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ADENOCARCINOMA ENDOMETRIÓIDE GRAU 3 HISTOLÓGICO (FIGO) INVASIVO

Câncer endometrial (Câncer de útero)

ADENOCARCINOMA: O adenocarcinoma é um tumor maligno (câncer) que pode acometer vários segmentos do trato digestivo, incluindo o intestino grosso
(cólon). Ele costuma surgir como um pequeno pólipo (adenoma - tumor benigno semelhante a verruga), que em cerca de 10 anos cresce de tamanho e evolui
para o adenocarcinoma. este tipo de câncer costuma ser bastante agressivo, com alto risco de metástases e baixas chances de cura.

GRAU 3 HISTOLÓGICO: São dois critérios importantes que nos falam sobre a agressividade do tumor que está sendo avaliado. O grau histológico III é o mais
agressivo e o I e II informam que o tumor é um pouco menos agressivo.

FIGO: indica que o tumor cresceu além das fronteiras do colo uterino, alcançando os paramétrios, mas não atingiu a parede pélvica ou a parte inferior da vagina

INVASIVO: Nesse estágio, o câncer pode causar metástase a distância, atingindo outros órgãos que não os inicialmente afetados.

Endométrio é o tecido que reveste o interior do útero, que se divide em duas partes: a cérvix, ou colo do útero, e o corpo do
útero, a parte de cima, oca, onde o feto se desenvolve durante a gravidez. O corpo do útero tem duas camadas, a interna, ou
endométrio, e a externa, ou miométrio, uma camada de músculos que ajuda a expulsar o bebê na hora do parto.

O câncer de endométrio geralmente é um adenocarcinoma endometrioide. Tipicamente, manifesta-se como sangramento


uterino pós-menopausa. O diagnóstico é por biópsia. O estadiamento é cirúrgico. O tratamento requer histerectomia, salpingo-
ooforectomia bilateral e, para histologia de alto risco, geralmente linfadenectomia pélvica e para-aórtica. Para câncer avançado,
geralmente indica-se radioterapia, terapia endócrina ou quimioterapia.

O câncer de endométrio afeta principalmente as mulheres na pós-menopausa. A idade média das pacientes no momento do
diagnóstico é 61 anos. A maioria dos casos é diagnosticada em mulheres com 45 a 74 anos. A maioria dos cânceres de
endométrio é causada por mutações esporádicas.

A duração da cirurgia depende da gravidade e do estado de saúde do paciente, por isso o tempo de duração do procedimento
pode variar bastante indo de 01 a 08 horas.
Sintomas:
✓ Diferente de outros tipos de câncer, que na fase inicial são assintomáticos, o câncer de endométrio tem como principal
sinal de alerta, o sangramento vaginal pós-menopausa, o qual ocorre, geralmente, na fase inicial da doença
✓ A maioria (> 90%) das mulheres com câncer endometrial tem sangramento uterino anormal (p. ex., sangramento pós-
menopausa, sangramento intermenstrual pré-menopausa, disfunção ovulatória).
✓ Dor pélvica e perda de peso.

Tratamento:
▪ Linfadenectomia pélvica e para-aórtica para grau 1 ou 2 com invasão miometrial profunda (> 50%), para qualquer grau
3, e para todos os cânceres com histologia de alto risco
▪ Radioterapia pélvica com ou sem quimioterapia para o estádio II ou III
▪ O estágio II ou III do câncer endometrial requer radioterapia pélvica com ou sem quimioterapia. O tratamento para o
estádio III do câncer precisa ser individualizado, mas a cirurgia é uma opção; de maneira geral, as pacientes que se
submetem à cirurgia e à radioterapia combinadas apresentam melhores prognósticos. Exceto em pacientes com doença
parametrial extensa, histerectomia total e salpingo-ooforectomia bilateral devem ser efetuadas. o tratamento indicado é
a cirurgia associada à quimioterapia, e, em geral, também à radioterapia.

Quimioterapia pós-operatória:
• A quimioterapia é realizada na veia e tem como objetivo potencializar o efeito da radioterapia. Na maioria das vezes, é
um tratamento bem tolerado.
• O objetivo da complementação com quimioterapia é reduzir o risco de recidiva, através do uso de medicamentos por via
endovenosa, com a intenção de erradicar as células tumorais onde quer que estejam. Os medicamentos mais utilizados
são a carboplatina em conjunto com paclitaxel, ambos administrados a cada 3 semanas de forma endovenosa.
• O padrão de tratamento da doença localmente avançada é quimioterapia com cisplatina concomitante à radioterapia. A
cisplatina é realizada na veia uma vez por semana, por seis semanas. O inicio da quimioterapia deve coincidir com o
início da radioterapia, uma vez que o papel da quimioterapia é potencializar o efeito da radioterapia.
• Os efeitos colaterais mais comuns são fadiga, náusea, vômito, queda de cabelo, aftas na boca, maior predisposição a
infecções e formigamento nos dedos das mãos e dos pés. Esses efeitos colaterais costumam ser transitórios e de leve ou
moderada intensidade.

Radioterapia pós-operatória:
Nos casos mais avançados, os campos de radioterapia externa poderão ser mais extensos, dirigidos para as áreas que foram
invadidas.

Efeitos Colaterais da Radioterapia:


> Irritação da bexiga com aumento da vontade de urinar
> Irritação da uretra, havendo ardor ao urinar
> Irritação do intestino, com cólicas, pressão no reto ou diarreia
> Fadiga, na qual você se sente cansada grande parte do tempo
> Pode haver perda de pelos na região púbica, que pode ser permanente ou temporária
> Esterilidade (incapacidade de ter gestação) e menopausa precoce geralmente ocorrem após a radioterapia.
> As pacientes podem experimentar secura vaginal ou estreitamento da vaginal com o decorrer do tempo.
> Sangramento é um efeito que pode acontecer meses/ anos após a radioterapia, podendo ocorrer junto com as fezes ou junto
com a urina
Radioterapia externa: ocorrem em aceleradores lineares, equipamentos que usam energia elétrica para produzir radiação
ionizante artificial. A paciente fica deitada em uma mesa e o equipamento gira ao redor dela emitindo a radiação terapêutica. O
tratamento é indolor e não há contato entre a máquina e a paciente.

Braquiterapia: O tratamento é indolor e não há contato entre a máquina e a paciente. Já a braquiterapia faz uso de fontes
radioativas que são colocadas próximas ou mesmo no interior da paciente. A radioterapia no câncer de colo uterino ocorre
principalmente por meio da combinação da radioterapia externa e da braquiterapia.

Nas pacientes com recidiva de doença, é necessário realizar uma avaliação pré-operatória com exames clínicos e de imagem para
avaliar a ressecabilidade da lesão. Esse processo avaliará, dentre outros: a presença de implantes peritoneais, metástases em
linfonodos e doença a distância.

Os fatores de risco para câncer endometrial são:

- Estrogênio sem oposição (níveis circulantes elevados de estrogênio e nenhuma ou baixa progesterona)
- Idade > 45 anos
- Obesidade
- Uso de tamoxifeno > 2 anos
- Síndrome de Lynch
- História pessoal de radioterapia pélvica

A exposição aumentada ao estrogênio extrínseco ou intrínseco pode estar associada com


- Obesidade
- Síndrome do ovário policístico ou outra disfunção ovulatória
- Terapia com estrogênio sem progesterona
- Nuliparidade (quem nunca teve filhos)
- Menarca precoce
- Menopausa tardia
- Tumores produtores de estrogênio

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