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TRATAMENTO CIRÚRGICO

DO CÂNCER DE MAMA
Dr. Diego Andrés Vásquez Bracho
Pg1 Mastologia
Preceptora: Dra. Tamara Schwartz
EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS CIRÚRGICAS
NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Melhoras no diagnostico e tratamento


Abordagens cirúrgicas menos
invasivas e mutiladoras
“ O objetivo principal: Tto cirúrgico
mínimo necesario, oncologicamente
seguro e com resultados estéticos
satisfatórios.
EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS CIRÚRGICAS NO
TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Primera descrição do Ca de mama, PAPIRO


CIRÚRGICO DE EDWIN SMITH anos 3000
- 2500 AC, tto do tumor com ferro e fogo.
PAPIRO DE NÌNIVE - 2250 AC-
Mastectomia para tratamento do CA e como
forma de punimento fisico / códice de
Hammurabi / india> adulterio
PAPIRO DE EBERS - 1500 AC- Ca de Mama
com metas axilares
Primera descrição da mastectomía - Ecio de
Amida (século VI d. C.)
Miguel Servetus (1511-1553), vienense,
também defendeu a mastectomia radical,
incluindo o músculo peitoral e a
linfadenopatia axilar.
Fabricio D’Aquapendente (1533-1619), o
primeiro cirurgião a recomendar a remoção
sistemática da linfadenopatia axilar.
(Esculeto 1595-1645) publicou sua obra
Armamentarium Chirurgicum, onde apresenta
sua técnica de mastectomia com ligaduras
grossas na base da mama para evitar
hemorragias, destacando a importância da
rapidez do procedimento.
Guillaume de Houppeville publicou em 1693 provavelmente o primeiro livro dedicado ao
câncer de mama, onde indica como realizar a amputação estendendo-se até a axila d
Em 1680 Silvio estabeleceu a teoria linfogênica da disseminação tumoral
Angelo Nannoni (1715-1790) publicou um tratado sobre patologia mamária, no qual
recomendava a remoção imediata e com ampla margem, juntamente com o peitoral maior e os
gânglios linfáticos axilares.
A primeira mastectomia regulamentada foi descrita por Charles Hewitt Moore em 1867, razão
pela qual ele é considerado o pai da cirurgia mamária moderna.
William Halsted - 1894 publicou sua Técnica
Clássica de Mastectomia Radical
(inicialmente chamada de Operação
Completa)
Pattey - 1948, modifica cirurgia
Madden-1965, MRM
Crile - 1955 começou a tratar seus pacientes
com mastectomia simples ou mastectomia
seguida de radioterapia
1970 - Começa a era da cirurgia
conservadora, liderada por Jean-Maurice
Spitalier e Robert Almaric do Instituto do
Câncer de Marselha
Em 1973, Umberto Veronessi e Bruno Salvadori lançaram o primeiro estudo clínico
controlado, no Instituto Nacional de Tumores de Milão, em 701 pacientes, no qual a
matectomia radical foi comparada com a cirurgia conservadora associada à linfadenectomia e
à radioterapia.
1998, Clough, cirurgia oncoplástica.
Linfonodo sentinela declarado em 1976 por Ramón Cabañas ao estudar a drenagem linfática
no câncer de pênis, no qual a linfadenectomia era recomendada apenas se estivesse afetado, e
que Morton em 1992 aplicou para estudar a propagação do melanoma usando corante.
Os primeiros a realizar o estudo do linfonodo sentinela na mama foram David Krag em 1996,
utilizando injeção intratumoral de colóide ligado ao tecnécio-99 e localizando-o na axila por
meio de sonda detectora de raios gama, e Armando Giuliano utilizando corante azul patente.
Por fim, na ultima década foi incorporada a cirurgia reconstrutiva mamária, marcando o início
da cirurgia “moderna”.
MASTECTOMIA RADICAL DE HALSTED/ 1894

Johns Hopkins Hospital - Baltimore


Tratamento padrão, década de 1970
Retirada de toda a glándula mamaria, m.
Peitoral maior e menor, linfadenectomia
axilar níveis I-II-III de Berg.
Atualmente em desuso.
50 mastectomias radicais, nenhuma morte
operatória e uma sobrevida de 45% em 3
anos.
1898 publicou seu segundo trabalho com 130
pacientes, com sobrevida de 52%, e em 1907,
com 232 pacientes, relatou uma mortalidade
operatória de 1,7%.
MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA POR PATTEY - DYSON / 1948

Hospital Middlexes de Londres


Retirada da glândula mamaria, m. Peitoral menor, linfadenectomia níveis I-II-III
A retirada do peitoral menor facilita o esvaziamento.
Restrito na atualidade por não aumentar o controle local da doença.
MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA POR MADDEN - AUCHINCLOSS / 1965

Retirada da glândula mamaria, preservação dos m. peitoral maior, m. peitoral menor,


linfadenectomia níveis I-II-III
Apesar de preservar os músculos o resultado estético continua sendo desfavorável.

MASTECTOMIA SIMPLES
Utilizada para situações em que o CAP nao pode ser preservado e a axila esta clinicamente
negativa
No cenário paliativo
Asociados a BLS

COMPLICAÇÕES: 1% (infecções, deiscência, necrose, mama fantasma, dor crônica)


MASTECTOMIAS CONSERVADORAS
Ultimas décadas, com base em princípios oncoplasticos, visando melhores resultados
cosméticos
SSM, NSM
Metanálisis: MS NÃO CONSERVADORAS VS SSM VS NSP
RECORRÊNCIA BAIXA , 5 anos : 3.7% - 5,3%
SG: =
TAXA DE COMPLICAÇÕES: maio para NSM, RR 0.10
MASTECTOMIA COM PRESERVAÇÃO DE PELE
(SSM)

Toth e Läppert -1991


Retirada de toda a glándula inclusive o CAM,
conservando a maior quantidade de pele
possível
Objetivo principal: Reconstrução inmediata
Criterios: Localização e tamanho tumoral que
permitem deixar pele sem risco de invasão.
( distância da pele 1- 2 cm )
- T1/T2, CDIS, CRR, NEOADJ.
Contraindicações: carcinoma inflamatorio e o
componente cutâneo extenso
Complicações: necrose da pele, serosa,
hematoma, infecções
MASTECTOMIA TOTAL SUBCUTÂNEA COM
PRESERVAÇÃO DO CAM (ADENOMASTECTOMIA, NSM)

Retirar toda a glândula , conservar pele, areóla e


mamilo
Reconstrução inmediata com expansões ou prótese
Diferentes tipos de incisões
Entre 2005 - 2009 houve aumento 202% das NSM
Indices de recurrencia local baixos
Resultados estéticos satisfatórios
RL 5,5% CDI - 4% CDIS
Recurrencia no CAM 1,8%
SG: 96.1% CDI - 99,2% CDIS
Indicações iguais SSM
Complicações: necrose do CAM, extrusão da
prótese
RT adj, nas pacientes que tem criterios.
CIRURGIA CONSERVADORA (CC) 1970
Revolucionou a historia da Mastologia, maior satisfação das pacientes.
Substitui a idea de que o tto do Ca, precisa ser localmente agressivo para ser oncologicamente
seguro, com a manutenção da estética.
Estudos 1970 - 1980 comprovaram que CC+RT = MASTECTOMIA RADICAL
TAXA de RL 0,5% ao ano.
Fundamentos Básicos:
- Segurança oncológica através de margens livres
- viabilidade técnica
- RT complementar obrigatória.
Contraindicações:
- microcalcificações suspeitas difusas
- Impossibilidade de margens livres
- Multicentricidade
- Doenças do colágeno que contraindicam RT
- RT prévia na mesma mama
- Carcinoma Localmente avançado (QT NEO)

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