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Câncer

O câncer é uma doença com incidência crescente em todo o mundo,


principalmente em função do aumento da longevidade das pessoas. .
A boa notícia é que na última década o tratamento da doença avançou, tanto
no âmbito tecnológico quanto na abordagem multiprofissional e no atendimento
individualizado dos pacientes.

O tratamento cirúrgico é cada vez mais conservador, resultando em uma maior


preservação dos órgãos. A cirurgia robótica, com caráter minimamente
invasivo, diminui a dor, o sangramento e a necessidade de medicação
analgésica. Dessa forma, o paciente fica internado durante um menor período e
apresenta melhores resultados funcionais. A tecnologia veio para ficar.
Equipamentos como o HIFU e o Robô da Vinci melhoram o tratamento de
muitos tumores. O principal fator que ainda limita a adoção da técnica em todas
as cirurgias é o custo",
Quimioterapia

A qumioterapia é uma modalidade de tratamento que utiliza medicamentos


específicos para a destruição das células cancerosas. Como atuam em
diversas etapas do metabolismo celular, as medicações alcançam as células
malignas em qualquer parte do organismo com o objetivo de diminuir ou cessar
a atividade do tumor.
A aplicação da quimioterapia é definida pelo médico oncologista e pode ser
realizada durante a internação ou em ambulatório. O tratamento quimioterápico
pode contar com um único medicamento ou com a combinação de vários deles
(mistura de drogas e doses), por via intravenosa (na veia ou por catéteres) ou
via oral (comprimidos ou cápsulas).

O tratamento pode ser indicado como terapia exclusiva, adjuvante ou neo-


adjuvante. A terapia exclusiva é quando o principal tratamento adotado para
combater o câncer é o de quimioterapia. Adjuvante, é geralmente o tratamento
complementar aplicado após o tratamento primário, como a cirurgia, por
exemplo. E neo-adjuvante é o que precede a cirurgia, utilizado para diminuir o
tumor e a agressividade do procedimento.

Em todos os casos, o tratamento é acompanhado pelo médico oncologista que


avalia a eficácia da terapêutica adotada e decide, a partir dos resultados e das
reações orgânicas apresentadas em cada paciente, a necessidade de adotar
algum ajuste em relação ao tratamento. Além da quimioterapia, existem outros
medicamentos utilizados, como antagonistas hormonais, anticorpos
monoclonais e algumas modalidades da chamada terapia alvo-dirigida.
Radio Terapia
É o tratamento com radiação para evitar o crescimento do tumor, pois as
células do câncer crescem e se multiplicam muito mais rápidos que as células
normais.
Finalidade da Radioterapia:
Todo o tratamento deve estar autorizado e deve ter início e fim previsto.

Radioterapia Paliativa:
Objetiva no controle local do tumor primário ou de metástases, sem influenciar
a taxa da sobrevida global do paciente. Geralmente, a dose aplicada é menor
do que a dose máxima permitida para a área.

Radioterapia Pré-operatória:
É a radioterapia que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia,
para reduzir o tumor e facilitar o procedimento. A dose total aplicada é menor
do que a dose máxima permitida para a área.
Radioterapia Pós-operatório:
Segue à principal modalidade de tratamento do paciente, com a finalidade de
esterilizar possíveis focos microscópicos do tumor. Como as anteriores não
alcança a dose máxima permitida para área.
Radioterapia Curativa:
Consiste na principal modalidade de tratamento e visa a cura do paciente. A
dose utilizada é geralmente a dose máxima que pode ser aplicada na área.
Pode-se utilizar o termo “curativo” e “exclusivo” no sentido de dose máxima,
seja qual for a finalidade da radioterapia
Radioterapia Anti-Álgica (Radioterapia para dor):
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Pode ser aplicada
diariamente ou, em doses diárias maiores semanalmente. Como é de finalidade
paliativa, a dose total é menor do que a máxima permitida para área, exceto
nos casos específicos como metástases.
Radioterapia Anti-Hemorrágica:
Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Como é desta finalidade
a dose total é menor do que a permitida para área.
Cirurgias

Câncer de próstata
O tratamento e pode ser a laparoscopia porque causa menor sangramento e
dor, menos tempo de hospitalização e recuperação mais rápida. Em alguns
hospitais do Brasil, robôs-cirurgiões são usados nesse procedimento,
acelerando ainda mais a recuperação.

Ressecção transuretral da próstata: é utilizada para aliviar sintomas, como


dificuldade para urinar, em homens que não podem fazer outros tipos de
cirurgia ou até mesmo nos que sofrem de hiperplasia benigna. Ela não remove
todo o câncer.

Câncer útero
O tratamento para câncer no colón do útero e a cirurgia, mais dependera do
estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais.
Conização ou traquelectomia: é a retirada de uma porção do colo do útero em
forma de cone. Muitas vezes é usada como o único tratamento nos casos de
Neoplasia Intra-epitelial (NIC) do colo do útero, ou seja, quando não há invasão
dos tecidos.

Histerectomia abdominal: é a remoção do útero e colo do útero por meio de


incisão abdominal. A salpingooforectomia bilateral envolve a remoção dos
ovários e trompas.

Histerectomia radical (histerectomia total ampliada ou operação de Wertheim-


Meigs): consiste na retirada do útero com os seus ligamentos (paramétrios) e
da parte superior da vagina. É associada à remoção dos gânglios linfáticos
(linfonodos pélvicos). A Histerectomia radical pode atualmente ser realizada por
via minimamente invasiva, tanto por laparoscopia quanto por robótica.

Exenteração pélvica: além da retirada de colo do útero, útero e gânglios


linfáticos, neste procedimento outros órgãos como bexiga e reto podem ser
removidos.

Cirurgias cabeça e pescoço

Cirurgia Endonasal, é toda cirurgia feita dentro do nariz e/ou usando o nariz
como via e permite ao cirurgião enxergar o tumor mais de perto para ver a
vascularização e os limites onde o tumor está.

A cirurgia é feita através de uma fibra ótica com uma micro câmera e um
sistema de vídeo, como se fosse uma televisão, que mostra a imagem sendo
filmada dentro do nariz. A ótica é levada para dentro do nariz, chegando bem
perto da lesão; a câmera transmite a imagem ampliada para a televisão,
mostrando os detalhes e facilitando a operação.
Esse cirurgia não deixa nenhum corte externo, pois consegue tirar a lesão
tumoral, sem altera respiração nasal e o olfato.
Cirurgia crânio de base
A cirurgia vídeo-assistida (cirurgia endoscópica) tem contribuído para tornar a
cirurgia de base de crânio menos invasiva. O desenvolvimento de novos
materiais cirúrgicos, como substância hemotáticas, colas biológicas e
substitutos de envolfórlios do sistema nervoso central, também contribuíram
para facilitar o procedimento cirúrgico e reduzir riscos de complicação pós-
operatórias
Imunoterapia

Remédios estimulam defesa do organismo a detectar a doença, mas ainda são


caros.

Sobre vários aspectos 2016, não foi um ano bom para os tratamentos contra o
câncer, esteve entre o com maior registro. A FDA (agência que regula os
medicamentos nos Estados Unidos) aprovou oito novas terapias contra a
doença e 12 novos usos para outras já existentes.

Nessa avalanche de novidades, destaca-se a imunoterapia, considerada a


mais promissora em 2016 pela “Sociedade Americana de Oncologia Clínica”
(Asco, na sigla em inglês). Em resumo, trata-se de um grupo de drogas que, ao
invés de mirar o câncer, ajuda as nossas defesas a detectá-lo e agredi-lo.

Os primeiros estudos sobre o tema, curiosamente, foram feitos há mais de um


século: em 1881, cientistas usaram bactérias para impulsionar a resposta do
sistema imunológico contra tumores malignos. Mas foi só em 1980 que uma
medicação que se vale dessa lógica foi aprovada, e era bastante agressiva.

Hoje, as drogas imunoterápicas agem de diferentes maneiras, a principal


envolve os chamados inibidores de pontos de verificação imunológicos. Esses
“pontos” na verdade são moléculas especializadas que agem como freios no
sistema imune, assegurando que as células de proteção sejam utilizadas
apenas quando necessário.

O mecanismo é extremamente importante, porque tropas de defesa


descontroladas, que entram em cena sem a presença de um inimigo, podem
causar inflamações e doenças autoimunes.

O problema é que as células cancerosas conseguem enganar esses pontos de


verificação. Nesse contexto, o sistema imunológico não percebe a doença
como uma ameaça e a deixa evoluir. E é aí que entra a imunoterapia: ao
bloquear esse sistema, ela faz o próprio corpo consegue combater o tumor.

O que anima a comunidade científica é que, só no ano passado, foram


descobertos cinco novos usos para os inibidores de pontos de verificação
imunológicos. São eles: câncer de cabeça e pescoço, bexiga e pulmão e
linfoma de Hodgkin. Aliás, esse é o primeiro tratamento que surge contra
nódulos malignos originados na bexiga em três décadas.

Apesar disso, não são todas as pessoas com esses tumores que se beneficiam
dos medicamentos. Os estudos estão focados justamente em identificar quem
pode tirar mais proveito da imunoterapia, poupando os pacientes dos custos
altos e dos efeitos colaterais. Mas isso não é motivo para desanimar: a Asco
liberou um relatório com várias terapias que ganharam destaque em 2016.
ÚLTIMAS DE SAÚDE

Verificamos que a imunoterapia é uma revolução, não há dúvidas sobre isso.


Esta técnica estimula o organismo do paciente a identificar as células
cancerosas e atacá-las, por meio de drogas que modificam a resposta
imunológica. Isto é, em vez de mirar o câncer, os remédios imunoterápicos dão
um “empurrão” nas nossas defesas para que elas mesmas detectem a doença.

O que anima ainda mais a comunidade médica é a descoberta, de cinco anos


para cá, que muitos tipos de câncer podem ser tratados usando essa lógica.
Além disso, essa terapia representa esperança para pacientes que, antes dela,
não encontravam opções de tratamento — seja porque a doença está em
estágio avançado demais, seja porque já se espalhou por outros órgãos.

Apenas no ano passado, foram descobertas seis novas aplicações da


imunoterapia: para câncer de cabeça e pescoço, linfoma de Hodgkin, pulmão,
bexiga e câncer de mama triplo negativo, que era até então considerada uma
doença com alto risco de reincidir nos três primeiros anos após o diagnóstico
inicial.

Para os tumores malignos de bexiga, esse é o primeiro tratamento eficaz em


três décadas.Por causa disse, essa classe de remédios foi eleita, no início de
2017, o maior avanço do ano contra o câncer pela Sociedade Americana de
Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês).

Podemos considerar a imunoterapia como o grande progresso da oncologia


não só do último ano, mas dos últimos cinco anos. “Ela gera uma revolução na
forma como entendemos o tratamento do câncer”, ressalta Carlos Gil Ferreira,
diretor institucional do Grupo Oncologia D’Or. Mas devemos ter ciência de que,
a imunoterapia que conhecemos hoje é só o primeiro estágio de muitos outros
que estão surgindo para criação ainda mais potente de medicamentos.

Segundo Daniel Tabak, diretor médico do Centro de Tratamento Oncológico


(Centron), estudos mostram que 60% dos pacientes com linfoma de Hodgkin,
por exemplo, conseguiram resposta com tratamento imunoterápico. E se tornou
de conhecimento que um terço de todos os pacientes com câncer de pulmão
alcança a regressão da doença com imunoterapia.

Vemos que Pessoas que já passaram por transplantes e outros tratamentos


que falharam têm com essa oportunidade finalmente, uma nova chance. Isso é
extraordinário.

EFEITOS COLATERAIS GRAVES

Segundo Tabak, esta sendo estudado por que, enquanto para uns pacientes a
imunoterapia é eficaz e para outros com a mesma doença ela não provoca
qualquer resposta. O desafio atual é definir quais são os biomarcadores que
definem quais pacientes podem se beneficiar dessa terapia
Tem que se ter uma seleção criteriosa por dois motivos principais: a
possibilidade de efeitos colaterais graves e o alto custo. Diferentemente da
quimioterapia, o tratamento imunoterápico não provoca efeitos clássicos como
queda de cabelo e vômitos, mas erupções na pele e até inflamação no fígado e
doenças autoimunes, nos casos mais graves. E, conforme explica Tabak, o
custo mensal de um tratamento assim gira em torno de R$ 40 mil, um valor alto
demais para a maioria da população brasileira.

O fator econômico é uma das grandes barreiras para que essa terapia passe a
ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). As drogas
imunoterápicas existentes hoje no Brasil estão exclusivamente na rede privada.

A lógica para o funcionamento desses remédios envolve, curiosamente, um


bloqueio de parte essencial do nosso sistema imunológico. O corpo humano
tem moléculas que agem como “freios”, assegurando que as células de defesa
sejam usadas apenas quando há inimigos para combater. Só que essas
moléculas não conseguem perceber as células de câncer e as deixam evoluir.
Ao bloquear o sistema de “freios”, o corpo é capaz de reconhecer e atacar o
tumor.

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