Você está na página 1de 101

O QUE VOCÊ SABE SOBRE A

CIRCULAÇÃO NA VIDA FETAL E


AS PRINCIPAIS CARDIOPATIAS
CONGÊNITAS ACIANÓTICAS?
CARDIOPATIAS
CONGÊNITAS
ACIANÓTICAS
VINHETA DE ABERTURA
VINHETA DE ABERTURA
CASO CLÍNICO

੦ Manuela
੦ 2 meses
CASO CLÍNICO

੦ dificuldade para mamar (taquidispneia,


taquicardia, sudorese)

੦ dificuldade de ganho de peso


੦ peso ao nascimento: 2.850g
੦ peso atual: 3.300g
CASO CLÍNICO

Ao exame
੦ sopro sistólico 4+/6+ em borda esternal
esquerda baixa
CASO CLÍNICO
1. SUSPEITA CLÍNICA?
2. EXAMES INDICADOS?
3. TRATAMENTO?
PRÉ-TESTE
MEDCEL

Na circulação fetal, através do ducto venoso:

A o sangue passa do AD para o AE

B o sangue passa da aorta para a a. pulmonar

C o sangue passa da a. pulmonar para a aorta

D
50% do sangue da v. umbilical é desviado para a
cava inferior e não passa pelo fígado

E
o sangue é desviado dos membros II para os
MMSS sem passar pelo coração
MEDCEL

Após o nascimento, o fechamento funcional do


canal arterial vai ocorrer em:

A 2 dias

B 2 horas

C entre 10 e 15 horas

D entre 10 e 15 dias

E 10 minutos
MEDCEL

Em um recém-nascido a termo, qual é o principal


determinante do fechamento do canal arterial?

A oxigênio

B hipercapnia

C hipocapnia

D PGE1

E queda da pressão na aa. pulmonar


MEDCEL

Na síndrome de Eisenmenger há:

A diminuição da resistência vascular pulmonar

B aumento do fluxo pulmonar

C congestão pulmonar

D falência cardíaca congestiva

E cianose (shunt D-E)


MEDCEL

Em que doença abaixo pode ser observada a


cianose diferencial?

A CIV

B PCA

C coarctação da aorta

D TGA

E T. Fallot
#IMPORTANTE

Quais são as 3 estruturas anatômicas próprias da


circulação fetal ?
CIRCULAÇÃO FETAL

Cabeça
Braço
Braço

Pulmão
Canal arterial
Fígado

Ductus Venosus

Veia
Rim
umbilical
Intestino
Placenta

Artéria umbilical
Pernas
(KLIEGMAN, 2020)
CIRCULAÇÃO FETAL

Cabeça
Braço
Braço

Pulmão
Canal arterial
Fígado

Ductus Venosus

Veia
Rim
umbilical
Intestino
Placenta

Artéria umbilical
Pernas
(KLIEGMAN, 2020)
CARDIOPATIAS
CONGÊNITAS
AVALIAÇÃO INICIAL – 3 ASPECTOS

੦ cianóticas x acianóticas
੦ RX de tórax
੦ ECG
DIAGNÓSTICO

੦ ECO
੦ cateterismo
CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS

Excesso de volume

Excesso de pressão
CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS

EXCESSO DE VOLUME
Shunt E»D
Regurgitação de válvula AV
remodelamento: dilatação das câmaras
TAMANHO DO SHUNT

Fluxo pulmonar (Qp) fluxo sistêmico (Qs)


#IMPORTANTE
#PEGADINHA

resistência vascular pulmonar

fisiologia de Eisenmenger
CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS

EXCESSO DE PRESSÃO
੦ obstrução ao fluxo de saída do ventrículo
• leva à hipertrofia de câmaras
CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS

Lesões com shunt

esquerda direita
LESÕES COM SHUNT E»D

੦ principais: ______________
CIA

100

3
85
70
6
6

3 3

3 80
100
6
85
70
#CAI NA PROVA

CIA – EXAME FÍSICO


੦ desdobramento fixo da B2
੦ sopro sistólico de ejeção (foco pulmonar)
COMO É FEITA A
PROFILAXIA PARA A
ENDOCARDITE
NESSES CASOS?
CIA
CIV

100

3
85

100
6
6

70 3
3
3
100

80
CIV

Cardiopatia congênita + comum (25%)


CIV – QUADRO CLÍNICO

੦ período neonatal: shunt é menor


UFSC | 2017

Um paciente com 45 dias de vida é trazido ao


ambulatório de pediatria do hospital universitário
para consulta de puericultura. Na anamnese, a mãe
refere dificuldade para sugar ao seio, com inúmeras
interrupções. Ao examiná-lo observa-se um ganho
de 350g entre o 1° e 2° mês de vida e um sopro
sistólico ++/6 em borda esternal esquerda baixa.
Os pulsos são palpáveis e simétricos.
Diante desse paciente, qual é a hipótese
diagnóstica?
UFSC | 2017

A sopro funcional, pois só apareceu com 2 meses de idade

comunicação interatrial, que é a causa mais frequente


B de sopro nesta idade, principalmente associado ao
baixo peso

comunicação interventricular, pois costuma manifestar-


C se após a queda da resistência pulmonar que ocorre
após 4 semanas de vida

estenose pulmonar, pois comprometeu o ganho de


D
peso

coarctação da aorta, cardiopatia que costuma


E descompensar nesta idade, quando fecha o canal
arterial
UFSC | 2017

A sopro funcional, pois só apareceu com 2 meses de idade

comunicação interatrial, que é a causa mais frequente


B de sopro nesta idade, principalmente associado ao
baixo peso

comunicação interventricular, pois costuma manifestar-


C se após a queda da resistência pulmonar que ocorre
após 4 semanas de vida

estenose pulmonar, pois comprometeu o ganho de


D
peso

coarctação da aorta, cardiopatia que costuma


E descompensar nesta idade, quando fecha o canal
arterial
#PEGADINHA

O que significa, em um paciente com CIV, a


presença de sopro mesodiastólico de baixa
frequência audível no ápice?
CIV – TRATAMENTO

੦ cirurgia
MELHORA RADIOLÓGICA APÓS CIRURGIA

A B
Defeito do septo AV
ou
Defeito do canal AV
ou
Defeito do coxim endocárdico
100

3 90

9
9
70

6
80 3
3
6 100
70
85
DEFEITO DO SEPTO AV

Defeito septal atrial e


ventricular contíguos

Válvulas AV anormais
#CAI NA PROVA

DEFEITO DO SEPTO AV
Síndrome de ______
#CAI NA PROVA

DEFEITO DO SEPTO AV
Síndrome de Down
DEFEITO DO SEPTO AV

TRATAMENTO
Cirurgia precoce/lactente
(> risco de doença vascular pulmonar )
UNICAMP | 2015

Um lactente de 3 meses, portador de síndrome de


Down, comparece à consulta médica com história
de cansaço às mamadas e baixo ganho de peso
desde o nascimento. A hipótese diagnóstica é:

A hipotonia da síndrome

B doença do refluxo gastroesofágico

C cardiopatia congênita

D dificuldade de aleitamento materno


UNICAMP | 2015

Um lactente de 3 meses, portador de síndrome de


Down, comparece à consulta médica com história
de cansaço às mamadas e baixo ganho de peso
desde o nascimento. A hipótese diagnóstica é:

A hipotonia da síndrome

B doença do refluxo gastroesofágico

C cardiopatia congênita

D dificuldade de aleitamento materno


SES-GO | 2018

Qual é a cardiopatia congênita que está mais


associada aos portadores de síndrome de Down?

A transposição das grandes artérias

B defeito do septo atrioventricular total

C tetralogia de Fallot

D dupla via de saída do ventrículo direito


SES-GO | 2018

Qual é a cardiopatia congênita que está mais


associada aos portadores de síndrome de Down?

A transposição das grandes artérias

B defeito do septo atrioventricular total

C tetralogia de Fallot

D dupla via de saída do ventrículo direito


Persistência do canal arterial
PCA
PCA

੦ associado à rubéola na gestação


੦ comum em prematuros
੦ RN a termo com PCA – lesão estrutural
(não fecha espontaneamente)

੦ associado a 10% de outras cardiopatias


congênitas
PCA

AO AO

PA PA

LA LA

RA RA

RV LV RV LV
PCA – EXAME FÍSICO

੦ sopro contínuo (maquinaria), no foco pulmonar


੦ PA divergente (“fuga” Ao P)
PCA – COMPLICAÇÕES

੦ ICC
੦ endarterite

੦ doença vascular pulmonar


(Eisenmenger)
PCA – TRATAMENTO

੦ drogas
• indometacina
੦ cirurgia
੦ cateterismo (coils)
RETORNO VENOSO PULMONAR
ANÔMALO PARCIAL

Síndrome da cimitarra (drenagem para v.


cava inferior)

੦ RX tórax
Sombra de densidade vascular na silhueta
cardíaca direita
SÍNDROME DA CIMITARRA
SÍNDROME DA CIMITARRA
CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS

Lesões com obstrução


ESTENOSE PULMONAR PERIFÉRICA
(RAMOS DA PULMONAR)

੦ associada com rubéola congênita

੦ síndrome de Williams quando associada a:


• estenose aórtica supravalvar
• hipercalcemia idiopática
• fácies de elfo
• retardo mental
(JONES & SMITH; 1975)
ESTENOSE AÓRTICA

੦ válvula bicúspide (em até 2% adultos)

੦ quadro clínico
• obstrução
› área cardíaca (hipertrofia VE)
› pulsos
UNESP | 2018

Um menino de 15 anos apresenta hipertensão


arterial (aferida no membro superior direito),
diminuição da amplitude dos pulsos femorais e
dificuldade de palpar os pulsos tibiais anteriores e
posteriores. Mantém saturação arterial acima de
95% nos membros superiores e inferiores, sem
diferença significativa entre eles. Os raios X de
tórax revelam a presença do sinal de Röesler
(desgaste das bordas inferiores das costelas). O
adolescente é portador de:
UNESP | 2018

A interrupção da aorta

B coarctação da aorta

C estenose aórtica valvar

D estenose aórtica supravalvar


UNESP | 2018

A interrupção da aorta

B coarctação da aorta

C estenose aórtica valvar

D estenose aórtica supravalvar


COARCTAÇÃO DA AORTA

Em 98% dos casos


੦ coarctação justaductal
COARCTAÇÃO DA AORTA

੦ associada a síndrome de Turner

੦ associada a válvula aórtica bicúspide


em mais de 70% dos casos
COARCTAÇÃO DA AORTA

QUADRO CLÍNICO
੦ sinal clássico
• diferença de pulso e pressão dos
MMSS e MMII

੦ palpação simultânea de pulsos


• atraso radial-femoral
#PEGADINHA

COARCTAÇÃO DA AORTA
੦ cianose diferencial
COARCTAÇÃO DA AORTA – TRATAMENTO

੦ cirurgia
੦ angioplastia
CARDIOPATIAS ACIANÓTICAS

੦ Iesões regurgitantes
PROLAPSO MITRAL

੦ comum na síndrome de Marfan


੦ sopro telessistólico no ápice
੦ profilaxia para endocardite?
REGURGITAÇÃO TRICÚSPIDE

੦ asfixia neonatal
PÓS-TESTE
MEDCEL

Na circulação fetal, através do ducto venoso:

A o sangue passa do AD para o AE

B o sangue passa da aorta para a a. pulmonar

C o sangue passa da a. pulmonar para a aorta

D
50% do sangue da v. umbilical é desviado para a
cava inferior e não passa pelo fígado

E
o sangue é desviado dos membros II para os
MMSS sem passar pelo coração
MEDCEL

Na circulação fetal, através do ducto venoso:

A o sangue passa do AD para o AE

B o sangue passa da aorta para a a. pulmonar

C o sangue passa da a. pulmonar para a aorta

D
50% do sangue da v. umbilical é desviado para a
cava inferior e não passa pelo fígado

E
o sangue é desviado dos membros II para os
MMSS sem passar pelo coração
MEDCEL

Após o nascimento, o fechamento funcional do


canal arterial vai ocorrer em:

A 2 dias

B 2 horas

C entre 10 e 15 horas

D entre 10 e 15 dias

E 10 minutos
MEDCEL

Após o nascimento, o fechamento funcional do


canal arterial vai ocorrer em:

A 2 dias

B 2 horas

C entre 10 e 15 horas

D entre 10 e 15 dias

E 10 minutos
MEDCEL

Em um recém-nascido a termo, qual é o principal


determinante do fechamento do canal arterial?

A oxigênio

B hipercapnia

C hipocapnia

D PGE1

E queda da pressão na aa. pulmonar


MEDCEL

Em um recém-nascido a termo, qual é o principal


determinante do fechamento do canal arterial?

A oxigênio

B hipercapnia

C hipocapnia

D PGE1

E queda da pressão na aa. pulmonar


MEDCEL

Na síndrome de Eisenmenger há:

A diminuição da resistência vascular pulmonar

B aumento do fluxo pulmonar

C congestão pulmonar

D falência cardíaca congestiva

E cianose (shunt D-E)


MEDCEL

Na síndrome de Eisenmenger há:

A diminuição da resistência vascular pulmonar

B aumento do fluxo pulmonar

C congestão pulmonar

D falência cardíaca congestiva

E cianose (shunt D-E)


MEDCEL

Em que doença abaixo pode ser observada a


cianose diferencial?

A CIV

B PCA

C coarctação da aorta

D TGA

E T. Fallot
MEDCEL

Em que doença abaixo pode ser observada a


cianose diferencial?

A CIV

B PCA

C coarctação da aorta

D TGA

E T. Fallot
CASO CLÍNICO

੦ Manuela
੦ 2 meses
CASO CLÍNICO

੦ dificuldade para mamar (taquidispneia,


taquicardia, sudorese)

੦ dificuldade de ganho de peso


੦ peso ao nascimento: 2.850g
੦ peso atual: 3.300g
CASO CLÍNICO

Ao exame
੦ sopro sistólico 4+/6+ em borda esternal
esquerda baixa
CASO CLÍNICO
1. SUSPEITA CLÍNICA?
2. EXAMES INDICADOS?
3. TRATAMENTO?
O QUE VOCÊ SABE SOBRE A
CIRCULAÇÃO NA VIDA FETAL E
AS PRINCIPAIS CARDIOPATIAS
CONGÊNITAS ACIANÓTICAS?
REFERÊNCIAS E CITAÇÕES

੦ JONES, K. L.; SMITH, D. W. The Williams elfin facies syndrome: a new


perspective. The Journal of pediatrics, v. 86, n. 5, p. 718-723, 1975.
੦ KLIEGMAN, Robert. Nelson: Textbook of Pediatrics. 21ed. Canada : Elsevier,2020.

Você também pode gostar