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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO – UNIBRA CURSO

DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

ANA CECÍLIA

ALEXANDRE DE LIMA

CAIO VINICIUS

GABRIEL FRANÇA

JÉSSICA VITORIA

LÍVIA BRITO

LEILA MENDONÇA

MAYARA PESSOA

THIAGO PAULINO

YASMIM GABRIELLE

A IMPORTÂNCIA DO DESCARTE DE
MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS

RECIFE/2023
FARMÁCIA - 3AMB

A IMPORTÂNCIA DO DESCARTE DE
MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS

Projeto apresentado ao Centro Universitário Brasileiro –


UNIBRA, como requisito para obtenção da nota do Projeto
Extensionista Interdisciplinar Farmácia

Professor fomentador: Andrezza Lins.

RECIFE/2023
RESUMO

As consequências das substâncias tóxicas dos medicamentos oncológicos no


meio ambiente vêm da falta de conhecimento e preparo da população, que acaba
descartando esse fármaco incorretamente. Este estudo tem como objetivo informar
as consequências dessa classe de medicamentos no solo e no meio aquático, e
conscientizar e informar a população dos meios corretos de descarte, além de uma
pesquisa sobre o nível de preparo e conhecimento da população. Neste artigo –
mudar para estudo também a o direcionamento quanto às diretrizes e leis que
devem ser seguidas para o descarte correto, e manuseamento adequado do
fármaco para que não haja acidentes. Alguns medicamentos, como o fluorouracil
tem toxicidade altíssima, influenciando na fauna marinha desequilibrando todo um
bioma marítimo, esses fatores influenciam também na saúde da população,
principalmente dos cidadãos mais carentes. Após a ação concluam este resumo

Palavras-chaves: Medicamentos; Oncológicos; Fármaco

Mudem as palavras chaves. Não é interessante ter os mesmos nomes do título nas
palavras chaves.

ABSTRACT
The consequences of toxic substances from oncology medications in the
environment result from the population's lack of knowledge and preparation, which
ends up disposing of this medication incorrectly. This study aims to inform the
consequences of this class of medicines on the soil and aquatic environment, and to
raise awareness and inform the population about the correct means of disposal, in
addition to research on the population's level of preparation and knowledge. This
article also provides guidance on the guidelines and laws that must be followed for
the correct disposal and proper handling of the medicine so that there are no
accidents. Some medications, such as fluorouracil, have extremely high toxicity,
influencing marine fauna, unbalancing an entire maritime biome. These factors also
influence the health of the population, especially the most careful citizens.

Keywords: Medicines; Oncology; Drug

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DELINEAMENTO METODOLÓGICO
2.1 Biofarmácia
2.2 Química Analítica
2.3 Parasitologia
2.4 Assistência e atenção farmacêutica
2.5 Farmacologia Geral
2.6 Farmacognosia
2.7 Práticas Laboratoriais
3. RESULTADOS
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
6. ANEXOS

1 INTRODUÇÃO

Os medicamentos oncológicos são fármacos que agem a partir de diferentes


mecanismos de ação, com objetivo de danificar ou mesmo destruir as células
cancerosas de alta replicação (KOSJEK; HEATH,2011).

O descarte de medicamentos deve ser feito em locais adequados, evitando os


riscos de contaminação do solo e da água, levando-se em consideração o
preconizado na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de
2018 - Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços
de Saúde e dá outras providências (BESSE et al, 2012).

No município de São Paulo- isso so acontece em sp? o descarte de


medicamentos pode ser realizado em farmácias e drogarias habilitadas espalhadas
pela cidade, além de poderem ser entregues em todas as Unidades Básicas de
Saúde - UBS (DORION et al, 2012).

Em farmácias e drogarias habilitadas, os medicamentos devem ser recebidos


e armazenados conforme diretrizes presentes no Decreto nº 10.388, de 5 de junho
de 2020 - Regulamenta o § 1º do caput do art. 33 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto
de 2010, e institui o sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares
vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e de suas
embalagens após o descarte pelos consumidores. As drogarias e farmácias serão
responsáveis pela guarda temporária dos produtos, até a coleta e o transporte pelos
distribuidores (GONZALEZ-BENITO et al, 2011).

Os distribuidores, por sua vez, farão a coleta dos medicamentos nas


farmácias e drogarias e realizarão a transferência dos produtos para os pontos de
armazenamento secundário. A destinação final dos materiais descartados ficará a
cargo dos fabricantes e importadores de medicamentos (CAÑÓN-DE-FRANCIA;
GARCÉS-AYERBE, 2009 ).

Este artigo- estudo tem como objetivo mostrar não só a importância, mas
como o uso racional do descarte de medicamentos, destacando especialmente o
oncológico. Após justificarmos o trabalho não acrescentamos mais referencias.
Devera ser a ultima linha O uso incorreto do descarte desses medicamentos pode
ocasionar contaminações tanto do solo como também problemas de saúde para
crianças e adultos além de afetar drasticamente o meio ambiente (Agra et al., 2007).

O tema foi escolhido pelo grupo a fim de sancionar os problemas advindos do


mal redirecionamento a esses descartes, bem como pontuar detalhadamente como
isso impacta diretamente na Farmácia, agregando também valores a Ciência
(Brandão et al., 2006);

Justificativa ou objetivo do trabalho

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO
Aqui acrescentaremos sobre a ação lembrando que é obrigatório todos
participarem e ter a fotos nos anexos.

Posteriormente incluiremos como foi a pesquisa bibbliografica

E acrescentaremos ao útimo as disciplinas

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Não irei corrigir as disciplinas dos outros professores.


2.1 Biofarmácia

Os medicamentos são considerados a forma mais comum de tratamento de


doenças pela sociedade, e é por isso que estão inseridos em todas as esferas no
quesito de atenção à saúde (Alonso, 1998).

Medicamentos oncológicos podem ser utlizados no tratamento de diversos


tipos de câncer, são fármacos e agem a partir de diferentes mecanismos de ação,
seu objetivo é danificar ou mesmo destruir as células cancerosas de alta replicação.
o objetivo destes medicamentos é bloquear esse crescimento. (vale destacar) que
nem todos os tumores podem ser controlados por drogas (Corrêa, 1926-1978).

Parte deles é aplicada diretamente na veia, mas também existem os que são
usados por via oral. Vamos conferir todas elas: via oral (pela boca); intravenosa
(pela veia); subcutânea (abaixo da pele); intramuscular (pelo músculo); intratecal
(pela espinha dorsal) (Alonso, 1998).

Dentre os medicamentos descartados, estão os utilizados para o tratamento


do câncer. Com isso o paciente oncológico conta com várias opções terapêuticas
para o tratamento da doença, já que nos últimos anos a oncologia tem sido muitos
avanços em relação aos medicamentos para tratar essas neoplasias a (PRAJOGO
et al, 2012).

São considerados como resíduos químicos e de acordo com ANVISA (2011),


os riscos e as possíveis consequências associadas ao descarte incorreto de
medicamentos sejam vencidos ou em desuso são a contaminação do solo, água e
dos alimentos; além de intoxicação de animais e pessoas, principalmente aquelas
mais expostas: (O'Brien et al., 2006).

Grupo B: apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente,


dependendo de suas características (inflabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade).

Os antineoplásicos são considerados resíduos perigosos devido a sua


toxicidade. Tipo 1: medicamentos, sobras, vencidos ou sem condições de uso. Tipo
2: recipientes vazios (embalagens primárias, a que entra em contato com o
medicamento). Após recolhimento deste resíduo, seu tratamento final é a
incineração – tipo 1 e aterros sanitários: com ou sem tratamento prévio – tipo 2
(obedecer a Resolução CONAMA no. 237/97). orientações: os resíduos devem ser
separados (Grupo B – tipo 1: sobras e tipo 2 – embalagem primária; embalagem
secundária + bulas – grupo D – reciclável)

Os medicamentos vencidos ou sobras de medicamentos devem permanecer


nas embalagens primárias originais, e serem descartadas em sacos plásticos (desde
que não sejam de vidro) ou em coletores estanque e rígido, no caso de apresentar
embalagens primárias de vidro (RIEGEL et al, 2012).

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO
2.2 - Química Analítica

A Figura 1 abaixo procede a um medicamento amplamente utilizado no


tratamento de câncer de próstata, a Apalutamide.

Figura 1

A Apalutamide é um medicamento antiandrogênico não esteróide usado no


tratamento do câncer de próstata. É especificamente indicado para uso em conjunto
com a castração no tratamento do câncer de próstata não metastático resistente à
castração. É tomado por via oral (Suttisri et al., 1994).

A quimioterapia utiliza medicamentos que matam as células tumorais com sua


toxicidade. Em princípio, o tratamento mata todas as células que se dividem rápido
e, como os tumores podem se dividir rapidamente, os quimioterápicos acabam
matando as células tumorais. No entanto, outras células também se dividem
rapidamente, como, por exemplo, cabelo, unhas, células da defesa do organismo e
mucosas, por isso os quimioterápicos são tóxicos para essas células (Pietta et al.,
1988).

Ao contrário da radioterapia, que tem ação restrita à região em que é


aplicada, e da cirurgia, que remove um tumor de uma parte do corpo onde a doença
foi encontrada, a quimioterapia atua de forma sistêmica, ou seja, alcança as células
cancerígenas em qualquer região do corpo (SAWADA et al, 2009).

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

2.3 - Parasitologia

Os medicamentos são considerados a forma mais comum de tratamento de


doenças pela sociedade. Além disso, o avanço da ciência na área da saúde e as
pesquisas de novos tratamentos trouxeram benefícios incontestáveis à população, o
que também proporcionou um aumento considerável na comercialização e no
consumo. Esse aumento na disponibilidade pode levar ao acúmulo desses
medicamentos nas residências, e consequentemente, no descarte inadequado.
(Speisky & Cassels, 1994).

Entre esses medicamentos, podemos citar as terapias para o tratamento do


câncer, que vem aumentando cada dia mais. Não só os de via parenteral, mas
também os que são usados por via oral. Estes últimos geram preocupação em
relação ao risco de armazenamento e intoxicação que podem causar ao paciente.
(O'Brien et al., 2006).

Outro fator importante consiste no perigo ambiental, pois o descarte incorreto


pode afetar a população humana e animal. O medicamento descartado de forma
indevida pode trazer muitos danos à população, riscos à saúde, impacto ecológico,
aumento de resistência a microrganismos, incluindo parasitas, e riscos à saúde
humana, animal e vegetal (Mendes et al., 2006).

Especificamente, em relação à contaminação do solo e dos vegetais, um dos


grandes problemas causados pelo descarte incorreto de tais medicamentos é a
indução de resistência parasitária nos animais que compõem a agropecuária. Isso
se deve ao fato de que muitos desses animais são tratados com antiparasitários,
entre outros anti-infecciosos, para evitar o surgimento de diversas doenças (Vogel et
al., 1999).

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

2.4 - Assistência e atenção farmacêutica

O farmacêutico tem um papel fundamental para a orientação do descarte


correto dos medicamentos, pois o mesmo tem ciência dos danos que esses
fármacos podem trazer ao meio no qual foi descartado, podendo contaminar o solo,
os lençóis freáticos, lagos, rios e represas, e atingir a flora, a fauna e as pessoas,
devido à proximidade do profissional com o público e pelos atos de atenção primário,
o farmacêutico tem por dever orientar não só a forma de administração dos
medicamentos como também seu descarte, estudos já comprovam que há
contaminação nas águas dos mares por alguns fármacos entre eles, estão
principalmente antidepressivos, hormônios, anti-hipertensivos, antiinflamatórios,
analgésicos, antibióticos e reguladores lipídicos que afeta todo um bioma (Barbosa V
2018).

É importante que os profissionais de saúde alertem os paciente para que


possam realizar o descarte de forma adequada Medicações não utilizadas não
devem ser descartadas no lixo comum, muito menos no ralo ou no vaso sanitário. O
descarte deve ser feito em pontos de coleta específicos, por exemplo, farmácias e
Unidades Básicas de Saúde. O Brasil tem uma lei sobre o descarte de
medicamentos vencidos por parte do consumidor. Porém, o projeto de lei PLS
148/2011 busca incluir os medicamentos na Política Nacional de Resíduos Sólidos
(Teresa Santos 2022).

O descarte de medicamentos deve ser tratado em diferentes etapas da


assistência farmacêutica pois está relacionado com perdas monetárias, além de
poder estar relacionados a danos ambientais e clínicos. (Waldelice Leite Oliveira
2016).

Dentre as classes de fármacos podemos ressaltar o descarte de


medicamentos para tratamento de neoplasias, pois são medicamentos que inibem
ou previnem o crescimento e disseminação de alguns tipos de células cancerosas.
São utilizados no tratamento de pacientes portadores de neoplasias malignas. São
produtos altamente tóxicos e que podem causar teratogênese, mutagênese e
carcinogênese com diferentes graus de risco (Fernanda O. Bidóia 2017).

Dentre os recursos no qual o profissional farmacêutico pode utilizar há a RDC


nº 44/2009 que dispõe das boas práticas farmacêuticas para o auxiliar na missão
para conscientizar a população sobre o descarte dos fármacos, outra lei que auxilia
o profissional e a Lei nº 12.305/2010 regulamentou a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, as diretrizes
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, as
responsabilidades dos geradores e do poder público, também há o decreto nº
10.388/20 no Art. 9º Os consumidores deverão efetuar o descarte dos
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e de suas embalagens de
acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional
do Meio Ambiente (Ricardo de A. Salles 2020).

A Logística Reversa é um conjunto de ações, procedimentos e meios


destinados a viabilizar o retorno dos medicamentos e de suas embalagens ao setor
empresarial para destinação final ambientalmente adequada. “No Brasil a maioria
das cidades dispõem seus resíduos sólidos em lixões, em vez de utilizar aterros
sanitários, incineração e coprocessamento, trazendo diversos riscos ao meio
ambiente e à saúde. Por isso, é fundamental que o farmacêutico esteja
comprometido e assuma seu papel visando gerenciar de modo mais adequado a
grande quantidade e diversidade de resíduos que são produzidos diariamente,
fazendo cumprir a legislação e a ética” (Dr. Marcelo Polacow, 2022).

Um meio bem prático para o descarte de medicamento de forma adequada


está em nossas mãos, já foram criados app’s para smartphones que sinalizam
pontos de coletas de resíduos, incluindo os fármacos, como é o passo do App
DescarteINFO, que mostra os pontos de coletas mais próximos da sua localização, o
MedSUS e outro App com objetivo de facilitar o acesso às informações sobre
medicamentos pelos profissionais de saúde e cidadãos, visando à promoção do uso
racional de medicamentos (LAYCE K. D. COSTA, 2020).

Ok. Esta coerente minha parte

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO - não é necessário escrever toda vez este


tópico

2.5 - Farmacologia Geral

Medicamentos oncológicos são medicamentos utilizados no tratamento do


câncer. Eles são projetados para combater as células cancerosas ou inibir seu
crescimento. Existem diferentes tipos de medicamentos oncológicos, incluindo
quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia e hormonioterapia, que podem ser usados
isoladamente ou em combinação, dependendo do tipo e estágio do câncer, bem
como das necessidades do paciente (Youn et al., 2002).

O objetivo principal desses medicamentos é reduzir, controlar ou eliminar o


câncer e melhorar a qualidade de vida do paciente. Eles são usados para combater
as células cancerosas e podem incluir diferentes tipos, como:

Quimioterapia: Envolve a administração de medicamentos que destroem ou


inibem o crescimento das células cancerosas. Pode ser administrada por via oral ou
intravenosa.

Terapia alvo: São medicamentos que miram especificamente em proteínas ou


moléculas envolvidas no crescimento das células cancerosas, reduzindo os danos
às células saudáveis.

Imunoterapia: Estimula o sistema imunológico do paciente a combater o


câncer, ajudando o corpo a reconhecer e destruir as células cancerosas.

Hormonoterapia: Usada principalmente no tratamento de cânceres sensíveis


a hormônios, como câncer de mama ou próstata, bloqueando a ação dos hormônios
que estimulam o crescimento tumoral.

Terapia com anticorpos monoclonais: São anticorpos produzidos em


laboratório para se ligar a alvos específicos nas células cancerosas, ajudando a
marcá-las para destruição pelo sistema imunológico.

A escolha do medicamento oncológico depende do tipo de câncer, estágio da


doença e das características individuais do paciente. Eles podem ser usados
isoladamente ou em combinação, como parte de um plano de tratamento
abrangente. O objetivo é controlar, reduzir ou eliminar o câncer e melhorar a
qualidade de vida do paciente. (Quezada et al., 2004).

O descarte inadequado de medicamentos oncológicos no meio ambiente


pode ter graves consequências. Esses medicamentos geralmente contêm
substâncias tóxicas que podem poluir o solo e a água, afetando a vida selvagem e
representando riscos à saúde humana. Além disso, a contaminação ambiental pode
contribuir para o desenvolvimento de resistência a medicamentos em
microrganismos, tornando tratamentos futuros menos eficazes. Portanto, o descarte
seguro e apropriado de medicamentos oncológicos é fundamental para proteger o
meio ambiente e a saúde pública. Isso deve ser feito seguindo as diretrizes locais de
descarte de resíduos perigosos ou por meio de programas de devolução de
medicamentos (Kringstein & Cederbaum, 1995).

O descarte adequado de medicamentos oncológicos é crucial para proteger o


meio ambiente por várias razões:

Toxicidade: Medicamentos oncológicos muitas vezes contêm substâncias


químicas altamente tóxicas e cancerígenas. Se esses produtos químicos forem
liberados no meio ambiente, podem contaminar o solo, a água e a vida selvagem.

Resistência a medicamentos: O descarte inadequado de medicamentos pode


contribuir para o desenvolvimento de resistência a medicamentos em
microrganismos, tornando tratamentos futuros menos eficazes.

Impacto na vida aquática: Substâncias farmacêuticas que entram nos


sistemas aquáticos podem afetar a vida marinha, alterando os ecossistemas e
prejudicando espécies aquáticas.

Acúmulo no solo: A deposição no solo de medicamentos não utilizados pode


resultar em contaminação a longo prazo, afetando a qualidade do solo e
prejudicando plantas e animais terrestres.

Riscos à saúde humana: A contaminação do meio ambiente pode


eventualmente levar à exposição humana a essas substâncias tóxicas,
representando riscos para a saúde pública.

Consciência ambiental: Promover o descarte seguro de medicamentos


oncológicos faz parte de uma abordagem geral de conscientização sobre resíduos
farmacêuticos, incentivando práticas responsáveis que respeitem o meio ambiente.
2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

2.6 - Farmacognosia

Fluorouracil, também conhecido pelo nome comercial Utoral, é um


medicamento de quimioterapia citotóxico usado para tratar o câncer. Esse tipo de
composto vem chamando atenção por conta das suas características toxicológicas,
mutagênicas e citostáticas, uma vez que atua diretamente no DNA, podendo causar
danos aos organismos aquáticos, bem como aos seres humanos (MOURA; SILVA,
2012).

A toxicidade do fluorouracil depende da dose e da via utilizada. Cerca de 10


% dos pacientes apresentam Dermatite, rash maculopapular, alopecia, náusea,
vômitos, anorexia, estomatite, esofagite, faringite, diarréia, granulocitopenia,
trombocitopenia, estomatite ulcerativa (BESSE, 2012).

Em um estudo foram realizadas coletas seriadas de amostras de água


residuária obtidas a partir do sistema de efluentes do HCB (A) e do sistema
municipal de esgoto da cidade de Barretos (B e C). Foram analisadas 10 amostras
obtidas a partir da água residuária efluente do hospital. Os resultados da
quantificação do fármaco 5-FU nos efluentes do Hospital de Câncer de Barretos
foram concentrações de 5-fluorouracil entre 8,6 e 124 µg/L nos efluentes
hospitalares após uma administração aos pacientes desse fármaco de 790 a 6093
mg durante o período de dois anos (HOSSAIN et al, 2011).

Mullot e cols (2010) também encontraram quantidades muito inferiores de 5-


fluorouracil nos efluentes de três hospitais na França. As concentrações do
quimioterápico analisadas variaram de 2,1 a 0,1 µg/L e apenas algumas amostras
continham o fármaco pesquisado. Contudo as quantidades de quimiterápico
administradas são muito inferiores as utilizadas no HCB, em média 80 mg/dia
(MUDULI; BARVE, 2012).

Em outro estudo foi determinado a biodegradabilidade e perfil ecotoxicologico


dos medicamentos Fluorouracil, Doxorrubicina e Etoposideo. Onde foi obtida a
tabela:

Medicamento Apresenta Biodegrad. Av. Risco Ambiental


5 – fluorouracil Sim Altamente tóxico para
organismos aquáticos
Doxorrubicina Não Tóxico para organismos
aquáticos
Etoposideo Não Prejudicial para
organismos aquáticos
Quadro 1

2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO

2.7 - Práticas Laboratoriais

Alguns medicamentos quimioterápicos fazem parte do grupo dos termolábeis.


Estes medicamentos oncológicos exigem rigoroso controle de temperatura em sua
conservação e manipulação para preservar a eficácia e a estabilidade físico-química.
A RDC 220/2004 aprova o Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de
Terapia Antineoplásica (STA), que fixa requisitos exigidos seu funcionamento. Em
relação à conservação de medicamentos utilizados em TA (Terapia Antineoplásica,
ou Quimioterapia), a RDC 220/2004 determina:

Anexo I, 6.5.1.
No caso de medicamentos que exijam condições especiais de temperatura,
deve existir registro e controle de temperatura que comprovem o atendimento as
exigências.
Anexo III, 6.1.
Toda TA deve ser conservada e transportada em temperatura que garanta
estabilidade físico-química.

A conservação deve ser feita em temperatura específica, com uma faixa


estreita de mínima e máxima, entre 2°C e 8°C. Se não armazenados corretamente,
termolábeis sofrem alterações e deteriorações que podem levar a um retrocesso nos
tratamentos oncológicos. A instabilidade por má conservação pode ainda desviar o
medicamento para um estado de toxicidade a (OLIVEIRA, 2011).

Todas as exigências de condições de temperatura e registros da RDC


220/2004 são atendidas com a adoção de câmaras de conservação inteligentes
Biotecno, empresa parceira do Sincofarma/SP cuja tecnologia de armazenamento
garante o armazenamento seguro e a integridade dos oncológicos termolábeis
(ZHANG et al, 2013).

Os riscos para o pessoal que manipula quimioterapia, resultam de uma


combinação da toxicidade inerente à essas drogas e do tempo de exposição direta
no trabalho. As principais formas de exposição são: Inalação de partículas de pó ou
gotículas da droga, absorção através da pele, e ingestão através do contato com
alimentos ou cigarros contaminados (PERSSON et al, 2009).

Em caso de emergência segue abaixo uma imagem ilustrativa do kit


derramamento:
Figura 1 é necessário referenciar a figura

Este kit deve conter no mínimo:

* 1 Avental impermeável, resistente e fechamento nas costas, mangas longas e


punho justos;

* 2 Pares de luvas de procedimento (conforme a ABNT - NBR 13.392 - luvas de


procedimentos não cirúrgicos) punho longo descartáveis e sem talco;

* 3 Respirador purificado de ar com camadas de carvão ativado;

*4 Par de óculos de proteção tipo ampla visão;

*5 Compressas absorvente, absorvedores ou barreiras para produtos químicos;

*6 Pá;

*7 Escova descartável;

*8 Pró-pé plástico impermeável e descartável;

9* Produto neutralizador, se for o caso.


3 RESULTADOS
Figura 2

Figura 3

Fonte: Nosso grupo


O grupo, antes de partir em sua ação social, exemplificou um questionário
que continha perguntas, se as pessoas possuíam e detinham conhecimento a
respeito do que se tratava um medicamento oncológico, o correto uso do descarte
do medicamento, se possuíam em casa e quais as possíveis causas que o remédio
em si poderia causar ao meio ambiente e nas próprias pessoas caso não fosse
administrado ou encaminhado de uma forma equivocada ou errada.

O questionário em questão continha perguntas a respeito do mal


direcionamento dos medicamentos oncológicos, e conforme as pessoas foram
respondendo, podemos obter um quadro que analisa melhor as informações, como é
exemplificado no Quadro 2:

Quadro 2

59,2% das pessoas têm conhecimento Num total de 98 pessoas que


dos malefícios que pode causar ao meio responderam ao questionário, 4%
ambiente, enquanto 40,8% não. alegaram ser o uso correto em pias,
vasos, esgoto ou vaso sanitário.
Num total de 52 pessoas entrevistadas 64% das pessoas eram jovens (18-30
na ação, 62% delas tinham anos). 20% tinham entre 31-50 anos.
conhecimento do que era um 16% tinham 51-60 anos.
medicamento oncológico, enquanto
38% não sabiam.
Autor: Nosso grupo

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sobre o trabalho decorrido da importância do descarte de medicamentos
oncológicos, evidencia-se no dia a dia de inúmeras pessoas. Na pesquisa
informativa de cunho científico, é caracterizado o conhecimento prévio a respeito do
descarte dos medicamentos. Na pesquisa e na ação social realizada, ficou evidente
que a maioria das pessoas não detinham de um conhecimento mínimo a respeito do
descarte incorreto desses medicamentos, que também infectava o meio ambiente e
as pessoas. Por tal, os resultados derivados dessa pesquisa foram postos em
gráficos, que respondem de forma mais orgânica e neutra sobre a quantidade de
pessoas que responderam, idade, conhecimento derivado do medicamento, lugar
correto do descarte, etc. Por fim, nota-se que os trechos desta pesquisa fomentam
um projeto desenvolvido pela UNIBRA.

5 REFERÊNCIAS
Avaliação da presença de antineoplásico em água residuária de um hospital
oncológico e do sistema de esgotamento sanitário municipal / Denise Aparecida
Zampieri. – Botucatu : [s.n], 2013.]

Barbosa V. Coquetel de antidepressivos na água ameaça vida marinha. Exame

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução


RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004. Dispõe sobre regulamento técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de
estabelecimentos assistenciais de saúde. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 22 set. 2004. Logística Reversa de Medicamentos. Acesso 07 de
setembro de 2023.

BRASIL, Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer/Inca. Coordenadoria de


Programas de Controle do Câncer/Pro Onco. Ações de Enfermagem Para o Controle
do Câncer. Vol. I. Ed. 1ª INCA/ProOnco, Rio de Janeiro, 1995.

COSTA, Layce. AVALIAÇÃO DOS RISCOS SANITÁRIOS E AMBIENTAIS


ASSOCIADOS AO USO DOMICILIAR E AO DESCARTE DE MEDICAMENTOS
ANTINEOPLÁSICOS. Fortaleza, 2020.

MULLOT, J.-U; KAROLAK,S.; FONTOVA, A; LEVI, Y.. Modeling of hospital waste


waterpollution by pharmaceuticals: first results of Mediflux study carried out in three
French hospitals. Water Science & Technology – WST 62, 12; 2010.

NOVA MEDICAMENTOS. Oncologia. Acesso em: 09 set. 2023, às 14:30.

NATCO FARMA. Medicamentos Oncológicos Acesso em: 09 set. 2023, às 14:30.

GRUPO ONCOCILÍNICAS. Infusões não oncológicas: Acesso em: 09 set. 2023, às


14:30.

INOVA FARMA. Lista de Medicamentos Oncológicos. Disponível em: Acesso em: 09


set. 2023, às 14:30.
6 ANEXOS

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