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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

PROF. HUEBER G. RICARDO


Historia e evolução da TC
Desenvolvida na década de 1970 por Godfrey Newbold Hounsfield e
seus colaboradores, a TC concentrou seu primeiro exame na região do
crânio. Ao longo do tempo, esse método vem passando por evolução
contínua, saindo da primeira geração da década de 1970, que levava
aproximadamente cinco minutos para efetuar um corte axial. A imensa
evolução dos dias atuais possibilita realizar um exame inteiro em
segundos. Podemos dizer, em números, que alguns multislice são
capazes de realizar até 640 cortes em um segundo (Figura 1), sendo
utilizada tanto para diagnóstico como, nos últimos anos, para
intervenção
É possível notar que precisou de três anos para evoluir de um CT de
crânio que só realizava exames de crânio para a criação do CT de corpo
inteiro como na forma atual. A evolução das gerações de TC contou
com o aumento gradativo das matrizes de imagens e a evolução
contínua da informática, dos processadores, entre outros. 4 A chegada
da tecnologia helicoidal ou espiral na geração 4 trouxe avanços
utilizados até hoje, sendo a principal diferença o movimento contínuo
da mesa em relação ao giro da ampola, diferentemente das gerações
anteriores que era corte a corte: realizava-se um corte e a mesa se
movia para fazer outro corte. A Figura 2 demonstra a técnica corte a
corte. As Figuras 3 e 4 demonstram a técnica helicoidal e a técnica
helicoidal multislice que se diferenciam pela quantidade de detectores
e não pelo movimento da mesa.
Tomografia computadorizada:
conhecendo os componentes Independente de marca ou modelo, os
componentes de uma TC são facilmente reconhecidos. É muito importante
o profissional da imagem reconhecer os componentes e saber utilizá-los
devidamente para realizar um bom exame de TC. Os principais
componentes estão demonstrados nas Figuras 5, 6 e 7 e são: • Gantry:
área principal onde está o tubo de raios X e os detectores e as placas
controladoras;
• Mesa de exame: acoplada e fixa ao gantry, onde se posiciona o paciente;
• Mesa de comando: workstation do tecnólogo local da programação e
pós-processamento;
• Computador: informação e processamento de imagens adquiridas;
• Bomba injetora: para uso de meios de contraste em administração
contínua.
A Figura 5 demonstra um equipamento dos mais atuais no mercado,
que equipamento permite tanto uso para medicina diagnóstica quanto
medicina intervencionista, com protocolos próprios para diagnósticos e
sistemas de intervenção. A mesa é acoplada ao equipamento e permite
movimento de subida e descida e entrada e saída, que são essenciais
para posicionar o paciente para o que damos o nome de zerar o
protocolo (colocar o paciente na posição inicial do exame para
realização do scout). As setas mostram a direção para cima para baixo,
entrada ou saída, comandos simples a posterior. O movimento da mesa
é totalmente sincronizado com os comandos determinados dentro do
protocolo.
A Figura 6 apresenta nossa região de trabalho e é aqui que, após
posicionar o paciente, damos início ao exame, realizando o scout ou
topograma e posteriormente delimitamos início e fim dos cortes. Dessa
forma, realizamos um exame diagnóstico e ou auxiliamos no processo
de intervenção (biópsias ou drenagens guiadas por tomografia). A
workstation permite pós-processamento de imagens, principalmente
reconstruções tridimensionais.
Atendimento ao paciente e posicionamento
É muito importante receber bem o paciente e conduzi-lo à sala de
realização de exames, respeitando o código de ética dos profissionais
das técnicas radiológicas, ou seja, o desempenho das funções
profissionais independe da nacionalidade, raça, sexo, idade, escolhas
políticas, religiosas e classe social. O acolhimento e a empatia do
profissional das técnicas radiológicas é muito importante, por isso,
deve-se tratar o paciente de forma cordial e orientar para que colabore
durante a execução do exame. É importante entendermos que o
paciente chega apreensivo, com dúvidas e preocupações referentes ao
seu quadro clínico. É nossa obrigação transferir segurança a este.
O início de todo exame de TC ocorre com o que chamamos de zerar o
exame (protocolo), termo que significa demonstrar ao equipamento
quando se deve iniciar a aquisição do topograma de imagem. Para tal, é
importante entender como o paciente está posicionado em relação ao
gantry e qual o movimento da mesa, fatores normalmente já
preestabelecidos nos protocolos salvos. 8 Quando o paciente deita na
mesa com a cabeça na direção do equipamento (gantry), indicamos no
nosso protocolo que ele está entrando em posição head first (cabeça
primeiro)
Quando deita na mesa com os pés na direção do equipamento
(gantry), indicamos no nosso protocolo que está em posição feet first
(pés primeiros). O movimento da mesa se faz importante, pois a
maioria dos locais prefere trabalhar com o movimento craniocaudal no
topograma, em que a mesa se desloca sempre da direção do crânio
para direção dos pés que, para nós, profissionais, indica sempre zerar o
laser acima da área de interesse. Ex.: no exame de crânio, o laser deve
estar acima do topo do crânio do paciente. O movimento caudocranial
exerce o movimento dos pés ao crânio, mais utilizados em joelho,
tornozelo e pé. Nesses casos, zeramos após a estrutura. Como exemplo,
citamos o joelho que entra feet first e zeramos próximo ao fêmur na
parte distal depois da patela.
A posição do paciente na mesa também é importante e pode ser:
• DDH – Decúbito dorsal horizontal
• DV – Decúbito ventral
• DLD – Decúbito lateral direto
• DLE – Decúbito lateral esquerdo

Feita a parte inicial de todo o exame, devemos entender quais são


nossas obrigações e realizá-las para fazer um bom exame de forma
segura.
• Receber a pasta do paciente;
• Conferir nome do paciente;
• Conferir pedido médico;
• Conferir questionário;
• Conferir conduta médica;
• Colar etiqueta no caderno de registro;
• Assinar o exame;
• Zerar a máquina de acordo com exame solicitado;
• Conversar com o paciente e verificar se este tem dúvidas em relação
ao exame;
• Iniciar o exame;
• Realizar fotos do exame e documentar.
Plataforma multiplanar (MPR)
Área de pós-processamento de exame em TC possibilita a
reformatação em sagital e coronal e a reconstrução axial em cortes
mais grossos, importante função para obtenção de novos planos e
muito utilizada na formatação de imagens com espessuras para realizar
documentação. É importante o conhecimento de direção dos cortes
para realização da reconstrução, que podem ser realizadas na própria
máquina de exames bem como nas workstation e consiste em
utilizarmos o volume de imagens adquiridas no plano axial e,
posteriormente, conseguirmos obter outros planos como sagital e
coronal.
Plano coronal: pode ser reconstruído utilizando tanto o plano axial
como o plano sagital. A direção dos cortes deve ser sempre de
posterior para anterior. No plano axial, os cortes serão posicionados
horizontalmente e, no sagital, serão posicionados verticalmente
Prtocolo crânio
• Head first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima da parte superior do crânio;
• Limite inferior: abaixo do forame magno;
• Decúbito dorsal;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de pedido
com contraste, realizar diretamente a fase pós; somente realizar pré e pós
se houver solicitação médica;
• Delay de contraste 60 segundos.
Protocolos de tórax
O exame de tórax em TC consiste em apresentar ao médico um
exame cujo primeiro corte não apresente os campos pulmonares e o
último corte compreenda os recessos costodiafragmaticos. É possível
observar os lobos pulmonares 3 do lado direito e 2 do lado esquerdo,
além das estruturas adjacentes da região do mediastino e gânglios
axilares, que são muito importantes na identificação de processos
inflamatórios.
Os filtros são muito importantes em todos os exames de tomografia.
É importante entender que somente irradiamos o paciente uma vez,
depois, usamos o mesmo volume de imagens, fazemos reconstruções
reformatações e adquirimos filtros diversos. No exame de tórax e
regiões, usamos o filtro standard, que é muito importante para os
médicos na análise do mediastino. Nessa região, observamos contraste
de cinzas com hiperdensidades diferente dos pulmões cheios de ar com
completa hipodensidade
A visualização dos campos pulmonares é feita através do filtro lung.
Por meio deste, o médico perde a total relação de análise do
mediastino, mas ganha total visibilidade dos campos pulmonares, suas
estruturas e possíveis patologias que, dentre as mais diversas, podem
ser processos inflamatórios e/ou Direita R Right Esquerda L Left 14
tumor. O avanço do método permite hoje análises e uso da tomografia
em intervenções de biópsias pulmonares guiadas por tomografia e
análises dos nódulos.
O último filtro utilizado na região é específico para exames de arcos
costais. Nesse exame, o filtro principal é o boné. Nesse exame,
buscamos uma fratura óssea na região das costelas. Para a visualização
de uma possível fratura, não adianta utilizarmos os filtros mediastinos e
lung. Precisamos de um filtro de osso, ou seja, o filtro bone. Outra
diferença desse exame é que devemos compreender todas as costelas.
Outro fato importante é que devemos apresentar ao médico, mesmo
em um exame de arcos costais, os filtros mediastino e lung para
servirem nas suas respectivas análises
O exame de tórax por tomografia tem sido muito utilizado em exames
para análise de processos inflamatórios em decorrência do corona vírus
(COVID 19). As lesões apresentam características muito específicas
como lesões de característica vidro fosco.
TC de tórax
protocolo COVID 19
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: ápice do pulmão;
• Limite inferior: compreender todo pulmão até metade dos rins;
• Realizar exame com aquisição caudocranial da base dos pulmões,
porquê no início da apneia que o paciente consegue prender melhor o
ar a base pulmonar que se movimenta mais já fora adquirido e o ápice
mesmo que o paciente respire durante a aquisição tem menor
movimentação;
• Kv: 120;
• mA: dose modulada;
• Exame todo realizado em apneia;
• Filtros: standard e lung;
• Realizar fase expiratória: ou seja, é realizada duas aquisições dentro
deste protocolo.
TC de tórax rotina (sem ou com contraste)
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: ápice do pulmão;
• Limite inferior: compreender todo pulmão até metade dos rins;
• Em pacientes idosos, pode ser proposto adquirir o exame da base dos
pulmões para o ápice, ou seja, de baixo para cima (caudocranial)
porque é no inicio da apneia que o paciente consegue realizar melhor a
base pulmonar que se movimenta mais já fora adquirido e o ápice
mesmo que o paciente respire durante a aquisição tem menor
movimentação;
• Kv: 120; • mA: dose modulada;
• Exame todo realizado em apneia;
• Filtros: standard e lung; 16
• Se exame com contraste, realizar diretamente a fase com contraste;
• Fase com contraste - delay 100 s;
Tórax em alta resolução – expiração
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Reconstrução 1x10 mm;
• Limite superior: ápice do pulmão;
• Limite inferior: base do pulmão;
• Exame todo realizado em expiração;
• Realizado pós-exame de rotina, indicado para DPOC;
• Sem contraste
Arcos costais
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: ápice do pulmão;
• Limite inferior: fim dos arcos costais;
• Exame todo realizado em apneia;
• Filtros: standard, lung e bone; 17
• Reformatação coronal bone.
Protocolos de abdome
As indicações para exame de abdômen são diversas, o que faz com
que se tenha diversos protocolos: desde o mais simples até protocolos
mais extensos e que requerem conhecimento dos tempos corretos para
aquisição de cada fase. Exames sem contraste são mais simples pois
são as análises de patologias menos complexas que, muitas vezes,
apresentam hiperdensidades específicas e/ou aumento de regiões
órgãos específicos.
Dentre essas patologias a litíase renal é a mais presente. Citamos que
alguns locais ou radiologista fazem análises de apendicite sem
contraste analisando o aumento do apêndice vermiforme, citamos
também que nos locais onde realizo exames, os médicos optam em
seus protocolos pelo uso de meio de contraste na fase portal. 18 A
descoberta e as análises de possíveis nódulos e tumor da região
abdominal são feitas em um protocolo trifásico (pré-contraste, arterial,
portal e equilíbrio) e o controle de um tumor é analisado em tempo
portal (pré-contraste e portal).
Um protocolo diferente dentre os protocolos de abdome é o de
urotomografia (processos inflamatórios da região do trato urinário),
rins, ureteres, bexiga e uretra. A pielonefrite é uma das indicações mais
comuns para exame de urotomografia e, nesse protocolo, usamos fases
diferentes (pré-contraste, cortiço medular, nefrográfica e tardia). O
exame de abdome compreende desde as cúpulas diafragmáticas até a
crista ilíaca (abdome superior) ou desde as cúpulas diafragmáticas até a
sínfise púbica (abdome e pelve ou abdome total).
O único filtro utilizado nesse exame é o standard ou mediastino e,
dentre a escala de cinza específica da região, podemos ver todos os
órgãos da cavidade abdominal (fígado, estômago, baço, pâncreas, rins,
ureteres, intestino delgado e grosso). Uma das novidades durante a
pandemia do coronavírus do exame de abdome é a análise das cúpulas
diafragmáticas em exames de rotina com filtro lung para observar
possíveis lesões de COVID 19, porém, em casos positivos, o radiologista
deve decidir se realiza e/ou pede exame de todo o tórax. Outro fator
importante é a proteção da equipe que, durante um exame de abdome
de rotina, não utilizará todos os EPI que utilizaria em um exame
específico.
A parte pélvica, muitas vezes, é adquirida em conjunto ao abdome,
sendo a observação de órgãos internos pedido como exame de pelve.
Já a avaliação de parte óssea do pedido deve ser solicitado como
exame de bacia. A região anatômica nos permite visualizar a bexiga
urinária, o fim dos ureteres na região da junção ureterovesical (JUV)
além dos órgãos sexuais masculino e/ou feminino.
Abdome - rotina/litíase
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas;
• Limite inferior: abdome superior, crista Ilíaca; abdome total, sínfise
púbica;
• Exame todo realizado em apneia; 19
• Pesquisas de cálculos renais ou rotinas normalmente sem contraste.
Abdome Valsalva
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas;
• Limite inferior: abdome superior, crista ilíaca, abdome total, sínfise
púbica;
• Exame todo realizado em apneia;
• Exame sem contraste;
• Duas aquisições: a primeira é uma varredura completa de todo
abdome em apneia; a segunda com pedido de manobra de Valsalva e
realizada somente na área de interesse.
Abdome para HD apendicite/diverticulite/reestadiamento de TU
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas;
• Limite inferior: abdome superior, crista Ilíaca, abdome total, sínfise
púbica;
• Exame todo realizado em apneia;
• Com contraste;
• Fase pré-realizada sem contraste e fase portal delay de 80 s.
Abdome para HD pancreatite e tumor
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas;
• Limite inferior: abdome superior, crista ilíaca, abdome total, sínfise
púbica;
• Exame todo realizado em apneia;
• Com contraste trifásico; 20
• Fase pré/fase arterial, delay 30 a 35 s/fase portal, delay 80 s/fase de
equilíbrio, delay 3 min.
Urotomografia
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima de cúpulas diafragmáticas;
• Limite inferior: abdome superior, crista Ilíaca, abdome total, sínfise
púbica;
• Exame todo realizado em apneia;
• Com contraste trifásico;
• Fase pré/fase arterial, delay 30 a 35 s/fase portal, delay 90 s/fase de
tardia, delay 8 a 10 min.
Protocolo coluna cervical
• Head first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima do forame magno;
• Limite inferior: abaixo da transição cervico torácica;
• Decúbito dorsal;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de
pedido com contraste, realizar diretamente com contraste;
• Delay de contraste 60 segundos. 49
Coluna dorsal
O exame da coluna dorsal é requisitado principalmente por queixas de
dor ou pesquisas de tumor ósseo primário ou metástases. A aquisição
deste deve ser craniocaudal (da cabeça para os pés). O limite superior dos
cortes deve ser acima da transição cervico torácica (C7) e o limite inferior
deve ser na transição toracolombar (L1). Reconhecer a anatomia é de
suma importância. A análise médica decorrerá em toda região, avaliando
as transições e as 12 vértebras torácicas. Importante reconhecer a
anatomia. A T1 quando o paciente não possui vértebra de transição
cervical, condição essa rara de se ver, parte junto com o primeiro arco
costal, o processo espinhoso torácico também tem uma forma específica
de lâmina apontando para baixo. As doenças mais comuns que podem
levar o pedido são os traumas e as pesquisas de tumor ou metástase
óssea. Esse exame, na grande maioria das vezes, é realizado sem contraste.
Somente pesquisas de tumor ou metástases mudam a conduta.
Protocolo coluna dorsal
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima da C7; 50
• Limite inferior: abaixo da transição toracolombar;
• Decúbito dorsal;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de
pedido com contraste, realizar diretamente com contraste;
• Delay de contraste 60 segundos.
Coluna lombar
O exame da coluna lombar é requisitado principalmente por queixas
de dor ou pesquisas de tumor ósseo primário ou metástases. A
aquisição deste deve ser craniocaudal (da cabeça para os pés). O limite
superior dos cortes deve ser acima da transição torocolombar (T12), já
o limite inferior deve ser na transição lombossacral (S1). Reconhecer a
anatomia é de suma importância. A análise médica decorrerá em toda
região, avaliando as transições e as cinco vértebras lombares.
Importante reconhecer a anatomia. O processo espinhoso das
vértebras lombares tem um formato quadrado. As doenças mais
comuns são os traumas e as pesquisas de tumor ou metástase óssea.
Esse exame, na grande maioria das vezes, é realizado sem contraste.
Somente pesquisas de tumor ou metástases mudam a conduta.
Coluna lombar
• Feet first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: acima T12;
• Limite inferior: abaixo da transição lombossacral;
• Decúbito dorsal;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Solicitação médica pode ser com ou sem contraste; em casos de
pedido com contraste, realizar diretamente com contraste;
• Delay de contraste 60 segundos.
• Protocolos de membro superior
• Ombro
• O exame de ombro em uma rotina normal é realizado de maneira
unilateral. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves
proporções podem gerar pedidos de TC de ombro em decorrência de
luxações e fraturas.
• Reconhecer a anatomia é importante, sendo relevante ressaltar a
articulação acrômio clavicular no nível superior da linha de aquisição
e o terço proximal do úmero. A análise médica decorrerá de analisar
toda a região principalmente cabeça do úmero e colo, articulação
glenoumeral, escapula e clavícula.
• Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso
de meios de contraste.
• Protocolo de ombro
• Head first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: articulação acrômio-clavicular;
• Limite inferior: 3 cm abaixo do plano da borda inferior da glenoide;
• Elevar MS oposto;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de
músculo esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de
osteomielite difusa e tumor.
• Clavícula
• O exame de clavícula em uma rotina normal é realizado de maneira
unilateral. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves
proporções podem gerar pedidos de TC de clavícula em decorrência
de possíveis deslocamentos e fraturas.
• Reconhecer a anatomia é importante para a execução do exame.
Devemos reconhecer a articulação acromioclavicular mais lateral e a
articulação esternocostal mais medial, devendo estas estarem
inclusas na aquisição que notoriamente deve ter limites superior e
inferior menores do que a aquisição de ombro.
• Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso
de meios de contraste.
• Protocolo de clavícula
• Head first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: articulação acromioclavicular;
• Limite inferior: articulação externoclavicular;
• Espessura de corte: 0,6 mm;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de
músculo esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de
osteomielite difusa e tumor.
• Braço
• O exame de braço em uma rotina normal é realizado de maneira
unilateral. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves
proporções podem gerar pedidos de TC de braço em decorrência de
fraturas ou suspeita de tumor.
• Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame da
articulação acromioclavicular é feito no nível superior da linha de
aquisição até a articulação do cotovelo, ou seja, temos de incluir as
duas articulações em nossa aquisição. A análise médica decorrerá de
analisar toda a região principalmente cabeça do úmero, colo umeral,
epífises e diáfises e as articulações superior e inferior.
• Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso
de meios de contraste.
Protocolo braço
• Head first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: articulação acromioclavicular;
• Limite inferior: articulação do cotovelo;
• Elevar MS oposto;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de
músculo esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de
osteomielite difusa e tumor.
• Cotovelo
• O exame da região cubital ou cotovelo em uma rotina normal é solicitado para
apenas uma lateralidade. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves
proporções podem gerar pedidos de TC de cotovelo em decorrência de luxação
ou fraturas.
• Reconhecer a anatomia é de suma importância para o exame. Os cortes devem
ser de proximal para distal, ou seja, do úmero em direção ao rádio e à ulna. É
muito importante reconhecer o que é posterior na articulação do cotovelo e
neste caso é o olecrano. Também visualizamos a parte distal do úmero e a parte
proximal do radio e da ulna.
• Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso de meios
de contraste
• Protocolo cotovelo
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: superior a aos epicôndilos do úmero;
• Limite inferior: abaixo da tuberosidade do rádio e da ulna;
• Decúbito ventral;
• Posição de superman;
• Espessura de corte: 0,6 mm;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de
músculo esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de
osteomielite difusa e tumor.
• Antebraço
• O exame do antebraço em uma rotina normal é realizado de maneira
unilateral, na maioria das vezes, acidentes de pequenas a graves
proporções podem gerar pedidos de TC de antebraço em decorrência
de fraturas ou suspeita de tumor.
• Reconhecer a anatomia é de suma importância o exame deve ser
realizado de proximal articulação do cotovelo para distal articulação
do punho, temos de incluir as duas articulações em nossa aquisição a
análise médica ira decorrer de analisar toda a região, rádio, ulna em
suas epífises e diáfises proximais e distais.
• Somente a análise de osteomielite e ou tumor podem requerer uso
de meios de contraste.
• Protocolo antebraço
• Head first;
• Espessura: 1 mm;
• Incremento: 1 mm;
• Limite superior: superior à articulação do cotovelo;
• Limite inferior: incluir articulação radiocarpal;
• Decúbito ventral;
• Posição de superman;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de músculo
esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de osteomielite
difusa e tumor.
• Punho
• O exame de punho em uma rotina normal é realizado de maneira
unilateral. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas proporções
podem gerar pedidos de TC de punho em decorrência de fraturas ou
dores por movimentos repetitivos.
• Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame deve ser
realizado de proximal articulação radioulnar distal para distal
metacarpos. A análise médica decorrerá de analisar toda a região,
regiões articulares e ossos do punho, pisiforme, piramidal, semilunar,
escafoide, trapézio, trapezoide, capitato e hamato.
• Somente a análise de osteomielite e/ou tumor podem requerer uso
de meios de contraste.
• Protocolo punho
• Head first;
• Espessura: 0,6 mm;
• 28
• Incremento: 0,6 mm;
• Limite superior: superior aos epicôndilos do úmero;
• Limite inferior: abaixo da tuberosidade do rádio e da ulna;
• Decúbito ventral;
• Posição de superman;
• KV: 120;
• MA: dose modulada;
• Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de
músculo esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de
osteomielite difusa e tumor.
• Mão
• O exame da mão em uma rotina normal é realizado de maneira
unilateral. Na maioria das vezes, acidentes de pequenas proporções
podem gerar pedidos de TC de mão em decorrência de fraturas ou
luxações das falanges e pré-operatórios.
• Reconhecer a anatomia é de suma importância. O exame deve ser
realizado de proximal articulação radioulnar distal para distal,
incluindo todos os dedos. A análise médica decorrerá de analisar toda
a região, regiões articulares e ossos do metacarpo e as falanges
consequentes proximais médias e distais. 29

• Somente a análise de osteomielite e ou tumor podem requerer uso


de meios de contraste.
• Protocolo mão
• • Head first;
• • Espessura: 0,6 mm;
• • Incremento: 0,6 mm;
• • Limite superior: incluir articulação radiocarpal;
• • Limite inferior: incluir todos os dedos;
• • Decúbito ventral;
• • Posição de superman;
• • KV: 120;
• • MA: dose modulada;
• • Exame de rotina sem contraste; o uso de contraste em exames de
músculo esquelético ocorre apenas para hipóteses de pesquisas de
osteomielite difusa e tumor.

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