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UNIVERSIDADE JORGE AMADO

DISCENTE: VICTOR FERREIRA LIMA DE FREITAS - MATRÍCULA 2220290066

O conhecimento das estruturas celulares e de suas interações a nível molecular, celular e


tecidual é fundamental para o desenvolvimento de terapias antitumorais mais eficazes.
Compreender essas alterações específicas que ocorrem em células tumorais permite a
identificação de proteínas ou genes anormais que podem ser alvos terapêuticos. Esses
alvos podem ser explorados para o desenvolvimento de medicamentos direcionados.
Relacionar a interação entre células tumorais e o sistema imunológico é fundamental para o
desenvolvimento de estratégias de imunoterapia, que ativam esse sistema do paciente para
combater o câncer. Investigar as vias de sinalização celular envolvidas no crescimento e na
sobrevivência das células anormais permite o desenvolvimento de terapias direcionadas,
que atacam seletivamente as células desordenadas, minimizando os danos às células
saudáveis. As características moleculares de diferentes tipos de câncer podem levar ao
desenvolvimento de testes de diagnósticos mais precisos e sensíveis, permitindo a detecção
precoce e, portanto, tratamentos mais eficazes. De acordo com a Sociedade Americana de
Câncer, no desenvolvimento de terapias combinadas, os múltiplos medicamentos são
usados em conjunto para aumentar a eficácia e reduzir a resistência ao tratamento, como
por exemplo os medicamentos Nivolumabe, pembrolizumabe e cemiplimabe, utilizados para
tratamento de câncer de pulmão. Eles têm como alvo a PD-1, uma proteína do sistema
imunológico denominada célula T, que normalmente impede que essas células ataquem
outras células do corpo. Ao bloquear PD-1, estes medicamentos aumentam a resposta
imunológica contra as células cancerígenas, reduzindo o tamanho do tumor ou retardando
seu crescimento. Ao realizar a análise molecular, os médicos avaliam a efetividade do
tratamento e fazer ajustes conforme necessário. Embora os tratamentos convencionais
tenham muito sucesso na destruição de células tumorais, muitas vezes destroem células
saudáveis, causando uma diminuição grave na qualidade de vida do paciente. Além disso,
as radio e quimioterapias atuais não são capazes de eliminar as células-tronco
cancerígenas críticas, que são protegidas por mecanismos de resistência específicos,
causando novos tumores e metástases mais malignas, de rápida disseminação e resistentes
à radioterapia e aos medicamentos anteriormente utilizados. (NASCIMENTO et al., 2023)

As células cancerígenas frequentemente apresentam alterações no ciclo celular, como


mutações em genes reguladores, isso possibilita o desenvolvimento de terapias que são
usadas para restaurar a regulação do ciclo celular, levando as células cancerígenas à morte
ou à paralisação de sua divisão. Terapias que visam diferentes fases desse ciclo podem ser
usadas em conjunto para aumentar a eficácia e reduzir a probabilidade de resistência ao
tratamento, permitindo que os médicos programem a administração de medicamentos
antitumorais de acordo com a fase do ciclo em que as células cancerígenas são mais
sensíveis. O acompanhamento desse ciclo nas células tumorais ao longo do tratamento
permite avaliar a eficácia das terapias e ajustar a estratégia conforme necessário.
Informações sobre a genética das células cancerígenas permite identificar mutações e
alterações genéticas específicas que impulsionam o crescimento do tumor. Elas podem ser
alvos terapêuticos precisos, e medicamentos direcionados podem ser desenvolvidos para
atacar essas alterações. Com base nas informações genéticas, as terapias direcionadas
podem ser projetadas para inibir proteínas ou vias de sinalizações específicas que são
fundamentais para o crescimento das células tumorais. A análise da expressão de
receptores, como os receptores de hormônios, permite identificar subtipos de tumores. Isso
é fundamental para a escolha de terapias hormonais específicas, como o medicamento
tamoxifeno, que podem ser altamente eficazes em cânceres de mama. (Sociedade
Americana de Câncer) Analisando o perfil genético e de expressão de receptores de um
paciente, os médicos podem personalizar o tratamento, escolhendo terapias que sejam mais
prováveis de funcionar para aquele paciente em particular, evitando tratamentos ineficazes e
minimizando os efeitos colaterais. Se as células cancerígenas desenvolverem resistência,
novas terapias direcionadas podem ser adaptadas com base nas mudanças genéticas
observadas. A compreensão da genética do câncer também tem contribuído para o
desenvolvimento de imunoterapias, que aproveitam o sistema imunológico para combater o
câncer. O uso da imunoterapia ocorre em conjunto com a administração de tratamentos já
existentes, pois ele foca seu trabalho na preparação do ambiente imunológico do tumor, a
fim de potencializar a estratégia de tratamento. (FALÇONI JUNIOR, et al., 2020) Essas
terapias podem ser personalizadas com base no perfil genético do tumor.

As células tumorais podem ainda expressar proteínas reguladoras do sistema fibrinolítico. A


modulação desta via interfere no remodelamento e na proliferação tecidual. (MARINHO e
TAKAGAKI, 2008) As discussões da literatura sobre remodelamento tecidual podem
informar os médicos sobre as melhores práticas para a preservação de tecidos saudáveis
durante a remoção do tumor, minimizando a necessidade de reconstrução extensa. Estudos
e revisões na literatura podem destacar as implicações do tratamento cirúrgico, como os
impactos no sistema circulatório, linfático e nervoso, bem como o risco de fibrose e
cicatrização anormal. A literatura pode revelar biomarcadores que indicam a probabilidade
de complicações no remodelamento tecidual após a cirurgia. Além disso, pode fornecer
ideias sobre terapias adjuvantes que promovem a regeneração de tecidos e reduzem as
complicações pós-operatórias, também podem introduzir novas técnicas de reconstrução
tecidual, como a engenharia de tecidos, terapia celular ou a aplicação de materiais
biocompatíveis, para melhorar a eficácia do restabelecimento funcional do tecido. O
compartilhamento de conhecimento entre cirurgiões, oncologistas, patologistas e
pesquisadores de remodelamento tecidual pode levar a abordagens multidisciplinares mais
eficazes para a terapia antitumoral, que consideram não apenas a remoção do tumor, mas
também a restauração funcional. O futuro do tratamento para o câncer é o aprimoramento
ao nível individual das terapêuticas, com o avanço das pesquisas em farmacogenética.
Esses estudos podem fornecer métodos e ferramentas para avaliar a qualidade de vida dos
pacientes após o tratamento, levando em consideração fatores como a função, a estética e
o bem-estar psicológico. A disseminação do conhecimento sobre remodelamento tecidual
através da literatura pode educar médicos, profissionais de saúde, pacientes e cuidadores
sobre os desafios e as oportunidades pós-operatórias, permitindo uma tomada de decisão
informada. Essas informações ajudam a melhorar as práticas cirúrgicas, a minimizar
complicações, a desenvolver terapias adjuvantes e a promover a restauração eficaz do
tecido, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e impulsionando os avanços na área
da oncologia.
REFERÊNCIAS

FALÇONI JUNIOR AT, et al. Imunoterapia – uma revisão sobre os novos horizontes no
combate ao câncer. Rev Med (São Paulo). 2020 mar.-abr.;99(2):148-55 Rev Med (São
Paulo); vol 99(2)p:148-55. Março-abril, 2020.

MARINHO, F. e TAKAGAKI, T. Hipercoagulabilidade e câncer de pulmão. Jornal


Brasileiro Pneumologia. 2008;34(5):312-322

NASCIMENTO, C. et al. Reprogramação de macrófagos associados a tumores por


nanopartículas de óxido de ferro revestidas com polianilina aplicadas ao tratamento
do câncer de mama. Revista Internacional de Farmacêutica. Volume 636, 5 de abril de
2023.

Sociedade Americana de Câncer. Imunoterapia para câncer de pulmão de não pequenas


células. Encontrado em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/imunoterapia-para-cancer-de-
pulmao-de-nao-pequenas-celulas/1581/1220/

Sociedade Americana de Câncer. Hormonioterapia para Câncer de Mama Avançado.


Encontrado em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/hormonioterapia-para-cancer-de-
mama-avancado/6248/811/

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