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INTRODUCAO

Atualmente o câncer e a segunda causa de morte da população adulta no brasil.


Estima-se, para o Brasil, biênio 2018-2019, a ocorrência de 600 mil casos novos de
câncer, para cada ano. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma (cerca de 170 mil
casos novos), ocorrerão 420 mil casos novos de câncer. O cálculo global corrigido para
o sub-registro, segundo MATHERS et al., aponta a ocorrência de 640 mil casos novos.
Essas estimativas refletem o perfil de um país que possui os cânceres de próstata,
pulmão, mama feminina e cólon e reto entre os mais incidentes, entretanto ainda
apresenta altas taxas para os cânceres do colo do útero, estômago e esôfago.
A estimativa mundial mostra que, em 2012, ocorreram 14,1 milhões* de casos
novos de câncer e 8,2 milhões de óbitos. Houve um discreto predomínio do sexo
masculino tanto na incidência (53%) quanto na mortalidade (57%). De modo geral, as
maiores taxas de incidência foram observadas nos países desenvolvidos (América do
Norte, Europa Ocidental, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Nova Zelândia). Taxas
intermediárias são vistas na América do Sul e Central, no Leste Europeu e em grande
parte do Sudeste Asiático (incluindo a China). As menores taxas são vistas em grande
parte da África e no Sul e Oeste da Ásia (incluindo a Índia). Enquanto, nos países
desenvolvidos, predominam os tipos de câncer associados à urbanização e ao
desenvolvimento (pulmão, próstata, mama feminina, cólon e reto), nos países de baixo e
médio desenvolvimentos, ainda é alta a ocorrência de tipos de câncer associados a
infecções (colo do útero, estômago, esôfago, fígado). Além disso, apesar da baixa
incidência, a mortalidade representa quase 80% dos óbitos de câncer no mundo
(FERLAY et al., 2013).
A radioterapia é um tratamento que utiliza radiação ionizante (Raios X de alta
energia) para tratar ou prevenir o aparecimento de tumores em uma determinada região
do corpo. Em torno de 60% dos casos de câncer vai necessitar de radioterapia em pelo
menos uma fase do plano terapêutico, de forma isolada ou associada a outro tratamento,
como cirurgia e/ou quimioterapia, para assegurar uma adequada curabilidade ou um
efeito paliativo adequado. Ela é necessária, na maioria das vezes, no tratamento dos
tumores malignos mais prevalentes da população brasileira, ou seja, no câncer de
próstata e pulmão nos homens e no de mama, de reto e de colo uterino na mulher. Em
várias situações, apenas a radioterapia é utilizada para obtenção da cura, como no
câncer de próstata, de pele, de colo uterino, de pulmão e de outros, principalmente
quando esses estão em fase inicial.
Os raios emitidos pelos aparelhos de radioterapia são direcionados para o local
do corpo que deve ser tratado de forma mais concentrada possível. Isso é atualmente
obtido por sofisticados sistemas computadorizados e por modernos aparelhos emissores
de radiação. Como é um tratamento localizado, os efeitos benéficos e os colaterais
dependem da área do corpo que está sendo tratada, da dose prescrita e da técnica
utilizada. A radioterapia não provoca, por exemplo, queda de cabelo, a não ser que a
cabeça seja irradiada. Em muitas situações, é possível o paciente não apresentar
qualquer sintoma durante o tratamento. 
Quando um paciente possui um determinado tipo de câncer com indicação de
radioterapia, ele deve procurar um especialista nessa área, que é conhecido como
radioterapeuta ou rádio oncologista. Esse médico irá confirmar a indicação da
radioterapia, prescrever o número de aplicações necessárias para cada caso
especificamente e orientar quando aos riscos e possíveis efeitos colaterais. Em geral,
cada sessão de radioterapia leva em torno de 15 minutos e o número de aplicações pode
variar de uma até 40. Na maioria das vezes, essas aplicações são realizadas em dias
úteis e com descanso nos finais de semana e feriados. Esse descanso é importante para
alívio dos efeitos colaterais. Querer fazer a radioterapia nesses dias para que o
tratamento termine mais rápido pode gerar efeitos desagradáveis. Durante cada
aplicação, o paciente não sente dor, incômodo ou qualquer sintoma. Além disso, a
radiação não fica no corpo do paciente após o término da sessão. Portanto, não há
necessidade de se evitar contato com outras pessoas.
Após a consulta médica e, confirmada a indicação da radioterapia, as próximas
etapas incluem: realização de tomografia computadorizada para planejamento da área a
ser tratada; planejamento por parte do médico e do físico para que o paciente receba a
radiação da forma mais concentrada possível; aplicações em dias úteis; consultas
semanais de revisão; consulta de alta e seguimento clínico.
É muito importante o paciente sempre se informar se o médico que o atendeu
possui título de especialista em radioterapia e se os equipamentos que serão utilizados
são adequados.
LOCAL ESTAGIO/ PRATICA PROFISSIONAL

A pratica profissional foi realizada em um hospital da região do triangulo


mineiro, fundado em 1951 com o intuito de é difundir conhecimentos gerais sobre
câncer, debater os problemas da cancerologia e correlatos, combater o câncer e realizar
sua profilaxia, promover seu diagnóstico precoce, tratamento e hospitalização dos pré-
cancerosos e cancerosos, empenhar-se em campanhas educativas e desenvolver
programas preventivos. Tendo missão e valores, proporcionar aos clientes/ pacientes um
atendimento seguro e de qualidade por meio de uma tecnologia moderna com
profissionais altamente qualificados; garantindo acesso universal, resolutibidade, de
qualidade, alcançando acreditação em nível máximo, com pioneirismo, humanização,
segurança, transparência, ética e equidade.
A estrutura hospitalar, apesar de ser antiga, abriga uma ampla rede de
atendimento. O setor de radioterapia, possuí um acelerador linear da marca Varian,
modelo Clinac 600c, com um pouco mais de 20 anos de uso, mesmo com esse tempo, o
aparelho continua funcionando, como se fosse novo; um simulador de tratamento da
marca Huestis Medical, vindo como doação do Instituto Nacional do Câncer (INCA) no
de 2008; um aparelho de braquiterapia de alta dose (HDR), marca Varian, modelo
Gama Med Plus 2009, o tratamento de braquiterapia atualmente não está funcionando
devido a falta da pastilha de Iridium (Ir); possui acessórios de posicionamento: 2 rampas
de mama (uma para tratamento e outra para planejamento), base de suporte de cabeça e
pescoço em acrílico, suporte de cabeça e pescoço de A a F, suporte de joelho e
calcanhar, mascaras termoplásticas para tratamento de cabeça e pescoço; filtros de
colimação com angulações 15º, 30º, 45º e 60º.
Os planejamentos são realizados através do sistema Eclipse, também da empresa
Varian Medical System, que faz a reconstrução em 3D da tomografia realizada pelo
cliente/ paciente; o médico desenha/ delimita as estruturas que deseja proteger e tratar;
nesse momento o físico encaminha a planta baixa dos blocos de proteção para a oficina
de moldes (a oficina do hospital possui um cortador de isopor, ferramentas diversas e
um forno onde é derretido a liga metálica Aliou para a confecção dos blocos).
O sistema de tratamento vai sofrer algumas alterações; atualmente o técnico
programa os dados da ficha de tratamento no computador para cada campo, com a
chegada desse novo acelerador, o físico vai programar o campo e o técnico assim que
clicar no nome do paciente/ cliente, o próprio sistema ARIA (também da Varian
Medical System) vai colocar os dados, evitando assim algum erro que por ventura possa
vir acontecer, como exemplo colocar tamanho de campo diferente do que está prescrito
na ficha.
O hospital ganhou um novo acelerador linear da marca Varian, modelo iX, que
possui tratamento com intensidade modulada (podendo ser de 6 mEv ou 10 mEv além
de podendo ser escolhido também tratamento por elétrons), atualmente encontra-se em
fase de liberação da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e das VISAS
(Vigilâncias Sanitárias) tanto municipal quanto estadual.

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