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DRENAGEM

LINFÁTICA

Aline Andressa Matiello


Drenagem linfática
em oncologia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Descrever as alterações do sistema linfático na mulher que sofreu


mastectomia.
 Explicar como a quimioterapia antineoplásica pode interferir na dre-
nagem linfática.
 Identificar como se dá a aplicação da drenagem linfática pós-mastectomia.

Introdução
A oncologia, também chamada de cancerologia, é uma área que visa ao
estudo, à prevenção e ao tratamento do câncer. Atualmente, há inúmeras
modalidades de tratamentos disponíveis, como cirurgias, quimioterapias,
radioterapia, dentre outras, que podem ser utilizadas isoladamente ou
de maneira associada (INSTITUTO ONCOGUIA, 2017).
Os tratamentos contra o câncer resultam em alguns efeitos colaterais
ao organismo em diferentes graus de gravidade. Esses efeitos ocorrem em
virtude de inúmeras alterações nos mais diferentes sistemas orgânicos do
organismo, incluindo o sistema linfático. As alterações que ocorrem no
sistema linfático resultam em sinais e sintomas relacionados à redução
na função desse sistema, resultando principalmente em alterações que
cursam com edema (KATZ, 2016).
A drenagem linfática manual pode ser utilizada de modo a evitar
essas alterações, quando possível, ou tratá-las, atuando diretamente
sobre o sistema linfático e favorecendo seu funcionamento (SALES;
MEJIA, [2013]).
Neste capítulo, você entenderá de que maneira os tratamentos
cirúrgicos e quimioterápicos do câncer de mama podem influenciar o
sistema linfático do organismo e causar disfunções como o edema e o
2 Drenagem linfática em oncologia

linfedema. Além disso, você compreenderá de que maneira a técnica


de drenagem linfática manual pode auxiliar na melhora da qualidade
de vida das pacientes submetidas a tratamentos cirúrgicos de câncer
de mama, como as cirurgias de mastectomias. Ainda, entenderá como
essa técnica deve ser realizada para garantir os resultados desejados.

Câncer e suas modalidades de tratamento


Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que têm em comum o
crescimento celular desordenado, por meio de uma divisão celular rápida e
incontrolada que invade tecidos e órgãos de maneira extremamente agressiva,
gerando a formação de uma massa celular, chamada de tumor maligno (INS-
TITUTO NACIONAL DE CÂNCER, 2018a).
O câncer surge a partir de uma alteração no DNA da célula chamado de
mutação genética, em que estas passam a receber instruções incorretas para
as suas atividades. As alterações acontecem em genes especiais chamados de
proto-oncogenes, que, a princípio, são inativos em células normais, entretanto,
quando ativados, tornam-se oncogenes e são responsáveis por transformar
as células normais em células cancerosas (INSTITUTO NACIONAL DE
CÂNCER, 2018b). A Figura 1 mostra a multiplicação descontrolada de
células com posterior acúmulo destas em um tecido que gera a formação
de um tumor.

Figura 1. Como surge o câncer.


Fonte: Adaptada de Instituto Nacional de Câncer (2018c).

Quanto ao tratamento para o câncer, o principal objetivo é erradicá-lo.


Entretanto, quando essa possibilidade é inexistente, os tratamentos utilizados
Drenagem linfática em oncologia 3

passam a ter função paliativa, apenas na redução dos sintomas, no prolonga-


mento e na melhora da qualidade de vida do paciente (LONGO, 2015).
Dentre as modalidades terapêuticas disponíveis atualmente, cita-se o uso
de tratamento cirúrgico, radioterapia, quimioterapia e terapia biológica, sendo
que no geral essas modalidades de tratamentos são utilizadas de maneira
associada. A cirurgia e a radioterapia são consideradas tratamentos locais
do câncer, mesmo que seus efeitos possam influenciar no comportamento
do tumor em áreas distantes, enquanto a quimioterapia e a terapia biológica
tratam-se de modalidades de tratamentos sistêmicas (MAJEWSKI et al., 2012).
Todo o tratamento de câncer, independentemente da modalidade escolhida,
pode ser prejudicial e induzir toxicidade no organismo em diferentes níveis.
Isso porque o objetivo dos tratamentos para câncer é, primeiramente, eliminá-lo
e, em segundo plano, causar o mínimo de prejuízos para o paciente (LONGO,
2015). Esse efeito prejudicial causado pelos tratamentos leva a inúmeras alte-
rações no organismo, dentre elas os efeitos colaterais que envolvem inúmeros
sistemas do organismo e que trazem maiores dificuldades no enfrentamento
dessa doença complexa (KATZ, 2016).
Dentre os efeitos colaterais indesejados na terapêutica do câncer, citam-se
as alterações que comprometem o sistema linfático e cursam com edema,
que se caracteriza pelo acúmulo anormal de líquido no corpo. Pode ocorrer
em qualquer região do corpo, mas é mais comum nas extremidades, sendo
uma queixa comum dos pacientes em tratamento para câncer. O edema
pode ocorrer como efeito dos tratamentos utilizados para o câncer, como as
cirurgias, a quimioterapia e a radioterapia. Pode também ser causado pelo
uso de algumas medicações, como corticoides e anti-inflamatórios, além
de más condições nutricionais e a inatividade física durante o período de
tratamento do câncer. Também pode ser agravado por alterações nos rins,
no fígado e no coração que possam ocorrer de maneira associada (INSTI-
TUTO ONCOGUIA, 2013). Além das condições de edema, outras alterações
do sistema linfático de maior gravidade e intensidade podem ocorrer nas
diferentes modalidades para tratamentos de câncer, incluindo o linfedema
(MONSTERLEET, 2010).
Dentre os diversos tipos de câncer, o de mama é um dos mais prevalentes,
afeta aproximadamente de 7 a 12% da população feminina em alguma etapa da
vida (MEDINA VILLASENÕR; MARTÍNEZ MACÍAS, 2009). A Sociedade
Brasileira de Mastologia alerta que os homens também podem ser acometidos
pelo câncer de mama, apesar de a doença atingir principalmente mulheres. Nos
homens ocorre em menor quantidade: um caso diagnosticado para cada 100
casos em mulheres (SOCIEDADE BRASILEIRA DE MASTOLOGIA, 2018).
4 Drenagem linfática em oncologia

No link ou código a seguir, você pode aprofundar seus


conhecimentos fazendo a leitura da cartilha Saiba tudo
sobre o câncer de mama, proposta pela Sociedade Brasileira
de Mastologia ([2017]).

https://goo.gl/7ayHvQ

Influência do tratamento cirúrgico para câncer


de mama no sistema linfático
A cirurgia é utilizada na oncologia mamária com diferentes finalidades,
incluindo a prevenção, o diagnóstico, o tratamento, a paliação e, ainda, a
reabilitação. As cirurgias realizadas com objetivo de prevenção são utiliza-
das em pessoas com lesões pré-malignas ressecadas ou em pessoas sob alto
risco de desenvolver câncer, normalmente são cirurgias radicais, como as
mastectomias bilaterais. Nos diagnósticos, as intervenções cirúrgicas têm o
objetivo de retirar uma quantidade de tecido afetado da mama para posterior
análise e definição do tratamento, definindo também o estadiamento do tumor.
Como procedimento paliativo, algumas cirurgias são realizadas e envolvem
cuidados de suporte, como a implantação de cateteres venosos centrais, con-
trole de hemorragias e controle de aderências, de modo a aliviar o sofrimento
do paciente. Na reabilitação, poderão ser necessários tratamentos para que
o paciente consiga recuperar completamente a saúde e, ainda, pode envolver
cirurgias plásticas, como a reconstrução mamária após um tratamento primário
desfigurante (LONGO, 2015).
As cirurgias são as modalidades de tratamento mais utilizadas no câncer
de mama (MAJEWSKI et al., 2012). Os procedimentos cirúrgicos mais co-
muns consistem na mastectomia total e na cirurgia conservadora da mama
(MOREIRA; CANAVARRO, 2012).
A cirurgia conservadora retira apenas parte da glândula mamária que
contém o tumor e é indicada para casos de tumores menores. Pode ser feita
por meio de uma tumorectomia, que faz a retirada do tumor, de um pouco de
tecido adjacente e dos linfonodos axilares de maneira radial. Já a quadrantec-
tomia ou segmentectomia faz a retirada do quadrante acometido associada à
retirada radical dos linfonodos axilares (BORGES, 2010).
Drenagem linfática em oncologia 5

A mastectomia, por sua vez, é um procedimento que visa à retirada total


da glândula mamária, de modo a aumentar as chances de cura e melhorar a
expectativa de vida de mulheres pertencentes a populações consideradas de
alto risco (MAJEWSKI et al., 2012). A Figura 2 mostra a área de tecido a ser
removida em uma cirurgia de mastectomia.

Linfonodos

Tumor

Área de tecido
a ser removida

Figura 2. Cirurgia de mastectomia.


Fonte: Adaptada de rumruay/Shutterstock.com.

Atualmente as cirurgias de mastectomias são classificadas em diferentes


tipos, de acordo com algumas variações na técnica cirúrgica:

 Mastectomias radicais clássicas ou método de Halsted: é feita a


retirada de tecido mamário, músculos peitorais maior e menor e, ainda,
é feita uma linfadenectomia axilar (esvaziamento radical).
 Mastectomias radicais modificadas de Patey: um pouco mais
agressiva que a anterior, neste caso é feita a linfadenectomia radical,
retirada do peitoral menor e da aponeurose anterior e posterior do
peitoral maior.
 Mastectomias radicais modificadas de Madden: trata-se de uma
mastectomia que preserva os músculos peitorais.
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 Mastectomias subcutâneas: é feita a retirada da glândula mamária,


com preservação dos músculos peitorais, do tecido subcutâneo e da
aréola (BORGES, 2010).

No link ou código a seguir (MASTECTOMIA..., 2013), você


confere uma animação em 3D que mostra como é feita
a cirurgia de mastectomia.

https://goo.gl/GpGCng

Esses procedimentos cirúrgicos podem envolver técnicas associadas de


retirada de linfonodos, seja para diagnóstico ou para tratamento. Durante
a cirurgia, os linfonodos axilares podem ser removidos para serem exami-
nados no microscópio, de modo a verificar possível acometimento deste.
Isso se deve ao fato de que a disseminação do câncer de mama segue um
trajeto em que necessariamente há um primeiro linfonodo pelo qual as
células malignas devem passar. Nesse caso, apenas o linfonodo acometido
pelo câncer é removido, de modo que cause menos efeitos colaterais. Essa
técnica é chamada de biópsia do linfonodo sentinela. Outro procedimento
que pode ser realizado é a dissecação axilar dos linfonodos, também cha-
mada de esvaziamento radical ou linfadenectomia axilar. Nesse caso, o
médico faz a retirada de 10 a 40 linfonodos axilares (AMERICAN CANCER
SOCIETY, 2017).
Esse procedimento de dissecação axilar afeta diretamente o sistema lin-
fático, uma vez que causa uma alteração na mecânica desse sistema. Esse
sistema, quando em condições normais, tem inúmeras funções importantes,
dentre elas o controle da homeostase macromolecular, a absorção de lipídeos
e células cancerosas, a função imunológica e a drenagem dos líquidos teci-
duais. Quando o paciente é submetido à dissecação axilar com a redução na
quantidade de linfonodos remanescentes, ocorre alteração da capacidade de
transporte de linfa do sistema linfático e, desta maneira, haverá uma redução
do transporte de linfa no braço acometido e esse fator faz com que a paciente
tenha maior chance de desenvolver uma complicação, chamada de linfedema
(REZENDE et al., 2008).
Drenagem linfática em oncologia 7

Além da retirada dos linfonodos axilares, outros fatores também con-


tribuem para a redução da função linfática após cirurgia. O próprio trauma
desencadeado pela incisão cirúrgica e manipulação de tecidos faz com que
vasos venosos, arteriais e linfáticos superficiais também sejam lesionados,
interrompendo inclusive a rede linfática (GUSMÃO, 2010).
O linfedema que ocorre pós mastectomia é classificado como um linfedema
secundário, uma vez que é decorrente de causas externas que causam neste caso o
desenvolvimento da disfunção por afetarem as estrutura e/ou funcionamento dos
vasos linfáticos. Essa situação pode ainda ser potencializada quando a paciente
é submetida a tratamento de radioterapia, que, neste caso, promove insuficiência
linfática dinâmica, com perda da função normal dos vasos linfáticos, reduzindo
a quantidade de líquido filtrado, induzindo assim o aparecimento de edema
principalmente pelo desenvolvimento de fibroses e radiodermite, que prejudicam
a circulação linfática superficial (BERGMANN, 2000).
O linfedema ainda é uma das principais sequelas decorrentes do tratamento
cirúrgico do câncer de mama (MUNDIM E BARROS et al., 2013). Sabe-
-se que posteriormente à cirurgia de mastectomia, produz-se a redução no
retorno linfático do membro superior de 40 a 60%. Isso não determina que a
paciente terá linfedema, entretanto, se o organismo não conseguir desenvol-
ver mecanismos compensatórios suficientes, haverá o acúmulo de líquidos
em diferentes graus de gravidade, podendo, então, desenvolver o quadro de
linfedema (ARNAUD, 2010). A incidência é de 20 a 30% de ocorrência de
linfedema no pós-mastectomia (IZIDORO et al., 2016). O risco no desenvol-
vimento dessa doença está intimamente ligado a vários fatores, como técnica
cirúrgica utilizada de mastectomia, extensão da lesão, número de linfonodos
acometidos e número de linfonodos remanescentes (REZENDE et al., 2008).
O linfedema é uma doença crônica, progressiva e geralmente incurável que se
caracteriza pelo aumento do volume do membro e pela alteração na textura da pele,
alterando a imagem corporal. Além disso, podem surgir sintomas de dor e limitação
de movimentos e função, afetando as atividades de vida diárias do paciente. Em
estágios mais avançados, o linfedema pode se estender por meses ou até anos após
o procedimento cirúrgico, com processo inflamatório crônico e fibrose, de modo
irreversível e progressivo, gerando perda da contratilidade dos vasos linfáticos e
sequelas permanentes (SQUARCINO; BORRELLI; SATO, 2007).
É importante não confundir edema com linfedema, pois não são sinônimos.
No caso do linfedema ocorre um edema, mas este é causado por um trauma
operatório, pelo corte e tracionamento dos tecidos e pela alteração do sistema
linfático, ocasionando um processo inflamatório local, em que, além do edema,
surgem outros sinais e sintomas mais intensos. O edema seria apenas uma
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reação normal do organismo, ao contrário do linfedema, que é considerado


uma doença crônica (BORGES, 2010).
Diante do risco aumentado de linfedema pós-cirurgia de mama, é necessária
uma avaliação constante do membro homolateral à cirurgia para detecção pre-
coce do linfedema, objetivando o tratamento adequado e mais precoce possível.
Devem ser avaliadas todas as possíveis alterações que possam estar relacionadas
ao desenvolvimento de linfedema, como alterações na coloração, aspecto da
pele e alterações na circunferência do membro (PANOBIANCO et al., 2009).
Quanto mais precoce o diagnóstico e o início do tratamento do linfedema,
maior a efetividade do tratamento. Por isso, é essencial que o profissional de
estética e sua paciente estejam atentos a quaisquer sinais que possam surgir.
Quando na avaliação de perimetria dos membros superiores houver uma
diferença de 2 cm entre os membros, já é indicativo de início do tratamento
para linfedema (VITAL, [2018?]). Na Figura 3 é possível visualizar um quadro
de linfedema em membro superior esquerdo após cirurgia de mastectomia.

Figura 3. Linfedema pós-mastectomia.


Fonte: Betel (2019a).

Influência da quimioterapia antineoplásica


no sistema linfático
A quimioterapia trata-se do uso de fármacos que possam ter um efeito
benéfico sobre o câncer e que influenciem de modo positivo na qualidade
de vida do paciente. Esses fármacos são chamados de agentes quimioterá-
Drenagem linfática em oncologia 9

picos antineoplásicos e são utilizados no tratamento de cânceres ativos. No


câncer de mama, para tumores localizados, normalmente são considerados
os tratamentos baseados em cirurgias e radioterapia, de modo a extinguir o
tumor. A quimioterapia normalmente é utilizada após falha dessas modali-
dades de tratamento ou como parte de um plano de tratamento multimodal
(LONGO, 2015).
A quimioterapia antineoplásica, seja pelo uso isolado ou combinado de
fármacos, tem sido amplamente utilizada para tratamento de câncer de mama.
Entretanto, o uso dessa modalidade de tratamento promove um ataque indis-
criminado às células, afetando células cancerosas e normais, gerando eventos
adversos (GOZZO et al., 2010). Isso se deve ao fato de os agentes antineoplási-
cos empregados nas quimioterapias apresentarem diferentes graus de toxicidade
e não serem seletivos. Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos quimioterápicos
dependem do tempo de exposição e da concentração plasmática da droga. A
toxicidade é variável para os diversos tecidos e depende da droga utilizada.
Nem todos os quimioterápicos ocasionam efeitos indesejáveis, entretanto, em
sua maioria, são responsáveis por diversos efeitos não desejáveis (FERNAN-
DES; MELLO, 2008).
O edema é uma das complicações que podem ocorrer. O edema nesses casos
se deve a vários fatores, incluindo alguns tipos de fármacos utilizados para a
quimioterapia antineoplásica e o uso associado de medicamentos corticoste-
roides e anti-inflamatórios para tratamentos de efeitos colaterais decorrentes
da quimioterapia. Nesse caso, o edema pode ocorrer mais comumente nas
extremidades, pés e mãos, mas é possível de acontecer no rosto, no abdômen
e nos pulmões (INSTITUTO ONCOGUIA, 2013).

Drenagem linfática manual


A linfoterapia é atualmente o principal método que garante resultados po-
sitivos para linfedema por dificultar o acúmulo de linfa. Consiste numa
associação de técnicas que incluem, dentre outros aspectos, a realização
da técnica de drenagem linfática manual (PANOBIANCO et al., 2009).
A drenagem linfática manual consiste numa técnica manual que tem por
objetivo melhorar a absorção e o transporte de líquidos intersticiais de uma
área congestionada para outra área em que o sistema linfático apresente
melhores condições de função.
A drenagem linfática manual pode ser indicada para uma gama de situações,
incluindo a sua aplicação na área de oncologia, no pós-operatório de cirurgias
de mama. A realização dessa drenagem encontra-se entre os cuidados básicos
10 Drenagem linfática em oncologia

e necessários pelos quais os pacientes submetidos à mastectomia devem ter.


Essa drenagem deve ser orientada à paciente logo após a cirurgia para esti-
mular a circulação linfática superficial e prevenir o linfedema (CARVALHO;
SANTOS; LINHARES, 2012). A aplicação da técnica deve iniciar no segundo
dia pós-operatório, visando à melhora da reabsorção da linfa ao longo dos
vasos (BORGES, 2010).
Essa técnica está contraindicada de modo absoluto em processos infla-
matórios agudos, edema de origem cardíaca ou renal, processos infecciosos,
insuficiência renal e trombose venosa. Além disso, a técnica de drenagem
linfática manual é uma das contraindicações absolutas no caso de pacientes
com tumores malignos, local ou locorregional, portanto, deve-se esperar o
paciente estar curado para iniciar o tratamento (SILVA; SILVA, 2017).
No caso de pacientes com metástases distantes, como pulmões, fígado, ossos
e cérebro, a realização da drenagem linfática manual não está contraindicada,
pois já aconteceu o que deveria ser evitado. Em metástases locais expandidas,
que não são alcançáveis pela terapia de câncer, também não há qualquer obje-
ção contra a utilização da técnica. Entretanto, se ainda há uma recidiva local
ou locorregional que eventualmente possa ser totalmente retirada e o câncer
curado, a drenagem linfática manual deve ser suspensa até que a recidiva seja
tratada com uma terapia de câncer (BORGES, 2010).

Além das contraindicações absolutas, existem algumas que são consideradas relativas,
de modo que possam realizar o tratamento com algumas restrições, como hiperti-
reoidismo, insuficiência cardíaca descompensada, asma e bronquite, afecções da pele
e nos pacientes com hipotensão arterial. Estes devem ser submetidos à avaliação de
pressão arterial antes, durante e após o tratamento de drenagem linfática manual,
evitando descompensações (BORGES, 2010).

O objetivo principal da técnica da drenagem linfática manual no pós-


-operatório de mastectomia consiste na máxima redução de volume do membro
superior do lado afetado, além da melhora funcional e estética deste. Após a
realização da técnica, é possível notar imediatamente uma diferença signifi-
cativa de volume do membro. Sua realização demora em média 45 minutos,
em que se observa amolecimento e diminuição do edema do local e regiões
Drenagem linfática em oncologia 11

proximais por meio de inspeção e palpação, demonstrando que porções do


excesso de líquido foram eliminados (IZIDORO et al., 2016).
A drenagem linfática manual em pacientes mastectomizadas pode ser
empregada tanto na fase intensiva quanto na fase de manutenção. A fase
intensiva tem duração de acordo com a gravidade do caso e pode variar
de três semanas até meses. Já a fase de manutenção tem início logo após o
fim da fase intensiva e objetiva manter no máximo de tempo os resultados
alcançados.
Além do edema e do linfedema, outras condições indesejadas podem
surgir após a realização de tratamentos para câncer por meio da modalidade
cirúrgica. Todo procedimento cirúrgico traz consigo algumas intercorrências
em menor ou maior gravidade, como hematomas, equimoses, hipoestesia,
fibroses, irregularidade cutânea e alterações na cicatrização da incisão ci-
rúrgica, e que são decorrentes da grande quantidade de vasos e capilares
linfáticos destruídos durante a cirurgia. Além do edema, os hematomas e
as equimoses melhoram significativamente com a aplicação da drenagem
linfática, garantindo à mulher uma recuperação mais rápida e com menor
risco de complicações (OLIVEIRA, 2018).
Diante das alterações no sistema linfático, principalmente edema e linfe-
dema, que podem ocorrer em virtude dos tratamentos do câncer, é essencial
que essas situações sejam prevenidas e tratadas por profissionais qualificados,
de modo a corrigir o acúmulo de líquidos e os sinais e sintomas desencadea-
dos (INSTITUTO ONCOGUIA, 2013). Os profissionais da área da estética,
sejam técnicos, tecnólogos ou esteticistas, estão aptos a realizar as técnicas
de drenagem linfática manual, inclusive nas situações de pós-operatório de
mastectomia. Dessa forma, contribuem com a equipe multiprofissional de
modo a garantir um cuidado integral dessas pacientes nos mais variados
aspectos (DIREITO..., 2017).

Drenagem linfática manual pós-mastectomia


Atualmente dispõem-se de mais de um método de drenagem linfática manual,
entretanto, do ponto de vista fisiológico, todas têm os mesmos objetivos, mas
com particularidades principalmente quanto à realização das manobras. Os
métodos mais utilizados são os de Leduc, Godoy e Vodder (OLIVEIRA,
2018). Cabe ao profissional optar pela técnica que melhor se adapta, pois
independentemente da técnica a ser utilizada, todas elas seguem a fisiologia
do sistema linfático, ou seja, têm fluxo unidirecional e devem ser realizadas
12 Drenagem linfática em oncologia

superficialmente com pressão que não exceda 40 mmHg, com movimentos


lentos, rítmicos e suaves (IZIDORO et al., 2016).
No geral, a técnica de drenagem linfática manual em pacientes mastecto-
mizadas se difere de uma drenagem de mamas convencional, em virtude da
alteração mecânica no sistema linfático de mulheres submetidas à mastectomia,
como comentado anteriormente. Esse fator faz com que essa drenagem no
pós-mastectomia objetivará levar o fluido linfático de áreas congestionadas até
outras regiões que tenham os linfonodos preservados e em perfeito funciona-
mento. Essa técnica de drenagem adaptada é também chamada de drenagem
linfática manual reversa (GUSMÃO, 2010).
A linfa da mama é drenada naturalmente para a região dos linfonodos
axilares. Na ausência destes, essa linfa será drenada para outros linfonodos.
A drenagem sofre algumas variações também quanto à mastectomia, se esta
for realizada apenas unilateralmente ou bilateralmente (BORGES, 2010).
Na drenagem linfática manual em mastectomia realizada apenas unilate-
ralmente, o primeiro passo é a evacuação, que tem início com a desobstrução
dos linfonodos linfáticos do tronco e do pescoço, seguido da captação que di-
reciona a linfa dos pré-coletores aos coletores linfáticos (LUZ; LIMA, 2011). A
aplicação da evacuação e da captação deve iniciar em regiões distantes da área
afetada. No caso da mastectomia unilateral, deve ser realizada no quadrante
contralateral ao edema com o intuito de aumentar da atividade linfocinética,
proporcionando assim o descongestionamento do quadrante homolateral que
se beneficia pela drenagem entre as anastomoses dos capilares nessas regiões
(REIS; MEJIA, [2015]).
A captação é também chamada de reabsorção e pode ser realizada com os
dedos exercendo uma pressão com movimentos circulares do punho sobre a
região. Na evacuação, também chamada de demanda, os punhos do profissional
são flexionados para evitar pressão excessiva, com movimentos suaves. As
manobras devem ser iniciadas sobre a axila contralateral, a fossa subclávia,
a região pubiana, a região inguinal e a região poplítea homolateral (BETEL,
2019b). Essas duas técnicas devem ser repetidas de três a cinco vezes em cada
região (OLIVEIRA, 2018).
As manobras iniciais de evacuação são aplicadas na cavidade axilar contra-
lateral, no tórax e no membro afetado sempre em sentido de distal-proximal.
Essa descongestão linfática do quadrante contralateral ao linfedema permite
que a linfa do membro edemaciado passe por meio dos canais linfáticos dila-
tados para o quadrante normal. Isso promoverá uma descongestão linfática e
irá preparar as regiões não afetadas para receber posteriormente a linfa das
regiões bloqueada (BETEL, 2019b). Observe a Figura 4.
Drenagem linfática em oncologia 13

Figura 4. Manobra de evacuação nos linfonodos


inguinais homolaterais e nos linfonodos axilares
contralaterais.
Fonte: Borges (2010, p. 428).

No segundo passo, o profissional realizará movimentos de semicírculos


com as mãos, carregando a linfa da mama operada para a axila oposta, por
aproximadamente 10 vezes (BORGES, 2010). O terceiro passo é a drenagem
da mama íntegra que segue o princípio mostrado na Figura 5.

Figura 5. Princípios da drenagem linfática manual da mama.


Fonte: Leduc e Leduc (2000, p. 18).
14 Drenagem linfática em oncologia

Após a captação e a evacuação, as mãos do profissional irão deslocar a


linfa dos linfonodos mamários externos (representado pelo número 4) para os
linfonodos mamários centrais (representado pelo número 3) e o processo se
repete dos linfonodos subescapulares (número 5) para os linfonodos centrais.
Posterior a isso, o profissional utilizará os polegares ou as falanges distais dos
dedos para fazer círculos concêntricos a partir das cadeias de linfonodos em
direção à aréola, enquanto a porção infra-areolar da mama é drenada para os
linfonodos mamários inferiores externos (número 8).
Ainda no quadrante contralateral à mastectomia será drenada a região do
tórax, por meio de movimentos circulares com os dedos da região supraum-
bilical para a região axilar (número 10). Esse caminho é justificado porque
existem capilares na região mediotorácica que recolhem a linfa e evacuam na
região axilar (LEDUC; LEDUC, 2000).
Após a drenagem da mama e do tórax contralateral serão iniciadas as
manobras no membro afetado, por meio de diferentes técnicas, desde que
sempre sejam utilizados movimentos de proximal para distal para auxiliar o
descongestionamento da área, podendo ser realizados movimentos de bom-
beamento, ondas ou semicírculos (BETEL, 2019b; REIS; MEJIA, [2015]).
O passo inicial na drenagem linfática manual do membro afetado é dar
início ao procedimento pela região de linfonodos umerais com aplicação da
manobra de evacuação. Após isso, é aplicada a drenagem na região proximal
do ombro e utilizada a técnica de bracelete, na qual as duas mãos no profis-
sional enlaçam o braço de modo a mobilizar a linfa dos coletores superficiais
para os linfonodos umerais. Podem ser feitas manobras circulares com uso
de polegares em direção ao cotovelo, que, por exercerem um pouco mais de
pressão, atuam sobre os coletores de linfa profundos. A seguir, o profissional
deve fazer a evacuação dos linfonodos supraepitrocleares com a ponta dos
dedos até os linfonodos umerais. Para a região do antebraço, pode-se fazer
uso da técnica de bracelete, de modo que a linfa do antebraço seja drenada em
direção à face externa do braço e à prega do cotovelo (LEDUC; LEDUC, 2000).
Na região do punho, as manobras combinadas com a ponta dos dedos e
dos polegares encaminha a linfa para a região dos coletores radiais e ulnares,
anteriores e posteriores. A palma da mão é drenada com movimentos circulares
e os dedos são drenados por meio de círculos combinados com a ponta dos
dedos e o polegar ao longo de suas laterais.
Após a drenagem de todo membro superior, é necessário realizar novamente
a manobra de evacuação nos linfonodos para que a linfa não fique estagnada.
Entretanto, é importante lembrar que na ausência de linfonodos axilares não
se faz essa manobra (BORGES, 2010).
Drenagem linfática em oncologia 15

A seguir, pode-se fazer a drenagem da região dorsal com o cliente em


decúbito ventral (BETEL, 2019b). Realiza-se a manobra de evacuação nos
linfonodos axilares e subescapulares (da face posterior) do lado contralateral.
No lado acometido pela mastectomia, faz-se a manobra de evacuação apenas
nos linfonodos subescapulares e faz-se o encaminhamento da linfa para os
linfonodos subescapulares homolaterais e axilares contralaterais, semelhante
ao processo realizado na face anterior do paciente (BORGES, 2010).
Vale lembrar que o profissional deve sempre investigar, por meio de ava-
liação prévia do cliente, incluindo anamnese, exames e orientação médica,
se foram retirados os linfonodos da região axilar da mama comprometida.
Em situações em que estes estejam íntegros, a mama, o tórax e o membro
superior homolateral deverão ser drenados para a axila homolateral à cirurgia.
Caso os linfonodos tenham sido retirados, devemos utilizar a proposta de
drenagem anteriormente citada, que conduz a linfa da região comprometida
para a axila contralateral íntegra (BETEL, 2019b). A Figura 6 a seguir traz
um breve resumo do sentido da drenagem linfática manual na paciente pós-
-mastectomia unilateral.

Figura 6. Sentido da drenagem linfática pós-mastectomia unilateral.


1: cadeia de linfonodos supra e infraclaviculares. 2: cadeia de linfo-
nodos inguinais. 3: cadeia de linfonodos axilares.
Fonte: Adaptada de Izidoro et al. (2016).
16 Drenagem linfática em oncologia

Nos casos de pacientes que tenham feito a mastectomia bilateral com


esvaziamento axilar, a técnica de drenagem linfática manual sofre pequenas
variações. Nesse caso, a linfa será direcionada das regiões afetadas para os
linfonodos da região inguinal homolateral à lesão. Para tanto, o profissional
dá início à técnica com a aplicação da manobra de evacuação nos linfonodos
inguinais por 20 vezes. É feita a manobra de deslizamento da linfa por meio
de pequenos círculos da mama afetada até a sua virilha homolateral por 10
vezes e repete-se o movimento descrito anteriormente no outro lado operado
mais 10 vezes. Nesse caso, quando o esvaziamento axilar ocorreu nas duas
regiões, a linfa será drenada para a região inguinal correspondente à sua
mama (BORGES, 2010).

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