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Leishmaniose

Leishmaniose é uma doença causada por um protozoário e é uma antropozoonose.


Isso quer dizer que esta doença é própria de animais, mas pode ser transmitida de
maneira acidental para seres humanos.

No caso da leishmaniose, o protozoário parasita é transmitido entre animais (cães,


roedores) através da picada de certos tipos de mosquito. Quando o mosquito infectado
pica um ser humano, a doença é transmitida para o homem.

A doença pode se manifestar de 3 maneiras diferentes e ser causada por até 30 tipos
de protozoários do gênero leishmania.

Existem 3 tipos diferentes de leishmaniose. São eles:

• Leishmaniose cutânea
Este tipo da doença afeta a pele. Ela forma feridas e úlceras na pele, e é a versão mais
comum da leishmaniose, sendo causada por quase 20 dos protozoários do gênero
Leishmania. As feridas podem ser grandes e doloridas.

• Leishmaniose mucocutânea
Parecida com a versão cutânea, a leishmaniose mucocutânea afeta com úlceras, além
da pele, as mucosas e cartilagem. A boca e o nariz são afetados e esse tipo da doença
pode causar sérias deformações faciais, podendo praticamente devorar os lábios,
orelhas ou nariz por inteiro.

• Leishmaniose visceral
A versão visceral da leishmaniose também é conhecida como calazar. Está versão é a
mais rara, mas a mais perigosa das três. Ela causa úlceras nos órgãos internos do
paciente. O baço, o fígado e a medula óssea são afetados e, se não tratada, esta
condição leva a morte.

Como funciona - Os promastigotas sobrevivem ao processo de fagocitose vacúolo


parasitoforo), transformam-se em amastigotas, reproduzem-se por divisão binária,
rompem o macrófago e procuram outras células de defesa para parasitarem.
Ao sobreviver à fagocitose, o parasita contamina o macrófago e usa sua energia para
se reproduzir, finalmente matando a célula e liberando mais parasitas que irão
contaminar outras células.

Grupos e fatores de risco


Alguns grupos são mais propensos a desenvolver versões sérias da doença. São eles:

• HIV Positivo
• Desnutrição

• Comprometimento do sistema imunológico

• Regiões desmatadas

• Florestas

• Regiões pobres

• Sintomas

✓ Os sintomas da leishmaniose variam de acordo com o tipo da doença.

Leishmaniose cutânea
A versão cutânea da doença apresenta apenas úlceras na pele. Se o sistema
imunológico consegue eliminar as células fagocitárias infectadas, estes sintomas
podem ser leves ou nem aparecer. Entretanto, caso não a doença consiga passar para
a próxima fase, as úlceras podem ficar grandes no processo.

Leishmaniose mucocutânea
Quando a leishmaniose torna-se mucocutânea, ela é capaz de afetar o nariz, a boca e
as demais mucosas. Os sintomas da versão cutânea tornam-se muito mais graves.

Deformação facial
O rosto pode ficar deformado devido a destruição de tecido cartilaginoso. O nariz inteiro
pode ser consumido por úlceras, assim como lábios, orelhas e pedaços do rosto.

Leishmaniose visceral
Nesta versão da doença, os órgãos internos são afetados. Ela é transmitida apenas
pela Leishmania donovani, a Leishmania infantum e a Leishmania chagasi, três versões
do parasita a causar leishmaniose.

A versão da doença também é chamada de calazar e diversos sintomas podem surgir.


Estes sintomas costumam se manifestar em torno de 4 a 8 meses depois da infecção,
mas podem levar até 2 anos para sua aparição. Nos casos em que o paciente é
imunocomprometido, alguns dias podem bastar.

Os sintomas são:
• Descamação de pele

• Calombos no couro cabeludo

• Febre

• Esplenomegalia (Aumento do baço)

• Hepatomegalia (Aumento do fígado)

• Redução da imunidade

• Fraqueza

• Diarreia

• Sangramento na boca e intestinos

• Caquexia

• Palidez

Cães
Apesar de a doença poder ser curada em humanos, infelizmente não existe
cura garantida da leishmaniose para cães. O tratamento mais frequente da doença faz
com que ela fique dormente, mas nem sempre curada, e o cão segue como
reservatório para o parasita.

É frequente que seja realizada a eutanásia em cães infectados, já que eles se tornam
hospedeiros da doença e ajudam a espalhar o parasita. Entretanto, não se deve
esquecer que eles são as vítimas aqui, já que o vetor da leishmaniose é o mosquito.

Como é feito o diagnóstico?

Leishmanioses cutâneas
As leishmanioses cutâneas são mais fáceis de serem diagnosticadas. As úlceras são
bem visíveis e é possível coletar o material diretamente delas, através de uma
raspagem, que então pode ser analisado no microscópio para a identificação do
parasita.

Leishmaniose visceral
Quando se lida com o calazar, o diagnóstico pode ser mais difícil. Muitos de seus
sintomas são parecidos com outras doenças, portanto a suspeita pode demorar a
surgir.

Para estes exames podem ser usados materiais extraídos da medula óssea, do baço
ou o soro sanguíneo, dependendo do exame.
O soro sanguíneo é extraído do sangue por centrifugação. Ele é a parte do sangue sem
os glóbulos vermelhos. É nele que encontramos os anticorpos criados pelo sistema
imunológico.

• Reação de imunofluorescência indireta

• Ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA)

• Hemograma
✓ O hemograma não é usado para o diagnóstico direto da doença, mas para
descobrir sua gravidade através da contagem de glóbulos brancos e plaquetas.

• Reação de Montenegro

❖ Na maioria dos casos, a leishmaniose humana tem cura. Nem


sempre, entretanto, é possível se livrar completamente da doença
e ela pode apenas ficar inativa.

Inseto - transmite a doença através da saliva, que contem neuropeptídios


vasodilatadores e ação inflamatória (recruta células fagocitárias)

(Quando os promastigotas metaciclicos vão para faringe do inseto, perdem a


capacidade de adesão ao epitélio, e são resistentes a lise pelo complemento HV)
Subgêneros America

• Vianna (complexo L. braziliensis)

• Leishmania (L. mexicana)

Tagumentar:

L. (v). braziliensis

L. (L) mexicana

L. (L) amazonense

Visceral:

L. chagasi

L. donovani

Profilaxia

• Diagnóstico precoce

• tratamento dos doentes

• eliminação dos criadouros,

• combate ao mosquito-palha com inseticidas

• controle biológico,

• portas e janelas com proteção de telas

• Criar casas a 500m da mata

❖ Leishmaniose cutânea (úlcera de Bauru): lesões na boca e no


nariz, possíveis de estender-se à faringe, deixam o local seriamente
mutilado e dificultam respiração e fala.
❖ Leishmaniose visceral: febre contínua, lesões nas vísceras, anemia,
aumento de fígado e baço.

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