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É considerada pela OMS, como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, pelo
seu alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades.
No Brasil, a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) apresenta ampla distribuição com
registro de casos em todas as regiões brasileiras.
Acometendo principalmente os adultos jovens, na faixa etária de 20 a 49 anos (54,9%), do
sexo masculino (75,2%). Do total de casos notificados em 2019, em 5,3% foi detectada a
presença da forma mucosa, em 81,8% o caso foi confirmado por algum tipo de diagnóstico
laboratorial e em 0,9% houve registro da coinfecção com HiV.
Em 2019, do total de pacientes notificados, 67,1% evoluíram para cura clínica, enquanto
1,9% abandonaram o tratamento. Foram registrados, ainda, 19 óbitos por LT e 60 óbitos
por outras causas.
EPIDEMIOLOGIA
A leishmaniose visceral:
Em 2019 foram confirmados 2.529 casos novos no brasil, com uma taxa de incidência
de 1,2 casos a cada 100 mil habitantes.
Acomete principalmente adultos jovens, na faixa etária de 20 a 49 anos (36,7% em
2019), do sexo masculino (65,4% em 20119) e menores de cinco anos também
apresentam elevado registro de casos (26,8% em 2019).
A taxa de letalidade por leishmaniose visceral em 2019 foi de 9%, sendo a mais elevada
dos últimos 10 anos.
O registro da coinfecção Leishmania/HiV vem aumentando ao longo dos anos em todo o
país, chegando a 11,1% do total de casos confirmados em 2019.
SINTOMATOLOGIA
Diversidade de espécies de Leishmania +
capacidade de resposta imunitária de
cada indivíduo à infecção = várias formas
clínicas das leishmanioses.
Exemplos:
Leishmaniose tegumentar;
Leishmaniose mucosa;
Leishmaniose visceral.
Exemplos:
Leishmaniose tegumentar;
Leishmaniose mucosa;
Leishmaniose visceral.
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
A transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo
na pele ou no sangue periférico do hospedeiro.
Métodos imunológicos - resposta
de células do sistema imunológico e
DIAGNÓSTICO
a presença de anticorpos (teste
cutâneo de Montenegro e testes
sorológicos)
O diagnóstico da leishmaniose
Amostra do parasito por exame
visceral é realizado através de
direto ou por cultivo de material
títulos de anticorpos.
(raspado das lesões, aspiração ou
biópsia).
O diagnóstico da leishmaniose
Métodos moleculares (PCR) - cutânea e da mucosa ocorre por
presença de ácidos nucleicos do testes cutâneos.
parasito.
INDICAÇÃO PARA HOSPITALIZAÇÃO
Em casos de Leishmaniose Visceral Grave
deverão ser hospitalizados os pacientes que
se encontrarem em situações de alerta ou
gravidade como os pacientes que
apresentarem alterações significativas nos
exames laboratoriais.
FATORES DE
RISCO/AGRAVANTES
Transmissão do Patógeno Via vetorial
Carência das redes de infraestrutura de saneamento básico.
O desmatamento de áreas periféricas para a expansão da cidade;
Condições sanitárias desfavoráveis para a instalação da população;
Baixos índices de qualidade de vida;
Crescimento desordenado da cidade para locais com infraestrutura e
condições socioeconômicas deficitárias;
Alteração do ambiente original;
Alterações climáticas globais Proliferação e manutenção do
vetor;
FATORES DE RISCO/AGRAVANTES
Periferias onde o adensamento populacional humano e canino é alto;
O processo da verticalização das cidades constante;
Estado imunológico da população alterado por estresse, desnutrição,
drogas, enfermidades transmissíveis, entre elas, o HIV;
Os lugares de risco da transmissão: os bairros de periferia, desprovidos de
rede de esgoto, com expressivo desmatamento, e com presença de
animais silvestres como gambás, raposas e tatus que propiciam a
procriação e a manutenção de flebotomíneos, favorecendo a adaptação
destes vetores ao peridomicílio.
PATOGENIA Promastigotas
- As aplicações dos antie devem ser feitas em locais onde a massa muscular seja mais
abundante.
- Via endovenosa nos pacientes desnutridos, com pouca massa muscular, e naqueles
com trombocitopenia.
- Estratégias de educação em saúde, alertando acerca da formas de transmissão, como
a transmissão sexual e por compartilhamento de agulhas e seringas.
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
CONTROLE DA LEISHMANIOSE
Não há vacina contra as leishmanioses
humanas.
As medidas mais utilizadas para a
prevenção e o combate da doença se
baseiam no controle de vetores e dos
reservatórios, proteção individual,
diagnóstico precoce e tratamento dos
doentes, manejo ambiental e educação
em saúde.
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
CONTROLE DA LEISHMANIOSE
SINTOMATOLOGIA
Pode-se viver chagásico e
assintomático por anos sem saber.
É o que tem maior importância Principalmente pela via transplacentária Quando há ingestão de
epidemiológica. O homem pode ser em qualquer fase da doença, da alimentos e leite materno
contaminado pelo barbeiro se estiver gestação, parto e também pelo leite contaminados acidentalmente
presente em uma área endêmica, seja materno e na amamentação em casos de com o parasito (triatomíneo ou
como turistas ou como residentes. sangramento por fissura mamária. fezes).
MODOS DE TRANSMISSÃO
Vetorial Vertical Via oral
É o que tem maior importância Principalmente pela via transplacentária Quando há ingestão de
epidemiológica. O homem pode ser em qualquer fase da doença, da alimentos e leite materno
contaminado pelo barbeiro se estiver gestação, parto e também pelo leite contaminados acidentalmente
presente em uma área endêmica, seja materno e na amamentação em casos de com o parasito (triatomíneo ou
como turistas ou como residentes. sangramento por fissura mamária. fezes).
MODOS DE TRANSMISSÃO
Transplante
Transfusional Sexual Acidentes
de órgãos
Constitui o segundo mecanismo Transmissão a partir do Possível em indivíduos na Por sangue de animais,
de importância epidemiológica na doador chagásico ou pode fase aguda que mantenham pessoas infectadas, meios
transmissão da doença de Chagas. ocorrer a reativação da relações sexuais que ocorram de cultura, ingestão
Pode ocorrer por doadores de parasitemia se o receptor eventual exposição ao acidental do triatomíneo ou
sangue infectados. está previamente infectado. sangue. pelo próprio vetor.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
DIAGNÓSTICO globulinas
parasita
específicas
através de
contra
métodos
o
parasitológicos indiretos.
Fase Aguda Xenodiagnóstico
Métodos parasitológicos diretos - Hemocultura
visualização de tripomastigotas Exames sorológicos
sanguíneos diretamente no exame de Detecção de anticorpos anti-T.
sangue do paciente. cruzi da classe IgM
Pesquisa a fresco de Imunofluorescência Indireta
tripanossomatídeos Hemaglutinação
ELISA
Métodos de concentração
Reação em Cadeia da Polimerase
Lâmina corada de gota espessa ou
ou PCR
esfregaço
INDICAÇÃO PARA HOSPITALIZAÇÃO
Aos pacientes diagnosticados com Doença
de Chagas que apresentarem sintomas de alto
risco como de arritmia com síncope e
insuficiência cardíaca de classe funcional III/IV
NYAH deve ser encaminhado para o serviço
de emergência.
PATOGENIA
A fase aguda é caracterizada pela presença do T. cruzi em
forma de tripomastigota no exame direto do sangue.
o parasito se espalha por todo o organismo do hospedeiro
multiplicação em macrófagos ou outras células do baço,
fígado, linfonodos, tecido conjuntivo intersticial, miocárdica ou
músculos esqueléticos.
Nos tecidos, o parasito se multiplica formando pseudocistos
que se rompem levando a reação inflamatória e necrose
Os antígenos liberados pelo parasito ligam-se à superfície das
células vizinhas, que se tornam alvos de resposta imune
celular e humoral.
teoria da autoimunidade
PATOGENIA
A fase aguda é caracterizada pela presença do T. cruzi em
forma de tripomastigota no exame direto do sangue.
o parasito se espalha por todo o organismo do hospedeiro
multiplicação em macrófagos ou outras células do baço,
fígado, linfonodos, tecido conjuntivo intersticial, miocárdica ou
músculos esqueléticos.
Nos tecidos, o parasito se multiplica formando pseudocistos
que se rompem levando a reação inflamatória e necrose
Os antígenos liberados pelo parasito ligam-se à superfície das
células vizinhas, que se tornam alvos de resposta imune
celular e humoral.
teoria da autoimunidade
PATOGENIA
Após uns dois meses do início da fase aguda, o T cruzi não fica mais evidente na
corrente sanguínea
O período de latência pode chegar de 10 a 15 anos - forma indeterminada da
doença
o paciente pode evoluir para três tipos de doença: a) forma cardíaca, com
miocardite crônica, insuficiência cardíaca e eventualmente morte súbita, por arritmia
cardíaca; b) forma digestiva, com megaesôfago e megacólon (aumento exagerado do
esôfago ou cólon por contração dos esfíncteres correspondentes); c) forma mista
com cardiopatia e "megas" simultaneamente. Cerca de 50% dos casos, dependendo
da área endêmica, permanecem na forma indeterminada, sem manifestações
cardíacas ou digestivas.
PATOGENIA
A miocardite aguda da infecção chagásica é caracterizada pela:
- presença de intenso parasitismo,
- destruição das células musculares cardíacas parasitadas e
- presença de infiltrado inflamatório mononuclear, sendo atribuída
diretamente ao parasito e à resposta imune humoral e/ou celular dirigida aos
seus antígenos.
Por outro lado, a miocardite crônica da infecção chagásica é distingui-se
por apresentar infiltrado inflamatório polifocal com células
mononucleares, destruição de fibras miocárdicas no foco inflamatório,
áreas de fibrose e raro encontro de parasitos, não havendo correlação
entre parasitismo e reação inflamatória. (LANNES-VIEIRA, 2017)
PATOGENIA
Megaesôfago, megacólon e cardiopatia são causas de morbidade e mortalidade na
fase crônica da doença de Chagas. Pacientes portadores da forma digestiva
apresentam uma série de sintomas relacionados à obstrução do órgão. Tanto no
megaesôfago quanto no megacólon, os órgãos exibem grande aumento do lúmen
e hipertrofia da camada muscular. Segundo Koberle, para o desenvolvimento do
megaesôfago é necessária a redução de cerca de 85% no número de neurônios
no órgão, enquanto a doença no cólon está associada a uma perda neuronal de
no mínimo 50%. (LANNES-VIEIRA, 2017)
TRATAMENTO
Fase Crônica
- Em crianças e adolescentes na fase crônica indeterminada, o tratamento é indicado visto
que a taxa de negativação sorológica é relativamente alta e os antiparasitários geralmente
são bem tolerados.
- Para adultos na fase crônica indeterminada, o benefício do tratamento antiparasitário é
incerto, a incidência de eventos adversos é em torno de 50%, com impacto funcional e na
qualidade de vida.
- Em adultos menores de 50 anos, as vantagens do tratamento parecem superar as
desvantagens, e a evidência de prevenção de doença cardíaca é maior, por isso, o
tratamento deve ser considerado.
- Em pessoas com doença de Chagas acima de 50 anos, o benefício tem maior grau de
incerteza, não sendo sugerido como tratamento de rotina.
- Em mulheres em idade fértil com a doença na fase crônica, o tratamento antiparasitário
pode trazer benefício adicional, devido à potencial diminuição no risco de transmissão
congênita.
É importante orientar essas mulheres a fazerem uso de métodos anticoncepcionais
durante o período de tratamento com antiparasitários.
TRATAMENTO
A decisão deve ser compartilhada, ou seja, a pessoa afetada deve
fazer parte do processo de tomada de decisão, sabendo dos
potenciais benefícios e riscos, assim como as incertezas a respeito
da efetividade do tratamento em alguns casos.
Cuidados de enfermagem
- Notificação
- Educação em saúde quanto à transmissibilidade
- Estimular a participação do paciente nas tomadas de decisão
A melhor forma de prevenção
contra a doença de chagas é
criar barreias que evite o contato
do inseto além de evitar que ele
crie colônias.
PREVENÇÃO
PREVENÇÃO
E CONTROLE
Uso de inseticidas
Cuida com a limpeza da casa
Usar equipamentos que
evitem a entrada de mosquito
como telas e mosquiteiro
Proteção individual com
repelentes e roupas
compridas afim de evitar a
exposição da pele
PREVENÇÃO
Data, nome do
responsável pela
coleta, local de
captura e
endereço.
Intensificar ações de vigilância sanitária e inspeção,
Obrigado pela
NETTO, Ugulino Arlindo. Doença de Chagas: parasitologia. MedResumos, 2016. Disponível
em: www.medresumos.com.br. Acesso em: 10 Set. 2021.
PASSOS, Rômulo; FREITAS, Stephanie; JORDAN, Caíque; PIMENTA, Claúdia. Tratado de
participação!
Enfermagem para Concursos e Residências: volume II. 1. ed. João Pessoa, Paraíba: Editora
Brasileira & Passos, 2021. 352 p.
BRASIL. Ministério da saúde. Boletim Especial de Chagas. 2021.
https://www.gov.br/saude/pt-
br/media/pdf/2021/abril/14/boletim_especial_chagas_14abr21_b.pdf
BRASIL. Ministério da saúde. Boletim Especial Doenças Negligenciadas. 2020.
https://www.gov.br/saude/pt-
br/media/pdf/2021/marco/3/boletim_especial_doencas_negligenciadas.pdf
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urbana do município de Campo Grande/MS. Revista Brasileira de Geografia Médica e da
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<http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/29627>. Acesso em: 14 Set, 2021.
em:
FIM!
TELES, A. P. S.; MIRAGLIA HERRERA, H.; MARTINS AYRES, F.; MAKSOUD BRAZUNA, J.
C.; GOMES PINTO DE ABREU, U. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DA
LEISHMANIOSE VISCERAL NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE/MS.
Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 11, n. 21, p. 35 - 48, 28 dez.
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