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6 A 7 B 8 D 9 E 10 B 11 D 12 A 13 E 14 D 15 B 16 D 17 B 18 C 19 C 20 A 21 B 22 A 23 A

24 C 25 D 26 C 27 A 28 B 29 A 30 B 31 C 32 B 33 D 34 D 35 A 36 B 37 D 38 D 39 B 40 D 41 C

42 A 43 B 44 A 45 B 46 B 47 A 48 B 49 A 50 B 51 D 52 A 53 * 54 D 55 * 56 * 57 * 58 * 59 D

60 B 61 B 62 B 63 C 64 B 65 D 66 C 67 D 68 A 69 C 70 B 71 D 72 C 73 B 74 C 75 B 76 C 77 C

78 A 79 A 80 C 81 D 82 C 83 C 84 D 85 D 86 A 87 C 88 A 89 C 90 C 91 C 92 C 93 B 94 D 95 A

96 D 97 A 98 B 99 A 100 C 101 B 102 C 103 A 104 C 105 B 106 D 107 B 108 A 109 D 110 C 111 A 112 C 113 C

114 A 115 D 116 B 117 D 118 D 119 C 120 C 121 D 122 C 123 C 124 C 125 B 126 A 127 A 128 B 129 B 130 A 131 B

132 A 133 A 134 D 135 B 136 1 137 E 138 C 139 B 140 A 141 B 142 B 143 C 144 D 145 A 146 B 147 A 148 D 149 B

150 C 151 D 152 E 153 B 154 C 155 C 156 C 157 B 158 D 159 D 160 C 161 D 162 C 163 B 164 E 165 C 166 A 167 A

168 A 169 E 170 B 171 C 172 C 173 C 174 A 175 A 176 A 177 B 178 B 179 B 180 E 181 C 182 B 183 A 184 B 185 B

186 D 187 C 188 E 189 C 190 D 191 A 192 D

Legenda:

! Questão Anulada * Questão Dissertativa

Comentários da equipe acadêmica


Confira os comentários da nossa equipe acadêmica

6 - 2022 HIAE

» Questões sobre sangramento uterino anormal (SUA) são clássicas nas provas de residência médica. Vamos lá! Temos uma paciente de 47 anos (atente-se à idade da
paciente), com SUA há 01 ano associado a oligomenorreia (intervalo menstrual maior do que 35 dias). Apresenta exame físico ginecológico dentro da normalidade e
ultrassonografia pélvica sem alterações. Entenda que a questão descreve ultrassonografia e exame ginecológico normais para dizer que não há causa estrutural que
justifique o sangramento. Assim, estamos diante de um SUA não estrutural. Vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: correta. Perceba que
a paciente da questão está no extremo da vida reprodutiva, apresenta SUA associado a oligomenorreia e ausência de causas estruturais. Esses 4 fatores associados nos
fazem pensar em sangramento perimenopausa explicado pela anovulação. A mulher na perimenopausa apresenta aumento no número de ciclos anovulatórios. Esses
são decorrentes da diminuição da reserva folicular ovariana e da refratariedade dos folículos remanescentes ao estímulo das gonadotrofinas. Por esse motiva, ocorre
SUA. Letra B: incorreta. Quando discutimos causas iatrogênicas de SUA, devemos nos lembrar dos sitesmas intrauterinos medicados ou inertes e dos agentes
farmacológicos que alteram diretamente o endométrio, os quais interferem nos mecanismos de coagulação do sangue ou influenciam a ovulação. Dentre essas
medicações, estão: anticoncepcionais hormonais, ácido acetilsalicílico, antiepilépticos, hormônios da tireoide, antidepressivos, tamoxifeno e corticosteroides. Como a
questão não descreve nenhum medicamento ou sistema intrauterino em uso, não pensamos em causa iatrogênica. Letra C: incorreta. As causas não classificadas
incluem lesões ou condições sistêmicas raras que podem ser causas de SUA, como malformações arteriovenosas, hipertrofia miometrial, alterações mullerianas e
istmocele. Diante de paciente na perimenopausa, com SUA, ciclos anovulatórios e ausência de alterações estruturais, não pensamos em causas não classificadas, mas
sim, em causa ovulatória. Letra D: incorreta. Adenomiose é causa estrutural de SUA. Além de a ultrassonografia não mostrar nenhuma alteração estrutural, a paciente
não apresenta clínica correspondente a adenomiose- além do SUA, dor pélvica crônica. Resposta: letra A.

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7 - 2022 SCMSP

» Questão específica para uma prova de residência de acesso direto, mas, vamos aprender sobre os conceitos envolvidos na análise do espermograma. - Volume:
considera-se normal acima de 1,5 ml. Como temos 3 ml de volume, o parâmetro está normal. - Concentração: considera-se normal acima de 20 milhões/ml. Assim, o
descrito na questão é 12 milhões/ml, portanto, baixa concentração. Diz-se que há oligozoospermia quando a concentração de espermatozoides no ejaculado está
diminuída, sendo considerada leve à moderada quando 5-20 milhões/ml e grave quando abaixo de 5 milhões/ml. - Motilidade: é considerada normal quando A e B somam
mais do que 32%. Portanto, 40% é valor normal. - Morfologia: há duas descrições sobre a morfologia- > 30% de formas ovais (critério da Organização Mundial da Saúde)
e > 4% (morfologia estrite de Kruger). A questão descreve morfologia estrite de Kruger de 1%, abaixo de 4% e, assim, anormal. Alteração na morfologia dos
espermatozoides pe chamada de teratozoospermia. Agora, vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correspondente às alterações seminais. Letra A:
incorreta. Astenozoospermia diz respeito à baixa motilidade dos espermatozoides, porém, a mobilidade é considerada normal nesse caso. Letra B: correta.
Oligozoospermia diz respeito à baixa contração e teratozoospermia é alteração morfológica nos espermatozoides do ejaculado, que são as alterações presentes no
sêmen avaliado. Letra C: incorreta. Astenozoospermia diz respeito à baixa motilidade dos espermatozoides, porém, a mobilidade é considerada normal nesse caso. Além
disso, falta na denominação a teratozoospermia, referente à alteração morfológica dos espermatozoides. Letra D: incorreta. Não existe o termo hipozooespermia, mas
sim, oligozoospermia para se referir à baixa concentração de espermatozoides no ejaculado. Letra E: incorreta. O termo astenospermia está incorreto. Diz-se
astenozoospermia quando há baixa motilidade dos espermatozoides, o que não acontece no sêmen descrito pela questão. Resposta: letra B.

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8 - 2022 IAMSPE

» A questão deseja saber qual é a alternativa CORRETA sobre a endometriose pélvica. Vamos a elas: Letra A: incorreta, pois o CA 125 não é um marcador sensível para
diagnóstico da endometriose. Seu uso é preferível na avaliação da resposta terapêutica como indicativo de sua progressão pós-tratamento. Letra B: incorreta, pois o
diagnóstico de endometriose infiltrativa profunda (EIP) independe da queixa clínica de dispareunia de profundidade. Assim, ela não é um pré-requisito obrigatório para o
diagnóstico de EIP. Letra C: incorreta, pois a intensidade dos sintomas na endometriose NÃO é proporcional à extensão da doença. Letra D: correta, pois a
endometriose infiltrativa profunda é aquela que penetra mais de 5 mm da superfície peritoneal. Letra E: incorreta, pois as pílulas combinadas com estrogênio e
progesterona constituem a primeira linha do tratamento clínico da endometriose por apresentarem menos efeitos colaterais. O principal objetivo do tratamento clínico é
o alívio dos sintomas álgicos e a melhora da qualidade de vida, não se esperando diminuição das lesões ou cura da doença, mas sim o controle do quadro clínico.
Resposta: letra D.

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9 - 2022 IAMSPE

» A questão deseja saber qual é a alternativa CORRETA em relação a uma paciente com suspeita clínica e ultrassonográfica de adenomiose, na qual foi solicitada a
realização de uma histeroscopia, que demonstrou cavidade uterina normal e endométrio de aspecto proliferativo e biópsia de endométrio em parede corporal posterior.
Vamos analisar cada uma delas: Letra A: incorreta, pois a ausência de apoptose não é critério diagnóstico para adenomiose. Letras B e D: incorretas, pois a adenomiose
consiste na presença de glândulas e estroma na intimidade do miométrio e, portanto, a biópsia do endométrio não tem relevância para adenomiose, já que ela se trata
de afecção do miométrio e não do endométrio, o que nos direciona para a letra E como resposta da questão que menciona exatamente o que foi explicado
anteriormente. Letra C: incorreta, pois a hiperplasia endometrial sem atipias é lesão precursora do câncer de endométrio e não tem correlação com o diagnóstico de
adenomiose. Resposta: letra E.

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10 - 2022 HIAE

» Essa questão descreve uma paciente que não faz uso de terapia hormonal com quadro de sangramento na pós-menopausa. A ultrassonografia transvaginal evidenciou a
presença de pólipo endometrial (imagem hiperecogênica de 7 mm) e endométrio fino, com 3 mm de espessura. A conduta mais adequada consiste na realização de
polipectomia por via histeroscópica, a qual permite, inclusive, a avaliação histopatológica do pólipo. A curetagem uterina é um procedimento realizado sem visão direta,
o que pode não permitir a polipectomia. Já a histerectomia seria um procedimento de maior morbidade, sem indicação nesse momento. Resposta: letra B.

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11 - 2022 HIAE

» Essa questão descreve uma paciente apresentando infertilidade por anovulação crônica. A conduta mais adequada consiste, então, na indução da ovulação. O letrozol é
um inibidor da aromatase considerado como primeira escolha como indutor da ovulação em consensos de SOP. Ele reduz a concentração de estrogênio, diminuindo o
feedback negativo que o estrogênio exerce sobre a hipófise; havendo maior secreção de FSH e, com isso, maior recrutamento folicular. Devemos lembrar também sobre
a importância de orientação de perda de peso, já que o sobrepeso aumenta a resistência à insulina e dificulta a ovulação. Inseminação artificial e fertilização in vitro não
estão indicadas quando o único fator para a infertilidade do casal é anovulação crônica por síndrome dos ovários policísticos (SOP). Já a ooforoplastia em cunha não é a
primeira opção de tratamento para pacientes com SOP. Resposta: letra D.

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12 - 2022 HSL - SP

» Estamos diante de uma paciente jovem, com desejo reprodutivo, diagnosticada com endometriose peritoneal após ser submetida à laparoscopia para investigação de
dismenorreia. Foi realizada cauterização de focos superficiais da doença durante a cirurgia. A cromotubagem confirmou permeabilidade tubária bilateral. Vamos analisar
as alternativas sobre a orientação mais adequada: Letra A: correta. Os estudos revelam que a taxa de gestação é maior em pacientes jovens com doença inicial, que
foram submetidas à exérese dos focos de endometriose. Portanto, devemos liberar o casal para tentar uma gravidez espontânea. Letra B: incorreta. A inseminação
intrauterina é indicada no tratamento da infertilidade devido a um fator cervical, fator masculino leve, distúrbios ejaculatórios ou infertilidade sem causa aparente. Letra
C: incorreta. A gestrinona está associada ao risco de masculinização do feto. Portanto, não deve ser indicada em pacientes que estão tentando engravidar. Letra D:
incorreta. Os análogos de GnRH induzem um estado de anovulação e hipoestrogenismo intenso, não sendo recomendados em pacientes que desejam engravidar. Letra
E: incorreta. A videolaparoscopia com cromotubagem é o padrão-ouro na avaliação da permeabilidade tubária. O espermograma é exame fundamental para investigação
do fator masculino e deve ser solicitado logo na primeira consulta. Resposta: letra A.

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13 - 2022 SUS - SP

» A questão deseja saber qual é a alternativa CORRETA em um casal heterossexual que deseja engravidar, sem sucesso, há mais de dois anos. A avaliação básica do casal
mostrou espermograma normal; dosagens hormonais são normais, o que em princípio descarta um fator ovulatório; e a histerossalpingografia (HSG) revelou obstrução
tubária bilateral, impossível de ser revertida com laparoscopia. Pode-se concluir, portanto, que a possível causa da infertilidade é um fator tubário (obstrução tubária
bilateral irreversível cirurgicamente) por provável sequela de uma doença inflamatória pélvica prévia (antecedente de tratamento de uma infecção uterina). Neste
contexto, a melhor conduta terapêutica para o casal seria uma fertilização in vitro com micromanipulação de gametas (ICSI), que é a técnica atualmente mais
empregada. Agora sim, vamos às alternativas: Letra A: incorreta, pois o diagnóstico genético pré-implantacional do embrião (PGD) só está indicado as seguintes
situações: idade materna maior do que 35 anos; risco aumentado de aneuploidias; falhas repetidas de FIV. Letras B e C: incorretas, pois tanto o coito programado quanto
a inseminação requerem tubas pérvias. Letra D: incorreta, pois o antecedente infeccioso não é indicação de útero de substituição. Suas indicações incluem: ausência
congênita do útero; malformações uterinas graves; alterações graves da cavidade uterina (ex.: pós-ablação e SIU graves). Letra E: correta, pois a obstrução tubária
bilateral irreversível cirurgicamente impõe a FIV como conduta terapêutica ideal para o caso. Resposta: letra E.

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14 - 2022 USP - SP

» A questão descreve uma paciente jovem com queixa de dor pélvica cíclica que antecede o fluxo menstrual, sem alterações no padrão de sangramento ou dispareunia
associada. No exame físico, não há achados significativos. Estamos diante de um quadro de dismenorreia primária. Em geral, os sintomas se iniciam dois anos após a
menarca, coincidindo com os ciclos ovulatórios. Nesse caso, a dor ocorre na ausência de doença pélvica detectável. Vamos analisar as alternativas sobre o tratamento
inicial mais adequado: Letra A: incorreta. A gestrinona não possui benefício adicional no tratamento da dismenorreia, além de produzir efeitos colaterais relacionados ao
hipoestrogensmo. Letra B: incorreta. Não há sinais de cervicite para pensarmos em infecção por clamídia. Portanto, a azitromicina não está indicada. Letra C: correta. O
sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) causa atrofia do endométrio, redução de fluxo menstrual e inibição da síntese de prostaglandinas, sendo eficaz
no tratamento da dismenorreia. A questão ainda nos forneceu um dado importante: a paciente faz uso irregular de preservativo. Dessa forma, além de tratar a queixa
principal, podemos iniciar um tratamento que também atue na contracepção. Letra D: correta. As diferentes drogas anti-inflamatórias não esteroidais têm eficácia
similar no tratamento da dismenorreia. A maioria das pacientes com dismenorreia moderada ou severa melhora com o uso dessa classe de medicamento. Vale lembrar
que o uso a longo prazo está associado a efeitos adversos gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia. Portanto, podemos concluir que a questão apresenta
duas alternativas corretas entre as opções de resposta. A banca manteve como gabarito oficial a letra D, mesmo após solicitação de recurso.

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15 - 2022 USP - SP

» Estamos diante de uma paciente de 30 anos em processo de fertilização in vitro (FIV), com boa resposta ao estímulo ovariano e desenvolvimento acentuado de múltiplos
folículos. A questão deseja saber qual é a principal complicação associada a este procedimento. A síndrome do hiperestímulo ovariano (SHO) pode ocorrer quando se
utilizam indutores da ovulação, principalmente as gonadotrofinas. O quadro clínico inclui aumento do volume ovariano, desconforto e distensão abdominal,
extravasamento de líquido para a cavidade abdominal e terceiro espaço e complicações decorrentes da hipovolemia. A fisiopatologia ainda não foi totalmente
esclarecida, mas parece estar relacionada com o sistema renina-angiotensina e com a liberação de substâncias vasoativas pelo ovário, sob a ação do hCG. Os fatores de
risco para o desenvolvimento da SHO são: mulheres com menos de 35 anos de idade, baixo índice de massa corpórea, síndrome dos ovários policísticos, níveis de
estradiol elevados durante o estímulo ovariano, “recrutamento” de múltiplos folículos e recuperação de múltiplos oócitos. Portanto, a principal complicação inclui ascite e
derrame pleural. Vale lembrar que a gemelaridade é mais comum em pacientes submetidas à FIV, o que gerou confusão entre os alunos. A banca manteve como
gabarito oficial a letra B, apesar da solicitação de recurso. Resposta: letra B.

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16 - 2022 UERJ

» A questão deseja saber qual é o tratamento indicado para uma mulher de 29 anos que apresenta dismenorreia desde a adolescência e dificuldade de engravidar, cuja
ressonância magnética (RM) da pelve evidencia estenose ureteral distal e endometriose profunda. Alguns aspectos merecem ser relembrados no raciocínio clínico deste
caso: 1º) O tratamento medicamentoso hormonal para supressão ovariana em pacientes com infertilidade e endometriose não deve ser prescrito, pois não existem
evidências científicas de qualquer benefício no tocante à melhora da fertilidade. 2º) Tanto a cirurgia quanto técnicas de reprodução assistida podem ser oferecidas para o
tratamento da infertilidade dos casais. Nas pacientes com endometriose estádios I e II, é recomendado realizar exérese laparoscópica dos focos. Quanto às pacientes
com estádios III e IV, não existe consenso se é indicada abordagem cirúrgica apenas para tratamento da infertilidade. Alguns trabalhos indicam melhora das taxas de
sucesso da fertilização in vitro, quando precedida por cirurgia. Neste caso, a palavra de ordem é individualizar caso a caso. 3º) O tratamento cirúrgico deve ser oferecido
às pacientes em que o tratamento clínico foi ineficaz ou na presença de endometriomas ovarianos volumosos, lesões de ureter (estenose ou presença de hidronefrose),
lesões suboclusivas ou obstrutivas intestinais e lesões de apêndice (pela impossibilidade da diferenciação entre endometriose e tumor neuroendócrino pelos métodos de
imagem). Agora sim, vamos às alternativas: Letras A, B e C: incorretas, pois representam métodos hormonais de tratamento clínico que não melhoram a fertilidade. Letra
D: correta, pois a presença de lesão em ureter (estenose) impõe o tratamento cirúrgico. O objetivo da cirurgia é a remoção completa de todos os focos de endometriose,
restaurando a anatomia e preservando a função reprodutiva, preferencialmente realizada por via laparoscópica. O tratamento da endometriose ureteral depende do local
das lesões e da presença ou não de lesões associadas. O procedimento pode incluir desde a ureterólise até uma ressecção com anastomose terminoterminal ou
reimplante de ureter. Resposta: letra D.

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17 - 2022 SES - RJ

» Estamos diante de uma paciente de 35 anos, nulípara, com desejo de gestar, que apresenta um mioma subseroso pediculado medindo 8 cm. Vale lembrar que miomas
pediculados volumosos apresentam risco elevado de torção. Analisando as alternativas sobre a conduta mais adequada: Letra A: incorreta. A embolização da artéria
uterina consiste em uma técnica radiointervencionista endovascular para o tratamento conservador de miomas uterinos. Em pacientes que desejam gestar, o
procedimento está indicado somente quando não for possível a realização de miomectomia. Letra B: correta. Pacientes com miomas volumosos que desejam engravidar
devem ser submetidas à miomectomia. Os miomas subserosos são tratados preferencialmente pela via laparoscópica. Vale lembrar que o morcelador possibilita a
miomectomia laparoscópica na presença de nódulos de grandes dimensões. Letra C: incorreta. A ablação endometrial consiste na destruição do endométrio. A técnica
está indicada na presença de sangramento vaginal persistente e impossibilidade de realizar histerectomia. Não é uma opção em pacientes que desejam engravidar.
Letra D: incorreta. A histerectomia é uma alternativa para os casos refratários ou na presença de miomas volumosos, quando não há interesse na preservação uterina.
Nesse caso, o tratamento cirúrgico deve ser conservador. Resposta: letra B.

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18 - 2022 FJG

» A questão deseja saber qual é a causa mais frequente de sangramento uterino anormal (SUA) na adolescência. Vamos às alternativas: Letras A e D: incorretas, pois
causas estruturais de SUA, como mioma e pólipo endometrial, são frequentes na vida reprodutiva (menacme) e não na infância. Letra B: incorreta, pois, embora as taxas
de infecção por clamídia sejam maiores na adolescência do que em qualquer outra faixa etária - o que justifica o seu rastreamento rotineiro jovens sexualmente ativas –
e sua evolução para cervicite se associe com sangramento irregular e/ou sangramento pós-coito (sinusiorragia), ela não constitui a causa mais frequente de SUA nesta
faixa etária. Letra C: correta, pois a anovulação consiste na principal causa de SUA em adolescentes e decorre da imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário.
Resposta: letra C.

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19 - 2022 FJG

» A questão deseja saber qual é causa dos pequenos sangramentos por via vaginal, que podem ocorrer logo após o nascimento. Eles podem decorrer de dois eventos
distintos: 1º) Sangramento por privação do estrogênio materno: durante a vida intrauterina, o estrogênio materno atravessa a placenta e estimula o crescimento do
revestimento endometrial. Como este suporte hormonal é interrompido, durante as primeiras semanas após o nascimento, em alguns recém-nascidos ocorre
descamação endometrial resultando em corrimento mucoide ou sangramento vaginal leve. O sangramento é autolimitado e não requer tratamento. 2º) Sangramento por
um fenômeno de “minipuberdade”: o padrão de atividade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário (HHO) é variável durante as diferentes fases da vida. Na segunda metade
do período gestacional, as concentrações fetais de LH e FSH atingem níveis semelhantes aos de adultos, porém caem devido à retroalimentação negativa exercida pelos
hormônios esteroides da unidade fetoplacentária. No período neonatal, as concentrações de LH e FSH voltam a aumentar, devido à perda dessa inibição e à imaturidade
dos mecanismos regulatórios hipotalâmicos. Dessa forma, nos dois primeiros anos de vida, ocorre o fenômeno de “minipuberdade”, durante o qual podem ocorrer sinais
discretos de puberdade, como pequenos sangramentos por via vaginal ou telarca precoce, que regridem espontaneamente. Logo, os pequenos sangramentos por via
vaginal em recém-nascidos, que incidem logo após o nascimento, podem decorrer de uma elevação dos níveis de FSH e LH. Resposta: letra C.

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20 - 2022 UFRJ

» Questão clássica de prova de residência! Temos uma paciente na pós-menopausa, com 65 anos, obesa, diabética tipo 2 e com diagnóstico de hipertensão arterial
sistêmica. Vem ao atendimento com queixa de sangramento uterino anormal há 06 meses. Ao exame de imagem (ultrassonografia transvaginal) apresenta eco
endometrial de 3mm. Perceba que a questão traz uma paciente com fatores de risco para câncer de endométrio: obesidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial
sistêmica (esse último fator de risco é discutível) com queixa de sangramento uterino anormal (SUA). Assim, a consulta subsequente é a realização de ultrassonografia
transvaginal em busca das possíveis causas de SUA estrutural na pós-menopausa. Lembre-se das principais causas de SUA na pós menopausa: estrogênios exógenos
(terapia hormonal- TH); endometrite/vaginite atrófica; câncer endometrial; pólipos endometriais ou cervicais; hiperplasia endometrial. A paciente não faz uso de TH, o
que nos faz excluir essa causa. Agora, para finalizar, vamos avaliar a espessura do eco endometrial. A causa mais provável de SUA na pós-menopausa, em paciente sem
história de uso de TH, como a em discussão, com espessura endometrial igual ou menor que 4 mm ou 5 mm, é a atrofia endometrial. Assim, a hipótese diagnóstica
principal é atrofia endometrial, em vista que a paciente possui eco endometrial menor do que 4 mm. Resposta: letra A.

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21 - 2022 UFRJ

» Questão sobre infertilidade e marcadores de reserva ovariana. A reserva ovariana representa a população de folículos primordiais remanescentes e é definida como a
qualidade e a quantidade dos folículos presentes nos ovários. Analisando as alternativas: Letra A: incorreta. Tanto o FSH basal quanto a contagem de folículos antrais são
melhores preditores da produção oocitária, ou seja, da quantidade de oócitos. Letra B: correta. A idade cronológica é o maior determinante da reserva ovariana,
interferindo diretamente na qualidade dos oócitos. Já o nível de hormônio antimülleriano é um bom preditor da quantidade de folículos. Letra C: incorreta. A dosagem de
inibina B não é um método preconizado para a avaliação da reserva ovariana. A razão FSH/LH acima de 3 é preditora de má resposta à estimulação ovariana. Assim
como a dosagem de FSH, está relacionada à quantidade de oócitos. Letra D: incorreta. Ciclos menstruais regulares indicam a presença de ovulação, porém não são
marcadores de reserva ovariana. A dosagem isolada de estradiol basal não deve ser utilizada. Resposta: letra B.

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22 - 2022 UFRJ

» A questão descreve uma paciente de 35 anos, nuligesta e com desejo reprodutivo, queixando-se de aumento do fluxo e da duração do período menstrual há seis meses.
A ultrassonografia evidenciou uma imagem nodular de 3 cm rechaçando o endométrio. Durante a histeroscopia, método padrão-ouro para a avaliação da cavidade
uterina, foi visualizado um mioma em parede posterior classificado como FIGO 1. Segundo a FIGO, os miomas são classificados em submucosos, intramurais e subserosos
tipos 0 a 8. O tipo 1 inclui o mioma submucoso com componente intramural e menos de 50% de penetração no miométrio. Em relação ao tratamento, o tipo de
abordagem depende dos seguintes fatores: idade da paciente, desejo de gestar, presença de sintomas, localização e tamanho dos leiomiomas. Nesse caso, estamos
diante de uma paciente com sangramento uterino anormal e desejo reprodutivo, sendo a miomectomia o procedimento de escolha, e não a histerectomia. Como o
mioma é submucoso, a via ideal é histeroscópica, e não laparoscópica. Resposta: letra A.

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23 - 2022 HUOL

» Vamos analisar cada uma das afirmativas em relação à dismenorreia: Afirmativa I: incorreta. Na dismenorreia primária, a dor geralmente se inicia horas antes do início
do fluxo menstrual e dura em torno de 48 a 72 horas. Já na dismenorreia secundária, em que existe uma doença pélvica demonstrável, a dor se inicia dias antes do fluxo
menstrual, geralmente uma semana antes, e pode durar mais dias. Afirmativa II: correta. A dismenorreia corresponde à dor pélvica cíclica; à cólica menstrual.
Afirmativa III: correta. A dismenorreia primária não está associada à doença pélvica e se inicia nos primeiros ciclos ovulatórios. Lembrando que nos primeiros dos anos
após a menarca, os ciclos podem ser anovulatórios por uma imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano. Afirmativa IV: correta. Se a paciente não desejar utilizar
contraceptivo, o uso de anti-inflamatórios não hormonais iniciado uns dois dias antes do fluxo menstrual até uns dois dias depois do início do fluxo tendem a apresentar
boa resposta, especialmente na dismenorreia primária. Se a paciente tiver desejo contraceptivo, ele já atua no controle da dismenorreia. Resposta: letra A.

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24 - 2022 PSU - MG

» Questão bastante interessante para discutirmos propedêutica do casal infértil. Vamos avaliar cada uma das assertivas, em busca da correta. Letra A: incorreta. O FSH é
importante na avaliação do fator ovulatório de infertilidade, porém, não pode ser dosado em qualquer dia do ciclo menstrual. Lembre-se que a dosagem do FSH é
realizado no 3° dia do ciclo menstrual. Letra B: incorreta. Diante de uma paciente com infertilidade e dismenorreia com piora há um ano, a endometriose é um
diagnóstico provável. Apesar de a ressonância nuclear magnética ser um bom exame complementar para diagnóstico e estadiamento da endometriose, não é o padrão-
ouro. A videolaparoscopia com biópsia (mesmo que pouco realizada hoje em dia com esse intuito) mantém-se como padrão-ouro para diagnóstico da endometriose. Letra
C: correta. A histerossalpingografia é o exame inicial realizado para documentar a perviedade da tuba uterina, possuindo alta sensibilidade para detecção de oclusão
tubária. Letra D: incorreta. Não caia nessa pegadinha! O espermograma é o exame de primeira consulta a ser solicitado para o homem na investigação do casal infértil. A
história anterior de paternidade não dispensa essa avaliação, pois o homem pode adquirir um fator de infertilidade. Resposta: Histerossalpingografia apresenta alta
sensibilidade para detecção de oclusão tubária.

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25 - 2022 HCPA

» A questão descreve um paciente jovem com queixa de dor pélvica crônica e progressiva há cerca de um ano. Refere piora do sintoma após suspender tratamento clínico
com contraceptivo hormonal combinado, o que sugere a associação da dor com o ciclo menstrual. A principal suspeita clínica é de endometriose. Vamos analisar as
alternativas sobre a melhor conduta no momento, ou seja, a abordagem inicial: Letra A: incorreta. A dosagem sérica de CA-125 não deve ser utilizada no diagnóstico da
endometriose, mas sim para avaliar a progressão da doença após o tratamento. Letras B e C: incorretas. A ultrassonografia pélvica transvaginal com preparo intestinal e
a ressonância magnética de pelve representam os principais métodos de imagem para detecção e estadiamento da doença. No entanto, diante da suspeita de
endometriose, não devemos aguardar os exames complementares para iniciar o tratamento. Letra D: correta. Diante de uma suspeita clínica de endometriose, a
abordagem inicial deve incluir a terapia empírica para o controle da dor pélvica. Os progestágenos são considerados fármacos de primeira linha no manejo clínico da
endometriose. Prescrever a progesterona como tratamento inicial não impede a paciente de fazer, em um segundo momento, uma avaliação de imagem com
ultrassonografia ou ressonância magnética, mas estes exames serão importantes para avaliar a gravidade da doença e a possibilidade de tratamento cirúrgico em caso
de falha do tratamento medicamentoso. Portanto, iniciar o tratamento com progesterona é a conduta mais adequada no momento. Resposta: letra D.

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26 - 2022 AMP

» A questão deseja saber quais afirmativas estão corretas em relação à endometriose. Vamos analisar as opções: Afirmativa I: falsa. Os melhores métodos diagnósticos
não invasivos utilizados para detecção e estadiamento da endometriose incluem a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética de
abdome e pelve. No entanto, o método padrão para o diagnóstico é a laparoscopia, pois permite a visualização direta dos implantes e a biópsia para estudo
histopatológico das lesões. Afirmativa II: verdadeira. O acometimento das vias urinárias pela endometriose pode cursar com disúria e hematúria cíclicas. Afirmativa III:
verdadeira. Os endometriomas tipicamente apresentam conteúdo líquido espesso e achocolatado. Os cistos endometrioides podem ser volumosos e medir de 6 a 8 cm.
Portanto, apenas as afirmativas II e III são verdadeiras. Resposta: letra C.

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27 - 2022 HCPA

» A questão descreve uma paciente de 35 anos com diagnóstico de infertilidade primária e endometriose peritoneal. Vamos analisar as alternativas sobre o método de
escolha para a investigação do fator tubário: Letra A: correta. A histerossalpingografia é o método padrão-ouro para avaliação da permeabilidade tubária, sendo
considerada como primeira linha na investigação feminina. Letra B: incorreta. A detecção de anticorpos para clamídia tem sido associada à patologia tubária. Entretanto,
a utilidade clínica do teste é limitada. Letra C: incorreta. A histeroscopia é um método de avaliação secundária do fator uterino, sendo indicada para a avaliação de
doenças da cavidade uterina. Letra D: incorreta. A ressonância magnética da pelve é excelente método para estudar anomalias uterinas e miomas, mas não permite a
avaliação do status tubário. Estaria indicado para mapear os focos da endometriose, porém não seria o melhor exame para investigar o fator tubário, conforme solicita o
enunciado da questão. Resposta: letra A.

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28 - 2022 AMP

» Questão sobre os leiomiomas uterinos. Analisando as alternativas: Afirmativa I: verdadeira. Tanto o estrogênio quanto a progesterona parecem promover o surgimento
dos miomas. Afirmativa II: falsa. O tabagismo diminui a incidência de miomas ao reduzir a biodisponilidade de estrogênio. Sendo assim, é considerado um fator protetor,
e não de risco. Afirmativa II: verdadeira. Os miomas raramente são observados antes da puberdade, são mais prevalentes durante a idade reprodutiva e regridem após a
menopausa. Dessa forma, é incomum o surgimento de miomas em pacientes menopausadas. Portanto, apenas as afirmativas I e III são verdadeiras. Resposta: letra B.

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29 - 2022 UFMT

» Temos uma paciente com queixa de sangramento uterino anormal nos últimos seis meses e que apresenta um mioma submucoso de 3 cm com componente intramural
maior ou igual a 50% (FIGO-2). A paciente é laqueada, ou seja, a banca já está te dizendo que não existe possibilidade de gestação. Pessoal, a histeroscopia cirúrgica é a
principal via de acesso aos miomas submucosos. Mesmo que o mioma apresente componente intramural, a ressecção histeroscópica é preferencial por ser um
procedimento menos invasivo, com menor morbidade do que a miomectomia laparoscópica ou laparotômica. O componente intramural pode, no entanto, dificultar a
ressecção do mioma em apenas um tempo cirúrgico, podendo ser necessário programar nova abordagem dois ou três meses após a primeira cirurgia para concluir a
miomectomia histeroscópica. Percebam que existe uma alternativa que diz apenas “miomectomia”, mas essa não é a melhor resposta porque a questão não especifica a
via; nas provas de múltipla escolha temos que procurar sempre a alternativa mais correta dentre as que a banca apresenta. O tratamento clínico medicamentoso não é a
melhor opção para esta paciente, visto que ela apresenta uma lesão estrutural que justifica o sangramento anormal, mas até poderia ser uma opção de tratamento. No
entanto, a banca não aceitou os pedidos de recurso e manteve o gabarito como histeroscopia cirúrgica. A histerectomia total não é indicada, pois o mioma é passível de
ressecção histeroscópica. Resposta: letra A.

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30 - 2022 UFMT

» Temos uma paciente de 79 anos que apresenta sangramento esporádico, em “água de carne”, há 8 meses; também apresenta endométrio de 22 mm de espessura.
Consideramos normal uma espessura de até 4 ou 5 mm em pacientes na pós-menopausa que não fazem uso de terapia hormonal; esse endométrio, portanto, está
bastante espessado. Além disso, a descrição do sangramento em “água de carne” é bastante sugestiva de malignidade; é frequente a associação entre esse
sangramento claro, desbotado, com odor fétido, característico de necrose tumoral. Dessa forma, a principal hipótese diagnóstica para uma paciente com sangramento
pós-menopausa com essas características e espessamento endometrial é o câncer de endométrio. O padrão-ouro para diagnóstico é a histeroscopia com biópsia dirigida,
mas a curetagem ambulatorial também é uma opção. A adenomiose e a miomatose uterina são causas de sangramento uterino anormal no menacme e não na pós-
menopausa. Embora os pólipos endometriais sejam relativamente comuns na pós-menopausa e possam estar associados à sangramento, o mais comum é que eles
sejam assintomáticos; não são, portanto, a nossa principal hipótese diagnóstica. Resposta: letra B.

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31 - 2022 UFMT

» Temos uma paciente de 44 anos que apresenta dismenorreia e sangramento uterino anormal. A ressonância magnética evidenciou um útero aumentado de volume,
assimetria de paredes uterinas, heterogeneidade difusa e cistos miometriais. Não há descrição de nódulos sugestivos de miomas, ou seja, estamos diante de um quadro
de adenomiose e não de miomatose uterina. A adenomiose é caracterizada pela presença de tecido endometrial entremeado às fibras miometriais. O sangramento
uterino aumentado e a dismenorreia são os sintomas mais comuns. Os exames de imagem podem evidenciar aumento do volume uterino sem nódulos miomatosos,
assimetria entre as paredes uterinas, heterogeneidade difusa ou focal, cistos miometriais, estrias radiadas e espessamento da zona juncional. O tratamento preconizado
para a adenomiose, durante muito tempo, foi a histerectomia. É, de fato, o tratamento definitivo, mas também é o de maior morbidade, além de não ser uma opção para
mulheres que desejam manter a fertilidade ou que apresentam alto risco cirúrgico. Por esse motivo, tem sido reservada para pacientes que não responderam a outra
terapêutica. O sistema intrauterino de levonorgestrel é uma opção de tratamento clínico eficaz para a adenomiose. Os focos ectópicos de endométrio diminuem de
tamanho, permitindo redução do fluxo menstrual e da produção de prostaglandinas, melhorando a dismenorreia. Outras opções para tratamento clínico seriam os
anticoncepcionais orais e os análogos de GnRH. A questão solicita a primeira linha de conduta terapêutica. O MEDGRUPO, em consonância com a literatura, entende que
o planejamento terapêutico deve levar em consideração a clínica da paciente, as expectativas reprodutivas e a extensão da lesão. Mesmo a paciente tendo prole
constituída e ligadura tubária, a equipe acadêmica do MEDGRUPO considera que a primeira linha de tratamento deve ser o tratamento clínico, considerando que ele é
eficaz em grande parte dos casos e que apresenta menor morbidade. A histerectomia, portanto, ficaria reservada apenas para os casos refratários. A banca inicialmente
deu como resposta a letra A, dispositivo intrauterino de levonorgestrel, mas infelizmente mudou para a letra C, histerectomia. Resposta da banca: letra C. Resposta
MEDGRUPO: letra A.

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32 - 2022 UFMT

» Estamos diante de uma paciente de 15 anos, sem atividade sexual, com sangramento genital importante associado à taquicardia. Vamos analisar as alternativas sobre o
diagnóstico mais provável: Letra A: incorreta. A idade média de diagnóstico de endometriose varia entre 25 e 30 anos. Os sintomas mais comuns incluem dismenorreia,
dispareunia, dor pélvica crônica e infertilidade. Letra B: correta. Diante de uma paciente jovem com história de sangramento abundante desde a menarca e anemia,
devemos suspeitar de coagulopatia. Vale lembrar que a doença de von Willebrand é uma das causas mais comuns. Letra C: incorreta. A adenomiose é mais prevalente
na perimenopausa e nas multíparas, atingindo mulheres entre 40 e 50 anos de idade. O quadro clínico inclui sangramento uterino aumentado e dismenorreia. Letra D:
incorreta. Em geral, a hiperplasia de endométrio é causa de sangramento uterino anormal na perimenopausa. Resposta: letra B.

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33 - 2022 HC - UFPR

» Questões envolvendo sangramento uterino anormal (SUA), suas causas e avaliação ultrassonográfica são clássicas de prova de residência médica! Por isso, vamos
discutir os detalhes da questão. Uma paciente de 47 anos queixa-se de irregularidade menstrual com aumento da quantidade e duração há 06 meses e sangramento
vaginal há 15 dias. Realizou ultrassonografia transvaginal sem alterações (lembre-se que a referência de endométrio entre 4-5 mm é para paciente na pós-menopausa,
ou seja, que estão há 01 ano sem menstruar, que não é o caso da paciente). Assim, nessa questão, temos uma paciente na perimenopausa com SUA. Vamos avaliar cada
uma das afirmativas trazidas pela questão em busca da correta. Letra A: Incorreta. A tríade clássica da gravidez ectópica é: dor abdominal + amenorreia + sangramento
vaginal. Em gestação ectópica rota, há hemorragia intraperitoneal, dor aguda e intensa na fossa ilíaca ou no hipogástrio e choque. A paciente do caso não apresenta dor
abdominal aguda nem amenorreia e, portanto, nossa primeira hipótese diagnóstica não é gravidez ectópica rota. Letra B: Incorreta. A coagulopatia deve ser cogitada em
jovens com história de sangramento abundante desde a menacme e com anemia. Estamos diante de uma paciente na perimenopausa, que não refere história de
sangramento desde o menacme, nem hemorragia após o parto ou após cirurgia ou associado a tratamento dentário. Portanto, não devemos investigar coagulopatia.
Letra C: Incorreta. A curetagem uterina não é um método diagnóstico de primeira linha para avaliação endometrial, uma vez que obtém material endometrial às cegas.
Além disso, a paciente possui achado ecográfico endometrial compatível com a normalidade não havendo, assim, indicação de investigação endometrial. Letra D:
Correta. Estamos diante de uma paciente na perimenopausa. A mulher na perimenopausa apresenta aumento no número de ciclos anovulatórios. Esses são decorrentes
da diminuição da reserva folicular ovariana e da refrateriedade dos folículos remanescentes ao estímulo das gonadotrofinas. Por esse motivo, ocorre o sangramento
uterino anormal. Assim, diante de uma paciente na perimenopausa com SUA e ultrassonografia normal, pensamos em ciclos anovulatórios como primeira hipótese
diagnóstica. Letra E: Incorreta. Diante de uma paciente na perimenopausa com SUA e ultrassonografia transvaginal com achados compatíveis com a normalidade, não há
indicação de outros exames complementares. Resposta: letra D.

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34 - 2022 SCMBH

» Essa questão pede a alternativa correta em relação ao sangramento uterino anormal (SUA). Miomas estão frequentemente associados à sangramento uterino
aumentado, entretanto, os miomas subserosos não cursam com sangramento. O SUA é mais comum nos miomas submucosos. Na perimenopausa, as principais causas
de SUA são: anovulação, alterações anatômicas (como pólipos, leiomiomas e adenomiose) e câncer (endometrial, cervical e ovariano). Estudos epidemiológicos
mostraram que não há relação entre níveis de hormônios sexuais e SUA. Assim, sua avaliação não é recomendada em mulheres com SUA. O tratamento do sangramento
de causa disfuncional é clínico. A histeroscopia é o exame padrão-ouro para investigação endometrial, uma vez que permite visão direta de toda a cavidade e a
realização de biópsia dirigida. Portanto, a única alternativa correta é a que afirma que a histeroscopia é o exame padrão-ouro para avaliar o endométrio para
diagnosticar as hiperplasias e tumores.

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35 - 2022 AMRIGS

» Vamos analisar as afirmativas sobre a propedêutica do casal infértil: Afirmativa I: verdadeira. A biópsia de endométrio para avaliação da ovulação não é mais
recomendada na propedêutica básica da infertilidade, pois é um método invasivo e pouco preciso. Afirmativa II: falsa. A histerossalpingografia é considerada como
primeira linha na investigação da permeabilidade tubária. No entanto, o método padrão-ouro é a videolaparoscopia com cromotubagem. Afirmativa III: falsa. A
histeroscopia é o método definitivo e o padrão-ouro para o diagnóstico e tratamento das patologias intrauterinas, e não a histerossonografia. Portanto, apenas a
afirmativa I está correta. Resposta: letra A.

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36 - 2022 SES - PE

» A questão descreve uma paciente de 45 anos com sangramento uterino anormal, relatando aumento do fluxo e da duração do período menstrual. Ao exame físico,
podemos observar útero de contorno irregular, aumentado de volume e com consistência endurecida em alguns regiões. O exame de imagem revelou útero aumentado
de volume, miométrio heterogêneo e nódulos hipoecoicos com sombra acústica. A nossa principal hipótese diagnóstica são os leiomiomas uterinos. Vamos analisar as
afirmativas sobre o caso: Letra A: incorreta. Os miomas são tumores hormônio-dependentes e o estrogênio é o principal determinante do crescimento tumoral. Letra B:
correta. Existe uma maior expressão de receptores de estradiol no tecido miomatoso, quando comparado ao miométrio normal. Letra C: incorreta. Nos leiomiomas há um
aumento da enzima 17-beta-OH-desodrogenase tipo I, que transforma a estrona (estrogênio biologicamente inativo) em estradiol (hormônio ativo), promovendo um
ambiente hiperestrogênico. No entanto, ela não é uma isomerase. Letra D: incorreta. A enzima presente em maiores concentrações é a aromatase, responsável por
converter androstenediona em estrona e testosterona em estradiol. Letra E: incorreta. Não há relato de maior resistência ao SHBG em células miomatosas. Resposta:
letra B.

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37 - 2022 SES - PE

» A questão descreve uma paciente de 25 anos com dismenorreia progressiva há dois anos associada à dispareunia. É nuligesta e não utiliza métodos contraceptivos, o
que sugere um provável quadro de infertilidade. Ao exame físico, podemos observar dor à palpação profunda de abdome e desconforto ao toque vaginal. A nossa
principal hipótese diagnóstica é a endometriose. Vamos analisar as afirmativas sobre o caso: Letra A: incorreta. O aumento da integrina observado em pacientes com
endometriose está relacionado à redução da receptividade endometrial. Letra B: incorreta. A dismenorreia tipicamente se inicia antes do sangramento e persiste durante
todo o período menstrual. Letra C: incorreta. A dispareunia está mais associada ao comprometimento do fundo de saco posterior e do septo retovaginal, e não dos
ovários. Letra D: correta. A dor da endometriose parece resultar da ação de citocinas inflamatórias na cavidade peritoneal, dos efeitos do sangramento nos implantes
endometrióticos e da infiltração direta de nervos pélvicos. Letra E: incorreta. A distorção anatômica anexial é o principal fator envolvido na infertilidade em pacientes
com endometriose. Resposta: letra D.

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38 - 2022 AMRIGS

» Estamos diante de uma paciente jovem com queixa de dismenorreia progressiva. Analisando o gráfico ilustrado, podemos concluir que o análogo de GnRH e o sistema
intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) apresentam a mesma eficácia em relação ao controle da dor no período de seis meses. Vamos analisar as alternativas:
Letra A: incorreta. Não há diferença significativa entre o n presente nos dois grupos. Portanto, não podemos afirmar sobre o método de escolha das pacientes. Letra B:
incorreta. Os análogos de GnRH apresentam mais efeitos adversos quando comparados ao SIU-LNG. Letra C: incorreta. Embora os análogos do GnRH possam ser úteis
no tratamento da dismenorreia, não são recomendados devido à necessidade de terapia prolongada, alto custo e efeitos adversos. Letra D: correta. Os efeitos adversos
dos análogos de GnRH são provenientes do hipoestrogenismo e incluem sintomas vasomotores, alteração do humor, ressecamento vaginal e redução da densidade
mineral óssea, principalmente se utilizados por mais de seis meses. Portanto, como ambos apresentam a mesma eficácia, devemos dar preferência ao SIU-LNG.
Resposta: letra D.

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39 - 2022 HC - UFPR

» Questão sobre uma paciente de 27 anos e marido com 30 anos, vêm ao atendimento devido a desejo gestacional, com boa frequência sexual e sem uso de
contraceptivos há 1 ano e 6 meses. Infertilidade consiste na incapacidade em estabelecer gravidez clínica após 12 meses de relações sexuais regulares ou
desprotegidas. Dizemos que ela é primária na ausência de gestação prévia. Portanto, temos uma questão sobre infertilidade primária. Vamos avaliar as afirmativas.
Afirmativa 1: verdadeira. A endometriose é intimamente associada à infertilidade. Em pacientes com estágios avançados da doença, que apresentam distorção grosseira
da anatomia pélvica e obstrução tubária, a explicação desta associação é lógica. Contudo, nas pacientes com doença mais branda, esta associação se dá a possíveis
causas como diminuição da qualidade oocitária, diminuição da receptividade endometrial e fatores imunológicos. Afirmativa 2: falsa. O tabagismo na mulher reduz
globalmente a fertilidade com evidente atraso da primeira gestação. O atraso na concepção reflete uma gama de possíveis efeitos adversos na reprodução, como
interferência na gametogênese ou na fertilização, dificuldade de implantação do óvulo concebido ou perda subclínica após implantação. Afirmativa 3: ruim, mas,
considerada verdadeira pela banca. Fatores externos, como obesidade (associada a alimentação e exercícios fisicos inadequados), tabagismo, idade foram associados à
diminuição da fertilidade. Afirmar que os fatores externos citados na alternativa são cruciais para o bom desenvolvimento do oócito e do espermatozoide é um pouco
forte, porém, foi considerado correto pela banca. Afirmativa 4: falsa. A propedêutica básica inicial do casal infértil inclui: - Espermograma; - Dosagens hormonais:
incluindo FSH e estradiol basais, prolactina, TSH, T4 livre, progesterona de segunda fase; - Ultrassonografia transvaginal seriada; - Histerossalpingografia. Portanto, na
investigação inicial, a menos que se pense em síndrome dos ovários policísticos, não há indicação de solicitar testosterona e S-DHEA. Além disso, para investigação do
fator masculino, não está indicada de rotina ultrassonografia de bolsa escrotal e Doppler de testículo. Resposta: letra B.

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40 - 2022 HC - UFPR

» Questão sobre uma paciente de 27 anos e marido com 30 anos, vêm ao atendimento devido a desejo gestacional, com boa frequência sexual e sem uso de
contraceptivos há 1 ano e 6 meses. A paciente realiza histerossanpingografia (HS que apresenta como laudo "trompas fixas e elevadas, com passagem de contraste
bilateral. Sinais de aderências peritubárias bilateralmente." Infertilidade consiste na incapacidade em estabelecer gravidez clínica após 12 meses de relações sexuais
regulares ou desprotegidas. Dizemos que ela é primária na ausência de gestação prévia. Portanto, temos uma questão sobre infertilidade primária. Repare que o laudo
da HSG diz que, apesar da passagem do contraste, as trompas estão fixas e com sinais de aderência. Durante a realização do exame (HSG), à medida que o contraste
vai sendo instilado e as imagens realizadas, observa-se mobilidade das trompas, que ficam como se estivessem "batendo assas". A visualização de trompas fixas em
casal com infertilidade primária nos faz pensar que a causa seja tuboperitoneal. Vamos às alternativas. Letra A: incorreta. Em mulheres com menos de 35 anos, como a
do caso, a investigação da infertilidade deve-se iniciar após um ano de atividade sexual sem proteção contraceptiva. Como há história de infertilidade há 1 ano e 6
meses, não devemos esperar para conduta. Além disso, há exame mostrando alteração do fator tuboperitoneal, assim, aguardar mais 6 meses não resolveria a causa.
Letra B: incorreta. Os indutores de ovulação estão indicados diante de causa anovulatória para infertilidade. Como a questão nos traz como causa o fator tuboperitoneal,
os indutores não estão indicados. Letra C: incorreta. Apenas a pessagem de contraste pelas trompas na HSG não é suficiente para considerarmos o exame normal.
Diante da visualização de trompas fixas, com aderências peritubáreas, consideramos o exame alterado por causa tuboperitoneal. Letra D: correta. Como temos fator
tuboperitoneal, com aderência peritubáreas, há duas opções de tratamento: videolaparoscopia para lise das aderências e fertilização in vitro. Letra E: incorreta. Diante
de fator tuboperitoneal de infertilidade, a fertilização in vitro é sim uma boa opção, independentemente da idade do casal. Resposta: letra D.

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41 - 2022 HCG

» Sob a responsabilidade da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), foi desenvolvido um acrônimo chamado de PALM-COEIN para classificação das
causas de sangramento uterino anormal (SUA). Sua criação teve o objetivo de facilitar a comunicação, o atendimento e a pesquisa. São nove categorias dispostas de
acordo com a sigla. Os componentes do grupo PALM são anormalidades estruturais que podem ser visualizadas em exames de imagem ou avaliadas pela histopatologia.
Já no grupo COEIN participam entidades que não apresentam essas características e, portanto, inclui as causas não estruturais. Abaixo está o significado de cada letra
do acrônimo. Pólipo Adenomiose Leiomioma Malignas Coagulopatia Ovulatória Endometrial Iatrogênica Não classificada. Agora, vamos avaliar cada uma das
afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta, pois P significa pólipo, que é uma causa estrutural de SUA. Letra B: incorreta, pois A significa adenomiose, que é
uma causa orgânica, estrutural, de SUA. Letra C: correta, pois E significa endometrial, sendo causa não estrutural de SUA. Letra D: incorreta, pois O significa ovulatória;
coagulopatias é representada pelo C. Resposta: letra C.

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42 - 2022 SES - DF

» A questão descreve uma paciente jovem (30 anos) que evolui com dismenorreia cíclica progressiva, de forte intensidade, após a suspensão do contraceptivo hormonal,
acompanhada de dispareunia. Ao exame físico, foi constatada dor à mobilização do colo uterino, útero de mobilidade reduzida e espessamento bilateral dos ligamentos
uterossacros. A apresentação do quadro clínico nos direciona para uma dor pélvica crônica de origem ginecológica, cuja provável etiologia é a endometriose. Essa última,
por sua vez, se caracteriza por dismenorreia progressiva, dispareunia de profundidade, dor pélvica crônica e dificuldade para engravidar. Os achados ao exame físico
variam conforme a localização dos implantes. No entanto, é comum a redução da mobilidade uterina na presença de aderências e fibrose pélvicas. O espessamento dos
ligamentos uterossacros sugere acometimento do compartimento posterior pela doença. Desse modo, a endometriose é, de fato, a hipótese diagnóstica mais provável.
Logo, a assertiva está certa. Resposta: letra A.

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43 - 2022 SES - DF

» A questão descreve uma paciente jovem (30 anos) que evolui com dismenorreia cíclica progressiva, de forte intensidade, após a suspensão do contraceptivo hormonal,
acompanhada de dispareunia. O exame físico constatou dor à mobilização do colo uterino, útero de mobilidade reduzida e espessamento bilateral dos ligamentos
uterossacros. Neste contexto, a apresentação clínica é compatível com uma dor pélvica crônica de origem ginecológica, cuja provável etiologia é a endometriose. Essa
última é definida pela presença de tecido endometrial (glândulas e estroma), em localização extrauterina (fora da cavidade e da musculatura uterinas). Trata-se de uma
ginecopatia encontrada predominantemente em mulheres em idade reprodutiva (menacme), pois tanto o desenvolvimento quanto o crescimento dos focos
endometrióticos são estrogênio-dependentes, e não progestogênio-dependentes. Logo, a assertiva está errada. Resposta: letra B.

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44 - 2022 SES - DF

» A questão descreve uma paciente jovem (30 anos) que evolui com dismenorreia cíclica progressiva, de forte intensidade, após a suspensão do contraceptivo hormonal,
acompanhada de dispareunia. O exame físico constatou dor à mobilização do colo uterino, útero de mobilidade reduzida e espessamento bilateral dos ligamentos
uterossacros. Neste contexto, a apresentação clínica é compatível com uma dor pélvica crônica de origem ginecológica, cuja provável etiologia é a endometriose. Essa
última, resumidamente, se caracteriza por manifestações clínicas em 2D’s: Dor e Dificuldade para engravidar. O espectro das Dores mais típico da endometriose inclui:
- Dismenorreia progressiva; - Dispareunia profunda; - Dor pélvica crônica. Outras dores podem se manifestar: Disúria (dor para urinar); Disquezia (dor ou dificuldade
para evacuar); Dor lombar. Convém lembrar ainda que os sintomas clínicos associados ao exame físico são capazes de levantar a hipótese diagnóstica em
aproximadamente 70% dos casos. Desse modo, os principais sintomas da endometriose são dismenorreia, dispareunia e dor pélvica crônica. Logo, a assertiva está certa.
Resposta: letra A.

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45 - 2022 SES - DF

» A questão descreve uma paciente jovem (30 anos) que evolui com dismenorreia cíclica progressiva, de forte intensidade, após a suspensão do contraceptivo hormonal,
acompanhada de dispareunia. O exame físico constatou dor à mobilização do colo uterino, útero de mobilidade reduzida e espessamento bilateral dos ligamentos
uterossacros. Neste contexto, a apresentação clínica é compatível com uma dor pélvica crônica de origem ginecológica, cuja provável etiologia é a endometriose. Os
sintomas clínicos associados ao exame físico são capazes de levantar essa hipótese diagnóstica em aproximadamente 70% dos casos, mas é necessária a utilização de
métodos diagnósticos auxiliares. A ultrassonografia pélvica e transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética com protocolos especializados são os
principais métodos por imagem para detecção e estadiamento da endometriose e deverão ser realizados por profissionais com experiência nesse diagnóstico. Já a
tomografia computadorizada da pelve não possui boa acurácia para distinguir os tecidos moles, apresentando dificuldades em diferenciar e delimitar os órgãos pélvicos
em relação às lesões. Portanto, a assertiva está errada. Resposta: letra B.

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46 - 2022 SES - DF

» A questão descreve uma paciente jovem (30 anos) que evolui com dismenorreia cíclica progressiva, de forte intensidade, após a suspensão do contraceptivo hormonal,
acompanhada de dispareunia. O exame físico constatou dor à mobilização do colo uterino, útero de mobilidade reduzida e espessamento bilateral dos ligamentos
uterossacros. Neste contexto, a apresentação clínica é compatível com uma dor pélvica crônica de origem ginecológica, cuja provável etiologia é a endometriose. Essa
última é definida pela presença de tecido endometrial (glândulas e estroma), em localização extrauterina (fora da cavidade e da musculatura uterinas). Os implantes
endometrióticos predominam na pelve, mas não são exclusivos dela. A endometriose pélvica incide nos ovários, tubas, ligamentos uterossacros, ligamentos redondos,
folheto posterior do ligamento largo, região retro e a paracervical, fundo de saco anterior, fórnice vaginal posterior, etc. O local mais comum de doença extrapélvica é o
intestino, principalmente o retossigmoide. Mas ela também pode incidir no diafragma direito, no apêndice, no ceco, no íleo terminal, na bexiga, nos ureteres, dentre
outros sítios. Desse modo, os sítios anatômicos em que a endometriose pode se desenvolver não se restringem à pelve. Logo, a assertiva é errada. Resposta: letra B.

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47 - 2022 SES - DF

» A questão descreve uma paciente jovem (30 anos) que evolui com dismenorreia cíclica progressiva, de forte intensidade, após a suspensão do contraceptivo hormonal,
acompanhada de dispareunia. O exame físico constatou dor à mobilização do colo uterino, útero de mobilidade reduzida e espessamento bilateral dos ligamentos
uterossacros. Neste contexto, a apresentação clínica é compatível com uma dor pélvica crônica de origem ginecológica, cuja provável etiologia é a endometriose. A
afecção deve ser abordada como uma doença crônica e merece acompanhamento durante a vida reprodutiva da mulher, momento no qual a doença manifesta seus
principais sintomas. O tratamento clínico é eficaz no controle da dor pélvica e deve ser o tratamento de escolha na ausência de indicações absolutas para cirurgia. O
principal objetivo do tratamento clínico é o alívio dos sintomas álgicos e a melhora da qualidade de vida. Não se espera a diminuição das lesões ou cura da doença, mas
sim o controle do quadro clínico. O uso de pílulas com​binadas de estrogênios e progestogênios e os progestagênios isolados, preferencialmente administrados de forma
contínua, constituem o trata​mento de primeira linha por diversos guidelines de sociedades mé​dicas. Ambos representam uma boa opção terapêutica devido ao seu custo
baixo, alta eficácia e baixo índice de efeitos colaterais. O mecanismo de ação é similar, pois atuam principalmente na decidualização e atrofia do tecido endometrial
ectópico. Convém frisar que o objetivo destas medicações não é o controle do ciclo menstrual. Por fim, analgésicos podem ser empregados como coadjuvantes ao
tratamento supracitado, mas o uso de anti-inflamatórios não deve ser incentivado pelos efeitos deletérios gastrointestinais e renais. Pelos motivos expostos, a assertiva
está errada. No entanto, a banca examinadora a considerou correta, apesar da solicitação de recursos na ocasião do concurso. GABARITO OFICIAL PÓS-RECURSO: letra
A. GABARITO MEDGRUPO: letra B.

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48 - 2022 SES - DF

» A questão descreve uma paciente jovem (30 anos) que evolui com dismenorreia cíclica progressiva, de forte intensidade, após a suspensão do contraceptivo hormonal
para tentar engravidar, acompanhada de dispareunia. O exame físico constatou dor à mobilização do colo uterino, útero de mobilidade reduzida e espessamento bilateral
dos ligamentos uterossacros. Neste contexto, a apresentação clínica é compatível com uma dor pélvica crônica de origem ginecológica, cuja provável etiologia é a
endometriose. A abordagem da paciente com endometriose e dificuldade para engravidar é controversa, uma vez que muitas condutas não foram avaliadas em ensaios
clínicos randomizados, o que reduz o nível de evidência para as recomendações. Assim, devem ser considerados o quadro clínico da paciente, sua idade, sintomas,
tempo de tentativa para engravidar e presença de outros fatores de infertilidade. No contexto apenas da infertilidade - incapacidade em estabelecer gravidez clínica
após 12 meses de relações sexuais regulares e desprotegidas -, em uma mulher de 30 anos tentando engravidar há 7 meses, perceba que ainda não foi atingido o
critério temporal de 12 meses para o início da avaliação básica do casal. No entanto, como se trata de uma paciente com desejo reprodutivo atual e suspeita de
endometriose infiltrativa profunda em compartimento posterior (espessamento dos ligamentos uterossacros), é recomendável a antecipação da investigação do casal
para definição da melhor proposta terapêutica para o caso: tratamento cirúrgico ou reprodução assistida. Nesta linha de raciocínio, a assertiva está errada. Resposta:
letra B.

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49 - 2022 SURCE

» Temos uma paciente nuligesta de 26 anos que apresenta dismenorreia, dor pélvica crônica progressiva desde a menarca, dispareunia e infertilidade. Além disso, tem dor
e espessamento em ligamentos uterossacrais, nódulo doloroso em fundo de saco vaginal e ovários fixos e posteriorizados à ultrassonografia transvaginal. O
espermograma do parceiro é normal, o que nos permite excluir tranquilamente infertilidade por fator masculino. As principais causas de infertilidade feminina são
decorrentes de algum fator ovulatório ou tuboperitoneal. A questão afirma que a paciente apresenta ciclos menstruais regulares, o que fala contra os distúrbios
ovulatórios como a falência ovariana prematura e a síndrome dos ovários policísticos, que cursariam com ciclos anovulatórios. Resta então pensarmos nas situações
relacionadas ao fator tuboperitoneal. A infertilidade feminina por fator tuboperitoneal pode ser decorrente de lesão direta tubária, obstrução ou aderências pélvicas,
sendo a doença inflamatória pélvica uma das principais causas, de fato. Reparem que a questão não trouxe nenhum outro dado sugestivo de DIP a não ser a infertilidade
e que não há relato sugestivo de infecção sexualmente transmissível. Além disso, a DIP não explicaria a dismenorreia, o espessamento uterossacro e a nodulação
dolorosa em fundo de saco. Essa, portanto, não é uma boa hipótese diagnóstica. Pessoal, o quadro clínico é bastante característico de endometriose profunda, que é uma
das principais causas de dor pélvica crônica e de infertilidade por fator tuboperitoneal. Os implantes endometrióticos estão associados à dismenorreia intensa, dor
pélvica crônica, dispareunia profunda e também à distorção da anatomia, pois levam à formação de aderências entre os órgãos pélvicos, o que explica a infertilidade.
Resposta: letra A.

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50 - 2022 SURCE

» Uma mulher de 35 anos queixa-se de sangramento uterino regular, com duração de nove dias, intenso, associado a dismenorreia importante. O quadro vem ocorrendo
desde a sua última cesariana, há oito anos. Além disso, apresenta também anemia crônica e fraqueza. O aspecto do útero é aparentemente normal à ultrassonografia.
Qual a nossa principal hipótese diagnóstica? A endometrite crônica é uma causa de sangramento uterino anormal associada à doença inflamatória pélvica. A questão não
traz nenhum dado que fale a favor da etiologia infecciosa, como dor hipogástrica, à mobilização do útero ou anexos, febre, leucorreia purulenta, dentre outros. A
endometrite, portanto, não é uma boa hipótese. O sangramento anormal por coagulopatia deve ser suspeitado em pacientes que apresentam sangramento intenso
desde a menarca, o que também não é compatível com o quadro clínico em questão. A anovulação crônica está relacionada à amenorreia ou oligomenorreia, mas a
nossa paciente apresenta ciclos regulares, portanto podemos excluir também esta hipótese. Resta, apenas, a adenomiose, que é uma doença que se caracteriza pela
presença de tecido endometrial entremeado às fibras miometriais. É mais prevalente em multíparas e na perimenopausa. A maioria das pacientes se apresenta com
dismenorreia e sangramento uterino aumentado, mas algumas podem ser assintomáticas. O volume uterino pode estar aumentado com alguma frequência e pode haver
espessamento focal ou difuso da zona juncional. A ultrassonografia é o exame de primeira linha para avaliação, mas possui acurácia moderada para o diagnóstico. O
diagnóstico definitivo é anátomo-patológico. Resposta: letra B.

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51 - 2022 SURCE

» Questão bem direta. A principal causa de sangramento uterino anormal em pacientes na pós-menopausa que não fazem uso de terapia hormonal é a atrofia endometrial.
Segundo o Tratado de Ginecologia de Berek e Novak, a atrofia corresponde a cerca de 30% dos casos de SUA na pós-menopausa. No entanto, em pacientes com
sangramento uterino após a menopausa, é recomendado excluir neoplasia, o que justifica prosseguir a investigação. Estudos sugerem que a ultrassonografia
transvaginal evidenciando uma espessura endometrial menor do que 4 ou 5 mm exclui a possibilidade de câncer, não sendo necessária investigação anatomopatológica
do endométrio. O câncer de colo uterino que cursa com sangramento anormal é aquele que é localmente avançado, com lesão macroscópica, necrótica, friável, mas o
enunciado afirma que os exames são normais, portanto a neoplasia intraepitelial cervical não é uma boa hipótese diagnóstica. Resposta: letra D.

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52 - 2022 HSL

» A questão deseja saber qual a alterativa CORRETA acerca do tratamento cirúrgico na miomatose uterina. Vamos a elas:- Letra A: correta. Uma das indicações mais
clássicas da necessidade de tratamento cirúrgico é a presença de infertilidade. O tratamento deve ser proposto para miomas que deformam a cavidade (submucosos ou
intramurais com componente submucoso) ou que são volumosos, os quais, provavelmente, constituem a causa da infertilidade.- Letra B: incorreta. A maioria dos miomas
podem ser tratados de forma expectante/clínica. Constituem indicações de tratamento cirúrgico: tratamento de sangramento uterino anormal ou dor pélvica; suspeita de
malignidade; tratamento de infertilidade; tratamento de abortamentos recorrentes.- Letra C: incorreta. Os miomas subserosos localizam-se abaixo da serosa uterina e
são os que provocam menos sintomas. Quando muito volumosos, podem causar sintomas compressivos e distorção da anatomia de órgãos adjacentes. Não é causa de
infertilidade.- Letra D: incorreta. Na pós-menopausa, a conduta tende a ser expectante, pela redução dos sintomas típica desta fase. Resposta: letra A.

53 - 2022 PUC - SP

» A questão descreve uma paciente jovem, casada há três anos, que apesar da ausência de método contraceptivo, nunca engravidou. O enunciado nos forneceu um dado
importante: o parceiro foi submetido à vasectomia previamente. A infertilidade é caracterizada pela incapacidade em estabelecer gravidez clínica após 12 meses de
relações sexuais regulares e desprotegidas. Portanto, estamos diante de um quadro de infertilidade conjugal por provável fator masculino. GABARITO OFICIAL:
ESTERILIDADE (OU INFERTILIDADE) CONJUGAL, PROVÁVEL FATOR MASCULINO.

54 - 2022 ISCMB

» Questão direta sobre o ponto de corte do eco endometrial em pacientes após a menopausa. Diante de um quadro de sangramento pós-menopausa, a simples medida da
espessura endometrial pode discriminar mulheres com baixa ou alta probabilidade de malignidade. A espessura endometrial máxima nas pacientes menopausadas é de
4 ou 5 mm dependendo da referência bibliográfica, ou seja, valores superiores a estes indicam anormalidade. Portanto, estamos diante de uma divergência na literatura,
pois algumas fontes consideram que valores acima de 4 mm de espessura endometrial são anormais e devem ser investigados devido ao risco de câncer de endométrio.
A banca manteve como gabarito oficial a letra D, apesar da solicitação de recurso.

55 - 2022 PUC - SP

» A questão descreve um casal que deseja engravidar e questiona sobre os exames que devem ser solicitados com o objetivo de investigar um possível fator tubário. O
enunciado nos fornece um dado importante: a paciente refere dismenorreia e irregularidade menstrual. A histerossalpingografia é o exame inicial para se documentar a
permeabilidade tubária. É considerado exame de primeira linha na investigação feminina. Já a laparoscopia é o método padrão-ouro para o diagnóstico de doença tubária
e peritoneal, pois permite a visualização direta das estruturas pélvicas. O procedimento não faz parte da avaliação inicial do casal infértil, no entanto, deve ser
considerado diante da suspeita de endometriose. A ressonância magnética da pelve é o melhor teste para investigar anomalias uterinas e miomas, mas vale lembrar que
o método não permite uma boa avaliação do fator tubário. A histerossonografia com solução salina também avalia a permeabilidade tubária, porém não foi incluída no
gabarito oficial, mesmo após solicitação de recurso. GABARITO OFICIAL: HISTEROSSALPINGOGRAFIA, VIDEOLAPAROSCOPIA ou RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DA PELVE

56 - 2022 PUC - SP

» A questão descreve um casal que deseja engravidar e interroga sobre os exames que devem ser solicitados com o objetivo de investigar um possível fator ovulatório. O
enunciado nos fornece um dado importante: a paciente refere dismenorreia e irregularidade menstrual. Vamos rever os principais testes diagnósticos utilizados na
avaliação do estado ovulatório. A curva da temperatura basal e a avaliação do muco cervical são testes de baixo custo, porém pouco utilizados, já que não são
totalmente confiáveis para predizer a ovulação. Níveis de progesterona no 21º dia do ciclo acima de 3 ou 5 ng/mL indicam a ocorrência da ovulação. Para a avaliação da
reserva folicular, os testes empregados são a dosagem sérica de FSH no terceiro dia do ciclo, a dosagem sérica de hormônio antimülleriano e a contagem
ultrassonográfica de folículos antrais. Além disso, a ultrassonografia pode ser utilizada para monitorar a ovulação, tanto em ciclos naturais quanto induzidos. A biópsia de
endométrio consiste na análise indireta da ovulação. Por ser um exame invasivo, não é realizada de rotina, devendo ser reservado para casos suspeitos de patologia
endometrial. GABARITO OFICIAL: MEDIDA DA PROGESTERONA NO MEIO DA FASE LÚTEA ou BIÓPSIA DE ENDOMÉTRIO ou CURVA DE TEMPERATURA CORPORAL BASAL ou
SEGUIMENTO ULTRASSONOGRÁFICO OVARIANO PARA CARACTERIZAR OVULAÇÃO ou ANÁLISE DO MUCO CERVICAL ou NÍVEIS SÉRICOS BASAIS DE FSH E LH (colhidos no
terceiro dia do ciclo) ou AVALIAÇÃO DA RESERVA FOLICULAR (DOSAGEM DE HORMÔNIO ANTIMÜLLERIANO OU CONTAGEM DE FOLÍCULOS ANTRAIS).

57 - 2022 PUC - SP

» Estamos diante de uma paciente jovem, casada há três anos, que apesar da ausência de método contraceptivo, nunca engravidou. O enunciado nos forneceu um dado
importante: o parceiro foi submetido à vasectomia previamente. A questão interroga sobre os exames que devem ser solicitados com o objetivo de investigar um
possível fator masculino envolvido na causa da infertilidade. A análise do sêmen ou espermograma faz parte da rotina básica de investigação do casal infértil, e deve ser
solicitada independente de história anterior de paternidade. Nesse caso, a punção direta do epidídimo ou do testículo está indicada para coleta direta de
espermatozóides, devido a provável azoospermia obstrutiva pela vasectomia prévia. GABARITO OFICIAL: ESPERMOGRAMA OU ANÁLISE SEMINAL ou PUNÇÃO DIRETA DO
EPIDÍDIMO OU DO TESTÍCULO.

58 - 2022 PUC - SP

» Estamos diante de uma mulher jovem, casada há três anos, que apesar da ausência de método contraceptivo, nunca engravidou. Como observação relevante, o
enunciado menciona a presença de dismenorreia e irregularidade menstrual. A questão interroga sobre alternativas de tratamento caso seja estabelecido o diagnóstico
de endometriose. Sabemos a correlação da endometriose com infertilidade seja pela presença de aderências, distorções anatômicas ou ainda alterações pró
inflamatórias. A técnica de reprodução assistida mais indicada na presença de fator tuboperitoneal é a fertilização in vitro (FIV) com ou sem injeção intracitoplasmática
de espermatozoides (ICSI). A inseminação intrauterina pode ser uma opção nos casos de endometriose leve. Vale lembrar que a abordagem da paciente com
endometriose e infertilidade é controversa. Na doença em estágio inicial, a taxa de gestação é maior em pacientes submetidas inicialmente à exérese de focos de
endometriose. Já em pacientes com endometriose avançada, não há ensaios clínicos randomizados que determinem se a primeira linha de tratamento é a cirurgia ou FIV.
Portanto, como faltam dados clínicos para avaliar a gravidade da endometriose da paciente, o gabarito deveria ter sido ampliado para tratamento cirúrgico da
endometriose ou videolaparoscopia ou exérese de focos de endometriose ou fertilização in vitro. GABARITO OFICIAL: TÉCNICAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA (ICSI OU
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL).
59 - 2022 ISCMB

» O tratamento clínico da dos leiomiomas uterinos envolve métodos não hormonais e hormonais, com o objetivo de reduzir o sangramento e a dor pélvica. Vamos analisar
as alternativas sobre a primeira escolha de tratamento: Letra A: incorreta. Os anti-inflamatórios não esteroidais reduzem o sangramento ao inibir a produção de
prostaglandinas endometriais. Vale lembrar que seu uso a longo prazo deve ser evitado devido aos efeitos colaterais gastrointestinais. Letra B: incorreta. O ácido
tranexâmico é um antifibrinolítico que atua reduzindo a fibrinólise e, consequentemente, o sangramento menstrual. Na maioria dos casos, é utilizado em associação com
o tratamento hormonal. Letra C: correta. O tratamento clínico hormonal pode auxiliar no controle do sangramento pelo mecanismo de atrofia endometrial, sendo eficaz
na redução dos sintomas. Por esse motivo, os anticoncepcionais são a primeira escolha de tratamento clínico. Letra D: incorreta. Os análogos de GnRH devem ser
reservados para o uso pré-operatório, uma vez que não alteram os resultados a longo prazo e possuem efeitos colaterais consideráveis, como redução da densidade
mineral óssea e hipoestrogenismo. Vale lembrar que os benefícios dos análogos de GnRH incluem aumento dos parâmetros hematimétricos, diminuição do tamanho
uterino e redução da perda sanguínea durante a cirurgia. Letra E: incorreta. A progesterona exógena é a primeira escolha de tratamento clínico, na ausência de
contraindicações ao método. A banca manteve como gabarito oficial a letra D, apesar da solicitação de recurso. Gabarito MEDGRUPO: letra C.

60 - 2022 SMS - PIRACICABA

» Essa questão descreve uma paciente apresentando quadro de sangramento uterino anormal e anemia. A ultrassonografia transvaginal evidenciou imagem endometrial
hiperecogênica de 1,5x1,0cm. Vamos analisar cada uma das alternativas em relação ao caso: Letra A: incorreta. O sangramento uterino disfuncional não se relaciona à
causa estrutural, sua origem se deve, exclusivamente, a um estímulo hormonal inadequado sobre o endométrio. Letra B: incorreta. Mioma submucoso geralmente se
apresenta como imagem hipoecóica ao ultrassom, não hiperecogênica. Diante da hipótese diagnóstica de mioma submucoso, a conduta adequada seria a realização de
histeroscopia para confirmação e avaliação da possibilidade de miomectomia por via histeroscópica. Letra C: incorreta. Mioma subseroso não faz contato com a
cavidade endometrial. Letra D: incorreta. Saco gestacional não se apresenta como imagem hiperecogênica ao ultrassom transvaginal. Letra E: incorreta. Os pólipos
geralmente se apresentam arredondados, como uma imagem focal hiperecogênica, bem definida, no endométrio; portanto, a imagem descrita no enunciado é sugestiva
de pólipo endometrial; entretanto, a conduta adequada seria realização de histeroscopia e polipectomia histeroscópica, uma vez que há o quadro de sangramento
uterino anormal. Portanto, nenhuma das alternativas está correta. O gabarito da banca, entretanto, foi letra B. Resposta da banca: letra B.

61 - 2022 ISCMB

» Vamos analisar as afirmativas sobre os leiomiomas uterinos: Afirmativa I: verdadeira. Os miomas uterinos são tumores benignos formados por fibras musculares lisas do
útero. Afirmativa II: falsa. O nódulo miomatoso intramural é a forma de apresentação mais comum. Afirmativa III: verdadeira. Os miomas subserosos ou submucosos
podem ser pediculados. Os nódulos geralmente são múltiplos e possuem origem monoclonal independente. Portanto, apenas as afirmativas I e III estão corretas.
Resposta: letra B.

62 - 2022 FAMERP

» A questão descreve uma paciente de 36 anos, submetida à laqueadura tubária previamente, com quadro de sangramento uterino anormal (SUA). Ao exame físico,
podemos observar saída de grande quantidade de sangue pelo orifício externo cervical e tamanho uterino normal. Diante de um SUA de caráter agudo, o manejo deve
ser imediato, com o objetivo de manter a estabilidade hemodinâmica e prevenir a anemia grave. O tratamento de escolha para o controle do sangramento é
medicamentoso, podendo ser hormonal ou não hormonal. Os anti-inflamatórios não esteroidais reduzem o sangramento ao inibir a produção de prostaglandinas
endometriais. Em geral, são utilizados em associação com o tratamento hormonal. Já os antifibrinolíticos são a opção não hormonal de primeira linha, pois atuam
diminuindo a fibrinólise, promovendo a coagulação sanguínea e reduzindo o sangramento menstrual. Podem ser administrados por via intravenosa em caso de
sangramento grave. Portanto, o ácido tranexâmico é a melhor alternativa nesse caso.

63 - 2022 IOVALE

» Temos uma paciente de 12 anos, com início das menstruações há menos de 1 ano, atendida por sangramento vaginal intenso e hemoglobina de 8,5 g/dL. Somos
questionados qual das afirmativas não é uma hipótese diagnóstica para sangramento uterino anormal (SUA) em uma paciente com menos de 2 anos de menarca
(lembre-se que esse é o tempo para amadurecimento do eixo hipotálamo-hipófise-ovário). Letra A: correta. A imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário é a principal
causa de anovulação em adolescentes. O sangramento anovulatório pode ser muito frequente, prolongado ou intenso, em particular após um longo período de
amenorreia. O SUA de causa não estrutural por disfunção ovulatória é a causa mais comum nas adolescentes. Letra B: correta. A possibilidade de gravidez deve ser
aventada em pacientes adolescentes com SUA. Sangramentos na gestação podem estar associados a abortamentos, gestações ectópicas ou gestação molar. Letra C:
incorreta. Pólipo não é uma das causas associadas ao SUA na adolescente. Pólipos são mais comuns em mulheres na peri e na pós-menopausa. Letra D: correta.
Anormalidades hematológicas devem ser sempre consideradas na propedêutica do SUA em adolescentes. A afecção mais diagnosticada é a púrpura trombocitopênica
idiopática seguida pela doença de von Willebrand. Resposta: letra C.

64 - 2022 FAMERP

» Estamos diante de uma paciente jovem em investigação de infertilidade. A ultrassonografia transvaginal revelou imagem sólida no interior da cavidade uterina, medindo
1,5 cm, compatível com pólipo endometrial ou mioma submucoso. Vamos analisar as alternativas sobre a próxima conduta: Letra A: incorreta. A questão não cita fatores
de risco para câncer de endométrio. Além disso, a histerectomia não é uma opção em pacientes com desejo reprodutivo. Letra B: correta. A histeroscopia é o método
padrão-ouro na avaliação e tratamento de patologias intracavitárias. Na presença de pólipo endometrial ou mioma submucoso, está indicada abordagem cirúrgica com
ressecção histeroscópica da lesão. Letras C e D: incorretas. O tratamento clínico hormonal pode auxiliar no controle do sangramento pelo mecanismo de atrofia
endometrial, mas não possui eficácia na redução dos miomas. Diante de um quadro de infertilidade, a abordagem cirúrgica é a mais adequada. Resposta: letra B.

65 - 2022 UNITAU

» Estamos diante de uma paciente de 60 anos com sangramento pós-menopausa. Vamos analisar as alternativas sobre a investigação diagnóstica: Letras A e B: incorretas.
A ultrassonografia transvaginal é um método não invasivo que permite a avaliação do endométrio por meio do estudo do eco endometrial. Apesar de fazer parte da
propedêutica inicial, não é o exame de melhor desempenho. Letra C: incorreta. A ressonância magnética não possui boa acurácia para diferenciar doença endometrial
maligna de benigna. Letra D: correta. A histeroscopia é o método padrão-ouro para a investigação endometrial, pois além da visualização direta da cavidade uterina,
permite a coleta de material para análise histopatológica através de biópsia dirigida. Letra E: incorreta. A curetagem uterina também fornece amostra de tecido
endometrial para análise histopatológica. No entanto, é um método mais invasivo que requer hospitalização, não sendo a primeira opção diante de um sangramento pós-
menopausa. Resposta: letra D.
66 - 2022 UNINOVE

» A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA acerca do medicamento utilizado para tratamento clínico da miomatose uterina que reduz o tamanho tumoral.
Vamos a elas:- Letra A: incorreta. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) auxiliam no controle do sangramento menstrual por inibir a síntese de prostaciclinas,
reduzindo em cerca de 30% o sangramento uterino. Entretanto, não possui qualquer influência sobre o tamanho tumoral.- Letra B: incorreta. O ácido tranexâmico
pertence ao grupo dos antibrinolíticos, inibindo a fibrinólise na superfície endometrial, com consequente redução do sangramento menstrual. Não possui qualquer
influência sobre o tamanho tumoral.- Letra C: correta. Os análogos de GnRH levam à redução dos esteroides circulantes e podem causar amenorreia e reduzir
temporariamente o volume dos nódulos e do útero em até 50%. São indicados no pré-operatório de miomectomias, buscando-se melhora dos níveis de hemoglobina e
redução do volume tumoral, com diminuição do sangramento intraoperatório.- Letra D: incorreta. Os anticoncepcionais orais atuam através do mecanismo de atrofia
endometrial, sendo úteis na redução dos sintomas, embora não tenham eficácia na redução dos leiomiomas.Resposta: letra C.

67 - 2022 FAMERP

» A questão descreve um casal em investigação de infertilidade. O espermograma faz parte da rotina básica de avaliação do fator masculino. Vamos definir alguns
conceitos em relação ao exame. A azoospermia é caracterizada pela ausência de espermatozoides no ejaculado. Já a oligospermia é definida pela concentração
espermática inferior a 15 milhões/mL ou menor que 39 milhões no ejaculado total. O limite inferior do volume normal de sêmen é de 1,5 ml. Valores abaixo disso
configuram hipospermia. Na teratospermia encontramos menos de 4% de espermatozoides com morfologia normal. A astenozoospermia é caracterizada por menos de
32% de espermatozoides progressivos ou motilidade total inferior a 40%. Portanto, considerando o volume, a concentração, a morfologia e a motilidade, podemos
concluir que o espermograma descrito apresenta, respectivamente, normoespermia, oligospermia, morfologia normal e astenozoospermia. Como a concentração é
inferior a 15 milhões/ml, não podemos classificar como normozoospermia, conforme consta no gabarito da questão. A questão foi devidamente anulada pela banca após
solicitação de recurso.

68 - 2022 ISCMSC

» A primeira opção de tratamento de miomas sintomáticos consiste no tratamento clínico, com uso de contraceptivos hormonais (anticoncepcionais combinados ou
progestágeno isolado) ou de anti-inflamatórios não esteroidais (AINE).Os AINE auxiliam no controle do sangramento menstrual, por inibirem a síntese de prostaciclinas,
diminuindo em cerca de 30% o sangramento uterino e aliviando muitas pacientes. Já os contraceptivos hormonais podem auxiliar no controle do sangramento através do
mecanismo de atrofia endometrial.O estrogênio em altas doses são utilizados para o controle do sangramento uterino anormal agudo e estabilização da paciente; não
seria a primeira opção de tratamento para esta paciente. Da mesma forma, a histerectomia e a curetagem uterina não correspondem à primeira abordagem para o
tratamento do sangramento por miomatose uterina; inicialmente deve ser tentado o tratamento clínico.Resposta: letra A.

69 - 2022 HOS

» Questão sobre sangramento uterino anormal. Vamos analisar as alternativas considerando uma paciente de 35 anos: Letra A: incorreta. A insuficiência lútea é definida
como transformação inadequada do endométrio devido à produção insuficiente de progesterona, que tem ação secretora. Nesse caso, esperamos um sangramento de
forte intensidade com fluxo aumentado, pois o efeito proliferativo do estrogênio não é antagonizado pela progesterona. Letra B: incorreta. O papel do estrogênio no
endométrio é proliferativo. Portanto, níveis baixos de estrogênio impediriam a proliferação endometrial com consequente amenorreia ou sangramento irregular de
pequena intensidade por atrofia endometrial. Letra C: correta. Os miomas intramurais estão posicionados na parede miometrial e possuem relação com os quadros de
sangramento anormal. Apesar de os miomas submucosos serem os mais envolvidos, os intramurais também estão associados ao aumento do volume e da duração do
período menstrual. Letra D: incorreta. Os miomas subserosos estão posicionados abaixo da serosa uterina. Quando volumosos, causam sintomas compressivos e
distorção anatômica de órgãos adjacentes, e não sangramento uterino anormal. Letra E: incorreta. Como estamos diante de uma paciente de 35 anos, o carcinoma
endometrial não seria a nossa principal hipótese diagnóstica, uma vez que essa condição é mais comum nas pacientes pós-menopausa. Resposta: Letra C.

70 - 2022 FMJ

» Perceba que a questão nos traz afirmativas que englobam fatores de risco (quando aumenta o risco) ou de proteção (quando diminui o risco) dos leiomiomas uterinos.
Vamos analisa cada uma das assertivas em busca da correta. Letra A: incorreta. O consumo de vegetais não é fator de risco associado à miomatose uterina. Letra B:
correta. A história familiar é considerado fator de risco para mioma- antecedentes familiares aumentam o risco relativo em 2,2 vezes para mulheres com mãe e irmã com
diagnóstico de mioma. Letra C: incorreta. A multiparidade é um fator de proteção (e não de risco) para miomatose uterina. Assim, multiparidade diminui (e não aumenta)
o risco do aparecimento de leiomiomatose uterina. Letra D: incorreta. É a menarca precoce, e não tardia, que é considerada fator de risco. Letra E: incorreta. A obesidade
aumenta a incidência de mioma- há aumento de 20% da incidência de mioma a cada 10 kg de ganho ponderal. Assim, há aumento (e não diminuição) do risco de
aparecimento. Resposta: letra B.

71 - 2022 UNAERP

» Essa questão descreve uma paciente de 30 anos, nuligesta, apresentando quadro de sangramento uterino anormal há 1 ano. A ultrassonografia transvaginal evidenciou
a presença de mioma FIGO 1 (submucoso, com menos de 50 % intramural) de 2cm. Por se tratar de uma paciente sem prole constituída, o tratamento recomendado
consiste na realização de miomectomia; sendo a miomectomia histeroscópica a principal via de acesso para o tratamento de miomas submucosos. A embolização das
artérias uterinas consiste em uma técnica radiointervencionista endovascular para tratamento conservador de leiomiomas sintomáticos. Ela corresponde na oclusão da
irrigação sanguínea para os miomas, por meio da injeção de micropartículas (microesferas, álcool polivinílico ou esponjas), que tem como objetivo a obstrução do fluxo
sanguíneo arterial no leito tumoral, levando à necrose e à redução volumétrica dos tumores. Há risco de amenorreia e também de insuficiência ovariana precoce, assim
como de histerectomia diante de complicações do procedimento. Além disso, há aumento da taxa de abortamento em gestações pós-embolização. Por isso, em mulheres
com desejo reprodutivo, a embolização ainda permanece motivo de controvérsia e não seria o tratamento mais indicado para esta paciente. Resposta: letra D.

72 - 2022 UNAERP

» Estamos diante de uma paciente jovem com diagnóstico de endometriose moderada e infertilidade primária, com desejo reprodutivo. A investigação do casal infértil
excluiu como causa os fatores masculino, ovulatório e tubário. Em relação ao tratamento da infertilidade associada à endometriose, a terapêutica hormonal não possui
benefício e não deve ser indicada, uma vez que a maioria dos medicamentos disponíveis apresenta efeito anovulatório, o que exclui as opções A, B, D e E. Por outro lado,
a abordagem cirúrgica está associada à maiores taxas de gestação. Vale lembrar que a cirurgia laparoscópica é a via preferencial. Portanto, nesse caso, está indicado
tratamento cirúrgico com exérese dos focos de endometriose. Em pacientes que já foram submetidas à abordagem cirúrgica e apresentam recidiva da doença, a
realização da FIV é uma opção.Resposta: letra C.
73 - 2022 FMJ

» A questão descreve uma paciente de 33 anos com metrorragia intercalada com períodos de menorragia. Vamos rever os termos empregados para descrever os padrões
anormais de sangramento? A metrorragia é definida como um sangramento de intervalo irregular, duração prolongada e fluxo normal. Já a menorragia é caracterizada
por um sangramento com intervalo regular, duração prolongada e fluxo excessivo. Nesse caso, não era necessário conhecer tais termos para responder a questão. Em
relação às possíveis etiologias do sangramento uterino anormal (SUA), devemos lembrar do acrônimo PALM-COEIN. São nove categorias dispostas de acordo com a sigla:
pólipo (P), adenomiose (A), leiomioma (L), malignidade e hiperplasia do endométrio (M), coagulopatia (C), disfunção ovulatória (O), endometrial (E), iatrogênica (I) e
causas não classificadas (N). Os componentes do grupo PALM incluem condições estruturais que podem ser visualizadas em exames de imagem ou avaliadas pela
histopatologia. Já o grupo COEIN é caracterizado por causas não estruturais de SUA. Dessa forma, podemos observar que a única alternativa que apresenta uma causa
estrutural é a adenomiose. Todas as outras opções citam etiologias não estruturais. Resposta: letra B.

74 - 2022 SCMA - SP

» A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA em relação à perda sanguínea máxima considerada normal em um ciclo menstrual. Vamos a elas:- Letra A: incorreta.
Um volume maior de perda sanguínea pode considerado normal.- Letra B: incorreta. Um volume maior de perda sanguínea pode considerado normal.- Letra C: correta. A
maioria das referências adota os valores de 20 a 60 ml como normal. Entretanto, algumas referências utilizam o corte de 80 ml. - Letra D: incorreta. O valor é superior ao
considerado normal. Resposta: letra C.

75 - 2022 CMC

» Essa questão descreve uma paciente multípara de 42 anos, apresentando queixa de dismenorreia progressiva e aumento importante do fluxo menstrual. Diante dessas
informações, a hipótese diagnóstica mais provável é de adenomiose, que costuma cursar com sangramento uterino anormal (sangramento menstrual, habitualmente
cíclico, abundante e prolongado) e dismenorreia secundária e progressiva. A multiparidade é fator de risco para adenomiose. A principal clínica da miomatose uterina é o
sangramento uterino anormal. A dor pélvica, quando presente, deriva usualmente da compressão de estruturas contíguas. Não sendo a hipótese mais provável para esta
paciente. Pólipo endometrial também cursa com sangramento uterino anormal (geralmente sangramento intermenstrual); raramente há queixa de dismenorreia. Já o
câncer de endométrio geralmente cursa com sangramento uterino anormal na peri e pós-menopausa; não cursa com dismenorreia progressiva.Resposta: letra B.

76 - 2022 CMC

» Mioma parido consiste no prolapso de mioma submucoso pediculado através do colo uterino. Costuma estar associado à sangramento vaginal e dor pélvica e pode cursar
com infecção pelo contato com a vagina. A conduta mais adequada consiste na realização de miomectomia por via vaginal. Resposta: letra C.

77 - 2022 SCML

» Questão objetiva que deseja saber qual é a alteração cervical mais associada ao sangramento vaginal espontâneo ou à sinusiorragia. Os pólipos cervicais são
considerados as neoplasias benignas mais comuns do colo do útero, acometendo 2% a 5% das mulheres. Em geral, os pólipos cervicais são assintomáticos e em alguns
casos podem ser um achado no exame ginecológico de rotina. Quando sintomáticos, costumam causar sangramento uterino anormal, principalmente relacionado à
relação sexual. Miomas cervicais, neoplasias malignas de colo uterino, endometriomas e hemangiomas são condições menos frequentes. Resposta: letra C.

78 - 2022 IGESP

» Por definição, a endometriose consiste na presença de tecido endometrial (glândulas e estroma), em localização extrauterina. Já a adenomiose corresponde à presença
de tecido endometrial (glândulas e estroma) entre as fibras musculares do miométrio. Sendo assim, enquanto a endometriose pode se instalar em qualquer lugar, a
adenomiose é de localização miometrial. Resposta: letra A.

79 - 2022 HASP

» Questão que nos exige avaliação de imagem histeroscópica! Temos uma paciente de 52 anos, com menopausa há 04 anos e sangramento uterino anormal (pós-
menopausa). Realizou ultrassonografia transvaginal que mostra eco endometrial espessado de 16 mm (na pós-menopausa, consideramos normal até 4-5 mm em
paciente s que não fazem uso de terapia hormonal). Agora, olhe novamente a imagem histeroscópica: perceba que temos uma imagem grande, pediculada, lisa e sem
neovascularização dentro da cavidade uterina. Isso é um pólipo endometrial! Qual a conduta? Vamos chegar ao padrão-ouro a partir das afirmativas abaixo. Letra A:
correta. A conduta padrão-ouro para os pólipos endometriais é a polipectomia histeroscópia com encaminhamento da peça para análise histopatológica. Letra B:
incorreta. A curetagem uterina é uma maneira de investigação endometrial, porém, não realiza exérese de lesão, como o pólipo endometrial, de maneira dirigida e, por
isso, não é o método de escolha. Letra C: incorreta. O pólipo endometrial é uma projeção glandular e estromal na superfície da cavidade uterina. São lesões tipicamente
benignas e não há indicação de histerectomia. Letra D: incorreta. Ablação endometrial é o método de tratamento do sangramento uterino anormal não estrutural. O
pólipo endometrial é uma causa estrutural de sangramento e, portanto, a ablação endometrial não é conduta aceitável. Resposta: letra A.

80 - 2022 FAMEMA

» Estamos diante de uma mulher jovem com queixa de dor pélvica. Ao exame físico, nota-se massa anexial esquerda medindo 5,0 cm, dolorosa à palpação profunda. A
questão nos fornece um dado importante: a paciente possui diagnóstico prévio de endometriose. Vamos analisar as alternativas sobre a hipótese mais provável: Letra A:
incorreta. Na presença de doença inflamatória pélvica complicada com abscesso tubo-ovariano, esperamos encontrar relato de corrimento vaginal, febre, leucocitose e
sinais de peritonite. Letra B: incorreta. O mioma degenerado pode cursar com dor e sinais de abdome agudo, no entanto, não é a hipótese diagnóstica mais provável em
uma paciente portadora de endometriose. Letra C: correta. A lesão característica da endometriose no ovário é o endometrioma, que se apresenta como cisto de
conteúdo líquido espesso e achocolato. Os principais sintomas relacionados incluem dor pélvica, dismenorreia e dispareunia profunda. Letra D: incorreta. A apendicite
aguda clássica costuma iniciar com dor abdominal periumbilical que migra para a fossa ilíaca direita, além de sintomas como anorexia, náuseas e febre associados.
Resposta: letra C.
81 - 2022 FAMEMA

» Estamos diante de uma mulher jovem com queixa de dor pélvica. Ao exame físico, nota-se massa anexial esquerda medindo 5,0 cm, dolorosa à palpação profunda. A
questão nos fornece um dado importante: a paciente possui diagnóstico prévio de endometriose. A nossa principal hipótese diagnóstica é a presença de um
endometrioma, lesão característica da endometriose no ovário. Vamos analisar as afirmativas: Letra A: incorreta. A dosagem dos níveis séricos de CA-125 não está
indicada como método diagnóstico, uma vez que o marcador apresenta baixa sensibilidade. Letra B: incorreta. A tomografia computadorizada da pelve não possui boa
acurácia para estudar os focos de endometriose. Letra C: incorreta. A ressonância magnética da pelve é um dos melhores métodos diagnósticos não invasivos utilizados
para o mapeamento dos focos de endometriose. No entanto, é um exame de maior custo que não está disponível em todos os locais. Letra D: correta. A ultrassonografia
é o exame de imagem mais utilizado para o diagnóstico de endometrioma, pois é facilmente acessível e apresenta boa acurácia. Vale lembrar que o aspecto ecográfico
típico possui conteúdo homogêneo com pontilhado fino em vidro fosco. Resposta: letra D.

82 - 2022 CMC

» Na adolescência, a principal causa de sangramento uterino anormal (SUA) é anovulação, por imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. O sangramento
anovulatório pode ser muito frequente, prolongado ou intenso, em particular, após um longo período de amenorreia. A maioria das adolescentes tem ciclos ovulatórios ao
final de seu segundo ano de menstruação, em consequência da maturação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, caracterizada por mecanismos de feedback positivos, nos
quais um nível crescente de estrogênio desencadeia um pico de hormônio luteinizante e ovulação. Portanto, o SUA de causa não estrutural por disfunção ovulatória é a
causa mais comum nas adolescentes. Resposta: letra C.

83 - 2022 SCMRP

» Essa questão descreve uma paciente com quadro de infertlidade. Ela nega sintomas relacionados à endometriose, entretanto, ao exame físico, apresenta nódulo
retrocervical, doloroso ao toque, com leve redução da mobilidade uterina. Os achados do exame físico são sugestivos do diagnóstico de endometriose, já que a pouca
mobilidade do útero sugere a presença de aderências pélvicas e nódulo doloroso retrocervical pode estar associado a lesões retrocervicais, nos ligamentos uterossacros,
no fundo de saco vaginal posterior ou intestinal. Dentre as alternativas fornecidas pela questão, o exame indicado para investigação inicial é a ultrassonografia
transvaginal com preparo intestinal. Trata-se de um dos principais métodos de imagem para detecção e estadiamento da endometriose. O exame ainda permite a
definição do número de lesões intestinais, assim como da camada intestinal acometida por cada lesão. O CA 125 não é um marcador sensível da afecção, pois pode se
elevar em várias outras situações. Tem aplicação como indicativo de progressão da doença após tratamento. A tomografia computadorizada da pelve não tem boa
capacidade para distinguir entre os diversos tecidos moles, apresentando dificuldades em diferenciar e delimitar os órgãos pélvicos em relação às lesões. A colonoscopia
é um exame invasivo, portanto não está indicado na investigação inicial. É capaz de avaliar a presença de compressões extrínsecas, comprometimento da luz intestinal
e, em algumas situações, realizar biópsia das lesões. A videolaparoscopia tinha, no passado, papel no diagnóstico de endometriose. Entretanto, na atualidade, ela é
indicada para diagnóstico apenas em pacientes que apresentam exames normais e falha no tratamento clínico. Ela permite ressecar ou cauterizar focos de endometriose
no mesmo tempo cirúrgico. Resposta: letra C.

84 - 2022 PUC - SP

» Estamos diante de uma paciente de 38 anos com queixa de dispareunia profunda há anos. Apesar de não fazer uso de método contraceptivo, nunca engravidou,
sugerindo um quadro de infertilidade. Ao exame físico, podemos observar útero de mobilidade reduzida com anexo esquerdo doloroso e aumentado de tamanho. Vamos
analisar as alternativas sobre o quadro: Letra A: incorreta. O quadro clínico típico de doença inflamatória pélvica inclui corrimento vaginal associado à febre e dor pélvica
aguda. O diagnóstico é realizado através da anamnese e do exame clínico na maioria dos casos. Letra B: incorreta. Nossa principal suspeita clínica é de fato a
endometriose. Vale lembrar que os sintomas típicos da doença incluem dismenorreia, dispareunia, dor pélvica crônica e infertilidade. No entanto, o CA-125 não deve ser
utilizado como método diagnóstico. O marcador geralmente está aumentado nos casos de endometriose moderada ou grave, mas também pode se elevar em várias
outras afecções ginecológicas e sistêmicas. Letra C: incorreta. O quadro clínico é compatível endometriose, e não salpingite crônica. O achado de cisto de conteúdo
espesso em ovário pode sugerir a presença de um endometrioma. Letra D: correta. As manifestações da endometriose peritoneal incluem a presença de lesões negras,
vermelhas ou brancas, além de falhas peritoneais. Portanto, a visualização de tais achados na laparoscopia sugerem o diagnóstico de endometriose. Resposta: letra D.

85 - 2022 HBP - RP

» A dismenorreia primária é a que ocorre na ausência de doença pélvica detectável. O início do quadro acontece ainda na adolescência, meses após a menarca,
coincidindo habitualmente com o início dos ciclos ovulatórios. Habitualmente, a dor se inicia ao mesmo tempo ou logo após o início do sangramento, podendo ocorrer
horas antes do mesmo; perdura por 48 a 72 horas e, em geral, cessa ou apresenta alívio com o uso de analgésicos comuns. A dor, na maior parte das vezes, não é
progressiva, mantendo-se estável ou decrescendo de intensidade com o passar dos anos. O exame físico e ginecológico não mostra alterações. O mecanismo da dor na
dismenorreia está relacionado à liberação de grandes quantidades de prostaglandinas e icosanoides pelo endométrio em descamação. Esses produtos promovem
aumento da atividade do músculo uterino, que culmina com o aumento da força e frequência das contrações miometriais, que leva à diminuição do fluxo sanguíneo no
órgão e hipóxia tecidual. As maiores concentrações de progesterona, ao final da fase secretora do ciclo menstrual, promovem instabilidade dos lisossomos das células
endometriais com consequente liberação de enzimas, entre elas a fosfolipase A, que atua na membrana celular liberando ácido araquidônico. O resultado final é a
síntese de prostaglandinas endometriais que atuam no miométrio, provocando contratilidade uterina aumentada, isquemia e dor subsequente. É importante salientar
que a produção de prostaglandinas pode ser iniciada por hormônios peptídeos, estrogênio, progesterona e trauma tissular. Resposta: letra D.

86 - 2022 HMASP

» Questão direta, mas que, à primeira leitura causa dificuldade em entendimento da pergunta e da resposta. Para que entendamos de maneira clara a resposta, atente-se
à discussão da afirmativa correta. Letra A: correta. A endometriose é caracterizada por ser uma doença benigna, crônica, estrogênio-dependente e de natureza
multifatorial, acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. Há várias teorias propostas para explicar a fisiopatologia da endometriose. A teoria mais aceita é a
postulada por Sampson, conhecida como teoria da menstruação retrógrada. Praticamente 90% das mulheres com tubas uterina pérvias apresentam líquido livre na
cavidade pélvica em época menstrual, sugerindo, assim, que certo grau de refluxo tubário ocorra. Células endometriais então se implantariam no peritônio e nos demais
órgãos pélvicos, iniciando a doença. Dessa maneira, a menstruação é um fator essencial para que a endometriose ocorre. Quando discutimos tratamento clínico da
endometriose, podemos usar progestagênios isolados, anticoncepcionais combinados orais, danazol agonistas do GnRH. Perceba que todas essas medicações agem com
objetivo muito similar: provocar a anovulação, impedindo que a menstruação ocorra, o que diminui os sintomas clínicos da endometriose. Assim, podemos concluir que a
endometriose é mais frequente nos ciclos anovulatórios. A afirmativa A está correta. Letra B: incorreta. Nos ciclos anovulatórios, que são o objetivo do tratamento da
endometriose, não há menstruação, o que diminui a menstruação retrógrada e, consequentemente, a endometriose e os sintomas associados. Letra C: incorreta. A
interrupção artificial do ciclo menstrual é justamente o objetivo do tratamento da endometriose, sendo assim, não está associado ao aumento de frequência dessa
afecção. Letra D: incorreta. As afirmativa B nem a C estão incorretas. Letra E: incorreta. Há uma afirmativa correta, que é a letra A. Resposta: letra A.
87 - 2022 IGESP

» Na adolescência, a principal causa de sangramento uterino anormal é anovulação, por imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. O sangramento anovulatório pode
ser muito frequente, prolongado ou intenso, em particular, após um longo período de amenorreia. A maioria das adolescentes tem ciclos ovulatórios ao final de seu
segundo ano de menstruação, em consequência da maturação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, caracterizada por mecanismos de feedback positivos, nos quais um
nível crescente de estrogênio desencadeia um pico de hormônio luteinizante e ovulação. Portanto, a causa mais comum de sangramento uterino disfuncional em
adolescente de 13 anos é anovulação. Resposta: letra C.

88 - 2022 HBP - RP

» Essa questão descreve uma paciente com 17 anos, que não utiliza método contraceptivo, apresentando quadro de sangramento uterino anormal (SUA), tendo sido
excluída a hipótese diagnóstica de gestação. Como a paciente possui 17 anos e não foi fornecida a idade da menarca, podemos ficar em dúvida se a paciente ainda
apresenta ciclos anovulatórios por imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, que é a principal causa de anovulação em adolescentes. Devemos lembrar que a
maioria das adolescentes tem ciclos ovulatórios ao final de seu segundo ano de menstruação, em consequência da maturação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário,
caracterizada por mecanismos de feedback positivos, nos quais um nível crescente de estrogênio desencadeia um pico de hormônio luteinizante e ovulação. De qualquer
forma, isso não nos impede de acertar a questão. Algumas fontes consideram a causa hormonal (sangramento não estrutural de causa hormonal ou sangramento
uterino anovulatório) como mais frequente de sangramento irregular na idade reprodutiva, embora sempre devam ser consideradas outras causas, como o sangramento
relacionado com a gravidez (abortamento espontâneo, gravidez ectópica), ou causas estruturais, como leiomiomas. Outras fontes consideram que as complicações de
uma gestação não diagnosticada constituem a principal causa de sangramento na menacme. Como o enunciado já excluiu a hipótese diagnóstica de gestação, o SUA por
ciclos anovulatórios passa a ser a principal hipótese diagnóstica, em termos de frequência. Resposta: letra A.

89 - 2022 PUC - SP

» Estamos diante de uma paciente de 62 anos, hipertensa e diabética, com sangramento pós-menopausa. Ao exame físico, podemos observar um útero aumentado de
tamanho com superfície irregular. O acrônimo PALM-COEIN foi criado para classificar as causas de sangramento uterino anormal (SUA). São nove categorias dispostas de
acordo com a sigla: pólipo, adenomiose, leiomioma, malignidade e hiperplasia do endométrio, coagulopatia, disfunção ovulatória, endometrial, iatrogênica e causas não
classificadas. Os componentes do grupo PALM incluem condições estruturais que podem ser visualizadas em exames de imagem ou avaliadas pela histopatologia. Já o
grupo COEIN é caracterizado por causas não estruturais de SUA. Vamos analisar as alternativas sobre o caso: Letra A: incorreta. Em pacientes com sangramento pós-
menopausa, é mandatório excluir a presença de malignidade. Portanto, devemos realizar a investigação do quadro imediatamente. Letra B: incorreta. As principais
causas de sangramento na peri ou na pós-​menopausa incluem atrofia do endométrio, terapia com estrogênio, pólipos endometriais, hiperplasia e câncer de endométrio.
Caso sejam detectadas imagens hiperecogênicas na cavidade uterina devemos suspeitar de pólipo endometrial. Letra C: correta. Apesar de não ser a etiologia mais
comum, a possibilidade de câncer de endométrio deverá ser sempre descartada. Sendo assim, o sangramento após a menopausa deve ser valorizado e demanda
investigação apropriada. Vale lembrar que a histeroscopia é o método padrão-ouro para a investigação endometrial, pois além da visualização direta da cavidade uterina,
permite a coleta de material para análise histopatológica através de biópsia dirigida. Letra D: incorreta. A presença de sangramento pós-menopausa não é indicação de
histerectomia. O quadro deve ter investigado e o tratamento direcionado de acordo com a causa. Resposta: letra C.

90 - 2022 HMASP

» A questão deseja saber em qual situação devemos optar pela ultrassonografia transvaginal ao invés da via abdominal. Analisando as alternativas: Letra A: incorreta. A
presença de hímen não perfurado representa uma contraindicação à ultrassonografia transvaginal. Letra B: incorreta. Diante de massas pélvicas volumosas, o exame
deve ser complementado pela via abdominal. Letra C: correta. A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal é um dos melhores métodos diagnósticos não
invasivos utilizados para detecção e estadiamento da endometriose. Letra D: incorreta. A avaliação ultrassonográfica da parede abdominal deve ser realizada pela via
abdominal, e não transvaginal. Letra E: incorreta. A ultrassonografia obstétrica transvaginal é preferível apenas no primeiro trimestre. Em gestações avançadas, o exame
deve ser realizado pela via abdominal. Resposta: letra C.

91 - 2022 SCO

» Temos um caso de uma paciente jovem, nuligesta, com queixa de dismenorréia discreta e presença de mioma intramural com componente subseroso. A questão deseja
saber qual a alternativa CORRETA em relação à melhor conduta para o caso. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. A embolização da artéria uterina consiste em uma técnica
endovascular para tratamento conservador de miomas sintomáticos. Em mulheres com desejo reprodutivo, a embolização ainda permanece motivo de controvérsia, pois
pode comprometer a irrigação endometrial, prejudicando a nidação e desenvolvimento da gestação. - Letra B: incorreta. A miomectomia representa o padrão-ouro para
pacientes que desejam engravidar. Entretanto, a via laparoscópica está indicada em tumores com maior diâmetro, que variam de 7-10 cm, únicos ou acompanhados de
nódulos menores. A via laparotômica só está indicada em casos de nódulos muito grandes ou numerosos. A via histeroscópica está indicada nos casos de miomas
submucosos.- Letra C: correta. Estamos diante de um mioma pequeno, assintomático, que não compromete a fertilidade da paciente. A conduta mais indicada é apenas
analgesia em caso de dismenorréia. A conduta deve ser expectante.- Letra D: incorreta. O uso de análogos de GnRH só está indicado no pré-operatório, com objetivo de
reduzir o sangramento e volume do mioma e útero. Não possui qualquer indicação nesse caso.Resposta: letra C.

92 - 2022 UNOESTE

» A questão descreve uma paciente de 42 anos, nuligesta, com relato de irregularidade menstrual, tentando engravidar há dois anos. Vamos analisar as alternativas sobre
a conduta mais adequada: Letras A e B: incorreta. A indução da ovulação associada ao coito programado são boas opções em pacientes anovulatórias. No entanto, em
mulheres com idade avançada, esperamos uma diminuição da reserva ovariana e da qualidade do óvulo, o que compromete a eficácia das terapias de baixa
complexidade. Letra C: correta. A idade cronológica é o maior determinante da reserva ovariana, interferindo diretamente na qualidade dos oócitos. Portanto, a conduta
mais adequada inclui técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro. Letra D: incorreta. A ovodoação pode até ser uma opção caso a paciente não
responda à estimulação da ovulação, mas não seria a primeira escolha. Letra E: incorreta. A conduta expectante também não é recomendada, pois a paciente já está há
dois anos tentando engravidar espontaneamente. Resposta: letra C.
93 - 2022 HMASP

» Em relação à dinâmica folicular ovariana, temos: Durante a vida fetal, em torno da 20a semana de gestação, existem aproximadamente sete milhões de folículos
primordiais. Cada um deles contém um oócito paralisado na prófase da primeira divisão meiótica, até que o processo de ovulação se inicie. Esse pool de folículos
imaturos vai se reduzindo dramaticamente, até que, ao nascimento, cada ovário possua cerca de um milhão de folículos primordiais. Por ocasião da menarca, eles se
restringirão a 300.000 a 400.000 folículos em ambos os ovários. Durante a menacme, em cada ciclo menstrual, quase 1.000 folículos são recrutados e quase a totalidade
deles sofre atresia ou morte celular programada ou apoptose. Na época da menopausa, o ovário será constituído basicamente por estroma denso, com apenas raros
oócitos dispersos remanescentes. Vamos às alternativas. Letra A: incorreta. Na menopausa há raros oócitos dispersos remanescentes. Letra B: correta. Ao nascimento,
cada ovário possui cerca de um milhão de folículos primordiais. Letra C: incorreta. Por ocasião da menarca, haverá 300.000 a 400.000 folículos em ambos os ovários.
Letra D: incorreta. Durante o mencme há depleção folicular de cerca de 1.000 folículos por ciclo menstrual, partindo dos 300.000 a 400.000 da menarca. Letra E:
incorreta. A telarca ocorre, fisiologicamente, pouco antes da menarca. Assim, há por volta de 400.000 folículos ovarianos, valores menores do que ao nascimento.
Resposta: letra B.

94 - 2022 UNOESTE

» A questão deseja saber quais são os fatores de risco envolvidos no surgimento dos pólipos endometriais. O pólipo endometrial é caracterizado por projeções da mucosa
do endométrio, sendo mais comum na pós-menopausa. A origem do pólipo endometrial e sua patogênese ainda não são bem estabelecidas. No entanto, sabemos que as
mesmas condições clínicas que podem levar a hiperplasia do endométrio, como menopausa tardia, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, síndrome dos ovários
policísticos e uso de agonistas estrogênicos podem também ser responsáveis pelo surgimento dos pólipos. Resposta: letra D.

95 - 2022 HMMG

» Essa questão pede a alternativa incorreta em relação às teorias que sustentam a etiologia da endometriose. Vamos a elas:Letra A: incorreta. A metaplasia escamosa
corresponde a um processo fisiológico no colo uterino, não se relaciona com a endometriose.Letra B: correta. O mesotélio celômico é totipotencial, enquanto o peritônio
deriva do epitélio celômico. Esta teoria baseia-se na capacidade de o epitélio peritoneal originar outros tipos de tecido, tais como: endométrio, miométrio, tuba uterina e
endocérvice. No caso da endometriose, corresponderia à transformação das células celômicas totipotenciais em endométrio.Letra C: correta. Essa teoria propõe que um
fator bioquímico endógeno pode induzir o desenvolvimento das células indiferenciadas em tecido endometrial.Letra D: correta. Pela teoria da menstruação retrógrada, a
regurgitação transtubária durante a menstruação promove a disseminação de células endometriais viáveis na cavidade peritoneal. Também há a teoria da disseminação
linfática, que propõe que a disseminação de células endometriais, por meio de linfáticos, pode explicar a rara presença de endometriose em sítios distantes da pelve.
Enquanto a teoria iatrogênica sugere que o endométrio ectópico pode ser induzido de forma iatrogênica por um transplante mecânico.Resposta: letra A.

96 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Temos uma paciente de 64 anos, com fatores de risco para neoplasia endometrial (obesa e diabética), com queixa de sangramento vaginal e biópsia de lesão polipoide
pediculada endometrial de hiperplasia complexa com atipias (HA). Vamos discutir o tratamento por meio das alternativas.Letra A: incorreta. A biópsia da lesão mostrou
HA, assim, o tratamento baseia-se nesse diagnóstico. A polipectomia e ablação endometrial não são tratamentos aceitáveis para HA, devido ao potencial de se
diagnosticar câncer endometrial incidentalmente.Letra B: incorreta. Independentemente da maneira como se obteve material para biópsia com resultado de HA, o risco
de câncer endometrial existe, mesmo que a biópsia tenha sido direcionada.Letra C: incorreta. A histeroscopia cirúrgica não será o meio para realização do tratamento da
HA porém, não há contraindicação a realização da mesma diante da suspeita de câncer de endométrio. Durante histeroscopia, as chances de perfuração uterina e
disseminação de células endometriais para a cavidade peritoneal não é tão grande a ponto de contraindicar o procedimento. Inclusive, diante de necessidade de
avaliação endometrial, mesmo que se suspeite de câncer de endométrio, a histeroscopia é o método preferencial.Letra D: correta. Diante de achado de HA, é mandatória
a exclusão de malignidade. A histerectomia total com ou sem salpingo-ooforectomia bilateral é uma opção segura tanto para exclusão de câncer como para o tratamento
da condição pré-maligna. A via cirúrgica pode ser laparoscópica ou laparotômica ou, até mesmo, vaginal. Resposta: letra D.

97 - 2022 UNOESTE

» Essa questão descreve uma paciente de 48 anos, sem comorbidades, que utiliza condon como método contraceptivo, apresentando quadro de sangramento uterino
anormal (SUA). Foi excluída a possibilidade de gestação, pois o beta hCG foi negativo. Como o exame físico e a ultrassonografia transvaginal não apresentam alterações,
podemos excluir as hipóteses diagnósticas de miomatose uterina, pólipo endocervical e pólipo endometrial. Já a endometriose não cursa com sangramento uterino
anormal, mas com dismenorreia progressiva, dispareunia, dor pélvica crônica e infertilidade. Portanto, o diagnóstico desta paciente seria de sangramento uterino
disfuncional, termo que foi atualmente substituído por sangramento uterino anormal de causa não estrutural por disfunção ovulatória; o qual pode ocorrer em qualquer
faixa etária, porém é mais comum nos extremos da vida reprodutiva. A mulher na perimenopausa apresenta aumento do número de ciclos anovulatórios decorrente da
diminuição da reserva folicular ovariana e da refratariedade dos folículos remanescentes ao estímulo da gonadotrofina; desencadeando o SUA. Os anticoncepcionais
combinados orais (ACO) reduzem a perda sanguínea em 35 a 72%, sendo a opção terapêutica para a maioria dos casos de SUA sem alteração estrutural. Como a
paciente não apresenta comorbidades e não há relato de tabagismo no enunciado, que seriam contraindicação ao uso do ACO, esta seria a conduta inicial. Resposta:
letra A.

98 - 2022 REVALIDA - USP SP

» Temos uma paciente que apresenta sangramento uterino anormal devido a mioma intramural de 6,5 cm, com componente submucoso, já com anemia importante. A
questão deseja saber qual a medicação deve ser utilizada para compensar a anemia no período pré-operatório. Segundo o Tratado de Ginecologia de Berek e Novak, as
opções para tratamento da anemia pré-operatória são o uso de eritropoetina recombinante, associado à suplementação de ferro e vitamina C, ou dos análogos do
hormônio de liberação de gonadotrofinas. As pacientes que apresentam miomatose volumosa e anemia se beneficiam do uso de análogos de GnRH três meses antes da
cirurgia, como o acetato de gosserrelina, pois essa droga é capaz de reduzir o volume do mioma e reduzir o sangramento uterino anormal, com consequente melhora da
anemia. O tartarato de ergotamina é um alcaloide vasoconstritor utilizado no manejo das enxaquecas. A progesterona micronizada e o valerato de estradiol até podem
ser utilizados para controle do sangramento, mas não tem efeito sobre o tamanho do mioma. Resposta: letra B.

99 - 2022 UHG

» Vamos avaliar cada uma das afirmativas em busca da conduta diagnóstica para a endometriose. Letra A: correta. A conduta diagnóstica para a endometriose envolve: -
Anamnese: a endometriose caracteriza-se principalmente por dor (dismenorreia, dispareunia, dor pélvica crônica) e infertilidade; - Exame físico: envolve palpação
abdominal, exame especular, toque vaginal. O toque retal está reservado para os casos de endometriose profunda. - Exames de imagem: ultrassonografia transvaginal
(com preparo intestinal) e ressonância magnética de abdome e pelve são os de escolha. Lembre-se que o padrão-ouro para o diagnóstico definitivo da endometriose é a
laparoscopia com visualização/biópsia da lesão endometriótica. Assim, a letra A é a resposta da questão. Letra B: incorreta. Os oncomarcadores não são essenciais no
diagnóstico da endometriose. Apenas o CA-125 tem associação com a endometriose e, ainda assim, não é marcador sensível. Além disso, tomografia computadorizada
não é bom exame para visualização da afecção. Letra C: incorreta. Os oncomarcadores citados não são específicos da endometriose. Letra D: incorreta. Urografia
excretora e uretrocistoscopia são exames soliciatados apenas em pacientes com endometriose infiltrativa profunda associada a queixa urinária. Resposta: letra A.
100 - 2022 UHG

» Questão sobre o tratamento da endometriose intestinal. O tratamento cirúrgico com ressecção da área acometida é a forma terapêutica mais efetiva. Existem três
técnicas para o tratamento da endometriose intestinal e todas elas são passiveis de abordagem laparoscópica. As características da lesão direcionam a técnica a ser
realizada. Lesões superficiais que envolvam apenas a camada serosa do intestino ou superficialmente a muscular em pequena extensão podem ser ressecadas por
shaving. Já a ressecção discoide está indicada para nódulos de até 3 cm. Por último, a ressecção segmentar do retossigmoide, com consequente anastomose
terminoterminal, é recomendada para lesões maiores que 3 cm ou na presença de duas ou mais lesões intestinais. Portanto, as indicações de ressecção discoide e
segmentar descritas na alternativa C, gabarito da questão, divergem da literatura. A banca manteve como gabarito oficial a letra C, apesar da solicitação de recurso. No
entanto, a questão merecia ter sido anulada.

101 - 2022 UNIMED - RJ

» Questão direta que deseja saber qual é o marcador tumoral frequentemente alterado nas pacientes com endometriose profunda. Vamos analisar as alternativas: Letra A:
incorreta. A alfafetoproteína encontra-se elevada principalmente nos tumores hepáticos e de células germinativas. Letra B: correta. O CA-125 está elevado na maioria
dos casos de endometriose moderada ou grave. Vale lembrar que o marcador também faz parte do seguimento nos casos de câncer epitelial de ovário. Letra C:
incorreta. O CEA (antígeno carcinoembriônico) é bastante utilizado em pacientes com neoplasia de cólon, sobretudo para seguimento nos tumores que expressam esta
proteína. Letra D: incorreta. O marcador tumoral CA 19-9 é indicado no auxílio ao estadiamento e à monitoração do tratamento em pacientes com câncer de pâncreas e
trato biliar. Resposta: letra D.

102 - 2022 UHG

» A questão descreve uma paciente de 33 anos, com desejo de gestar, apresentando sangramento uterino anormal. A ultrassonografia transvaginal revelou um mioma
submucoso medindo 6,0 cm. Segundo a FIGO, os miomas são classificados em submucosos, intramurais e subserosos tipos 0 a 8. O tipo 2 inclui o mioma submucoso com
componente intramural e mais de 50% de penetração no miométrio. É possível avaliar o grau de dificuldade técnica para a realização da miomectomia histeroscópica
através da classificação de Lasmar. Os critérios incluem o tamanho do mioma (até 2 cm, de 2 a 5 cm e maior que 5 cm), a penetração na parede endometrial (nenhuma,
até 50% e mais de 50%), a largura da base (até um terço do tamanho, de um terço a dois terços e maior que dois terços do tamanho) e a localização no útero (inferior,
médio e superior). Tais critérios recebem uma pontuação de 0, 1 e 2, respectivamente, além de se acrescentar 1 ponto se o mioma estiver na parede lateral. A soma
dessa pontuação definirá a conduta. O escore de 0 a 4 indica miomectomia de baixa complexidade, de 5 a 6 miomectomia complexa com uso de análogos de GnRH
previamente e maior que 7 outra via não histeroscópica. Analisando os dados do enunciado, temos um escore de pelo menos 7. Portanto, a conduta mais adequada
consiste em realizar miomectomia por via abdominal (laparoscópica ou laparotômica). Resposta: letra C.

103 - 2022 INTO

» Estamos diante de uma paciente de 36 anos com diagnóstico de endometriose. Como não deseja engravidar no momento, optou por realizar um bloqueio hormonal
contraceptivo. O enunciado nos forneceu um dado importante: a paciente é tabagista de três maços/dia há 20 anos. Vamos analisar as alternativas sobre a melhor opção
terapêutica: Letra A: correta. Os progestágenos são considerados tratamento de primeira linha no manejo clínico da endometriose. O mecanismo de ação inclui bloqueio
ovulatório e atrofia do tecido endometrial ectópico. Além disso, estão indicados como contraceptivo em pacientes com contraindicação aos métodos combinados. Letras
B e C: incorretas. De acordo com os critérios de elegibilidade da OMS, em pacientes tabagistas acima de 35 anos, os contraceptivos combinados são consideradas pelo
menos categoria 3, ou seja, representam uma contraindicação relativa. Letra D: incorreta. O estrogênio isolado não é uma opção de tratamento da endometriose. Vale
lembrar que o hormônio possui efeito proliferativo no endométrio. Letra E: incorreta. O citrato de clomifeno é um indutor da ovulação e, portanto, não está indicado.
Resposta: letra A.

104 - 2022 INTO

» A questão descreve uma paciente de 67 anos com sangramento pós-menopausa e espessamento endometrial (eco endometrial com espessura acima de 4-5 mm em
paciente sem uso de terapia hormonal). Apesar de não ser a etiologia mais comum, a possibilidade de câncer de endométrio deverá ser sempre descartada nesses
casos. Sendo assim, o sangramento após a menopausa deve ser valorizado e demanda investigação apropriada, mesmo que seja pouco significativo ou transitório. A
histeroscopia é o método padrão-ouro para a investigação endometrial, pois além da visualização direta da cavidade uterina, permite a coleta de material para análise
histopatológica através de biópsia dirigida. Portanto, a conduta ideal é realizar videohisteroscopia com biópsia de endométrio. Resposta: letra C.

105 - 2022 INTO

» A questão deseja saber qual é a causa mais comum de sangramento vaginal após a menopausa. As possíveis causas uterinas de sangramento na peri ou na pós-​‐
menopausa são atrofia do endométrio, terapia com estrogênio, pólipos endometriais, hiperplasia e câncer de endométrio. Segundo a última edição do Tratado de
Ginecologia Berek e Novak, a atrofia endometrial é a causa mais frequente de sangramento pós-​menopausa, sendo responsável por 60 a 80% dos casos. Já a terapia de
reposição com estrogênio está relacionada a 15 a 25% dos episódios. Os pólipos endometriais estão associados a 2 a 12% dos quadros. Já a hiperplasia e o câncer de
endométrio configuram 5 a 10% e 10% dos casos, respectivamente. Portanto, podemos concluir que a causa mais comum de sangramento pós-menopausa é a atrofia de
endométrio. Resposta: letra B.

106 - 2022 IFF

» A questão descreve uma paciente de 45 anos com sangramento uterino anormal (SUA) e sinais clínicos de anemia. A ultrassonografia transvaginal revelou um mioma
submucoso medindo 3,0 cm e outro submerso medindo 4,0 cm. Sabemos que a presença e a intensidade do sangramento são determinadas principalmente pela
localização do mioma, sendo o mioma submucoso o mais relacionado com SUA. Vamos analisar as alternativas sobre a melhor opção terapêutica: Letras A e E:
incorretas. A histerectomia é uma alternativa para os casos refratários ou na presença de miomas volumosos, quando não há interesse na preservação uterina. O
tratamento cirúrgico conservador deve ser sempre a primeira opção. Letra B: incorreta. A principal via de acesso para o tratamento dos miomas submucosos é a
histeroscópica. A via laparoscópica está indicada em tumores volumosos, múltiplos e próximos à serosa. Letra C: incorreta. A embolização da artéria uterina consiste em
uma técnica radiointervencionista endovascular para o tratamento conservador de miomas uterinos. O procedimento está indicado somente quando não for possível a
realização de miomectomia em pacientes que desejam gestar. Letra D: correta. Nesse caso, estamos diante de uma paciente com SUA e sinais clínicos de anemia, sendo
a miomectomia o procedimento de escolha. Como o mioma é submucoso, a via ideal é a histeroscópica. Resposta: letra D.
107 - 2022 UNIMED - RJ

» A questão descreve uma paciente de 88 anos, com história prévia de câncer de mama já tratado, evoluindo com sangramento vaginal pós-menopausa. A atrofia de
endométrio é a causa mais frequente de sangramento pós-​menopausa, sendo responsável por 60 a 80% dos casos. Já a terapia de reposição com estrogênio está
relacionada a 15 a 25% dos episódios. Os pólipos endometriais estão associados a 2 a 12% dos quadros. Já a hiperplasia e o câncer de endométrio configuram 5 a 10% e
10% dos casos, respectivamente. Apesar de não ser a etiologia mais comum, a possibilidade de câncer de endométrio deverá ser sempre descartada. Sendo assim, o
sangramento após a menopausa deve ser valorizado e demanda investigação apropriada. A histeroscopia é o método padrão-ouro para a investigação endometrial, pois
além da visualização direta da cavidade uterina, permite a coleta de material para análise histopatológica através de biópsia dirigida. Portanto, a afirmativa correta é a
letra B. Resposta: letra B.

108 - 2022 UNIGRANRIO

» A endometriose é uma patologia benigna que ocorre por presença de tecido endometrial em localização extrauterina. Uma das principais características da doença é a
presença de dismenorreia, dor pélvica crônica e dispareunia. A dor parece ser resultante da ação inflamatória na cavidade pélvica, efeitos diretos e indiretos do
sangramento dos focos ectópicos, irritação ou infiltração direta de nervos pélvicos e presença de aderências. A abordagem, que deve ser multidisciplinar, inclui
mudanças de estilo de vida e tem como primeira linha do tratamento medicamentoso o uso de anticoncepcionais orais combinados. Eles promovem decidualização e
atrofia do tecido endometrial ectópico, resultando em bom controle da dor a longo prazo. Alternativa A: correta. Alternativa B: incorreta. O sistema intrauterino de cobre
é um anticoncepcional de longa duração do tipo não hormonal. Sua ação irritativa e inflamatória no útero pode aumentar a dismenorreia e o fluxo menstrual das
pacientes, e portanto, não é indicado para portadoras de endometriose. Alternativa C: incorreta. Os agonistas do GnRh ocupam os receptores de GnRh inibindo a
liberação de FSH e LH, resultando em um estado de anovulação e hipoestrogenismo. Apesar de serem efetivos no controle da dor, não são a primeira linha de
tratamento, pois seu uso a longo prazo pode causar redução da densidade mineral óssea e outros efeitos colaterais climatéricos. Alternativa D: incorreta. O tratamento
cirúrgico está indicado em caso de sintomas graves, pacientes refratárias ao tratamento clínico ou doença avançada. Não deve ser a primeira escolha em uma paciente
sem tratamento prévio, como da questão, uma vez que o tratamento clínico é eficaz na maioria dos casos e não expõe a paciente aos riscos de uma cirurgia de alta
complexidade. Resposta: alternativa A.

109 - 2022 CEPOA

» Os análogos de GnRH levam à redução dos esteroides sexuais circulantes e podem causar amenorreia e reduzir temporariamente o volume dos nódulos e útero. A
questão deseja saber qual a opção CORRETA em relação à indicação desse tratamento. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. Os análogos não possuem qualquer tipo de
função na preservação da fertilidade e não devem ser indicados em casos de miomas pequenas e assintomáticos.- Letra B: incorreta. O seu uso reduz temporariamente o
volume dos nódulos e do útero, porém não torna os planos cirúrgicos mais distintos. - Letra C: incorreta. Os efeitos colaterais dos análogos de GnRH são provenientes do
hipoestrogenismo, com sintomas vasomotores, alteração do humor e redução da densidade mineral óssea, o que pode piorar os sintomas de mulheres na peri-
menopausa, e seu uso não está indicado com esse intuito.- Letra D: correta. O uso pré-operatório dos análogos de GnRH pode facilitar a cirurgia pelo aumento dos
índices hematimétricos, evitando a necessidade de hemotransfusão; redução do tamanho uterino, tornando a cirurgia mais simples; e reduzindo a perda de sangue
durante o procedimento, por diminuir a vascularização uterina.Resposta: letra D.

110 - 2022 SMA - VR

» Estamos diante de uma paciente de 62 anos, assintomática, que comparece para consulta de rotina. A ultrassonografia transvaginal revelou espessamento endometrial
de 14,5 mm. Vamos analisar as alternativas sobre a melhor conduta: Letras A e B: incorretas. A espessura endometrial máxima nas pacientes pós-menopausa é de 4 ou
5 mm, ou seja, valores superiores a estes indicam anormalidade e demandam investigação. Portanto, a conduta expectante ou o tratamento hormonal não estão
indicados. Letras C e E: corretas. A presença de um endométrio espessado à ultrassonografia requer investigação com histeroscopia e biópsia de endométrio para
estudo histopatológico. A histeroscopia é o método padrão-ouro, pois permite a visualização direta da cavidade uterina. Letra D: incorreta. Não há indicação de
tratamento cirúrgico no momento, pois o tipo de abordagem depende do resultado da investigação endometrial. Portanto, podemos concluir que a questão apresenta
duas alternativas corretas entre as opções de resposta. A banca manteve como gabarito oficial a letra C, apesar da solicitação de recurso.

111 - 2022 SMA - VR

» Estamos diante de uma paciente de 30 anos com dor pélvica crônica progressiva, dismenorreia e dispareunia. Vamos analisar as alternativas sobre o caso: Letra A:
correta. Devemos suspeitar de endometriose na presença de dismenorreia progressiva, dispareunia de profundidade, dor pélvica crônica e infertilidade. Letra B:
incorreta. A investigação é necessária para mapear a extensão da endometriose. Letra C: incorreta. Atualmente, com o avanço dos métodos de imagem, a laparoscopia
só deve ser indicada para fins diagnósticos em pacientes que apresentam exames normais e falha no tratamento clínico. Letra D: incorreta. A ultrassonografia
transvaginal com preparo intestinal (não convencional) é um dos melhores métodos diagnósticos não invasivos para detecção e estadiamento da endometriose. Letra E:
incorreta. O tratamento de primeira linha para a endometriose inclui o uso de anticoncepcionais combinados orais. Resposta: letra A.

112 - 2022 FESO

» A questão deseja saber qual é o exame padrão-ouro na avaliação do fator tubário na propedêutica básica do casal infértil. Vamos analisar as opções: Letra A: incorreta. A
ultrassonografia transvaginal é utilizada para a avaliação dos fatores ovulatório e uterino. Letra B: incorreta. A histeroscopia é considerada o método padrão-ouro na
avaliação das doenças da cavidade uterina. Letra C: correta. A histerossalpingografia é o exame inicial para se documentar a permeabilidade tubária. É considerado
exame de primeira linha na investigação feminina. Letra D: incorreta. A videolaparoscopia com cromotubagem é método o padrão-ouro na avaliação do fator tubário,
pois permite a visualização direta das estruturas pélvicas. No entanto, por ser um método invasivo, não está incluído na propedêutica básica. Letra E: incorreta. A
colposcopia é utilizada para avaliar lesões cervicais precursoras ou invasivas. Resposta: letra C.

113 - 2022 SCM - BM

» A história de dismenorreia, dispareunia e infertilidade sempre deve nos fazer pensar na hipótese diagnóstica de endometriose. O tecido endometrial ectópico também
responde às alterações hormonais cíclicas da mulher, resultando em reação inflamatória e clínica de dismenorreia progressiva, dor pélvica, dispareunia e infertilidade.
Não há descrição de corrimento vaginal anormal, dor hipogástrica, à mobilização do colo e à palpação de anexos, para pensarmos em doença inflamatória pélvica. Como
a paciente refere ciclos regulares, a anovulação crônica e a estenose cervical não são diagnósticos prováveis. Resposta: letra C.

114 - 2022 SCM - BM

» A menorragia consiste em sangramento com intervalos regulares, com duração prolongada e fluxo excessivo. Sendo assim, a melhor definição está apresentada na letra
A. O sangramento intermenstrual corresponde ao sangramento de escape. O sangramento com intervalo de 35 a 45 dias recebe a denominação de opsomenorreia;
enquanto o sangramento com intervalo superior a 45 dias consiste na espaniomenorreia. Já o sangramento que ocorre em intervalos menores que 21 dias recebe a
denominação de polimenorreia. Resposta: letra A.
115 - 2022 HPP

» A questão descreve uma mulher de 56 anos, sem uso de terapia hormonal, com sangramento pós-menopausa há dois meses. A paciente é portadora de hipertensão
arterial, obesidade e possui história prévia de tromboembolismo venoso. O exame ginecológico não evidenciou alterações. Vamos analisar as afirmativas sobre o caso:
Letras A e B: incorretas. Diante de um quadro de sangramento pós-menopausa, devemos inicialmente investigar a causa para então direcionar o tratamento. Letra C:
incorreta. O uso de terapia hormonal está contraindicado na presença de sangramento vaginal de causa desconhecida. Letra D: correta. Todo episódio de sangramento
pós-menopausa deve ser valorizado e demanda investigação apropriada. A ultrassonografia transvaginal é um método não invasivo que permite a avaliação do
endométrio por meio do estudo do eco endometrial e, por isso, faz parte da propedêutica inicial. Vale lembrar que as principais causas para o sangramento pós-
menopausa incluem atrofia, uso de estrogênio exógeno, câncer de endométrio, pólipos endometriais ou cervicais e hiperplasia de endométrio. Resposta: letra D.

116 - 2022 HPP

» A questão descreve uma paciente de 28 anos com sangramento uterino anormal (SUA) há três meses. Ao exame físico, podemos observar sinais de anemia. Os exames
complementares descartaram a possibilidade de gravidez. Não há alterações na ultrassonografia transvaginal, o que sugere uma causa não estrutural. Vamos analisar as
afirmativas sobre o caso: Letra A: incorreta. As manifestações clínicas que sugerem endometriose incluem dismenorreia progressiva, dispareunia de profundidade, dor
pélvica crônica e infertilidade. Portanto, não há indicação para pesquisar endometriose nesse caso. Letra B: incorreta. Tanto o hemograma quanto a função tireoideana
fazem parte da investigação de SUA. Os antifibrinolíticos são a opção não hormonal de primeira linha, pois atuam diminuindo a fibrinólise, promovendo a coagulação
sanguínea e reduzindo o sangramento menstrual. No entanto, a posologia recomendada é dois a três comprimidos de 250 mg, três a quatro vezes ao dia, por um período
de 3 a 4 dias. Letra C: incorreta. Diante de um quadro de SUA, o tratamento hormonal com anticoncepcionais combinados deve incluir preferencialmente formulações
contendo 30 mcg de etinilestradiol. Letra D: incorreta. Os análogos de GnRH possuem efeitos colaterais consideráveis, como redução da densidade mineral óssea e
hipoestrogenismo. Por esse motivo, não são considerados como primeira opção diante de uma paciente jovem com sangramento não estrutural. Dessa forma, podemos
concluir que não há alternativa correta entre as opções de resposta. A banca manteve como gabarito oficial a letra B, apesar da solicitação de recurso. A questão deveria
ter sido anulada.

117 - 2022 SMSCG

» Questão sobre a investigação do sangramento uterino anormal (SUA). O acrônimo PALM-COEIN foi criando para classificar as causas de SUA. São nove categorias
dispostas de acordo com a sigla: pólipo, adenomiose, leiomioma, malignidade e hiperplasia do endométrio, coagulopatia, disfunção ovulatória, endometrial, iatrogênica e
causas não classificadas. Em geral, os componentes do grupo PALM são entidades estruturais que podem ser visualizadas em exames de imagem ou avaliadas pela
histopatologia. Já o grupo COEIN é caracterizado por causas não estruturais de SUA. Diante de uma paciente em idade reprodutiva com quadro de SUA, o primeiro passo
é excluir gestação. Portanto, a investigação pela classificação PALM-COEIN só deve ser iniciada após a realização de um teste de gravidez. Resposta: letra D.

118 - 2022 HMDI

» Estamos diante de uma paciente de 70 anos com sangramento pós-menopausa há três meses. A questão nos fornece um dado importante: a paciente é diabética,
hipertensa e obesa. Vamos analisar as alternativas sobre o diagnóstico mais provável: Letra A: incorreta. A miomatose uterina é causa comum de sangramento uterino
anormal em pacientes no menacme, e não após a menopausa. Letra B: incorreta. A atrofia endometrial é a etiologia mais frequente de sangramento pós-menopausa. No
entanto, a paciente apresenta vários fatores de risco relevantes para o câncer de endométrio, como menopausa tardia, diabetes, hipertensão arterial e obesidade. Letra
C: incorreta. O exame ginecológico não revelou alterações, o que afasta a hipótese de câncer de colo uterino. Letra D: correta. Apesar de não ser a etiologia mais
comum, o diagnóstico mais provável nesse caso é o câncer de endométrio, pois estamos diante de uma paciente com múltiplos fatores de risco para a neoplasia.
Portanto, devemos iniciar investigação apropriada para afastar malignidade. Resposta: letra D.

119 - 2022 EMCM

» A questão descreve uma paciente de 17 anos, com queixa de dismenorreia progressiva e dispareunia, que deseja orientação quando ao método contraceptivo. Vamos
analisar as afirmativas sobre o caso: Letra A: incorreta. A síndrome da congestão pélvica ou varizes pélvicas é uma condição na qual se observa dilatação e tortuosidade
do plexo venoso pélvico associado à diminuição do retorno venoso. O quadro clínico inclui dispareunia de profundidade e dor pélvica, com exacerbação da dor após
longos períodos em posição ortostática. Letra B: incorreta. Na dismenorreia primária não esperamos encontrar dispareunia associada ou piora progressiva da dor. Letra
C: correta. Devemos suspeitar de endometriose na presença de dor pélvica crônica, dismenorreia progressiva e dispareunia de profundidade. A conduta ideal consiste
em solicitar um exame de imagem para mapear os focos da doença e iniciar o tratamento. O uso de contraceptivos hormonais é considerado tratamento de primeira
linha, pois promove atrofia do tecido endometrial ectópico. Letra D: incorreta. A histeroscopia não é o melhor exame diante da suspeita de endometriose. Além disso, o
tratamento deve incluir o bloqueio hormonal. Resposta: letra C.

120 - 2022 UNESC - ES

» Questão clássica em ginecologia nas provas de residência e também muito importante na prática clínica. Estamos diante de uma paciente de 63 anos com história de
menopausa há 18 anos e sem uso de terapia hormonal (TH) que apresenta sangramento por via vaginal. Guarde um conceito: paciente na pós-menopausa que apresenta
sangramento por via vaginal sempre precisa ser investigada, até mesmo aquelas que fazem TH. Como é iniciada essa investigação? Pela ultrassonografia transvaginal,
que é um exame de baixo custo com bons resultado em avaliação estrutural uterina. Nas pacientes pós-menopausa, devemos ter especial atenção ao endométrio. Mais
um conceito importante que você precisa levar para as provas de residência: a espessura endometrial máxima, nas pacientes na pós-menopausa sem uso de TH, é de 4
ou 5 mm, dependendo da rederência bibliográfica. E nas pacientes que fazem uso de TH? Nesse caso, a espessura endometrial máxima é de 8 mm. Então, a paciente do
caso, que apresenta eco endometrial de 18 mm (valor maior do que 4 e 5), apresenta espessamento endometrial. Qual o próximo passo? Veja, se o endométrio está
espessado, precisamos olhar esse endométrio de perto. Vamos avaliar as afirmativas disponibilizadas pela questão: Letra A: incorreta, pois, diante de uma paciente na
pós-menopausa com sangramento uterino e espessamento endometrial, o acompanhamento ultrassonográfico é inaceitável! Essa paciente pode ter uma lesão
precursora ou até mesmo um câncer endometrial. Assim, conduta conservadora não é possível. Letra B: incorreta, pois, inicialmente, realizamos investigação
endometrial. Não iniciamos com histerectomia, uma vez que ainda não sabemos o diagnóstico da nossa paciente. Para confirmação do diagnóstico, primeiro realizamos
uma biópsia endometrial. Letra C: correta, pois, diante de um eco endometrial espessado, devemos realizar biópsia endometrial. O padrão ouro para essa avaliação é a
histeroscopia, na qual olhamos esse endométrio diretamente e realizamos biópsia dirigida da região que apresenta alterações. Letra D: incorreta, pois, conforme
discutido na letra B, a histerectomia não pode ser a conduta inicial, mas sim, uma biópsia dirigida. Dependendo do diagnóstico e do estadiamento, nossa conduta
subsequente pode ser histerectomia, porém, só podemos adotá-la após a certeza do diagnóstico, visto que a conduta cirúrgica é invasiva. Letra E: incorreta, pois a
prescrição de hormônios para essa paciente é inaceitável por 02 motivos: a paciente não pode iniciar terapia hormonal diante de um sangramento por via vaginal sem
diagnóstico de certeza e, além disso, não se encontra na janela de oportunidade para TH (menopausa há mais de 10 anos e tem mais de 60 anos). Resposta: Letra C.
121 - 2022 EMCM

» A questão descreve uma paciente de 51 anos, sem comorbidades, com sangramento uterino anormal há três meses. A ultrassonografia transvaginal revelou um
espessamento focal no endométrio com fluxo ao Doppler, compatível com pólipo endometrial. Antes de indicar um tratamento, seja clínico ou cirúrgico, devemos
inicialmente investigar a causa para então direcionar a abordagem, o que exclui as alternativas A, B e C. Diante de uma suspeita de pólipo endometrial, está indicada a
avaliação da cavidade uterina para confirmação diagnóstica. A histeroscopia é o método padrão-ouro, pois permite a visualização direta do pólipo endometrial e a biópsia
dirigida da lesão. Resposta: letra D.

122 - 2022 HMDI

» A questão descreve uma paciente de 17 anos apresentando dismenorreia primária com impacto em suas atividades diárias. O tratamento da dismenorreia deve ser
conduzido conforme o desejo ou não de contracepção. Os anticoncepcionais combinados orais atuam reduzindo a espessura endometrial, diminuindo o sangramento e,
consequentemente, os níveis de prostaglandinas. Em pacientes sexualmente ativas sem desejo reprodutivo, o método é considerado primeira opção terapêutica. Já os
anti-inflamatórios não esteroidais atuam como inibidores de prostaglandinas, melhorando o sintoma na maioria dos casos. Tanto os antiespasmódicos de ação central
quanto os antagonistas de GnRH não estão indicados nesse caso. Como a paciente ainda não teve a sexarca e não se beneficiaria da proteção contraceptiva adicional, a
melhor opção é o uso dos inibidores de prostaglandinas. Resposta: letra C.

123 - 2022 IO

» Questão bastante direta que nos questiona qual das afirmativas contém uma opção que não faz parte do diagnóstico diferencial de sangramento uterino anormal (SUA).
Vamos avaliar cada uma das afirmativas em busca da incorreta. Letra A: incorreta. Anormalidades da gestação, como abortamento, prenhez ectópica e gestação molar,
são causas de SUA e podem se associar à hemorragia excessiva ou prolongada. Letra B: incorreta. Alterações anatômicas uterinas, como pólipos e leiomiomas
submucosos e adenomiose também são causas comuns de SUA. São mais frequentes em mulheres na idade reprodutiva do que naquelas de outras faixas etárias. Letra
C: correta. Cisto de ovário não é causa de SUA em nenhuma faixa etária. Cistos simples ovarianos geralmente são assintomáticos. Letra D: incorreta. Conforme discutido
na letra A, anormalidades da gestação, que incluem abortamento, são causas de SUA no menacme. Resposta: letra C.

124 - 2022 REVALIDA - UNIRG

» Essa questão pede a alternativa correta em relação ao caso clínico apresentado. Vamos a elas: Letra A: incorreta. As principais causas de sangramento na pós-
menopausa são terapia hormonal (30%) e vaginite atrófica (30%). Entretanto, a possibilidade de malignidade deve ser investigada. Letra B: incorreta. A espessura
endometrial normal para pacientes na pós-menopausa que não fazem uso de reposição hormonal é 4mm a 5mm, dependendo da referência. Sendo assim, a causa mais
provável de sangramento na pós-menopausa em paciente sem história de uso de TH com espessura endometrial de 4mm é atrofia endometrial. Letra C: correta. A
colpocitologia oncótica faz parte da investigação de sangramento na pós-menopausa. Letra D: incorreta. O tratamento da vaginite atrófica é realizado com estrogênio
por via tópica; entretanto, na presença de outros sintomas climatéricos, como presença de fogachos, pode ser indicado tratamento sistêmico. Resposta: letra C.

125 - 2022 EMCM

» Vamos analisar as afirmativas sobre os miomas uterinos: Letra A: incorreta. A degeneração sarcomatosa é extremamente rara, sendo observada em menos de 0,5% dos
casos. Letra B: correta. Os miomas uterinos são tumores benignos formados por fibras musculares lisas do útero. Letra C: incorreta. Os análogos de GnRH devem ser
reservados para o uso pré-operatório, uma vez que não alteram os resultados a longo prazo e possuem efeitos colaterais consideráveis, como redução da densidade
mineral óssea e hipoestrogenismo severo. Portanto, não devem ser utilizados como primeira opção de tratamento em todos os casos. Letra D: incorreta. O mioma
subseroso está localizado abaixo da serosa uterina. Os tumores localizados no interior da cavidade uterina são os submucosos. Resposta: letra B.

126 - 2022 REVALIDA - UNIRG

» A questão deseja saber qual a opção CORRETA a respeito do caso clínico descrito. Vamos a elas:- Letra A: correta. Segundo a classificação da FIGO, que classificou os
miomas de 0 a 8, o mioma tipo 4 é definido como totalmente intramural, sem contato com endométrio com serosa.- Letra B: incorreta. Uma das indicações mais clássicas
da necessidade de tratamento dos miomas é a presença de infertilidade. O tratamento deve ser proposto para miomas que deformam a cavidade (submucosos ou
intramurais com componente submucoso) ou que são volumosos. Os miomas subserosos não costumam ter interferência na fertilidade.- Letra C: incorreta. A raça negra
é um fator de risco para o desenvolvimento de miomas. Pode haver crescimento do mioma na gravidez, porém, em 2/3 dos casos, o volume do tumor não aumenta ou
até diminui. - Letra D: incorreta. Os análogos de GnRH podem ser indicados no pré-operatório de miomectomias, em geral entre 2-3 meses antes do procedimento.
Possui inúmeros efeitos colaterais provenientes do hipoestrogenismo, como sintomas vasomotores e redução da densidade mineral óssea. Por isso, não devem ser
utilizados por tempo prolongado. Resposta: letra A.

127 - 2022 COC

» Estamos diante de uma paciente de 53 anos, portadora de hipertensão arterial e intolerância a glicose, com quadro de sangramento uterino anormal. A questão não
menciona o diagnóstico prévio de menopausa. Portanto, podemos considerar que a paciente encontra-se na perimenopausa. A ultrassonografia transvaginal revelou eco
endometrial de 13 mm. Apesar de não existir um ponto de corte que diferencia um endométrio normal de um endométrio espessado em pacientes na pré-menopausa,
valores acima de 12 mm em exames realizados na primeira fase do ciclo menstrual demandam investigação complementar do endométrio. Vamos analisar as
alternativas sobre a conduta mais adequada: Letra A: correta. Diante de uma paciente acima de 45 anos, com fator de risco para câncer de endométrio e espessura
endometrial maior do que 12 mm, devemos investigar patologias endometriais como hiperplasia e câncer de endométrio. A histeroscopia é o método padrão-ouro, pois
além da visualização direta da cavidade uterina, permite a coleta de material para análise histopatológica através de biópsia dirigida. Letras B e D: incorretas. O tipo de
tratamento depende do resultado da investigação endometrial. Portanto, o tratamento hormonal não está indicado neste momento. Letra C: incorreta. A conduta
conservadora não é uma opção, uma vez que é necessário excluir a presença de hiperplasia e câncer de endométrio. Letra E: incorreta. A curetagem uterina também
fornece amostra de tecido endometrial para análise histopatológica. No entanto, é um método mais invasivo que requer hospitalização, não sendo a primeira opção.
Além disso, o DIU hormonal não deve ser indicado antes da investigação endometrial. Resposta: letra A.

128 - 2022 REVALIDA - UNIRG

» Essa questão pede a alternativa correta em relação à endometriose. Vamos a elas: Letra A: incorreta. São fatores de proteção: multiparidade, lactação, atividade física e
menarca tardia. Letra B: correta. A endometriose consiste na presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Os sintomas dependem da localização dos
implantes e podem incluir dismenorreia, dispareunia, infertilidade, disúria e dor à evacuação. Letra C: incorreta. A histerossalpingografia é um exame solicitado quando a
paciente possui quadro de infertilidade, para avaliação do fator tubário. Letra D: incorreta. Lesões "em pólvora" são características da endometriose; entretanto, as
aderências em "corda de violino" correspondem à síndrome de Fitz-Hugh-Curts, complicação da doença inflamatória pélvica. Resposta: letra B.
129 - 2022 IOG

» A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA acerca da principal causa de sangramento uterino anormal (SUA) na pós-menopausa. Vamos a elas:- Letras A e C: A
hiperplasia endometrial corresponde a cerca de 5% dos casos de SUA na pós-menopausa. - Letra B: correta. A endometrite/vaginite atrófica corresponde a 30% dos casos
de sangramento uterino na pós-menopausa, sendo a nossa principal hipótese diagnóstica em paciente que não faz uso de hormônios exógenos. É importante frisar que,
apesar da atrofia ser a hipótese mais provável, é imprescindível excluirmos o diagnóstico de câncer. - Letra D: incorreta. O câncer de endométrio corresponde a 15% dos
casos de SUA na pós-menopausa, sendo a 2ª hipótese mais provável. - Letra E: incorreta. Os pólipos endometriais/cervicais representam 10% dos casos de SUA na pós-
menopausa. Resposta: letra B.

130 - 2022 HRL - PR

» Essa questão descreve uma paciente de 30 anos apresentando quadro de infertilidade e que preenche dois dos três critérios de Rotterdam para o diagnóstico de
síndrome dos ovários policísticos (SOP): oligo/anovulação e ovários micropolicísticos à ultrassonografia transvaginal. A investigação de infertilidade do casal descartou os
fatores tubário e masculino como causas da infertilidade conjugal; sendo assim, a causa apontada para a infertilidade é anovulação. Devemos lembrar que no
tratamento da SOP, a primeira recomendação deve ser de perda ponderal e prática de exercícios físicos. A perda de apenas 5 a 7% do peso ao longo de seis meses pode
reduzir bastante a testosterona livre calculada ou a testosterona biodisponível, bem como restaurar a ovulação e a fertilidade em mais de 75% das mulheres. O exercício
com uso de grandes grupos musculares reduz a resistência à insulina e pode ser um importante componente do tratamento não farmacológico por modificação do estilo
de vida. Entretanto, nenhuma das alternativas apresentadas mencionou mudança de estilo de vida, elas abordam indução da ovulação e "drilling" ovariano. Sendo assim,
vamos procurar a alternativa correta: Nos casos de infertilidade, o indutor da ovulação de primeira escolha é o Citrato de Clomifeno, iniciado na dose de 50 mg ao dia,
por 5 dias, a partir do terceiro ou quinto dia do ciclo menstrual. O monitoramento do ciclo por meio da ultrassonografia transvaginal seriada é recomendado e visa
acompanhar o crescimento folicular e determinar o melhor momento para orientar o coito (coito programado); conforme descrito na letra A. O "drilling" ovariano ou o
uso de gonadotrofinas ou a fertilização in vitro só devem ser avaliados após ausência de ovulação com o uso de citrato de clomifeno e da associação de citrato de
clomifeno com metformina. Resposta: letra A.

131 - 2022 PUC - RS

» Estamos diante de uma paciente de 36 anos, com história prévia de infecção por gonococo, em investigação de infertilidade. Vamos analisar as afirmativas sobre a
histerossalpingografia: Afirmativa I: falsa. A histerossalpingografia é o exame inicial para se documentar a permeabilidade tubária. No entanto, a laparoscopia é
considerada o método padrão-ouro para o diagnóstico de doença tubária e peritoneal, pois permite a visualização direta das estruturas pélvicas. Afirmativa II: falsa. A
histerossalpingografia é utilizada para avaliar canal endocervical, cavidade uterina e lúmen da tuba uterina por meio de injeção de contraste radiopaco pelo canal
cervical. Não é possível avaliar o posicionamento dos ovários durante o exame. Afirmativa III: verdadeira. O procedimento está relacionado a maiores taxas de gravidez e
nascidos vivos, principalmente quando é utilizado o meio de contraste oleoso. Portanto, apenas a afirmativa III está correta. Resposta: letra B.

132 - 2022 CESUPA

» A questão descreve uma paciente de 23 anos, com IMC de 39,9 kg/m² (obesidade grau II), apresentando sangramento uterino anormal (SUA). O acrônimo PALM-COEIN foi
criado para classificar as causas de SUA, com o objetivo de facilitar a comunicação, o atendimento e a pesquisa. São nove categorias dispostas de acordo com a sigla:
pólipo, adenomiose, leiomioma, malignidade e hiperplasia do endométrio, coagulopatia, disfunção ovulatória, endometrial, iatrogênica e causas não classificadas. Em
geral, os componentes do grupo PALM são entidades estruturais que podem ser visualizadas em exames de imagem ou avaliadas pela histopatologia. Já no grupo COEIN,
participam entidades que não apresentam essas características, configurando causas não estruturais de SUA. Pacientes obesas apresentam com maior frequência ciclos
anovulatórios. Os principais mecanismos incluem: aumento da aromatização periférica de androgênios em estrogênios; inibição da síntese hepática de SHBG, resultando
em aumento da fração livre de estradiol; aumento dos níveis de insulina que, por sua vez, atua de forma sinérgica com o LH e estimula a síntese de androgênio pelas
células da teca. Sem a ovulação, predomina o efeito estrogênico com ação proliferativa no endométrio, o que explica a fisiopatologia do SUA. Portanto, nesse caso,
esperamos uma disfunção ovulatória (SUA-O). Resposta: letra A.

133 - 2022 HSM - DF

» Sobre o tratamento dos leiomiomas, vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: correta. As pacientes com miomas e assintomáticas devem
ser acompanhadas clinicamente. Não se justifica nenhum tratamento, sendo a conduta conservadora, realizada com ultrassonografias seriadas para avaliar crescimento
da lesão. Letra B: incorreta. Sempre que há suspeita de malignidade, como um leiomioma que cresce rápido, que pode corresponder à degeneração sarcomatosa, deve-
se proceder à conduta cirúrgica. Letra C: incorreta. As indicações da embolização da artéria uterina são: pacientes sintomáticas com miomas volumosos e múltiplos, não
pediculados, não degenerados e que desejem preservar o útero. Assim, miomas pediculados e degenerados não podem ser submetidos à embolização. Letra D:
incorreta. A histerectomia está indicada em pacientes com prole constituída ou sem desejo de engravidar que apresente miomas volumosos associados a sintomas
imortantes ou falha no tratamento clínico. Pacientes na menopausa ou perimenopausa com leiomioma pequeno tendem a não ter sintomas de sangramento uterino
anormal não sendo a histerectomia, portanto, o tratamento inicial. Letra E: incorreta. O tratamento clínico pode ser indicado para controle do sangramento e da dor
pélvica, como tratamento inicial ou mesmo em longo prazo, no caso de pacientes que têm risco cirúrgico elevado ou que não desejam ser submetidas a procedimentos.
Resposta: letra A.

134 - 2022 UNIRG

» Questão clássica de provas de residência! Temos uma paciente de 67 anos, com menopausa há 14 anos, obesa mórbida com queixa de sangramento vaginal em
moderada quantidade. Realiza ultrassonografia pélvica que mostra espessura endometrial de 10 mm. Vamos chegar à resposta analisando cada uma das afirmativas.
Letra A: incorreta. O sarcoma uterino é raro, apresenta-se clinicamente como sangramento uterino anormal na pós-menopausa, leucorreia fétida, dor pélvica e distensão
abdominal. Na ultrassonografia, e vista arquitetura tumoral bizarra, aumento da vascularização tumoral, aumento do fluxo diastólico e índices de resistência baixos.
Assim, diante de espessamento endometrial em pós-menopausa, nossa primeira hipótese diagnóstica não é sarcoma uterino. Letra B: incorreta. Os pólipos endometriais
são classicamente visualizado na ultrassonografia como espessamento focal com pedículo vascular visível ao Doppler colorido. Além disso, em uma paciente na pós-
menopausa com espessamento endometrial, não é nossa primeira hipótese diagnóstica. Letra C: incorreta. Lembre-se que em paciente na pós-menopausa que não
fazem uso de terapia hormonal, como a paciente do caso, o eco endometrial deve ser de até 4-5 mm. Assim, para pensarmos em atrofia endometrial como principal
hipótese diagnóstica, o eco endometrial deveria se igual ou menor do que essa valor. Letra D: correta. Diante de uma paciente na pós-menopausa e obesa com eco
endometrial espessado (maior do que 4-5cm), nossa primeira hipótese diagnóstica é a neoplasia endometrial. A conduta subsequente é a histeroscopia com biópsia
dirigida. Resposta: letra D.
135 - 2022 SCMM

» Essa questão pede a alternativa que não faz parte da investigação inicial do casal infértil. Há muita discordância a respeito da propedêutica básica para investigação do
casal infértil. A literatura médica e os serviços especializados divergem em alguns aspectos, mas em linhas gerais devem ser realizados num primeiro momento:
espermograma; dosagens hormonais (inclui FSH e estradiol basais, prolactina, TSH, T4 livre, progesterona de segunda fase); ultrassonografia transvaginal seriada e
histerossalpingografia. Sendo assim, nem a biópsia testicular (letra B) e nem a espermocultura (letra D), seriam exames incluídos na investigação inicial. Por apresentar
duas respostas, essa questão deveria ser anulada. Entretanto, o gabarito oficial da banca foi letra B. Resposta da banca: letra B.

136 - 2022 UMC - MG

» Questão direta sobre o limite de espessura do endométrio considerado normal em pacientes menopausadas sem uso de terapia hormonal (TH). A espessura endometrial
máxima nas pacientes pós-menopausa sem uso de TH é de 4 ou 5 mm, dependendo da referência bibliográfica. Um eco endometrial igual ou menor que 4 mm diminui a
chance de câncer de endométrio em pelo menos 10 vezes, tanto para mulheres que não fazem uso de TH como para mulheres que fazem TH. Valores superiores a estes
indicam anormalidades e exigem investigação. Analisando as alternativas, podemos concluir que a melhor resposta é 5-6 mm.

137 - 2022 UDI

» A questão descreve uma paciente de 20 anos com queixa de dor abdominal, sangramento vaginal há dois dias e episódio de síncope. Ao exame físico, podemos observar
a presença de hipotensão e taquicardia. Apesar da instabilidade hemodinâmica, a paciente ainda permanece com bom nível de consciência. Estamos diante de um
provável choque hemorrágico. Vamos analisar as afirmativas sobre a melhor conduta: Letras A e D: incorretas. Não devemos realizar tomografia ou ultrassonografia em
pacientes hemodinamicamente instáveis. Letra B: incorreta. Os níveis de saturação de oxigênio estão adequados, não sendo necessário ofertar oxigênio nesse
momento. Letra C: incorreta. O teste de gravidez deve ser realizado, mas não no primeiro momento. Devemos lembrar que a gravidez ectópica rota é uma das principais
hipóteses diagnósticas. Letra E: correta. Em pacientes instáveis hemodinamicamente, a prioridade é garantir um acesso venoso calibroso e iniciar a ressuscitação
volêmica. Todas as outras medidas para investigação do quadro devem ser realizadas posteriormente. Resposta: letra E.

138 - 2022 HSD - MA

» Vamos analisar as afirmativas sobre a endometriose: Letra A: correta. Os melhores métodos diagnósticos não invasivos utilizados para detecção e estadiamento da
endometriose incluem a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética de abdome e pelve. Ambos possuem acurácia similar. Letra B:
correta. Ovário, peritônio pélvico, fundo de saco anterior e posterior e ligamentos uterossacros são os locais mais comuns de acometimento da endometriose. Letra C:
correta. A ultrassonografia transvaginal tem alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de endometrioma ovariano. Letra D: incorreta. A endometriose pode
cursar com dor pélvica crônica, dispareunia, dismenorreia e infertilidade, mas também pode ser assintomática, mesmo em mulheres com doença avançada. Letra E:
correta. A infertilidade devido à endometriose está associada à gravidade da doença. Portanto, podemos concluir que a única alternativa incorreta é a letra D. A banca
manteve como gabarito oficial a letra C, apesar da solicitação de recurso. Gabarito MEDGRUPO: letra D.

139 - 2022 SCMM

» Essa questão pede a alternativa incorreta em relação ao exame de histerossalpingografia. Vamos a elas: Letra A: correta. Histerossalpingografia é o exame considerado
de primeira linha de investigação da permeabilidade tubária, mesmo na ausência de comorbidades. Letra B: incorreta. A histerossalpingografia não permite a
visualização dos ovários. Letra C: correta. Quando a tuba é pérvia, o contraste extravasa para a cavidade abdominal bilateralmente. Esse achado é denominado prova
de Cotte positiva. Desta forma, este resultado é sinônimo de permeabilidade tubária. Letra D: correta. A possibilidade de visualização radiológica da difusão do meio de
contraste iodado permite avaliar a configuração uterina e a permeabilidade tubária e identificar possíveis alterações da cavidade uterina (pólipos, sinéquias,
malformações uterinas, septos) e obstruções. Resposta: letra B.

140 - 2022 HCB - RO

» A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA, que define a provável localização de um mioma pediculado torcido. Vamos a elas:O mioma subseroso pediculado, ou
tipo 7 pela classificação da FIGO, por ser pediculado, pode sofrer torção e isquemia, que leva a um quadro de forte dor abdominal. O mioma submucoso em geral é a
forma que provoca mais hemorragias, devido à sua íntima relação com a mucosa endometrial. O mioma intramural degenerado, em geral, não causa sintomas de forte
dor abdominal. O mioma cervical em geral é assintomático. Os mais volumosos podem acompanhar-se de dispareunia e exteriorização pelo introito vaginal. Resposta:
letra A.

141 - 2022 SESAP

» Questão sobre a propedêutica do casal infértil. Vamos analisar as alternativas: Afirmativa I: correta. A biópsia de endométrio é um método invasivo e pouco preciso que
não deve ser feito de rotina com o objetivo de diagnosticar a ovulação. O teste foi substituído pela dosagem sérica de progesterona e pela ultrassonografia transvaginal
seriada. Afirmativa II: incorreta. A videolaparoscopia com cromotubagem é o método padrão-ouro na avaliação da permeabilidade tubária. A histerossalpingografia deve
ser o exame inicial por ser menos invasiva. Afirmativa III: incorreta. A histeroscopia é considerada o método padrão-ouro na avaliação das doenças da cavidade uterina, e
não a histerossonografia. Portanto, apenas a afirmativa I está correta. Resposta: letra B.

142 - 2022 HCB - RO

» A questão deseja saber qual a alternativa CORRETA, que representa a melhor estratégia terapêutica em paciente em investigação de infertilidade. A prova de Cotte
positiva indica permeabilidade tubária, ou seja, ausência de obstrução das trompas, permitindo excluir o fator tubário como possível fator etiológico da infertilidade. A
paciente apresenta prolactina acima do limite superior (>30 em mulheres pré-menopausa). O citrato de clomifeno é um indutor de ovulação e não é o tratamento
preconizado para a hiperprolactinemia, que pode ser uma das causas da infertilidade.A cabergolina é um agonista dopaminérgico e a primeira escolha no tratamento da
hiperprolactinemia. O tamoxifeno é um modulador seletivo do receptor estrogênico e seu uso não é preconizado para tratamento da hiperprolactinemia. A folitrofina beta
não faz parte do arsenal terapêutico da hiperprolactinemia. Resposta: letra B.
143 - 2022 UNCISAL

» Questão sobre a propedêutica do casal infértil. Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. O espermograma faz parte da rotina básica de investigação do casal
infértil. Os critérios avaliados no exame incluem volume, concentração, número total de espermatozoides, motilidade, morfologia e vitalidade. Letra B: correta. A
histerossalpingografia é o exame inicial para se documentar a permeabilidade tubária. Já a videolaparoscopia com cromotubagem é método o padrão-ouro na avaliação
do fator tubário, pois permite a visualização direta das estruturas pélvicas. Letra C: incorreta. A história do parceiro pode revelar dados importantes para o diagnóstico.
Por esse motivo, devemos pesquisar infecções sexualmente transmissíveis prévias e fatores ambientais relacionados ao estresse oxidativo das células germinativas.
Letra D: correta. A ultrassonografia transvaginal seriada é útil na avaliação da reserva ovariana, pois permite a contagem de folículos antrais. Além disso, faz parte da
investigação de pacientes com suspeita de anovulação crônica. Letra E: correta. A endometriose e a doença inflamatória pélvica (DIP) podem provocar aderências
pélvicas, resultando em prejuízo na fertilidade. Os principais agentes etiológicos envolvidos na DIP são o gonococo e a clamídia. A fase crônica da doença é caracterizada
por aderências do tipo corda de violino. Resposta: letra C.

144 - 2022 SES - PB

» Vamos analisar as afirmativas sobre as patologias benignas do trato genital feminino: Afirmativa I: verdadeira. A adenomiose é caracterizada pela presença de tecido
endometrial (glândulas e estroma) entre as fibras musculares do miométrio. A doença é mais comum em multíparas. Afirmativa II: verdadeira. Os leiomiomas uterinos
são os tumores benignos mais frequentes em pacientes no menacme. A etiopatogenia ainda não está bem estabelecida, mas fatores genéticos e hormonais estão
associados. Afirmativa III: falsa. A síndrome da tensão pré-menstrual é caracterizada por sintomas clínicos recorrentes durante a fase lútea (e não folicular) do ciclo
menstrual de mulheres em idade fértil. Afirmativa III: verdadeira. A dismenorreia primária se inicia na adolescência, logo após a menarca. O mecanismo da dor inclui
excesso ou desequilíbrio da quantidade de prostaglandina secretada pelo endométrio durante a menstruação, o que pode estar associado ao volume uterino reduzido.
Portanto, apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. Resposta: letra D.

145 - 2022 UEM

» Questão bastante direta que nos questiona qual dos testes não deve ser solicitado na rotina inicial de avaliação do casal infértil. Em linhas gerais, em um primeiro
momento, devem ser realizada a seguinte propedêutica básica para investigação da infertilidade: - Espermograma; - Dosagens hormonais: incluindo FSH e estradiol
basais, prolactina, TSH, T4 livre, progesterona de segunda fase; - Ultrassonografia transvaginal seriada; - Histerossalpingografia. Agora, vamos discutir cada uma das
afirmativas trazidas pela questão: Letra A: incorreta. Antigamente, a biópsia de endométrio era considerada método de eleição para diagnóstico de ovulação. No entanto,
tal método foi substituído, por ser método invasivo, pela ultrassonografia transvaginal seriada. Por esse motivo, ficou restrita a casos especiais como, por exemplo, a
identificação de processos infecciosos. Assim, a bióspia de endométrio não deve ser solicitada na avaliação inicial do casal infértil. Letra B: correta. Atualmente, o
rastreamento ecográfico da ovulação é o método padrão-ouro para avaliação da ovulação, tanto em ciclos naturais quanto induzidos. A ultrassonografia transvaginal
seriada demonstra a modificação evolutiva do endométrio, documenta o crescimento folicular, identifica a presença do folículo dominante e seu desenvolvimento. Letra
C: correta. Está indicada a dosagem de progesterona no meio da fase lútea. A elevação dos níveis de progesterona constitui evidência indireta e retrospectiva de
ovulação. A dosagem deve ser feita no momento do pico sérico do hormônio, que ocorre em torno do meio da fase lútea, entre o 21° e o 24° dias, considerando-se um
ciclo padrão de 28 dias. Letra D: correta. Os problemas de infertilidade relacionados ao homem são evidenciados principalmente por alterações seminais. Considera-se,
portanto, que o espermograma é o exame a ser solicitado na primeira consulta para avaliação da fertilidade masculina. Letra E: correta. A dosagem de FSH no 3° dia do
ciclo menstrual é um dos marcadores mais amplamente utilizados na avaliação da reserva ovariana. O FSH apresenta-se como medidor indireto da inibina B e do
estradiol que o pool de folículos está produzindo. Assim, a afirmativa A é a única incorreta e, por isso, responde a questão. Resposta: letra A.

146 - 2022 UEVA

» A questão descreve uma mulher de 38 anos e um homem de 45 anos tentando engravidar há oito meses, com relações sexuais duas vezes por semana e sem proteção
contraceptiva. Vamos analisar as afirmativas sobre a orientação mais adequada: Letra A: incorreta. Devemos aguardar um ano para iniciar a investigação de infertilidade
caso a paciente apresente menos de 35 anos. Letra B: correta. Caso a paciente apresente mais de 35 anos, a propedêutica do casal infértil deve ser iniciada
imediatamente ou após seis meses de atividade sexual sem uso de método contraceptivo. Vale lembrar que a investigação é do casal e, por isso, devemos solicitar
exames para ambos. Letras C e D: incorretas. Antes de iniciar a indução da ovulação ou o coito programado, devemos realizar a investigação do casal. A conduta deve
ser individualizada de acordo com a causa da infertilidade. Resposta: letra B.

147 - 2022 CEP - SE

» Essa questão descreve uma jovem de 14 anos, com menarca há um ano, apresentando ciclos menstruais longos (duração maior que 42 dias). Devemos lembrar que
durante os primeiros dois anos após a menarca, muitos ciclos menstruais são anovulatórios por imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Sendo assim, a conduta
indicada para essa paciente é expectante, já que a maioria das adolescentes tem ciclos ovulatórios ao final de seu segundo ano de menstruação, em consequência da
maturação do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, caracterizada por mecanismos de feedback positivos, nos quais um nível crescente de estrogênio desencadeia um pico de
hormônio luteinizante e ovulação. Resposta: letra A.

148 - 2022 HNSC

» Questão sobre espermograma que traz a seguinte recomendação para ser avaliada: abstinência sexual por 7 dias para coleta do exame. Vamos avaliar cada uma das
afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta. O tempo de abstinência sexual orientado é entre 2 e 5 dias, não de 7 dias. Letra B: incorreta. Não há restrição de
atividade física antes da coleta do espermograma. Letra C: incorreta. Tempo de abstinêcia sexual maior do que 5 dias poderá alterar a qualidade seminal por baixa
motilidade e morfologia. Letra D: correta. O tempo de abstinência sexual recomendado para coleta do espermograma é de 5 a 7 dias. Resposta: letra D.

149 - 2022 CERMAM

» Questão bastante direta que nos exige discussão da Classificação da FIGO para miomas. A classificação segue abaixo: 0- Intracavitário; 1- < 50% intramural; 2- maior ou
igual 50% intramural; 3- 100% intramural/contato com endométrio; 4- intramural 5- subseroso/ maior ou igual 50% intramural; 6- subseroso/ < 50% intramural; 7-
subseroso pediculado; 8- outro (cervical, parasita). Assim, a paciente tem um miomama subseroso com menos de 50% de invasão intramural pequeno (de 18 Mm),
visualizado em exame de rotina, ou seja, que não gera sintomas. Vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da correta. Letra A: incorreta. Os miomas que
podem ser retirados por histeroscopia, que é exame complementar que avalia a cavidade uterina, são os submucosos. Assim, o mioma da questão, subseroso e
assintomático, não tem como conduta ressecção histeroscópica. Letra B: correta. Perceba que temos um mioma subseroso, pequeno (18 mm) e sem sintomas
associados. Nessa situação, a conduta de escolha é a expectante. Letra C: incorreta. Diante de um mioma subseroso pequeno e sem sintoma associado, não há
necessidade de retirada do mioma, mas sim, conduta expectante. Letra D: incorreta. Conforme discutimos acima, não há indicação de ressecção do mioma, uma vez que
o mesmo é subseroso, pequeno e assintomático. Resposta: letra B.
150 - 2022 UEVA

» A questão descreve uma paciente de 22 anos com queixa de dismenorreia progressiva há seis meses. A ultrassonografia transvaginal evidenciou focos de endometriose
em ovário direito e ligamentos uterossacros. O enunciado nos forneceu um dado importante: a paciente não possui desejo reprodutivo no momento. Vamos analisar as
alternativas sobre a melhor conduta: Letra A: incorreta. O tratamento cirúrgico deve ser a primeira opção na presença de endometrioma ovariano volumoso (as
principais referências consideram acima de 6 cm), lesão intestinal ou em ureter principalmente se houver sinais de suboclusão. Nesse caso, não há indicação de iniciar o
tratamento com a abordagem cirúrgica. Letra B: incorreta. A redução dos níveis de prostaglandina é eficaz no alívio da dor associada à endometriose. Devido aos efeitos
colaterais, os anti-inflamatórios devem ser utilizados na dose mais baixa e pelo menor tempo possível. No entanto, o tratamento clínico de primeira linha deve incluir o
bloqueio hormonal para estabilizar as lesões. Letra C: correta. O tratamento clínico é eficaz no controle da dor pélvica e deve ser a abordagem de escolha na ausência de
indicações absolutas para cirurgia. O uso de contraceptivos combinados é considerado tratamento de primeira linha, pois resulta em atrofia do tecido endometrial
ectópico. Letra D: incorreta. A fertilização in vitro seguida de abordagem cirúrgica estaria indicada na presença de indicação absoluta de cirurgia e desejo de engravidar
neste momento. O gabarito preliminar liberado pela banca foi a letra B. Após solicitação de recurso, o gabarito foi substituído pela letra C. Resposta: letra C.

151 - 2022 HEJSN

» Questão sobre a fisiologia da reprodução humana. Vamos analisar as alternativas:


Letra A: correta. Nos túbulos seminíferos encontram-se as espermatogônias, originadas das células germinativas primordiais. As espermatogônias permanecem
quiescentes desde o período fetal, sofrendo maturação durante a puberdade.Letra B: correta. A oôgenese é o processo fisiológico que resulta na diferenciação de
oogônias em oócitos.Letra C: correta. A divisão mitótica das espermatogônias dá origem aos espermatócitos; em seguida, há meiose desses espermatócitos diploides
com a produção de espermátides haploides, que contêm 23 cromossomos (22 somáticos e um sexual – X ou Y).Letra D: incorreta. A gametogênese é o processo de
produção de gametas femininos e masculinos que dá origem ao oócito e ao espermatozoide. A produção de células haploides com 23 cromossomos ocorre após a divisão
celular conhecida como meiose, e não mitose.Letra E: correta. A fisiologia menstrual é determinada pela sincronia entre hormônios secretados por diversos órgãos e pela
atividade de neurotransmissores que atuam como inibidores ou estimuladores hormonais. Todos os mecanismos ocorrem em torno do eixo principal composto por
hipotálamo, hipófise e ovários.Resposta: letra D.

152 - 2022 CEP - SE

» Essa questão pede a alternativa correta em relação à miomatose uterina. Vamos a elas: Letra A: incorreta. A degeneração mais comum na gestação e puerpério
imediato é a degeneração rubra. Letra B: incorreta. A ressonância magnética tem grande importância na avaliação de úteros volumosos, miomas múltiplos (cinco ou
mais) ou de grandes dimensões, que geram sombra acústica posterior, dificultando a avaliação ultrassonográfica. Letra C: incorreta. Oligoamenorréia não é uma
complicação esperada na miomatose uterina. Letra D: incorreta. A torção de mioma pediculado é causa de abdome agudo de origem isquêmica. Letra E: correta. A
degeneração sarcomatosa é a degeneração maligna. É extrema​mente rara (observada em menos de 0,5% dos casos). Resposta: letra A.

153 - 2022 MULTIVIX

» A questão traz um caso de sangramento uterino anormal (SUA) em uma paciente adolescente, e deseja saber qual a opção CORRETA a respeito do diagnóstico e
condução do caso. Vamos a elas:- Letra A: incorreta. O tratamento farmacológico do SUA baseia-se na ação de hormônios e de outros mediadores inflamatórios sobre o
endométrio, além do controle hemostático do sangramento. A administração de estrogênios é uma das abordagens preconizadas, e só não deve ser realizada em
pacientes com alguma contraindicação. - Letra B: correta. A imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário é a principal causa de anovulação em adolescentes, sendo o
SUA de causa não estrutural por disfunção ovulatória é a causa mais comum.- Letra C: incorreta. A imaturidade do eixo é a principal causa de sangramento. As
anormalidades hematológicas devem ser sempre consideradas, especialmente se exista alguma condição que levante a suspeita de distúrbio hemorrágico (ex: história
familiar, sangramento menstrual intenso desde a menarca etc.) - Letra D: incorreta. A curetagem uterina deve ser indicada para pacientes instáveis com sangramento
agudo grave e que necessitam de intervenção imediata, o que não é o caso da paciente em questão.Resposta: letra B.

154 - 2022 UEVA

» A questão descreve uma mulher de 45 anos com sangramento uterino anormal há seis meses. O exame físico não evidenciou nenhuma alteração. A paciente possui
história prévia de laqueadura tubária, o que afasta a possibilidade de gravidez. Pacientes acima de 45 anos com sangramento uterino anormal devem ser submetidas à
avaliação endometrial para pesquisa de hiperplasia ou câncer de endométrio. A histeroscopia é o método padrão-ouro para a investigação endometrial, pois além da
visualização direta da cavidade uterina, permite a coleta de material para análise histopatológica através de biópsia dirigida. Resposta: letra C.

155 - 2022 CEP - SE

» Essa questão descreve uma paciente apresentando quadro de sangramento na pós-menopausa e ultrassonografia que evidencia espessamento endometrial. Devemos
lembrar que a espessura endometrial considerada normal para pacientes na pós-menopausa que não fazem uso de terapia de reposição hormonal (TH) é de ate 4 a 5
mm, dependendo da referência. A paciente descrita apresenta, inclusive, fatores de risco para o câncer de endométrio (obesidade e HAS). Diante disse quadro, é
necessária a investigação da cavidade endometrial a fim de afastar malignidade, conforme descrito na letra C. O método considerado padrão ouro para investigação
endometrial consiste na realização de histeroscopia com biópsia dirigida. A letra A está incorreta, pois a principal causa de sangramento uterino anormal na pós-
menopausa em paciente que não faz uso de TH é atrofia. A letra B está errada, pois a ultrassonografia transvaginal evidencia espessamento endometrial. A letra D está
incorreta, porque a presença de sangramento vaginal de causa desconhecida é contraindicação à TH. A letra E está incorreta, pois é mandatória a investigação
endometrial. Resposta: letra C.

156 - 2022 HNSC

» Vamos analisar as afirmativas sobre miomas e gravidez: Afirmativa I: falsa. A multiparidade é um fator de proteção, ou seja, existe uma diminuição do risco de
desenvolver mioma a cada gestação. Afirmativa II: verdadeira. A maioria das pacientes com miomas na gravidez não apresenta qualquer complicação. Afirmativa III:
verdadeira. A elevação do fluxo sanguíneo e dos níveis de estrogênio e progesterona na gravidez interferem no aumento do volume dos miomas. O final do primeiro
trimestre é período de crescimento mais acentuado. Portanto, apenas as afirmativas II e III estão corretas. Resposta: letra C.

157 - 2022 SMS - PR

» Vamos avaliar as afirmativas a respeito de leiomiomatose uterina, em busca da correta. Letra A: incorreta. A maior incidência da miomatose uterina é entre 35 e 50
anos, havendo regressão dos miomas após a menopausa. Lembre-se que os miomas são tumores hormônio depententes, o que explica sua diminuição após a
menopausa. Letra B: correta. Aproximadamente metade das pacientes que tem leiomiomatose é assintomática. Por outro lado, quando sintomáticas, a queixa mais
frequente é o sangramento uterino anormal intenso e/ou prolongado. Letra C: incorreta. A maior incidência da miomatose é entre 35 e 50 anos. Assim, o diagnóstico não
é mais comumente realizado em mulheres jovens. Letra D: incorreta. A multiparidade é um fator de proteção para miomatose uterina. Há diminuição do risco de
desenvolver mioma a cada gestação, reduzindo-se a 1/5 após cinco gestações. Resposta: letra B.
158 - 2022 HCMT

» A endometriose é uma das principais causas de dor pélvica crônica de origem ginecológica, e pode cursar com dismenorréia progressiva, dispareunia, alterações
urinárias e gastrointestinais. A questão deseja saber qual é a alternativa INCORRETA, que não é um diagnóstico diferencial de endometriose. Vamos a elas:- Letra A:
correta. A doença inflamatória pélvica, que evolui para salpingite/endometrite crônica, é uma das causas de dor pélvica crônica de origem ginecológica.- Letra B: correta.
A síndrome do intestino irritável é uma causa de dor pélvica crônica de origem gastrointestinal.- Letra C: correta. A doença diverticular também é causa de dor pélvica
crônica de origem gastrointestinal.- Letra D: incorreta. O prolapso retal tem como quadro clínico principal incontinência fecal e constipação, não sendo uma causa de dor
pélvica crônica.Resposta: letra D.

159 - 2022 ICEPI

» Estamos diante de uma paciente jovem com dismenorreia progressiva e dispareunia. Ao exame físico, podemos observar a presença de nodularidade em ligamento
uterossacro e sensibilidade extrema durante a avaliação da região retrocervical. Vamos analisar as alternativas sobre o diagnóstico mais provável: Letra A: incorreta.
Devemos considerar a hipótese de câncer de ovário na presença de massa anexial suspeita, principalmente em pacientes pós-menopausa. Letra B: incorreta. A
miomatose uterina é a causa estrutural mais comum de sangramento uterino anormal. Nesse caso, a paciente não apresenta sangramento aumentado. Letra C:
incorreta. O quadro clínico típico de doença inflamatória pélvica inclui corrimento vaginal associado à febre e dor pélvica aguda. Letra D: correta. As manifestações
clínicas que sugerem endometriose incluem dismenorreia progressiva, dispareunia de profundidade, dor pélvica crônica e infertilidade. O exame ginecológico com
frequência revela útero com mobilidade reduzida e nódulos dolorosos em fundo de saco posterior. Letra E: incorreta. O enunciado não descreve lesões cervicais durante
o exame físico para pensarmos em câncer de colo uterino. Resposta: letra D.

160 - 2022 HNSC

» Vamos analisar as afirmativas relacionadas à endometriose: Afirmativa I: falsa. O aparecimento de um cisto de conteúdo denso na fase lútea não necessariamente indica
a presença de um endometrioma. Os endometriomas tipicamente possuem conteúdo homogêneo com pontilhado fino em vidro fosco. Já o corpo lúteo hemorrágico,
principal diagnóstico diferencial, pode apresentar conteúdo espesso com padrão reticulado devido à presença de sangue. Afirmativa II: falsa. Os melhores métodos
diagnósticos não invasivos utilizados para detecção e estadiamento da endometriose incluem a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância
magnética de abdome e pelve. No entanto, o método padrão para o diagnóstico é a laparoscopia, pois permite a visualização direta dos implantes e a biópsia para
estudo histopatológico das lesões. Afirmativa III: verdadeira. A dismenorreia secundária está associada a doença pélvica, sendo o principal sintoma encontrado em
pacientes com endometriose. Portanto, apenas a afirmativa III está correta. Resposta: letra C.

161 - 2022 REVALIDA INEP

» Temos uma paciente de 28 anos que relata novo relacionamento e desejo de gravidez, porém tem um antecedente de laqueadura tubária no último parto. Tanto ela
quanto o parceiro possuem filhos de outros relacionamentos, sem intercorrências. Qual deverá ser a conduta inicial? Vamos analisar cada uma das alternativas. Letra A:
incorreta. A adoção poderia sim ser uma opção, mas a questão explicita que a paciente tem desejo de gestar e esse desejo deve ser considerado. Letra B: incorreta. A
alternativa é vaga e não é dito qual técnica de reprodução assistida será utilizada. Não faria sentido induzir a ovulação para uma inseminação intrauterina, por exemplo,
visto que há obstrução tubária. Letra C: incorreta. A cirurgia de recanalização tubária a fim de permitir uma gestação espontânea só seria uma opção na ausência de
outros fatores de infertilidade. Letra D: correta. A escolha do método de reprodução a ser recomendado para o casal é uma tarefa que deve levar em consideração
diversos fatores. Já sabemos que a paciente apresenta um fator tuboperitoneal conhecido, mas uma gestação espontânea poderia ser uma opção na ausência de outros
fatores de infertilidade, caso fosse realizada a cirurgia de recanalização tubária. O fator ovariano é menos provável, visto que a paciente apresenta ciclos regulares, mas
não podemos esquecer de que ainda falta a investigação do fator masculino. A presença de fator masculino demandaria o uso de técnicas de reprodução assistida; a
depender da concentração e morfologia, poderíamos optar pela inseminação intrauterina, injeção intracitoplasmática de espermatozoides ou mesmo a doação de sêmen.
A melhor conduta inicial é, portanto, solicitar exames para excluir outros fatores de infertilidade. Resposta: letra D.

162 - 2022 HCMT

» Essa questão descreve uma paciente de 37 anos, com prole constituída, apresentando queixa de dor pélvica e sangramento uterino anormal; sendo que a
ultrassonografia realizada demonstrou a presença de mioma único e útero de 400 cm³. Como a paciente apresenta prole constituída, a histerectomia corresponde à
cirurgia mais indicada, pois consiste no tratamento definitivo para o leiomioma uterino, uma vez que elimina a chance de recorrência de sintomas causados por ele. A
histerectomia por via vaginal se associa a menor tempo cirúrgico, quando bem indicada. O limite para sua indicação é divergente na literatura. Pela maioria das
referências, o volume uterino acima de 300 cm³ seria um limitador para a realização da histerectomia por via vaginal. Sendo assim, a melhor conduta para esta paciente
seria a histerectomia abdominal. Resposta: letra C.

163 - 2022 UEM

» Questão direta que deseja saber qual é o melhor tratamento para o sangramento uterino anormal (SUA) agudo. Diante de um SUA de caráter agudo, o manejo deve ser
imediato, com o objetivo de manter a estabilidade hemodinâmica e prevenir a anemia grave. O tratamento de escolha para o controle do sangramento é
medicamentoso, podendo ser hormonal ou não hormonal. As opções hormonais incluem o contraceptivo oral combinado em altas doses e o progestágeno isolado, por
pelo menos 48 horas ou até cessar o sangramento. Os progestágenos isolados com benefício comprovado são a medroxiprogesterona, a noretisterona e o megestrol,
todos administrados por via oral, o que exclui as alternativas A, C e E. Os análogos de GnRH possuem efeitos colaterais consideráveis, como redução da densidade
mineral óssea e hipoestrogenismo severo. São utilizados quando outros métodos hormonais estão contraindicados, por período de tempo curto, até que as condições
para uma cirurgia sejam adequadas, o que afasta a letra D. Os anticoncepcionais combinados orais em altas doses contendo 30 a 35 mcg de etinilestradiol promovem
melhora considerável do sangramento, sendo considerados fármacos de primeira linha em pacientes sem contraindicação à terapia hormonal. Resposta: letra B.

164 - 2022 ICEPI

» Vamos analisar as afirmativas sobre a dismenorreia em adolescentes: Afirmativa I: verdadeira. A dismenorreia primária tem início ainda na adolescência, cerca de dois
anos após a menarca, coincidindo com o início dos ciclos ovulatórios. Afirmativa II: verdadeira. A dismenorreia primária ocorre na ausência de doença pélvica detectável.
Em geral, a dor não é progressiva e o exame ginecológico não evidencia alterações. Já a dismenorreia secundária é consequência de patologia pélvica, como
anormalidades anatômicas, endometriose, cistos ovariano e doença inflamatória pélvica. Afirmativa III: verdadeira. Na dismenorreia primária, a dor se inicia no mesmo
momento ou logo após o início do sangramento. A duração é de cerca de 48 a 72 horas, ocorrendo alívio do sintoma após uso de analgésicos comuns. Portanto, todas as
afirmativas estão corretas. Resposta: letra E.
165 - 2022 HEDA

» Estamos diante de uma paciente de 32 anos submetida à estimulação ovariana para a realização de fertilização in vitro. A questão deseja saber qual é a principal
complicação associada a este procedimento. A síndrome do hiperestímulo ovariano pode ocorrer quando se utilizam indutores da ovulação, principalmente as
gonadotrofinas. O quadro clínico inclui aumento do volume ovariano, desconforto e distensão abdominal, extravasamento de líquido para a cavidade abdominal e
terceiro espaço e complicações decorrentes da hipovolemia. A fisiopatologia ainda não foi totalmente esclarecida, mas parece estar relacionada com o sistema renina-
angiotensina e com a liberação de substâncias vasoativas pelo ovário, sob a ação do hCG. Portanto, a principal complicação inclui ascite e derrame pleural. Resposta:
letra C.

166 - 2022 REVALIDA INEP

» A questão traz uma paciente adolescente, cuja menarca ocorreu há seis meses, que apresenta irregularidade menstrual e sangramento uterino anormal (SUA), e deseja
saber qual das alternativas apresenta a causa mais provável. Vamos a elas: Letra A: correta, pois a anovulação é a principal causa de SUA na adolescência, em função da
imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Letras B e D: incorretas, pois embora as coagulopatias - púrpura trombocitopênica idiopática e doença de von Willebrand
são as condições hematológicas mais comumente associadas ao SUA em adolescentes - devam ser lembradas em pacientes jovens com história de sangramento
abundante desde a menarca, elas normalmente vem acompanhadas de epistaxe, equimoses, sangramento gengival, hemorragia associada a procedimentos cirúrgicos,
história familiar de coagulopatia, dentre outros comemorativos que não foram mencionados na paciente. Letra C: incorreta, pois o hipogonadismo hipogonadotrófico está
associado ao atraso puberal e não ao SUA. Resposta: letra A.

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167 - 2022 HOA

» Para responder essa questão devemos lembrar que a principal causa de sangramento na pós-menopausa em paciente que não faz uso de terapia hormonal (TH) é
atrofia. A paciente citada possui 60 anos e só utilizou TH entre 49 e 52 anos, então não podemos considerar que o sangramento apresentado seja decorrente da TH.
Como a questão pediu a causa mais provável, a resposta correta é atrofia endometrial. Resposta: letra A.

168 - 2022 HEDA

» Temos no quadro clínico uma paciente jovem, com dismenorreia importante, que antecede o fluxo menstrual, de início 4 anos após a menarca. Refere uso de
preservativo irregularmente. Exame clínico sem alterações.A princípio, pelo início do quadro próxima à idade de menarca, manifestação de dor imediatamente antes ou
no início do fluxo e ausência de achados clínicos significativos ao exame físico, pensamos estar diante de um quadro de dismenorreia primária. Entretanto, cabe aqui
salientar que a dismenorreia primária é um diagnóstico de exclusão, sendo importante a realização de anamnese e exame físico minuciosos, além de ser preconizada a
realização de USG pélvica com o objetivo de excluir qualquer possível alteração orgânica não detectada no exame físico. Além disso, a paciente tem vida sexual ativa
sem uso de método contraceptivo ou preservativo regular, o que não nos permite afastar gestação ou possível IST. Diante do exposto acima, não podemos afirmar que
se trata de uma dismenorréia primária. Se fosse o caso, o uso de AINEs como o ácido mefenâmico seria uma possível opção terapêutica inicial. Resposta: questão
anulada.

169 - 2022 HAC - PR

» Estamos diante de uma questão que foi corretamente anulada por ter duas respostas corretas. Primeiro vamos discutir os fatores de risco para endometriose e depois
discutimos as afirmativas. São fatores de risco para endometriose: - História familiar; - Primiparidade tardia e nuliparidade; - Menarca precoce, menopausa tardia e ciclos
menstruais curtos; - Consumo inveterado de álcool e cafeína; - Malformações mullerianas; - Estenosas iatrogênicas de colo uterino, como conização e cauterização do
colo uterino. Vamos às alternativas. Letra A: correta. Menarca precoce é fator de risco para endometriose. Letra B: correta. Nuliparidade é fator de risco para
endometriose. Letra C: correta. Menopausa tardia também é um dos fatores de risco para endometriose. Letra D: incorreta. Infertilidade não é fator de risco para
endometriose, mas sim, uma complicação da doença. Letra E: incorreta. Multiparidade é fator de proteção, e não de risco, para endometriose. Assim, a questão tem 02
afirmativas incorretas e, por isso, foi corretamente anulada. Resposta: questão anulada.

170 - 2022 HAC - PR

» Temos uma questão sobre endometriose, na qual nos solicitam a afirmativa incorreta. Vamos avaliar cada uma das afirmativas, em busca da incorreta. Letra A: correta.
Ainda que a fisiopatologia da endometriose permaneça um enigma, várias teorias têm sido propostas. Atualmente, a teoria mais amplamente aceita é a teoria da
menstruação retrógrada proposta por Sampson em 1921. Letra B: incorreta. A teoria de Sampson é a da menstruação retrógrada. Essa teoria propõe que o efluente
menstrual contém células viáveis que podem ser transplantadas e aderir em sítios ectópicos. Assim, a regurgitação transtubária durante a menstruação promove a
disseminação de células endometriais viáveis na cavidade peritoneal. A teoria da metaplasia celômica sugere a transformação do epitélio celômico, principalmente
ovariano e peritoneal, em tecido endometrial, e consequentemente as lesões de endometriose poderiam originar-se diretamente de tecidos normais mediante um
processo de diferenciação metaplásica. Essa teoria não foi sustentada por dados experimentais ou clínicos... Letra C: correta. A fisiopatologia que associa a endometriose
e infertilidade é difícil de ser determinada. Em estágios mais avançados, pode haver infertilidade devido a presença de aderências pélvicas e distorção na anatomia
pélvica, ocorrendo impedimento da liberação oocitária pelo ovário ou captação desse oócito pela tuba uterina. No entanto, pacientes sem alterações maiores da
anatomia pélvica também possuem diminuição do desenvolvimento oocitário, da embriogênese e a da implantação embrionária. Letra D: correta. As pacientes com
endometriose são classificadas em: endometriose superficial (peritoneal), endometrioma (cisto de endometriose no ovário) e endometriose profunda (foco de
endometriose com invasão tecidual maior que 5 mm ou que atinge a camada muscular do tecido afetado). Letra E: correta. Disúria e/ou disquezia estão mais associadas
a pacientes com apresentações de endometriose profunda. No entanto, podem acontecer também em pacientes com endometriose superficial devido à irritação cíclica
do trato digestivo e não somente pela presença de comprometimento intestinal. Resposta: letra B.

171 - 2022 IHOA

» A questão descreve uma paciente jovem com dor pélvica cíclica há cinco anos. A ultrassonografia revelou cisto ovariano de conteúdo espesso e nódulo em ureter direito,
com hidronefrose leve associada. Estamos diante de uma quadro de endometriose profunda, com focos em ovário (endometrioma) e em ureter direito. A abordagem
cirúrgica deve ser a primeira opção de tratamento na presença de endometrioma ovariano volumoso (as principais referências consideram acima de 6 cm), lesão
intestinal ou em ureter principalmente se houver sinais de suboclusão. O tratamento clínico é eficaz no controle da dor, sendo considerado como abordagem de escolha
na ausência de indicações absolutas para cirurgia, o que exclui as alternativas A, B e D. Nesse caso, temos uma lesão obstrutiva em ureter, resultando em hidronefrose.
Portanto, a conduta ideal é a exérese cirúrgica do nódulo e do endometrioma, uma vez que a cirurgia já foi indicada. Resposta: letra D.
172 - 2022 SES - GO

» Estamos diante de uma paciente de 40 anos, em anticoagulação devido à trombose venosa profunda prévia, com quadro de piora do sangramento menstrual. Os exames
ginecológico e ultrassonográfico evidenciaram útero de volume e aspecto normais. Vamos analisar as afirmativas sobre a hipótese diagnóstica mais provável e o
tratamento ideal: Letras A e C: incorretas. A ausência de anormalidades nos exames físico e ultrassonográfico afasta a possibilidade de etiologia estrutural. Letra C:
correta. Ao afastar possíveis causas anatômicas para o sangramento uterino anormal, podemos concluir que estamos diante de uma causa não estrutural. Os análogos
de GnRH são eficazes no controle do sangramento, pois promovem amenorreia. Geralmente são utilizados quando outros métodos hormonais estão contraindicados,
como o caso em questão. Devemos utilizar o método por um curto período devido aos efeitos colaterais associados, como hipoestrogenismo severo e redução da
densidade mineral óssea. Letra D: incorreta. O ácido tranexâmico é contraindicado em portadores de coagulação intravascular ativa, vasculopatia oclusiva aguda e em
pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Portanto, em uma paciente com tromboembolismo venoso recente, a medicação não deve ser utilizada.
Resposta: letra C.

173 - 2022 UEMA

» Várias teorias foram propostas baseadas em evidências clínicas e experimentais, mas nenhuma é ainda universalmente aceita para todos os casos. O mais provável é
que sejam complementares e/ou que cada uma delas explique a ocorrência de endometriose em uma determina situação. Vamos abaixo discutir as teorias, em busca da
incorreta. Letra A: correta. A teoria da menstruação retrógrada propõe que o efluente menstrual contém células endometriais viáveis que podem ser transplantadas e
aderir em sítios ectópicos. Assim, a regurgitação transtubária durante a menstruação promove a disseminação de células endometriais viáveis na cavidade peritoneal.
Letra B: correta. O mesotélio celômico é totipotencial, e o peritônio deriva do epitélio celômico. Assim, a teoria da metaplasia celômica sugere a transformação do
epitélio celômico, principalmente ovariano e peritoneal, em tecido endometrial, e consequentemente as lesões de endometriose poderiam originar-se diretamente de
tecidos normais mediante um processo de diferenciação metaplásica. Letra C: incorreta. Não há teoria do genoma envolvida na fisiopatologia da endometriose. Letra D:
correta. A teoria da menstruação em neonatos, ou dos restos embrionários, procura explicar o início precoce da doença. Após o nascimento, o útero expressa uma
resposta variável à progesterona materna. Foi observado que, em aproximadamente 5% dos neonatos, o endométrio apresenta decidualização e alterações menstruais.
Letra E: correta. A disseminação de células endometriais, por meio de linfáticos, pode explicar a rara presença de endometriose em sítios distantes da pelve. A teoria da
disseminação linfática (ou da metástase linfovascular) explica a presença de endometriose umbilical em pacientes sem laparotomia (cesariana) prévia. Resposta: letra C.

174 - 2022 UFJ

» Temos uma paciente de 42 anos com queixa há 02 anos de sangramento uterino anormal, com aumento de duração e de volume das menstruações associado a
dismenorreia secundária. Vamos avaliar cada uma das afirmativas e chegar à resposta correspondente ao achado ultrassonográfico. Letra A: correta. Perceba que a
ultrassonografia da questão traz espessamento endometrial focal, com aspecto mais ecogênico do que o miométrio circundante (branco) e completamente contido
dentro da cavidade endometrial, sem extensão no miométrio, o que é compatível com pólipo endometrial. Letra B: incorreta. Leiomiomas submucosos aparecem na
ultrassonografia transvaginal com aspecto menos ecogênico do que o endométrio circundante (cinza), de base alargada e abaulando o endométrio circundante à medida
que eles se projetam em diferentes graus na cavidade. Letra C: incorreta. A hiperplasia endometrial é vista na ultrassonografia como espessamento endometrial, que é
visto como imagem mais ecogênica do que o miométrio, geralmente não focal como a trazida pela questão. Além disso, perceba que temos uma paciente no menacme,
o que torna o pólipo endometrial mais provável do que a hiperplasia endometrial. Letra D: incorreta. Conforme discutido na afirmativa acima, o câncer endometrial
também é visualizado como espessamento endometrial, geralmnete não focal em pacientes na pós-menopausa. Resposta: letra A.

175 - 2022 SES - GO

» Questão bastante difícil que exige leitura cuidadosa para resposta correta. Temos uma paciente de 35 anos sem história de relação sexual prévia (sem sexarca) que
queixa-se de aumento do volume menstrual e piora da dismenorreia, sem associação a causa estrutural. Ou seja, estamos diante de uma dismenorreia primária, já que a
questão descreve que houve piora (e não aparecimento aos 35 anos) da dor pélvica e não há associação de causa estrutural. Quando pensamos no manejo da
dismenorreia primária, temos 2 caminhos a seguir a partir de um conceito: pacientes que desejam contracepção e pacientes que não desejam contracepção. Nas
pacientes com desejo contraceptivo, a conduta inicial é a administração de contraceptivos combinados orais. Já nas pacientes que não tem desejo de contracepção,
questionamos se a dismenorreia é leve ou moderada/acentuada- diante de dismenorreia leve iniciamos aspirina ou paracetamol; já em caso de dismenorreia
moderada/acentuada, a conduta é iniciar antiinflamatório não esteroidal. Após a discussão do manejo terapêutico da dismenorreia, vamos encaixá-lo ao caso
apresentado: a paciente não apresenta sexarca e, portanto, não necessita contracepção. Além disso, há descrição de piora da dismenorreia, o que nos faz pensar em dor
moderada/acentuada. Assim, a conduta inicial preconizada é antiinflamatório não esteroidal (AINE), sendo o ácido mefenâmico uma das opções. Preste atenção em um
outro detalhe trazido pela questão: a paciente também apresenta queixa de sangramento uterino anormal (SUA) de causa não estrutural. AINE é uma opção terapêutica
para SUA não estrutural? Sim! Os AINES exercem sua ação por meio da inibição da ciclo-oxigenase, que é a enzima que catalisa a transformação de ácido araquidônico
em prostaglandina e tromboxano. Estudos comparando sangramento normal e aumentado têm demonstrado que o aumento da inflamação no endométrio está
associado com aumento na perda de sanue durante a menstruação, servindo de base para a indicação dos AINEs no tratamento do SUA, que limitariam a produção de
mediadores inflamatórios. Para finalizar, vamos discutir as afirmativas da questão. Letra A: correta. Conforme discutimos acima, o ácido mefenâmico, um AINE, durante
a menstruação terá ação tanto para tratamento da dismenorreia primária quanto do SUA apresentados pela paciente. Letra B: incorreta. O ácido tranexâmico (o
transamin) pertence ao grupo dos antifibrinolíticos e é usado apenas no tratamento do SUA (mas não da dismenorreia) por sua ação de inibição da fibrinólise na
superfície endometrial, com consequente redução do sangramento. Letra C: incorreta. Conforme discutimos anteriormente, como a paciente não apresentou sexarca e
não tem desejo contraceptivo, preferimos o tratamento com AINE em relação aos anticoncepcionais. Letra D: incorreta. Os anticoncepcionais hormonais são usados no
tratamento da dismenorreia primária preferencialmente nas pacientes com desejo contraceptivo. Como a paciente da questão não apresenta tal desejo, optamos por
administrar AINE. Resposta: ácido mefenâmico, durante a menstruação.

176 - 2022 UESPI

» Questão direta que deseja saber qual condição não é considerada uma indicação e/ou pré requisito para a inseminação intrauterina (IIU). A IIU é uma técnica de
reprodução assistida que envolve a deposição de uma amostra de sêmen processada na porção superior da cavidade uterina, superando as barreiras naturais à subida
do espermatozoide no trato genital feminino. As indicações são as seguintes: fator cervical, infertilidade sem causa aparente, endometriose mínima e leve, fator
masculino leve, distúrbios ejaculatórios (como hipospádia) e necessidade do uso de sêmen do doador. Já os pré-requisitos incluem pelo menos uma tuba uterina pérvia e
funcionante, além da recuperação de no mínimo 5x10⁶ de espermatozoides com motilidade tipo A. A presença de fator masculino grave demanda tratamento de alta
complexidade, como fertilização in vitro. Resposta: letra A.

177 - 2022 PMFI

» Estamos diante de uma adolescente de 14 anos, cuja menarca ocorreu há 15 meses, com sangramento uterino anormal (SUA), irregularidade menstrual e sinais clínicos
de anemia. Vamos analisar as afirmativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letras A e C: incorretas. Devemos pensar em distúrbios hematológicos na presença de
um sangramento menstrual intenso desde a menarca associado a sangramento cutâneo ou mucoso, como petéquias, equimose ou hemorragia em outros sítios. Letra B:
correta. A imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário é a principal causa de anovulação e SUA de causa não estrutural em adolescentes. Letra D: incorreta. O pólipo
endometrial é mais comum na perimenopausa e na menopausa, não no menacme. Resposta: letra B.
178 - 2022 UDI

» A questão descreve uma paciente de 23 anos com dor pélvica cíclica e sangramento uterino anormal. Ao exame de imagem, podemos observar os seguintes miomas:
subseroso com menos de 50% de componente intramural (FIGO 6), subseroso com mais de 50% de penetração no miométrio (FIGO 5) e submucoso com menos de 50%
de componente intramural (FIGO 1). Vale lembrar que o mioma submucoso é a forma que mais provoca sangramento devido à sua íntima relação com a mucosa
endometrial. Vamos analisar as alternativas sobre o tratamento nesse caso: Letra A: incorreta. Em pacientes jovens com desejo reprodutivo, a miomectomia é o
procedimento mais indicado. No entanto, a via ideal nesse caso é a histeroscópica, e não a laparoscópica, pois o mioma responsável pelo sangramento é o submucoso.
Letra B: correta. A miomectomia histeroscópica constitui a principal via de acesso para o tratamento dos nódulos submucosos. Letra C: incorreta. A histerectomia
consiste no tratamento definitivo. A cirurgia deve ser reservada para os casos sintomáticos refratários a outras terapias ou na presença de leiomiomas volumosos em
que não há interesse na preservação uterina. Letra D: incorreta. A histeroscopia diagnóstica é o exame padrão-ouro para avaliação da cavidade uterina e está indicada
nos casos de sangramento uterino anormal. No entanto, a questão deseja saber qual é o tratamento mais adequado, e não o método diagnóstico. Letra E: incorreta. A
embolização da artéria uterina consiste em uma técnica radiointervencionista para o tratamento conservador dos leiomiomas sintomáticos. Está indicada em pacientes
com desejo reprodutivo quando não for possível a realização de miomectomia. Resposta: letra B.

179 - 2022 IHOA

» Estamos diante de uma paciente de 32 anos, com dor pélvica crônica, dispareunia de profundidade e retroversão uterina fixa. Vamos analisar as alternativas sobre a
principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. Miomas subserosos volumosos cursam com massa pélvica palpável que tende a ser móvel, e não fixa. No prolapso
uterino, a queixa mais comumente referida pela paciente é a sensação de peso ou “bola na vagina”. Letra B: correta. A endometriose é caracterizada por dismenorreia
progressiva, dispareunia de profundidade, dor pélvica crônica e infertilidade. A dor pélvica crônica e a dispareunia são possíveis complicações tardias da doença
inflamatória pélvica. A redução da mobilidade uterina é achado comum nas duas situações devido à presença de aderências pélvicas. Letra C: incorreta. A adenomiose e
a hiperplasia endometrial clinicamente se manifestam com sangramento uterino anormal. Letra D: incorreta. O teratoma ovariano possui elevado conteúdo de gordura, o
que confere mobilidade ao exame físico, além de maior risco de torção. Já a retocolite é causa de diarreia inflamatória. Resposta: letra B.

180 - 2022 UDI

» Questão sobre pólipos endometriais. Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Na presença de pólipos com pedículos finos, a polipectomia ambulatorial pode ser
realizada durante a histeroscopia diagnóstica. Letra B: correta. A origem do pólipo endometrial e sua patogênese ainda não são bem conhecidas. Letra C: correta. A
ultrassonografia transvaginal é um método de alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico do pólipo endometrial. Letra D: correta. A histeroscopia diagnóstica é o
método padrão-ouro para o diagnóstico e o tratamento, pois permite o acesso visual direto da cavidade uterina. Letra E: incorreta. Fatores como a idade avançada,
alterações genéticas, tamanho do pólipo e sangramento estão relacionados à progressão para lesão maligna. A taxa de malignização varia de 0,5% a 3%, sendo o risco
maior em pacientes na menopausa com sangramento uterino anormal. Resposta: letra E.

181 - 2022 UDI

» Estamos diante de uma paciente jovem, nuligesta e com desejo de gestar, com diagnóstico de endometrioma ovariano. A cirurgia laparoscópica representa o tratamento
de primeira linha em pacientes inférteis com endometriomas, sendo a cistectomia a abordagem ideal. A cistectomia consiste na retirada da cápsula do cisto com
preservação do tecido ovariano. A técnica está associada à melhores taxas de fertilidade, menor recorrência do endomtrioma e melhora da dor. Como existe o risco de
perda da reserva funcional ovariana, a dosagem do hormônio antimülleriano deve ser realizada antes do procedimento cirúrgico. Os análogos de GnRH induzem um
estado de hipoestrogenismo e anovulação, sendo eficazes no tratamento dos sintomas álgicos. Além disso, melhoram as taxas de gestação quando utilizados antes da
fertilização in vitro. Portanto, a única conduta que não deve ser realizada nesse caso é a ooforectomia. Resposta: letra C.

182 - 2022 UEPA - BELÉM

» Estamos diante de uma paciente de 58 anos com queixa de sangramento pós-menopausa. A atrofia endometrial é a causa mais frequente de sangramento pós-​‐
menopausa, sendo responsável por 60 a 80% dos casos. Já a terapia de reposição com estrogênio está relacionada a 15 a 25% dos episódios. Os pólipos endometriais
estão associados a 2 a 12% dos quadros. Já a hiperplasia e o câncer de endométrio configuram 5 a 10% e 10% dos casos, respectivamente. Portanto, podemos concluir
que a causa mais comum de sangramento pós-menopausa é a atrofia de endométrio. Resposta: letra B.

183 - 2022 UESPI

» Questãi direta que deseja saber qual é a melhor fase do ciclo menstrual para visualizar pólipos endometriais durante a ultrassonografia transvaginal. Os pólipos
geralmente se apresentam como uma imagem focal hiperecogênica e bem definida no endométrio. Em pacientes na pré-menopausa, a ultrassonografia transvaginal
deve ser realizada antes do décimo dia do ciclo menstrual, com o objetivo de reduzir o risco de achados falso-positivos. Portanto, a melhor fase é a folicular ou
proliferativa. Resposta: letra A.

184 - 2022 UFCSPA

» Vamos avaliar cada uma das afirmativais a respeito da endometriose, classificandoa-as como certas ou erradas. Primeira afirmativa (O CA-125 (antígeno tumoral 125)
deve ser solicitado em todas as pacientes com suspeita de endometriose, pois possui alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico)- Errada. A dosagem do CA-125
não é um marcador sensível da endometriose, encontrando-se elevado nos casos de endometriose moderada ou grave, mas pode se elevar em várias outras situações.
Assim, possui pequena especificidade e sensibilidade apenas em endometriose moderada ou grave. Segunda afirmativa (A anamnese detalhada e o exame ginecológico
podem auxiliar bastante no diagnóstico da endometriose)- Correta. É fundamental anamnese detalhada e exame físico ginecológico na suspeita clínica de endometriose,
principalmente na sua forma infiltrativa profunda. Em aproximadamente 70% dos casos, uma anamese bem feita e exame físico apontam para o diagnóstico de
endometriose. Terceira afirmativa (A ressonância magnética da pelve é um bom exame para diagnóstico de lesões de endometriose profunda)- Correta. A Ressonância
magnética de abdome e pelve é um dos principais métodos para detecção e estadiamento da endometriose, sendo especialmente indicada nos casos com suspeita de
endometriose profunda. Portanto, em ordem, temos: errado; correta; correta. Resposta: letra B.

185 - 2022 HAC - PR

» Questão sobre as causas mais comuns de sangramento pós-menopausa. As possíveis causas uterinas de sangramento na peri ou na pós-​menopausa são atrofia do
endométrio, terapia com estrogênio, pólipos endometriais, hiperplasia e câncer de endométrio. Segundo a última edição do Tratado de Ginecologia Berek e Novak, a
atrofia endometrial é a causa mais frequente de sangramento pós-​menopausa, sendo responsável por 60 a 80% dos casos. Já a terapia de reposição com estrogênio está
relacionada a 15 a 25% dos episódios. Os pólipos endometriais estão associados a 2 a 12% dos quadros. Já a hiperplasia e o câncer de endométrio configuram 5 a 10% e
10% dos casos, respectivamente. Portanto, podemos concluir que a causa mais comum de sangramento pós-menopausa é a atrofia de endométrio. Resposta: letra B.
186 - 2022 UDI

» A questão cita uma paciente de jovem, usuária de DIU não hormonal, com sangramento uterino anormal (SUA). O acrônimo PALM-COEIN foi criando para classificar as
causas de SUA. São nove categorias dispostas de acordo com a sigla: pólipo, adenomiose, leiomioma, malignidade e hiperplasia do endométrio, coagulopatia, disfunção
ovulatória, endometrial, iatrogênica e causas não classificadas. Em geral, os componentes do grupo PALM são entidades estruturais que podem ser visualizadas em
exames de imagem ou avaliadas pela histopatologia. Já o grupo COEIN é caracterizado por causas não estruturais de SUA. Entre as causas iatrogênicas, devemos
lembrar dos dispositivos intrauterinos que alteram diretamente o endométrio, interferindo nos mecanismos de coagulação. Resposta: letra D.

187 - 2022 UFCSPA

» Essa questão descreve uma paciente apresentando quadro de sangramento na pós-menopausa. A ultrassonografia transvaginal evidenciava um endométrio espessado
de 8mm, já que para pacientes na pós-menopausa que não fazem uso de terapia hormonal, é considerado normal uma espessura endometrial de até 4-5mm
(dependendo da referência). Foi realizada biópsia endometrial às cegas por cureta de Novak com resultado negativo para câncer de endométrio. A presença de
sangramento na pós-menopausa deve ser sempre valorizada e impõe investigação adequada para descartar a possibilidade de câncer de endométrio. Portanto, a
conduta adequada para esta paciente consiste na realização de histeroscopia, que é o método padrão-ouro para investigação endometrial. Ela permite a visualização
direta da cavidade endometrial e biópsia dirigida de áreas específicas do endométrio, com maior probabilidade de diagnóstico de uma lesão. A curetagem uterina
isolada não é um método diagnóstico de priemira linha para a avaliação do endométrio, pois não provê uma amostra endometrial adequada, uma vez que é feita às
cegas. Pode subestimar a presença de pólipos, hipertrofias e carcinomas endometriais focais. Resposta: letra C.

188 - 2022 ENARE

» Questão sobre sangramento uterino anormal (SUA). Vamos analisar as afirmativas: Afirmativa I: verdadeira. O acrônimo PALM-COEIN foi criado para classificar as causas
de SUA. Os componentes do grupo PALM incluem condições estruturais que podem ser visualizadas em exames de imagem ou avaliadas pela histopatologia. Já o grupo
COEIN é caracterizado por causas não estruturais de SUA. Afirmativa II: falsa. As causas não estruturais incluem coagulopatia, disfunção ovulatória, endometrial,
iatrogênica e causas não classificadas. Malignidade faz parte das causas estruturais. Afirmativa III: verdadeira. O SUA é um sintoma, e não um diagnóstico. A causa
específica do sangramento orienta a conduta terapêutica. Afirmativa IV: verdadeira. A polipectomia pode ser realizada ambulatorialmente, utilizando instrumentos como
tesoura ou pinça histeroscópicas, ou em ambiente hospitalar, através de ressecção com bipolar ou monopolar. Portanto, as afirmativas I, III e IV são verdadeiras, ou seja,
três assertivas estão corretas. A questão apresenta duas alternativas corretas entre as opções de resposta e, por isso, foi anulada após solicitação de recurso.

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189 - 2022 UESPI

» Estamos diante de uma paciente de 35 anos, assintomática, que comparece para consulta ginecológica de rotina. A ultrassonografia transvaginal revelou uma imagem
anecóica medindo cerca de 1,1 cm em topografia de colo uterino e outra imagem hipoecóica em endométrio, com discreta sombra acústica posterior, medindo 1,2 cm e
com fluxo ao Doppler. As hipóteses diagnósticas mais prováveis são cisto de retenção ou de Naboth e mioma submucoso. Vamos analisar as alternativas sobre a conduta
mais indicada: Letra A: incorreta. Os achados não são modificados após novo ciclo menstrual. Dessa forma, não há indicação de repetir o exame. Letras B, D e E:
incorretas. Os cistos de Naboth são alterações benignas e não demandam investigação complementar ou tratamento. Letra C: correta. Devemos tranquilizar a paciente
em relação à imagem cervical e solicitar histeroscopia diagnóstica para avaliação da cavidade uterina. A histeroscopia é o método padrão-ouro, pois permite a visão
direta dos miomas submucosos. Resposta: letra C.

190 - 2022 ENARE

» Estamos diante de uma paciente jovem apresentando sangramento uterino anormal e dismenorreia. Ao exame físico, podemos observar um útero aumentado
difusamente e doloroso à palpação. A ultrassonografia transvaginal revelou a presença de miométrio heterogêneo e eco endometrial mal definido. Vamos analisar as
alternativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: incorreta. A endometriose, apesar de cursar com dismenorreia, apresenta outras características
ultrassonográficas, como por exemplo, "kissing ovaries", ovários fixos, endometriomas, entre outras. Letra B: incorreta. O câncer de endométrio é mais frequente em
pacientes após a menopausa. Tipicamente cursa com espessamento endometrial à ultrassonografia. Letra C: incorreta. Os leiomiomas associados a sangramento uterino
anormal são os submucosos, caracterizados por nódulos hipoecoicos, regulares, que podem abaular a cavidade uterina. Letra D: correta. Estamos diante de um quadro
de adenomiose. O sangramento uterino aumentado e a dismenorreia são os sintomas mais comuns. Os exames de imagem podem evidenciar aumento do volume
uterino sem nódulos miomatosos, assimetria entre as paredes uterinas, heterogeneidade difusa ou focal, cistos miometriais, estrias radiadas e espessamento da zona
juncional. Letra E: incorreta. Os pólipos endometriais, quando sintomáticos, podem causar sangramento uterino anormal. À ultrassonografia, são evidenciados como
imagem focal endometrial. Resposta: letra D.

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191 - 2022 IHOA

» A questão descreve uma paciente de 42 anos, submetida previamente à laqueadura tubária, com sangramento uterino anormal e anemia. O quadro é refratário ao
tratamento hormonal. A ultrassonografia transvaginal revelou um útero aumentado de tamanho, com mioma intramural fúndico medindo 8,0 cm. Diante de uma paciente
com sangramento significativo refratário ao tratamento clínico e prole constituída, a melhor conduta é o tratamento definitivo com a histerectomia, o que exclui as
alternativas B e D. Em relação à via, o limite para indicação da histerectomia vaginal é divergente na literatura. Vale lembrar que a técnica está associada a menores
taxas de dor e de complicações no pós-operatório, além de recuperação mais rápida e alta hospitalar precoce. Portanto, na ausência de contraindicações absolutas, a via
vaginal é a técnica de escolha. Resposta: letra A.
192 - 2022 REVALIDA INEP

» Temos uma paciente de 46 anos, secundípara, com aumento progressivo do volume e do número de dias de sangramento menstrual, cujo exame ginecológico foi normal
e, com base neste contexto clínico, a questão deseja saber qual das alternativas contém a terapêutica recomendada em longo prazo. Antes de analisarmos cada uma
delas, é importante sedimentarmos dois aspectos: 1º) Embora não haja menção à investigação com exames complementares (ex.: ultrassonografia transvaginal), o
exame ginecológico normal em uma paciente com esta faixa etária nos direciona a excluir uma causa estrutural para o sangramento uterino anormal (SUA) e atribuir
uma causa não estrutural por disfunção ovulatória como provável diagnóstico. 2º) O fato do enunciado solicitar uma terapêutica em longo prazo é crucial para escolha do
tratamento, já que, de antemão, todas as alternativas representam opções no manejo do SUA. 3º) Os tratamentos de manutenção são hormonais e incluem métodos
combinados, progestogênios isolados e os contraceptivos reversíveis de longa duração (LARC), como o Sistema Intrauterino liberador de Levonorgestrel (SIU-LNG) e o
implante de etonorgestrel. A escolha deles é norteada pelos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde (OMS). Agora sim, vamos às alternativas: Letras
A e B: incorreta, pois o ácido tranexâmico e o anti-inflamatório não esteroide controlam o sangramento agudo, porém não são terapias de manutenção. Letra C:
incorreta, pois o anticoncepcional combinado oral (ACO) é categoria 2 (benefícios superam os riscos) para esta situação (idade > 40 anos), mas, pelo risco
tromboembólico que o seu uso impõe, não seria considerado a primeira opção terapêutica para a paciente. Letra D: correta, pois o SIU-LNG é classificado como
categoria 1 (uso sem restrições) e apresenta, em longo prazo, a maior redução do sangramento, com diminuição do fluxo sanguíneo com o passar dos anos, inclusive
quando comparado ao ACO, pelo seu efeito de atrofia endometrial. Resposta: letra D.

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