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XIX SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP - CAMPUS GUARUJÁ

O Papel da Fisioterapia Dermatofuncional nas complicações pós-operatórias


de abdominoplastia.
Aniegely Roberta Oliveira De Brito Cavalcante1; Maria Claudia Nehme Passos2; Ivan dos
Santos Vivas3

¹ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente.


Aniegely.cavalcante@sou.unaerp.edu.br

² Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Pesquisador e docente.
mpassos@unaerp.br
3
Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Pesquisador e docente.
ivanvivas@uol.com.br

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

Linha de Pesquisa: Outra área da saúde

Formato: Artigo

RESUMO
INTRODUÇÃO: A abdominoplastia é um processo estético invasivo que requer
grande atenção no seu processo de recuperação estético e funcional, para isso a
fisioterapia no pós-operatório demonstra grande valor, podendo acelerar e dar
suporte à uma recuperação reduzida de complicações. OBJETIVO: Identificar as
complicações do pós-operatório de abdominoplastia e quais recursos e técnicas são
utilizados pelo fisioterapeuta dermatofuncional. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se
de uma revisão bibliográfica exploratória realizada utilizando os descritores
“Fisioterapia”; “Complicações pós-operatórias” e “abdominoplastia”. A estratégia de
busca realizada entre março e agosto de 2022 baseou-se através da elaboração do
questionamento e justificativa da pesquisa, delineamento de critérios de inclusão,
coleta dos dados, análise crítica dos estudos e interpretação dos resultados. Os
critérios de inclusão delineados basearam-se em publicações dentro dos últimos 10
anos, nos idiomas português e inglês e dentro do tema proposto. Encontrou-se
inicialmente 1.197 artigos que após as etapas de triagem e elegibilidade verificou-se
10 artigos considerados relevantes para o estudo. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Verificou-se que as complicações mais frequentes e comuns após a cirurgia de
abdominoplastia foram as deiscências, seromas, edemas e cicatrizes hipertróficas
ou fibroses, no que diz respeito a complicações mais raras e menos comuns pode-se
notar os casos de pioderma gangrenoso, anemias sintomáticas e necroses. Quanto
aos recursos fisioterapêuticos para tratar essas complicações, verificou-se o uso de
Ultrassom pulsado, laserterapia, microcorrentes, alta frequência, magnetoterapia,
LED, drenagem linfática manual, mobilizações suaves em tecido conjuntivo e pele,
mobilizações articulares e passivas de MMII, técnicas de higiêne brônquica e
expansão pulmonar e orientações quanto ao uso de cinta modeladora, sobre o
processo cirúrgico e sobre as possíveis limitações causadas pela cirurgia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que a fisioterapia possui um papel
importante no processo de recuperação de pacientes submetidos à abdominoplastia,
possuindo uma extensa variedade de técnicas e recursos que podem ser utilizados
para acelerar a sua recuperação ou tratar as complicações que possam surgir no
decorrer da cirurgia ou do período pós-operatório.

Palavras - chave: Fisioterapia; Complicações pós-operatórias; Abdominoplastia.

INTRODUCTION: Abdominoplasty is an invasive aesthetic process that requires


great attention in its aesthetic and functional recovery process, for this, physiotherapy
in the postoperative period shows great value and can accelerate and support a
reduced recovery of complications. OBJECTIVE: To identify complications of
postoperative abdominoplasty and which resources and techniques are used by
dermatofunctional physiotherapist. MATERIALS AND METHODS: This is an
exploratory literature review conducted using the descriptors "Physiotherapy";
"Postoperative complications" and "abdominoplasty". The search strategy performed
between March and August 2022 was based on the elaboration of the research
questioning and justification, delineation of inclusion criteria, data collection, critical
analysis of the studies, and interpretation of the results. The inclusion criteria were
based on publications within the last 10 years, in Portuguese and English, and within
the proposed theme. Initially, 1,197 articles were found, and after the screening and
eligibility steps, 10 articles were considered relevant for the study. RESULTS AND
DISCUSSION: It was found that the most frequent and common complications after
abdominoplasty were dehiscence, seroma, edema, and hypertrophic or fibrous scars.
Rarer and less common complications included pyoderma gangrenosum,
symptomatic anemia, and necrosis. As for the physiotherapeutic resources to treat
these complications, the use of pulsed ultrasound, laser therapy, microcurrent, high
frequency, magnetotherapy, LED, manual lymphatic drainage, soft mobilizations of
connective tissue and skin, passive and joint mobilizations of lower limbs, bronchial
hygiene and lung expansion techniques, and guidance on the use of a modeling
girdle, on the surgical process, and on the possible limitations caused by surgery
were verified. FINAL CONSIDERATIONS: It was concluded that physical therapy
has an important role in the recovery process of patients undergoing abdominoplasty,
with a wide variety of techniques and resources that can be used to accelerate
recovery or treat complications that may arise during surgery or the postoperative
period.
Key words: Physiotherapy; Postoperative complications; Abdominoplasty.
1 INTRODUÇÃO
A gordura localizada é uma anomalia no tecido adiposo, o qual a gordura irá se
acumular em locais determinados. Geneticamente falando, os homens tendem a
acumular menos gordura do que a mulher, sendo mais comum o acúmulo na região
abdominal, denominada obesidade andróide, já as mulheres, acumulam gordura em
regiões das pernas e quadril, sendo assim denominada obesidade ginóide (KEDE et
al., 2010).
Segundo Jocken (2007) o adipócito é o principal causador da gordura
localizada, ele é composto principalmente por colesterol e triglicérides na proporção
de 20% de colesterol e 80% de triglicérides, os triglicérides são compostos formados
de ácidos graxos e glicerol.
O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo formado por adipócitos, eles
podem ser encontrados isoladamente, em pequenos grupos localizados de tecidos
ou em grandes extensões como no tecido subcutâneo. O tecido adiposo é
classificado de acordo com sua função e localização em tecido adiposo pardo e o
amarelo (SKORZA, 2008).
Azevedo (2008) corrobora que os ácidos graxos contidos no interior dos
adipócitos representam uma reserva de calorias, ou seja, ele se resume em um
reservatório de energia, principalmente para períodos de jejum prolongado ou
proteção contra o frio extremo.
A abdominoplastia é uma técnica cirúrgica utilizada para remover o excesso de
gordura e pele da região abdominal, muitas vezes restaurando a musculatura
enfraquecida e melhorando a tonificação da parede abdominal, trata-se de uma
alternativa mais rápida para atingir o objetivo corporal do que através de exercícios
físicos e controle de peso, porém apresenta maiores possibilidades de
intercorrências e complicações (STAALESEN).
Dentre as indicações para a aplicação do método cirúrgico destaca-se a
diástase abdominal que se caracteriza pelo afastamento dos músculos que formam
a parede abdominal, flacidez tegumentar abdominal associada ou não à flacidez da
parede muscular abdominal e o excesso de tecido adiposo na região abdominal ou
excesso dermogorduroso (ALENAZI, 2020).
As contraindicações para a aplicação do método de abdominoplastia, verifica-
se a presença de cirrose, diabetes ou hipertensão não controladas, tendência a má
cicatrização, presença de doenças cardiovasculares, gestantes ou mulheres que
pretendem ter uma gestação futura e pacientes com alterações na cavidade
abdominal como por exemplo neoplasias (REGAN; CASAUBON, 2021).
Gonçalves (2010) em seu estudo realizado com 288 pacientes submetidas à
cirurgia de abdominoplastia no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2006,
verificou que a idade média das pacientes foi de 39,1 anos, todas as
abdominoplastias foram em pacientes do sexo feminino, o tempo médio de cirurgia
foi de 126 minutos com tempo médio de permanência de dreno de 24 horas,
observou-se complicações como seromas, deiscência, necrose, hematomas,
embolia pulmonar e trombose venosa profunda, e foram executados refinamentos
como tratamento de cicatrizes, lipoaspiração e dog ear.
A fisioterapia dermatofuncional foi reconhecida pela (resolução COFFITO no
362, 2009) e trata-se de uma especialidade que tem como competência o
tratamento de disfunções que afetam direta ou indiretamente o tecido tegumentar
atuando na promoção, prevenção, proteção e recuperação, possui como principal
recurso para o tratamento de pacientes acometidos por lesões tegumentares, a
eletroterapia, ou seja, técnicas como ultrassonoterapia, laserterapia, alta frequência,
LED entre outros (FERNANDES, 2019).
O mais importante após todos os procedimentos cirúrgico e estéticos, são as
recomendações que também são de responsabilidade do fisioterapeuta e que
devem ser seguidas criteriosamente, como hidratar a pele e fazer uma ingestão de
no mínimo oito copos de água por dia, fazer uso da cinta compressiva por 60 dias,
não se expor ao sol, não tomar banhos quentes e evitar atividades que necessitam
esforço físico durantes os primeiros meses, até liberação do médico e após retorno
médico para a primeira reavaliação (COSTA; MEJIA, 2014).
Após a cirurgia de abdominoplastia podem surgir complicações, porém elas
podem ser evitadas realizando cuidados no pré e pós-operatório pelo fisioterapeuta
que irá acompanhar a paciente. A drenagem linfática manual pode ser realizada na
fase aguda no seu primeiro dia de pós-operatório e promove benefícios no
tratamento de edema, na estrutura da pele, acelera a recuperação em áreas com
hipoestesias além de diminuir possíveis complicações pós-cirúrgicas contribuindo
para a recuperação do paciente para suas atividades de vida diária (BENEVINUTO
et al. 2020).
Justifica-se a formulação desta pesquisa o fato da atual expansão da
fisioterapia para o campo da estética, a fim de disseminar conteúdos informativos e
estimular aos profissionais da área a ser aprofundarem sobre as capacidades e
métodos de atuação que o fisioterapeuta pode exercer no pós-operatório de
abdominoplastia para que formulem novos conteúdos e bases científicas uma vez
que elas se encontram em escassez para esta área.

2 OBJETIVOS
Objetivo Geral: Verificar o papel da fisioterapia dermatofuncional nas
complicações do pós-operatório de abdominoplastia.

Objetivo Específico: Identificar as complicações e quais recursos e técnicas


são utilizados no pós-operatório de abdominoplastia.

3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Abdominoplastia
A abdominoplastia trata-se de uma intervenção cirúrgica sob anestesia geral
com o objetivo de tratar a flacidez abdominal através da reconstrução de sua parede
por meio de duas incisões, podendo envolver a retirada do excesso de tecido
tegumentar e adiposo (GUTOWSKI, 2018). A cirurgia pode durar entre três e quatro
horas e o paciente sem complicações pode receber alta em 24 horas utilizando uma
cinta modeladora, o paciente pode apresentar aumento da sensibilidade e
desconfortos intensos nos primeiros quatro dias e deverá permanecer em repouso
até sua recuperação parcial (MATARASSO et al., 2006).
A diversidade dos pacientes e dos tipos de abdome tornam o planejamento
cirúrgico específico e individual para cada paciente, podendo resultar em cicatrizes
pequenas ou grandes e a presença ou ausência de complicações pós-operatórias
(HURVITZ, 2014).
Os fatores que mais influenciam a frouxidão e flacidez da musculatura e
tegumento abdominal resultando na procura pelo método são definidos como:
gravidez, envelhecimento, oscilações extremas no peso, hereditariedade e cirurgias
prévias (SHESTAK, 2019).
De acordo com Villegas (2022), a abdominoplastia clássica é realizada através
de duas incisões, uma incisão horizontal na região abdominal acima do pubis e uma
incisão ao redor da cicatriz umbilical. A abdominoplastia em ancôra além das duas
incisões da versão clássica utiliza uma incisão vertical no centro do abdome para a
retirada de maiores quantidades de tecidos. E a mini abdominoplastia é realizada
através de apenas uma incisão horizontal na região entre a cicatriz umbilical e a
região pubiana (FIGURA 1).
Figura 1. Tipos de abdominoplastia

Fonte: YAGUCHI (2018).

Após a redução da sensibilidade e desconforto é retirado o dreno e a drenagem


linfática manual é indicada para reduzir o edema proveniente da cirurgia, após duas
semanas os pontos são removidos e entre 4 e 6 semanas a cinta modeladora é
removida, após a remoção da cinta modeladora é permitido retornar às práticas de
esforço físico e fortalecimento de forma progressiva e gradual (DA SILVA CUNHA,
2022).
No pós-operatório relata-se que é normal a redução da sensibilidade e a
sensação de tensão no local, podendo limitar a movimentação e mecânica
ventilatória, no primeiro mês deve-se evitar os esforços físicos e é recomendado a
aplicação de drenagem linfática manual e ultrassonoterapia para reduzir os edemas
e hematomas além de auxiliar na melhora da circulação local e da cicatrização
(ROBERTO, 2005).

3.2 Complicações pós-operatórias


O conceito de complicação pós-operatória é definido por consequências
involuntárias da assistência médica que podem provocar danos à integridade do
paciente, as complicações cirúrgicas infelizmente ocorrem com uma taxa frequência
alarmante de cerca de 25, 29% (DA SILVA STRACIERI, 2008).
A ocorrência de complicações no período pós-cirúrgico pode indicar mudanças
importantes na recuperação do paciente, aumentando o risco de reoperação, o
tempo de permanência, a redução do número de leitos disponíveis e o aumento da
mortalidade (BASTOS, 2013).
Complicações pós-cirúrgicas geralmente variam em termos de frequência,
incidência e gravidade, e esses fatores estão relacionados à características
intrínsecas de cada paciente específico como idade, desnutrição, doenças
pregressas, imunossupressão e também relacionados ao procedimento como a
presença de afecção clínica associada, tipo de anestesia, grau de injúria e cuidados
pós-operatórios (CARVALHO, 2020).
Algumas complicações que podem surgir no pós-operatório imediato são a dor,
hipotermia, náuseas, vômitos e hipoxemia (DE OLIVEIRA SERRA).
As complicações infecciosas demonstram ser mais frequentes, e destacam-se
pelas infecções de feridas operatórias ou do sítio cirúrgico, pneumonia e outras
complicações do trato respiratório e infecção urinária, outras complicações
frequentes são os sangramentos e a deiscência (CARDOSO, 2020).
De acordo com Lasaponari (2013), as primeiras 24 horas do pós-operatório
devem possuir uma atenção especial da equipe multiprofissional, pois nesse período
podem surgir distúrbios pulmonares, cardiovasculares ou renais que devem ser
identificados e tratados precocemente para que evite complicações.

3.3 Fisioterapia nas complicações pós-operatórias de abdominoplastia


Oliveira (2011) relata que a busca frequente de encaixe no padrão de beleza,
leva para diversas alternativas de se encaixar nesse padrão. A presença de gordura
localizada causa mudanças no contorno corporal, o que acarreta a mutação da
imagem, que reduz a autoestima e confiança principalmente das mulheres.
Recentemente a Fisioterapia estética teve sua denominação substituída por
Fisioterapia dermatofuncional, buscando ampliar a área de atuação e propor também
a restauração da função além de somente melhorar a aparência (GIANEZINI, 2015).
Para Milani (2006) o fisioterapeuta dermatofuncional esteticista atua em
diversas patologias como fibroedemas gelóides, estrias, obesidade, lipodistrofias
(gordura localizada), pré e pós cirurgias plásticas estéticas e reparadoras, flacidez,
cicatrizes hipertróficas e quelóides, queimaduras e linfedemas.
Quanto às pacientes que são submetidas ao processo, a evolução dos
equipamentos associada ao preparo do fisioterapeuta especialista em estética
possibilitou o uso de recursos e equipamentos em harmonização estética,
principalmente relacionada à lipídios, recursos estes que antes eram utilizados
apenas a fins de tratamento funcional (RODRIGUES, 2020).
Da Costa França (2006) relata que a fisioterapia dermatofuncional contribui no
processo de cicatrização de abdominoplastia através de técnicas que objetivam a
eliminação de edemas, absorção de hematomas e seromas, alívio do quadro álgico,
redução dos desconfortos e prevenção de complicações pós-cirúrgicas.
Da Silva (2012) evidenciou em seu estudo onde a maioria da amostra foi
composta por mulheres na fase ativa da vida, iniciaram o pós-operatório
fisioterapêutico na fase precoce, realizado de 15 sessões a 30 sessões, iniciando o
tratamento em sua maioria do 5° ao 8° DPO, sendo os recursos mais utilizados a
drenagem linfática manual e o ultrassom, ainda em seu estudo sugere-se que o
protocolo de tratamento para o pós-operatório de abdominoplastia deve obedecer às
fases de cicatrização dos tecidos biológicos.
Para evitar a formação da fibrose tecidual após a abdominoplastia, deve-se
atuar no início da síntese de colágeno, pois a formação de colágeno é constante
mesmo sendo em maior ou menor quantidade, destaca-se o uso de terapias
combinadas como drenagem linfática precoce e ultrassom pulsado, endermologia e
infravermelho para o tratamento de fibrose, pois aceleram o processo de diminuição
da ondulação causada pela cirurgia plástica. A drenagem linfática precoce facilita a
modelagem corporal porque melhora a cicatrização e acelera a recuperação através
do aumento do fluxo sanguíneo e linfático (VIEIRA, 2012).
A Fisioterapia atuando no pós-operatório de abdominoplastia através da
utilização da laserterapia e ultrassom reduz significativamente o tempo de
cicatrização, os edemas e inflamações comuns da cirurgia e é eficaz na drenagem
tecidual, além de tratar algumas complicações do procedimento cirúrgico com êxito
como deiscências, seromas, fibroses, infecções na cicatriz cirúrgica, hematomas,
necrose de retalho abdominal, epidermólise, assimetrias e retrações (COSTA, 2014).
Valente (2020) observou em seu estudo de caso qualitativo e descritivo que a
utilização de Microcorrente no pós-operatório de abdominoplastia resultou em
melhora acelerada dos movimentos da região suturada que acelerou o retorno
rápido às atividades cotidianas.
Chinali (2009) relata que após uma cirurgia abdominal, podem surgir quadros
de redução das pressões respiratórias máximas e induzidas por irritação, inflamação
ou trauma próximo ao diafragma, alteração biomecânica local, inibição do reflexo de
tosse e dor na região operada.
As preocupações envolvendo a presença de coágulos de sangue em vasos
profundos de MMII, ou seja, a trombose venosa profunda (TVP) e a embolia
pulmonar em cirurgias plásticas estão crescendo significativamente nos últimos anos,
porém poucos estudos expressam os índices de TVP em cirurgias plásticas e os que
expressam possuem baixa taxa de cerca de 0,39% de ocorrência para TVP e 0,16%
para embolia pulmonar, são descritos alguns relatos de casos de embolia pulmonar
por trombose venosa e gordurosa relacionados com a dermolipectomia abdominal
isolada ou associada à lipoaspiração (SOUSA, 2021).
No estudo de Helene Junior (2006) verificou-se que a CVF, VEF1, FEF25-75%
e PFE se apresentaram significativamente diminuídas no 4º pós-operatório ao ser
comparadas com os valores do pré-operatório, as relações de VEF1, CVF e FEF25-
75% se mostraram lineares ao longo de toda a avaliação do estudo.
A fisioterapia respiratória possui grande importância na prevenção da
diminuição da ventilação e da capacidade pulmonar e deve ser realizada o mais
precocemente possível no período pós-operatório em pacientes submetidos a
cirurgias abdominais como a abdominoplastia, além disso também tem o objetivo de
promover a expansão pulmonar, manter e ganhar a ventilação minuto adequada,
realizar a remoção de qualquer excesso de secreção pulmonar, reverter atelectasias,
melhorar a saturação de oxigênio e reduzir os riscos de pneumonias (FORGIARINI
JUNIOR, 2009; LUNARDI, 2008).

4 MATERIAIS E MÉTODOS
A elaboração deste estudo teve como base a revisão bibliográfica exploratória.
Ela nos fornece dados de estudos confiáveis, sobre um determinado assunto. Além
da inclusão de estudos tanto experimentais quanto não-experimentais, para que
assim, haja uma compreensão completa do tema analisado (SOUZA; SILVA;
CARVALHO, 2010).
QUADRO 1. Descritores (DeCS), conceito e operador booleano, 2022.

Cruzamentos com Operador


DeCS Conceito Booleano “And”

Abdominoplastia Remoção cirúrgica do excesso


de gordura e de pele abdominal And
e sustentação da parede Modalidades de Fisioterapia;
abdominal. A abdominoplastia And Complicações Pós-
pode incluir lipectomia de Operatórias.
gordura intra-abdominal,
firmeza dos músculos
abdominais e recriação do
umbigo (bvs, 2022).
Fisioterapia Modalidades terapêuticas
frequentemente utilizadas na
especialidade de fisioterapia por
fisioterapeutas para melhorar,
manter ou restaurar o bem-estar
físico e fisiológico de um
indivíduo (BVS, 2022).
Complicações Pós-operatórias Processos patológicos que
afetam pacientes após um
procedimento cirúrgico. Podem
ou não estar relacionados à
doença pela qual a cirurgia foi
realizada, podendo ser ou não
resultado direto da cirurgia.
(BVS, 2022).

Para que esse estudo fosse executado, utilizou-se das etapas indicadas para a
organização de uma revisão bibliográfica: 1) a elaboração do questionamento e
justificativa da pesquisa; 2) delineamento de critérios para inclusão e seleção de
estudos; 3) Coleta dos dados; 4) Análise Crítica dos estudos selecionados; 5)
Análise e interpretação dos resultados; 6) Apresentação do estudo.
FIGURA 2. Fluxograma do método de busca e da seleção dos textos.

Sendo assim, foram selecionados 10 artigos que continham informações sobre


as sequelas, complicações ou consequências mais comuns da abdominoplastia, eles
foram analisados e correlacionados através da discussão com artigos sobre a
atuação fisioterapêutica acerca destes achados para a realização deste artigo como
demonstra na Figura 2.
A coleta dos estudos para embasamento teórico, deu-se através da Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS). A BVS é a biblioteca do Ministério da Saúde, sendo a
mesma institucional e especializada em Saúde, que foi fundada em 1953 (BRASIL,
2014).
Foram utilizados os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS):
“Abdominoplastia”; “Fisioterapia” e “Complicações Pós-Operatórias”. Com o
operador booleano “And” como demonstra no Quadro 1.
Para a escolha dos textos, estabeleceu-se alguns critérios para a inclusão dos
mesmos no estudo: textos completos nos idiomas português e inglês; trabalhos que
abordavam sobre “Fisioterapia” ou “Physiotherapy”, “Abdominoplastia” ou
“Abdominoplasty” e “Complicações pós-operatórias” ou “Postoperative
complications”; e que foram publicados nos últimos 10 anos. E como critério de
exclusão: estudos em outros idiomas, acessos restritos, estudos repetidos e estudos
com mais de 10 anos da data de sua publicação.
A coleta de dados para a elaboração do trabalho ocorreu entre março e maio
de 2022. Onde identificou-se um total de 1.197 publicações. Foram excluídos 1.187
artigos, pois, não despertaram interesse, e não atendiam aos critérios de inclusão.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Artigos selecionados para o estudo
Complicações do
Autores Recursos fisioterapia
Título Objetivo pós-operatório
/ Ano dermatofuncional
abdominoplastia
CINTRA Abdominopl Analisar as Deiscência; Fricção manual da cicatriz,
et al., astia complicações Seromas; Cicatrizes drenagem linfática manual,
(2014). circunferenc maiores e menores hipertróficas; Alongamentos leves e
ial simples e que ocorreram nos Epiteliólise; superficiais do tecido
composta: pacientes pós- Hematoma; Infecção tegumentar,
evolução bariátricos da ferida operatória; Ultrassonoterapia de
técnica, submetidos a Abscesso; 3MHz, Laserterapia
experiência cirurgias assimetrias; (HeNe), Alta frequência
de 10 anos reparadoras do Hematomas; necrose por ozônio, Estimulação
e análise contorno corporal e e neralgia. elétrica de alta voltagem
das relacioná-las com (EEAV), Eletroestimulação
complicaçõe idade e IMC destes nervosa transcutânea
s. pacientes. (TENS).
TRUFIN Estudo Comparar a Seromas; Drenagem linfática
O, comparativo evolução de Complicações manual, ultrassonoterapia
(2015). de complicações em tromboembólicas; de 3MHz, técnicas de
abdominopl dois grupos de Complicações melhora da perfusão
astias com pacientes hemorrágicas. sanguínea e do retorno
drenagem a submetidos à venoso, mobilização
vácuo e abdominoplastia, precoce, liberações
sem um deles com miofasciais, Laserterapia e
drenagem, drenagem a vácuo e magnetoterapia.
mas com o outro com pontos
pontos de de adesão de
adesão. Baroudi e sem
drenagem.

GRAND Dermolipect Enfocar as Seromas; embolia Utilização de botas de


O,(2015) omia em possibilidades de pulmonar; necrose compressão pneumáticas,
. âncora após complicações, da ferida; trombose drenagem linfática manual,
cirurgia comparar os dados venosa profunda e cinesioterapia respiratória.
bariátrica: com índices infecções, alterações
complicaçõe encontrados na na mecânica
s e índice literatura, verificar o ventilatória.
de grau de satisfação
satisfação dos pacientes e
dos chamar a atenção
pacientes. para a importância
de encurtar a
hospitalização e o
tempo cirúrgico.
ROSSE Pioderma Relatar um caso de Pioderma Laserterapia (HeNe ou
TO et gangrenoso pioderma gangrenoso; Úlceras ArGa); Estimulação
al., em gangrenoso em dolorosas. elétrica de alta voltagem
(2015) abdominopl uma paciente (EEAV); Radiação
astia: relato submetida à ultravioleta (RUV);
de caso. abdominoplastia. Estimulação nervosa
transcutânea (TENS).
RODRIG Complicaçõ Verificar a Seromas; Cicatrizes Ultrassonoterapia de
UES, es em incidência de hipertróficas; 3MHz, Laserterapia de
(2017). abdominopl complicações após Deiscências de pele; Hélio-Neônio com
astia: a realização de Epidermólise densidade de 6 Joules por
experiência abdominoplastia no umbilical; cm2, microcorrentes,
de cirurgia Serviço de Cirurgia Hematomas e radiofrequência, alta
plástica do Plástica do Hospital Retração cicatricial. frequência por ozônio,
hospital do do Servidor Público LED, estimulação nervosa
servidor Municipal de São de alta voltagem (EEAV),
público Paulo e comparar crioterapia associada a
municipal os dados com a compressão local,
de São literatura científica. mobilização manual da
Paulo. cicatriz e alongamento do
tecido tegumentar.
CHI; Prevenção Avaliar a ocorrência Fibrose; Seromas; Laserterapia de Arsenieto
GUIMAR e de equimose, Edema intenso e de Gálio,
ÃES; tratamento edema e fibroses prolongado; Ultrassonoterapia de
SANTO de pós-operatórias de Equimoses 1MHz, crochetagem,
S, equimose, pacientes refratárias e quadros mobilização precoce da
(2018). edema e submetidos à álgicos intensos. ferida cirúrgica, manobra
fibrose no lipoaspiração e/ou de fricção do tecido
pré, trans e abdominoplastia e tegumentar, crioterapia,
pós- correlacionar Iontoforese por
operatório estatisticamente galvanoterapia, peeling,
de cirurgias essas ocorrências altafrequência por ozônio,
plásticas. com o tratamento endermoterapia e
pré e radiofrequência.
transoperatório.
CALDEI Tratamento Verificar a eficácia Dor crônica Ultrassonoterapia de
RA; da flacidez do tratamento de intermitente e fístula 3MHz, Laserterapia, LED,
SOLÓR músculo abdominoplastia umbilical precoce. Mobilização e fricção do
ZANO; aponeurótic com colocação de tecido tegumentar,
MAURÍC a da parede tela para flacidez eletroestimulação nervosa
IO, abdominal, dos músculos na transcutânea (TENS).
(2019). experiência parede abdominal
de 26 anos
SOARE Tratamento Demonstrar a Pequeno hematoma; Crioterapia, Mobilização
S, da parede técnica de plicatura Algia inguinal articular passiva do
(2019). abdominal em Crossbow e persistente; Seromas quadril, Exercícios
com suas variações, sacrais; Seromas passivos de amplitude
plicatura em apontar as abdominais e máxima de movimento em
Crossbow. complicações Quelóides. membros inferiores,
encontradas e Laserterapia, LED,
realizar uma Galvanoterapia,
avaliação microdermoabrasão
comparativa em um superficial, peeling,
formato duplo cego, crochetagem,
observando o Ultrassonoterapia de
abdome inferior 3MHz e mobilização
destes pacientes e precoce das feridas
de outros pacientes cirúrgicas.
que receberam
apenas a plicatura
dos músculos retos
abdominais.
DOS Percepção analisar a Edemas; Drenagem linfática
SANTO das percepção das Hematomas; manual, posicionamento
S et al., pacientes pacientes sobre a Seroma; Abertura elevado dos membros
(2020). sobre a atuação profissional das Cicatrizes; inferiroes, meias
atuação e os procedimentos Fibroses; compressivas, exercícios
profissional realizados no pré, Escurecimento da ativos livres, crioterapia,
e os no intra e no pós- pele; Infecção dos microcorrentes,
procediment operatório de pontos; Aderência ultrassonoterapia de
os abdominoplastia. cicatricial; Necrose; 3MHz, LED,
realizados Depressão da pele; Galvanoterapia, Alta
no pré, no Pneumonia; Embolia frequência por ozônio,
intra e no pulmonar e estimulação elétrica de
pós- Queloide. alta voltagem (EEAV),
operatório radiação utlravioleta
de (RUV), Higiene pulmonar,
abdominopl técnicas de expansão
astia. pulmonar, cinesioterapia
respiratória.

CINTRA Cirurgia de Analisar a evolução Grave deiscência da Cinesioterapia respiratória,


et al., contorno técnica da sutura com exercícios passivos de
(2021). corporal abdominoplastia necessidade de amplitude máxima de
pós- circunferencial reinternação, movimento, exercícios
bariátrica: simples e composta desbridamento e para a melhora do retorno
análise das e suas ressutura; anemia venoso, reposicionamento
complicaçõe complicações. sintomática; ao leito, Laserterapia
s em 180 pequenas (ArGa), Ultrassonoterapia
pacientes deiscências; de 1MHz, mobilização
consecutivo pequeno precoce e superficial do
s. sangramento tecido tegumentar.
espontâneo;
seromas e cicatriz
hipertrófica.

Na pesquisa de Cintra Júnior (2014) com 29 pacientes, foi observado que


houve 3 (10,3%) pacientes com complicações maiores onde duas apresentaram
anemia sintomática necessitando de transfusão sanguínea e outra apresentou
deiscência da sutura com necessidade de reinternação, desbridamento e ressutura.
Também houve 5 (17,2%) pacientes que apresentaram complicações menores, onde
2 apresentaram pequenas deiscências tratadas com curativos seriados, 1
apresentou um pequeno sangramento espontâneo sem necessidade de intervenção
cirúrgica, 1 necessitou de punções seriadas de seroma em regime ambulatorial e 1
apresentou cicatriz hipertrófica na região infraumbilical.
Devido aos sintomas e riscos, a presença de anemia é um fator muitas vezes
limitante na progressão da mobilidade, podendo aumentar o tempo de restrição ao
leito e assim ocasionando algum impacto na funcionalidade, a partir disto a conduta
fisioterapêutica se baseia em manter a ventilação pulmonar, prevenir o acúmulo de
secreção, minimizar a progressão da fadiga, da perda de força e de resistência
muscular. Quando as plaquetas estiverem em uma concentração entre 10.000 e
20.000/mm3, podem-se realizar exercícios isométricos ou ativo-livres, enquanto
somente com valores acima de 20.000/mm3 podem-se realizar exercícios com
resistências leves (RODRIGUES, 2015).
Trufino (2015) aponta em seu estudo que após a cirurgia de abdominoplastia
podem surgir complicações adversas como seromas, complicações
tromboembólicas que são mais raras e graves, portanto, devem ser prevenidas
como embolia pulmonar ou trombose venosa profunda e complicações hemorrágicas
como a formação de hematomas destacando a importância da fisioterapia
cardiorrespiratória e aplicada ao sistema circulatório tanto no pré quanto no pós-
operatório.
O tratamento fisioterapêutico para o pós operatório de abdominoplastia é
baseado nas fases de regeneração tecidual, na fase inflamatória consiste no
atendimento diário e é caracterizado por condutas como repouso com deambulação
frequente de pequenas distâncias, orientações quanto à postura, à maneira correta
de levantar e deitar, à melhor postura de dormir, exercícios respiratórios, TENS em
casos de dor, RA Godoy ou pressoterapia, compressão com o uso de cinta ou malha
modeladora, cinesioterapia nos membros inferiores e drenagem linfática manual nos
membros inferiores (DE MACEDO, 2010).
Segundo Meyer (2011) o tratamento fisioterapêutico na fase proliferativa
consiste no atendimento diário e é caracterizado por condutas da fase inflamatória
associada a outras condutas como mobilização suave do tecido conjuntivo,
Ultrassonoterapia de 3Mhz, orientações de estimulação sensorial na região da
cirurgia, microcorrentes, altafrequência, magnetoterapia ou LED em casos de
sofrimento da pele com possível necrose nos casos de deiscência.
Na fase de remodelação o tratamento fisioterapêutico consiste no atendimento
em dias alternados e é caracterizado por condutas como exercícios respiratórios
associados a exercícios de membros superiores, pequenas caminhadas,
vacuoterapia, pressoterapia, endermoterapia em casos de fibrose e radiofrequência
em casos de fibrose ou flacidez cutânea tardia (RAMOS, 2011).
Grando (2015) relata em seu estudo que a abdominoplastia em ex-obesos está
mais frequentemente associada a complicações, e aponta que a avaliação pré-
operatória destes pacientes deve incluir a pesquisa de anemia, alterações
eletrolíticas, distúrbios nutricionais, e um exame físico minucioso para constatar a
estabilidade de suas condições clínicas. A avaliação física deverá ser realizada
através do fisioterapeuta. Além disso a cirurgia abdominal causa alterações da
pressão intra-abdominal em todos os pacientes, porém com menos severidade em
ex-obesos, já que anteriormente à cirurgia o tecido abdominal por si só já causava
um aumento maior da pressão intra-abdominal, quando ocorrer um aumento da
pressão intra-abdominal podem surgir complicações na mecânica ventilatória.
De acordo com Fernandes (2016) a atuação fisioterapêutica para pacientes no
pós-operatório. de qualquer tipo de cirurgia incluindo a abdominoplastia deve
envolver a manutenção da funcionalidade e mecânica ventilatória e respiratória, para
isto são utilizadas técnicas de expansão pulmonar e manobras de higiene brônquica,
são exemplos destas técnicas: exercícios insuflantes por meio de recrutamento
inspiratório voluntário máximo com o objetivo de aumentar o gradiente de pressão
transpulmonar e a subsequente ventilação pulmonar e técnicas de aumento do fluxo
expiratório como mobilização por terapia expiratória manual, huffing de alto e baixo
volume, tosse assistida e ciclo ativo da respiração, com o objetivo de sobrecarregar
o recrutamento dos músculos expiratórios e auxiliar no clearance mucociliar, ou seja,
a conduta é baseada na cinesioterapia respiratória (exercícios ativos) e em técnicas
de higiene brônquica e expansão pulmonar (técnicas passivas ou ativo-assistidas).
Rosseto et al (2015) relatam em seu estudo que sobre um caso de Pioderma
gangrenoso em abdominoplastia, segundo os autores o Pioderma gangrenoso é
uma doença onde evidencia-se úlceras dolorosas, com bordas irregulares, de
diversos tamanhos e profundidade. O diagnóstico é geralmente clínico, sendo muitas
vezes de exclusão. O tratamento dependerá de cada caso e cada paciente, visto
que, o desbridamento cirúrgico não é indicado devido a seu potencial de patergia,
em geral, o tratamento do pioderma gangrenoso é baseado no uso de agentes
tópicos para manter o local da lesão limpo e úmido.
A atuação fisioterapêutica pode apresentar grande valor para a cicatrização
destas lesões, pois o Pioderma Gangrenoso se caracteriza por ulcerações que
podem ou não estar infectadas, estudos apontam que a laserterapia é eficaz na
aceleração do processo cicatricial, observa-se principalmente a utilização da
laserterapia através de hélio-Neônio (HeNe) ou Arsenieto de Gálio (AsGa) com
densidade de 6 J/cm2 e 45mW sendo associados a Azul de metileno em feridas
infectadas para a inibição da proliferação de microrganismos (SILVA, 2017).
Além disso de acordo com o estudo de Santana de Souza (2017) o tratamento
de ulcerações pode ser realizado também através da estimulação elétrica de alta
voltagem (EEAV), sua utilização se dá através do contato do aparelho sob proteção
de gazes estéreis e umedecidas com soro fisiológico, onde os dois eletrodos
passivos são de silicone carbono e o eletrodo ativo é metálico e pregável nas gazes,
a parametrização e colocação dos eletrodos irão depender da individualidade do
caso de cada paciente, sendo que em seu estudo o autor utilizou a parametrização
de 100Hz de frequência e intensidade média de 150V por um período 30 minutos em
cada sessão.
No estudo de Rodrigues (2017) que conteve 57 pacientes onde 22 (38,5%)
apresentaram complicações após a cirurgia de abdominoplastia, foi evidenciada a
seguinte prevalência de complicações: Seroma (45%), Cicatriz hipertrófica (20%),
Deiscência de pele (15%), Epidermólise umbilical (10%), Hematoma (5%) e
Retração cicatricial (5%).
O seroma é caracterizado pelo extravasamento de um líquido alaranjado
similar à gordura com sangue, para o tratamento de Seroma a aplicação adequada
da drenagem linfática manual é eficaz pois evita a estagnação da linfa no local, o
ultrassom terapêutico auxilia na redução dos seromas e no aumento da elasticidade
do tecido conjuntivo, geralmente é utilizado na frequência de 3MHz na fase
inflamatória pois promove uma reabsorção dos hematomas e o uso de cinta
abdominal para a prevenção do descolamento da plicatura também auxilia na
prevenção da formação de seromas e hematomas (LEAL, 2017).
De acordo com Chi et al., (2018) a abdominoplastia e lipoaspiração são
intervenções que resultam frequentemente em intercorrências e complicações como
por exemplo a fibrose, o edema intenso e a equimose que são as intercorrências
mais frequentes e representam um grande desafio ao fisioterapeuta
dermatofuncional, que, ao longo dos últimos anos, busca por tratamentos eficazes
para atuar no pré e pós-operatório, evidenciando a importância deste profissional,
além disso o tratamento pós-operatório deve-se iniciar o mais precoce possível, para
evitar possíveis complicações pós-cirúrgicas como seroma, edema prolongado,
equimoses refratárias e quadro álgico intenso.
De acordo com Da Silva (2012) a função da fisioterapia no pré-operatório da
abdominoplastia tem por objetivo fortalecer os vasos sanguíneos e linfáticos da
região abdominal, desobstruindo possíveis congestionamentos e melhorar ou manter
a capacidade ventilatória do paciente para evitar complicações respiratórias. No pós-
operatório a fisioterapia e suas modalidades terapêuticas nos permitem tratar
edemas drenando e descongestionando os tecidos, promovendo uma cicatrização
mais rápida e de melhor qualidade.
No pré-operatório de abdominoplastia o fisioterapeuta deverá avaliar vários
fatores que estejam relacionados à disfunção estética, dentre eles retrações
musculares, deformidades articulares, desvios posturais que possam ocasionar
alguma alteração estética e funcional, deve-se avaliar as condições circulatórias dos
pacientes, identificando a presença de alterações como edemas e linfedemas
prévios à cirurgia e tratá-los. O pré-operatório fisioterapêutico funciona também se
baseia na orientação ao paciente, preparando o mesmo para a cirurgia, verificando e
explicando as possíveis limitações e iniciando o plano de tratamento para o pós-
cirúrgico (FLORES, 2011).
Caldeira et al., (2019) relatou a presença de três complicações dentre as 15
pacientes de sua pesquisa, 2 pacientes apresentaram dor crônica intermitente
localizada (laparodinias) melhorando com anti-inflamatórios convencionais e tratado
com infiltrações de corticosteróides e a outra complicação apresentada foi fístula
umbilical precoce de resolução rápida espontânea, independente da proposta.
Segundo Ferreira (2007) a eletroestimulação nervosa transcutânea (ENT)
também conhecida como TENS é um recurso fisioterapêutico que irá auxiliar no
controle da dor pós-operatória e apresenta vantagens importantes, como baixo custo,
fácil aplicabilidade, poucos efeitos colaterais e principalmente boa eficácia
relacionada à diminuição da percepção dolorosa e do consumo de analgésicos
farmacológicos, porém deve haver concordância em conjunto com a equipe
multiprofissional sobre o seu uso ou sobre a necessidade de associar a utilização da
mesma com outros recursos para que possa melhorar e potencializar a analgesia
oferecida aos pacientes no pós-operatório.
Soares (2019) em sua pesquisa que conteve 22 pacientes relata que houveram
6 (27,27%) pacientes com complicações sendo 1 (4,54%) caso de pequeno
hematoma em um paciente com dermolipectomia em âncora onde o mesmo foi
drenado no pós-operatório, 1 (4,54%) caso de dor persistente em região inguinal
direita que parou em três meses, em um paciente de lipoabdominoplastia; 2 (9,08%)
pequenos seromas sacrais em pacientes de lipoaspiração, 1 (4,54%) seroma no
abdome em sua porção inferior, resolvidos com punção e compressão e 1 (4,54%)
caso de quelóide em abdominoplastia.
Da Silva Hernandes (2013) diz que o queloide é decorrente da contínua
produção do colágeno jovem causado pela falta de fatores inibitórios, e que os
recursos fisioterapêuticos utilizados no tratamento de cicatrizes e queloides são
semelhantes ao realizado nas sequelas de queimaduras, na fase tardia ou de
remodelagem tecidual. Sendo assim, destaca-se a utilização de recursos como a
microdermoabrasão superficial, peelings, massagem cyriax, crochetagem, ultrassom,
ou seja, recursos que inibam a proliferação fibroblástica, a cicatrização e promovam
o rearranjo do colágeno.
Referente ao estudo de Dos Santos et al (2020) que contou com 354 pacientes,
as complicações pós abdominoplastia ficaram caracterizadas em Edema (84,20%),
Hematoma (21,80%), Seroma (19,80%), Abertura da cicatriz (15,80%), Fibrose
(11,90%), Escurecimento da pele (10,70%), Infecção dos pontos (6,20%), Aderência
cicatricial (4,00%), Necrose (4,00%), Depressão da pele (2,50%), Pneumonia
(1,10%), Embolia pulmonar (0,60%), Queloide (0,60%) e nenhuma complicação
(6,20%).
A aplicabilidade da fisioterapia no pré-operatório tem por objetivo fortalecer os
vasos sanguíneos e linfáticos da região a ser operada, desobstruindo possíveis
congestionamentos e no pós-operatório a fisioterapia e suas modalidades
terapêuticas nos permite tratar edemas drenando e descongestionando os tecidos,
promovendo uma cicatrização mais rápida e de melhor qualidade, para isso podem
ser utilizados recursos como a drenagem linfática manual que deve ser realizada de
forma suave e evitando deslizamentos e trações no tecido em cicatrização, a
massoterapia que promove relaxamento e auxílio da circulação venosa e linfática, e
absorção de substâncias extravasadas nos tecidos. A corrente galvânica através dos
efeitos de eletroforese (com Hialuronidase) e eletroendosmose e a cinesioterapia
com movimentos passivos ou ativos livres que mantenham a funcionalidade do
retorno venoso (ALDENUCCI, 2010).
Cintra Júnior et al (2021) Observaram em seu estudo com 180 pacientes onde
47 (26,1%) apresentaram complicações, a prevalência de complicações pós
abdominoplastia ficou caracterizada como Deiscência (40,4%), Seroma (14,9%),
Cicatriz hipertrófica (10,6%), Epiteliólise (6,4%), Hematoma (6,4%), Infecção da
ferida operatória (8,4%), Abscesso (2,1%), Assimetria (2,1), Assimetria junto com
hematoma (2,1%), infecção da ferida operatória associada a deiscência e linforréia
(2,1%), Necrose (2,1%) e Neuralgia (2,1%).
De acordo com Tacani (2014) para o tratamento da deiscência são priorizados
os recursos fisioterapêuticos com ação anti-inflamatória e bactericida para a
desinfecção local, após isso é indicada a utilização de recursos que estimulem a
angiogênese, produção de colágeno, formação do tecido de granulação, contração
da ferida, reepitelização e remodelamento do colágeno. O recurso mais eficiente
para isto é o Ultrassom terapêutico de 3MHz, pulsado a 50% com intensidade de
0,5W/cm2. A utilização de alta frequência com a técnica de faiscamento com
eletrodo cauterizador por sessões entre 5 e 10 minutos também se mostra eficiente
na cicatrização da deiscência.
Verificou-se que nos estudos selecionados para esta revisão que, quanto aos
recursos eletrotermoterapêuticos houve uma grande prevalência do uso do
Ultrassom pulsado de 3MHz com o objetivo de mobilização e cicatrização tecidual,
utilização da laserterapia de baixa intensidade com o objetivo de acelerar a
cicatrização e conter processos infecciosos, microcorrentes, alta frequência,
magnetoterapia e LED em casos de sofrimento da pele para o estímulo da produção
de colágeno e rearranjo tecidual, endermoterapia e radiofrequência para melhorar a
matriz tecidual em casos de fibroses ou flacidez, Estimulação elétrica transcutânea
para o alívio de quadros álgicos, corrente galvânica para redução de quadros
inflamatórios e edemas e estimulação elétrica de alta voltagem para aceleração de
processos cicatriciais e ação bactericida.
E quanto às técnicas e orientações que o fisioterapeuta pode executar no pós-
operatório de abdominoplastia, observou-se uma alta prevalência no uso de
drenagem linfática manual, mobilizações suaves do tecido conjuntivo e da pele,
mobilizações passivas de membros inferiores, técnicas de higiene brônquica e
expansão pulmonar, orientações quanto à cinesioterapia respiratória, uso de cinta ou
malha modeladora, orientações sobre o processo cirúrgico e as limitações
decorrentes dele e a orientação e supervisão quanto à exercícios funcionais ativos-
assistidos e totalmente ativos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista os aspectos apresentados nesta pesquisa, concluiu-se que
referente às complicações mais frequentes e comuns após a cirurgia de
abdominoplastia observou-se uma grande prevalência de deiscências, seromas,
edemas e cicatrizes hipertróficas ou fibroses, no que diz respeito a complicações
mais raras e menos comuns pode-se notar os casos de pioderma gangrenoso,
anemias sintomáticas e necroses. Quanto ao tratamento fisioterapêutico no pós-
operatório de abdominoplastia verificou-se uma variedade de possibilidades que
podem ser baseadas na utilização de recursos eletrotermoterapêuticos, técnicas
manuais ou fornecimento de orientações.
A fisioterapia possui um papel importante no processo de recuperação de
pacientes submetidos à abdominoplastia, pois em seu pós-operatório os
fisioterapeutas contam com uma extensa variedade de técnicas e recursos que
podem ser utilizados para acelerar a sua recuperação ou tratar as complicações que
possam surgir no decorrer da cirurgia ou do período pós-operatório, entende-se
assim que cabe ao fisioterapeuta avaliar planejar os objetivos e condutas de
tratamento, bem como os recursos e técnicas a serem utilizadas única e
especificamente de acordo com a individualidade de cada paciente.

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