mamografia entre 40 e 50 anos
de idade (grupo de estudo) apresentaram aumento de: incidência de câncer de mama não invasivo, número de consultas médicas,
exames laboratoriais, internações hospitalares e procedimentos cirúrgicos, em relação às mulheres não rastreadas (grupo controle). Em
10 anos de seguimento, porém, não houve diferença significante da mortalidade”.
A descrição acima sugere:

(A) A alta sensibilidade e especificidade do teste de rastreamento.


(B) A maior facilidade de acesso à assistência médica para os casos rastreados.
(C) Várias vantagens do diagnóstico por meio de rastreio em relação ao baseado em sintomas.
(D) Uma situação de possível sobre-diagnóstico.

QUESTÃO 120
Homem de 65 anos vem em consulta de promoção de saúde. Refere que pretende parar de fumar nos próximos seis meses, manter
150 minutos de caminhada semanal, que iniciou há 30 dias, e continuar comendo menos gordura saturada e carboidratos até perde r
5 Kg de peso (perdeu 2 Kg até agora).
Segundo o modelo trans-teórico, o estágio de prontidão deste paciente para mudança de comportamento de cada hábito acima descrito,
respectivamente, é:

(A) Pré-contemplação, manutenção e preparação.


(B) Pré-Contemplação, ação e ação.
(C) Contemplação, manutenção e ação.
(D) Contemplação, ação e preparação.

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