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Tipos de tratamento do adenocarcinoma de próstata.

O câncer mais comum da próstata é o adenocarcinoma, responsável por cerca de


95% dos tumores malignos nessa região.

Segundo “Documento de consenso” do Programa Nacional do Controle do


Câncer de Próstata - Rio de Janeiro: INCA, 2002, os tipos de tratamento devem ser
individualizados para cada paciente levando-se em conta a idade, o estadiamento do
tumor, o grau histológico, o tamanho da próstata, as comorbidades, a expectativa de vida,
os anseios do paciente e os recursos técnicos disponíveis.

Tratamentos do adenocarcinoma localizado da próstata dentre as opções para o


tratamento da doença localizada incluem-se a cirurgia radical, a radioterapia e a
observação vigilante.

Observação vigilante

É uma opção frente à doença localizada, porém deve ser empregada apenas em
pacientes acima de 75 anos, com expectativa de vida limitada e tumores de baixo grau
histológico.

Também chamado de “vigilância ativa” segundo GUIMARÃES, DR. GUSTAVO


C. do site: IUCR.COM.BR ( acesso em 26-08-2019) como o câncer de próstata
geralmente cresce lentamente, para alguns homens, especialmente aqueles que têm uma
idade mais avançada ou outros problemas de saúde, os médicos podem recomendar esta
escolha. Esta abordagem envolve o acompanhamento rigoroso do câncer de próstata, sem
tratamento ativo. Os procedimentos de biópsia da próstata e os testes de PSA são repetidos
em intervalos definidos. Estudos de longo prazo de vigilância ativa para homens com
tumores de baixo grau mostram que quando bem selecionados até 70% conseguem manter
essa abordagem por até 10 anos sem necessitar de tratamento.

Cirurgia radical

A prostatovesiculectomia radical retropúbica (PTR) é o procedimento padrão-


ouro para o tratamento de câncer da próstata localizado. Cerca de 85% dos pacientes
submetidos à PTR não apresentam evidência de doença após cinco anos e 2/3 após 10
anos. Os fatores determinantes do sucesso pós-PTR são: ausência de margens cirúrgicas
comprometidas, ausência de infiltração das vesículas seminais, ausência de infiltração
linfonodal, nível sérico de PSA indetectável após três meses da cirurgia. O tratamento
cirúrgico apresenta algumas complicações como: incontinência urinária, disfunção erétil,
estenose de uretra ou colovesical, lesão de reto e as complicações decorrentes de cirurgias
de grande porte.

Radioterapia
A radioterapia pode ser dividida em externa e intersticial (braquiterapia). A
radioterapia externa (RXT) é uma ótima opção para o tratamento da doença localizada.
Também pode ser indicada para pacientes que tenham contra-indicação à cirurgia. A dose
de RXT mínima sobre a próstata deve ser de 72 Cy, respeitando-se a tolerância dos tecidos
normais adjacentes. Apresenta como possíveis complicações: alterações gastrointestinais
e cistite actínica.

A braquiterapia intersticial permanente com sementes radioativas está indicada


isoladamente aos pacientes com bom prognóstico (T1-T2a, PSA < 10 ng/ml, Gleason <
7) ou complementar à RXT externa para casos de pior prognóstico. Deve ser evitada nos
casos de tumores volumosos ou submetidos previamente à ressecção prostática
transuretral ou à prostatectomia convencional e em próstatas menores que 20 g. A
braquiterapia intersticial de alta taxa de dose, em combinação com a RXT de
megavoltagem também pode ser utilizada no tratamento de tumores localizados. Suas
possíveis complicações são: incontinência urinária, disfunção erétil e estenose de uretra
ou colovesical.

Tratamento da Doença Localmente Avançada (T3-T4) A meta terapêutica é a cura


destes pacientes. O tratamento monoterápico é geralmente ineficaz nestas situações. As
melhores opções de tratamento incluem uma combinação de bloqueio hormonal e cirurgia
radical ou radioterapia externa, ou cirurgia radical seguida de radioterapia. A terapia
indicada no escape hormonal inclui o uso de glicocorticóides, cetoconazol, e
quimioterapia com mitroxantona e taxanes.

Segundo informações do médico urologista GUIMARÃES, DR. GUSTAVO C.


do site: IUCR.COM.BR ( acesso em 26-08-2019) temos também disponíveis estas
modalidades de tratamento:

• Ultrassom focalizado de alta frequência – focal one

Também chamado de termoablação, a técnica, por meio de ondas de calor,


destrói as células cancerosas. Com o HIFU, evita-se a cirurgia e eventuais
sangramentos, pois o procedimento é livre de radiações e incisões. Mirando
exclusivamente no tumor não há comprometimento de outras regiões, o que diminui
complicações como impotência ou incontinência urinária. O procedimento é muito
rápido (em geral, menos de uma hora) e o paciente geralmente recebe alta em 24
horas.

• Hormonioterapia :

Cerca de um terço dos pacientes com câncer de próstata requerem essa terapia.
Ela bloqueia a produção de testosterona ou a interação da testosterona com as células
tumorais, reduzindo o tamanho do tumor ou retardando o seu crescimento. Embora
possa ajudar a controlar o câncer de próstata, ela não é curativa. A hormonioterapia
pode ser usada para tratar o câncer de próstata se:

✓ A cirurgia ou radioterapia não for indicada;


✓ For câncer metastático ou recidivado (voltou após o tratamento);
✓ Tiver câncer com alto risco de recidiva após a radioterapia;
✓ Houver necessidade de reduzir o câncer antes da cirurgia ou da
radioterapia para aumentar a chance de sucesso no tratamento.

Os tipos de hormonioterapia para câncer de próstata são: Antiandrogênicos,


Agonistas de LHRH, Orquiectomia.

Os efeitos colaterais podem incluir: impotência, incapacidade de obter ou manter


uma ereção, perda de libido (desejo sexual), ondas de calor, crescimento do tecido
mamário e sensibilidade das mamas, perda de massa muscular, fraqueza, diminuição
da massa óssea (osteoporose), testículos encolhidos, depressão, perda de autoestima,
agressividade, alerta e funções cognitivas superiores, como priorização ou
racionalização, anemia, ganho de peso, fadiga, níveis mais altos de colesterol,
aumento do risco de ataques cardíacos, diabetes e hipertensão arterial (hipertensão).

• CRIOTERAPIA:

O tumor é congelado por meio da introdução de uma sonda que mata as células
do câncer. Esse tratamento é usado em casos em que a doença está restrita à próstata
e não se espalhou. É pouco disponível na América Latina.

• QUIMIOTERAPIA:

Geralmente utilizada para o câncer de próstata metastático ou que não está mais
respondendo ao tratamento. Ela não cura o câncer, mas reduz o ritmo de crescimento
do tumor, a dor e pode prolongar a vida.

• CIRURGIA ROBÓTICA:

Cirurgia minimamente invasiva ou cirurgia robótica são pequenas incisões feitas


no abdômen e, em seguida, um endoscópio conectado aos braços robóticos é inserido.
Uma câmera de vídeo em miniatura e ferramentas cirúrgicas estão presas ao final do
endoscópio. O cirurgião, sentado em um console, pode ver o local da cirurgia em uma
tela de vídeo e controlar os braços robóticos. Os cirurgiões com esta técnica trazem
menos efeitos colaterais e menor tempo de recuperação.

O tumor é congelado por meio da introdução de uma sonda que mata as células do
câncer. Esse tratamento é usado em casos em que a doença está restrita à próstata e não
se espalhou. É pouco disponível na América Latina.

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