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ESCOLA DE ENFERMAGEM ETEP NOVO HORIZONTE

ANA BEATRIZ MARIANO


BEATRIZ MORENO IZIDORO
THALES HENRIQUE DO NASCIMENTO CONCEIÇÃO

TIPOS DE CIRURGIA
CIRURGIA DE LOBECTOMIA

HORTOLÂNDIA
2023
ANA BEATRIZ MARIANO
BEATRIZ MORENO IZIDORO
THALES HENRIQUE DO NASCIMENTO CONCEIÇÃO

TIPOS DE CIRURGIA
CIRURGIA DE LOBECTOMIA

Projeto de pesquisa apresentado ao


Curso de técnico de enfermagem

HORTOLÂNDIA
2023
SUMÁRIO
1. DEFINIÇÃO ................................................................. 3 A 4
2. CAUSAS ...................................................................... 5
3. QUANDO É INDICADA ................................................ 6
4. TIPOS ........................................................................... 7
5. CUIDADOS PRÉ-OPERATORIOS ............................... 8
6. CUIDADOS PÓS-OPERATORIOS ............................... 9
7. CUIDADOS DA ENFERMAGEM ................................... 10
8. ANEXOS ........................................................................ 11
9. REFERÊNCIAS ...............................................................12
1.DEFINIÇÃO
Lobectomia pulmonar consiste na remoção cirúrgica de um dos
lobos pulmonares. Nossos, pulmões são subdivididos em lobos (2
do lado esquerdo e 3 do lado direito), o quais tem artérias, veias e
brônquios independentes.
Do ponto de vista técnico, para executarmos uma lobectomia
precisamos dissecar, isolar e seccionar os vasos e brônquios
específicos do lobo a ser retirado (o vídeo acima mostra como estes
passos são executados durante a cirurgia). Após sua secção,
ressecamos em conjunto a parte do parênquima do pulmão irrigada,
drenada e ventilada por estas estruturas.
As ressecções pulmonares no câncer de pulmão estádio II tem uma
sobrevida de 5 anos ao redor de 40%. A terapia adjuvante no
estádio II, está consagrada, nível de recomendação A e baseada
em evidências: aumento da sobrevida de 5 a 8%, através dos
estudos IALT e ANITA 1. É uma evidência incontestável. A
ressecção pulmonar oncológica no estádio I oferece uma sobrevida
ao redor de 80%, um aumento real de 40% em números absolutos,
oito vezes mais o benefício da quimioterapia adjuvante no estádio II.
No Brasil temos menos de 25% dos tumores pulmonares com
indicação de ressecção. Nossa proporção de pacientes no estádio
inicial é algo de alarmante – menos que 15%.1 Ou seja, uma conta
rápida: em 100 pacientes com câncer de pulmão, somente 25%
terão indicação de ressecção pulmonar e, portanto, chances de
cura. Destes 25, somente 15% estariam no estágio I – três
pacientes! Três pessoas com a possibilidade de uma sobrevida de
80% em 5 anos. Isso precisa e deve ser mudado. Atualmente a
sobrevida global em 5 anos para o câncer de pulmão é de 15%. O
manejo e a conduta adequada do nódulo pulmonar é um dos
caminhos para melhorar a sobrevida e tratamento do câncer de
pulmão. O estadiamento classifica a neoplasia pulmonar de I a IV,
sendo que a cirurgia tem indicação curativa até o estádio IIIA
(tabela 1). O estádio IA compreende tumores menores que 3
centímetros, circundados por parênquima pulmonar ou pleura
visceral, sem comprometimento de brônquio principal ou de
linfonodos hilares e mediastinais (T1a até 20 mm e T1b entre 21 e
30mm, sem comprometimento linfonodal - N0). Os pacientes com
carcinoma de pulmão estádio IB apresentam tumores maiores que
que 30 mm, porém menor que 50 mm (T2a).1 Lesões maiores,
entre 5 a 7 cm são classificadas como T2b e estão no estádio IIA.
Apesar da neoplasia no estádio I ser considerada em fase inicial, a
sobrevida dos pacientes que não são submetidos a nenhum
tratamento é baixa (média de 9 a 17 meses e 7 a 16,6% em 5
anos).
2.CAUSAS
O câncer de pulmão é multicausal. Fatores hereditários, genéticos e
ambientais interagem na sua gênese. O principal fator de risco é o
tabagismo. Entretanto, o ambiente de trabalho é um local de
possível exposição a agentes cancerígenos. Atualmente, a
International Agency for Research on Cancer lista 19
substâncias/situações de trabalho/ ocupações comprovadamente
associadas ao câncer de pulmão. A abordagem da ocupação em
pacientes portadores de câncer de pulmão é fraca, impactando
negativamente na busca da causalidade e, consequentemente, no
desvelamento de casos de câncer ocupacional. Os objetivos desta
revisão foram elencar os agentes reconhecidamente indutores de
câncer de pulmão, discutir a contribuição na ocupação no
desenvolvimento da doença, citar as publicações nacionais sobre o
tema e sugerir uma lista de procedimentos que são essenciais para
uma adequada investigação da relação de causalidade entre câncer
de pulmão e ocupação.
3.QUANDO É INDICADA
A lobectomia pulmonar costuma ser indicada especialmente no
tratamento do câncer de pulmão em estágio inicial. Com a remoção
do lobo, é possível minimizar a recorrência local do tumor, enquanto
todos os tecidos linfáticos que acompanham os vasos e brônquios
são ressecados por completo.
A lobectomia pulmonar é utilizada principalmente no tratamento do
câncer de pulmão em sua fase inicial. A remoção do lobo como um
todo permite uma margem adequada de segurança para minimizar
a recorrência local do tumor e também permite que os tecidos
linfáticos que acompanham os vasos e brônquios sejam ressecados
em conjunto, alcançando, assim, uma ressecção bem completa.
Entretanto, a lobectomia pode ser indicada em outras situações
como a bronquiectasia, metástases pulmonares, malformações
congênitas do pulmão e outras situações raras.
4.TIPOS
O uso do vídeo é um avanço ao procedimento clássico, conhecido
como toracotomia, que consiste em uma incisão na parede lateral
do tórax, seguida do afastamento das costelas.
A videotoracoscopia é uma opção minimamente invasiva. Com
pequenas incisões e o auxílio de uma microcâmera, é possível
visualizar o órgão e realizar a retirada do lobo com eficiência,
precisão e segurança.
Tradicionalmente a lobectomia é realizada através de uma
toracotomia, ou seja, uma incisão na parede lateral do tórax de
cerca de 12-15cm, seguida de afastamento das costelas.
Atualmente, devido a avanços tecnológicos, é possível realizar a
lobectomia de forma minimamente invasiva como através da
cirurgia por vídeo ou da cirurgia robótica, que é nossa técnica
preferencial. Ao invés, da incisão maior e afastamento de costelas,
o mesmo procedimento pode ser feito por pequenos cortes,
minimizando dor, tempo de internação e complicações pós-
operatórias (para maiores informações sobre evidências científicas
de vantagens da cirurgia robótica, clique aqui). A cirurgia dura de 1
a 3 horas e após a recuperação pós-anestésica, o paciente é
encaminhado ao quarto, mas em alguns casos, pode passar a
primeira noite pós-operatória na UTI. A complexidade da cirurgia,
idade do paciente, doenças de base, entre outros fatores, são os
critérios utilizados para a indicação de UTI.
Cirurgia robótica, é uma modalidade de cirurgia minimamente
invasiva (modalidade cirúrgica em que se fazem pequenos cortes e
se utilizam instrumentos finos e câmera de vídeo), ou melhor, a
evolução da mesma, pois nela convergem vários avanços
tecnológicos tais como: visão 3D pelo cirurgião (nos sistemas
anteriores a imagem era transmitida em 2D); maior amplitude de
movimentos dos instrumentos cirúrgicos, que são articulados e
mimetizam movimentos de nossos punhos e mãos; maios precisão
dos movimentos, pois o sistema filtra o tremor das extremidades
das mãos que podem ser gerados pelos próprios batimentos
cardíacos do cirurgião; menor lesão tecidual.
5.CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
O paciente deve passar por uma série de avaliações físicas antes
da cirurgia, para certificar-se que não terá qualquer problema
durante a anestesia e o procedimento em si. Alguns dos exames
comuns a serem solicitados são:
Sangue, para verificar as taxas sanguíneas e o nível de açúcar,
permitindo detectar a existência de alguma doença prévia, como
diabetes;
Eletrocardiograma e Ecocardiograma visando avaliar a função
cardíaca.
Prova de função pulmonar, para avaliar a capacidade respiratória e
o eventual impacto na remoção do lobo.
Além disso, geralmente é solicitado que o paciente esteja em jejum
por pelo menos 6 horas antes da cirurgia.
6.CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS
Após a cirurgia, o paciente fica com um dreno no tórax, removido
geralmente entre o 1º e 4º dia. Geralmente após a retirada do dreno
e a redução da dor, ele pode receber alta hospitalar.
É possível retomar as atividades normais após duas semanas ou
mais, dependendo de alguns fatores. É válido ressaltar que é
necessário evitar esforço excessivo durante, pelo menos, 15 dias
após a cirurgia.
7.Cuidados de enfermagem
Já os cuidados pós-operatórios foram: 1. Auscultar o tórax,
monitorizar os sinais vitais, e verificar a frequência respiratória e a
profundidade da respiração; 2. Monitorizar a gasometria arterial e a
saturação frequentemente; 3. Atentar para possíveis complicações.
Esses cuidados se mostram essenciais para garantir o sucesso do
pós-operatório e atentar previamente para possíveis complicações,
pois essas complicações possuem um impacto significativo no
resultado e sobrevida destes pacientes. Tendo isso em vista, o
cuidar é uma ação fundamental para a promoção e recuperação da
saúde, e a atuação da equipe de enfermagem torna-se essencial no
tratamento do paciente oncológico, isso porque, quando o cliente
desenvolve uma relação de confiança com a equipe que lhe presta
cuidados, tende a responder melhor à terapêutica.
8.ANEXOS

IMAGEM 1

IMAGEM 2
9.REFERÊNCIAS
https://doi.org/10.1590/S1806-37132010000600017
https://www2.ufpel.edu.br/cic/2010/cd/pdf/CS/CS_00442.pdf
https://www.google.com/search?q=RESSEC
%C3%87%C3%83O+EM+RETANGULO&rlz=1C1GCEA_enBR963B
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