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(101 a 120)
a) Somente após o início da prova, verifique, neste caderno de questões, se a sequência da numeração das
questões e a paginação estão corretas. Se houver alguma irregularidade no material recebido,
comunique a um dos fiscais;
b) As respostas deverão ser escritas com caneta esferográfica transparente de tinta azul ou preta;
c) Somente as respostas contidas no espaço numerado serão objeto de correção, logo o candidato deverá
obedecer ao número de linhas deste caderno;
d) Por motivo de segurança, o candidato NÃO poderá anotar suas respostas em nenhum outro local;
e) QUALQUER ASSINATURA, RUBRICA OU SINAL DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO, NAS FOLHAS
DESTE CADERNO (FRENTE / VERSO), ACARRETARÁ A ELIMINAÇÃO DO CANDIDATO;
f) O candidato terá cinco horas para realização das provas;
g) Por motivo de segurança, o candidato só poderá se ausentar, definitivamente do recinto das provas, após
uma hora contada a partir de seu início;
h) ESTE CADERNO DE QUESTÕES não poderá ser levado pelo candidato;
i) Nenhuma folha poderá ser destacada;
j) Após o término da prova, entregue ESTE CADERNO ao fiscal;
k) Os três últimos candidatos só poderão deixar o local de prova juntos até que o último entregue
suas provas ou até que termine o tempo de duração. Deverão assinar a ata de sala, atestando a
idoneidade e a regularidade da finalização da prova.
Todos os casos e nomes utilizados nas provas do CEPUERJ são fictícios.
ORGANIZADOR
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CLÍNICA MÉDICA
1) Um paciente de 57 anos, previamente hígido, deu entrada em um hospital com quadro de pneumonia
bacteriana adquirida na comunidade (PAC). Apresentava febre de 38,7ºC e semiologia respiratória típica
associadas à instabilidade hemodinâmica (PA = 80 x 40mmHg), taquicardia (FC = 122bpm), taquidispneia
(FR = 26irpm) e rebaixamento de consciência (escala de coma de Glasgow modificada = 12 pontos).
Considerando a hipótese diagnóstica de sepse, foram solicitados exames complementares e iniciada a
avaliação pelo escore SOFA. Esses exames revelaram leucocitose (17.800/mm3) com desvio à esquerda
(1% de metamielócitos e 11% de bastões), trombocitopenia (77.000/mm3), acidose metabólica moderada,
com hiperlactatemia (4,5mmol/L), retenção de escórias nitrogenadas e hiperbilirrubinemia direta. O
paciente foi abordado de acordo com as diretrizes vigentes para a abordagem da sepse.
a) Defina a condição mórbida presente no caso conforme o modelo vigente (Sepsis 3.0). (1 pt)
b) Apresente quatro sistemas ou órgãos componentes do principal escore utilizado para a definição de
disfunção orgânica na condição mórbida em questão. (1 pt)
c) Indique os dois parâmetros necessários para caracterizar a presença de choque em um paciente com a
condição em questão, segundo o modelo vigente. (1 pt)
d) Apresente três componentes do pacote de manejo inicial do paciente na primeira hora do tratamento. (1 pt)
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2) Homem de 68 anos apresenta diarreia líquida, de início há sete dias, acompanhada de febre de 38°C,
náuseas e dois episódios de vômitos. Relata oito evacuações por dia, sem muco, pus, sangue ou tenesmo.
a) Classifique o tipo de diarreia, de acordo com o tempo da doença e com a porção intestinal mais
envolvida. (1 pt)
b) Cite a causa mortis mais comum nos quadros mais graves da diarreia aguda. (1 pt)
c) Classifique em que grupo está a causa mais provável da diarreia aguda. (1 pt)
CIRURGIA GERAL
3) Homem de 57 anos apresenta doença do refluxo gastroesofágico há 30 anos e faz uso de omeprazol há
25 anos. Possui, como comorbidades, fibrose pulmonar idiopática, hipertensão arterial sistêmica, diabetes
tipo II, IMC = 31 com predomínio de gordura visceral e fibrilação atrial crônica. A última endoscopia
evidenciou displasia de baixo grau na portação distal esofageana e junção esofagogástrica de 8cm acima
do pinçamento diafragmático, sem dismotilidade esofageana associada.
b) Aponte a comorbidade que pode ter sido causada pelos sintomas de doença do refluxo de longa data. (1 pt)
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d) Informe o comportamento evolutivo da displasia de baixo grau após o procedimento cirúrgico. (1 pt)
c) Três meses depois da alta, a paciente retornou ao atendimento com queixas de desconforto abdominal
em epigastro e hipocôndrio direito, associado à icterícia, colúria e acolia fecal. Realizou nova
ultrassonografia abdominal que indicou dilatação da via biliar intra e extra-hepática (hepatocoledoco com
14mm) com presença de afilamento abrupto na porção distal do colédoco. Indique o diagnóstico mais
provável. (1 pt)
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PEDIATRIA
5) Criança de 3 anos é trazida para atendimento com quadro de aumento de volume cervical há 12 dias. A
família relata febre (39°C) há cinco dias e nega emagrecimento. Informa que, há sete dias, procurou o
pronto atendimento e que a criança está em uso de amoxicilina-clavulanato, sem melhora do quadro
clínico. Acrescenta que não há história de internações prévias, que a vacinação está em dia e que reside
em boas condições de saneamento básico. Há um mês, viajaram para a casa da avó, em região urbana,
com animais domésticos (cachorro e filhote de gato). Ao exame físico, verifica-se que a criança está em
bom estado geral, corada, hidratada, acianótica, anictérica, afebril, eupneica e normocárdica. Há três
pequenas pápulas em região maxilar à esquerda em disposição linear. Na região cervical anterior, à
esquerda, palpa-se linfonodomegalia de 3cm, dolorosa, móvel, com sinais de hiperemia local; não há
outras linfonodomegalias palpáveis; abdômen sem alterações e orofaringe normal. O hemograma mostra
10.000 leucócitos/mm3, Hgb = 11g/dL e 200.000 plaquetas.
d) Considere que, após oito semanas do término do tratamento adequado, não houve diminuição do
linfonodo cervical e indique a conduta adequada. (1 pt)
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6) Criança de dois anos, previamente hígida, é levada à emergência devido a quadro de “inchaço no corpo
e urina com espuma” nas últimas 48 horas. Há cerca de duas semanas, o paciente apresentou quadro de
resfriado. Ao exame, encontra-se em regular estado geral, vígil e orientado, anictérico, acianótico, em
anasarca e corado com boa perfusão periférica. O aparelho respiratório encontra-se com murmúrio
vesicular abolido em ambas as bases pulmonares, com leve tiragem subcostal; o aparelho cardiovascular
está com ritmo cardíaco regular, bulhas hipofonéticas e sem sopros; abdomên em batráquio, piparote
positivo, não sendo possível palpação de massas ou visceromegalias devido ao edema. FC = 100bpm, FR
= 50irpm, PA = 90 x 50mmHg e SatO2 = 95%. Os exames complementares mostram hemograma e
leucograma normais; ureia = 20mg/dL, creatinina = 0,6mg/dL, sódio = 150mEq/L, potássio = 5mEq/L,
proteínas totais = 4g/dL (albumina = 2,0g/dL / globulinas = 2,0g/dL), colesterol total = 300mg/dL; a
urianálise apresenta proteinúria 4+/4+, sem hematúria e com cilindros hialinos.
b) Cite a lesão glomerular mais comumente encontrada para a síndrome apresentada. (1 pt)
d) Enumere três causas secundárias infecciosas importantes para o diagnóstico diferencial dessa
síndrome. (1 pt)
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GINECOLOGIA/OBSTETRÍCIA
7) Paciente de 62 anos, diabética e obesa, com queixa de sangramento uterino anormal, procura o
ambulatório de ginecologia, referindo ser nuligesta e estar menopausada desde os 58 anos. Devido a
calores e insônia, há três anos, iniciou o uso isolado de valerato de estradiol 8mg por dia, que melhorou
seus sintomas. A paciente relata utilizar metformina 500mg uma vez ao dia e estar sem acompanhamento
de rotina ginecológica e de suas doenças de base há dois anos.
d) Considere que foram realizados pinçamento, secção e ligadura da artéria uterina. Cite a origem da
artéria uterina. (1 pt)
8) Paciente de 31 anos, GIIPIA0, com uma cesariana prévia, é atendida na emergência em 27/08/2019,
com quadro de sangramento vaginal de moderada intensidade, iniciado há 20 minutos. Refere três
episódios prévios de sangramento nessa gestação, de menor intensidade, e que cessaram
espontaneamente. Sem outras queixas. Informa DUM em 10/01/2019 e ultrassonografia de 20/03/2019,
revelando idade gestacional de 12 semanas e 2 dias. Ao exame obstétrico, apresenta PA = 110 x
70mmHg, FC = 78bpm, hipocorada +/4+, hidratada, anictérica e acianótica; metrossístoles ausentes e
tônus uterino normal; manobras de Leopold evidenciam feto em apresentação pélvica; cardiotocografia
com padrão ondulatório e reativo, linha de base em 140bpm. O exame especular demonstra colo sem
lesões, fechado, com sangramento vermelho vivo em quantidade moderada. A rotina de pré-natal não
apresenta alterações, com exceção de anemia microcítica e hipocrômica, com último hematócrito = 32% e
hemoglobina = 9g/dL.
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MEDICINA PREVENTIVA
9) Mulher de 64 anos, viúva e aposentada, procurou médico de família para verificar, por meio de exames, a
dosagem de vitamina D e se tem osteoporose. Ela sempre praticou atividade física e atualmente realiza
caminhadas cinco vezes por semana. Refere menopausa aos 47 anos, é tabagista de 20 maços/ano,
consume álcool (3 doses/dia) e tem IMC = 20. Mora em casa de dois andares com sua mãe de 83 anos, que
apresentou fratura de quadril aos 70 anos, da qual é a única cuidadora. Sua dieta é rica em legumes,
verduras e frutas, bebe leite diariamente, mas come pouca proteína, carboidrato e açúcar. O médico decidiu
calcular o FRAX clínico, que mostrou um valor de 9,8%, para fratura maior, e de 3,7%, para fratura de
quadril.
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b) Identifique, nesse caso, se é necessário realizar algum exame para esclarecer o diagnóstico da
osteoporose. Caso positivo, aponte a indicação para a realização do exame. (1 pt)
c) Identifique o exame mais indicado para o diagnóstico de osteoporose e o critério utilizado para a
definição do diagnóstico. (1 pt)
10) Paciente hipertenso de 70 anos chegou à Unidade Básica de Saúde com 20 minutos de início de
hemiparesia súbita, disartria e PA = 184 x 104mmHg. O idoso negou cefaleia, vômitos, uso de AAS e
anticoagulantes, doença infecciosa, ou problemas com sangramentos.
De acordo com o caso apresentado:
a) Indique a conduta mais adequada a ser realizada com o paciente, levando-se em conta o diagnóstico
provável, o tempo de início da emergência e a regulação. (1 pt)
c) Indique se é necessário utilizar medicação para baixar a pressão arterial e justifique suscintamente. (1 pt)
d) Enumere três recursos que devem estar disponíveis na unidade para a qual esse paciente deve ser
encaminhado. (1 pt)
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