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PAPEL DO FARMACEUTICO NA

ONCOLOGIA – cenário atual e


perspectivas futuras

CAMILA SCACCO PEREIRA


MESTRE EM CIENCIAS FISIOLÓGICAS –UNESP
E S P E C I A L I S TA E M FA R M Á C I A C L I N I C A E H O S P I TA L A R - H U - U E L
E S P E C I A L I S TA E M FA R M Á C I A C L Í N I C A E H O S P I TA L A R O N C O L Ó G I C A - U N Y L E YA
FA R M A C E U T I C A C L Í N I C A - P R O O N C O
MINHA TRAJETÓRIA ATÉ CHEGAR
NA ONCOLOGIA …..
OBJETIVOS
• Compreender o cenário do cancer no Brasil.
•Compreender os principais tipos de tratamento.
•Conhecer os papéis do farmaceutico na oncologia atualmente
•Compreender a importancia do farmaceutico oncológico
•Conhecer perspectivas futuras da profissao dentro da Oncologia
 O primeiro registro conhecido de um tumor é de 2600 anos antes
de Cristo, em um papiro egípcio do século 7.

 Do grego Karkinos ou “caranguejo”, a palavra somente seria


utilizada depois que o médico Hipócrates, por volta de 400 a.C.,
achou semelhanças entre um tumor e os vasos sanguíneos a seu
redor e um caranguejo com as patas espalhadas na areia.

 Onkos, do grego, era o termo que denominava uma massa, um


fardo: o câncer era imaginado como um peso carregado pelo
corpo.

 Atossa, rainha da Pérsia, em 500 a.C. enfaixava a mama doente


para ocultá-la. Um dia, não suportando mais o desconforto, pediu
a um escravo que extirpasse seu seio com uma faca

 Até o século XVI acreditavam que essa doença se tratava de um


desequilíbrio dos fluídos corporais ou ainda um desequilíbrio do
sistema linfático do corpo humano
 No início do século 20, a descoberta do rádio por Pierre e Marie
Curie, em 1902, levou à morte da cientista por câncer. Mais tarde, a
radioterapia seria amplamente usada em todos os tumores
neoplásicos.

 Nos anos 1950, descobriu-se que uma propriedade do gás


mostarda (usado durante a guerra) provocava a redução da divisão
de algumas células de rápida reprodução. Surgia a quimioterapia.

 Centros especializados foram criados em países pelo mundo.


o German Central Committe for Câncer Research na Alemanha (1900),
e o Instituto Radium de Paris (1919). e no Brasil surgiu o INCA
(Instituto Nacional doCâncer) no ano de 1948.

 Atualmente: as terapias genéticas, que envolvem as células-tronco


e as nanotecnologias, estarão no topo dos tratamentos contra a
doença.
EPIDEMIOLOGIA DO CANCER
EPIDEMIOLOGIA DO CANCER
Representa o maior problema clínico, social e econômico em termos
de anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs) específicos por
causa entre todas as doenças humanas.
O risco geral de 0-74 anos de desenvolver câncer é de 20,2% (22,4%
nos homens e 18,2% nas mulheres, respectivamente) (WHO, 2016).
Segunda causa mundial de morte (8,97 milhões de mortes) depois
da doença isquêmica do coração,
 Provavelmente se tornará a primeira em 2060 (~ 18,63 milhões de
mortes).
EPIDEMIOLOGIA DO CANCER

FONTE: https://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/projections/en/ (acessado em 7 de Abril


de 2022)
EPIDEMIOLOGIA DO CANCER
 A incidência estimada conforme a localização primária do tumor no sexo masculino: próstata
65.840 (29,2%), seguido de cólon e reto, 20.540 (9,1%) e Traquéia/Brônquio/Pulmão de
17.760 (7,9%)
 A incidência estimada conforme a localização primária do tumor no sexo feminino: mama
66.280 (29,7%), seguido de cólon e reto, 20.470 (9,2%) e colo de útero de 16.710 (7,5%).
 Em relação a mortalidade conforme a localização primária do tumor e sexo masculino:
Traquéia/Brônquio/Pulmão de 16.733 (13,8%), próstata 15.983 (13,1%) e cólon e reto, 10.191
(8,4%) .
 Em relação a mortalidade conforme a localização primária do tumor e sexo feminino : mama
18.068 (16,4%), Traquéia/Brônquio/Pulmão de 12.621 (11,4%) e cólon e reto, 10.385 (9,4%) .
INCA. Estatísticas de câncer. Modificado em: 10/06/2021. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer. Acesso em: 07/04/2022
CANCER

https://www.helioangotti.com.br/paciente/sobre-o-cancer/. Acesso em 07/04/2022


TUMOR BENIGNO: permanece confinado à sua localização
original, não invadindo o tecido normal circundante nem se
espalhando para locais distantes do corpo (FALANGA, 2019),
geralmente podem ser removidos cirurgicamente.
DISTINGUI-SE
EM: TUMOR MALIGNO: se espalham ou invadem os tecidos circundantes
e podem se disseminar para locais distantes do corpo (metástase)
(KLEIN, 2020). Resistentes ao tratamento localizado.

http://
noticiasenegocios.com.br/2018/06/nivel-de-melatonina-pode-indicar-grau-d
METÁSTASE
TIPOS DE TRATAMENTO
EXISTENTES
QUIMIOTERAPIA
RADIOTERAPIA
CIRURGIA
HORMONIOTERAPIA
IMUNOTERAPIA
TERAPIA ALVO
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA
FATORES DE RISCO
MODIFICÁVEIS
NAO MODIFICÁVEIS

https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/o-que-causa-câncer. Acesso em 08/04/2022


FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS
TABACO: principal causa dos cânceres no pulmão, na laringe, na cavidade oral e no esôfago. Tem ainda
um papel importante nos cânceres de bexiga, da leucemia mieloide, do pâncreas, do colo do útero entre
outros.
ALIMENTAÇAO INADEQUADA: aumento do risco dos cânceres de mama, do cólon, da próstata e do
esôfago.
INATIVIDADE FÍSICA: A prática regular de uma atividade física diminuirá os riscos de câncer de cólon e
reto, câncer de mama (pós-menopausa) e o de endométrio.
OBESIDADE:É considerada um fator de risco para os cânceres do endométrio, renal, da vesícula biliar e
o mamário.
CONSUMO EXCESSIVO DE BEBIDAS ALCOOLICA: poderá causar cânceres de boca, da faringe, da laringe,
do esôfago, do fígado, de mama e de cólon e reto
FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS
Agentes infecciosos: taxa de 18% dos cânceres registrados no mundo. ( HPV, o vírus da hepatite B e a
bactéria Helicobacter Pylori)
Radiação ultravioleta/ionizante
Exposições ocupacionais contato com substâncias como o asbesto, o arsênio, o benzeno, a sílica, as
radiações, os agrotóxicos, poeira das madeiras e dos couros e ainda a fumaça do tabaco, todas
carcinogênicas (Cancer de pulm/ao)
Poluição ambiental :cerca de 1% até 4% dos cânceres nos países desenvolvidos.
Nível socioeconômico
IDADE
FATORES DE
RISCO NAO
MODIFICÁVEI ETNIA OU RAÇA
S
HEREDITARIEDADE

GENERO
FARMACEUTICO NA ONCOLOGIA
O Conselho Federal de Farmácia criou em 1996 a resolução 288
que diz: “É atribuição privativa do farmacêutico a competência
para o exercício da atividade de manipulação de drogas
antineoplásicas e similares nos estabelecimentos de saúde”.
FARMACEUTI
CO A ANVISA confirmou essa resolução em 2004 ao criar a Equipe
ONCOLÓGICO Multiprofissional da Terapia Antineoplásica- EMTA,
estabelecendo assim que qualquer serviço de oncologia, como a
Avanços da profissão farmacêutica no quimioterapia, deve obrigatoriamente dispor de médico
âmbito oncológico
oncologista ou hematologista, um enfermeiro e um
farmacêutico(Sobrafo, 2019).

Em 2001 foi criada a Sociedade Brasileira de farmacêuticos em


Oncologia - SOBRAFO, a qual fomenta o fortalecimento da classe,
dando suporte técnico e científico para os profissionais da área
(SOBRAFO, 2019).
RDC n°640 de 2017
Avanços da profissão farmacêutica no âmbito oncológico

que dá nova redação ao artigo 1º da Resolução/CFF nº 623/16, estabelecendo titulação mínima para a atuação do
farmacêutico em oncologia, a mesma relata:
"Art. 1º - É atribuição privativa do farmacêutico o preparo dos antineoplásicos e demais medicamentos que possam causar
risco ocupacional ao manipulador (teratogenicidade, carcinogenicidade e/ou mutagenicidade) nos estabelecimentos de saúde
públicos ou privados.
§ 1º - Para o exercício de atividades de preparo dos antineoplásicos e demais medicamentos na oncologia, deverá o
farmacêutico atender a pelo menos um dos seguintes critérios, validado pelo Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição:
a) ser portador de título de especialista emitido pela Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (Sobrafo);
b) ter feito residência na área de Oncologia;
c) ser egresso de programa de pós-graduação lato sensu reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) relacionado à
farmácia oncológica;
d) ter atuado por 3 (três) anos ou mais na área de oncologia, o que deve ser comprovado por meio de Carteira de trabalho e
Previdência Social (CTPS) ou de contrato e declaração do serviço, com a devida descrição das atividades realizadas e do
período de atuação.
§ 2º - Aos farmacêuticos que atuam e aos que estão interessados em atuar nesta área dar-se-á o prazo de 36 (trinta e
seis) meses para adequação de currículo e titulação, no que se refere ao parágrafo anterior."
FARMACEUTICO ONCOLÓGICO
CICLO DE ASSISTENCIA FARMACEUTICA-PADRONIZAÇAO,SELECAO, AQUISICAO, ARMAZENAMENTO, DISPENSACAO DAS
MEDICACOES

MANIPULAÇAO DE QUIMIOTERAPICOS

FARMÁCIA CLÍNICA

ATENCAO FARMACEUTICA

PESQUISA CLÍNICA
PADRONIZAÇAO,SELECAO, AQUISICAO E
ARMAZENAMENTO DAS MEDICACOES

PADRONIZACAO

DISTRIBUICAO SELECAO

ARMAZENAMENTO AQUISICAO
MANIPULACAO DE
QUIMIOTERÁPICOS

Segundo Nomura (2017), a quantidade de drogas antineoplásicas aumenta a cada dia.

A manipulação é feita exclusivamente pelo profissional farmacêutico, dentro da


cabine de segurança biológica, seguindo as recomendações específicas de cada
fabricante

Para a garantia da esterilidade do produto, proteção do ambiente e do manipulador,


adota-se algumas medidas como a higienização dos medicamentos e materiais
envolvidos no preparo e a utilização de vestuário específico pelo manipulador, com
seus devidos equipamentos de proteção individual.

o ambiente tem temperatura e pressão controlados, com circulação restrita de pessoas.


MANIPULACAO DE
QUIMIOTERÁPICOS

Segundo Nomura (2017), a quantidade de


drogas antineoplásicas aumenta a cada dia.

A manipulação é feita exclusivamente pelo profissional


farmacêutico, dentro da cabine de segurança biológica,
seguindo as recomendações específicas de cada
fabricante
Para a garantia da esterilidade do produto, proteção do
ambiente e do manipulador, adota-se algumas medidas
como a higienização dos medicamentos e materiais
envolvidos no preparo e a utilização de vestuário
específico pelo manipulador, com seus devidos
equipamentos de proteção individual.

o ambiente tem temperatura e pressão


controlados, com circulação restrita de pessoas.
DISPENSACAO DE
QUIMIOTERÁPICOS
deve assegurar-se o adequado preenchimento do rótulo de cada medicamentos manipulada
verificando a exatidão das informações contidas na prescrição médica, a saber: nome completo
do paciente, número do leito e registro hospitalar, identificação do médico prescritor e do
farmacêutico responsável pela manipulação, volume total e dose de cada componente
adicionado, data e hora da manipulação
recomendações de uso e relativas à validade
condições de armazenamento, transporte e administração.
FARMÁCIA CLÍNICA ONCOLÓGICA

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