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Resumo | Dermatologia e Endocrinologia em Ruminantes

FOTOSENSSIBILIZAÇÃO:
A fotossensibilização é uma enfermidade que acomete bovinos, caprinos, ovinos e equinos. Em
outras palavras, acontece em consequência de diversos fatores como a exposição à radiação de
luz solar, devido a ação de determinadas drogas, plantas ou outras substâncias, gerando a
sensibilização das camadas superficiais da pele do animal.

Tipos de fotossensibilização de acordo com o agente fotodinâmico:


Primária ou tipo I: os agentes fotodinâmicos são exógenos (ingestão e absorção de pigmentos
vegetais ou substâncias que adentraram na circulação sistêmica);

Tipo II: geralmente ocasionada pela síntese atípica de pigmentos endógenos, normalmente de
origem hereditária;

Hepatógena ou tipo III: ocasionada pela acumulação de filoeritrina, produto da degradação


microbiana da clorofila, geralmente é formada no fígado e excretada na bile, em consequência
de lesão hepática sua excreção via bile fica inibida.

Por outro lado, dentre os tipos citados a fotossensibilização hepatógena ou tipo III ocorre com
maior frequência em ruminantes, no qual o fígado é lesionado por toxinas, gerando distúrbio
hepático e impedindo a desintoxicação do organismo. É provocada por determinadas
substâncias fotodinâmicas que se concentram na circulação periférica e com a exposição
excessiva a radiação solar gera lesões com o aspecto de “casca de árvore”. Popularmente é
conhecida como “Requeima” e “Sapeca”.

Além disso, pode acometer animais de todas as idades e principalmente animais no sistema a
pasto. Todavia, também pode ocorrer em animais alimentados unicamente com alimentos
estocados. Da mesma forma, a intoxicação por Brachiaria decumbens e outras gramíneas que
contém saponinas também podem ocasionar a fotossensibilização.

A princípio, os animais apresentam sinais clínicos como: depressão, anorexia, dermatite severa
em locais desprovidos de pelos, salivação excessiva. Além disso, animais com pele branca ou
com menor pigmentação, apresentam dermatite severa em partes do corpo expostas ao sol
(CORREA et al., 2001. P.179).

É possível observar também a presença de edemas, conjuntivite com a presença de corrimento


purulento e em alguns casos cegueira. Contudo, em casos mais graves, a pele do animal
apresenta-se engrossada, com rachaduras e ulcerações (CORREA et al., 2001. P.179).
Tratamento: Retirada dos animais da pastagem com problema, sombreamento, anti inflamatórios,
anti histamínicos, protetores hepáticos, pomadas antissépticas e cicatrizantes/filtro solar,
hidratantes.

PELE:

Miíase: forma larval da mosca Cochliomya hominivorax, sendo que esse parasita necessita de um
tecido vivo como alimento, infestando as bordas de feridas recentes. O controle e tratamento
das miíases em bovinos pode ser feito de forma sistêmica e/ou local. Como forma sistêmica,
destaca-se o uso do da Ivermectina, antiparasitário injetável mais utilizado no mundo em razão
de seu largo espectro contra parasitos internos e externos (SERENO, 2016). Já o tratamento
local baseia-se no uso de inseticidas tópicos que são utilizados diretamente sobre as feridas,
tanto nas feridas livres de larvas, quanto naquelas infestadas pelos parasitas (GRISI et al., 2002).

Dermatofitose/Tricofitose:
A Dermatofitose é a principal infecção causada por fungos em bovinos. Os principais agentes
envolvidos são Trichophyton verrucosum, T. mentagrophytes e Microsporum canis (esses dois
últimos em menor escala).

Com a intensificação dos sistemas de produção, os rebanhos aumentaram de tamanho e um


número maior de animais foi concentrado em áreas menores, ocasionando uma maior
possibilidade da disseminação de doenças tais como a Tinea. Esta micose é considerada uma
doença de rebanho.

A doença ataca principalmente bezerros abaixo de um ano de vida, estabulados em grupo.


Animais imunodeprimidos, animais debilitados e magros podem também atuar como focos da
infecção. Não há diferenciação da prevalência entre as raças e nem entre os sexos. Além disso, a
dermatofitose é uma zoonose, podendo contaminar as pessoas que têm maior contato com os
animais acometidos.

Instalações úmidas e escuras constituem um ambiente favorável para o crescimento do fungo.


Por isso, os animais confinados têm uma maior predisposição a contrair, e disseminar a doença.
Os esporos estão presentes não só na lesão, mas também em todo o pêlo do animal, nas
ferramentas utilizadas no manejo, paredes da instalação, cercas, ou seja, em todos os lugares!

A principal fonte de contaminação é o animal infectado, mas os insetos (moscas) e a cama dos
animais também disseminam a doença. O fato dos animais lamberem a si próprios e lamberem
também outros animais, auxilia na disseminação. A doença pode entrar no rebanho através da
compra de animais, durante o transporte de animais, em leilões e exposições.
Os esporos do Trichophyton verrucosum permanecem viáveis na pele por até quatro anos. Seu
longo período de sobrevivência e as facilidades de contágio favorecem a proliferação da micose.

Geralmente, as lesões possuem uma distribuição irregular, as áreas mais afetadas são ao redor
dos olhos, na fronte, orelhas, no pescoço, região lombar e cauda.

Na maioria das vezes, a lesão se caracteriza por áreas ovaladas de alopecia, com presença de
crostas, podendo também ser encontradas pápulas, nódulos e úlceras. As lesões variam de 0,5
cm a 10 cm. Após a infecção da pele o fungo penetra nos folículos pilosos formando os esporos.
A doença evolui em quatro estágios, sendo eles:
Estágio 01: Período de incubação, ocorre entre os dias 7 e 17 após a infecção. Neste período, há
uma rápida multiplicação dos fungos.

Estágio 02: Ocorre entre os dias 14 e 28 após a infecção, nesta fase há uma reação da pele, os
pelos sofrem autólise e caem.

Estágio 03: Ocorre entre os dias 28 e 49 após a infecção. Nesta fase ocorre o pico da
inflamação, surgem lesões vermelhas e úmidas, e finalmente as crostas. Ocorre ainda a
paraqueratose e acantose.

Estágio 04: Ocorre entre os dias 49 e 63 após a infecção. Nesta fase ocorre a regressão do
quadro, as crostas caem e surgem os novos pelos.

Muitas vezes, a Tinea apresenta uma recuperação espontânea, mas o processo de cicatrização
varia muito, podendo ocorrer em 3 semanas, e em outros casos, levar até 9 meses. Animais que
se recuperam da infecção podem ganhar resistência à doença durante o período de um ano ou
mais.

As lesões causadas pela Tinea são típicas e facilmente identificadas, mas a confirmação do fator
etiológico só é possível através do exame microscópico e da cultura.

O material a ser enviado para análise:

- amostras de pêlos
- escamas da pele

* No caso de cultura, a área lesada deverá ser lavada com água e sabão antes da coleta.

O tratamento consiste na aplicação tópica de pomada à base de Tiabendazole (5 à 10%). Uma


alternativa mais prática é aspergir os animais afetados com uma solução de Água Sanitária a
10% (o produto adquirido como Água Sanitária deve ser diluído em água, no intuito de se obter
uma concentração de 10%). As lesões devem ser tratadas até a recuperação do quadro.

Para controlar esta micose nos rebanhos afetados, deve-se minimizar a densidade animal por
lote, enfatizar a limpeza das instalações, a drenagem dos malhadouros e a sanidade dos animais
(procurando dar maior atenção aos animais mais debilitados de cada lote).

Papilomas/Papilomatose:
papilomatose bovina é uma doença infecto-contagiosa da pele e mucosas caracterizada pelo
crescimento excessivo das células basais, formando tumores conhecidos como “verrugas”. A
enfermidade é causada por um vírus pertencente à família Papillomaviridae. Vários tipos
diferentes de papilomavírus bovino (BPV) já foram caracterizados, relacionados com o
aparecimento de tumores em diferentes locais. A transmissão ocorre por contato direto com
animais infectados através de abrasões da pele, vetores mecânicos ou por fômites contaminados
(agulhas, brincadores ou outros aparelhos). Os papilomas são encontrados na cabeça, pescoço,
ventre, dorso, úbere, mucosa do trato digestivo ou generalizados. Em alguns casos aparecem
em pequeno número e em outros tomam grande parte do corpo. Os papilomas de glândula
mamária podem aparecer de várias formas, geralmente são múltiplos, apresentam até 2cm de
diâmetro e, em vacas leiteiras, interferem na ordenha. Os fibropapilomas de pênis ou vulva, pelo
seu tamanho considerável e porque sangram facilmente, interferem na reprodução. A doença
ocorre geralmente em animais jovens e/ou imunocomprometidos. Na maioria dos casos os
animais afetados recuperam-se espontaneamente, mas em alguns casos os papilomas podem
persistir até 6 meses ou mais, causando perdas na produção e emagrecimento. O diagnóstico é
feito clinicamente, pois as alterações são características. Pode ser feita biópsia para observar as
características microscópicas em cortes histológicos. O tratamento mais utilizado é a vacina
autógena obtida por meio da inativação de um macerado de papilomas coletados do animal
afetado.

Dermatofilose:
Dermatofilose, também denominada estreptotricose cutânea, “mela” ou “chorona”, é um é
doença de caráter infecto-contagioso que acomete a pele de bovinos, equídeos, ovinos,
caprinos, suínos, cães, gatos e até mesmo o homem. Seu agente etiológico é a bactéria
Dermatophilus congolensis, que gera uma dermatite exsudativa, com erupções crostosas e
escamosas.

Os animais assintomáticos são os principais reservatórios dessa bactéria, em consequência do


agente ser oportunista e estar presente na pele íntegra, penetrando e colonizando a epiderme
em condições favoráveis. A D. congolensis está presente nas crostas secas e pode sobreviver
durante muitos meses no ambiente. A transmissão se dá por meio do contato direto entre
animais, através de fômites contaminados ou através de ectoparasitas hematófagos que
funcionam como vetores mecânicos. A doença manifesta-se quando há uma redução ou
alteração das barreiras naturais da pele, como fatores ambientais (chuva, umidade e altas
temperaturas).

Quando essa bactéria penetra na pele, resulta em um processo inflamatório agudo que gera um
acúmulo de exsudato, pêlos e fragmentos, dando origem às crostas. Geralmente, essas lesões
regridem espontaneamente dentro de duas a três semanas. Nos casos de infecção crônica,
estas lesões podem durar meses.

As lesões podem surgir em diversas partes do corpo, especialmente na cabeça, pescoço, dorso,
laterais do animal e úbere. Nos bezerros, as crostas normalmente surgem primeiramente no
espelho nasal alcançando cabeça e pescoço. As lesões caracterizam-se por diminutas crostas
formadas na base do pêlo envolvendo-o, com presença de tecido granuloso e exsudato
purulento. Sintomas sistêmicos quase não estão presentes, exceto por um aparecimento febril
discreto nos casos moderados. Nos casos mais avançados, as lesões cicatrizam sendo
facilmente destacadas da pele. Nos estágios finais, há intensa perda de pêlo, com acentuada
formação de crostas semelhantes a barro seco e pregueamento.

O diagnóstico é feito através da observação das lesões característica durante o exame clínico
realizado pelo médico veterinário, sendo a confirmação feita através de exames laboratoriais,
como raspados e biópsias da região abaixo da crosta da lesão. O histórico da presença de
dermatofilose também pode auxiliar no diagnóstico.

O tratamento mais eficaz consiste na administração de antibióticos por via parenteral, sendo
recomendadas a penicilina e a estreptomicina em dois tratamentos distintos, ou uma aplicação
única em altas doses (70.000UI/kg de peso vivo de penicilina ou 70 mg/kg de peso vivo de
estreptomicina), ou doses diárias (5.000 UI/kg de peso vivo ou 5 mg/kg de peso vivo,
respectivamente) durante cinco dias. No controle de surtos dessa doença, pode ser usada
também a oxitetraciclina na dose de 20 mg/kg de peso vivo. Aplicações tópicas quase não são
recomendadas, pois o medicamento não alcança as camadas mais profundas da pele. Quando o
número de animais acometidos é muito grande, recomenda-se banhos de imersão ou aspersão
com sulfato se zinco ou de cobre (concentração de 0,2% a 0,5%).
[29/03/2023 21:17:43]

Sarna: sarna bovina é causada pela infestação de ácaros dos gêneros Sarcoptes, Chorioptes,
Psoroptes e Demodex, de maneira isolada e/ou concomitante. Embora seja encarada como uma
condição clínica de menor relevância, ainda sim deve ser investigada, principalmente em razão
do potencial zoonótico, impacto direto na saúde dos animais e impactos na produção animal. A
principal via de transmissão destes ácaros em bovinos é por meio do contato físico entre os
animais, bem como inadequações no manejo das propriedades. No aspecto epidemiológico,
outro fator determinante na transmissibilidade é a própria presença destes ectoparasitos nas
propriedades em determinadas época do ano.
HIPOCALCEMIA:
Também conhecida como febre do leite, ou paresia puerperal, a hipocalcemia é uma
comorbidade do metabolismo que acomete os bovinos – normalmente as vacas leiteiras que, em
sua maioria, são saudáveis.
Essa doença acontece no período de transição, que vai do pré-parto ao início da fase de
lactação. É comum nas primeiras 72 horas após o parto, porém, em casos raros, pode acontecer
em até dois meses após o nascimento do bezerro.

A hipocalcemia é a baixa quantidade de cálcio no sangue. O que faz com que o animal não
consiga levantar após o parto, por falta de minerais que auxiliam nas funções nervosas e
musculares.
Esta alteração está relacionada a alta demanda do cálcio pela glândula mamária e mecanismos
fisiológicos do parto.
As mudanças de estado fisiológico da vaca leiteira durante o período de transição ocorrem em
um período de tempo muito curto, insuficiente para que o animal consiga ativar os mecanismos
existentes para a manutenção de níveis normais de cálcio no sangue.
Estudos mostram que entre 40% e 50% dos animais apresentam deficiência de cálcio, porém de
forma imperceptível.
Já o número de animais que apresentam sintomas é bem menor, ficando em 3% e 15% dos
rebanhos em todo o Brasil.
A maior incidência é entre as vacas leiteiras mais velhas (a partir da terceira cria), pois estes
animais têm menor reabsorção óssea de cálcio.
Os sintomas da hipocalcemia variam de acordo com a deficiência de cálcio que o animal
apresenta.
É considerado uma doença quando os níveis do mineral estão abaixo de 8,5 mg/dl.
Confira na tabela abaixo:
Os níveis de cálcio são regulados por alguns hormônios como o paratormônio (PTH), por
exemplo.
Na fase de pré-parto o organismo da vaca exige menos cálcio, contudo, as dietas das fazendas
costumam ser ricas no mineral.
Isso faz com que o pH fique acima do nível ideal para o PTH agir.
Sendo assim, as concentrações do PTH ficam baixas — devido ao aumento da reabsorção renal
de cálcio — e a calcitonina (Hormônio responsável pela regulação do cálcio na corrente
sanguínea) está aumentada, o que diminui a reabsorção óssea do cálcio.
Já no dia do parto, os níveis de cálcio necessários para a produção de colostro são muito
maiores do que a quantidade existente no sangue do animal. Além disso, a homeostase de cálcio
demora em média 48 horas para ocorrer.
Esse tempo é o que chamamos período de transição, no qual a vaca passa por um quadro de
hipocalcemia.
São vários os motivos que colaboram para a hipocalcemia. Abaixo listamos alguns deles para
que você consiga prevenir o seu rebanho.
baixos níveis de hormônio da paratireóide – o que interfere na regulação de cálcio;
ausência de glândulas paratireoides no nascimento;
a presença de níveis baixos de magnésio, reduzindo a atividade do hormônio da paratireóide;
deficiência de vitamina D;
disfunção renal;
má alimentação;
pancreatite;
doenças que diminuem a absorção de cálcio pelo organismo.
O diagnóstico da hipocalcemia é feito por meio de um exame clínico completo, no qual o médico
veterinário examina o úbere do animal, as frequências cardíacas e respiratórias, o sistema
digestivo e as mucosas.
O tratamento dos sintomas da hipocalcemia é feito pela reposição de cálcio no organismo.
Recomenda-se a administração de até 1L de Ca, pela via endovenosa e de forma lenta
É possível também utilizar parte desta quantidade (cerca de 200 ml), por meio da aplicação
subcutânea.
Caso persista alguns sintomas o tratamento poderá ser repetido.
É importante ressaltar que a aplicação precisa ser feita por um médico veterinário ou algum
profissional que tenha conhecimento técnico para realizar o procedimento.
Caso esse profissional ache necessário, é possível também fazer a aplicação de “Drench” -—
suplemento mineral e energético — no pós parto.
Prevenir é melhor do que remediar. Esse ditado é velho, mas traduz as melhores práticas para
evitar a hipocalcemia e os seus sintomas.
A primeira dica é reduzir o fornecimento de cálcio para os animais antes do parto.
A segunda, é trabalhar com dietas aniônicas no pré-parto. Vale ressaltar, mais uma vez, que
estas ações devem ser feitas sempre com a orientação de um profissional capacitado.
CETOSE:
A cetose bovina é uma doença metabólica que acomete principalmente vacas de alta produção
no período de transição predominantemente nas três semanas após o parto.
É neste período que as vacas se encontram em balanço energético negativo (BEN), situação
onde a demanda energética é superior a capacidade de ingestão de alimentos pelo animal.
Dessa maneira, vacas saudáveis vão utilizar suas reservas corporais para suprir esse déficit de
energia. Porém há um limite para a mobilização e utilização dos ácidos graxos pelo fígado.
Após esse limite o fígado não consegue converter esses ácidos graxos em energia e glicose,
parte é acumulada em suas células em forma de triglicerídeos e o restante convertidos em
corpos cetónicos.
Ocorre um grande aumento de ácidos graxos livres (AGL) no plasma sanguíneo devido a grande
mobilização de gordura corporal da vaca com baixos níveis de glicose no sangue e déficit
energético.
Com a grande mobilização de reservas corporais, o animal tem uma perda excessiva de peso e
redução do consumo de alimentos, influenciando diretamente na reprodução e produção de
leite.

Classificação da cetose bovina


Cetose Primária
A cetose primária ocorre devido ao BEN, ingestão de alimentos cetogênicos, principalmente
silagens ricas em ácido butírico, dietas mal balanceadas, com excesso de oleaginosas, baixos
teores de fibra e elevados níveis de extrato etéreo não tendo interferência de outras
enfermidades.
Cetose Secundária
A cetose secundária ocorre em consequência de outra doença como mastites, hipocalcemia,
deslocamento de abomaso, retenção de placenta e outros distúrbios no período de transição.

Nesses estados fisiológicos, se deprime mais ainda o consumo de alimentos, resultando em


alterações no metabolismo de carboidratos.
Com base também na apresentação de sinais clínicos e níveis de corpos cetônicos presente no
sangue, leite e saliva, podemos classificá-la em cetose clínica e subclínica.

É aconselhado o monitoramento da BHBA (beta- hidroxibutirato Mililitros/ litro de sangue) no


terceiro, sétimo e décimo segundo dia após o parto, coletando uma amostra de sangue da ponta
do rabo ou pela veia caudal, utilizando medidores e fitas próprias para este fim.
Os resultados podem ser interpretados conforme a tabela abaixo:
Tabela 1: Interpretação de resultados teste de BHBA sanguínea em vacas no pós-parto
Para animais com cetose leve ou moderada é indicado o fornecimento de Propileno Glicol 300ml
via oral durante três dias consecutivos, já animais com quadro de cetose severa, realizar o
tratamento com 500ml durante 5 dias e repetir o teste para acompanhar a quadro da cetose.

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