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6 C 7 D 8 E 10 B 11 E 12 D 13 A 14 E 15 E 16 E 17 C 18 B 19 B 20 A 21 B 22 B 24 B 25 B

26 D 27 D 28 B 29 A 30 C 31 D 32 A 33 C 34 D 35 D 36 B 37 B 38 A 39 A 40 C 41 A 42 B 43 B

44 B 45 C 46 B 47 B 48 B 49 B 50 B 51 C 52 A 53 D 54 D 55 D 56 C 57 B 58 B 59 C 60 B 61 C

62 C 63 D 64 A 65 D 66 E 67 D 68 C 69 D 70 D 71 B 73 C 74 C 75 A 76 E 77 A 78 C 79 B 80 B

81 C 82 E 83 C 84 D 85 C 86 A 87 A 88 A 89 A 90 D 91 A 92 B 93 A 94 E 95 B 96 C 97 E 98 B

99 C 100 A 101 A 102 C 103 A 104 D 105 C 106 A 107 C 108 D 109 B 110 A 111 C 112 E 113 E 114 D 115 B 116 C

117 E 118 A 119 E 120 D 121 B 122 A 123 D 124 A 125 C 126 C 127 B 128 C 129 D 130 C 131 C 132 B 133 B 134 D

135 E 136 A 137 E 138 D 139 C 140 D 141 A 142 C 143 C 144 C 145 A 146 A 147 A 148 A 149 C 150 C 151 C 152 C

153 D 154 C 155 D 156 B 157 B 158 A 159 C 160 D 161 C 162 E 163 C 164 * 165 C 166 D 168 C 169 D 170 D 171 D

172 C 173 E 174 B 175 B 176 D 177 B 178 E 179 A 180 C 181 B 182 C 183 C 184 A 185 C 186 D 187 C 188 A 189 D

190 C 191 D 192 C 193 B 194 C 195 C 196 D 197 C 198 A 199 C 200 E 201 A 202 A 203 A 204 D 205 D 206 A 207 B

208 A 209 C 210 A 211 A 212 A 213 C 214 D 215 C 216 D 217 A 218 B 219 A 220 B 221 E 222 C 223 B 224 A 225 A

226 D 227 C 228 C 229 C 230 D 231 D 232 D 233 D 234 C 235 A 236 B 237 C 238 E 239 B 240 A 241 C 242 D 243 D

244 A 245 B 246 C 247 D 248 A 249 C 250 D 251 D 252 A 253 A 254 A 255 C

Legenda:

! Questão Anulada * Questão Dissertativa

Comentários da equipe acadêmica


Confira os comentários da nossa equipe acadêmica

6 - 2022 SCMSP

» Questão clássica em prova. Sempre que o pacinte apresentar febre no pós operatório devemos avalair qual é o momento de ocorrência desta febre. Nos quadros que

7 - 2022 HIAE

» Ótima questão. A grande dúvida é: o que causou esta hérnia umbilical? OK, a fragilidade abdominal propiciou a herniado. Mas o que levou ao aumento da pressão intra
abdominal? Em um paciente idoso com hérnia encarcerada agudamente, temos que descartar outras causas que possam ter contribuído para o aumento da pressão intra-
abdominal, como exemplo, temos a presença de tumores do trato gastrointestinal, que pela tomografia, de fato, podem ser excluídos. Outra causa muito comum de protusão
herniária umbilical é a presença de ascite que também pode ser descartada por este exame de imagem. A- Incorreta: a presença de sofrimento de alça intestinal e
estrangulamento em uma hérnia umbilical é pouco provável. O mais comum é o encarceramento de gordura. B- Incorreta: Não há benefício em se observar qual o tipo de
conteúdo, a conduta cirúrgica não mudará em função deste dado, portanto, saber o conteúdo herniário não justifica o emprego da tomografia. C) Incorreta. Além desta
informação não ser tão relevante, conseguimos avaliar, muitas vezes através do exame físico. Melhor resposta: exclusão de outra doença na cavidade abdominal.

8 - 2022 SCMSP

» Questão que acabou sendo anulada após os recursos. Vamos avalair as assertivas: I- Correta: no sexo feminino, a cirurgia sempre é indicada pelo risco de complicações e de
associação com hérnia femoral. II- Incorreta: lembre-se que isso não é tratamento, mas sim acompanhamento. Mas esta conduta pode sim ser adotada. Agora o risco da
hénria complicar e se tornar sintomática não é tão elevado assim. III- Discutível: Isso depende do tipo de paciente. No sexo masculino, OK, a assertiva estaria correta. Mas no
sexo feminino indica-se sim a cirurgia pelo risco das complicações. IV- Incorreta: a presença de prostatismo indica a necessidade de correção desta condição antes da
correção cirúrgica da hénria. Como não encontramos uma resposta correta, a questão foi ANULADA.

10 - 2022 HIAE

» Questão mal feita sobre reposição volêmica no intra-operatório. Sabemos que existem várias estratégias para realizar a fluidoterapia no intra-operatório, as quais levam em
conta não só as perdas insensíveis, como todas as outras (diurese, sangramento, suor) e dentre elas podemos citar: - Estratégia tradicional: 8-20ml/kg/h ou 3-4 vezes o
volume de sangue perdido no intraoperatório. - Estratégia restritiva (zero balance): 4ml/kg/h, com muitas variações na literatura! - Estratégia Goal directed: utiliza parâmetros
hemodinâmicos específicos provindos da PAM, como o VPP (variações de pressões de pulso) para saber se o paciente necessita de volume ou de drogas vaso ativas. Todas
essas levam em conta todas as perdas do paciente, sensíveis e insensíveis, e são amplamente debatidas em congressos até os dias de hoje, sem que haja ainda um
consenso. Contudo a questão quer saber sobre as perdas insensíveis. Nesse quesito as fontes também divergem sobre os valores, mas vamos utilizar os valores citados no
PROJETO ACERTO, variando entre 1 ml/kg/h a 4 ml/kg/h, mas com preferência para 1 ml/kg/h. Logo: - Perdas insensívies: 1 a 4 ml x 50kg x 3h = 150 a 600 ml. Segundo a
banca, para atingirmos o valor dado pela resposta, o paciente deveria receber 5ml/kg/h. No entanto, não encontramos nenhuma referência que mencione esse valor para
perda insensíveis. Gabarito oficial: 750ml Opinião do Medgrupo: a questão deveria ser anulada.
11 - 2022 IAMSPE

» Estamos diante de um paciente que foi submetido a uma apendicectomia com peritonite generalizada e no sétimo dia de pós-operatório apresentou dor em fossa ilíaca
direita, leucocitose e elevação do PCR. Neste contexto, a nossa grande hipótese é a de um abscesso intra-cavitário. O melhor exame para evidenciar este tipo de complicação
ou mesmo afastar outras complicações intra-abdominais é a tomografia de abdome. Lembra que este exame é excelente para avaliar com precisão coleções, líquidos ou ar
dentro da cavidade peritoneal. Outro ponto fortemente favorável a escolha deste exame é que ele não é um exame "operador-dependente". Resposta: letra E.

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12 - 2022 HSJC - SP

» Abaulamento há 72 horas em região inguinal esquerda nos indica um encarceramento agudo, o que preocupa devido o risco de estrangulamento. No caso, o abaulamento já é
doloroso e com discreta hiperemia local. Nesta situação não devemos tentar a redução manual pelo risco de estrangulamento. O ideal é indicarmos a cirurgia de urgência
através de uma inguinotomia para avalaição do conterúdo e correção do defeito herniário. Respsota: Letra D.

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13 - 2022 IAMSPE

» Questão puramente anatômica! Os dois nervos que são visualizados no reparo aberto são o ilio-hipogástrico e ilioinguinal, sendo o primeiro o mais comumente lesado, e no
reparo videolaparoscópico os nervos femoral, cutâneo femoral lateral (ou cutâneo lateral da coxa) e ramo femoral do genitofemoral. Veja na imagem em anexo por onde os
dois primeiros passam no reparo aberto. Gabarito: letra A.

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14 - 2022 IAMSPE

» Essa foi uma questão de extremo mau gosto! Os autores utilizaram uma classificação muito antiga retirada do "Livro de Hérnias da USP-SP" e com pouquíssima aplicabilidade
em nossa prática. Nessa classificação, temos a diferenciação das hérnias indiretas em oblíqua externa e interna. Vamos entender o contexto? Para efeito de comparação, a
hérnia inguinal oblíqua externa seria o equivalente a hérnia inguinal indireta, com o saco herniário penetrando lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e através da
estrutura denominada fosseta inguinal externa (veja nas figuras anexadas - área em amarelo). A hérnia inguinal direta possui seu saco herniário localizado medialmente aos
vasos epigástricos inferiores e através da fosseta inguinal média (entre os vasos epigástricos inferiores e o relevo da artéria umbilical obliterada - área em verde). Por fim, a
hérnia inguinal oblíqua interna tem seu saco herniário localizado na fosseta inguinal interna, estrutura localizada entre o relevo da artéria umbilical obliterada e o úraco (área
em vermelho), sendo estas últimas extremamente raras. Pegou o conceito anatômico? Agora vamos analisar as alternativas: A) INCORRETA. Este conceito até era verdadeiro
no passado, mas sabemos que podemos realizar um tratamento conservador com segurança em pacientes homens assintomáticos e com alto risco cirúrgico. B) INCORRETA.
Afirmativa dúbia em que não é possível identificar com exatidão o que o autor quis afirmar. C) INCORRETA. A hérnia femoral é mais frequente em mulheres do que em
homens, mas a hérnia mais frequente em mulheres continua sendo a hérnia inguinal. D) INCORRETA. A hérnia indireta é mais frequente em crianças e adolescentes, tendo
em vista a fisiopatologia destas, que ocorrem pela persistência do conduto peritôniovaginal, o que acarreta em uma hérnia lateral aos vasos epigástricos inferiores, ou seja,
indireta. E) INCORRETA. Foi o gabarito da banca mas como vimos acima, não está totalmente certo. A hérnia oblíqua interna está medial aos vasos epigástricos mas não é
este o conceito que delimita corretamente a sua localização, sendo este o relevo da artéria umbilical obliterada e o úraco. Os vasos epigástricos inferiores são base para a
classificação das hérnias oblíqua externa e direta. Por esse motivo, consideramos que todas as alternativas estão incorretas e a questão deveria ter sido anulada! Contudo, o
gabarito inicialmente liberado foi a letra E.

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15 - 2022 HSL - SP

» A evisceração é uma das complicações da deiscência de aponeurose, a separação pós-operatória das camadas musculoaponeuróticas abdominais. Ocorrem geralmente em
7 a 10 dias de pós-operatório, mas podem aparecer desde o primeiro ao 20º dia. São precipitadas mais comumente por infecções de sítio cirúrgico mas também por erros de
técnica cirúrgica na hora do fechamento da aponeurose. A drenagem súbita de líquido de coloração rósea (“água de carne”) pela ferida operatória é o grande sinal
diagnóstico que nos faz pensar na deiscência de aponeurose, e a saída de conteúdo abdominal pela ferida define a evisceração. A conduta é cirúrgica. Pequenos defeitos
podem ser simplesmente ressuturados, mas defeitos maiores requerem a retirada de todos os pontos e novo fechamento de parede. Entretanto, sempre devemos avaliar
caso a caso. A cavidade abdominal sempre que possível deve ser inspecionada em busca de focos infecciosos, hematomas ou deiscências de anastomose que predisponham
a evisceração. A cavidade deve ser lavada, as anastomoses reavaliadas, e a parede abdominal avaliada com relação a sua integridade. O novo fechamento pode ser com
ressutura simples, com uso de um fio mais calibroso, com uso de pontos captonados, ou ainda com uso de tela para reforço da parede. Alem disso, pode ser também aplicado
curativo à vácuo com sucção local contínua. Vamos avaliar as alternativas, em busca da melhor resposta para este caso. Letra A, B e C: incorretas. Não estão totalmente
incorretas, mas são alternativas incompletas. Não se deve fazer apenas exploração local. A melhor conduta nestes casos é a re-laparotomia com inspeção da cavidade,
lavagem exaustiva da mesma e busca de focos que possam ter predisposto a evisceração. Letra D: incorreta. O curativo à vácuo e fechamento por segunda intenção são uma
conduta que deve ser aplicada apenas em casos extremos. Em casos de um paciente estável, com pequena evisceração como o caso da questão, em geral não é necessária.
Letra E: correta. Resposta: letra E.

16 - 2022 SUS - SP

» Repare que o diagnóstico da hérnia foi feita ao acaso, ela nunca incomodou o paciente e só é notada ao exame físico durante a manobra de valsalva, quando palpado o canal
inguinal. Nestes casos o risco de complicações é baixo e sendo o paciente do sexo masculino, a cirurgia não é obrigatória. O paciente deve ser orientado que esta conduta
não é o TRATAMENTO, mas que pode sim ser adotada devido o baixo risco de complicações neste cenário. Caso a hénria passe a incomosar ou ser um fator limitante para a
vida, ou se o paciente desejar operar, aí sim, pensamos em indicar a cirurgia. Respsota: Letra E.
17 - 2022 IAMSPE

» Vamos avaliar cada uma das medicações? - Atenolol: beta-bloqueadores não devem ser suspensos de rotina para cirurgias não-cardíacas; - Bromoprida, pantoprazol e
clonazepam: não há motivo para suspender - medicações de uso crônico sem impacto direto na cirurgia; - Levotiroxina: hormônios tireoidianos devem ser mantidos em
procedimentos/internações; - AAS e clopidogrel: POLÊMICO! Ambos podem ser suspensos, mas em pacientes com elevado risco cardiovascular, preconiza-se a manutenção do
AAS. Dessa forma, onsiderando que o paciente esteja compensado das doenças de base porém seja um doente de alto risco cardiovascular (pela necessidade de dupla
antiagregação), as recomendações mais recentes são de manter o AAS e suspender o clopidogrel 5 a 7 dias antes do procedimento. O problema é que o enunciado não foi
claro quanto ao motivo da dupla antiagregação, o que acabou deixando o conceito mal definido. Dessa forma, não temos como definir se o AAS deve ser mantido ou suspenso
por 10 dias. - Semaglutida (ozempic): deve ser suspenso pelo maior risco de gastroparesia. Como vimos, tanto a letra C quando a letra D podem responder a questão,
devendo a mesma ser ANULADA. Mas a banca não anulou! E agora? E aí que provavelmente o AAS foi considerado como uma droga que deve ser MANTIDA para a cirurgia
porque o risco de evento cardíaco supera o de sangramento pós-operatório. Então as medicações que a banca considerou são o clopidogrel e a semaglutida. Ou seja, duas
medicações deverão ser suspensas. Gabarito: C.

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18 - 2022 UNICAMP

» A questão quer saber qual o anestésico ideal para realização de um procedimento de sutura simples no lábio com SEDOANALGESIA, isto é, estamos buscando aqui uma droga
que ao mesmo tempo promova efeito de sedação (redução do estado de consciência) e analgesia (alívio da dor). Vamos analisar as assertivas. A) Incorreta. O midazolam é
um agente benzodiazepínico e, como todas dessa classe, exerce efeito sedativo, porém sem efeito analgésico. B) Correta. A quetamina é uma excelente escolha no caso, pois
é capaz de fornecer sedoanalgesia, de curta duração e sem comprometimento hemodinâmico. Ela produz uma anestesia chamada de dissociativa, ou seja, o estímulo da dor
chega ao sistema nervoso central (ao tálamo), mas não é percebido pelo córtex. C) Incorreta. A meperidina é um agente opioide, que oferece efeito sedativo, mas sem
indução de sedação. D) Incorreta. Embora o propofol seja uma droga com propriedades sedativas e analgésicas, além de ter um rápido efeito de ação, é um medicamento
mais associado à hipotensão arterial e depressão respiratória, sendo por isso uma droga menos usada para procedimentos simples. Resposta: letra B.

19 - 2022 HSL - SP

» Você está diante de uma mulher que está no 1º pós-operatório de operação de Hartmann por abdome agudo obstrutivo. Lembra que a operação de Hartmann consiste em
uma retossigmoidectomia associada a uma colostomia terminal. A paciente está eupneica, hidratada, corada, com FC de 90 bpm, abdome doloroso e apresenta um pico febril
(37,8º C). A questão nos pede a causa mais provável de febre. A grande causa de febre no pós-operatório imediato, 24 a 48h após a cirurgia, é a atelectasia. Mas lembra que
na atelectasia não é só uma febre isolada, geralmente ela vem acompanhada de taquicardia com uma leve taquipneia, o que não é o caso da nossa paciente. Neste contexto,
a grande hipótese é que a febre seja pela própria resposta metabólica e imune ao trauma, em decorrência especialmente da elevação de interleucina 1. Resposta:
"Inflamação pós-operatória".

20 - 2022 HSL - SP

» Pós opratório IMEDIATO! Ou seja, poucas horas após a cirurgia, que a princípio não teve intercorrência. No sítio cirúrgico encontramos a presença de um abaulamento
acentuado, com sangramento porejando pela ferida operatória. No que devemos pensar? Este abaulamento se dá provavelmente por acúmulo de sangue. Algum vaso não foi
devidamente coagulado e o paciente começou apresentar um sangramento no leito cirúrgico. Isso justifica o abaulamento e também o porejamento de sangue. Qual deve ser
a nossa conduta? Somente com a compressão, este sangramento mais importante pode não se contido, por isso vamos ter que explorar novamente a lesão. Por isso, as
opçõe de curatico compressivo, compressas geladas, não são as melhores justamente, seria como tapar o sol com uma peneira. A drenagem da ferida seria indicada para um
quadro de infecção do sítio cirúrgico. E também, não pensamos em um sangramento dificil de ser localizado para indicarmos uma arteriografia. Melhor resposta:
Reexploração da ferida em centro cirúrgico.

21 - 2022 UNESP

» Questões sobre a conduta em hérnias encarceradas sempre geram discussão! Isso acontece porque não existe uma matemática exata para definir quando devemos operar o
paciente e quando devemos tentar reduzir o conteúdo herniário. Na prática, cada caso deve ser avaliado de forma individual. Mas pensando em provas de residências,
existem alguns sinais que podem ser utilizados para encontrar a melhor resposta. Resumidamente, deve-se suspeitar de conteúdo herniário estrangulado em uma hérnia
encarcerada na presença de sinais suspeitos de comprometimento isquêmico da alça herniada, como: Rebaixamento do nível de consciência Dor local ou abdominal intensa
(peritonite) Sinais de obstrução intestinal (distensão, vômitos e parada de eliminação de gases e fezes) Hipotensão (instabilidade hemodinâmica) Leucocitose (> 11.000)
Sinais de sofrimento isquêmico na tomografia. Além disso, sabemos que dentro de um período de 4 a 6 horas do início do encarceramento, é improvável a ocorrência de
sofrimento isquêmico do conteúdo herniário, o que justifica a tentativa de redução por manobras. Da mesma forma, em casos de encarceramento com duração maior do que
4 - 6 horas, deve-se indicar abordagem cirúrgica pelo risco elevado de sofrimento isquêmico. No caso em questão, o paciente não apresenta nenhum dos sinais descritos
acima. O choro intenso não parece estar relacionado a um quador de dor abdominal, já que o exame abdominal encontra-se normal. Portanto, devemos considerar a hérnia
como encarcerada e devemos tentar reduzir seu conteúdo. Gabarito: letra B.

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22 - 2022 USP - SP

» Para quem achou a imagem confusa, estamos diante de uma clássica EVENTRAÇÃO. Ou seja, uma deiscência da aponeurose abdominal contida apenas pelos pontos da pele.
Se alguns desses pontos se romperem, teremos uma EVISCERAÇÃO. E quais são os principais fatores de risco para essa complicação? - Cirurgias de urgência/emergência; -
Infecção; - Idade avançada; - Seroma e hematoma; - Pressão intra-abdominal elevada; - Obesidade; - Tabagismo; - Uso crônico de corticosteroides; - Deiscência prévia; -
Desnutrição (hipoalbuminemia); - Icterícia; - Doença neoplásica; - Exposição a radiação; - Diabetes mellitus; - Uremia; - Imunossuopressão; - Deficiência de vitamina C e zinco;
e - Erro técnico no fechamento. Obs: o ideal é que a sutura seja contínua, distando 1 cm por ponto e realizada com fio monofilamentar e inabsorvível (polipropileno) ou
absorvível de longa duração (polidioxanona) Como podemos ver, a hipertensão arterial e a presença de ileostomia NÃO são considerados fatores de risco para a deiscência da
ferida operatória. Por esse motivo, gabarito: letra B.

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24 - 2022 USP - SP

» Resumidamente, temos um paciente com um quadro de OBSTRUÇÃO INTESTINAL que será submetido a uma laparotomia exploradora, necessitando de intubação orotraqueal.
Já sabe, né? Intubação orotraqueal + Estômago cheio = INTUBAÇÃO EM SEQUÊNCIA RÁPIDA Essa é uma técnica realizada em pacientes que não podemos garantir que o
jejum pré-operatório foi realizado adequadamente (cirurgias de urgência ou com obstrução intestinal) e, portanto, devemos considerar o estômago cheio e com risco de
broncoaspiração durante a intubação. Diferente das outras técnicas, a etapa da VENTILAÇÃO COM MÁSCARA após a indução anestésica não é realizada para evitar que o ar se
desloque para o estômago e cause refluxo com broncoaspiração. Portanto, a famosa sequência rápida consiste de: - Pré-oxigenação; - Indução anestésica rápida (fentanil
seguido de etomidato); - Bloqueio neuromuscular (succinilcolina ou rocurônio) - Intubação orotraqueal Para não esquecer das drogas, utilize o mnemônico FEZ. _ O que você
FEZ de drogas na sequência rápida? R: Fentanil + Etomidato + Succinilcolina E a questão se limitou a isso... Um paciente com obstrução intestinal que precisava ser intubado.
Essa é a indicação perfeita para a técnica de SEQUÊNCIA RÁPIDA. Gabarito: letra B.

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25 - 2022 UNESP

» A figura representa um desenho da parede abdominal direita visualizada do interior da cavidade abdominal. O conhecimento desta anatomia é fundamental para o reparo
laparoscópico das hérnias inguinais. Podemos identificar as estruturas da seguinte maneira: A- Ducto deferente ou vasa deferente; B- Artéria ilíaca externa (no interior do
triângulo de Doom / Morte) C- Vasos epigástricos inferiores ; D- Anel inguinal interno; E- Trato iliopúbico ou cinta de Thompson; F- Vasos espermáticos; Além de identificar
essas estruturas, vale a pena identificar o Y invertido, fundamental para localizar os triângulos da morte e da dor. Veja na figura em anexo. Gabarito: letra B.

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26 - 2022 UNESP

» Paciente vítima de trauma com fratura exposta e lesão vascular associada, com procedimento complexo e longa duração. Apresenta pouco tempo de jejum e diversos
preditores de via aérea difícil (obeso, dificuldade em manejo de via aérea em cirurgia prévia, edêntulo e pequena abertura bucal). A realização precoce do procedimento tem
relação direta com o resultado (especialmente pelo tempo de isquemia e hemorragia), de forma que é inaceitável cogitar adiar o procedimento pelo tempo de jejum. Pela
duração e complexidade do procedimento, a realização sob sedação e anestesia local é inadequada. A sequência rápida (ou intubação assistida por drogas) de fato é útil no
contexto de jejum incerto ou insuficiente. Porém, temos aqui um paciente com uma manejo difícil de via aérea, no qual a ventilação pode ser difícil após bloqueio
neuromuscular. Desta forma, a intubação acordada com material de via aérea difícil é uma excelente alternativa, que garante a manutenção do drive respiratório e o reflexo
protetor de via aérea. Gabarito: letra D.

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27 - 2022 UERJ

» Estamos diante de uma paciente jovem que foi submetida a uma pancreatectomia caudal pela via aberta. Dentro das primeiras 24h, a paciente apresentou febre e mais nada.
Diante deste contexto, qual é a nossa grande hipotése? Sem dúvidas, a grande hipótese é a atelectasia! Lembra que esta é a principal causa de febre nas primeiras 24-48h de
uma cirurgia. Esta condição está associada a cirurgias em abdome superior. A dor nesta região pode comprometer a expansibilidade pulmonar e levar ao surgimento de
atelectasia, que nada mais é do que o colabamento dos alvéolos das bases pulmonares. As manifestações são febre baixa, taquicardia ou mesmo dispneia e o tratamento
deve ser com analgesia adequada, fisioterapia respiratória e, se necessário, oxigênio suplementar. Gabarito: letra D.

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28 - 2022 HNMD

» Questão tranquila e direta. Esta é a definição de uma hérnia incisional, aquela que ocorre em local de uma incisão cirúrgica prévia. Os principais fatores associados são:
obesidade, idade avançada, gravidez, desnutrição, ascite volumosa, DPOC, DM, uso de corticoides, quimioterápicos, infecção do sítio operatório, além de falha na técnica.
Respsota: Letra B.

29 - 2022 HNMD

» Estamos diante de uma paciente que durante a cirurgia apresentou hiperatividade simpática, rigidez muscular e febre alta, além de hipercapnia e arritmia. Diante deste
contexto, a nossa grande hipótese é a hipertermia maligna. Esta nada mais é do que uma crise hipermetabólica que ocorrem em indivíduos susceptíveis que são expostos a
determinados anestésicos halogenados e succinilcolina. Estes agentes citados provocam aumento da concentração de cálcio mioplasmático e, em pacientes predispostos,
ocorre liberação anormal deste íon e ativação prolongada dos filamentos musculares, com consequente rigidez e hipermetabolismo. A quebra excessiva de moléculas de ATP
gera calor excessivo, morte de miócitos e rabdomiólise. Gerando, portanto, todas as manifestações descritas no caso. Além das medidas de suporte, o tratamento da
síndrome deve ser feito com DANTROLENE venoso, um relaxante muscular que bloqueia cerca de 75% das contrações musculares. Resposta: letra A.

30 - 2022 UERJ

» As infecções do sítio cirúrgico podem acontecer em qualquer localização do trajeto cirúrgico, e podem ser divididas em incisionais superficiais (pele e subcutâneo), profundas
(fáscia e músculo), e relacionada ao espaço orgânico (intra-abdominais, empiema, mediastinite). Podem acontecer em até 30 dias após o procedimento comum ou até 1 ano
após implante de corpo estranho (próteses, telas). São em geral causadas por Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativos, Enterococos e E. coli. Em geral se
manifestam no 5º ou 6º dia de pós-operatório com sinais inflamatórios na ferida, com eventual formação de abscesso, assim como o caso apresentado na questão. A conduta
deve ser revisão do sítio cirúrgico com limpeza, desbridamento se necessário, e drenagem do abscesso. Detalhe: a antibioticoterapia está indicada em casos de celulite e/ou
febre. Vamos analisar as alternativas. Letra A: incorreta. A laparotomia seria indicada se houvesse sinais de infecção intra-abdominal, que não é o caso. À princípio trata-se
de abscesso superficial, que deve ser tratado com drenagem. Letra B: incorreta. O calor pode até ser aplicado como analgesia, mas não é a melhor conduta. Letra C: correta.
Letra D: incorreta. Sempre deve ser realizada analgesia visando controle da dor, mas apenas analgesia não resolverá o abscesso. Deve ser indicada a drenagem. Resposta:
letra C.

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31 - 2022 UERJ

» O tempo ideal de suspensão dos novos anticoagulantes antes de um procedimento cirúrgico é: - Dabigatran (inibidor direto da trombina): 24 a 48 horas antes da cirurgia (se
ClCr > 50); 72 a 120 horas antes da cirurgia (se ClCr < 50); - Rivaroxaban (inibidor do fator Xa): 24 horas antes da cirurgia; - Apixaban (inibidor do fator Xa): 24 a 48 horas
antes da cirurgia; - Edoxaban (inibidor do fator Xa): 48 a 72 horas antes da cirurgia. Resposta correta: alternativa D.

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32 - 2022 UERJ

» Um ponto que devemos levar em consideração é que idealmente devemos sempre utilizar a mesma base de solução. Ou seja, se utilizarmos a clorexidina degermante, o ideal
é utilizarmos a clorexidina alcoólica. Se a escolha cair sobre o iodo-povidine, iniciamos com o degermante e após "pintamos com a solução (iodo-povidine tópico). Idealmente
após a aplicação, até mesmo para garantirmos uma melhor ação é recomedado que se espere a secar. Gabarito letra A.

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33 - 2022 SES - RJ

» Aproximadamente 3% a 5% da população têm hérnias epigástricas. As hérnias epigástricas são duas a três vezes mais comuns em homens. Estas hérnias estão localizados
entre o processo xifoide e cicatriz umbilical e são geralmente dentro de 5 a 6 cm do umbigo. Como as hérnias umbilicais, as hérnias epigástricas são mais comuns em
indivíduos com uma única decussação aponeurótica. Os defeitos são pequenos e, em geral, produzem dor fora de proporção para seu tamanho, devido a encarceramento de
gordura pré-peritoneal. Eles são múltiplos em até 20% dos pacientes e de aproximadamente 80% na linha média. O reparo geralmente consiste na excisão do tecido pré-
peritoneal encarcerado e fechamento simples do defeito fascial, semelhante ao das hérnias umbilicais. Os defeitos pequenos podem ser reparados sob anestesia local.
Raramente, esses defeitos podem ser de grande tamanho e conter omento ou outra víscera intra-abdominal e podem exigir reparos com tela. Aconselha-se o reparo das
hérnias epigástricas porque o defeito é pequeno e a gordura que herniou da cavidade peritoneal é difícil de reduzir. Resposta: letra C.

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34 - 2022 UFRJ

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A classificação de Mallampati que prediz uma intubação difícil é a classe IV. B) Incorreta. A distância tireomentoniana ou
tireomental normal é de 6 a 8 cm, quanto menor essa distância mais difícil será a intubação, portanto, uma distância de 10 cm até facilita um pouco mais a vida do
anestesista. C) Incorreta. Um pescoço mais longo assim como uma boa mobilidade cervical também são fatores que facilitam a intubação e não dificultam. D) Correta. Assim
como a distância tireomentoniana, abertura da boca normal varia de 6 a 8 cm (três a quatro dedos), e quanto menor, mais difícil será a intubação. Portanto, uma abertura de
dois dedos (4 cm), sem dúvidas, é o fator que mais corrobora com um manejo de uma via aérea potencialmente difícil. Gabarito: letra D.

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35 - 2022 UFRJ

» Os patógenos de infecção primária de corrente sanguínea em pacientes em uso de cateter venoso central (IPCS-CVC) são predominantemente cocos gram-positivos, mais
comumente S. epidermidis resistentes à meticilina (MRSE), MRSA, e enterococos. Independente da etiologia, o primeiro passo do tratamento consiste na remoção do cateter.
Já o tratamento medicamentoso vai depender do agente infeccioso. As infecções na corrente sanguínea causadas pelo S. aureus requerem, provavelmente, pelo menos duas
semanas de antibioticoterapia, independente da causa, embora alguns argumentem por um curso mais prolongado (quatro a seis semanas) devido ao risco de infecção
metastática (p. ex., pneumonia, endocardite). A vancomicina ou linezolida devem ser os antibióticos de escolha para tratamento de IPCS-CVC por MRSA (ou para a MRSE
quando o tratamento for indicado), ou a daptomicina como uma alternativa. A terapia para IPCS-CVC por enterococo ou Gram-negativos é ditada pela suscetibilidade
bacteriana, sem nenhum consenso claro sobre a duração da terapia. Além da remoção do cateter, o tratamento da IPCS-CVC por fungos é controverso; alguns recomendam
pelo menos duas semanas de terapia antifúngica sistêmica. Fungos multirresistentes são menos comuns em pacientes cirúrgicos, exceto em receptores de transplantes de
órgãos sólidos, onde a terapia empírica inicial é feita com uma equinocandina, frequentemente desescalonada para fluconazol após o resultado da suscetibilidade do
patógeno causador. Gabarito: letra D.

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36 - 2022 UFRJ

» Questão sobre a anatomia da região inguinal. Vamos aproveitar para relembrar os limites da zona de fragilidade de todas as hérnias da região inguinal, famoso orifício
miopectíneo de Fruchaud: - Limite superior: músculo oblíquo interno e transvero; - Limite medial: reto abdominal; - Limite inferior: ligamento de Cooper; - Limite lateral:
músculo iliopsoas. Portanto, uma inserção mais alta do músculo oblíquo interno favorece o aumento da zona de fragilidade e, consequentemente, predispõe ao surgimento
das hérnias diretas. Gabarito: letra B.

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37 - 2022 UFRJ

» O projeto ACERTO (ACEleração da REcuperação TOtal pós-operatória) é um programa que visa acelerar a recuperação de pacientes cirúrgicos. Ele é como se fosse uma
versão nacional do projeto ERAS (Enhanced Recovery After Surgery – protocolos fast-track), desenvolvido pelo Departamento de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). De uma forma geral, esses projetos consistem em um protocolo de técnicas baseadas em evidências para reduzir o
trauma cirúrgico e o estresse pós-operatório, minimizando a dor, reduzindo as complicações, melhorando os resultados e diminuindo o tempo de permanência hospitalar. Em
relação ao jejum, ele deve ser abreviado e o ideal é oferecer líquidos claros enriquecido com carboidratos até 2 horas antes do procedimento. O preparo de cólon vem sendo
desencorajado. O preparo do cólon está relacionado com desidratação, desequilíbrio hidroeletrolítico e pode aumentar o risco de fístula anastomótica e infecções associadas à
ferida operatória. O projeto incentiva o uso consciente de antibiótico e a redução do uso de drenos de maneira rotineira. Gabarito letra D.

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38 - 2022 UERJ

» As hérnias inguinais na infância são, em sua maioria, de origem congênita e do tipo indireta. São mais comuns em meninos, do lado direito, e tem maior incidência em casos
de prematuridade. O diagnóstico clínico e a história são semelhantes à das hérnias inguinais em adultos. Em caso de dúvidas, uma USG pode ser solicitada. Importante
diferenciar da hidrocele, grande diagnóstico diferencial nestes casos, que pode ser feito pela transiluminação da bolsa escrotal. A grande questão que dita o a conduta
diante de uma hérnia inguinal na infância é que elas apresentam risco elevado de encarceramento (15 a 30% dos casos). Logo, em caso de hérnia inguinal na criança, indica-
se a cirurgia o mais rápido possível. Na hérnia redutível, indica-se o reparo cirúrgico de forma eletiva, mas assim que possível. E em caso de hérnia encarcerada, tenta-se a
redução para programação cirúrgica assim que possível. Caso não seja possível reduzir, indica-se a redução cirúrgica imediata. Observação importante: em prematuros deve-
se esperar que atinjam 1800g caso internados, ou esperar completar 55 semanas de concepção caso já tenham tido alta hospitalar. A técnica cirúrgica de escolha é a
hernioplastia sem reforço da parede posterior, com dissecção do saco herniário, redução do conteúdo, exploração do saco herniário e ligadura alta. E a exploração
contralateral é controversa, mas deve ser indicada em prematuros, em hérnias encarceradas, em meninos < 2 anos e meninas < 4 anos, ou em pacientes com aumento de
pressão intraabdominal (DPOC, DVP, dentre outras). As hérnias umbilicais na criança são um defeito congênito devido à persistência do anel umbilical, sem o fechamento de
sua camada aponeurótica ao nascimento. A tendência é seu fechamento espontâneo até os 2 anos, podendo levar até 4 ou 6 anos. Logo, não indica-se cirurgia de imediato. O
tratamento cirúrgico é indicado classicamente em crianças com hérnia após 4 a 6 anos, defeitos > 2 cm, associadas a DVP, ou concomitantes a hérnia inguinal. Entretanto
tal conduta vem mudando nos últimos anos, de modo que não indica-se o mais o tratamento cirúrgico apenas pelo diâmetro do defeito. Atualmente indicamos a correção
cirúrgica em pacientes com pelo menos 4 anos com defeitos > 1,5 cm ou sem redução no tamanho do defeito após avaliação anual. Vamos analisar as alternativas. Letra A:
correta. Letra B: incorreta. A hérnia inguinal tem altas chances de encarceramento, de cerca de 15 a 30%, com cerca de 80% dos casos acontecendo em um ano. Letra C:
incorreta. A hérnia umbilical tem fechamento espontâneo até 4 a 6 anos em cerca de 80% dos casos. Letra D: incorreta. Atualmente não realiza-se mais a cirurgia somente
com base no diâmetro do defeito, mas considerando também sua idade. Resposta: letra A.

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39 - 2022 SURCE

» Estamos diante de uma paciente de 65 anos que apresenta vômitos de repetição e sinais de desidratação em função de uma obstrução neoplásica pré-pilórica. Além disso, a
paciente vem recebendo hidratação somente por soro glicosado a 5%. Em seguida, ela evoluiu com cefaleia refratária e convulsão. Diante deste contexto, a nossa paciente
pode estar apresentando alcalose metabólica, por conta da perda excessiva de H+ pelos vômitos, ou apresentando hiponatremia severa, por desidratação prévia associada a
uma reposição exclusiva de soro gliosado, sem reposição concomitante de sódio. Na alcalose metabólica, o paciente poderia apresentar letargia, confusão mental, fraqueza e
alterações musculares (espasmos e câimbras). Já na hiponatremia severa, as alterações mais esperadas seriam as manifestações neurológicas como a cefaleia intensa e
refratária, além da presença de convulsões. Portanto, pelo quadro do nosso paciente, as alterações falam mais a favor de hiponatremia. Gabarito: letra A.

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40 - 2022 SCMBH

» Vamos avalair as alternativas: A- Incorreta: A hérnia cujo o conteúdo é o divertículo de Meckel é denominada hérnia de Littré. As hérnias de spiegel são aquelas que sse
formam entre a linha semilunar de spiegel e a borda lateral do músculo reto do abdome. B- Incorreta: A hérnia indireta se anuncia através do anel inguinal interno que é
LATERAL aos vasos epigástricos inferiores. C- Correta: A definição da hérnia epigástrica é justamente essa: se formam na linha média, entre a cicatriz umbilical e o apêndice
xifoide. D- Incorreta: De fato a hérnia de Petit é aquela que se forma no triângulo lombar inferior. No entanto, os limites deste triângulo são: borda da crista ilíaca; m. oblíquo
EXTERNO; m. grande dorsal. Respsota: Letra C.

41 - 2022 SURCE

» Baseado nos estudos realizados pelos grupos Enhanced Recovery After Surgery – ERAS (Europeu) e American Society of Anaesthesiologists – ASA (Americano) ocorreu à
implantação do protocolo de Aceleração da Recuperação Total Pós-Operatória, denominado ACERTO (Brasil). Neste o protocolo, as recomendações atuais indicam um período
de jejum mínimo de 2h para líquidos claros (líquidos rico em carboidrato, por exemplo), 4h para o leite materno, 6h para o leite não humano ou refeição leve e 8h para
alimentos sólidos. Gabarito: letra A.

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42 - 2022 HCG

» Questão muito maldosa. No caso desse paciente ele tem dois fatores que aumentam a chance de mortalidade: 1. paciente avaliado como ASA IV, que por si só apresenta
chance de mortalidade entre 7,8% e 23,5%, numa média em torno de 15%; 2. cirurgia de alto risco (como por exemplo cirurgia aórtica, vascular de grande porte, cirurgias
grandes de emergência) apresenta risco de mortalidade maior que 5%; Vemos então que a combinação dos dois riscos dará um risco estimado de óbito para esse paciente
em torno de 20%. Melhor resposta: 20%

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43 - 2022 HC - UFPR

» Vamos às afirmativas: 1. Verdadeira. A infecção do sítio cirúrgico é definida como uma infecção que ocorre na incisão cirúrgica ou nos tecidos manipulados dentro de 30 dias
a um ano (quando envolve implante de material sintético) da cirurgia. 2. Verdadeira. O desbridamento em centro cirúrgico está indicado nas seguintes situações: infecções do
sítio cirúrgico superficiais acompanhadas de celulite, infecções do sítio cirúrgico profundas como fasciíte e miosite, repercussões sistêmicas e imunossupressão. 3. Falsa. São
fatores de risco para infecção do sítio cirúrgico relacionados ao paciente: ASA maior ou igual a 3, ascite, inflamação crônica, desnutrição, obesidade, diabetes mellitus,
extremos de idade, hipercolesterolemia, hipoxemia, doença vascular periférica, anemia pós-operatória, cirurgia em sítios tratados com radioterapia, infecção à distância,
colonização da pele por Staphylococcus e imunossupressão. 4. Falsa. Apesar de incomuns, vírus são considerados como agentes de infecção cirúrgica. Gabarito: alternativa B.

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44 - 2022 HCG

» A imagem ilustra uma cirurgia robótica, uma imagem dos braços do robô Da Vinci. Vamos avaliar as alternativas: A- Incorreta: Não necessariamente. Depende do tipo de
cirurgia. Na cirurgia robótica temos o tempo da "docagem", a curva de aprendizado, entre outras questões. B- Correta: Realmente a cirurgia robótica tem mostrado
resultados oncológicos semelhantes às outras modalidades cirúrgicas. Alguns estudos tentam demonstrar até mesmo uma superioridade, devido a facilidade de dissecção e
acesso encontrados com esta técnica. C- Incorreta: quais parâmetros? Não existem dados suficientes que suportem esta informação. Quando comparamos a cirurgias bem
estabelecidas por videolaparoscopia, o resultado geral pode ser equivalente ou até mesmo melhor do que na cirurgia robótica. D- Incorreta: a aquisição do robô, as pinças, a
estrutura necessária, tudo isso, ainda eleva demasiadamente o custo de uma cirurgia robótica. Melhor resposta letra B.

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45 - 2022 HC - UFPR

» As cirurgias limpas são aquelas não traumáticas, sem inflamação, em que não há entrada em trato gastrointestinal, respiratório ou geniturinário. São exemplos: cirurgia
cardíaca, cirurgia plástica, neurocirurgia, cirurgia ortopédica, tireoidectomia. Por definição, essas cirurgias não precisam de antibioticoprofilaxia, com algumas exceções: - Uso
de material sintético. - Incisão de osso. - Cirurgias em que uma infecção, caso aconteça, representará uma catástrofe. A cirurgia citada na questão se encaixa na última
exceção. Dessa forma, antibioticoprofilaxia está indicada. Resposta: alternativa C.

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46 - 2022 SURCE

» ótima questão sobre prevenção de infecção do sítio cirúrgico. Os fatores de risco podem ser bacterianos, relacionados ao local da ferida, ao paciente. Os bacterianos são:
infecção concomitante, internação recente, PROCEDIMENTO DE LONGA DURAÇÃO, classificação da ferida, uso prévio de antibióticos. Ferida: hematoma e seroma, suturas,
drenos e corpo estranhos utilizados de maneira incorreta. Isquemia. Paciente: extremos de idade, imunossupressão, obesidade, diabetes, desnutrição, temperatura
inadequada, controle glicêmico inadequado. Analisando as alternativas: A- Incorreta. Estes dispositivos podem aumentar o risco de infecção; B- Correta. O tempo prolongado
acaba expondo o paciente a outros fatores de risco. Além disso, o uso descontrolada de eletrocautério acaba levando a isquemia e aumenta o risco de infecção do sítio
cirúrgico. C- Correta. Mas não é a de maior impacto. O uso de antibiótico profilático, de acordo com as indicações auxilia a evitar, no entanto, nem sempre é indicado. D-
Incorreta: A desnutrição é fator de risco, mas a terapia de suporte alimentar só está indicado nos casos de desnutrição. Gabarito letra B.

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47 - 2022 SUS - BA

» Estamos diante de um paciente, 40 anos, em 4º DPO de gastroplastia em Y de Roux aberta. Paciente evoluiu com dor abdominal difusa de grande intensidade, febre, abdome
distendido, porém flácido e, no momento, sem sinais de peritonite. Sem dúvidas, diante deste contexto de um Bypass recente com dor abdominal intensa e difusa, a nossa
grande hipótese é deiscência de uma das anastomoses. Caso ele não seja abordado o mais precoce, a tendência é evoluir com sinais de peritonite difusa e queda do estado
geral ou até mesmo sepse intra-abdominal. Apendicite seria improvável, além disso, seria um quadro de sinais de peritonite em fossa ilíaca direita (A - Incorreta). A presença
de abscesso geralmente evolui com dor mais localizada (C - Incorreta). Por fim, o tromboembolismo pulmonar seria a presença de dispneia, taquipneia e dor pleurítica
unilateral (D - Incorreta). Gabarito: letra B.

48 - 2022 SURCE

» Quando analisamos esta questão, até conseguimos entender a cabeça de quem criou! Mas, venhamos e convenhamos, em uma prova, a gente não deve ser obrigado a
entender a cabeça de ninguém. E a questão foi mal formulada e poderia ter sido anulada. Temos um paciente no 6º PO de cirurgia de Whipple devido CA de pâncreas
cursando com um quadro de fístula abdominal enterocutânea (devido a cor da secreção é mais provável que seja biliar ou entérica). Ele apresenta fatores de risco para isso?
Sim. Paciente oncológico, submetido a cirurgia de Whipple, provavelmente com algum grau de comprometimento nutricional, todos fatores de risco para esta complicação. A:
Incorreta: já sabemos que o paciente tem uma fístula. Veja que ela já está orientada para a ferida operatória. A TC seria importante para avaliarmos se algum dreno está
contemplando a fístula, mas isso também não consta no enunciado. B: Incorreta: a questão não nos fornece nenhum dado clínico sugerindo sepse (além do foco infeccioso).
Não mencionou febre, nem queda do estado geral. A realização de laparotomia só seria necessária se a fístula não estiver orientada (outro dado que não ficou claro na
questão) e com sinais de peritonite. Nem o débito da fístula foi contemplado no enunciado. C: Incorreta: o paciente está com uma fístula no trato digestivo, o ideal seria iniciar
NPT. O TGI não deve ser utilizado. D: Discutível e a melhor resposta: Se a fístula estiver contemplada, podemos sim adotar esta conduta. Caso contrário, devemos indicar a
cirurgia para a drenagem. A questão não informa se houve drenagem ou não e, muito menos se esta contempla a coleção. A banca liberou e manteve como gabarito a letra
B. Mas como vimos, a questão gerou muita discussão.

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49 - 2022 SUS - BA

» Estamos diante de um paciente, 40 anos, em 4º DPO de gastroplastia em Y de Roux aberta. Paciente evoluiu com dor abdominal difusa de grande intensidade, febre, abdome
distendido, porém flácido e, no momento, sem sinais de peritonite. Sem dúvidas, diante deste contexto de um Bypass recente com dor abdominal intensa e difusa, a nossa
grande hipótese é deiscência de uma das anastomoses. Para confirmar a deiscência, precisamos evidenciar o extravazemento completo de contraste em uma das
anastomoses. Para isso, o nosso exame de escolha deve ser a tomografia de abdome e pelve com contraste. Gabarito: letra B.

50 - 2022 HC - UFPR

» Em indivíduos sem comorbidades e que vão se submeter a procedimentos de baixo risco, muitas vezes não existe a necessidade da realização de exame complementar
algum. Nesses casos, principais exames pré-operatórios solicitados são solicitados de acordo com a idade do paciente> - < 45 anos: nenhum exame. - 45-54 anos:
eletrocardiograma (sexo masculino). - 55-69 anos: eletrocardiograma, hemograma e plaquetas. - > 70 anos: eletrocardiograma, hemograma e plaquetas, eletrólitos,
creatinina, ureia e glicemia. - Tabagismo (independentemente da idade): eletrocardiograma. - Mulher em idade reprodutiva: beta-hCG urinário na manhã da cirurgia. Sendo
assim, não há necessidade de solicitar exames complementares para a paciente em questão. Gabarito da banca: alternativa B. Gabarito do MEDCURSO: questão que deveria
ser anulada.

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51 - 2022 UFPB

» A respeito da tromboprofilaxia de pacientes cirúrgicos, vamos analisar as alternativas em busca da INCORRETA. Letra A: correta. Nos pacientes com muito baixo risco
(Caprini 0 pontos) ou baixo risco (entre 1 e 2 pontos), recomenda-se a tromboprofilaxia mecânica com movimentação ativa dos MMII, deambulação precoce, meias elásticas
e/ou uso de compressor pneumático. Não está indicada tromboprofilaxia química nestes casos. Letra B: correta. As contraindicações à profilaxia mecânica de TEV são: uso
de anticoagulante, sangramento ativo, cirurgia intracraniana ou ocular < 2 semanas, coagulopatia (plaquetopenia ou INR > 1,5), coleta de líquor < 24h, HAS não controlada
(> 180 x 110 mmHg) ou hipersensibilidade à heparina (plaquetas < 100.000). Letra C: incorreta. A suspensão de varfarina deve ser realizada 4 a 5 dias antes da cirurgia, e
deve ser checado o INR antes de liberar o procedimento. Letra D: correta. A suspensão de enoxaparina deve ser feita com 12 a 24 horas antes da cirurgia, e de heparina não
fracionada com 6 horas antes da cirurgia. Se realizada em bomba de infusão, pode ser suspensa em até 2 a 4 horas antes do procedimento. Este prazo tem divergências na
literatura. Mas entende-se ser um prazo mais curto em virtude da meia-vida mais curta da heparina não fracionada quando é administrada por via endovenosa, de cerca de
45 minutos. Letra E: correta. Quando não há contraindicação à profilaxia, os pacientes de alto risco devem receber tromboprofilaxia química com enoxaparina 40 mg SC 1x
por dia, que deve ser suspensa de 12 a 24 horas antes do procedimento. Medidas não farmacológicas podem ser associadas, como deambulação precoce, movimentação
ativa dos MMII e meias elásticas, por exemplo. Resposta: letra C.

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52 - 2022 SUS - BA

» Estamos diante de um paciente, 40 anos, em 4º DPO de gastroplastia em Y de Roux aberta. Paciente evoluiu com dor abdominal difusa de grande intensidade, febre, abdome
distendido, porém flácido e, no momento, sem sinais de peritonite. Sem dúvidas, diante deste contexto de um Bypass recente com dor abdominal intensa e difusa, a nossa
grande hipótese é deiscência de uma das anastomoses. Para confirmar a deiscência, precisamos evidenciar o extravazemento completo de contraste em uma das
anastomoses. Para isso, o nosso exame de escolha deve ser a tomografia de abdome e pelve com contraste. Sem dúvidas, a conduta deve ser laparotomia exploradora
imediata. Caso ele não seja abordado o mais precoce, a tendência é evoluir com sinais de peritonite difusa e queda do estado geral ou mesmo evoluir com sepse intra-
abdominal. Gabarito: letra A.

53 - 2022 HC - UFPR

» As hérnias inguinais são as mais frequentes na prática clínica, independentemente do sexo, totalizando 75% das hérnias da parede abdominal, sendo que as indiretas são
mais comuns que as diretas. Gabarito: alternativa D,

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54 - 2022 UFPB

» Questão sobre anatomia da região inguinal! O grande triângulo da região inguinal que serve como referência para determinarmos as principais hérnias desta região é o
triângulo de Hesselbach. Este triângulo é delimitado pela borda lateral do músculo reto abdominal, vasos epigástricos inferiores e ligamento inguinal. Dentro deste triângulo
se anunciam as hérnias diretas, por isso, ele também pode ser conhecido como triângulo das hérnias diretas. Acima deste triângulo se anunciam as hérnias indiretas e abaixo
dele, as hérnias femorais. Portanto, gabarito: letra D.

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55 - 2022 HC - UFPR

» A hérnia inguinal cujo conteúdo é o apêndice vermiforme denomina-se hérnia de Amyand. Quando a localização é femoral, denomina-se Garengeot. A hérnia cujo conteúdo é
o divertículo de Meckel denomina-se hérnia de Littré. A hérnia cujo conteúdo é a borda antimesentérica da alça intestinal denomina-se hérnia de Richter. Gabarito: alternativa
D.

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56 - 2022 HCG

» Questão que acabou sendo ANULADA! Diferente dos preditores de dificuldade para a via aérea, existem diversas fontes divergentes sobre o tema: alguns preditores
claramente associados à ventilação difícil em alguns estudos, não apresentam associação alguma em outros estudos sobre o tema. A questão apresenta dois fatores
associados à ventilação difícil por máscara facial (alternativas A, C). Os mais clássicos são: Idade avançada;- História de apneia obstrutiva do sono e roncos;- Obesidade;-
Barba;- Falta de dentes;- Protrusão mandibular;- SEXO MASCULINO;- MALLAMPATI III-IV; Logo, observamos que a questão apresenta duas possíveis alternativas e por isso foi
anulada.

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57 - 2022 HCG

» Pessoal, a rabdomiólise consiste numa condição clínica em que há destruição das células musculares. Clinicamente, o paciente pode se apresentar com mialgia importante,
urina escurecida e fraqueza. A rabdomiólise apresenta diversas consequências graves, como distúrbios hidroeletrolíticos (notadamente hipercalemia) e injúria renal. O
diagnóstico geralmente envolve a clínica e a dosagem de CPK. O tratamento geralmente reside no suporte e na hidratação. A rabdomiólise pode ser precipitada por diversos
agentes causais, como trauma, drogas, medicamentos entre outros. Dentre os anestésicos, os classicamente envolvidos à rabdomiólise são os bloqueadores neuromusculares
despolarizantes, como a succinilcolina. Resposta: alternativa B.

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58 - 2022 SES - DF

» Dor abdominal que migrou para FID há 2 dias, associada a náuseas, vômitos e anorexia, em um paciente de 23 anos e do sexo masculino nos faz pensar OBRIGATORIAMENTE
em apendicite aguda. Além disso, apresenta descompressão brusca dolorosa em FID. Avalainado a assertiva: INCORRETA. Na presença de febre no pós-operatório sempre
devemos avalair o momento de aparição da febre. Nos casos em que a febre se apresenta nas primeiraas 72 horas a principal causa é a atelectasia. A infecção da ferida
operatória é uma complicação que PODE cursar com febre em quadros mais tardios, após 5-7 dias e, na maioria dos casos, o tratamento não envolve antibioticoterapia,
somente abertura de alguns pontos de sutura e lavagem da incisão. Respsota: Letra B.

59 - 2022 SURCE

» Protrusão abdominal entre as camadas musculares, ou seja, intraparietal, entre as camadas musculares da parede abdominal lateral com a aponeurose do músculo oblíquo
externo. Na ectoscopia, um abaulamento lateral ao músculo reto do abdome. No que devemos pensar? Hérnia de Spiegel. Aquela que se forma entre a linha semilunar a
borda lateral do músculo reto do abdome. Gabarito letra C.

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60 - 2022 SES - DF

» Dor abdominal que migrou para FID há 2 dias, associada a náuseas, vômitos e anorexia, em um paciente de 23 anos e do sexo masculino nos faz pensar OBRIGATORIAMENTE
em apendicite aguda. Além disso, apresenta descompressão brusca dolorosa em FID. Avalainado a assertiva: DISCUTÍVEL! Mesmo que seja com medidas mecânicas, como
deambulação precoce a TVP deve er evitada. Mas veja que a banca liberou iniicialmente o gabarito como letra A e depois alterou para letra B. Porque? Pelo motivo da
generalização. TODA PÓS-OPERATÓRIO? Aí não ne! Imagine uma cirurgia de catarata ou uma cirurgia de exérese de um lipoma. Não vamos fazer nenhuma profilaxia. Por isso
a banca altereou o gabarito para a letra B.
61 - 2022 SCMBH

» Questão que cobra conceitos variados sobre avaliação de risco pré-operatório. Vamos revisar as alternativas com base na 3ª Diretriz de Avaliação Cardiovascular
Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2017. a) Alternativa incorreta. Com relação ao suporte transfusional nas anemias, a diretriz fornece três
recomendações: (1) Pacientes assintomáticos e sem doença cardíaca isquêmica de base devem receber concentrados de hemácias se hemoglobina ≤ 7,0 g/dL (gatilho
transfusional restritivo); (2) Pacientes com anemia e evidência de isquemia orgânica, com risco ou presença de sangramento, e suscetíveis a complicações decorrentes da
oxigenação inadequada devem ser transfundidos; (3) Nos casos de síndrome coronariana aguda, recomenda-se estratégia transfusional mais liberal (manter hemoglobina >
8,0 g/dL). b) Alternativa incorreta. A radiografia de tórax não é recomendada de forma indiscriminada para todos os pacientes no pré-operatório, possuindo as seguintes
indicações: (1) Pacientes com história ou propedêutica sugestivas de doenças cardiorrespiratórias; (2) Pacientes com idade superior a 40 anos; (3) Intervenções de médio a
grande porte, principalmente as cirurgias intratorácicas e intra-abdominais. c) Alternativa correta. O Índice de Risco Cardíaco Revisado de Lee estima o risco da ocorrência de
IAM, edema agudo dos pulmões, Bloqueio Atrioventricular (BAV) total e parada cardiorrespiratória. Apresenta moderada acurácia na predição de eventos em operações não
cardíacas em geral, mas tem menor acurácia em pacientes submetidos a operações vasculares arteriais de aorta e revascularizações periféricas. Avalia seis variáveis: (1)
Operação intraperitoneal, intratorácica ou vascular suprainguinal; (2) Doença arterial coronária (ondas Q, sintomas de isquemia, teste+, uso de nitrato); (3) Insuficiência
cardíaca congestiva (clínica, RX tórax com congestão); (4) Doença cerebrovascular; (5) Diabetes com insulinoterapia; (6) Creatinina pré-operatória > 2,0 mg/d. Com base
nisso determina quatro classes de risco: I = nenhuma variável (risco 0,4%); II = uma variável (risco 0,9%); III = duas variáveis (risco 7%); IV = ≥ 3 variáveis (risco 11%). d)
Alternativa incorreta. Em situações em que o prognóstico da doença de base que levou à indicação cirúrgica demanda uma intervenção de emergência, o papel da avaliação
perioperatória deve se restringir a medidas de monitorização e intervenções para redução do risco no intra e no pós-operatório, não sendo indicado nenhum exame
complementar que atrase a cirurgia proposta, inclusive a solicitação de provas funcionais para avaliação de isquemia miocárdica. Resposta: letra C.

62 - 2022 SES - PE

» Primeiro, vamos entender o conceito: todos os cenários de intubação na vida do médico clínico emergencista e/ou intensivista acontecem em uma situação de emergência ou
urgência. Assim, no dia a dia, é incomum que se tenha informação adequada sobre a última refeição do paciente. Como consequência, devemos evitar, quando possível, a
ventilação externa sob pressão com bolsa-válvula-máscara (menor risco de hiperinsuflação gástrica, regurgitação e broncoaspiração). Ao mesmo tempo, o paciente precisará
ser sedado para o procedimento, com perda parcial ou total do controle respiratório… Ficamos, então, diante de um dilema: induzir rapidamente a sedação e realizar a
intubação com sucesso logo na primeira tentativa (técnica chamada Sequência Rápida de Intubação – SRI) ou evitar sedar completamente o paciente, de forma a realizar a
intubação com calma, sem que o paciente perca o drive respiratório (técnica conhecida como intubação “acordada”). A decisão por uma técnica ou outra depende,
principalmente, da dificuldade antecipada na ventilação com bolsa-válvula-máscara e laringoscopia, da disponibilidade de material adequado (para um eventual “plano B”) e
da condição clínica do paciente. Basicamente, em situações de urgência, quando o paciente estiver cooperativo com drive respiratório preservado, e alguma dificuldade da
ventilação ou laringoscopia for antecipada, é preferível tentar a intubação acordada. Em todas as outras situações, a preferência é pela SRI. Idealmente, em um paciente sem
dificuldade antecipada, a SRI ocorre na seguinte progressão: inicia-se com a preparação habitual do checklist para laringoscopia, garantindo pré-oxigenação com O2 a 100%
por 3 a 5 minutos. Em seguida, após otimização da oxigenação, é importante garantir a estabilidade hemodinâmica do paciente - é aqui que entram os agentes pré-
tratamento (ou pré-laringoscopia). Quando existe preocupação com hipertensão, pode ser utilizado analgésico opióide, mais comumente o fentanil, para inibição da
estimulação simpática da intubação. Na outra ponta do espectro, pode ser também utilizada solução salina 10-20 ml/kg (quando o paciente encontra-se desidratado) ou droga
vasoativa para prevenir hipotensão pós-sedação. No momento da indução, administramos sequencialmente um indutor hipnótico (os mais usados são: midazolam, etomidato,
quetamina e propofol) e um bloqueador neuromuscular (geralmente rocurônio ou succinilcolina), garantindo inconsciência e relaxamento da musculatura, para facilitar ao
máximo a boa visualização da glote e posicionamento do tubo. Após a intubação a localização do tubo deve ser confirmada, preferencialmente por capnografia, e então
iniciam-se os cuidados pós-intubação. Dito isso, vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. Como vimos, se o paciente possui via aérea difícil a chance de precisar
ventilar com ambu é grande e, com isso, aumenta o risco de broncoaspiração. Portanto, nestes casos, a intubação acordada é mais indicada. Letra B: incorreta. Nos pacientes
que não toleram apneia (ex: hipoxemia severa e acidose metabólica grave), o uso de bloqueador neuromuscular é indesejável e a técnica acordada é preferida. Letra C:
correta! A lista de efeitos adversos da succinilcolina é extensa e inclui fasciculações, hipercalemia (mais importante em grandes queimadura, sepse grave e imobilização
prolongada), bradicardia e espasmo do masseter (nesse último caso, deve-se associar bloqueador neuromuscular não despolarizante se a laringoscopia for prejudicada). Letra
D: incorreta. O etomidato é considerado o agente hipnótico de primeira escolha nos pacientes com instabilidade hemodinâmica. Letra E: incorreta. Quando bem indicada, a
SRI reduz o risco de broncoaspiração porque não há necessidade de ventilação com pressão positiva. Resposta: letra C.

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63 - 2022 UFMT

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O estudo das vias biliares através de colangiorressonância, por exemplo, só deve realizado quando o paciente apresenta
alto risco para coledocolitíase (icterícia, elevação de bilirrubinas à custa de bilirrubina direta ou elevação das enzimas canaliculares). Letra B: incorreta. De acordo com a 20ª
edição do Sabiston, diante de um paciente com hipertensão controlada e tabagista, os exames essenciais no pré-operatório são eletrocardiograma, eletrólitos e função renal.
Letra C: incorreta. A cirurgia sem necessidade de exames complementares deve ser somente nos pacientes sem comorbidades com menos de 45 anos de idade. Letra D:
correta. Critério de Lee com classe III representam um risco cardíaco intermediário e, por isso, devemos lançar mão de testes não-invasivos, como o teste de esforço, por
exemplo. Resposta: letra D.

64 - 2022 UFMT

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. A primeira fase é a fase inflamatória, onde ocorre a hemostasia e a inflamação propriamente dita da ferida. Dentre as células
inflamatórias, as primeiros a chegarem são os neutrófilos, estes têm como papel principal controle da contaminação da ferida. Letra B: incorreta. O surgimento de fístula está
principalmente associado à técnica incorreta, presença de inflamação local e desnutrição. O uso de drenos não previne o aparecimento de fístulas. Letra C: incorreta. Quando
houver utilização de prótese (ex: tela), o antibiótico profilático deve se estender por 24 horas. Letra D: incorreta. É justamente o oposto, o uso crônico do corticoide, por ser
um imunossupressor, aumenta o risco de infecção de sítio cirúrgico, bem como de deiscência da ferida operatória. Resposta: letra A.

65 - 2022 HUBFS/HUJBB

» Vamos avaliar as alternativas: A- Incorreta: Esta seria a técnica de Bassini, a técninca de Shouldice ;e feita através da imbircação dos músculos da parede posteiror, feita em
4 camadas de suturas. B- Incrreta: A banca acabou trocando as técnicnas. Descreveu Bassini em Shouldice e, esta naquela. C- Incorreta: Na técnica de Mc Vay sutura-se o
tendão conjunto ao ligamento de Cooper, sendo uma abordagem anterior. D- Correta e E incorreta: Descrição correta da técnica de Lichtenstein, que é a técnica anterior mais
utilizada. Atenção pois o ponto de maior recidiva é junto ao pubis. No entanto, é a técninca anterior com menores taxas de recidiva. Resosta: Letra D.

66 - 2022 HUBFS/HUJBB

» Vamos aproveitar para relembrar a classificação de Nyhus: Tipo I - hérnia indireta com anel inguinal interno normal (< 2 cm); Tipo II - hérnia indireta com anel inguinal interno
dilatado (> 2 cm); Tipo III - hérnia com destruição da fáscia transversal do triângulo de Hasselbach, também conhecido como a parede posterior do canal inguinal. Esta
categoria pode ser subdividida em: IIIA - hérnia direta; IIIB - hérnia indireta; IIIC - hérnia femoral. Tipo IV - hérnia inguinal recidivada. Podendo ser subdividida em: IVA - hérnia
direta; IVB - hérnia indireta; IVC - hérnia femoral; IVD - hérnia mista. Como vimos, a hérnia do tipo IIIB é aquela hérnia indireta com destruição da parede posterior. Resposta:
letra E.
67 - 2022 AMRIGS

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. Não é porque o paciente apresenta diabetes que ele não deve mais ser submetido a nenhum procedimento cirúrgico
eletivo. Só devemos suspender o procedimento eletivo quando o paciente está descompensado. Letra B: incorreta. Independente do tipo (1 ou 2), o que aumenta o risco de
infecção é a descompensação do diabetes. Letra C: incorreta. Diante de um procedimento cirúrgico de emergência, o mais importante é realizar o procedimento em si,
independente da compensação do diabetes. Portanto, não devemos postergar o tratamento cirúrgico (já que é de emergência) para realizar a compensação de qualquer
comorbidade. Letra D: incorreta. Quanto mais alto os níveis hiperglicêmicos, ou seja, quanto maior a descompensação, maior será o risco de infecção. No entanto, mesmo em
um paciente compensado, o diabetes continua sendo um fator de risco independente. A diabetes mellitus mesmo compensada pode prejudicar o processo de cicatrização por
diversos mecanismos: oclusão de grandes vasos; microangiopatia levando à isquemia e infecção; neuropatia levando a traumas de repetição no local da ferida; espessamento
da membrana basal que também leva ao prejuízo da perfusão local. Portanto, independente da compensação, a diabetes por si só é um fator de risco para infecção do sítio
cirúrgico e, por esse motivo, a questão deveria ter sido anulada. Resposta: letra D.

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68 - 2022 AMRIGS

» Questão que, sem dúvidas, deveria ter sido anulada! Estamos diante de um paciente hígido, de 40 anos de idade que será submetido a uma cirurgia para correção de hérnia
inguinal. O próprio Sabiston, referência bibliográfica deste concurso, diz que em pacientes hígidos com menos de 45 anos de idade que serão submetidos a um procedimento
de baixo risco, não há necessidade de nenhum exame adicional. Vamos ver como esta referência organiza a solicitação em função das faixas etárias: Abaixo de 45 anos: sem
necessidade de exame adicional; Entre 45-54 anos: eletrocardiograma (ECG) somente para homens; Entre 55-70 anos: ECG + Hemograma; Acima de 70 anos: ECG +
Hemograma + Ureia/Creatinina + Eletrólitos + Glicose; Vale ressaltar que em mulheres em idade reprodutiva, devemos sempre soliciar um β-hCG urinário. Portanto, a
questão deveria ter sido anulada.

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69 - 2022 AMRIGS

» De acordo com as orientações do Código de Ética Médica, o termo de consentimento do procedimento deve constar: - Justificativas; - Objetivos esperados; - Benefícios; -
Riscos; - Efeitos colaterais; - Complicações e/ou sequelas; - Duração; - Cuidados; - Aspectos específicos em relação à execução. Lembrando que este documento tem a
finalidade de obter o consentimento livre e a decisão segura do paciente em relação ao procedimento realizado. Resposta: letra D.

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70 - 2022 SES - PE

» A cirurgia robótica veio para revolucionar mais uma vez o mundo da cirurgia com inúmeras vantagens, quando comparada a videolaparoscopia, mas também com algumas
desvantagens. Vamos conhecê-las? VANTAGENS - Efeito tridimensional (possibilitado pelo uso de 2 câmeras); - Ausência de efeito fulcro (compensação pelo software); -
Liberdade e estabilização do instrumental (compensação pelo software); - Possibilidade de cirurgia remota (a cirurgia pode ser realizada ON-LINE); - Maior ergonomia
(cirurgião sentado). Obs: efeito fulcro é a sensação de movimento invertido da imagem, por exemplo: colocamos a mão para baixo e a pinça vai para cima, como na imagem
em anexo. DESVANTAGENS - Necessidade de treinamento adicional; - Aumento do custo e tempo cirúrgico; - Risco de falhas do sistema / mecânicas; - Total ausência de
sensação tátil. Visto isso, vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Como vimos, o cirurgião(a) pode operar sentado. Letra B: correta. Existem 2 câmeras que fornecem
uma visão 3D para o operador do robô. Letra C: correta. As mãos controlam as pinças e os pés a câmera. Letra D: incorreta. O software não é capaz de fornecer sensação
tátil. Letra E: correta. As pinças têm uma maior amplitude de movimentos, o que propicia a realização de procedimentos mais complexos e antes impossíveis. Resposta: letra
D.

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71 - 2022 AMRIGS

» Questão díficil e ao mesmo tempo interessante! A anestesia geral não está associada a uma evolução mais segura por causa do seu uso (A - Incorreta). Já o uso de materiais
adequados é uma medida essencial, sem dúvidas, promove segurança para a cirurgia, mas é uma medida necessária em toda cirurgia e dentre as descritas não é a
responsável por propiciar a evolução mais segura (C - Incorreta). O mesmo vale para a sala de recuperação com cama elétrica, faz parte de um contexto com maior
segurança para o paciente, mas também não é a medida que promove a evolução pós-operatória com maior segurança (D - Incorreta). Sem dúvidas, dentre as alternativas
descritas, aquela que promove a evolução mais segura para o paciente é transmissão corretas das informações. Em relação ao paciente e seus familiares, informação a
respeito dos cuidados operatórios, informação a respeito das medidas para abreviar a recuperação pós-operatória e também sobre o reconhecimento de sinais clínicos
esperados e alarmantes no contexto daquele tipo cirurgia. Em relação à equipe, informações corretas no checklist de cirurgia segura, informação em relação aos cuidados por
parte da equipe multidisciplinar, cuidados imediatos e ao longo da internação. Portanto, a informação é aquele fator que está mais associado a uma evolução pós-operatório
mais segura do nosso paciente. Resposta: letra B.

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73 - 2022 AMRIGS

» O avental, também conhecido como capote, é um dos itens da paramentação de um procedimento estéril. Portanto, o uso do avental é obrigatório durante a cirurgia ou outro
procedimento estéril, logo, deve ser utilizado desde o momento do início da cirurgia. A partir do vestiário, dentro do bloco cirúrgico ou mesmo na condução do paciente à sala
de recuperação, a vestimenta necessária é a roupa privativa ("pijama cirúrgico"). Resposta: letra C.

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74 - 2022 UFSC

» Vamos aproveitar para recapitular a classificação de Nyhus: Tipo I - Hérnia indireta com anel normal (< 2 cm); Tipo II - Hérnia indireta com anel inguinal interno dilatado (> 2
cm); Tipo III - Hérnia com defeito na parede posterior e esta categoria pode ser subdividida em: IIIA - Direta; IIIB - Indireta; IIIC - Femoral. Tipo IV - Hérnia recidivada e também
pode ser subdividida em: IVA - Direta; IVB - Indireta; IVC - Femoral; IVD - Mista. A questão nos pede qual é o tipo IVC e, sem dúvidas, trata-se de uma hérnia recorrente
femoral. Resposta: letra C.

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75 - 2022 AMRIGS

» Existem dois grupos de anestésicos locais: As aminoamidas (lidocaína, bupivacaína, ropivacaína, etidocaína, mepivacaína, sendo estes dois últimos muito pouco utilizados) e
os aminoésteres (tetracaína, benzocaína, procaína, cloroprocaína, cocaína). Essas drogas bloqueiam os canais de Na+, impedindo a propagação do impulso nervoso. No
entanto, para realizar seu efeito, elas precisam bloquear esses canais pelo lado de dentro da célula. Como não há transporte celular para esses fármacos, eles precisam ser
lipossolúveis para atravessar a membrana celular. Gabarito: letra A.

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76 - 2022 SES - PE

» A questão solicita qual das alternativas não faz parte do ERAS, um protocolo multimodal em cirurgia para aceleração da recuperação pós-operatória. O ERAS (Enhanced
Recovery After Surgery) é o mais conhecido no mundo, mas no Brasil temos o protocolo ACERTO (Acelerando a Recuperação Total pós-operatória). Estes protocolos possuem
uma série de medidas que têm o objetivo de diminuir o tempo de internação dos pacientes após uma cirurgia e diminuir custos hospitalares através de uma abordagem
integrada e multidisciplinar. Veja os principais pontos discutidos no ACERTO: 1- Auditoria em cirurgia: Com a produção de dados próprios de cada serviço; 2- Informação pré-
operatória ao paciente e seus familiares; 3- Terapia nutricional perioperatória e avaliação nutricional; 4- Jejum pré-operatório reduzido. Líquidos claros: 2 horas; leite materno
e fórmula infantil: 4 horas; leite não materno: 6 horas; sólidos: 6 a 8 horas; 5- Realimentação precoce no pós-operatório: dieta no mesmo dia da cirurgia em casos sem
complicações; 6- Não realizar preparo de cólon rotineiramente; 7- Redução de fluidos endovenosos, não ultrapassando 30 mL/Kg/dia; 8- Uso racional de sondas e drenos,
devendo ser evitados de rotina; 9- Uso racional de antibióticos; 10- Analgesia escalonada e preventiva no pós-operatório tentando-se evitar opióides sistêmicos; 11-
Prevenção de náuseas e vômitos com uso de procinéticos no pós-operatório imediato; 12- Mobilização ultraprecoce no pós-operatório. Outros pontos abordados no ERAS
incluem: controle glicêmico pré-operatório; associação de anestesia epidural para controle da dor pós-operatório (com uma dose intratecal de morfina ajudando no controle
da dor pós-operatória ou até mesmo de clonidina); prevenção de hipotermia; cirurgias minimamente invasivas (se possível); realização de exercícios respiratórios no pós-
operatório. Logo, podemos concluir que a MELHOR RESPOSTA seria a letra E, mas a letra B não foi descrita da forma como deveria (uso RACIONAL de drenos e sondas),
tornando a questão passível de recurso.

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77 - 2022 AMRIGS

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. Em cirurgias potencialmente contaminada, devemos realizar antibioticoprofilaxia e não antibioticoterapia. B) Correta. As
indicações clássicas para realização de antibioticoprofilaxia são cirurgias potencialmente contaminadas, contaminadas e no caso das cirurgias limpas, somente em exceções
como uso de próteses, imunodeprimidos ou nos sítios onde a infecção pode ser potencialmente catastrófica (neurocirurgia e cirurgia cardíaca). C) Correta. Em cirurgias
infectadas já devemos partir direto para a antibioticoterapia. D) Correta. Cirurgias contaminadas necessitam de antibioticoprofilaxia, porém, dependendo da extensão da
contaminação, estas podem ser reclassificadas em sujas (contaminação fecaloide) ou infectadas, situação que já necessita de antibioticoterapia. Gabarito: letra A.

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78 - 2022 SES - PE

» Resumidamente, a questão quer saber quais são os fios multifilamentares. Vamos relembrar? - Seda: multifilamentar, inabsorvível e orgânico; -
Algodão: multifilamentar, inabsorvível e orgânico; - Linho: multifilamentar, inabsorvível e orgânico; - Poliéster (dácron, mercilene): multifilamentar, inabsorvível e sintético; -
Vicryl (poliglactina, ácido poliglicólico): multifilamentar, absorvível e sintético; - Polipropileno (prolene): monofilamentar, inabsorvível e sintético; - Polidioxanona (PDS):
monofilamentar, lentamente absorvível e sintético; - Nylon: monofilamentar, inabsorvível e sintético; - Caprolactona (monocryl): monofilamentar, absorvível e sintético; -
Categute: multifilamentar, absorvível e orgânico. Obs: embora o categute seja um fio que, aparentemente, não apresente tranças, microscopicamente, é um fio
multifilamentar. Alguns autores o classificam como monofilamentar, mas, conceitualmente, é um fio multifilamentar. O gabarito inicialmente liberado foi a letra C, mas, como
podemos ver, a questão possui duas alternativas que respondem o enunciado: letras C e D. Dessa forma, a mesma é considerada passível de recurso.

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79 - 2022 AMRIGS

» Diante de um paciente com apendicite aguda, independente da medicação que ele utiliza, qual deve ser a conduta? Sem dúvidas, cirurgia o mais precoce possível. Devemos
suspender o AAS 7 a 10 dias antes de um procedimento eletivo, não no contexto de um procedimento de urgência. Nesta situação, o cirurgião deve ser um cuidado redobrado
em relação à hemostasia deste paciente. Portanto, a melhor conduta é realização de cirurgia imediata, lembra que a via preferencial é a via videolaparoscópica, até mesmo
porque esta abordagem minimiza os sangramentos provenientes da incisão na parede abdminal. Resposta: letra B.

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80 - 2022 UFSC

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A hérnia que contém o divertículo de Meckel é denominada hérnia de Littré. A hérnia de Spiegel é aquela que ocorre na
aponeurose de Spiegel, região da aponeurose do transverso que fica entre a linha semilunar (lateralmente) e o reto do abdome (medialmente). B) Correta. As hérnias
lombares podem ocorrer no triângulo lombar superior ou triângulo lombar inferior. A hérnia lombar superior é chamada hérnia de Grynfelt e a hérnia lombar inferior é
denominada hérnia de Petit. De fato, as mais comuns são as hérnias lombares superiores. C) Incorreta. Como vimos, a hérnia de Petit é aquela que acontece no triângulo
lombar inferior. D) Incorreta. A hérnia de Richter é aquela que ocorre pinçamento da borda antimesentérica. Já a hérnia que ocorre entre os retoabdominais e a linha
semilunar, aparecendo abaixo ou sobre a linha arqueada, é a hérnia de Spiegel. E) Incorreta. A hérnia de Littrè é aquela que contém um divertículo de Meckel, já a hérnia
encarcerada que apresenta pinçamento da borda antimesentérica intestinal é a hérnia de Richter. Gabarito: letra B.

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81 - 2022 AMRIGS

» Questão conceitual e direta! Lembra que em extremidades evitamos o uso de anestésico com vasoconstritor pelo maior risco de isquemia. Além disso, os dedos são muito
resistentes para a infiltração local com anestésico (botão anestésico). Portanto, a melhor técnica é através do bloqueio troncular do dedo. Esta técnica é feita da seguinte
forma: O bloqueio subcutâneo dos nervos digitais palmares e dorsais pode ser feito com a inserção de uma agulha de calibre 25 e 16 mm de comprimento em um ponto da
região lateral da base dorsal do dedo para infiltração de toda essa região. Em seguida, punciona-se uma das regiões laterais do dedo, sem dor, e que deve ser avançada em
direção à palma da mão e passar verticalmente ao lado da bainha do tendão flexor até que seja sentida resistência da derme palmar ou pressão em dedo ‘‘protetor’’ colocado
sob o dedo do paciente e diretamente oposto ao caminho da agulha após ser essa retirada 2-3 mm, 1 mL da solução anestésica é colocada sob a pele do lado palmar da mão
para anestesiar o nervo digital palmar e mais 1mL justamente sob o ponto de entrada da agulha para bloquear o nervo digital dorsal. Portanto, gabarito letra C.

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82 - 2022 HUBFS/HUJBB

» Questão direta. Quando pensamos em um episódio de febre no pós-operatório devemos avalair o momento de aparição desta febre. Naqueles casos mais precoces, nas
primeiras 72 horas, devemos pensar na atelectasia como grande cauda. Entre 3-5 dias, nas infecção, como as do trato urninário e pneumonia e, após este momento, ou seja,
após o quinto dia, infecções do sítio cirúrgico e fístulas. Respsota: Letra E.

83 - 2022 HCPA

» Estamos diante de um paciente idoso que será submetido a uma cirurgia de urgência para ressecção de tumor intracraniano, agora olha o detalhe, paciente tem cardiopatia
isquêmica e insuficiência cardíaca congestiva, classe III, que vinham em tratamento regular. Por este motivo, devemos escolher um agente indutor que seja o melhor do ponto
de vista hemodinâmico, pois qualquer hipotensão como efeito adverso pode descompensar de forma muito significativa as cardiopatidas do nosso paciente. Por esse motivo,
embora o proporfol seja excelente para reduzir a pressão intracraniana, o anestésico que promove menos alteração hemodinâmica durante a indução seria, de fato, o
etomidato. Gabarito: letra C.

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84 - 2022 HCPA

» Qual é a conduta mais adequada para este caso? Algumas palavras são importantes. Primeiro, estamos diante de uma cirurgia ELETIVA e veja que o enunciado deixa claro
que a ventilação sob máscara era factível e que a saturação já estava em 94%. O que fazer? Após as tentativas sucessivas de acessar a via aérea com a IOT, 3 tentativas no
caso, foram identificados sangramento e edema na via aérea, o que dificulta ainda mais uma próxima tentativa e coloca a via aérea em risco. O que fazer? Se fosse uma
situação de emergência, até poderíamos pensar em uma crico ou seguir com uma máscara laríngea. Agora em um cenário eletivo, com o paciente ventilando, NÃO. E também
não vamos tentar uma nova IOT, mesmo por um anestesista mais experiente. A cirurgia deve ser suspensa, o paciente deve ser acordado e a nova cirurgia deve ser
planejada e a IOT deverá ser feita por fibrobroncoscopia. Gabarito letra D.

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85 - 2022 HCPA

» As indicações de exames pré-operatórios variam bastante entre as diferentes fontes de estudo, mas devemos sempre avaliar sempre caso a caso, conforme a questão nos
pediu. A última edição do Sabiston trouxe algumas coisas novas em relação a isso. A famosa tabela de sugestão de exames complementares conforme idade, comorbidades e
cirurgia foi removida.
Antes tínhamos que em pacientes sem comorbidades deveríamos solicitar os seguintes exames conforme a idade: - < 45 anos: nenhum - 45-54 anos: ECG para homens - 55-
70 anos: ECG + hemograma - > 70 anos: ECG + hemograma + Ur + Cr + eletrólitos + glicose - Mulher em idade reprodutiva: beta-hCG urinário na manhã da cirurgia
Entretanto, no que diz respeito à avaliação cardiovascular pré-operatória, a última versão reforça que o objetivo principal é ser cada vez mais racional, evitando a solicitação
de exames em pacientes cujo teste não vai mudar em absolutamente nada sua conduta. Como assim? Se um paciente masculino de 46 anos sem comorbidades e sem
história familiar de doença cardiovascular vai fazer uma cirurgia de hérnia inguinal pra que solicitar um ECG a ele? É um procedimento de baixo risco, em paciente sem
comorbidades ou história de doença cardiovascular. A idéia da avaliação pré-operatória não é buscar doenças não diagnosticadas, mas sim encontrar doenças que necessitem
mudança de conduta antes da cirurgia. E isso não aconteceria neste caso, assim como em muitos casos que solicitamos exames com base na recomendação anterior. Então
esta nova versão sugere que olhemos cada caso separadamente, mas que consideramos mais o risco do procedimento do que a idade do paciente. Devemos considerar se a
cirurgia é de baixo risco, intermediário ou alto (tabela em anexo). Em geral, procedimentos de baixo risco não requerem avaliação cardíaca pré-operatória. Por outro lado,
para todos os outros procedimentos, de médio, alto risco ou procedimentos vasculares, o Sabiston sugere avaliar ECG para pacientes sem comorbidades. Caso o paciente
apresente queixas cardiovasculares como dispneia de origem desconhecida ou história pregressa de doença coronariana, deve ser solicitado ecocardiograma com pelo menos
um ano antes do procedimento ou um novo caso tenha havido mudança clínica desde o último. Para pacientes que serão submetidos a procedimentos de alto risco e com
baixa capacidade funcional (< 4 METs) ou capacidade funcional desconhecida com pelo menos três fatores de risco, deve ser indicado teste ergométrico com imagem
cardíaca (cintilografia miocárdica, por exemplo). E caso o paciente não consiga completar o teste, prosseguir investigação com ecocardiograma de estresse com teste
farmacológico induzido. Diante destas novidades, vamos avaliar as alternativas. Letra A: incorreta. Procedimento de baixo risco em paciente jovem e sem comorbidades,
sem indicação de avaliação cardiovascular. Letra B: incorreta. A postoplastia é o mesmo procedimento que a postectomia, um procedimento de baixo risco que pode ser
realizado sob anestesia local com sedação. E por mais que o paciente apresente comorbidades, não há nenhuma que indique avaliação cardiovascular. Letra C: correta. A
duodenopancreatectomia é uma cirurgia considerada de alto risco. Neste caso deve-se considerar a avaliação cardiovascular. Letra D: incorreta. Por mais que esta paciente
apresente doença cardiovascular, ela está estratificada com ecocardiograma há 6 meses e se mantem assintomática. Além disso, será submetida a um procedimento
endoscópico considerado de baixo risco. Logo, também não indica avaliação cardiovascular. Resposta: letra C.

86 - 2022 HUOL

» Os Eventos Graves Reportáveis pelo Fórum Nacional de Qualidade (FNQ) são: - Cirurgia ou outro procedimento invasivo realizado no local errado; - Cirurgia ou outro
procedimento invasivo realizado no paciente errado; - Procedimentos invasivo, cirúrgico e outros errados realizados em um paciente; - Retenção não intencional de um objeto
estranho em um paciente após a cirurgia ou outro procedimento invasivo; - Morte em intra e pós-operatório imediato de pacientes ASA 1 . Agora vamos analisar as assertivas:
I. Incorreta. Seria apenas em ASA 1. II. Correta. O erro na topografia da cirurgia faz parte da lista de Eventos Graves Reportáveis. III. Incorreta. Seria retenção não intencional.
IV. Correta. Este também é um erro reportável segundo o Fórum Nacional de Qualidade. Corretas: II e IV. Gabarito: letra A.

87 - 2022 HUOL

» Vamos analisar as alternativas: A) Correta. A hérnia do tipo I é a hérnia inguinal indireta com anel interno normal, já a do tipo II é aquela hérnia indireta que apresenta um
anel inguinal interno alargado. B) Incorreta. A hérnia IIIA é uma hérnia direta com comprometimento do assoalho, ou seja, com defeito na parede posterior. C) Incorreta. A IIIB
é indireta com comprometimento do assoalho. D) Incorreta. A do tipo IIIC é uma hérnia femoral com defeito no assoalho. Gabarito: letra A.

88 - 2022 HUOL

» Vamos analisar as assertivas: I - Correta. O nosso paciente está irresponsivo, ou seja, não apresenta resposta ocular, verbal ou motora aos estímulos verbais ou aos estímulos
pressóricos, portanto, glasgow de 3 pontos (1 + 1 + 1). II - Incorreta. A manobra que foi realizada foi a de Chin-lift, manobra de elevação do mento. A manobra de Jaw-Thurst
é a manobra de protusão da mandíbula. III - Correta. Se podemos ver os pólos inferiores das amigídalas, podemos ver completamente o palato mole, portanto, estamos sim
diante de um Mallampati I (Imagem em anexo). IV - Incorreta. A intubação foi realizada de forma correta, pois a ausculta pulmonar permite evidenciar o murmúrio vesicular
em ambos os campos pulmonares e a ausência de ausculta de borborigmos no epigástrio. Corretas: I e III. Gabarito: letra A.
89 - 2022 PSU - MG

» Questão direta sobre o uso de antibiótico profilático em procedimentos cirúrgicos. A escolha do antibiótico deve ser direcionado de acordo com o sítio cirúrgico. Os cocos
gram-positivos, especialmente o S. aureus, são os mais comuns. Por isso, as cefalosporinas de primeira geração (cefazolina) são indicadas em procedimentos de partes moles,
gastroduodenais e cirurgias hepatobiliares. Nas cirurgias em íleo terminal, cólon e reto, precisamos de cobertura também para gram-negativos e anaeróbios. Nestes casos,
devemos utilizar uma cefalosporina de segunda geração (cefoxitina), ou uma combinação de cefalosporina de primeira geração com metronidazol. Em alternativa, pode
também ser indicada ampicilina com sulbactam. O antibiótico deve ser administrado 60 min antes da incisão cirúrgica, e deve ser repetido de acordo com sua meia-vida e
duração do procedimento. Devido ao foco do uso profilático de antibiótico ser a prevenção da infecção de sítio cirúrgico, deve ser utilizado o antibiótico conforme os germes
mais comuns no sítio envolvido. Não recomenda-se utilização de antibióticos de amplo espectro para tal uso. Em hospitais onde há elevada incidência de MRSA, quando
indicada, a antibioticoprofilaxia deve incluir a Vancomicina, que deve ser administrada 2 horas antes do procedimento. Resposta: letra A.

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90 - 2022 AMP

» Paciente no 9o dia de pós operatório de uma colectomia parcial de cólon abre quadeo de dor e distensão abdominal. Está desidratado e hipocorado, com abdome globoso,
flácido e hipertimpânico e doloroso difusamente. No que devemos pensar? Repare que o paciente não apresenta nenhum quadro de PERITONITE instaurada. Mas sim de um
íleo paralítico prologado, o que pode ser justificado por alterações hidroeletrolíticas, uso de analgésicos, fístulas, entre outras. A- Incorreta: como vimos, apesar de não ser o
provável diagnóstico, a fístula não pode ser descartada. A ocorrência de uma fístula é mais comum por volta do 5-7o dia de pós operatório, mas pode acontecer de maneira
precoce e até mesmo semanas após. B- Incorreta: o exame de imagem mais indicado seria uma tomografia computadorizada de abdome. C- Incorreta: MUITA ATENÇÃO! Um
pequeno pneumoperitônio RESIDUAL no pós operatório pode sim ser identificado e ISSO não é uma indicação de perfuração de qualquer segmento e muito menos indica a
abordagem cirúrgica, mas sim um acúmulo RESIDUAL da visita cirúrgica ao peritônio. D- Correta: Como vimos, esta é uma das possibilidades e os distúrbios hidroeletrolíticos
e ácido-básico devem ser corrigidos. E- Incorreta: o edema não é causa comum de obstrução. Ainda mais após 9 dias de cirurgia. Gabarito letra D.

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91 - 2022 HCG

» Sobre as hérnias em crianças: Vamos lembrar que o tipo clássico na infância são as inguinais INDIRETAS (defeito congênito) e que o risco de encarceramento é elevado, por
isso a cirurgia sempre deve ser indicada. Como não há defeito da parede posterior, na população pediátirca seu reforço não deve ser realizado rotineiramente. Ou seja, não
devemos aguardar a resolução espontânea tal qual nas hérnias umbilicais. Gabarito letra A.

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92 - 2022 HOS

» Questão que nos pede a definição de hérnia inguinal por deslizamento. Uma hérnia inguinal por deslizamento nada mais é do que uma hérnia inguinal que contém uma
víscera dentro do saco herniário, geralmente, esta é uma víscera extraperitoneal. Justamente por estar fora do saco peritoneal, esta víscera desliza com mais facilidade para o
saco herniário. Os órgãos mais associados a este tipo de hérnia são o cólon, sendo o sigmoide mais associado às hérnias por deslizamento à esquerda e o ceco juntamente
com o apêndice mais associados às hérnias à direita, e a bexiga, que pode herniar dos dois lados. Portanto, a melhor definição, sem dúvidas, esta descrita na alternativa
B. Gabarito: letra B.

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93 - 2022 ABC

» Analisando-se as assertivas apresentadas pela questão: - Letra A: correta. Além disso, seu efeito costuma durar até 5 minutos. A dose sedativa do etomidato, em adultos, é
0,2-0,3 mg/kg. - Letra B: incorreta. A duração do efeito da quetamina é de 5 a 10 minutos (efeito anestésico). Sua ação tem início 30 segundos após a injeção. - Letra C:
incorreta. Geralmente o fentanil é utilizado antes da indução, justamente para diminuir complicações relacionadas à intubação. - Letra D: incorreta. Existem outros sedativos
que também alcançam a sedação desejada (propofol, quetamina, etomidato). O midazolam geralmente é utilizado em pacientes que serão sedados por longo tempo
(especialmente epilépticos). - Letra E: incorreta. A quetamina e a dexmedetomidina também são capazes de causarem esses efeitos. Resposta: letra A.

94 - 2022 UNITAU

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95 - 2022 UNITAU

» Hérnia Nyhus IIIA: Direta; Qual o tratamento? A e E: Incorretas: a técnica padrão-ouro (de Lichtenstein) utiliza tela no espaço pré-aponeurótico; B: Correta: O local mais
comum de recidiva é junto ao tubérculo púbico; C: Incorreta: a técnica de Stoppa utiliza tela no espaço pré-peritoneal; D: Incorreta: como já dito, a recidiva ocorre mais
comumente junto ao púbis. Respsota: Letra B.

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96 - 2022 HIS

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. O nosso paciente tem elevado risco cardivascular, pois ele não consegue atingir atividades de pelo menos 4 METs, vamos
lembrar que subir um lance de escadas seria uma atividade de 4 METs. O nosso paciente em questão não consegue subir 4 degraus sem cansar, logo, atinge menos do que 4
METs. B) Incorreta. Estamos diante de um paciente ASA III, repara que o nosso paciente apresenta comorbidades que limitam a sua capacidade, mas não o incapacitam. C)
Correta. O paciente, de fato, é um paciente de alto risco, pois ele não atinge 4 METs, apresenta dispneia aos esforços e, portanto, necessita de uma avaliação cardíaca mais
criteriosa antes da liberação para a cirurgia. D) Incorreta. Como vimos, o nosso paciente seria um ASA III. Um paciente ASA IV seria aquele com uma condição que é
incapacitante e uma ameaça constante à vida (ex: angina instável). E) Incorreta. O nosso paciente cansa ao subir quatro degraus de escada. Portanto, ele não consegue
atingir 4 METs. Gabarito: letra C.
97 - 2022 SMS - SP

» Vamos analisar as alternativas:A) Incorreta. A hérnia direta é medial aos vasos epigástricos inferiores, porém a mais comum é a hérnia indireta.B) Incorreta. Independente do
sexo, as mais comuns são as hérnias inguinais indiretas. C) Incorreta. As hérnias causadas pela fragilidade na parede posterior são as hérnias diretas. D) Incorreta. O
estrangulamento é a complicação mais grave das hérnias, mas ocorre em menos de 5% das hérnias.E) Correta. De fato, as hérnias diretas são mais raras nas mulheres e,
como vimos, as hérnias indiretas são as mais comuns, independente do sexo. Gabarito: letra E.

98 - 2022 HIS

» As hérnias femorais são responsáveis por < 10% de todas as hérnias na virilha. No entanto, embora sejam o tipo menos comum, 40% se apresentam como emergências com
encarceramento ou estrangulamento. Estão localizadas inferiormente ao ligamento inguinal e se projetam através do anel femoral. A correção cirúrgica eletiva precoce é
indicada porque estão associadas a um alto risco de complicações. A técnica de McVay é o reparo que pode ser utilizado para tratamento dessas hérnias. Essa técnica
envolve a incisão da fáscia transversal na região do triângulo de Hesselbach para entrar no espaço pré-peritoneal e expor o ligamento pectíneo (ligamento de Cooper), que
será suturado ao tendão conjunto. Gabarito: letra B.

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99 - 2022 FMJ

» Durante uma inguinotomia por hérnia estrangulada em que houve necrose, perfuração e contaminação local, sabemos que a utilização de tela é contraindicada devido às
maiores taxas de infecção associada a mesma e piora da morbimortalidade relacionada ao procedimento. Logo, temos que a técnica padrão-ouro para hernioplastia inguinal
de Lichtenstein não poderá ser utilizada. Então precisamos recorrer às técnicas com reparos teciduais sem uso de tela sintética. Vamos relembrar das técnicas analisando as
alternativas. Letra A: incorreta. A técnica de Bassini foi a precursora da técnicas sem tela. O reforço da parede posterior é feito com sutura do músculo transverso do
abdome e da aponeurose do músculo oblíquo interno com o ligamento inguinal. Entretanto, há outras técnicas que, quando realizadas em serviços com mais experiência,
conferem menor recorrência. Letra B: incorreta. A técnica de Rives-Stoppa é uma técnica de reparo com abordagem posterior, na qual realizamos o implante de tela no
espaço pré-peritoneal. Mas como é uma técnica que utiliza tela, também não deve ser aplicada em nosso caso. Letra C: correta. A técnica de Shouldice baseia o reforço da
parede posterior na imbricação de múltiplas camadas. Realizamos sobreposição de linhas de sutura desde a camada mais profunda até as camadas superficiais do canal
inguinal. Inicia-se com a sutura do arco aponeurótico transverso do abdome ao trato iliopúbico. Em seguida, os músculos oblíquo interno e transverso do abdome e as
aponeuroses são suturados ao ligamento inguinal. Apresenta baixa taxa de recorrência quando realizado em centros especializados. É, portanto, nossa técnica de escolha
para este caso. Letra D: incorreta. A técnica de Lichtenstein é a correção e reforço da parede posterior com tela sintética. Logo, não deve ser utilizada neste caso. Letra E:
incorreta. A técnica de Andrews foi desenvolvida após a técnica de Bassini modificada já propondo a imbricação de múltiplas camadas na correção da hérnia inguinal,
semelhante à técnica de Shouldice. Também é uma técnica sem tela, mas com eficácia inferior à técnica de Shouldice. Resposta: letra C.

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100 - 2022 SMS - SP

» A taxa de infecções de sítio cirúrgico podem ser reduzida com a realização de algumas medidas como: manutenção de normotermia durante o intraoperatório, controle
glicêmico com níveis de glicemia no pós-operatório menores que 200 mg/dL, evitar o hábito de fazer a tricotomia na véspera do procedimento e com uso de lâmina e caso
este procedimento seja necessário executar logo antes da incisão cirúrgica com uso de aparelhos específicos chamados de tricotómos reduzindo significativamente a
escarificação da pele. Em cirurgias consideradas potencialmente-contaminadas, contaminadas ou infectadas, o uso profilático de antibióticos tem papel em reduzir a taxa de
infecções de sítio cirúrgico no pós-operatório, no entanto, isto de maneira geral não se aplica às cirurgias limpas. Quando indicado, o antibiótico profilático deve ser
administrado dentro de uma hora antes da incisão cirúrgica, geralmente na indução anestésica. Na maioria das cirurgias utilizamos com antibiótico profilático uma
cefalosporina de 1ª geração, entretanto, na presença de pacientes alérgicos habitualmente o antibiótico profilático utilizado costuma ser a clindamicina, não quinolonas.
Gabarito: letra A.

101 - 2022 SCMSJC

» A questão pede um fio MONOFILAMENTAR e ABSORVÍVEL. Vamos analisar as alternativas:Letra A: correta. A polidioxanona, também conhecido simplesmente como PDS, é um
fio monofilamentar e absorvível, para sermos mais preciso ele é categorizado como um fio lentamente absorvível, por isso que ele pode ser utilzado com tranquilidade para a
realização de uma sutura vascular.Letra B: incorreta. A poliglactina (Vicryl), embora seja um fio absorvível, é um fio MULTIFILAMENTAR. Letra C: incorreta. O polipropileno
(Prolene) é monofilamentar e INABSORVÍVEL.Letra D: incorreta. O poliéster é MULTIFILAMENTAR e INABSORVÍVEL.Resposta: letra A.

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102 - 2022 HIS

» Questão sobre complicações pós-operatórias. Vamos analisar o caso: Paciente de 45 anos que apresenta, após correção de hérnia umbilical com colocação de tela, pequeno
abaulamento com saída de líquido claro, sem sinais flogísticos. Ora, trata-se, provavelmente, de um caso de seroma - uma complicação pós-operatória frequente. Nessa
situação, ocorre acúmulo de líquido seroso na ferida. Pode ocorrer abaulamento e vazamento de líquido. O diagnóstico é clínico, embora a ultrassonografia possa ajudar. Para
o tratamento de seromas pequenos e não infectados, geralmente o tratamento consevador, a drenagem estéril e o curativo compressivo são suficientes. A infecção
geralmente revela-se acompanhada de sinais de flogose e, nos casos de deiscência, verifica-se a saída de um líquido roseo salmão em grande quantidade (isso ocorre
geralmente entre 4 e 14 dias após o procedimento). Resposta: alternativa C.

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103 - 2022 SCMSJC

» Vamos analisar as alternativas:Letra A: correta. De acordo com o Projeto ERAS/ACERTO, em relação ao consumo de leite materno, o tempo de jejum antes do procedimento
cirúrgico deve ser de quatro horas.Letra B: incorreta. Líquidos enriquecidos com carboidrato (maltodextrina) devem ser suspensos 2 horas antes do procedimento. Por isso,
que o Projeto ACERTO recomenda fortemente o uso desta solução antes das cirurgias, visando abreviar o jejum, otimizar a nutrição e hidratação do paciente.Letra C:
incorreta. Dietas leves podem ser oferecidas até 6 horas antes da cirurgia. Letra D: incorreta. Alimentos mais sólidos ou gordurosos exigem tempo de 8 horas de
jejum. Resposta: letra A.

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104 - 2022 IOVALE

» Questão um pouco específica, que solicita interações entre relaxantes musculares e antibióticos. Segundo alguns estudos, existem interações importantes entre alguns
aminoglicosídeos e alguns bloqueadores neuromusculares. Alguns estudos evidenciaram que a presença de níveis séricos elevados de gentamicina (garamicina) associados a
alguns fármacos bloqueadores neuromusculares resultou numa reversão retardada da paralisação muscular. Por esse motivo, evita-se, geralmente, o uso desses
aminoglicosídeos associados a relaxantes musculares. Resposta: letra D.

105 - 2022 SCMSJC

» Estamos diante de um paciente que será submetido a uma enterectomia eletiva com anastomose promária e colocação de dreno, ou seja, é uma cirurgia potencialmente
contaminada. Em cirurgias potencialmente contaminadas, a antibioticoprofilaxia deve contemplar apenas o período operatório, só deveríamos prolongar por mais tempo (ex:
24 horas), se houvesse colocação de prótese sintética, o que não é o caso. E a antibioticoterapia só deve ser feita nas cirurgias infectadas. Resposta: letra C.

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106 - 2022 ABC

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Não só as fístulas do intestino grosso, mas a grande maioria das fístulas de alto débito podem ser manejadas com dieta
enteral ou mesmo oral, desde que sejam com baixo teor de resíduos, exceto as fístulas intestinais altas. Lembra que as fístulas altas são aquelas que acontecem acima do
ângulo de Treitz, já as fístulas baixas ocorrem abaixo deste ângulo. As dietas com baixo teor de resíduos são aquelas que deixam o mínimo teor de resíduo no interior do
intestino, quanto mais resíduo, ou seja, quanto mais alimento não digerido no interior da luz do intestino maior pressão intraluminal e mais difícil será o fechamento desta
fístula. Letra B: incorreta. A dieta oral em fístulas altas podem provocar aumento importante do débito e dificultar o fechamento espontâneo das mesmas. Letra C: incorreta.
Quando mais alto o débito e quanto mais curto o trajeto da fístula, maior será a pressão no interior da fístula, o que prejudica o fechamento espontâneo. Letra D: incorreta.
Não é uma conduta de rotina, as fístulas devem ser manejadas individuamente de acordo com o seu débito, trajeto e topografia do trato gastrointestinal. Letra E: incorreta.
Em pacientes instáveis, a perfusão intestinal está prejudicada, não devemos, portanto, realizar a administração por esta via. Nestes casos, a via de escolha é a parenteral.
Resposta: letra A.

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107 - 2022 IOVALE

» A lidocaína é comumente utilizada em diversos procedimentos. Isso é explicado pelo fato desse anestésico local possuir menor toxicidade, além de apresentar efeito de curta
duração e baixo custo. Deve-se, entretanto, se atentar para a dosagem máxima da substância pelo risco de toxicidade. As doses máximas da lidocaína são: 4,5-5 mg/kg,
quando não associada à epinefrina; 5-7 mg/kg quando associada à epinefrina. Embora a questão não afirme sobre a associação do anestésico com o vasoconstrictor,
inferimos que a pergunta aborda o anestésico em sua formação pura. Resposta: alternativa C.

108 - 2022 USCS

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. Diante de pacientes graves, anêmicos e desnutridos, devemos evitar a realização de uma anastomose primária, pois o risco
de fístulas e deiscência é muito alto. Neste caso, é mais prudente realizar uma ostomia provisória. Letra B: incorreta. Nem sempre, se a fístula for de baixo débito e estiver
bem orientada, não há necessidade de tratamento cirúrgico. Letra C: incorreta. Quando mais proximal, maior a pressão intra-luminal e pior o prognóstico para o fechamento
espontâneo das fístulas. Letra D: correta. Todos estes fatores prejudicam o fechamento das fístulas. A suboclusão distal e o alto débito aumento a pressão na luz do intestino.
Já as fístulas labiadas, desnutrição e doenças inflamatórias prejudicam diretamente o processo de cicatrização. Resposta: letra D.

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109 - 2022 HMASP

» Questão que gera alguma discussão e que deveria ter sido anulada. Veja que o enunciado fala: A hérnia inguinal indireta com parede posterior preservada corresponde?
Neste caso poderíamos pensar tanto em Nyhus I como II. Vamos lembrar da classificação! Tipo I: Hérnia indireta com anel inguinal profundo normal (até 2 cm). Tipo II: Hérnia
indireta com anel inguinal interno alargado, porém com parede posterior preservada. Tipo III: Defeito na parede posterior: A - Hérnia direta; B - Hérnia indireta com
alargamento do anel interno e destruição da parede posterior (mista); C - Hérnia femoral. Tipo IV: Hérnias recidivadas: A - Direta; B - Indireta; C - Femoral; D - Mistas ou
combinadas. A banca liberou como gabarito a letra B e, de fato é uma das possibilidades... agora, e em relação a letra A? Também poderíamos aceitar e, por isso a questão
deveria ter sido anulada.

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110 - 2022 HASP

» Questão sobre conhecimento anatômico e classificação das hérnias da região da virilha. O trígono de Hasselbach é formado, inferiormente, pelo ligamento inguinal,
medialmente pela borda lateral do músculo reto abdominal e lateralmente pelos vasos epigástricos inferiores. As hérnias que se pronunciam por dentro dessa região (mediais
aos vasos epigástricos inferiores) são denominadas hérnias inguinais diretas e ocorrem, geralmente, por comprometimento da parede muscular abdominal. As hérnias que se
pronunciam lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e acima do ligamento inguinal são as hérnias inguinais indiretas. Elas possuem diversos mecanismos
fisiopatológicos e podem estar ligadas à persistência do conduto peritoneovaginal. Por fim, as hérnias femorais se pronunciam no canal femoral (abaixo do ligamento
inguinal). Resposta: letra A.

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111 - 2022 ABC

» Sobre hernioplasitas inguinais por videolaparoscopia, vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O reparo laparoscópico (e não endoscópico) da hérnia inguinal,
apresenta taxa de dor inferior à técnica aberta. Isso ocorre pela menor incidência de lesões dos nervos que passam pelo canal inguinal e funículo espermático, desde que
respeitada a distância do triângulo da dor. Letra B: incorreta. Diversos estudos compararam as duas técnicas laparoscópicas (TAAP e TEP). A maioria deles concorda que, não
existem diferenças significativas em relação à segurança e eficácia entre as duas técnicas. A maioria dos autores concorda que a técnica TEP necessita de maior habilidade
técnica, para execução. Letra C: correta. Cada vez mais o uso de drenos é contraindicado. Isso se mostra em concordância com as orientações do projeto ACERTO/ERAS. Letra
D: incorreta. Ambas cirurgias (aberta e laparoscópica) apresentam vantagens e desvantagens. As técnicas laparoscópicas resultam em menor taxa de dor pós-operatória,
enquanto a técnica aberta em menor recorrência. Contudo, em casos de recorrência, independentemente, se foi por via laparoscópica ou aberta, o ideal é que seja realizada
abordagem por via diferente da primeira cirurgia. Letra E: incorreta. Tanto na técnica TEP, como na TAAP, são utilizadas, telas pré-peritoneais. A diferença entre as duas
técnicas está na forma como é acessado o espaço pré-peritoneal. Na TEP, já se entra diretamente nesse espaço, equanto na TAAP, inicia-se de forma intra-peritoneal e na
sequência secciona-se o peritônio para ter acesso ao espaço. Gabarito: letra C.

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112 - 2022 HOS

» A questão traz uma paciente que, sem dúvidas, possui um elevado risco cardiovascular, dado o passo de infarto agudo do miocárdio com colocação de stent, diabetes em uso
de insulina, doença cerebrovascular e idade avançada. Essa senhora está em avaliação pré-operatória para uma cirurgia eletiva de câncer e possui história de dor torácica
atípica, já em tratamento clínico para doença arterial coronariana com betabloqueador, AAS e atorvastatina. Há estratificação recente com cintilografia de perfusão
miocárdica, que evidenciou área de fibrose antiga na parede septal inferior – a hipocaptação é PERSISTENTE e ocorre com ou sem o estresse miocárdico. Neste contexto de
uma paciente de alto risco, podemos aplicar as Diretrizes mais recentes da American Heart Association para estratificação de risco pré-operatório cardiovascular (2014), que
segue o seguinte fluxograma: 1) A cirurgia é de emergência? Caso positivo, proceder à cirurgia. Caso negativo (como no caso), proceder ao item 2. 2) O paciente tem
síndrome coronariana aguda (SCA)? Caso positivo, tratar a SCA. Caso negativo (como no caso), proceder ao item 3. 3) O paciente possui elevado risco cardiovascular, baseado
em critérios clínicos e/ou cirúrgicos? Caso negativo, proceder à cirurgia proposta sem investigação adicional. Caso positivo (como no caso), proceder ao item 4. 4) O paciente
possui capacidade funcional adequada (≥ 4 METS)? Caso positivo (como no caso), proceder à cirurgia proposta sem investigação adicional. Caso negativo, proceder ao item 5.
5) Paciente com capacidade funcional < 4 METS: caso a estratificação vá alterar a conduta terapêutica perioperatória, prosseguir a investigação, inicialmente de maneira não
invasiva, e caso positiva, de forma invasiva (cateterismo). Como a questão deixa claro que a paciente, apesar de um elevado risco cardiovascular, possui boa capacidade
funcional (sem dor aos esforços e sem dispneia ou limitação aos esforços habituais), podemos concluir que ela pode realizar a cirurgia proposta mantendo apenas o
tratamento clínico farmacológico da doença arterial coronariana vigente, sem investigação adicional. Resposta: letra E.

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113 - 2022 ABC

» Conceito que cai ano após ano nos concursos de residência médica, portanto, não podemos deixar de dominá-lo. A principal causa de febre nas primeiras 24-48h de uma
cirurgia é a atelectasia. Geralmente, ela aparece em cirurgias de abdome superior que, por conta do quadro álgico, limite a movimentação do diafragma e promove colapso
dos alvéolos da base. O tratamento é conservador, consiste em analgesia adequada, fisioterapia respiratória e, se necessário, oxigênio suplementar. Resposta: letra E.

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114 - 2022 HASP

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. Diante de pacientes graves, anêmicos e desnutridos, devemos evitar a realização de uma anastomose primária, pois
o riscode fístulas e deiscência é muito alto. Neste caso, é mais prudenterealizar uma ostomia provisória. Letra B: incorreta. Nem sempre, se a fístula for
de baixo débito e estiverbem orientada, não há necessidade de tratamento cirúrgico. Letra C: incorreta. Quando mais proximal, maior a pressão intra-luminal
e pior o prognóstico para o fechamento espontâneo das fístulas. Letra D: correta. Todos estes fatores prejudicam o fechamento das fístulas. A suboclusão distal e o
alto débito aumento a pressão na luz do intestino. Já as fístulas labiadas, desnutrição e doenças inflamatóriasprejudicam diretamente o processo de cicatrização.
Resposta: letra D.

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115 - 2022 HMASP

» Questão comum e recorrente em provas de residência! A abertura fascial (anel umbilical) existe para permitir a passagem dos vasos umbilicais da mãe para o feto. Após o
nascimento, essa abertura fascial se fecha espontaneamente com o crescimento contínuo dos músculos retos abdominais em direção um ao outro. Por fim, o fechamento
completo ocorre com a fusão das camadas peritoneal e fascial dentro de uma pequena área fibrosa do umbigo. Vamos as assertivas: - Letra A: incorreta. O ducto
onfalomesentérico conecta o intestino médio ao saco vitelino no feto, com trajeto trespassando o umbigo. A persistência do conduto onfalomesentérico causa mais
comumente o divertículo de Meckel (a falha de fechamento do ducto na porção intestinal causa um divertículo verdadeiro do intestino delgado, geralmente íleo distal) e
fístulas ou cistos do ducto com trajeto terminal e drenagem no umbigo. - Letra B: correta. O fechamento do anel umbilical é completo na maioria das crianças até os cinco
anos de idade, não sendo obrigatória a abordagem cirúrgica até esta idade por este motivo. - Letra C: incorreta. As hernias umbilicais não tem relação com má-formações
intestinais, visto que trata-se apenas de falha na fusão dos planos fasciais e aponeuróticos. Geralmente, defeitos como gastrosquise e onfalocele é que são associados a tais
defeitos. - Letra D: incorreta. Raramente há complicações em hernia umbilicais em crianças. Dado a frouxidão fascial e pouco desenvolvimento muscular, o encarceramento
ou estrangulamento herniário é incomum. - Letra E: incorreta. Como o curso natural do anel umbilical é o fechamento eventual, a maioria das hérnias umbilicais se resolve
espontaneamente. Em geral, crianças assintomáticas com anel umbilical que continua diminuindo podem ser observadas, independentemente da idade. A cirurgia antes dos
quatro anos de idade geralmente não é recomendada, uma vez que o risco de recorrência é maior em crianças que se submetem à hérnia umbilical antes dos quatro anos, e
a cirurgia resulta em taxas mais altas de pós-hospitalização e visitas ao pronto-socorro. Resposta: letra B.

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116 - 2022 UAM

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. É nesta linha que ocorre a famosa hérnia de Spiegel. Letra B: correta. A principal ação deste músculo é a compressão e
sustentação das vísceras abdominais, além de flexionar e rodar o tronco. Letra C: incorreta. As três aponeuroses só formam o folheto anterior abaixo da cicatriz umbilical.
Letra D: correta. O reto do abdome flexiona o tronco (vértebras lombares) e comprime as vísceras abdominais; além disso, estabiliza e controla o movimento de báscula da
pelve. Resposta: letra C.

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117 - 2022 UNOESTE

» Questão sobre materiais cirúrgicos e técnica cirúrgica. Vamos analisar as alternativas: - Letra A: incorreta. A pinça de Satinsky revela-se um instrumento de hemostasia (pinça
hemostática atraumática). Seu uso possui bastante aplicabilidade em cirurgias vasculares, especialmente para clampeamento temporário dos vasos. - Letra B: incorreta. A
sutura em barra grega revela-se um tipo de sutura em pontos contínuos. Outros tipos de sutura contínua comumente utilizados são: chuleio simples e chuleio ancorado. -
Letra C: incorreta. O polipropileno revela-se um fio inabsorvível. Os principais fios absorvíveis utilizados são: categut simples, categut cromado, PDS (polidiododaxona), vicryl
(poliglactina), monocryl (poliglecaprone). - Letra D: incorreta. A tricotomia pré-operatória deve ser realizada apenas se for necessária. Preferencialmente, deve ser realizada
com materiais de corte. Vários estudos demonstraram associações entre tricotomia e infecção. - Letra E: correta. Pessoal, a definição de ASSEPSIA consiste no conjunto de
medidas destinadas a manter o ambiente asséptico, livre de patógenos. Trata-se de um conjunto de medidas que objetivam o impedimento da penetração de micro-
organismos num ambiente teoricamente estéril. Alguns exemplos de assepsia são: utilização de máscara, gorro, avental, luvas, dentre outros. A ANTISSEPSIA, por outro lado,
consiste no conjunto de medidas destinadas, diretamente, a combater os patógenos, como a utilização de desinfectantes e antissépticos. Resposta: alternativa E.

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118 - 2022 HMASP

» Na parede posterior, foi descrita por Hesselbach, em 1814, uma região triangular, limitada pelo ligamento inguinal, inferiormente; à borda do reto abdominal, medialmente; e
aos vasos epigástricos inferiores, lateralmente. Conhecido até hoje como triângulo de Hesselbach, corresponde à região de maior fraqueza da fascia transversalis e por isso, é
vulnerável à formação de hérnias. Gabarito: letra A.

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119 - 2022 HMASP

» Falha técnica, infecção, diabetes mellitus e uso crônico de corticoides são fatores que prejudicam a cicatrização e portanto estão relacionados à deiscência da ferida
operatória (letras A, B, C e D incorretas). O uso de fios absorvíveis, por sua vez, reduz a chance de infecção e portanto não é considerado fator de risco para deiscência da
ferida operatória (letra E correta). Resposta: letra E.

120 - 2022 UAM

» As hérnias inguinais na infância são, em sua imensa maioria, de origem congênita e do tipo indireta. O grande medo dessas hérnias na infância é que elas apresentam um
risco elevado de encarceramento e estrangulamento, podendo ocorrer em 15-30% dos casos, geralmente (85% das vezes) no primeiro ano. Por esse motivo, as hérnias
inguinais devem ser operadas em lactentes o quanto antes. Resposta: letra D.

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121 - 2022 SCMRP

» Vamos aproveitar e recapitular a classificação de ASA: ASA I - paciente hígido;ASA II - paciente com doença sistêmica discreta e bem controlada;ASA III - paciente com doença
grave que limita, mas não incapacita;ASA IV - paciente com doença grave, descompensada que é uma ameaça constante à vida;ASA V - paciente moribundo que muito
provavelmente evoluirá à óbito nos próximos dias ou horas (fase terminal);ASA VI - paciente em morte encefálica.Portanto, paciente com doença grave como choque, uremia
ou toxemia é uma ameaça à vida, logo, gabarito: letra B.

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122 - 2022 SCMRP

» O seroma é uma coleção serossanguinolenta que geralmente se acumula na parede abdominal em função de grandes dissecções desta região, em especial, tratamento
cirúrgico das grandes hérnias ventrais.O diagnóstico é clínico, geralmente, a ferida operatória fica abaulada com saída discreta de secreção serossanguinolenta. A conduta
deve ser aspiração, se reacumular mesmo após duas aspirações, a conduta deve ser abertura completa da ferida para drenagem desta coleção.
Portanto, melhor resposta: letra A.

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123 - 2022 SCML

» Vamos analisar as alternativas:Letra A: incorreta. Tanto o algodão quanto a seda são fios inabsorvíveis. Letra B: incorreta. A barra grega é um tipo de sutura contínua.Letra C:
incorreta. A pinça de Backaus é utilizada para fixação dos campos cirúrgicos.Letra D: correta. Materias de diérese são aqueles utilizados para promover secção tecidual, ou
seja, a grande função do bisturi, tesoura de Mayo e tesoura de Metzenbaum.Letra E: incorreta. A agulha de Veress não serve para síntese, serve para punção da cavidade
para a confecção de pneumoperitônio na laparoscopia.Resposta: letra D.

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124 - 2022 FAMERP

» As suturas são apropriadas para o fechamento primário de lacerações da pele quando a ferida se estende pela derme e pode causar cicatrizes em excesso se as bordas da
ferida não forem adequadamente opostas. A melhor sequência para realização da sutura, depois da colocação de gorro, máscara e luva estéril, seria: antissepsia com
clorexedine aquoso; colocação de campo estéril; anestesia local; limpeza e exploração da ferida e sutura. A sutura com pontos simples alternados é o método mais comum
usado para fechar lacerações cutâneas traumáticas pequenas e não complicadas, como a citada no enunciado. A sutura com ponto intradérmico normalmente é indicada nas
seguintes situações: cortes profundos, porque apenas o fechamento da camada cutânea deixará um espaço morto significativo, com potencial para hematoma ou formação
de abscesso; e cortes amplos, porque a aproximação da derme permite menos tensão ao nível da pele. Gabarito: letra A.
125 - 2022 FAMEMA

» A técnica de Stoppa ou Rives-Stoppa consiste na correção da hérnia via aberta (convencional), por meio da colocação de tela grande no espaço pré-peritoneal, também
conhecido como espaço de Retzius. Esse espaço é o mesmo, no qual a tela é colocada pela abordagem laparoscópica, tanto pela técnica totalmente extraperitoneal (TEP),
quanto pela transabdominal pré-peritoneal (TAPP) . Algumas vantagens dessa técnica são: possibilidade de correção bilateral em um único procedimento e alternativa aos
pacientes refratários à técnica anterior (Lichtenstein). Nessa abordagem a tela é colocada no espaço pré-peritoneal, na região central (espaço de Retzius, pré-vesical, medial
aos vasos epigástricos). Vale lembrar também do espaço de Bogros, que é pré-peritoneal lateral aos vasos epigástricos (paravesical). Letra A: incorreta. A fáscia de
Denovelier se localiza entre a prostata e a gordura que envolve o mesorreto em sua porção anterior. É importante referência anatômica na cirurgias de câncer de reto com
excisão total do mesorreto (TME). Letra B: incorreta. A fáscia de Valdayer se localiza entre a gordura que envolver o mesorreto em sua porção posterior e a fáscia pré-sacaral.
Também é importante referência anatômica na cirurgias de câncer de reto com excisão total do mesorreto (TME). Letra C: correta. Como vimos acima é o espaço utilizado
para colocação de tela (prótese) na técnica de Stoppa. Letra D: incorreta. Apenas telas de dupla face podem ser colocadas no espaço intra-peritoneal pelo risco de erosão e
perfuração das alças intestinais pelas telas convencionais. De qualquer forma, a região intra-peritoneal não é utilizada pela técnica descrita por Stoppa. Gabarito: letra C.

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126 - 2022 SCML

» Diante de uma colectomia esquerda com anastomose primária, a principal função de um dreno intracavitário é o papel de vigilância, ou seja, ele permite a visualização do
conteúdo líquido no interior da cavidade, com o principal objetivo de detectar precocemente a presença de complicações como sangramento ou mesmo fístulas ou
deiscências. O dreno não interfere na vascularização nem a cicatrização da anastomose (letras A e E: incorretas). O dreno não descomprime o interior do lúmem intestinal
(letra B: incorreta) e também não interfere na tensão da suturas abdominais (letra D: incorreta), o que interfere na tensão da sutura é a própria técnica empregada. Resposta:
letra C.

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127 - 2022 SCML

» Questão sobre anatomia da região inguinal. Os limites do triângulo de Hesselbach são: - Borda lateral do músculo reto abdominal (margem medial); - Vasos epigástricos
inferiores (borda superolateral); - Ligamento inguinal (margem inferior). As hérnias que ocorrem dentro deste triângulo são as hérnias diretas, as que ocorrem abaixo, as
femorais e, por fim, as que ocorrem acima são as hérnias indiretas. Resposta: letra B.

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128 - 2022 SCMV

» A questão solicita a principal causa de febre nas primeiras 24 horas após uma cirurgia bariátrica. Vamos aproveitar e relembrar as principais causas de febre no pós-
operatório: Imediato:
- Infecção prévia
- Reação à droga
- Hipertermia maligna
- REMIT Precoce (1-5 dias):
- Atelectasia
- Flebite
- IAM / Pericardite / TEP
- Infecções: ITU, PNM
- Infecção de ferida operatória fulminante (S. aureus, Clostridium) Tardia (5-30 dias):
- Infecção de ferida operatória
- Infecções gerais
- Complicações Dentre as causas de febre no primeiro pós-operatório, a principal etiologia é a atelectasia. Resposta: alternativa C.

129 - 2022 FAMEMA

» O linfonodo de Cloquet está situado no interior do canal femoral, na parte lateral do anel femoral, medial à veia femoral. Faz parte dos linfonodos inguinais profundos . Devido
sua posição no anel femoral, o aumento nas dimensões deste linfonodo pode confundir ou ser um diagnóstico diferencial entre adenomegalia local e hérnia femoral. É um
marco anatômico importante nas linfadenectomias inguino-femurais em oncologia. Relembrados esses conceitos, vamos avaliar as alternativas: Letra A: incorreta. Câncer de
cabeça de pâncreas, assim como qualquer câncer do trato digestivo superior (estômago, fígado e vias biliares), pode apresentar outros linfonodos clássicos, como: linfondo de
Irish (axilar esquerdo), Virchow (supraclavicular esquerdo). Letra B: incorreta. Câncer folicular da tireoide faz muito mais disseminação à distância (15-20%) do que linfática
para linfonodos cervicais. No entanto, quando ocorre acomete inicialmenteas a cadeia VI (central), posteriormente as laterais (II, III e IV). Letra C: incorreta. Por algum motivo
essa alternativa derrubou muita gente. Cuidado para não confundir os epônimos, pessoal! O câncer gástrico, como ja dito no câncer de pâncreas, é o que mais apresenta
sinais clássicos de linfonodos e tumores à distância. Complementando o que ja foi dito acima: linfondo de Irish (axilar esquerdo), Virchow (supraclavicular esquerdo), nódulo
Irmã Maria-José (periumbilical), plateleira de Blumer (carcinomatose peritoneal no fundo de saco de Douglas) e tumor de Krukenberg (tumor de ovário). Lembrando que
apenas os dois primeiros citados são linfonodos. Letra D: correta. Como descrito anteriormente, é o linfonodo contido no canal femoral e, diante disso, pode ser diagnóstico
diferencial de uma hérnia femoral. Gabarito: letra D.

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130 - 2022 FAMEMA

» A técnica de separação posterior de componentes para correção de hérnias incisionais também pode ser chamada de transversus abdominis release (TAR), o que traduz a
realização da liberação do músculo transverso do abdome de sua inserção na bainha do músculo reto abdominal com intuito de síntese da linha média sem tensão. Além
disso, cria-se um espaço retrorretal adequado para posicionamento de uma tela. Respsota: Letra C.

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131 - 2022 SCMV

» A questão apresenta-se um pouco confusa, entretanto sua resolução é simples. A pergunta solicita quais as informações importantes a serem coletadas no exame físico de
um paciente com doença arterial periférica, durante a avaliação pré-operatória. Obviamente, a coleta de todas as informações citadas pela questão é importante num
paciente de alto risco cardiovascular. Entretanto, a única alternativa que apresenta dados obtidos essencialmente pelo exame físico (como afirma o enunciado) é a letra C. A
presença de diabetes, distúrbios da tireoide é evidenciada apenas com exames laboratoriais (letras A, B incorretas). A presença de marca-passo ou cardioversor dificilmente é
evidenciada no exame físico do paciente (embora essa informação seja adquirida na anamnese). Enfim, questão confusa, mas a única alternativa que apresenta dados
essencialmente adquiridos no exame físico é a letra C. Resposta: alternativa C.

132 - 2022 FAMERP

» Caso habitual no pronto-socorro: hernia inguinal encarcerada. Vamos as assertivas: - Letra A: incorreta. A medida realmente é cirúrgica porém a via de acesso não é a mais
adequada: para hernias inguinais, a inguinotomia é a melhor opção. - Letra B: correta. Observe que o paciente em questão está sem dor, com sinais vitais normais: porque
então indicar a cirurgia? Observe que a hernia surgiu há 08 horas! Ou seja, não é uma hernia crônica! O surgimento de uma hernia de forma aguda, com quadro álgico inicial
e de longa duração (mais de 06 horas) necessita de abordagem cirúrgica pelo risco de isquemia intestinal, mesmo na ausência de sinais clínicos no momento da avaliação! -
Letra C: incorreta. A redução de uma hernia aguda com duração superior a oito horas, mesmo permanecendo sem sinais de sofrimento é temerária! O quadro isquêmico pode
ter se iniciado! A redução da hernia impede uma avaliação adequada por inguinotomia, podendo ser necessária uma laparotomia exploradora para avaliar o seguimento
isquêmico. - Letra D: correta. Esta medida não deve ser tomada! A redução da hernia pode acabar por devolver á cavidade abdominal um seguimento isquêmico de alça
intestinal, sendo temerário. A conduta deve ser a correção cirúrgica. Resposta: letra B.

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133 - 2022 SCMRP

» A questão faz algumas afirmativas sobre o fechamento da parede abdominal, de acordo com o estudo multicêntrico holândes STITCH, publicado em 2015, e deseja saber qual
é a correta. - Letras A e D - Incorretas: de acordo com o estudo, o fechamento da parede abdominal pela técnica small bite (com pontos a cada 5 mm e distando 5 mm da
incisão) revela-se superior à técnica mass closure ou big bite (pontos a cada 10 mm e distando 10 mm da incisão). - Letra B - Correta: o presente estudo analisou o
fechamento da parede abdominal com suturas small bites com sutura contínua e com o fio PDS ou polidioxanona (monofilamentar e de absorção lenta). - Letra C - Incorreta:
na realidade, o estudo STITCH analisou uma relação entre o comprimento do fio e o comprimento da ferida de 4:1. - Letra E - Incorreta: o estudo STITCH não aborda o assunto
sobre o uso de telas para evitar a ocorrência de hérnias incisionais. Porém, vale lembrar que, nas laparotomias de emergência sem grande contaminação da cavidade e da
parede abdominal, o uso de tela profilática não é contraindicado. Resposta: letra B.

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134 - 2022 FAMERP

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. A hérnia Nyhus II é a hérnia indireta com anel inguinal interno alargado, porém com parede posterior preservada. - Letra B:
incorreta. A hérnia Nyhus IIIA é a hérnia direta com defeito da parede posterior. - Letra C: incorreta. A hérnia inguino-escrotal é a hérnia inguinal cujo saco herniário insua0se
para dentro da bolsa escrotal. - Letra D: correta. A hérnia inguinal por deslizamento é a hérnia cuja parede do saco herniário é formada por algum órgão. Nesse caso, parte da
parede é formada pela bexiga. Gabarito: letra D.

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135 - 2022 IFF

» O fio de Poliéster é um fio sintético, multifilamentado, sendo produzido a partir de fibras de poliéster trançadas. São resistentes e de grande durabilidade. Podem apresentar-
se sem cobertura (Mersilene®, Surgilene®) ou cobertos por polibutilato (Ethibond®) ou teflon (Tevdek®). Logo, não é monofilamentar (A INCORRETA). O fio de poliglactina é
um fio sintético encontrado na cor violeta ou incolor. Apresentam menor reação inflamatória e taxas de infecção inferiores ao catgut (simples e cromado). Sua reabsorção
ocorre por hidrólise, sendo completamente absorvido em 56 a 70 dias (Vicryl® e Vicryl Plus® – violeta) e em torno de 42 dias (Vicryl RAPID® – incolor). Ou seja, não é
inabsorvível (B INCORRETA). O fio de seda é um fio considerado tradicionalmente inabsorvível, natural e biológico (obtido do bicho-da-seda), constituído de fibras
multifilamentares retorcidas ou entrelaçadas. Embora seja classificado como não absorvível, o fio de seda é degradado ao longo dos anos, perdendo sua resistência tênsil em
aproximadamente um ano (C INCORRETA). O fio de poliglecaprona é sintético e monofilamentar, tendo sido utilizado nas suturas intestinais, do sistema urinário e,
principalmente, como fechamento da pele no plano dérmico e subdérmico. Seus nomes comerciais são Monocryl® (incolor) e Caprofyl® (violeta) da ETHICON ou Monofyl® da
COVIDEN (D INCORRETA). O fio de polipropileno é sintético e monofilamentar, faz parte do grupo dos fios não absorvíveis e é fabricado com propileno polimerizado
(Prolene®). Mantém sua resistência tênsil mesmo após vários anos de sua utilização. Produz pouca reação tecidual e é facilmente removível. Pode ser utilizado mesmo em
regiões infectadas (E CORRETA). Resposta: letra E.

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136 - 2022 SEMAD

» Questão sobre hérnias especiais! A questão nos traz três tipos de hérnias especiais: Grynfeltt, Petit e Richter. A hérnia de Grynfeltt é aquela que ocorre no trígono lombar
superior, já a hérnia de Petit é aquela que acontece no trígono lombar inferior. Quando há pinçamento da borda antimesentérica denominamos hérnia de Richter. Por fim,
Lichtenstein é o nome da técnica para a correção das hérnias com a utilização de tela de polipropileno e sem tensão. Resposta: letra A.

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137 - 2022 IFF

» Em relação as hérnias umbilicais: A- incorreta: para defeitos pequenos, menores do que 1 cm as telas não são obrigatórias. B- DISCUTÍVEL. C-Incorreta: Alguas referências já
indicam a colocação de tela para dedeitos entre 1-10 cm. No entanto, alguns autores indicam que a tela só seria obrigatória em defeitos maiores do que 2 cm. D- Incorreta: a
colocação da tela pode ser feitas em diversos locais. O tamanho do orificio nos ajuda a decidir. Normalemente nas hénrias umbilicais menores, colocamos sobre a
aponeurose. E- Correta: Sim, se maior do que 3 cm (mesmo este não sendo o limite inferior) devemos indicar a colocação de uma tela. Resposta: Letra E.

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138 - 2022 SEMAD

» A doença cardiovascular, principalmente o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e as arritmias malignas, contribui de forma importante para a mortalidade perioperatória. A
estratificação de risco cardíaco para procedimentos cirúrgicos não cardíacos funciona assim: (1) ALTO RISCO (≥ 5%): Cirurgia vascular de grande porte (aorta e ramos);
cirurgia arterial periférica. Grandes cirurgias de emergência e urgência. Duodenopancreatectomia. Ressecção hepática, cirurgia de via biliar. Esofagectomia.
Pneumonectomia. Transplante pulmonar ou hepático. Reparo de perfuração intestinal. Cistectomia total. (2) MÉDIO RISCO OU RISCO INTERMEDIÁRIO (> 1% E < 5%): Cirurgias
intraperitoniais (esplenectomia, colecistectomia, reparo de hérnia de hiato) ou intratorácicas (não de grande porte). Endarterectomia ou stent de carótida (pacientes
sintomáticos) e correção endovascular de aneurisma de aorta abdominal. Cirurgia ortopédica (cirurgia de coluna e quadril). Cirurgia urológica e ginecológica de grande porte
(tratamento de câncer de próstata e câncer ginecológico). Transplante renal. Cirurgia de cabeça e pescoço. (3) BAIXO RISCO (< 1%): Procedimentos endoscópicos.
Procedimentos ambulatoriais. Cirurgia oftalmológica. Cirurgia plástica. Cirurgia de mama. Herniorrafias. Cirurgia urológica de pequeno porte (ressecção transuretral da
próstata). Cirurgia endócrina: tireoide. Endarterectomia ou stent de carótida (pacientes assintomáticos). Resposta: letra D.

139 - 2022 UNIMED - RJ

» Vamos lembrar que na criança não precisamos colocar tela e nem realizar o reforço da parede posteriror. Depois da ligadura alta, só precisamos voltar fechando por planos.
Respsora: Letra C.

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140 - 2022 INTO

» Vamos analisar as assertivas: I: Correta: a hérnia direta decorre de uma fragilidade da parede posterior e ela se anuncia por este defeito, medialmente aos vasos epigástricos,
no TRIÂNGULO DE HASSELBACH. II: Incorreta: os limites do TRIÂNGULO DE HASSELBACH são: Inferior – Ligamento inguinal; Medial – Borda lateral do músculo Reto do
abdome; Lateral – Vasos epigástricos inferiores. III: Correta: o triângulo de DOOM ou da desgraça tem como limites os vasos deferentes (limite medial) e os vasos
espermáticos (limite lateral). A importância deste triângulo é porque dentro dele encontramos os vasos ilíacos externos. IV: Incorreta: a hérnia mais comum de todas é a
inguinal indireta. Corretas: I e III. Resposta: Letra D.

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141 - 2022 INTO

» Questão sobre as denominações especiais das hérnias: Garangeot: Presença de apêndice cecal na hérnia femoral; Littré: presença do divertículo de Meckel; Spiegel: Hérnia
que se forma entre a linha semilunar de spieguel e a borda lateral do músculo reto do abdome; Amyand: Presença de apêndice cecal na hérnia inguinal. Resposta: Letra A.

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142 - 2022 FMP

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. A warfarina deve ser suspensa com 5 dias. Letra B: incorreta. A dabigatrana em paciente com função renal normal deve ser
suspensa 1-2 dias. Letra C: correta. A rivaroxaba deve ser suspensa pelo 24 horas antes do procedimento. Letra D: incorreta. O clopidogrel deve ser suspenso com um tempo
mínimo de 5 dias. Resposta: "Rivaroxabana - 1 dia".

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143 - 2022 FMP

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O que reduz a ISS é a antibioticoprofilaxia e não antibioticoterapia. A antissepsia com solução alcoólica é uma medida eficaz
e a tricotomia só deverá ser feita no centro cirúrgico para minimizar os ricos de foliculite. Letra B: incorreta. A glicemia alvo deve ser abaixo de 180 mg/dl, devemos evitar a
hipotermia para promover uma adequada perfusão na ferida cirúrgica e a antibioticoprofilaxia deve ser feita idealmente antes da incisão cirúrgica, mas pode ser feita até 60
minutos antes. Letra C: correta. Como vimos, a tricotomia deve ser feita na sala de operação, a tricotomia antes deste período pode ocasionar foliculite. Devemos, além disso,
prevenir hipotermia e fornecer oxigênio durante pelo menos o período de recuperação pós-anestésica, esta é uma medida que também contribui para a perfusão tecidual.
Letra D: incorreta. A preparação com iodo não é uma medida que comprovadamente previne a ISS, o período da antibioticoprofilaxia, de fato, pode ser 60 minutos antes do
procedimento e, como vimos, o valor glicêmico alvo deve ser abaixo de 180 mg/dl. Resposta: letra C.

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144 - 2022 FMP

» Paciente que aresenta hérnia epigástrica, mas que é assintomática do ponto de vista algico e que não atrapalha as atividades do mesmo. A cirurgia não é obrigatória.
Respsota: LEtra C.

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145 - 2022 FMP

» Questão direta sobre os limites do canal femoral. Este canal é composto por um assoalho, que é formado pelo ligamento pectíneo (ou de Cooper) e por um teto, que é o
ligamento inguinal. A parede é limitada medialmente pelo ligamento lacunar e lateralmente pela veia femora. Por ele que se anuncia as hérnias femorais. Respsota: Letra A.

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146 - 2022 FESO

» Vamos analisar as assertivas: I - Correta. Todos estes são preditores de ventilação difícil sob máscara. A ausência de dentes e presença de barba dificultam o acoplamento da
máscara na face. Já a apneia indica uma obstrução alta, o que impede a própria passagem do fluxo de ar. II - Correta. É através deste teste que podemos visualizar as
estruturas da orofaringe, sobre a relação da língua com a cavidade orofaríngea e, a partir disso, predizer o grau de dificuldade da intubação. III - Correta. Os procedimentos
cirúrgicos são divididos em três classes: cirurgias vasculares, de urgência ou emergência são consideradas de alto risco, com índice maior que 5%. Correção endovascular,
aneurisma da aorta abdominal, cirurgias da cabeça, pescoço, intratorácicas, ortopédicas e da próstata têm risco intermediário, entre 1 e 5%. Endoscopias, procedimentos
superficiais, cirurgia de catarata, mama ou ambulatorial têm risco baixo, menor que 1%. IV - Incorreta. O paciente não apresenta nenhum critério do índice de Lee. Os
critérios são: doença arterial coronariana, ICC, doença cerebrovascular, diabetes em insulinoterapia, Cr > 2,0 mg/dL e cirurgia de alto risco. V - Incorreta. O paciente
apresenta abertura ocular ao estímulo verbal = 3 pontos. Orientado = 5 pontos. Localiza estímulos = 5 pontos. Portanto, a pontuação é de 13 pontos. Corretas: I, II e III.
Gabarito: letra A.
147 - 2022 FESO

» De acordo com Projeto ERAS (Enhanced Recovery After Surgery) e ACERTO (ACEleração da Recuperação Total Pós-Operatória), atualmente, o tempo de jejum para líquidos
claros e sem resíduo, contendo maltodextrina, por exemplo, deve ser de duas horas. Para o leite materno, o período ficou sendo de quatro horas. Para alimentos leves como
torrada, o jejum é de seis horas. Por fim, para alimentos sólidos mais consistentes carnes e preparações ricas em gordura, o jejum deve ser de oito horas. Portanto, gabarito:
letra A.

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148 - 2022 FESO

» Em situações emergenciais ou quando o paciente se apresenta com estômago cheio, o risco de aspiração é alto. Dessa forma não podemos ventilar com a máscara, já que
podemos promover o enchimento do estômago com ar, levando a uma provável regurgitação que pode ser seguida de broncoaspiração. Nesses casos, faremos a indução
por SEQUÊNCIA RÁPIDA. Logo após a pré-oxigenação sem ventilação e a indução venosa, embora passível de críticas por não haver comprovação, pode-se pressionar a
cartilagem cricoide para baixo a fim de evitar o refluxo (manobra de Sellick). Rapidamente será feito um bloqueador neuromuscular de ação curta (sendo adequado o uso da
succinilcolina) e procedida a intubação endotraqueal. Só após inflarmos o cuff, a cartilagem cricoide deverá ser liberada. Gabarito: letra A.

149 - 2022 FESO

» O projeto ACERTO (ACEleração da REcuperação TOtal pós-operatória) é um programa que visa acelerar a recuperação de pacientes cirúrgicos. Ele é como se fosse uma
versão nacional do projeto ERAS (Enhanced Recovery After Surgery – protocolos fast-track), desenvolvido pelo Departamento de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). De uma forma geral, esses projetos consistem em um protocolo de técnicas baseadas em evidências para reduzir o
trauma cirúrgico e o estresse pós-operatório, minimizando a dor, reduzindo as complicações, melhorando os resultados e diminuindo o tempo de permanência hospitalar. As
condutas preconizadas neste projeto são:
- Informação pré-operatória;
- Terapia nutricional perioperatória;
- Abreviação do jejum pré-operatório;
- Redução de fluidos endovenosos perioperatórios;
- Abolição do preparo de cólon de rotina em cirurgias colorretais;
- Uso racional de antimicrobianos;
- Analgesia no pós-operatório;
- Mobilização ultraprecoce;
- Realimentação precoce no pós-operatório;
- Uso restrito de drenos, sondas e cateteres urinários e profilaxia de náuseas e vômitos Resposta: letra C.

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150 - 2022 FESO

» Vamos aproveitar essa questão para rever o risco cardíaco relacionado as cirurgias: - Alto risco (morte de origem cardíaca e IAM não fatal relatados frequentemente, > 5%
dos casos): cirurgia aórtica ou outra cirurgia vascular de grande porte; cirurgia arterial periférica; grandes cirurgias de emergência, principalmente nos idosos. - Risco
intermediário (morte de origem cardíaca e IAM não fatal relatados em 1 a 5% dos casos): endarterectomia de carótida (repare que está separada das outras cirurgias
vasculares!); cirurgia de cabeça e pescoço; cirurgia intratorácica ou intraperitoneal; cirurgia ortopédica; cirurgia de próstata. - Baixo risco (morte de origem cardíaca e IAM
não fatal relatados em menos de 1% dos casos): cirurgia ambulatorial; procedimento endoscópico; procedimento superficial; cirurgia de catarata; cirurgia de mama. Portanto,
resposta: letra C.

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151 - 2022 HSM - DF

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A última camada, parede posterior, do canal inguinal é a fáscia transversalis, já a aponeurose do músculo oblíquo externo é na
verdade a primeira camada, ou seja, a mais superficial. B) Incorreta. Quando o defeito é no interior do triângulo de Hasselbach ocorre surgimento de uma hérnia direta. C)
Correta. Lembra que a zona de fragilidade da fáscia transversalis é o triângulo de Hesselbach, delimitado pela borda do músculo reto abdominal, ligamento inguinal e vasos
epigástricos inferiores. Dentro deste triângulo, existe uma região de maior fragilidade, conhecida também como zona de fragilidade verdadeira, que é o triângulo de Hessert.
Este é delimitado pela borda lateral do reto abdominal, ligamento inguinal e pela borda inferior do músculo oblíquo interno. D) Incorreta. Os limites do orifício miopectíneo de
Fruchaud são o reto abominal, ligamento pectíneo (ligamento de Cooper), músculo íleopsoas e arco dos músculos oblíquo interno e transverso. E) Incorreta. Como vimos, a
estrutura mais superficial é a aponeurose do músculo oblíquo externo e a mais profunda, a fáscia transversalis. Gabarito: letra C.

152 - 2022 UEVA

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. As hérnias inguinais correspodem a 75% de todas as hérnias de parede. Letra B: incorreta. Estima-se que 20% dos homens
vão apresentar a alteração em algum momento da vida, assim como 3% das mulheres. Letra C: correta. As mais comuns são as hérnias indiretas, que são laterais aos vasos
epigástricos. As mediais aos vasos epigástricos são as hérnias diretas. Letra D: incorreta. O triângulo de Hasselbach é formado pelo ligamento inguinal, borda lateral do reto
abdominal e vasos epigástricos inferiores. No interior deste triângulo se formam as hérnias diretas. Resposta: letra C.

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153 - 2022 IHOA

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Pacientes com insuficiências vasculares tendem a ter uma pior perfusão cutânea, o que prejudica o processo de cicatrização
e aumenta o risco de deiscência de ferida cirúrgica. Letra B: correta. Durante a primeira semana de pós-operatório, por volta de 5 dias de duração, ocorre a fase inflamatória
marcada pela presença de dor, rubor, calor e edema. Letra C: correta. Na cicatrização por segunda intenção a aproximação primária das bordas não é possível. As feridas são
deixadas abertas e se fecharão por meio de contração e epitelização. Geralmente, este tipo de cicatrização é utilizada no contexto de ferimentos infectados com grandes
perdas teciduais. Letra D: incorreta. Pensando em antibioticoprofilaxia para a prevenção de infecção do sítio cirúrgico, devemos utilizar os antibióticos pela via endovenosa e
lembra que o uso destes deve contemplar somente o período do ato operatório, devendo ser prolongado por 24 horas quando houver uso de prótese. Em feridas
cortocontusas, não há indicação para realização de antibiótico profilático. Resposta: letra D.

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154 - 2022 ICEPI

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O saco da hérnia é que faz este trajeto através do anel interno até o externo. A hérnia direta se anuncia pela parede
posterior, mais precisamente no triângulo de Hasselbach. Letra B: incorreta. A hérnia que é medial aos vasos epigástricos inferiores é a direta, a hérnia indireta é lateral a
estes vasos. Letra C: correta. Este é o tipo de hérnia mais comum na infância, nos homens e nas mulheres, ou seja, é a hérnia mais comum na população geral. Letra D:
incorreta. No punho, a artéria e o nervo ulnar passam pelo canal de Guyon, que possui três limites: superior - ligamento volar do carpo e inserções tendinosas do flexor ulnar
do carpo); lateral - gancho do hamato; e medial - osso pisiforme e ligamento piso-hamato. Letra E: incorreta. Elas são mais comuns do lado direito, justamente porque o cólon
sigmoide pode ajudar a tamponar esta topografia. Resposta: letra C.

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155 - 2022 PUC - RS

» Pode ser definida como uma crise hipermetabólica potencialmente fatal manifestada durante ou após exposição a determinados agentes anestésicos como agentes
halogenados (halotano, enflurano, isoflurano, desflurano e sevoflurano) e os relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina e suxametionina), que ocorre apenas em
indivíduos susceptíveis! Estes agentes citados provocam aumento da concentração de cálcio mioplasmático e, em pacientes predispostos, ocorre liberação anormal deste íon
e ativação prolongada dos filamentos musculares, com consequente rigidez e hipermetabolismo. A quebra excessiva de moléculas de ATP gera calor excessivo, morte de
miócitos e rabdomiólise. São múltiplas as manifestações clínicas da hipertermia maligna e incluem taquicardia, arritmias, elevações de temperatura e acidose. Outros
desenvolvem rigidez muscular, com espasmo do masseter durante a intubação orotraqueal, taquipneia, hipercapnia, flush, hipoxemia, hipotensão, anormalidades
eletrolíticas,rabdomiólise. Além das medidas de suporte, o tratamento da síndrome deve ser feito com DANTROLENE venoso, um relaxante muscular que bloqueia cerca de
75% das contrações musculares. Como a questão nos pediu os agentes associados, sem dúvidas, é a succinilcolina e halotano. Gabarito: letra D.

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156 - 2022 FHSTE

» Vamos analisar as afirmativas: Assertiva I: verdadeira. A idade avançada é um fator de risco independente para deiscência de ferida, complicações locais e infecção do sítio
cirúrgico, pois este fator interfere lentificando todas as fases do processo de cicatrização. Assertiva II: verdadeira. A hiperglicemia prejudica a imunidade, logo, também
interfere nas fases da cicatrização e vale ressaltar que quanto maior a descompensação do diabetes maior risco de complicações de ferida operatória. Assertiva III: falsa. Na
realidade, as transfusões são fatores de risco para infecções agudas e crônicas. Assertiva IV: falsa. Devemos evitar hipotermia, pois esta promove vasocontrição e prejudica a
chegada de células inflamatórias. Verdadeiras: I e II. Resposta: letra B.

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157 - 2022 IHOA

» A Sociedade Brasileira de Anestesiologia preconiza jejum de 8 horas para alimentos sólidos, de 6 horas para alimentos leves, de 4 horas para leite materno e de 2 horas para
solução de carboidrato. Gabarito: letra B.

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158 - 2022 COC

» O Farabeuf nada mais é do que um afastador, ou seja, é um instrumento não cortante e também não articulável que serve para afastar a parede abdominal. A cureta é colher
que serve para raspar o interior de estruturas cavitárias, portanto, como promove lesão tecidual, ela é considerado um instrumento de diérese. A Kelly serve para clampear
vasos (hemostasia), já a Allis serve para tracionar aponeurose, subcutâneo ou pele, portanto, é um material de preensão. Por fim, a Backhaus serve para fixar os campos
cirúrgicos. Resposta: letra A.

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159 - 2022 PUC - RS

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma contuso com provável lesão intra-abdominal. Será que houve perfuração de alguma víscera oca? Ainda não sabemos! De
todo modo, pensando neste cenário, a nossa antibioticoprofilaxia deve cobrir germes gram positivos, gram negativos e anaeróbios. Os germes gram negativos e anaeróbios,
pensando na flora intestinal, e gram positivos, pensando nos germes da própria pele. Embora o trauma seja contuso, em caso de perfuração de víscera oca ocorrerá também
abordagem cirúrgica da lesão, ou seja, também iremos promover abertura da pele durante a cirurgia. Portanto, a cobertura deve abranger germes gram positivos, gram
negativos e anaeróbios, por isso, a questão deveria ter sido anulada.

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160 - 2022 SES - GO

» O coagulograma é um exame raramente útil no pré-operatório, apesar de os médicos sentirem-se inseguros e solicitarem quase sempre. As indicações atuais são: pré-
operatório de cirurgias cardíacas, torácicas, hepáticas, renais, intracranianas, oftalmológicas (menos catarata) ou em qualquer outro procedimento com perda estimada de
sangue > 2 litros. Além, é claro, dos casos onde a história clínica seja sugestiva de algum distúrbio da coagulação (ex.: malignidades, uso de medicações anticoagulantes,
doença de von Willebrand etc.). Reparem ainda que cirurgia vascular por si só não é uma indicação! Dentre as opções descritas, sem dúvidas, a única que se faz necessário
um estudo da coagulação é a alternativa D. A nossa paciente está ictérica e somente pelo que está descrito não podemos descartar hepatopatia. Portanto, é uma indicação
clara de estudo da coagulação. Cirurgias mamárias, hernioplastia inguinal e cirurgia de varizes podem ser realizadas sem qualquer estudo prévio da anticoagulação. Gabarito:
letra D.

161 - 2022 ICEPI

» Em relação à avaliação pré-operatória, vamos analisar as alternativas:Letra A: incorreta. Só devemos indicar a avaliação desta condição se ela estiver mal controlada
(diastólica >110 mm Hg, sistólica >160 mm Hg).Letra B: incorreta. Em relação aos pacientes oncológicos, devem ser avaliados aqueles pacientes em quimioterapia ou outras
patologias oncológicas com comprometimento fisiológico residual significatio.Letra C: correta. Pensando nas patologias endócrinas, devem ser avaliados os pacientes com
diabetes melito insulino-dependente, distúrbios adrenais e doença tireoidiana ativa.Letra D: incorreta. Estas só devem ser avaliadas se houver comprometimento
funcional.Letra E: incorreta. Os pacientes com arritmias só são avaliados se forem sintomáticos. Resposta: letra C.

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162 - 2022 UEL

» A questão cita cinco tipos de fios de sutura e deseja saber qual deles é caracterizado por ser monofilamentar e possuir tempo de absorção entre 90-180 dias. - Categute
simples/cromado: fio natural (serosa bovina), absorvível e multifilamentar; - Poliglactina ou Vicryl: fio sintético, absorvível e multifilamentar; - Polipropileno ou Prolene: fio
sintético, inabsorvível e monofilamentar; - Polidioxanona ou PDS: fio sintético, de absorção lenta (cerca de 90 a 180 dias) e monofilamentar, sendo muito utilizado em tecidos
delicados e sob tensão. Gostamos de brincar que o PDS é o fio "bom pra tudo!" Resposta: polidioxanona.

163 - 2022 SCMGO

» Lembra que é o grande divisor de águas para a diferenciação destas hérnias são os vasos epigástricos. As hérnias que ocorrem laterais a esses vasos são as hérnias indiretas,
já as que anunciam mediais a esses vasos são as hérnias diretas, estas ocorrem dentro do triângulo de Calot, que é delimitado pelos vasos epigástricos inferiores, borda
lateral do músculo reto abdominal e ligamento inguinal. Resposta: "Vasos epigástricos inferiores".

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164 - 2022 REVALIDA INEP

» Questão sobre o Programa Nacional de Segurança do Paciente estabelecido pela Portaria n. 529/2013. Este Programa é responsável pela implementação de protocolos, guias
e manuais de segurança do paciente. A Portaria MS/GM no 529/2013 estabelece que um conjunto de protocolos básicos, definidos pela OMS, deva ser elaborados e
implantados: prática de higiene das mãos em estabelecimentos de Saúde; cirurgia segura (Lista de Verificação de Cirurgia Segura); segurança na prescrição, uso e
administração de medicamentos; identificação de pacientes; comunicação no ambiente dos estabelecimentos de Saúde; prevenção de quedas; úlceras por pressão;
transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e uso seguro de equipamentos e materiais. Esses protocolos são os recomendados pela OMS, quer nos desafios globais –
prática de higiene das mãos em estabelecimentos de Saúde; cirurgia segura, quer nas chamadas soluções de segurança para o paciente – medicamentos com nomes e
embalagens semelhantes; controle de soluções eletrolíticas concentradas; garantia da medicação correta em transições dos cuidados (conciliação medicamentosa);
identificação do paciente; comunicação correta durante a transmissão do caso. Tanto a identificação da paciente quanto a comunicação foram medidas corretas realizadas
pelas equipes. Por outro lado, faltaram as checagens realizadas durante a Lista de Verificação da Cirurgia Segura. Lembra que esse checklist é dividido em três momentos:
antes da indução anestésica, antes da incisão e antes do paciente sair da sala de cirurgia, respectivamente, Sign In, Time Out e Sign Out. Antes da indução (Sign In), faltaram
informações como o nome do procedimento e o sítio cirúrgico e demarcação do mesmo. Em relação ao período antes da incisão (Time Out), faltaram medidas importantes
como nova identificação da paciente, lateralidade e procedimento, revisão de passos críticos, riscos intraoperatórios e materiais necessários. Neste momento, o cirurgião
perceberia a ausência do fio necessário. Por fim, antes da paciente deixar a sala de cirurgia (Sign Out), seria necessário confirmar se houve mudanças no procedimento,
contagem de materiais e compressas, relato de problemas e orientações em relação aos cuidados pós-operatórios.

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165 - 2022 IHOA

» A gabapentina pode ser utilizada no pré-operatório para controle multimodal da dor pós-operatória principalmente por facilitar a descontinuação do uso de opioides após a
cirurgia. Gabarito: letra C.

166 - 2022 IHOA

» Sobre hérnias inguinocrurais, vamos avaliar as alternativas: Letra A: incorreta. A cirurgia para correção de hérnia inguinal eletiva é uma cirurgia limpa. Ela não penetra os
tratos digestivo, respiratório nem genitourinário. Essa cirurgia só sera considerada limpa-contaminada ou contaminada em casos de urgência (hérnia estrangulada), em que
seja necessária ressecção de algum segmento de alça intestinal. Letra B: incorreta. A hérnia direta, classificada como IIIA, é mais comumente encontrada em pacientes mais
velhos e sua ocorrência deve-se à fraqueza da parede posterior. Nos mais jovens é mais comum a hérnia Nyhus tipo II (inguinal com anel dilatado). Letra C: incorreta. Na
técnica de Lichtenstein, é fixada uma tela no ligamento inguinal. A técnica, caracteristicamente, é realizada sem tensão. A técnica descrita pela alternativa é a de Bassini.
Letra D: correta. Pessoal, cuidado com esse conceito, que é uma pegadinha clássica sobre esse tema em provas: as hérnias mais comuns seja em homens ou mulheres são as
inguinais indiretas. Entretanto, as hérnias femorais (crurais) ocorrem mais comumente em mulheres do que em homens, diante disso, a alternativa está correta. Pegaram o
conceito? Gabarito: letra D.

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168 - 2022 UFJ

» O trato ileopúbico é uma banda aponeurótica formada pela fáscia transversalis e aponeurose do músculo transverso do abdome. Está localizado posteriormente ao ligamento
inguinal e cruza sobre os vasos femorais. É a visão interna do ligamento inguinal. Mas repare que as estruturas formadoras são diferentes. Respsota: Letra C.

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169 - 2022 UESPI

» Memorize a classificação de ASA porque é muito recorrente em provas: ASA 1: paciente saudável. ASA 2: paciente com doença sistêmica leve, compensada. ASA 3: paciente
com doença sistêmica grave, não incapacitante. ASA 4: paciente doença sistêmica grave, incapacitante, com ameaça constante à vida. ASA 5: paciente moribundo. ASA 6:
paciente com morte cerebral. Doador de órgãos. ASA E: paciente submetido a cirurgia de emergência. Gabarito: letra D.

170 - 2022 UNCISAL

» A questão faz algumas afirmativas sobre a antibioticoprofilaxia na prevenção das infecções cirúrgicas e deseja saber qual é a correta. - Letra A: incorreta. O antibiótico ideal
para a profilaxia cirúrgica deve ser direcionado aos patógenos mais encontrados em cada sítio cirúrgico, e não de largo expectro. - Letra B: incorreta. O ideal é garantir o nível
de antibiótico sérico adequado no momento da agressão tissular. De acordo com a última edição do Sabiston, a administração do antibiótico deve ser feita dentro de 60
minutos antes da incisão cirúrgica e a repetição da dose deve ser feita de acordo com a meia-vida do fármaco e duração do procedimento. - Letra C: incorreta. Nas cirurgias
em íleo terminal, cólon e reto, existe também a necessidade de cobertura para germes Gram-negativos e anaeróbios. Nesses casos, devemos escolher uma cefalosporina de
segunda geração ou a combinação de uma cefalosporina de primeira com metronidazol. - Letra D: correta. Apesar do que foi mencionado na letra B, alguns autores ainda
afirmam que o momento ideal para a aplicação do antibiótico é 30 minutos antes da incisão ou, como se diz nos centros cirúrgicos, durante a indução anestésica. - Letra E:
incorreta. Alternativa D está correta. Resposta: por conta da divergência na literatura, a banca, que inicialmente liberou o gabarito como alternativa D, resolveu anular a
questão.
171 - 2022 UNIRV

» Questão direta sobre tipos espec;ificos de hérnias. A única em que a correspondência não está correta é a letra D. A hérnia de Grynfelt se forma no triângulo lombar superior.
No inferior seria hérnia de Petit. Respsotal: Letra D.

172 - 2022 SES - GO

» Questão decoreba e direta sobre possíveis complicações após hernioplastia inguinal aberta pela técnica Lichtenstein. A última edição do Sabiston (21ª), traz uma tabela com
as principais complicações relacionadas a procedimentos de hernioplastia por via aberta e pela abordagem videolaparoscópica, subdivididas em complicações de pós
operatório imediato e tardio. Nesta tabela estão enumeradas algumas complicações tardias como: Dor crônica (14,3%), recidiva (4,9%), seroma (3%), orquite (2,2%) e
infecção (0,6%). Impotência sexual não estava nem descrita na tabela como possível complicação. Então, vamos avaliar as assertivas: - Segundo o Sabiston, dor crônica é a
principal complicação, ocorrendo em até 14,3% dos casos. Portanto, alternativa correta. - Infecção de ferida operatória estava em último lugar com apenas 0,6%. Alternativa
incorreta. - Orquite isquêmica é esperada em até 2,2% dos casos. Logo, alternativa incorreta. - Impotência sexual não é uma complicação associada às hernioplastias
inguinais. Então, alternativa incorreta. Inicialmente o gabarito dado pela banca foi "orquite isquêmica", porém após o recurso a questão foi anulada. Na opinião do Medgrupo,
o gabarito deveria ter sido alterado para dor crônica.

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173 - 2022 UNCISAL

» Questão tranquila. A hérnia que se anuncia abaixo do ligamento inguinal é a hérnia femoral ou crural. Respsota: Letra E.

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174 - 2022 HNSC

» O clopidogrel é um antiplaquetário usado em pacientes que se submeteram a intervenção coronariana recente e/ou apresentaram uma síndrome coronariana aguda.
Indivíduos com stent convencional possuem um maior risco de trombose intra-stent nos primeiros 30 dias após o procedimento, e naqueles portadores de stent farmacológico
este período é até de um ano. Quando uma cirurgia eletiva está programada, o ideal é que se utilize stent não farmacológico e que se realize a operação, pelo menos, após
um mês da intervenção coronária. Quando o risco de sangramento inerente à cirurgia for médio a elevado, o clopidogrel deve ser suspenso cerca de cinco dias antes da
operação e o AAS mantido em doses mais baixas durante todo o período perioperatório (A INCORRETA). Os betabloqueadores apresentam propriedades anti-hipertensivas e
antianginosas. Por isso, devem ser mantidos no período perioperatório, se bem tolerados, nos usuários crônicos. Não só isso, mas devem ser prescritos em pacientes de risco
intermediário ou elevado de IAM, demonstrado em testes de estratificação de risco pré-operatório (B CORRETA). Pacientes em uso crônico ou intermitente de
corticosteroides podem apresentar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal suprimido. Sendo assim, quando o organismo necessita de cortisol para lidar com o estresse cirúrgico-
anestésico, a produção do hormônio pode não ser suficiente e a pouca quantidade liberada acaba sendo rapidamente consumida, resultando em insuficiência adrenal!
Justamente por isso, não devemos suspender a corticoterapia. Aliás, devemos até suplementar em pacientes utilizando prednisona > 20 mg/dia por período ≥ 3 semanas ou
naqueles que apresentam aspecto cushingoide. Anticonvulsivantes também devem ser mantidos até o dia da cirurgia (C e D INCORRETAS). Resposta: letra B.

175 - 2022 UNIFIMES

» A questão faz algumas afirmativas sobre as hérnias inguinais e deseja saber qual é a correta. - Letra A: incorreta. Os limites do anel femoral são: lateralmente a veia femoral,
superiormente o ligamento inguinal, medialmente o ligamento lacunar, e inferiormente o ligamento pectíneo ou de Cooper. - Letra B: correta. Exatamente! E essa anatomia é
de extrema importância para no momento da cirurgia não lesar essa comunicação quando plicar a tela na borda superior do púbis. - Letra C: incorreta. A hérnia inguinal direta
se origina MEDIALMENTE aos vasos epigástricos inferiores. - Letra D: incorreta. A hérnia inguinal típica da INFÂNCIA é a hérnia inguinal INDIRETA, caracterizada por um defeito
congênito da persistência do conduto peritônio vaginal, e se anuncia lateralmente aos vasos epigástricos inferiores. Já as hérnias inguinais DIRETAS se anunciam
DIRETAMENTE pelo trígono de Hesselbach. Resposta: letra B.

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176 - 2022 UNIFIMES

» A questão faz algumas afirmativas sobre as hérnias de parede abdominal e deseja saber qual é a alternativa incorreta. - Letra A: correta. Os grandes diagnósticos diferenciais
das hérnias inguinais da infância são com a hidrocele e a criptorquidia. - Letra B: correta. As hérnias femorais são aquelas que apresentam o maior risco individual de
estrangulamento (taxa 15-20%), por isso é indicado o reparo tão logo sejam diagnosticadas. Ou seja, nas femorais, sempre realizamos o reparo cirúrgico. - Letra C: correta. As
hérnias inguinais ocorrem em cerca de 1-5% de todos os recém-nascidos e essa taxa aumenta para 9-11% naqueles que são prematuros. Quanto menor for o peso ao
nascimento, maior o risco. Estima-se que, para prematuros entre 500-1000 gramas, o risco seja de 30-40%. - Letra D: incorreta. A hérnia de Amyand é aquela em que o
apêndice vermiforme faz parte do seu conteúdo. Já a hérnia em que ocorre a herniação ou pinçamento da borda antimesentérica da alça intestinal é a de Richter. Resposta:
letra D.

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177 - 2022 HEVV

» Para resolver essa questão, precisamos de um conceito muito importante: quantos kcal tem em um grama de glicose? 3,7 kcal! Tendo esse conceito em mente, o resto da
questão é matemática pura. Em 1g de glicose tem 3,7 kcal. Em 100 ml de soro glicosado a 5%, temos 5 g de glicose, ou seja, em 100 ml o valor calórico total é de 18,5 kcal
(3,7 kcal x 5 g). A reposição do nosso paciente foi a 80 ml/h, portanto, 1920 ml em 24h. Sabemos que em 100 ml temos 18,5 kcal, fazendo a regrinha de três, chegamos que
em 1920 ml temos 355,2 kcal. Logo, melhor resposta: 350 kcal. Gabarito: letra B.
178 - 2022 UESPI

» A questão traz uma paciente idosa, que apesar do diagnóstico ultrassonografico de hérnia inguinal, encontrou no intraoperatório a presença de hérnia femoral (anel inguinal
normal e presença de falha no anel femoral, com saco herniário). O autor quer saber qual a melhor conduta, frente ao achado operatório. Diante disso, vamos analisar as
alternativas: Letra A: incorreta. Hérnias femorais devem ser operadas devido ao risco de encarceramento, exceto quando o risco cirúrgico for proibitivo. Esse não parece ser
o caso de uma paciente de 65 anos, na qual sequer foram descritas comorbidades. Letra B: incorreta. Essa seria a técnica de Linchenstein, usada nas hérnias inguinais e não
nas femorais. O uso das telas por técnica sem tensão (tension-free), reduziu muito o número de recidivas. Letra C: incorreta. A técnica de Bassini (que já está em desuso),
consiste na sutura do ligamento inguinal ao tendão conjunto (músculo transverso e oblíquo interno). Essa técnica também é indicada apenas para hérnias inguinais. Letra D:
incorreta. A técnica de Shouldice é realizada pela sutura de 4 planos musculares e aponeuróticos por meio de imbricação. Essa técnica canadense é utilizda para a correção
de hérnias inguinais. Letra E: correta. Essa é a descrição da técnica de McVay, na qual é realizada a sutura do músculo transverso ao ligamento pectíneo (Cooper) e ao trato
íleo-púbico. Gabarito: letra E.

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179 - 2022 ICEPI

» 1ª parte:Referente à etiologia, as hérnias de parede abdominal podem ser: congênitas, adquiridas ou pós-cirúrgicas. - De fato, separamos as hérnias em defeitos congênitos
(como o conduto peritôniovaginal), adquiridos (como a fraqueza da parede posterior na hérnia inguinal do adulto) e incisionais (ou pós-operatórias). 2ª parte: Quando uma
hérnia encarcerada apresenta sofrimento vascular (isquemia) do seu conteúdo, tem-se uma hérnia estrangulada. - A impossibilidade de redução do conteúdo herniado
(encarceramento) pode gerar edema e aumento da pressão tecidual, impedindo o suprimento sanguíneo. Este quadro isquêmico é o que configura a hérnia estrangulada. 3ª
parte: Hérnia encarcerada dolorosa não redutível ou a suspeita de estrangulamento são situações que exigem encaminhamento imediato para avaliação por cirurgião geral
em caráter de urgência. - Nestas situações, que eventualmente são de difícil diferenciação, a avaliação cirúrgica é mandatória pois um retardo desncessário pode provocar
eventualmente um quadro perfurativo de uma alça intestinal herniada. Respsota: Letra A.

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180 - 2022 HEVV

» Em relação as hérnias incisionais: A- Incorreta: Idealmente o paciente deve ser avaliado em pé para que a própria pressão na cavidade abdominal exerça a protusão real do
conteúdo. B e D- Incorreta: O exame físico já pode ser suficiente para uma avaliação inicial, mas o grande exame é a TC, que nos permite avaliar o volume herniário, o defeito
e outras características. C- Correta: O aumento da PIA é essencial para este tipo de análise. Resposta: Letra C.

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181 - 2022 SMS - PR

» Vamos primeiramente relembrar a Classificação de Nyhus: I: hérnia indireta com anel inguinal profundo normal (até 2 cm); II: hérnia indireta com anel inguinal interno
alargado, porém, com parede posterior preservada; III: defeito na parede posterior com: A (só hérnia direta); B (hérnia indireta com alargamento importante do anel interno
ou destruição da parede posterior); C (hérnia femoral); IV: hérnia recidivada: A (direta); B (indireta); C (femoral); D (mista); Vamos à análise das alternativas: A: Incorreta: as
hérnias recidivadas são tipo IV de Nyhus; B: Correta: como visto acima, as hérnias crurais, são as do tipo III C; C: Incorreta: em ambas as técnicas laparoscópicas (TAP e TEPP)
é utilizada tela; D: Incorreta: as hérnias indiretas são laterais aos vasos epigástricos e as hérnias diretas são mediais; Respsota: Letra B.

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182 - 2022 PSU - AL

» As feridas cirúrgicas podem ser classificadas de acordo com o grau de contaminação em: limpa, limpa-contaminada, contaminada e infectada ou suja. Uma ferida em que há
quebra da técnica cirúrgica, com extravasamento significativo do trato gastrointestinal, feridas traumáticas, inflamação aguda e violação do trato geniturinário ou biliar na
presença de urina ou bile infectada, é dita como CONTAMINADA. Os principais exemplos são as colecistectomias em um quadro de colecistite aguda e em uma colectomia
total com extravasamento de conteúdo fecal para a cavidade abdominal. Nesses casos, a antibioticoprofilaxia é de uso obrigatório! Resposta: letra: C.

183 - 2022 HAC - PR

» Hipertermia malígna (HM) é uma síndrome caracterizada por taquicardia, febre, rigidez muscular, taquipnéia, cianose e outros sinais de estado hipermetabólico. Em relação a
conduta perante à uma crise, o que não devemos fazer ? Letra A: incorreta. O dantrolene é a droga de escolha para tratar a HM. Letra B: incorreta. A hiperventilação com
oxigênio 100% é uma das terapias utilizadas para corrigir o desequilíbrio metabólico. Letra C: correta. Como a etiopatogenia se encontra no descontrole intracelular de cálcio,
não devemos utilizar bloqueador de canal de cálcio. Letra D: incorreta. O resfriamento ativo com cloreto de sódio é importante para diminuir a temperatura corporal. Letra E:
incorreta. Os anestésicos voláteis e a succinilcolina são os mais comumente associados à essa síndrome e portanto devem ser suspensos. Resposta: letra C.

184 - 2022 SMS - PR

» A hérnia de Grynfelt é um tipo de hérnoa lombar que se forma no triângulo lombar superior, sendo a hérnia lombar mais comum: A: Correta: a hérnia de Grynfelt é
caracterizada por uma herniação pelo trígono lombar superior (limitado pela borda inferior da 12ª costela, superiormente; pelo músculo denteado menor, inferiormente; e
pelo músculo oblíquo interno, lateralmente); B: Incorreta: apesar de utilizarmos o epônimo "Amyand" corriqueiramente para qualquer caso em que o apêndice vermiforme
faça parte do conteúdo do saco herniário, historicamente esse nome deveria ser utilizado apenas para os casos de apendicite aguda no interior de uma hérnia inguinal; C:
Incorreta: a hérnia de Littré é caracterizada pela presença do divertículo de Meckel no saco herniário; D: Incorreta: a protrusão de gordura pré-peritoneal pela linha média
pode ocorrer tanto nas hérnias umbilicais quanto nas epigástricas. Resposta: Letra A.

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185 - 2022 UESPI

» As hérnias femorais surgem no anel femoral, medial aos vasos femorais (letra B incorreta). O anel femoral localiza-se no canal femoral, juntos dos vasos femorais. O canal
femoral é delimitado superiormente pelo ligamento inguinal (letra D incorreta), inferiormente pelo ligamento pectíneo (letra C incorreta), medialmente pelo ligamento lacunar
e lateralmente pelo ileopsoas / arco ileopectíneo (letra E incorreta). Uma hérnia femoral é classificada como Nyhus IIIC (letra A incorreta). Como todas as alternativas são
incorretas, a banca, adequadamente, anulou a questão.

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186 - 2022 PSU - AL

» O sinal de Lapinsk consiste em dor à descompressão da fossa ilíaca direita ao elevar o membro inferior direito do paciente. O sinal de Dunphy consiste em dor em fossa ilíaca
direita que piora com a tosse. O sinal de Blumberg consiste em dor à descompressão brusca do ponto de McBurney. Todos os sinais citados são pesquisados durante o exame
físico do paciente com suspeita de apendicite aguda. A manobra de Valsalva, por sua vez, aumenta a pressão intra-abdominal, causando a protrusão da hérnia inguino-
escrotal, auxiliando no diagnóstico dessa condição. Gabarito: letra D.

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187 - 2022 UESPI

» Questão sobre fios cirúrgicos e suas propriedades. Vamos analisar as alternativas: O fio de seda tem bastante maleabilidade e grande capacidade de reter o nó: correta. O fio
de seda por ser um fio multifilamentar (múltiplos filamentos entrelaçados) é um fio mais maleável, ou seja, com pouca memória. Essa propriedade facilita o seu manuseio e
torna o nó mais seguro e estável. O polidioxanona (PDS) é um fio absorvível com resistência inicial maior que o náilon e polipropileno.: correta. O polidioxanona (PDS) é o fio
que apresenta as características do fio ideal: é monofilamentar (não lacera o tecido por onde passa), sintético (apresenta pouca reação inflamatória) e absorvível de longa
duração. Chega a manter a força tênsil por até 90 dias, com tempo de absorção de até 180 dias! Se não fosse pelo preço elevado, seria o fio perfeito. O fio de polipropileno
por ter pouca memória é de fácil manuseio e com grande capacidade de reter o nó: incorreta. Aqui o autor inverteu todas as propriedades desse fio. O propileno ou prolente
apresenta muita memória, visto que é um fio monofilamentar. Por esse motivo, o seu manuseio é mais difícil e apresenta pouca capacidade de reter o nó. A poligalactina 910,
nome comercial Vicryl, é absorvido por hidrólise não enzimático: correta. A poligalactina, também conhecida como Vicryl, é um fio multifilamentar, sintético e absorvível,
apresentando força tênsil por volta de 30 dias e sendo absorvida por hidrólise em no máximo 90 dias. O fio de Náilon de origem sintética, podendo ser monofilamentar ou
multifilamentar trançado: correta. O mononylon ou poliamida, de fato, é um fio sintético, inabsorvível e curiosamente apresenta as duas versões: monofilamentar
(mononylon) ou multifilamentar trançado (poliamida). Resposta: o fio de polipropileno por ter pouca memória é de fácil manuseio e com grande capacidade de reter o nó.

188 - 2022 PSU - AL

» A tela é fixada de maneira contínua ao longo do ligamento inguinal na borda inferior e na parte mais superior, e de maneira esparssa e com pontos separados ao nível do
tendão conjunto. Respsota: Letra A.

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189 - 2022 UEVA

» As feridas cirúrgicas podem ser classificadas de acordo com o grau de contaminação em: limpa, limpa-contaminada, contaminada e infectada ou suja. Uma ferida em que há
penetração do trato gastrointestinal ou respiratório, sem extravasamento significativo de conteúdo, é dita como limpa-contaminada. Os principais exemplos são as cirurgias
orofaríngeas, esofágicas, jejunoileais, biliares, colo-retais, urológicas e ginecológicas. Nesses casos, a antibioticoprofilaxia é de uso obrigatório! Resposta: letra: D.

190 - 2022 PSU - AL

» Em relação a abordagem de uma hénria femoral, as técnicas possíveis são: McVay, abordagem laparoscópica e plug-femoral. Em McVay realiza-se a sutura do tendão
conjunto ao ligamento pectíneo (cooper), fechando o canal femoral. Respsota: Letra C.

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191 - 2022 HMDI

» Vamos analisar as alternativas:Letra A: incorreta. O conteúdo herniado está entre a linha semilunar e o reto abdominal e não na região inguinal.Letra B: incorreta. A
tomografia evidenciou que a massa se tratava de um conteúdo herniário composto por alças intestinais e não de um abscesso por diverticulite.Letra C: incorreta. Não existe
este epônimo para as hérnias especiais. Na verdade, a hérnia descrita é a famosa hérnia de Spiegel, hérnia que ocorre na bainha de Spiegel, região que compreende a linha
semilunar e o reto abdominal.Letra D: correta. Como vimos, esta, de fato, é a melhor resposta e a correção preferencial deve ser através de videolaparoscopia.Resposta: letra
D.

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192 - 2022 HNSC

» O catgut é um fio natural biológico, absorvível, multifilamentar, constituído de fibras colágenas provenientes da submucosa do intestino delgado de ovelhas ou da serosa
intestinal de bovinos. Essas fibras são torcidas e passam por processo de polimento de precisão, o que confere ao fio a aparência de monofilamentar (somente a aparência),
sendo esta a explicação da grande discussão bibliográfica quanto à composição de seus filamentos (A INCORRETA). O fio de seda é um fio inabsorvível, natural e biológico
(obtido do bicho-da-seda), constituído de fibras multifilamentares retorcidas ou entrelaçadas. Embora seja classificado como não absorvível, o fio de seda é degradado ao
longo dos anos, perdendo sua resistência tênsil em aproximadamente um ano (B INCORRETA). A poliglactina representa um fio sintético e multifilamentar. Apresentam menor
reação inflamatória e taxas de infecção inferiores ao catgut (simples e cromado). Sua reabsorção ocorre por hidrólise, sendo completamente absorvido em 56 a 70 dias
(Vicryl® e Vicryl Plus® – violeta) e em torno de 42 dias (Vicryl RAPID® – incolor). Utilizado em cirurgias gastrointestinais, urológicas, ginecológicas, oftalmológicas e na
aproximação do tecido celular subcutâneo (C CORRETA). O propilpropileno é um fio sintético e MONOfilamentar, fabricado com propileno polimerizado (Prolene®). Mantém
sua resistência tênsil mesmo após vários anos de sua utilização. Produz pouca reação tecidual e é facilmente removível. Pode ser utilizado mesmo em regiões infectadas (D
INCORRETA). Resposta: letra C.

193 - 2022 EMCM

» A onicocriptose caracteriza-se pela incrustação de uma espícula (pedaço) da lâmina ungueal na pele, famosa "unha encravada". Pode ser ocasionada por trauma ou genética,
causa dor e pode evoluir na falta de cuidados ao granuloma piogênico, onde seu tratamento consiste na remoção da espícula. Por este motivo, a conduta deve ser realização
do descolamento ungueal seguido de uma avulsão parcial do segmento encravado.Resposta: letra B.

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194 - 2022 HAC - PR

» A questão deseja saber qual é a alternativa INCORRETA em relação às recomendações pré-operatórias de ervas naturais. - A ephedra é popularmente usada para promover
perda de peso, aumentar energia e para condições respiratórias como asma e bronquite. Causa aumento da pressão arterial e frequência cardíaca dose dependente.
Pacientes que fizeram ingestão de ephedra e halotano têm maior risco de desenvolver arritimias ventriculares. Também pode causar miocardite de hipersensibilidade. O uso
crônico pode causar depleção de catecolaminas endógenas e contribuir para instabilidade hemodinâmica intraoperatória. Seu uso deve ser descontinuado no mínimo 24 horas
antes da cirurgia. - O alho é usado como anti-hipertensivo e possui ação de inibição plaquetária e aumento da fibrinólise. Se utilizados juntos com medicamentos inibidores
da agregação plaquetária podem contribuir para o risco de sangramento perioperatório. Por isso, é recomendado que o alho seja suspendido pelo paciente pelo menos sete
dias antes do procedimento cirúrgico. - A erva-de-são-joão (Hypecium perforatum), que é utilizado no tratamento da depressão leve a moderada, reduz níveis séricos de
vários fármacos (como antidepressivos triciclicos, amitriptilina, carbamazepina, fenitoína, fenorbabital, anticoagulantes devido à indução das enzimas hepáticas - citocromo
P450. A literatura é controversa em relação a quanto tempo antes da cirurgia deve ser suspendida a erva-de-são-joão, alguns autores indicam cinco dias e outros sugerem
duas semanas, mas não apenas 24 horas antes da cirurgia como diz a alternativa. - A valeriana é utilizada como um ansiolítico natural e, por isso, tem como efeito
farmacológico a sedação. Seu uso durante um procedimento anestésico pode determinar aumento dos efeitos sedativos dos anestésicos e síndrome de abstinência aguda,
parecida com a dos benzodiazepínicos. Resposta: Erva-de-são-joão apresenta inclusão de enzimas P450 citocrômicas e a recomendação é de descontinuar 24 horas antes da
cirurgia.

195 - 2022 HAC - PR

» A questão aborda sobre o propofol, medicamento tradicionalmente utilizado como hipnótico. Vamos relembrar os principais aspectos relacionados a essa droga. - Mecanismo:
o propofol age através da ativação GABA e modulação da região do sono no hipotálamo. Apresenta lipofilia (penetra facilmente no sistema nervoso central). - Efeitos: o
propofol possui efeitos sedativos, amnésicos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares (incluindo broncodilatação). O medicamento não possui efeito
analgésico. - Ação: sua ação tem início em menos de um minuto e dura até dez minutos. - Vantagens do sedativo: potente medicamento hipnótico, com início imediato e
rápido despertar do paciente após a descontinuação da medicação. Além disso, o metabolismo da medicação não é alterado em pacientes com comprometimento hepático ou
renal. Além disso, o propofol possui poucas interações medicamentosas significativas, é facilmente titulável, diminui efetivamente a pressão intracraniana e o metabolismo
cerebral e controla convulsões refratárias. - Desvantagens do sedativo: apresenta efeitos potencialmente adversos - hipotensão, bradicardia, arritmias, depressão respiratória,
diminuição da contratilidade miocárdica, elevação de triglicerídeos, dor no local da injeção periférica e síndrome de infusão de propofol (geralmente associada a grandes
doses e tempo prolongado de uso). Resposta: alternativa C.

196 - 2022 CERMAM

» A questão pede a incorreta, vamos analisar:A) Correta. Paciente sem nenhuma comorbidade é, de fato, considerado ASA I.B) Correta. Nenhuma comorbidade por si só
contrandica este procedimento, principalmente sobrepeso que nem é considerado uma comorbidade.C) Correta. Ambos fazem a utilização de prótese, portanto, necessitam
de antibioticoprofilaxia.D) Incorreta. Paciente com menos de 45 anos e sem qualquer comorbidade não necessita de nenhum exame pré-operatório.Gabarito: letra D.

197 - 2022 CERMAM

» Questão com alternativas sobre hérnias do canal inguinal em que é pedida a INCORRETA. Vamos à análise: A: Correta: no intraoperatório foi identificada a presença do
apêndice cecal no saco herniário; apesar de utilizarmos o epônimo "Amyand" corriqueiramente para qualquer caso em que o apêndice vermiforme faça parte do conteúdo do
saco herniário, historicamente esse nome deveria ser utilizado apenas para os casos de apendicite aguda no interior de uma hérnia inguinal; B: Incorreta: a hérnia tipo IIIC
seria a presença de hérnia femoral (crural); nosso paciente apresenta a hérnia do tipo IIIB: presença de defeito na parede posterior associada a presença de hérnia indireta; C:
Incorreta: a técnica descrita pela questão é a técnica de Linchenstein; D: Incorreta: a hérnia do nosso paciente se localiza tanto dentro dos limites do triângulo de Hesselbach
(hérnia direta - defeito na parede posterior) quanto fora de seus limites (hérnia indireta - saco herniário protruso através do anel inguinal interno/profundo); Vemos então que
a questão possui 03 alternativas incorretas o que gerou anulação da questão após recurso.

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198 - 2022 HMDI

» O primeiro passo deve ser estratificar a probabilidade de tromboembolismo pulmonar (TEP). Para isso, devemos lançar mão do escore de Wells para TEP (imagem). De acordo
com este critério, o nosso paciente recebe 3 pontos (1,5 por FC > 100 bpm e 1,5 por cirurgia recente), logo, apresenta um risco intermediário para TEP. Neste caso, a conduta
mais sensata seria lançar mão do D-dímero e também de um exame de imagem como a angioTC, por exemplo, até porque o D-dímero pode se apresentar elevado pela
própria cirurgia recente. Por isso, a melhor resposta seria a letra B, mas infelizmente a banca manteve como gabarito oficial a letra A. Resposta: letra A.

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199 - 2022 IHOA

» O manejo pré-operatório da varfarina não é um bicho de sete cabeças. Podemos abordar o indivíduo com base em duas perguntas. Vamos lá... 1- Qual é o risco de
sangramento do procedimento? Se for mínimo, não é necessário interromper a medicação. Porém, se o risco for baixo (ex: colecistectomia), moderado ou alto, a droga deve
ser suspensa. Nestes casos, devemos nos fazer a pergunta 2. 2- Qual é o risco tromboembólico do paciente*? Se for baixo ou moderado, suspendemos a varfarina 5 dias
antes do procedimento e não há necessidade de realizarmos uma terapia anticoagulante “ponte” com heparina de baixo peso molecular (HBPM) – mas cuidado para não se
confundir! Muitos desses pacientes ficam internados, com mobilidade restrita. A HBPM deve ser prescrita nessas situações, mas em dose profilática (a profilaxia não é
considerada uma terapia anticoagulante “ponte”). Caso o risco tromboembólico seja elevado, é preciso suspender a varfarina com a mesma antecedência e, neste caso,
prescrever a HBPM em dose terapêutica. Esta medicação deve ser iniciada 3 dias antes do procedimento, aproximadamente, e suspensa 24 horas antes dele. Cabe ressaltar
que a cirurgia só deve ser realizada se o INR for < 1.5. *Uma série de parâmetros são levados em consideração para definir o risco tromboembólico do paciente. Os fatores
mais importantes que indicam risco elevado são: CHA2DS2VASc de 7-9, CHADS2 de 5-7, doença reumática valvar, trombofilia, tromboembolismo venoso nos últimos 3 meses,
AIT/AVEi nos últimos 6 meses e prótese valvar mitral (lembrando que pode haver certa divergência na literatura em relação a esses itens). Embora não entre em detalhes em
relação aos riscos de sangramento do procedimento e tromboembólico do paciente, a alternativa C é a única que apresenta uma conduta correta, de fato. Resposta: letra C.
200 - 2022 HAC - PR

» Analisando-se as assertiva sobre o uso de opioides: - Letra A: incorreta. Nem todos os opioides causam anestesia profunda e importante depressão cardíaca. Por esse motivo,
quando um paciente é submetido a uma cirurgia com anestesia geral, frequentemente associam-se opioides e sedativos. Por outro lado, existem opioides leves que produzem
não produzem anestesia profunda e não causam importante depressão cardíaca, especialmente em baixas doses. Um exemplo é o tramadol. - Letra B: incorreta. A simples
infusão de um opioide não infere na necessidade de utilização de agentes inalatórios. Muitas vezes são utilizados apenas sedativos endovenosos. Na anestesia geral, os
opioides podem ser utilizados tanto como anestésicos como para a redução de complicações relacionadas à intubação. - Letra C: incorreta. Alguns opioides, quando utilizados
em doses muito altas podem causar hipnose e amnésia. - Letra D: incorreta. Para a manutenção da anestesia, geralmente, são utilizados opioides mais potentes, como o
fentanil e seus derivados. - Letra E: correta. O fentanil possui alta lipossolubilidade, e, por isso, apresenta rápido início de ação. Sua meia-vida é de 30 a 60 minutos. Por esse
motivo, é normalmente utilizado na manutenção da analgesia. Resposta: alternativa E.

201 - 2022 HPP

» Há algumas décadas, a Sociedade Americana de Anestesiologia (American Society of Anesthesiologists - ASA) desenvolveu uma classificação do risco pré-operatório,
tradicionalmente conhecida como risco ou classificação ASA. Este escore (modificado recentemente) ainda é considerado por muitos como um bom determinante da
mortalidade operatória. Durante sua realização, são levados em conta o estado físico do paciente (através de uma análise subjetiva) e a presença ou não de morbidades (veja
a tabela abaixo). A questão deseja saber o que é considerado ASA III. De acordo com esta classificação, o paciente ASA III é aquele que apresenta uma doença sistêmica
grave que impõe limitação funcional significativa, mas não incapacitante. Como exemplo temos: diabetes mellitus com complicação vascular ou pobremente controlado;
história de IAM > 3 meses; história de doença coronária com uso de stent > 3 meses; história de AVC ou AIT > 3 meses; Angina pectoris estável, HAS não controlada, redução
moderada da fração de ejeção, marca-passo implantado; Insuficiência renal crônica em diálise, obesidade mórbida (IMC > 40), hepatite crônica, abuso ou dependência de
álcool, DPOC. Resposta: letra A.

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202 - 2022 HAC - PR

» No Mallampati I (figura B), é possível visualizar: palato duro, palato mole, úvula, fauces e pilares. No Mallampati II (figura C), é possível visualizar palato duro, palato mole,
úvula e fauces. No Mallampati III (figura D), é possível visualizar palato duro, palato mole e base da úvula. No Mallampati IV (figura A), é possível visualizar apenas palato
duro. Gabarito: B, C, D, A.

203 - 2022 UEMA

» O fentanil é um derivado opioide cerca de 100 vezes mais potente que a morfina (LETRA C CORRETA) e, a exemplo de todos os opioides, a resposta analgésica à
administração intravenosa é altamente variável - sua estrutura lipofílica permite que haja penetração rápida na barreira hematoencefálica (LETRA E CORRETA). A função
anestésica do fentanil é moderar as respostas cardiovasculares a estímulos dolorosos produzidas por laringocospia e intubação, bem como incisão cutânea e estresse
cirúrgico. Não é uma droga associada frequentemente à depressão miocárdica (LETRA A INCORRETA), porém, assim como todos os opioides, pode causar depressão
respiratória e sedação grave (LETRA B CORRETA). Náusea, vômito e redução dos movimentos intestinais também são efeitos adversos esperados. Codeína, morfina e
meperidina têm a maior capacidade de liberação de histamina, enquanto tramadol, fentanil e remifentanil não liberam histamina e são melhores para administração em
pacientes com doença pulmonar, por consequentemente induzirem menos tosse (LETRA D CORRETA). Resposta: letra A.

204 - 2022 HPP

» Na questão temos um paciente jovem, vítima de trauma por atropelamento e com fratura exposta de fêmur. Repare que ele ainda possui alteração do nível de consciência e
necessitou utilizar até hemocomponentes para compensar o choque. Guarde essas últimas informações, pois serão relevantes para definir a resposta. Letra A: incorreta. A
anestesia local não seria suficiente para bloquear os estímulos dolorosos no tratamento definitivo de uma fratura exposta de fêmur. Letra B: incorreta. Essa alternativa foi a
que gerou confusão e dúvidas em alguns alunos. No entanto, pensem o seguinte: Para se realizar bloqueio neuroaxial (como no caso da anestesia raquidiana), o paciente
deve ser colaborativo e não pode haver contraindicações (como coagulopatia, infecção local, sepse, hipovolemia e hipertensão intracraniana). Percebam que o nosso paciente
está com alteração do nível de consciência e não podemos afirmar que não possua coagulopatia, uma vez que está com choque compensado após utilização de ringer e
hemocomponentes! Embora a questão não nos de dados suficientes (como quantidade de hemoderivados transfundidos) para pensarmos em coagulopatia após transfusão
maciça, não podemos afastar essas alterações. Letra C: incorreta. Pelo mesmo motivo da alternativa anterior, tendo em vista que a anestesia peridural também é uma
modalidade de bloqueio neuroaxial, assim como a raquianestesia. Letra D: correta. Diante dos dados fornecidos pela questão, sem dúvidas, a melhor modalidade seria a
anestesia geral. Resposta: letra D.

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205 - 2022 UDI

» Em relação a classificação de Nyhus, vamos avaliar as alternativas: A- Correta: o tipo IV identifica as hérnias recidivadas. B- Correta: não é esta a definição exata, mas
podemos considerar como sendo correta. Tipo I, se anunciam através do anel inguinal interno, mas sem destruit este anel, ou seja, ainda sem dilatação. C- INCORRETA: De
fato, tipo III indica defeito na parede posterior, agora são subdivididas em A, B e C. D- Correta: mais uma vez, por mais que não seja a definição exata, a opçõe é sim correta.
E- Correta: Nyhus III C e IV C indicam hérnias femorais. Única incorreta letra C. No entanto a banca liberou e manteve como gabarito a letra D.

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206 - 2022 HPP

» Questão bem pertinente sobre complicações de ferida operatória. O caso é de um paciente que foi submetido à herniorrafia com implante de tela e que no 7º dia de pós-
operatório evoluiu com aumento progressivo de volume na região operada. Note que no exame físico não havia suspeita de infecção de sítio cirúrgico e que a tumoração
apresentava consistência macia. Diante disso, vamos avaliar as alternativas: Letra A: correta. Os seromas ocorrem por acúmulo de linfa após a dissecção do tecido celular
subcutâneo e secção dos ductos linfáticos superficiais desse local. A obesidade aumenta ainda mais o risco dessa complicação. Como esse líquido acumulado inicialmente é
"estéril" basta realizarmos a punção local e esvaziamento para resolução do quadro. Letra B: incorreta. A banca foi categórica em deixar claro que não haviam sinais
flogísiticos locais no exame físico. Além disso, também não mencionou que o paciente apresentou febre ou outros achados sugestivos. Portanto, não devemos pensar em
abscesso. Letra C: incorreta. Hematomas ou coágulos normalmente ficam com consistência um pouco mais endurecida e podem acompanhar equimoses na pele. Letra D:
incorreta. Com a descrição do aumento como progressivo descartamos essa alternativa. Se o autor referisse abaulamento súbito, principalmente, após algum esforço físico,
tosse ou qualquer outra situação que aumentasse a pressão intra-abdominal abruptamente seria outra história. Resposta: letra A.

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207 - 2022 CESUPA

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A linha alba é uma faixa fibrosa que fica no centro da bainha dos retos abdominais, portanto, é uma faixa fibrosa formada pela
junção aponeurótica do músculo oblíquo externo, interno e transverso. B) Correta. A linha semilunar de Spiegel é formada pela transição da parte muscular e aponeurótica do
músculo transverso. A camada aponeurótica entre o músculo reto medialmente e a linha semilunar lateralmente, sobretudo abaixo da cicatriz umbilical, devido ao seu
aspecto fusiforme e convexo, é denominada de zona, faixa ou aponeurose de Spiegel. C) Incorreta. As hérnias epigástricas devem ser corrigidas, já as hérnias umbilicais
podem ser observadas, pois ocorrem "amadurecimento" e fechamento em boa parte dos casos. D) Incorreta. Nos grandes defeitos da parede abdominal, a conduta de escolha
deve ser tratamento com utilização de telas, caso contrário, as taxas de recidiva são alta. Gabarito: letra B.

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208 - 2022 HECI

» Vamos analisar as assertivas: I - Incorreta. Em relação ao preparo do paciente, a grande recomendação é que o banho deve ser somente com água e sabão na noite anterior
ou, preferencialmente, na manhã da cirurgia, sem necessidade de degermação na topografia da incisão, esta última não demonstrou nenhum benefício na prevenção de
infecção do sítio cirúrgico. II - Incorreta. Evitar a hiperglicemia e otimizar a oxigenação são de fato medidas que contribuem na prevenção de infecção de sítio cirúrgico, mas a
indução da hipotermia piora a perfusão por promover vasoconstrição da microcirculação. III - Correta. A antibioticoprofilaxia deve ser preferencialmente realizada
imediatamente antes da incisão cirúrgica, mas também pode ser realizada num período máximo de 1 a 2 horas antes da cirurgia. Geralmente, o antibiótico profilático é
realizado somente pelo período operatório, mas, em caso de cirurgias com próteses sintéticas, ele é prolongado por no máximo 24 horas. A assertiva III é a única correta.
Portanto, gabarito: letra A.

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209 - 2022 CESUPA

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. A tricotomia deve ser feita antes da degermação, ou seja, o mais póximo possível da incisão cirúrgica. B) Incorreta. Para prevenir
infecções realizamos a antibioticoprofilaxia e não antibioticoterapia. C) Correta. Se existe presença confirmada de infecções comunitárias antes do ato cirúrgico, sem dúvidas,
devemos realizar o tratamento das mesmas antes e adiar a cirurgia para evitarmos infecções catastróficas. D) Incorreta. Em pacientes com uso contínuo, suspender o
corticoide de forma abrupta pode levar a uma insuficiência adrenal, portanto, doses de corticoide devem ser administradas durante o próprio ato operatório (50 mg de
hidrocortisona durante a indução anestésica e 25 mg de 8/8h durante 24-48h). Gabarito: letra C.

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210 - 2022 CERMAM

» Questão de clínica-cirúrgica sobre TVP. O enunciado nos traz uma paciente vítima de trauma ortopédico com fraturas importantes e que no 2o PO apresentou sinais de
trombose de MMII. Observe que a paciente, de fato, apresenta alguns fatores de risco para o tromboembolismo venoso como: Idade > 40 anos, histórico recente de trauma,
presença de fraturas e imobilização. Sua pontuação pelos critérios de Caprini também está elevada (fratura de quadril/pelve = 5 pontos; cirurgia grande porte = 2 pontos;
idade 41-60 anos = 1 ponto; restrição ao leito = 1 ponto), totalizando 9 pontos (alto risco). Se avaliada pelo escore de Caprini ortopédico, ja seria de alto risco também (com
40-80% de TEV sem profilaxia), apenas pelo fato da correção cirurgica da fratura de quadril. Então vamos às alternativas: Letra A: incorreta. A dosagem sérica de D-dímero
ACIMA (e não abaixo) de 350ng/ml sugere o diagnóstico e ainda não exclui a necessidade de investigação adicional com tomografia (angio TC), tendo em vista, que o D-
dímero não é específico e ainda pode estar elevado devido ao pós-operatório recente e história de trauma. Letra B: correta. A presença de fraturas já classificam a paciente
como de alto risco. Nestes casos devemos realizar a profilaxia medicamentosa, que pode ser feita com heparina de baixo peso molecular na dose de 40mg 1x/dia, associada a
profilaxia mecânica (botas pneumáticas inicialmente e meia elástica de média compressão posteriormente). Letra C: correta. É exatamente isso que a ultrassonografia com
doppler faz, ao avaliar compressibilidade da veia acometida e os parâmetros do fluxo sanguíneo dos vasos. Além disso, este exame permite a avaliação da extensão do
trombo. Letra D: correta. São consideradas como opção de tratamento inicial dessa paciente: Heparina de baixo peso molecular (enoxaparina e dalteparina), heparina não
fracionada, fondaparinux, antagonistas da vitamina K (varfarina), Rivaroxabana e Dabigatran. Resposta: letra A.

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211 - 2022 SES - PB

» Bom, o próprio enunciado já afirma que o paciente precisa ser submetido à estratificação de risco cardiovascular antes da cirurgia para correção de aneurisma de aorta
abdominal. Logo de cara, fica claro que não podemos indicar um teste ergométrico, pois o eletrocardiograma de base possui alterações que podem mascarar evidências de
isquemia induzidas pelo esforço e há limitação física. Nessas situações, podemos lançar mão de dois exames que “estressam” o coração sem a necessidade de atividade
física: a cintilografia de perfusão miocárdica e o ecocardiograma, ambos com estresse farmacológico (as imagens obtidas em repouso não servem, isoladamente, para
estratificar o risco). A coronariografia, embora seja o exame padrão-ouro para o diagnóstico de doença coronariana, não deve ser indicada para todos por se tratar de um
procedimento invasivo e com risco de complicações. Na imagem anexada ao comentário, reunimos suas principais indicações. Vamos comentar brevemente sobre os outros
exames citados: Angio-TC de coronárias: método sensível para detecção de aterosclerose coronariana. Porém, o valor de um resultado positivo é incerto: a partir dela, não
sabemos, por exemplo, se a lesão detectada causa repercussão clínica ou a extensão da área isquêmica. Teste cardiopulmonar (ergoespirometria): é uma combinação do
teste ergométrico com a análise do ar espirado pelo paciente. É um exame útil para a avaliação de dispneia, por exemplo. Não é um teste de primeira linha para a
investigação de doença coronariana. Resposta: letra A.

212 - 2022 SMS - PR

» A succinilcolina é usada extensivamente como bloqueador neuromuscular no cenário de emergência devido à sua rapidez de início e término e às condições consistentes de
intubação que proporciona. No entanto, a lista de efeitos adversos dessa medicação é extensa e inclui fasciculações, hipercalemia, bradicardia e espasmo do masseter (nesse
último caso, deve-se associar bloqueador neuromuscular não despolarizante se a laringoscopia for prejudicada). Por isso, a succinilcolina é contraindicada em pacientes com
história pessoal ou familiar de hipertermia maligna e em pacientes considerados de alto risco de desenvolver hipercalemia. Neste último grupo, podemos citar como
exemplos: lesão por esmagamento (pelo risco de rabdomiólise), insuficiência renal aguda, síndrome de lise tumoral, queimaduras, imobilização prolongada, etc. Portanto,
dentre as alternativas, apenas a intoxicação pelo paracetamol não é uma contraindicação à succinilcolina. Basta lembrar que, clinicamente, a grande marca da intoxicação
pelo paracetamol é o dano hepático e a metabolização da succinilcolina é plasmática - ela é rapidamente hidrolisada pela pseudocolinesterase plasmática em metabólitos
inativos. Resposta: letra A.
213 - 2022 UDI

» Vamos avalair as alternativas: A- Correta. Na infância elas são congênitas e derivam do fechamento incompleto, da patência, da persistência do conduto peritonio-vaginal. B-
Correta. As hérnias inguinais acometem de 1 a 5% dos bebês a termo, percentual que sobe de forma significativa nos prematuros. C- Incorreta: As hérnoas femorais se
anunciam ABAIXO do ligamento inguinal. D- Correta: É a descrição de uma hénria indireta. E- Correta: A incidência é maior em meninos (cerca de 6x mais frequente), à direita
(60%, vs 30% à esquerda e 10% bilateral) e com aumento importante nos prematuros (com incidência de até 30 a 40% nos recém-nascidos com menos de 1000g. Respsota:
Letra C.

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214 - 2022 HMDI

» O objetivo da antibioticoprofilaxia é prevenir a infecção do sítio cirúrgico, reduzindo a carga de microrganismos no local durante o procedimento. Deve ser iniciada nos 60
minutos anteriores à incisão cirúrgica para otimizar os níveis adequados do fármaco no organismo. A administração de vancomicina ou de fluoroquinolona, no entanto, deve
começar 120 minutos antes da incisão cirúrgica devido aos tempos de infusão prolongados necessários para esses medicamentos. Alguns estudos sugerem menor risco de
infecção com o início da administração de antimicrobianos dentro de 30 minutos antes da incisão cirúrgica, embora os dados até agora sejam insuficientes para apoiar esta
abordagem como prática de rotina. Gabarito da banca: letra D. Gabarito do MEDGRUPO: letra B.

215 - 2022 UNESC - ES

» O enunciado não especificou mas, olhando para as alternativas, fica evidente que a banca quer saber sobre a sequência rápida de intubação. Então, primeiramente, vamos
entender o raciocínio por trás deste método... Em todos os cenários de intubação do médico clínico emergencista e/ou intestivista, o procedimento é feito em uma situação de
urgência ou emergência. Isso é extremamente relevante, porque, grande parte das vezes, sequer temos informação adequada sobre a última refeição do paciente. Como
consequência, devemos evitar, sempre que possível, a ventilação externa sob pressão com bolsa-válvula-mascara (o famoso ambu) - isso reduz o risco de hieprinsuflação
gástrica, regurgitação e broncoaspiração. Por outro lado, ao sedar o paciente no procedimento, ele perde o controle respiratório… A solução proposta foi criar um esquema
para induzir rapidamente a sedação e realizar a intubação com sucesso logo na primeira tentativa - técnica que ficou conhecida como sequência rápida de intubação.
Classicamente, o esquema é feito com três drogas em sequência: (1) Agentes pré-tratamento: usados com a intenção de reduzir o reflexo simpático que pode ocorrer durante
a laringoscopia. A medicação mais utilizada aqui é o Fentanil. (2) Hipnótico/ sedativo: devem ser escolhidos de acordo com as particularidades de cada caso. Os mais usados
são propofol, midazolam, etomidato e quetamina. (3) Bloqueadores neuromusculares: reduzem o tônus muscular do paciente e facilitam a laringoscopia. O rocurônio e a
succinilcolina são os mais frequentemente usados. Resposta: fentanil - etomidato - rocurônio.

216 - 2022 HECI

» Pessoal, vamos lá: A questão afirma corretamente que a realização de analgesia peridural reduz a taxa de infarto agudo do miocárdio no intraoperatório e no pós-operatório,
em virtude da redução de dor e das suas consequências (hipertensão, arritmia e aumento do trabalho cardíaco). Sabe-se que a utilização de analgesia peridural,
especialmente em região torácica e quando mantida por mais de 24 horas, reduz a incidência de mortalidade por infarto agudo do miocárdio no pós-operatório. Pelo fato de
que até 0,4% de todos os pacientes nos Estados Unidos submetidos a uma cirurgia apresentam infarto agudo do miocárdio no pós-operatório, alguns estudos, inclusive,
sugerem a realização da anestesia peridural em todos os pacientes de alto risco cardiovascular. Isso se justifica, em grande parte, pela possibilidade de manutenção do
dispositivo para controle da dor pós-operatória e das suas consequências. Outras vantagens da anestesia peridural incluem: ausência de risco de cefaleia pós-punção,
possibilidade de manutenção da anestesia no pós-operatório e seleção objetiva do nível anestesiado. Resposta correta: alternativa D.

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217 - 2022 CESUPA

» Sobre deiscência de feridas cirúrgicas, vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Diversos fatores que impactam local ou sistemicamente, podem causar deiscência:
desnutrição, idade avançada, erros técnicos (sutura muito longe da borda, pontos frouxos e muita tensão), infeção de sítio cirúrgico profundo, hematomas de parede,
obesidade, aumento da pressão intra-abdominal, doenças sistêmicas, deficiência de vitamina C e zinco. Letra B: incorreta. Em diversas situações pode-se optar pelo manejo
conservador, com tratamento cirúrgico posterior. Deiscências parciais de pele, por exemplo, podem serem observadas e aguardar o fechamento por segunda intenção. Em
casos de eventração, no qual há deiscência da sutura da aponeurose, porém com integridade da sutura da pele, pode-se permitir a formação de uma hérnia incisional e optar
pela abordagem posteriormente. Letra C: incorreta. As telas sintéticas são uma excelente alternativa em caso de deiscência, porém tem seu uso limitado, princiapalmente se
a deiscência ocorreu devido à infecção local. Letra D: incorreta. O uso de fio adequado, inabsorvível ou de absorção lenta, é fundamental para prevenção da deiscência
aponeurótica. Porém, a sutura sob tensão elevada é considerado má técnica e, diante disso, também é considerado um fator que predispõe à maior risco desta complicação.
Resposta: letra A.

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218 - 2022 HNSC

» Questão decoreba! Todas os fatores descritos aumentam o risco de complicações pós-operatórias, em especial de complicações cardiopulmonares como infarto agudo do
miocárdio e tromboembolismo pulmonar. Porém, de todos os fatores descritos, o que tem a maior taxa de risco é a idade avançada, sobretudo quando superior a 80 anos.
Resposta: letra B.

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219 - 2022 CESUPA

» A respeito de reconstruções cirúrgicas, vamos avaliar as alternativas: Letra A: correta. Existem diversas opções de anastomoses do trato digestivo, que serão guiadas por
aspectos técnicos ou viabilidade, seja pela anatomia do paciente, seja pelo local em que será realizada a anastomose. Anastomoses término-terminais mecânicas, por
exemplo, tendem a ser utilizadas em espaços de difíceis acesso, como reto baixo ou esôfago-jejunal após gastrectomia total. Já as látero-laterais, por não apresentarem
limitação pelo diâmetro original da luz, tem maior possibilidade de amplitude, embora qualquer diâmetro maior que a luz original não apresente benefício adicional. Letra B:
incorreta. As anastomoses mecânicas com grampeadores lineares são validadas por estudos e pelas recomendações dos próprios fabricantes, sem necessidade de linha de
sutura adicional. Existem, inclusive, grampeadores (originalmente criados para o uso na laparoscopia) com três linhas de grampo (EndoGIA®), os quais são considerados
ainda mais seguros. Apesar disso, na prática, muitas equipes "por precaução" optam por realizar essa sutura de reforço, mesmo não sendo obrigatória. Letra C: incorreta. As
entero-entero anastomoses são habitualmente realizadas com excelentes resultados por meio de suturas contínuas, garantido também que não haja vazamento de conteúdo
entérico. Todos os estudos que compararam anastomoses com pontos simples versus contínuo, não conseguiram provar a superioridade entre uma técnica ou outra. Letra D:
incorreta. Nos tumores de reto extraperitoneais, particularmente nos de reto baixo, a radioquimioterapia neoadjuvante tem aumentado a possibilidade de preservação
esfincteriana, reduzindo o percentual de pacientes submetidos à amputação abdomino-perineal (também conhecida como cirurgia de Miles). Por esse motivo, houve então
uma redução das colostomias definitivas e não aumento nas últimas décadas. Resposta: letra A.

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220 - 2022 UEMA

» Vamos às alternativas: - Letra A: incorreta. A hérnia de Morgagni consiste na herniação do diafragma. - Letra B: correta. A hérnia de Richter consiste no encarceramento ou
estrangulamento da borda antimesentérica intestinal. Pode se formar em defeito grande o suficiente para o intestino entrar, mas pequeno o suficiente para evitar a herniação
de uma alça intestinal inteira. O local mais comum é no canal femoral (36 a 88%), onde a hérnia pode ser facilmente confundida com um linfonodo aumentado. - Letra C:
incorreta. A hérnia de Littré consiste na herniação do divertículo de Meckel. - Letra D: incorreta. A hérnia de Spiegel consiste na herniação do conteúdo abdominal através da
aponeurose de Spiegel, localizada entre a linha semilunar e a borda lateral do músculo reto abdominal. - Letra E: incorreta. A hérnia obturadora consiste na herniação do
conteúdo abdominal através do canal obturador. Gabarito: letra B.

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221 - 2022 UEMA

» O sinal de Howship-Romberg é caracterizado por dor localizada na face medial da coxa devido à compressão do nervo obturador ao realizar extensão e adução do membro.
Gabarito: letra E.

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222 - 2022 SMSCG

» A força de arrasto está associada ao material utilizado e a forma do fio (mono ou multifilamentar). Os fios multifilamentares como algodão, seda e poliglactina são os que
apresentam as maiores força de arrasto. O Nylon (poliamida) e aço são monofilamentares, mas, comparando somente o material, a poliamida é o fio que apresenta a menor
força de arrasto. Resposta: letra C.

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223 - 2022 UFCSPA

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. Nem sempre vai precisar de drenagem, em seromas de pequena monta e assintomático, o manejo deve ser conservador. B)
Correta. O tratamento inicial, para os seromas sintomáticos, deve ser somente com aspiração e curativo compressivo. Em casos recidivantes, em mais de duas recidivas, a
conduta deve ser abertura da ferida para dreanagem de todo o seroma. C) Incorreta. Como vimos, o tratamento inicial deve ser feito através de aspiração. Se recidivante, aí
sim, realizaremos abertura da ferida. D) Incorreta. No seroma refratário, o tratamento deve ser abertura e curativo compressivo somente, não necessitando de curativo com
pressão positiva (aspiração a vácuo). Gabarito: letra B.

224 - 2022 SESAP

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. Existem diversas causas para febre no pós-operatório, dentre elas: atelectasia, sindrome da resposta inflamatória sistêmica, fístulas,
coleções intra-abdominais, pneumonias, infecção do trato urinário, dentre outras. Ou seja, a infecção de sítio cirúrgico corresponde a uma fração de causa de febre no pós-
operatório. - Letra B: incorreta. Quanto mais longo o procedimento cirúrgico, maior o risco de infecções do sítio cirúrgico. - Letra C: incorreta. A antibioticoprofilaxia está
indicada em cirurgias limpas-contaminadas e em cirurgias contaminadas. - Letra D: incorreta. Feridas traumáticas abertas são consideradas contaminadas. Gabarito: letra A.

225 - 2022 UNESC - ES

» O uso de medicações anticoagulantes é um problema rotineiramente encontrado em pacientes que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos. A interrupção destas
medicações temporariamente eleva o risco trombótico do paciente, enquato a não-interrupção eleva o risco de sangramento intraoperatório. Para o paciente acima, como
podemos balancear estes riscos? Não há como estimar o risco tromboembólico da fibrilação atrial, pois não temos informações sobre idade e comorbidades deste paciente,
mas sabemos que ele será submetido a um procedimento extenso e de grande risco de sangramento. Em geral, isso significa que o anticoagulante deve ser interrompido,
mesmo que o risco tromboembólico seja considerável. Para interrupção efetiva da varfarina, um antagonista da vitamina K, é necessário interromper o uso pelo menos 5 dias
antes do procedimento e quando possível dosar o INR no dia anterior à cirurgia (deve preferencialmente ser realizada com INR < 1,5). E quanto ao uso de alguma terapia
"ponte" durante o período de suspensão até a cirurgia? Ora, reservamos essa estratégia para pacientes com muito alto risco tromboembólico, como portadores de válvula
cardíaca mecânica, fibriladores com CHA2DS2-VASc muito elevado, e pacientes com história de tromboembolismo recente (últimos 3 meses). Os estudos BRIDGE, RE-
LY, ROCKET-AF e ARISTOTLE são apenas alguns que corroboram essa conduta, pois não demonstraram melhora no desfecho com o uso de terapia "ponte" na maioria dos
usuários de varfarina durante o pré-operatório. Quando indicada, deve ser utilizada heparina de baixo peso molecular em dose terapêutica. Sabendo disso, podemos avaliar
as alternativas, e imediatamente podemos perceber que a única que se encaixa nas informações acima é a interrupção da medicação 5 dias antes da cirurgia, e iniciar terapia
ponte com heparina até o procedimento, entendendo que este paciente possui alto risco tromboembólico.

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226 - 2022 AMS - APUCARANA

» Questão prática sobre anestésicos locais. Para quem realiza plantões em pronto-socorro, então, esse conhecimento é obrigatório! Sabendo que a dose máxima de lidocaína
com epinefrina é de 7 mg/kg, vamos realizar os cálculos: Primeiro passo - determinar a dose máxima de lidocaína para esse paciente: Por regra de 3 simples teremos: 1 kg --
---- 7 mg 90 kg ----- x = 630 mg de lidocaína (dose máxima) Segundo passo - converter mg em ml de lidocaína 2%: Como a cada 100 ml temos
2 g de lidocaína, por regra de 3 teremos: 100 ml --------- 2000 mg (2 g) y ---------- 630 mg Logo, y = 31,5
ml (lembrando que devemos sempre evitar o limite máximo para termos margem de segurança). Diante disso, a resposta mais aproximada é 30 ml. Resposta: letra D.

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227 - 2022 UNESC - ES

» Estamos diante de paciente idoso com febre, hipotensão e sinais flogísticos em ferida operatória no décimo dia de pós-operatório de herniorrafia inguinal, sugerindo um
quadro inequívoco de infecção de sítio cirúrgico ou mais comumente chamado de infecção de tela. Vamos analisar as alternativas: Letra A: Incorreta. Não é conduta usual
trocar a tela infectada por outra estéril, visto que o sítio cirúrgico continuaráestéril. Letra B: Incorreta. A abertura dos pontos da pele e drenagem de coleção com curativo é a
conduta de escolha atual em grandes serviços de cirurgia de parede abdominal, porém no Sabiston, mesmo em sua última versão (21ª) não endossa tal conduta. Letra C:
Incorreta. Incorreta, visto que deve avaliar a presença de coleções e extrusão de tela. Letra D: Correta. Segundo o livro de referência dessa prova (Sabiston), a conduta
padrão para infecção de tela é a remoção com lavagem local, seguido de antibioticoterapia endovenosa. Letra E: Incorreta. A questão não mencionou a presença de coleção
localizada, passível de punção. Resposta: letra D.

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228 - 2022 UEPA - BELÉM

» A técnica de Bassini foi uma das primeiras técnicas (1884) para o tratamento de hérnia inguinal descritas. O problema é que apresentava grande taxa de recidiva. O reparo é
feito por meio da sutura do tendão conjunto (músculo transverso do abdome + oblíquo interno) ao ligamento inguinal. Esse é um reparo com tensão, diferentemente da
técnica a Linchenstein com tela e sem tensão (tension-free). Revisado esse conceito, vamos avliar as alternativas: Letra A: incorreta. A sutura do ligamento de Cooper ao
tendão conjunto é a técnica de McVay, descrita para o reparo de hérnias femorais. Letra B: incorreta. Não há descrição de um ligamento chamado de lingmento de Bassini.
Além disso, é o ligamento inguinal que é aproximado ao tendão conjunto. Letra C: correta. É exatamente o que foi explicado acima e descrito pelo italiano Bassini em 1884.
Letra D: incorreta. Utilização de tela inabsorvível é realizada na técnica de Linschenstein, a qual é livre de tensão (tension-free). Letra E: incorreta. Telas absorvíveis ou
parcialmente absorvíveis podem ser utilizadas nas técnicas de reparo laparoscópico (totalmente extra-peritoneal) TEP ou (transabdominal pré-peritoneal) TAPP. Gabarito:
letra C.

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229 - 2022 UEPA - BELÉM

» Questão direta sobre classificação de hérnias inguinais. Vamos relembrar a classificação de Nyhus: I - hérnia indireta com anel inguinal profundo normal (até 2 cm). II -
hérnia indireta com anel inguinal interno alargado, porém, com parede posterior preservada. III - defeito na parede posterior com: A (hérnia direta) B (hérnia indireta ou mista
com alargamento importante do anel interno ou destruição da parede posterior) C (hérnia femoral) IV - hérnia recidivada: A (direta) B (indireta) C (femoral) D (mista) O
paciente possuía uma hérnia direta, visto estar medial aos vasos epigástricos inferiores, ou seja, vindo diretamente da parede posterior e insinuando-se por uma região de
fraqueza chamada de triângulo de Hasselbach (ou ainda mais especificamente triângulo de Hessert). Os limites dessa região são: vasos epigástricos inferiores
(superolateralmente), margem lateral da bainha do reto abdominal (medialmente) e pelo ligamento inguinal (inferiormente). Diante disso, a hérnia é do tipo IIIA de Nyhus.
Gabarito: letra C.

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230 - 2022 AMS - APUCARANA

» A questão, apesar de não mencionar explicitamente, se refere aos protocolos ERAS/ACERTO. Vamos avaliar as alternativas: Letra A: correta. Em pacientes com moderado
risco nutricional, que realizarão cirurgia de grande porte, devemos ofertar terapia nutricional pré-operatória, com duração de no mínimo 7-14 dias para paciente oncológicos e
até 4 semanas para pacientes com doenças benignas. Letra B: correta. Esta é uma medida fundamental que auxilia na recuperação pós-operatório. Não apenas o paciente
mas também seus familiares devem receber informações sobre o procedimento proposto, seus riscos e os cuidados necessários após a cirurgia. Dessa forma, na hora da alta
hospitalar, as informações e orientações estarão sendo dadas pela segunda vez e, portanto, poderão ser melhor assimiladas. Letra C: correta. Segundo o protocolo ACERTO,
líquidos claros podem ser ofertados até 2 horas antes de um procedimento cirúrgico. Além disso, a maltodextrina auxilia na diminuição da REMIT. A exceção à essa
recomendação são os pacientes com risco aumentado de broncoaspiração. Letra D: incorreta. Os estudos nos quais se basearam os protocolos ERAS/ ACERTO demostraram
benefício exatamente na conduta contrária à sugerida pela alternativa. Pacientes que tiveram dieta iniciada de forma precoce, apresentaram melhores resultados pós-
operatórios e não tiveram maiores taxas de fístula ou deiscência de anastomose. Contudo, a decisão de jejum no pós-operatório pode levar em consideração outros fatores
como ausência de retorno do trânsito intestinal (íleo-adinâmico) e instabilidade hemodinâmica em pacientes graves. Resposta: letra D.

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231 - 2022 AMS - APUCARANA

» Vamos avaliar as alternativas sobre a retossigmoidectomia (RTS): A - A antibioticoprofilaxia é recomendada nas cirurgias potencialmente contaminadas ou contaminadas para
prevenção da infecção de sítio cirúrgico, sendo ajustado espectro e duração em virtude do procedimento. Cirurgias limpas com colocação de próteses/órteses ou incisões
ósseas também requerem antibioticoprofilaxia. [correta] B - Pessoal, cuidado para não interpretarem de maneira incorreta o que está escrito nessa alternativa. A sentença
fala que em uma RTS (cirurgia colorretal) deverá ser realizada cobertura para gram negativos e anaeróbios. E isso está correto! Reparem que em nenhum momento, foi dito,
que eram APENAS essas bactérias, pois sabemos que os gram positivos (da pele) também devem ser cobertos. Diante disso, pela forma como está escrito, essa assertiva está
correta. [correta] C - Existem diversas formas de avaliar o aspecto nutricional pré-operatório, como IMC, porcentagem de perda ponderal não intencional recente. Dentre os
marcadores laboratoriais, além da albumina, ainda temos a pré-albumina, transferrina e proteína ligante do retinol. [correta] D - Paciente com idade entre 61-74 anos,
submetida a procedimento de grande porte (previsão > 60 min de cirurgia) e portador de neoplasia, recebe 2 pontos por cada um desses itens, totalizando 6 pontos no escore
de Caprini. Diante disso, é considerado de alto risco (>ou= 5 pontos) e deverá receber profilaxia mecânica e medicamentosa para TVP. [incorreta] Gabarito: D

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232 - 2022 AMS - APUCARANA

» Paciente submetida a hemorroidectomia, com bloqueio de eixo neuroaxial, evoluindo com retenção urinária aguda e cefaléia pós anestesia raquidiana. Vamos analisar as
alternativas: Letra A: correta. O quadro pode estar associado tanto à anestesia do neuroeixo como ao uso de opióides. Na fisiologia da retenção urinária, os opióides
aumentam o tônus e a amplitude das contrações do esfíncter urinário, e diminuem as contrações do ureter, dificultando assim a micção espontânea. Letra B: correta.
Independente da causa, o desconforto e o risco de complicações justificam realizar imediatamente a sondagem urinária de alívio. Letra C: correta. A nabulfina (Nubain) é um
analgésico opioide com ação agonista/antagonista, podendo ser usado para reverter parcialmente ou bloquear o efeito narcótico de opióides potentes como a morfina. Letra
D: incorreta. Mulheres têm risco 2 a 3 vezes maior de cefaleia pós-raquianestesia do que homens. Resposta: letra D.

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233 - 2022 UFCSPA

» A questão faz algumas afirmativas sobre as hérnias inguinais e deseja saber quais estão corretas. - Afirmativa I - Correta: as hérnias inguinais indiretas se formam quando o
conduto peritoneovaginal matém sua patência, permitindo que órgãos intrabdominais desçam pelo canal inguinal. Este canal é uma via de comunicação entre o interior do
abdome (pelo anel inguinal interno) e o exterior da parede abdominal (pelo anel inguinal externo), medindo em torno de 4 cm de extensão e que possui um trajeto oblíquo:
"de cima para baixo e de lateral para medial". - Afirmativa II - Correta: as hérnias inguinais diretas se formam quando uma víscera empurra a área frágil da parede abdominal
composta pelo triângulo de Hesselbach, que como qualquer triângulo possui 3 limites: o inferior é o ligamento inguinal; o medial é o músculo reto do abdome; e o lateral são
os vasos epigástricos inferiores. - Afirmativa III - Correta: a hiperplasia prostática por si só já é uma das causas de retenção urinária e de insuficiência renal pós-renal. Por isso,
é prudente que seja realizado o tratamento antes da realização da correção da hérnia inguinal eletiva. Além disso, alguns medicamentos utilizados na raquianestesia para a
correção das hérnias inguinais, como os opioides, podem desencadear a retenção urinária, agravando assim o problema. Resposta: letra D.

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234 - 2022 HEDA

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: correta. Estas são medidas necessárias nos pacientes de baixo risco, lembrando que na maioria das vezes a mobilização dos membros
com deambulação precoce são o suficiente para a tromboprofilaxia. Letra B: correta. Nestas situações, a profilaxia medicamentosa pode induzir um sagramento persistente
importante. Letra C: incorreta. A Varfarina deve ser suspensa cinco dias antes do procedimento. Letra D: correta. É justamente por esse período mais breve de suspensão que
estes são os medicamentos de escolha na tromboprofilaxia cirúrgica. Letra E: correta. Em pacientes de alto risco, realizamos a combinação tanto da profilaxia mecânica
quanto da profilaxia medicamentosa. Resposta: letra C.

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235 - 2022 HUSE

» Vamos analisar as alternativas: A) Correta. O grande benefício do uso da classificação de ASA é justamente ser um bom indicador de mortalidade perioperatória
independente. B) Incorreta. Em paciente com menos de 45 anos de idade, hígido e que será submetido a uma cirurgia eletiva de baixo risco não há necessidade de nenhum
exame complementar. C) Incorreta. A suspensão do tabagismo no período pré-operatório reduz mortalidade de forma global. D) Incorreta. O AST e ALT são marcadores de
lesão hepática e não para avaliar função hepática. Os marcadores de função hepática são albumina e coagulograma. E) Incorreta. Não há necessidade de normalizar a
hematimetria, atingir níveis de 10g/dL é o suficiente. Gabarito: letra A.

236 - 2022 HEDA

» A questão se refere ao triângulo de Hesselbach! Este é delimitado inferiormente pelo ligamento inguinal, lateralmente pela borda lateral do reto abdominal e superiormente
pelos vasos epigástricos inferiores. No interior deste triângulo ocorrem as hérnias diretas, acima, as indiretas e abaixo, as hérnias femorais. Resposta: letra B.

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237 - 2022 HUSE

» Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. Os locais mais comuns são sítio cirúrgico, sistema urinário e sistema respiratório. B) Incorreta. A cirurgia limpa-contaminada tem
indicação de antibioticoprofilaxia, um caso que vem se tornando exceção é justamente a colecistectomia videolaparoscópica, pois o uso de antibiótico profilático não tem
demonstrado efeito protetor na prevenção de infecção no caso desta cirurgia. C) Correta. O momento ideal para administração de antibiótico profilático é em até 60 minutos
antes da incisão cirúrgica, no caso do uso de próteses, devemos estender por até 24 horas. D) Incorreta. Boa parte das infecções podem ser tratadas por menos tempo,
sobretudo se houver resolução clínica e cultura negativa, nestes casos, o antibiótico pode sim ser descontinuado. E) Incorreta. As drogas predominantemente mais utilizadas
para antibioticoprofilaxia são as cefalosporinas de primeira geração. Gabarito: letra C.

238 - 2022 HEDA

» Vamos analisar as alternativas: Letra A: incorreta. O sinal de Homans é caracterizado por dor ou desconforto na panturrilha após dorsiflexão passiva do pé e nem sempre
estará presente. Letra B: incorreta. A TVP via regra acontece de forma unilateral. Letra C: incorreta. Na realidade, a mobilização e deambulação faz parte tanto do tratamento
quanto das medidas profiláticas para a formação de novos trombos. Letra D: incorreta. Os principais fatores de risco são os três componentes da tríade de Virchow: estase,
hipercoagulabiliade e lesão endotelial. É evidente que a viagem de longas distâncias propicia à estase, mas a TVP pode ocorrer na presença dos outros dois fatores, sem
necessariamente apresentar estase sanguínea. Letra E: correta. O uso de quimioterápico é fator que promove um estado de hipercoagulabilidade, portanto, é um importante
fator de risco para trombose. Resposta: letra E.

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239 - 2022 HSJ - PR

» A chave para respondermos a questão é a presença do aumento da consistência em toda a região, indolor e sem alteração a movimentação. Essa é uma evolução esperada e
que pode ser notada em pacientes mais magros. É a propria cicatrização da tela, ou melhor a fibroplasia normal da tela. Respsota: Letra B.

240 - 2022 HEDA

» A questão faz algumas afirmativas sobre as hérnias inguinais e deseja saber qual é a correta. - Letra A: correta. Exatamente! Veja a tabela abaixo e relembre a classificação
de Nyhus. - Letra B: incorreta. O diagnóstico de hérnia ingunal é potencialmente clínico! Na dúvida, exames de imagem podem ser solicitados. Os mais indicados são: USG e
TC. A laparoscopia pode ser utilizada nos casos mais duvidosos, como método diagnóstico e terapêutico. - Letra C: incorreta. Tanto a videolaparoscopia quanto a técnica por
via anterior podem ser utilizadas nas hérnias inguinais unilaterais. - Letra D: incorreta. A técnica mais utilizada é a de Lichtenstein, em que o reforço da parede posterior é
feito com auxílio da tela e, por isso, trata-se de um reparo livre de tensão e é o método de escolha atualmente. - Letra E: incorreta. A hérnia inguinal DIRETA é mais comum no
idoso com hipertrofia prostática, pois aumenta a pressão intrabdominal e favorece, num defeito adquirido de parede abdominal posterior, a ocorrência de hérnia. Resposta:
letra A.

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241 - 2022 HUSE

» Vamos avalair as assertivas: I- Incorreta: lembre-se que elas são mais comuns em mulheres, mas não são AS mais comuns. AS mais comuns são as inguinais indiretas. II:
Incorreta: na polpa do dedo, o que indica que a hérnia vem da parede posterior. Quando desloca a ponta do dedo indentificamos que ela vem do canal inguinal, se iniciando
no anel inguinal interno. III: Correta: Repare que isso não é tratamento, mas sim acompanhamento. Mas ele é sim factível e pode ser indicado. Resposta: Letra C.

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242 - 2022 HUSE

» Sobre hérnias da parede abdominal, vamos analisar as assertivas: I - Correta: a hérnia por deslizamento é aquela em que parte do saco herniário é formada pela víscera que
o ocupa. Por exemplo, uma hérnia inguinal que contém a bexiga ou o sigmóide por deslizamento. II - Correta: em casos de recidiva o ideal é abordar a hérnia "pelo outro lado
ainda não explorado". O que isso quer dizer? Se inicialmente a hérnia foi abordada por técnica convencional, anteriormente ao canal inguinal, o ideal é que seja abordada
posteriormente. Em casos de hérnias bilaterais, para não realizar duas inguinotomias no paciente, a técnica laparoscópica também é melhor opção. III - Incorreta: a hérnia
femoral fica localizada dentro do canal femoral, delimitado medialmente pelo ligamento lacunar, lateralmente pela veia femoral (ou seja, fica medial aos vasos femorais), o
ligamento inguinal como teto e o ligamento de Cooper (pectíneo) como seu assoalho Gabarito: letra D.

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243 - 2022 PMFI

» O antibiótico ideal para a profilaxia cirúrgica deve ser direcionado aos patógenos mais encontrados em cada sítio cirúrgico, e o fundamental é garantir seu nível sérico
adequado no momento da agressão tissular. De acordo com a última edição do Sabiston, a administração do antibiótico deve ser feita dentro de 60 minutos antes da incisão
cirúrgica e a repetição da dose deve ser feita de acordo com a meia-vida do fármaco e duração do procedimento. O objetivo é simples: evitar a infecção da ferida operatória.
Agora, qual antibiótico usar? Como vimos, o antibiótico deve ser direcionado de acordo com o sítio cirúrgico. Os cocos Gram-positivos, especialmente o Staphylococcus
aureus, são germes mais comumente encontrados. Por isso, as cefalosporinas de primeira geração (Cafazolina ou Clindamicina para os alérgicos à penicilina) são
frequentemente empregadas nos procedimentos em partes moles, gastroduodenais e cirurgias hepatobiliares. Nas cirurgias em íleo terminal, cólon e reto, existe também a
necessidade de cobertura para germes Gram-negativos e anaeróbicos. Nestes casos, devemos escolher uma cefalosporina de segunda geração (Cefoxitina) ou a combinação
de uma cefalosporina de primeira com metronidazol. Reposta: letra D.

244 - 2022 REVALIDA INEP

» Questão típica da prova do INEP, uma situação corriqueira e esperada no dia a dia médico de uma UBS. Um Lactente com 2 anos de idade que apresenta aumento súbito do
volume inguinal, mas que desapareceu logo a seguir. A tumoração tem aparecido e desaparecido repetidas vezes, o que levou a pocura do atendimento. Na consulta, ao
exame físico, a criança estava eupneica, hidratada e afebril, com ausculta cardiopulmonar e exame abdominal normais. Na inspeção e palpação da região inguinal, não foram
encontradas massas ou tumorações, mas o médico examinador identificou a presença de espessamento do cordão espermático a direita. Inicialmente, com essa história, no
que devemos pensar? Hérnia inguinal ou até mesmo uma hidrocele comunicante, no entanto, na hidrocele, o quadro tende a ser mais precoce e não somente aos 2 meses.
Por isso ficamos com a hipótese de uma hérnia inguinal. Na criança, o tipo típico é a INDIRETA. Ou seja, estamos diante de uma hérnia inguina;l INDIRETA. QUal deve ser a
conduta? Devido o risco de encarceramento, na criança a cirurgia eletiva deve ser feita o mais rápido possível. Respsota: Letra A.

245 - 2022 HSJ - PR

» Questão sobre anatomia da região inguinal, o triângulo de Hasselbach apresenta os seguintes limites: - Borda lateral do músculo reto abdominal (medialmente); - Vasos
epigástricos inferiores (superolateralmente); - Ligamento inguinal (inferiormente). No interior deste triângulo se anunciam as hérnias diretas, abaixo, as femorais e acima, as
hérnias indiretas. Resposta: letra B.

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246 - 2022 REVALIDA INEP

» Vamos aproveitar para recapitular a classificação das feridas: Limpa - aquela em que não há abertura do trato respiratório, gastrointestinal ou genitourinário; Potencialmente
contaminada - quando há abertura do trato aerodiestivo ou genitourinário, porém com contaminação controlada; Contaminada - quando abertura dos tratos citados e, além
disso, há contaminação grosseira. Nesta categoria se encontram também as feridas traumáticas, exatamente como no caso descrito. Infectada - quando há presença de pus
ou coleções no sítio do procedimento cirúrgico. Resposta: letra C.

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247 - 2022 PUC - PR

» Vamos analisar as alternativas:A) Incorreta. Como o período de epitelização pode ocorrer em até 12h, o curativo deve ser trocado somente após o primeiro dia.B) Incorreta. As
suturas de tendões devem ser com fios inabsorvíveis (ex: polipropileno)C) Incorreta. As suturas com pontos simples apresentam resultado estético superior, por este motivo,
que são as suturas de escolha nos ferimentos de pele.D) Correta. A grande utilização de fio absorvível no pronto socorro é exatamente nos traumas cortocontuso de mucosa,
sobretudo de cavidade oral, justamente pela cicatrização mais rápida.E) Incorreta. Ambos são hemostáticos e ambos não apresentam um bom resultado estético.Gabarito:
letra D.

248 - 2022 PUC - PR

» Você está diante de uma paciente de 82 anos, com boa funcionalidade prévia, hipertensa (em uso de losartana e hidroclorotiazida), diabética (em uso de metformina). Ela
sofreu uma fratura em fêmur esquerdo (urgência cirúrgica) e encontra-se estável hemodinamicamente, sem hipoperfusão.Os exames laboratoriais apresentaram potássio no
limite superior da normalidade (5,5) e uma hiponatremia. Vamos avaliar as alternativas: Letra A: correta. Segundo a diretriz, até prótese total de quadril é considerada
cirurgia de porte médio. Para facilitar a memorização, devemos lembrar do risco de eventos cardiovasculares relacionados à cirurgia, da nova revisão da AHA/ACC: Alto risco -
morte de origem cardíaca e IAM não fatal, relatados frequentemente > 5% dos casos: cirurgia aórtica ou outra cirurgia vascular de grande porte, cirurgia arterial periférica,
grandes cirurgias de emergência, principalmente nos idosos. Risco intermediário - morte de origem cardíaca e IAM não fatal, relatados em 1 a 5% dos casos: endarterectomia
de carótida (repare que está separada das outras cirurgias vasculares), cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia intratorácica ou intraperitoneal, cirurgia ortopédica, cirurgia de
próstata. Baixo risco - morte de origem cardíaca e IAM não fatal, relatados em menos de 1% dos casos: cirurgia ambulatorial, procedimento endoscópico, procedimento
superficial, cirurgia de catarata e cirurgia de mama. Letra B: incorreta. Paciente com fratura de fêmur não consegue realizar teste ergométrico. Letra C: incorreta. Segundo
a diretriz o ecocardiograma não deve ser realizado de rotina, com exceção de cirurgias de alto risco (se houver tempo hábil para a realização). Letra D: incorreta. Vamos
recordar o escore de De Lee: operação intraperitonial, intratorácica ou vascular suprainguinal, doença arterial coronariana (ondas Q, sintomas de isquemia, teste +, uso de
nitrato), insuficiência cardíaca congestiva (clínica, RX tórax com congestão), doença cerebrovascular, diabetes em insulinoterapia, creatinina pré-operatória > 2,0 mg/dl.
Classes de risco I: Nenhuma variável, risco 0,4% Classe de risco II: Uma variável, risco 0,9% Classe de risco III: Duas variáveis, risco 7,0% Classe de risco IV: ≥ 3 variáveis,
risco 11,0% Nossa paciente não pontua em nenhuma das variáveis. Letra E: incorreta. As melhores estratégias de prevenção para delirium são: evitar desidratação, manter
o equilíbrio eletrolítico, evitar dor, manter paciente contactuante e ciente dos horários do dia. A quetiapina em alguns casos até pode ser usada para tratamento de delirium
hiperativo, mas não é usada como prevenção. Resposta: letra A.

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249 - 2022 PUC - PR

» Questão pegadinha e maldosa. Você sabe que os anti-hipertensivos, de modo geral, são mantidos no pré-operatório. A exceção são os diuréticos, que são suspensos no dia da
cirurgia (assim como a metformina nos pacientes diabéticos). A hidroclorotiazida, especificamente, também causa hiponatremia, distúrbio já presente nos exames
laboratoriais dessa paciente. Entretanto, a questão nos fornece um dado fundamental: o potássio está de 5,5, limite superior da normalidade, e a losartana é uma droga que
aumenta o potássio sérico. Portanto, nesse caso específico, também deve ser suspensa para evitar arritmias (lembrando que o próprio ato cirúrgico já causa lesão celular e
também faz hipercalemia. Logo, deve-se evitar todos os outros fatores possíveis). Independente da pegadinha, não se pode dizer que a banca não foi criativa nessa questão.
Resposta: letra C.

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250 - 2022 SESAP

» Os anestésicos locais com vasoconstrictores devem ser evitados em extremidades, o que nos faz considerar incorretas as letras B e C como incorretas. Entre infiltração local e
bloqueio troncular, prefere-se a segunda opção em lesões nos dedos das mãos e dos pés. Gabarito: letra D.

251 - 2022 SESAP

» O traje utilizado no ambiente cirúrgico inclui aventais, luvas e dispositivos de barreira (máscaras, toucas, aventais, campos e proteções para sapatos). O avental cirúrgico não
deve ser utilizado fora da sala de cirurgia (letras A, B e C incorretas), mas sim no momento do início do procedimento. Gabarito: letra D.

252 - 2022 SESAP

» Causas de febre no pós-operatório é questão certa nas provas de residência. Vamos revisar as causas principais: - Atelectasia: febre em 24 a 48 horas do pós-operatório. -
Infecção do trato urinário: febre em 3 a 5 dias do pós-operatório. - TVP e TEP: febre em 5 a 6 dias do pós-operatório. - Infecção do sítio cirúrgico: febre em 7 dias do pós-
operatório. - Drogas e transfusão sanguínea: febre em 8 dias do pós-operatório. Gabarito: letra A.

253 - 2022 REVALIDA INEP

» Estamos diante de um paciente que apresenta um ferimento extenso e profundo em face anterior da coxa direita. É um ferimento cortocontuso de 7 cm de extensão, de
bordas regulares, acometendo pele, tecido subcutâneo e musculatura, causado por vidro. Diante deste contexto, devemos realizar o fechamento por planos, lembrando que
nos planos mais profundos, como a musculatura e o tecido celular subcutâneo, o fechamento deve ser como fios absorvíveis (ex: Vicryl), os fios inabsorvíveis geram mais dor
nesses planos, já na pele, o fechamento deve ser com pontos separados de Nylon, logo, um fio inabsorvível. Lembrando que nas extremidades podemos lançar mão deum fio
3-0. Resposta: letra A.

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254 - 2022 SESAP

» Vamos às alternativas: - Letra A: correta. Diversos fatores fatores contribuem para a infecção pós-operatória em pacientes com diabetes: diminuição da produção de fator de
crescimento, resposta angiogênica, função de macrófagos, acúmulo de colágeno, função de barreira epidérmica, quantidade de tecido de granulação, migração e proliferação
de queratinócitos e fibroblastos, número de nervos epidérmicos, cicatrização óssea e equilíbrio anormal entre o acúmulo de células extracelulares. - Letra B: incorreta.
Cirurgias eletivas estão indicadas em pacientes portadores de diabetes mellitus. - Letra C: incorreta. A diabetes mellitus tipo 1 descompensada aumenta o risco de infecção. -
Letra D: incorreta. A descompensação da diabetes mellitus tipo 2 não é considerada contraindicação para procedimento cirúrgico de emergência. Gabarito: letra A.

255 - 2022 HUSE

» O aparecimento de abaulamento intermitente na região dos grande lábios em meninas e no escroto em meninos, direciona para o diagnóstico de hérnia inguinal. O
abaulamento é notado principalmente nas ocasiões de aumento da pressão intra-abdominal, como durante os episódios de choro. Mesmo se a hérnia for redutível (como
nesse caso - "desaparece à pressão leve"), há indicação de correção cirúrgica logo após o diagnóstico (herniorrafia inguinal). Resposta: letra C.

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