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LEISHMANIOSE

Continuação das parasitoses

Enfermagem em Doenças Infecciosas e Parasitárias


Grupo PF: Amanda Cristina Oliveira da Silva, Elisa Oliveira de Almeida, Mariana Álvares de
Azevedo Vellasques, Natália Viana Marcondes da Silva, Paula dos Santos Silva, Priscila
Monteiro dos Santos, Rebeca Barros Holanda Cavalcanti e Yasmin Barbosa de Carvalho
Rocha
ASPECTOS GERAIS
Doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita.
Família Trypanosomatidae
Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de
defesa do indivíduo, chamadas macrófagos.
Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral
ou calazar.
Majoritariamente tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como
certas regiões do Brasil.
Eurixeno e heteroxeno. Infecção passiva cutânea ou passiva oral (inseto). Forma infectante é
vomitada pelo curicídio. Habita céls do sistema fagocítico mononuclear (macrófagos).
Amastigota: no vertebrado (infecta o inseto) prómastigota: no inseto (infecta o vertebrado)
EPIDEMIOLOGIA
A leishmaniose tegumentar:

É considerada pela OMS, como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, pelo
seu alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades.
No Brasil, a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) apresenta ampla distribuição com
registro de casos em todas as regiões brasileiras.
Acometendo principalmente os adultos jovens, na faixa etária de 20 a 49 anos (54,9%), do
sexo masculino (75,2%). Do total de casos notificados em 2019, em 5,3% foi detectada a
presença da forma mucosa, em 81,8% o caso foi confirmado por algum tipo de diagnóstico
laboratorial e em 0,9% houve registro da coinfecção com HiV.
Em 2019, do total de pacientes notificados, 67,1% evoluíram para cura clínica, enquanto
1,9% abandonaram o tratamento. Foram registrados, ainda, 19 óbitos por LT e 60 óbitos
por outras causas.
EPIDEMIOLOGIA
A leishmaniose visceral:

Em 2019 foram confirmados 2.529 casos novos no brasil, com uma taxa de incidência
de 1,2 casos a cada 100 mil habitantes.
Acomete principalmente adultos jovens, na faixa etária de 20 a 49 anos (36,7% em
2019), do sexo masculino (65,4% em 20119) e menores de cinco anos também
apresentam elevado registro de casos (26,8% em 2019).
A taxa de letalidade por leishmaniose visceral em 2019 foi de 9%, sendo a mais elevada
dos últimos 10 anos.
O registro da coinfecção Leishmania/HiV vem aumentando ao longo dos anos em todo o
país, chegando a 11,1% do total de casos confirmados em 2019.
SINTOMATOLOGIA
Diversidade de espécies de Leishmania +
capacidade de resposta imunitária de
cada indivíduo à infecção = várias formas
clínicas das leishmanioses.

Exemplos:
Leishmaniose tegumentar;
Leishmaniose mucosa;
Leishmaniose visceral.

Doenças causadas por bactérias ou


manifestações hemorrágicas são as
causas mais frequentes de morte nos
casos de leishmaniose visceral.
SINTOMATOLOGIA
Diversidade de espécies de Leishmania +
capacidade de resposta imunitária de
cada indivíduo à infecção = várias formas
clínicas das leishmanioses.

Exemplos:
Leishmaniose tegumentar;
Leishmaniose mucosa;
Leishmaniose visceral.

Doenças causadas por bactérias ou


manifestações hemorrágicas são as
causas mais frequentes de morte nos
casos de leishmaniose visceral.
MODOS DE TRANSMISSÃO
Seringas e
Vetorial Transfusional
agulhas

Principal meio de transmissão, Em casos raros, é transmitida


Em casos raros, a infecção
por meio da picada de fêmeas pelo compartilhamento de
é transmitida por
de flebotomíneos do gênero seringas e agulhas previamente
transfusões de sangue.
Lutzomyia sp (mosquito utilizada por uma pessoa
palha/birigui) infectadas. infectada.
MODOS DE TRANSMISSÃO
Vertical Sexual Acidentes

Raramente acontece, mas é possível em Raramente ocorre, mas


Raramente ocorre de uma
indivíduos que mantenham relações quando ocorre geralmente
mãe infectada transmitir
sexuais nas quais ocorram eventual se dá por acidentes como
para o filho antes ou no
exposição ao sangue (coito anal, pouca por picadas de agulha em
momento do nascimento.
lubrificação vaginal, etc). laboratório.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Variável. No homem varia de 10 dias a 24 meses,
com média entre 2 a 6 meses. E no cão, varia de 3
meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo
na pele ou no sangue periférico do hospedeiro.
Métodos imunológicos - resposta
de células do sistema imunológico e

DIAGNÓSTICO
a presença de anticorpos (teste
cutâneo de Montenegro e testes
sorológicos)

O diagnóstico da leishmaniose
Amostra do parasito por exame
visceral é realizado através de
direto ou por cultivo de material
títulos de anticorpos.
(raspado das lesões, aspiração ou
biópsia).
O diagnóstico da leishmaniose
Métodos moleculares (PCR) - cutânea e da mucosa ocorre por
presença de ácidos nucleicos do testes cutâneos.
parasito.
INDICAÇÃO PARA HOSPITALIZAÇÃO
Em casos de Leishmaniose Visceral Grave
deverão ser hospitalizados os pacientes que
se encontrarem em situações de alerta ou
gravidade como os pacientes que
apresentarem alterações significativas nos
exames laboratoriais.
FATORES DE
RISCO/AGRAVANTES
Transmissão do Patógeno Via vetorial
Carência das redes de infraestrutura de saneamento básico.
O desmatamento de áreas periféricas para a expansão da cidade;
Condições sanitárias desfavoráveis para a instalação da população;
Baixos índices de qualidade de vida;
Crescimento desordenado da cidade para locais com infraestrutura e
condições socioeconômicas deficitárias;
Alteração do ambiente original;
Alterações climáticas globais Proliferação e manutenção do
vetor;
FATORES DE RISCO/AGRAVANTES
Periferias onde o adensamento populacional humano e canino é alto;
O processo da verticalização das cidades constante;
Estado imunológico da população alterado por estresse, desnutrição,
drogas, enfermidades transmissíveis, entre elas, o HIV;
Os lugares de risco da transmissão: os bairros de periferia, desprovidos de
rede de esgoto, com expressivo desmatamento, e com presença de
animais silvestres como gambás, raposas e tatus que propiciam a
procriação e a manutenção de flebotomíneos, favorecendo a adaptação
destes vetores ao peridomicílio.
PATOGENIA Promastigotas

inoculação das formas promastigotas do parasito


são ativados eosinófilos, neutrófilos e o sistema
complemento
Os parasitos que escaparam da lise, são
fagocitados
transformam em amastigotas dentro dos
vacúolos parasitóforos
Amastigotas
o parasito utiliza dos receptores CR3 e CR1, com
o objetivo de inibir a ativação do sistema de
oxigênio do macrófago e sobrevivendo à
fagocitose.
A imunidade celular - célula de Langerhans (CL)
PATOGENIA
A leishmania possui cinco formas: Leishmaniose
cutânea, cutânea difusa, mucocutânea, visceral
e cutânea pós-calazar (LCPC)
leishmaniose cutânea - produção de lesões na
pele e bem demarcadas no local da picada
A leishmaniose cutânea difusa - lesões cutânea
nodulares semelhantes à hanseníase
lepromatosa.
Leishmaniose mucocutânea - lesão cutânea
primária que cicatriza espontaneamente - as
lesões da mucosa são progressivas
PATOGENIA

leishmaniose visceral - se desenvolvem de maneira gradual, de semanas a meses


após a inoculação do parasito, mas ainda assim podendo ser aguda - febre
irregular, hepatoesplenomegalia, pancitopenia e hipergamaglobulinemia
policlonal.
A leishmaniose cutânea pós-calazar (LCPC) pode acontecer depois do tratamento
da leishmaniose visceral. É caracterizada por lesões cutâneas achatadas ou
nodulares que contêm muitos parasitas.
TRATAMENTO O tratamento de leishmaniose visceral
poderá ser realizado no âmbito
ambulatorial, porém quando o escore clínico
for maior ou igual a 4 ou o escore clínico-
Para a leishmaniose cutânea, é preciso laboratorial maior ou igual a 6 (GR-D), o
realizar um acompanhamento e uma boa tratamento deve ser realizado no ambiente
higiene para evitar o surgimento de hospitalar.
úlceras e infecções, cuidando das feridas Exames laboratoriais devem ser feitos
para evitar contaminações secundárias. durante o tratamento para acompanhar a
evolução e identificar possível toxicidade
Nesse caso de leishmaniose tegumentar,
medicamentosa.
na maioria dos casos não é necessário
uso de medicamentos, porém pode ser
indicado o uso de anfotericina B.
O antimonial pentavalente tem a
TRATAMENTO vantagem de poder ser
administrado no nível ambulatorial,
o que diminui os riscos relacionados
Os medicamentos utilizados no à hospitalização.
Já a anfotericina B é a única opção
tratamento da leishmaniose
no tratamento de gestantes e de
visceral são o antimoniato pacientes que tenham contra
pentavalente e a anfotericina B. indicações ou que manifestem
A escolha de cada um deles toxicidade ou refratariedade
relacionada ao uso dos antimoniais
deverá considerar a faixa etária,
pentavalentes (GR-B).
presença de gravidez e presença
de comorbidades.
TRATAMENTO
Contraindicações
a) Antimonato de meglumina b) Anfotericina B desoxicolato
- insuficiência renal; - insuficiência renal;
- insuficiência hepática; - hipersensibilidade aos componentes da formulação.
- insuficiência cardíaca;
c) Anfotericina B lipossomal
- gravidez;
- hipersensibilidade aos componentes da formulação.
- idade maior de 50 anos;
*É recomendada em pacientes com insuficiência renal
- hipersensibilidade aos
(GR-A). Embora não existam evidências para escolha do
componentes da formulação.
tratamento em pacientes com mais de 50 anos de idade,
transplantados renais, cardíacos e hepáticos, é sugerido
que tais pacientes sejam tratados com a anfotericina B
lipossomal.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
- O profissional enfermeiro e sua equipe técnica devem
estar atentos às complicações comuns desta doença.
- Relatar caso haja complicações para que a equipe
multidisciplinar possa intervir com medidas que reduzam
essas complicações.

- As aplicações dos antie devem ser feitas em locais onde a massa muscular seja mais
abundante.
- Via endovenosa nos pacientes desnutridos, com pouca massa muscular, e naqueles
com trombocitopenia.
- Estratégias de educação em saúde, alertando acerca da formas de transmissão, como
a transmissão sexual e por compartilhamento de agulhas e seringas.

MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
CONTROLE DA LEISHMANIOSE
Não há vacina contra as leishmanioses
humanas.
As medidas mais utilizadas para a
prevenção e o combate da doença se
baseiam no controle de vetores e dos
reservatórios, proteção individual,
diagnóstico precoce e tratamento dos
doentes, manejo ambiental e educação
em saúde.
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
CONTROLE DA LEISHMANIOSE

Voltadas para o ser humano:


Uso de mosquiteiro
Repelente
Evitar a construção de casas próximo a mata
Evitar banhos de rio localizado próximo a mata
Realizar a poda de árvores
Evitar a exposição em horários do entardecer e noite
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
CONTROLE DA LEISHMANIOSE

Voltadas para o vetor:


Saneamento ambiental
Medidas simples como limpeza urbana,
Eliminação dos resíduos sólidos orgânicos e
destino adequado dos mesmos, eliminação de
fonte de umidade,
Não permanência de animais domésticos
dentro de casa
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
CONTROLE DA LEISHMANIOSE

Dirigida aos animais:


Controle da população de cães
Em casos de doanção de animais de locais com
casos realizar a sorologia
Usar telas em canis
Estudos recentes demonstram a eficácia na
utilização de coleiras impregnadas com
deltametrina 4%
DOENÇA DE
CHAGAS
Continuação das parasitoses

Enfermagem em Doenças Infecciosas e Parasitárias


Grupo PF: Amanda Cristina Oliveira da Silva, Elisa Oliveira de Almeida, Mariana Álvares
de Azevedo Vellasques, Natália Viana Marcondes da Silva, Paula dos santos Silva,
Priscila Monteiro dos Santos, Rebeca Barros Holanda Cavalcanti e Yasmin Barbosa de
Carvalho Rocha
ASPECTOS GERAIS
É uma doença transmissível causada por um parasito e transmitida principalmente através do
inseto “barbeiro”
O agente causador é um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. Trypanosoma cruzi é
uma espécie de protozoário flagelado da família Trypanosomatidae
Trypanosoma cruzi desenvolveu mecanismos adaptativos que permitem que o parasita
sobreviva às diversas mudanças físico-químicas na passagem de um hospesdeiro para outro
Os hospedeiros invertebrados são insetos da subfamília Triatominae, distribuída por todo o
continente americano.
cinco espécies são consideradas as mais notórias na transmissão da doença de Chagas, pela
capacidade de colonizar e adaptar-se às habitações humanas, são elas: Triatoma
infestans, Triatoma brasiliensis, Triatoma dimidiata, Panstrongylus megistus e Rhodnius
prolixus.
EPIDEMIOLOGIA

A OMS estima em aproximadamente 6 a 7 milhões o número de pessoas infectadas


em todo o mundo, a maioria na América Latina.
A espécie mais importante na transmissão no Brasil, o Triatoma infestans, encontra-
se sob controle após certificação recebida em todo o território nacional em junho de
2006.
Em 2020, 146 casos de DCA foram confirmados no Brasil, com uma letalidade de 2%
(3/146), sendo que todos os óbitos ocorreram no estado do Pará.
EPIDEMIOLOGIA
Casos de doença de Chagas aguda, por faixa etária e sexo. Brasil, 2020.
EPIDEMIOLOGIA
Distribuição de casos de doença de Chagas aguda, segundo provável forma de
transmissão. Brasil, 2020.
EPIDEMIOLOGIA
Subnotificação da suspeição e da confirmação de casos de doença de Chagas aguda.
Brasil, 2019-2020

Redução de 47% na notificação de casos suspeitos de fase aguda e 63% de casos


confirmados por DCA em 2020 em relação a 2019.

SINTOMATOLOGIA
Pode-se viver chagásico e
assintomático por anos sem saber.

É considerado caso suspeito de Doença


de Chagas: o viajante que tenha
ingerido alimento suspeito
contaminado por T. cruzi ou visitado
área com presença de triatomíneos e
que apresente sinais de porta de
entrada acompanhadas de febre
prolongada superior a 7 dias e que
apresente pelo menos mais um sinal,
como: edema, exantema, taquicardia...
SINTOMATOLOGIA
Pode-se viver chagásico e
assintomático por anos sem saber.

É considerado caso suspeito de Doença


de Chagas: o viajante que tenha
ingerido alimento suspeito
contaminado por T. cruzi ou visitado
área com presença de triatomíneos e
que apresente sinais de porta de
entrada acompanhadas de febre
prolongada superior a 7 dias e que
apresente pelo menos mais um sinal,
como: edema, exantema, taquicardia...
MODOS DE TRANSMISSÃO
Vetorial Vertical Via oral

É o que tem maior importância Principalmente pela via transplacentária Quando há ingestão de
epidemiológica. O homem pode ser em qualquer fase da doença, da alimentos e leite materno
contaminado pelo barbeiro se estiver gestação, parto e também pelo leite contaminados acidentalmente
presente em uma área endêmica, seja materno e na amamentação em casos de com o parasito (triatomíneo ou
como turistas ou como residentes. sangramento por fissura mamária. fezes).
MODOS DE TRANSMISSÃO
Vetorial Vertical Via oral

É o que tem maior importância Principalmente pela via transplacentária Quando há ingestão de
epidemiológica. O homem pode ser em qualquer fase da doença, da alimentos e leite materno
contaminado pelo barbeiro se estiver gestação, parto e também pelo leite contaminados acidentalmente
presente em uma área endêmica, seja materno e na amamentação em casos de com o parasito (triatomíneo ou
como turistas ou como residentes. sangramento por fissura mamária. fezes).
MODOS DE TRANSMISSÃO
Transplante
Transfusional Sexual Acidentes
de órgãos

Constitui o segundo mecanismo Transmissão a partir do Possível em indivíduos na Por sangue de animais,
de importância epidemiológica na doador chagásico ou pode fase aguda que mantenham pessoas infectadas, meios
transmissão da doença de Chagas. ocorrer a reativação da relações sexuais que ocorram de cultura, ingestão
Pode ocorrer por doadores de parasitemia se o receptor eventual exposição ao acidental do triatomíneo ou
sangue infectados. está previamente infectado. sangue. pelo próprio vetor.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO

Quadro 1. Confecção própria. Fonte: Ministério da Saúde, 2010.


PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
O paciente chagásico pode albergar o T. cruzi no sangue e/ou tecidos
por toda a vida, sendo assim reservatório para os vetores com os quais
tiver contato. No entanto, os principais reservatórios são os outros
mamíferos.
FATORES DE RISCO/AGRAVANTES
Até meados da década de 1970 Influência de variáveis ambientais, socioeconômicas e culturais;
Pobreza Consumo de alimentos contaminados (açaí);
Más condições de moradia da população Invasão humana de habitats silvestres que aumenta os riscos
em áreas endêmicas. associados à proximidade de vetores e reservatórios silvestres;
Contaminação nos bancos de sangue (3% a 53%);
Baixa ação residual dos inseticidas + degradação do ambiente natural
Décadas de 70 e 80
próximo às cidades pode facilitar a invasão e colonização do vetor no
O crescente êxodo rural
ambiente domiciliar;
infecção urbana
Área de alto risco de transmissão da doença de Chagas: casas

construídas próximas à mata remanescente, atividades desenvolvidas

pela própria população, a criação de animais no peridomicílio e
extração armazenamento inadequado de madeiras.
Fase Crônica
São realizados os testes sorológicos
que busca a detecção de imuno‐­

DIAGNÓSTICO globulinas
parasita
específicas
através de
contra
métodos
o

parasitológicos indiretos.
Fase Aguda Xenodiagnóstico
Métodos parasitológicos diretos - Hemocultura
visualização de tripo­mas­tigotas Exames sorológicos
sanguíneos diretamente no exame de Detecção de anticorpos anti-T.
sangue do paciente. cruzi da classe IgM
Pesquisa a fresco de Imunofluorescência Indireta
tripanossomatídeos Hemaglutinação
ELISA
Métodos de concentração
Reação em Cadeia da Polimerase
Lâmina corada de gota espessa ou
ou PCR
esfregaço
INDICAÇÃO PARA HOSPITALIZAÇÃO
Aos pacientes diagnosticados com Doença
de Chagas que apresentarem sintomas de alto
risco como de arritmia com síncope e
insuficiência cardíaca de classe funcional III/IV
NYAH deve ser encaminhado para o serviço
de emergência.
PATOGENIA
A fase aguda é caracterizada pela presença do T. cruzi em
forma de tripomastigota no exame direto do sangue.
o parasito se espalha por todo o organismo do hospedeiro
multiplicação em macrófagos ou outras células do baço,
fígado, linfonodos, tecido conjuntivo intersticial, miocárdica ou
músculos esqueléticos.
Nos tecidos, o parasito se multiplica formando pseudocistos
que se rompem levando a reação inflamatória e necrose
Os antígenos liberados pelo parasito ligam-se à superfície das
células vizinhas, que se tornam alvos de resposta imune
celular e humoral.
teoria da autoimunidade
PATOGENIA
A fase aguda é caracterizada pela presença do T. cruzi em
forma de tripomastigota no exame direto do sangue.
o parasito se espalha por todo o organismo do hospedeiro
multiplicação em macrófagos ou outras células do baço,
fígado, linfonodos, tecido conjuntivo intersticial, miocárdica ou
músculos esqueléticos.
Nos tecidos, o parasito se multiplica formando pseudocistos
que se rompem levando a reação inflamatória e necrose
Os antígenos liberados pelo parasito ligam-se à superfície das
células vizinhas, que se tornam alvos de resposta imune
celular e humoral.
teoria da autoimunidade
PATOGENIA
Após uns dois meses do início da fase aguda, o T cruzi não fica mais evidente na
corrente sanguínea
O período de latência pode chegar de 10 a 15 anos - forma indeterminada da
doença
o paciente pode evoluir para três tipos de doença: a) forma cardíaca, com
miocardite crônica, insuficiência cardíaca e eventualmente morte súbita, por arritmia
cardíaca; b) forma digestiva, com megaesôfago e megacólon (aumento exagerado do
esôfago ou cólon por contração dos esfíncteres correspondentes); c) forma mista
com cardiopatia e "megas" simultaneamente. Cerca de 50% dos casos, dependendo
da área endêmica, permanecem na forma indeterminada, sem manifestações
cardíacas ou digestivas.
PATOGENIA
A miocardite aguda da infecção chagásica é caracterizada pela:
- presença de intenso parasitismo,
- destruição das células musculares cardíacas parasitadas e
- presença de infiltrado inflamatório mononuclear, sendo atribuída
diretamente ao parasito e à resposta imune humoral e/ou celular dirigida aos
seus antígenos.
Por outro lado, a miocardite crônica da infecção chagásica é distingui-se
por apresentar infiltrado inflamatório polifocal com células
mononucleares, destruição de fibras miocárdicas no foco inflamatório,
áreas de fibrose e raro encontro de parasitos, não havendo correlação
entre parasitismo e reação inflamatória. (LANNES-VIEIRA, 2017)
PATOGENIA
Megaesôfago, megacólon e cardiopatia são causas de morbidade e mortalidade na
fase crônica da doença de Chagas. Pacientes portadores da forma digestiva
apresentam uma série de sintomas relacionados à obstrução do órgão. Tanto no
megaesôfago quanto no megacólon, os órgãos exibem grande aumento do lúmen
e hipertrofia da camada muscular. Segundo Koberle, para o desenvolvimento do
megaesôfago é necessária a redução de cerca de 85% no número de neurônios
no órgão, enquanto a doença no cólon está associada a uma perda neuronal de
no mínimo 50%. (LANNES-VIEIRA, 2017)
TRATAMENTO

- Para o tratamento etiológico da doença de Chagas em qualquer fase, os


medicamentos principais são benznidazol e nifurtimox.
Ambos são efetivos em reduzir a duração e a gravidade clínica da doença.
- Os principais benefícios esperados do tratamento são a redução da parasitemia e da
reativação da doença, melhora dos sintomas clínicos, aumento da expectativa de vida,
redução de complicações clínicas.
- Por se tratar de uma doença relacionada à elevada vulnerabilidade social, a
adequada abordagem da doença pode reduzir as inequidades em saúde para
indivíduos, suas famílias e comunidades, superando o caráter de doença negligenciada
TRATAMENTO

Fase Aguda Fase Crônica


- Deve ser imediato. - Deve ser realizado de acordo
- O benznidazol é a primeira com o perfil do paciente e a forma
opção. da doença.
- Nifurtimox utilizado nos casos - Notificação compulsória de
em que o benznidazol não for casos crônicos deve ser realizada.
adequadamente tolerado.

Fase Crônica
- Em crianças e adolescentes na fase crônica indeterminada, o tratamento é indicado visto
que a taxa de negativação sorológica é relativamente alta e os antiparasitários geralmente
são bem tolerados.
- Para adultos na fase crônica indeterminada, o benefício do tratamento antiparasitário é
incerto, a incidência de eventos adversos é em torno de 50%, com impacto funcional e na
qualidade de vida.
- Em adultos menores de 50 anos, as vantagens do tratamento parecem superar as
desvantagens, e a evidência de prevenção de doença cardíaca é maior, por isso, o
tratamento deve ser considerado.
- Em pessoas com doença de Chagas acima de 50 anos, o benefício tem maior grau de
incerteza, não sendo sugerido como tratamento de rotina.
- Em mulheres em idade fértil com a doença na fase crônica, o tratamento antiparasitário
pode trazer benefício adicional, devido à potencial diminuição no risco de transmissão
congênita.
É importante orientar essas mulheres a fazerem uso de métodos anticoncepcionais
durante o período de tratamento com antiparasitários.
TRATAMENTO
A decisão deve ser compartilhada, ou seja, a pessoa afetada deve
fazer parte do processo de tomada de decisão, sabendo dos
potenciais benefícios e riscos, assim como as incertezas a respeito
da efetividade do tratamento em alguns casos.

Cuidados de enfermagem
- Notificação
- Educação em saúde quanto à transmissibilidade
- Estimular a participação do paciente nas tomadas de decisão
A melhor forma de prevenção
contra a doença de chagas é
criar barreias que evite o contato
do inseto além de evitar que ele
crie colônias.
PREVENÇÃO

PREVENÇÃO
E CONTROLE
Uso de inseticidas
Cuida com a limpeza da casa
Usar equipamentos que
evitem a entrada de mosquito
como telas e mosquiteiro
Proteção individual com
repelentes e roupas
compridas afim de evitar a
exposição da pele
PREVENÇÃO

Data, nome do
responsável pela
coleta, local de
captura e
endereço.
Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção,

A fonte de iluminação deve ser mantida com


distancia dos equipamentos de alimentação

Realizar ações de capacitação para manipuladores


de alimentos

Cozimento de alimentos acima de 45°C a


pasteurização e a liofilização
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. 8. ed.
Brasília, Distrito Federal, 2010.
NETTO, Ugulino Arlindo. Leishmaniose: parasitologia. MedResumos, 2016. Disponível em:
www.medresumos.com.br. Acesso em: 10 Set. 2021.

Obrigado pela
NETTO, Ugulino Arlindo. Doença de Chagas: parasitologia. MedResumos, 2016. Disponível
em: www.medresumos.com.br. Acesso em: 10 Set. 2021.
PASSOS, Rômulo; FREITAS, Stephanie; JORDAN, Caíque; PIMENTA, Claúdia. Tratado de

participação!
Enfermagem para Concursos e Residências: volume II. 1. ed. João Pessoa, Paraíba: Editora
Brasileira & Passos, 2021. 352 p.
BRASIL. Ministério da saúde. Boletim Especial de Chagas. 2021.
https://www.gov.br/saude/pt-
br/media/pdf/2021/abril/14/boletim_especial_chagas_14abr21_b.pdf
BRASIL. Ministério da saúde. Boletim Especial Doenças Negligenciadas. 2020.
https://www.gov.br/saude/pt-
br/media/pdf/2021/marco/3/boletim_especial_doencas_negligenciadas.pdf
TELES, Ana. Fatores de risco associados à ocorrência da Leishmaniose Visceral na área
urbana do município de Campo Grande/MS. Revista Brasileira de Geografia Médica e da
Saúde, 11 (21): 35 - 48, Dez/2015. Disponível
<http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/29627>. Acesso em: 14 Set, 2021.
em:
FIM!
TELES, A. P. S.; MIRAGLIA HERRERA, H.; MARTINS AYRES, F.; MAKSOUD BRAZUNA, J.
C.; GOMES PINTO DE ABREU, U. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DA
LEISHMANIOSE VISCERAL NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS.
Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 11, n. 21, p. 35 - 48, 28 dez.
2015.
REFERÊNCIAS
SILVEIRA, Fernando T. et al . Revisão sobre a Patogenia da Leishmaniose Tegumentar
Americana na Amazônia, com ênfase à doença causada por Leishmania (V.) braziliensis e
Leishmania (L.) amazonensis. Rev. Para. Med., Belém , v. 22, n. 1, p. 9-20, mar. 2008 .
Disponível em <http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-

Obrigado pela
59072008000100002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 13 set. 2021.
PEARSON, Richard. Leishmaniose. MANUAL MSD Versão para Profissionais de Saúde,
2019. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-

participação!
infecciosas/protozo%C3%A1rios-extraintestinais/leishmaniose#v1016358_pt. Acesso em:
13 set. 2021
ALVES, Daniela Ferreira et al. Métodos de diagnóstico para a doença de Chagas: uma
atualização. Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 50, n. 4, p. 330-333, 2018. Disponível
em <http://www.rbac.org.br/artigos/metodos-de-diagnostico-para-a-doenca-de-chagas-
uma-atualizacao/>. Acesso em 13 Set. 2021.
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Leishmaniose visceral grave: normas e condutas. Brasília: Ministério da
Saúde; 2006. Disponível em
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/manual_lv_grave_nc.pdf> Acesso em: 13
Set. 2021
Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância FIM!
Epidemiológica. Atlas de Leishmaniose Tegumentar Americana: diagnósticos clínicos e
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LANNES-VIEIRA, Joseli. Leishmaniose: Patogenia. Portal da Doença de Chagas. Fiocruz, 2
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