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RESUMO
Introdução: O câncer de mama é a neoplasia mais recorrente em mulheres, e seu
tratamento depende do desenvolvimento da doença. O tratamento cirúrgico utilizando
a técnica de mastectomia consiste na retirada do tecido mamário. No pós-operatório
é comum que ocorram complicações como diminuição da amplitude de movimento,
diminuição de força, linfedema, dor, e alterações cicatriciais. A fisioterapia no pós-
operatório busca evitar complicações, ou em casos tardios, recuperar a função.
Objetivo: analisar os efeitos da fisioterapia tardia em mulheres mastectomizadas,
bem como comparar os resultados da fisioterapia com início precoce e tardio.
Referencial teórico: A mastectmomia radical pode ser do tipo clássica, modificada
de Madden ou Patey. A fisioterapia tem início no pré-operatório até o pós-operatório,
e deve ser feita avaliação precisa de cada caso. Materiais e Método: Foi realizada
uma pesquisa bibliográfica por meio de banco de dados eletrônicos SCIELO, LILACS
e Google Acadêmico, publicados nos últimos 10 anos. Resultados: Foram incluídos
na pesquisa 5 artigos que atenderam ao critério de inclusão, os artigos analisados
apresentam estudos de caso e estudos randomizados com pacientes
mastectomizadas em pós-operatório tardio. Discussão: As técnicas usadas pelos
autores, sendo elas drenagem linfática manual, hidroterapia ou cinesioterapia foram
eficazes para tratar as complicações e alterações musculosesqueléticas das
pacientes mastectomizadas. Considerações finais: A fisioterapia quando iniciada de
forma tardia tem eficácia na diminuição das complicações e restauração da função,
no entanto a fisioterapia iniciada de forma precoce é mais indicada pois consegue
prevenir tais complicações.
Palavras-chave: Câncer de mama; Fisioterapia; Mastectomia.
Área de conhecimento: Saúde
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1 INTRODUÇÃO
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2 OBJETIVOS
3 MATERIAIS E MÉTODOS
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4 DESENVOLVIMENTO
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A tabela 1 mostra os artigos selecionados composta por nome do artigo, ano, autor, objetivo da pesquisa, materiais e métodos e
conclusão.
Tabela 1. Caracterização dos artigos selecionados.
Nome do Artigo Ano Autor Objetivo Materiais e métodos Conclusão
Intervenção 2013 Cecconello; Demonstrar a importância da Indivíduo, do sexo feminino, 52 anos, A fisioterapia tem eficácia
fisioterapêutica em uma Sebben; intervenção fisioterapêutica para mastectomia radical direita, com no tratamento de
paciente com Russi. prevenção, minimização e linfadenectomia axilar há 2 anos. complicações pós-
mastectomia radical tratamento dos efeitos Complicações de linfedema, dor e cirúrgicas de mastectomia
direita no pós-operatório complicações advindos do diminuição amplitude de movimento radical. A intervenção tem
tardio: estudo de caso. tratamento cirúrgico do câncer da do ombro direito. Aplicadas técnicas importância tanto no
mama. de drenagem linfática manual e tratamento como na
cinesioterapia. prevenção de
complicações.
O papel da drenagem 2011 Amorim; O objetivo deste trabalho foi Estudou-se uma paciente submetida A intervenção
linfática na melhora da Mejia; analisar se a intervenção à mastectomia radical modificada a fisioterapêutica tem
qualidade de vida e na fisioterapêutica escolhida direita, com linfedema grau I, em influência direta na redução
redução de linfedema apresentou uma redução braço, antebraço e mão. Foi aplicada de linfedema e na
em mulheres significativa no edema uma ficha de avaliação e perimetria. qualidade de vida.
mastectomizada em melhorando a qualidade de vida.
pós-operatório tardio.
Fisioterapia aquática 2013 Gimenez; Verificar a efetividade da Amostra com 15 paciente A fisioterapia aquática e
e de solo em grupo na Tacani; fisioterapia aquática e de solo na submetidas a mastectomia unilateral de solo mostraram-se
postura de mulheres Junior; postura de mulheres ou bilateral, total ou parcial, eficientes para a postura
mastectomizadas. Campos; mastectomizadas. distribuídos em 2 grupos. Grupo corporal de mulheres
Batista. controle realizou fisioterapia em solo e mastectomizadas.
grupo experimental realizou
fisioterapia aquática. Para avaliação
utilizou-se Software de Avaliação
Postural (SAPO) pré e pós
intervenção.
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Início precoce versus 2019 Rizzi; Avaliar amplitude de Foram incluídas 60 mulheres, O protocolo de exercícios
tardio de movimentação Haddad; movimento, dor e função de avaliadas no pré-operatório e 07, 15, de amplitude livre a partir
livre de membros Nazário; membros superiores; incidência 30, 60 e 90 dias após a cirurgia. de 15 dias da cirurgia não
superiores no pós- Elias; de deiscência, seroma, infecção Iiniciaram protocolo de exercícios em teve impacto na amplitude
operatório de cirurgia Faccina. e necrose; e ocorrência de casa, limitados a 90 graus. Após 15 de movimento e na dor das
conservadora para reoperações em mulheres no dias foram divididas em dois grupos, pacientes, com efeito
câncer de mama com pós-operatório de cirurgia um com liberação de amplitude benéfico apenas na análise
técnica oncoplástica: oncoplástica para câncer de articular de ombro no limite da dor; intragrupos de função de
impacto na recuperação mama, que realizaram protocolo outro com manutenção de restrição de membros superiores, e
cinéticofuncional e nas de exercícios pós operatórios movimentos de ombro a 90º até 30 mostrou-se seguro em
complicações com amplitude articular de ombro dias da cirurgia, após foram liberadas relação às complicações
cicatriciais. limitada por 15 ou 30 dias em amplitude livre. cicatriciais.
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4.3 DISCUSSÃO
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de Bad Ragaz que segundo Biasoli (2006), é constituída por movimentos em planos
anatômico e diagonais, com o terapeuta oferecendo resistência e estabilização, com
objetivo de reduzir do tônus muscular, estabilizar o tronco, fortalecer a musculatura e
melhorar amplitude de movimento.
O achado mais incidente nos estudos analisados foi a diminuição da amplitude
de movimento do ombro homolateral à cirurgia de mastectomia. A limitação da
amplitude de movimento é causada por alterações estruturais do ombro devido ao
tratamento cirúrgico (CAMARGO, MARX, 2000). A cinesioterapia tem o objetivo de
reabilitar e reequilibrar as forças mecânicas do nosso corpo, melhorando o movimento
e a qualidade de vida (GIMARÃES, 2003). As técnicas de cinesioterapia empregadas
nos estudos de Cecconello (2013) e Rizzi (2019) e no grupo controle de Gimenez
(2013) resultaram em aumento de amplitude de movimento e força muscular, assim
como o estudo de Jerônimo et. Al. (2013) que obteve como resultado de um programa
de cinesioterapia aumento da amplitude de movimento, e ganho de força significativo.
Rizzi (2019) realizou dois estudos sobre o início de movimentação livre dos
membros superiores. No estudo onde as pacientes fizeram a reconstrução com
material aloplástico, concluiu-se que as pacientes que iniciaram a movimentação livre
já no 15º pós-operatório tiveram menos comprometimento da função e uma
recuperação mais rápida em relação aquelas que realizaram os exercícios com
amplitude limitada. O estudo onde as pacientes realizaram cirurgia conservadora com
técnica oncoplástica, as pacientes com amplitude limitada apresentaram piora da
função do membro superior em relação ao período pré-operatório.
Os resultados dos estudos de Rizzi (2019) corroboram com os resultados de
Estevão (2018) onde concluiu-se que as pacientes que iniciam os exercícios de forma
tardia estão propensas a causar malefícios quanto a mobilidade e funcionalidade do
membro homolateral a cirurgia, uma vez que a iniciação precoce dos exercícios não
causa complicações.
Nos resultados obtidos a partir do estudo de Gouveia (2008) demonstram que
mulheres submetidas a mastectomia com pós-operatório tardio apresentam
complicações relacionadas a amplitude de movimento da articulação do ombro
quando comparados com o membro contralateral, assim como déficit de força
muscular. Sendo assim é preconizado que a intervenção fisioterapêutica tenha início
no pós-operatório imediato.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
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