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Unidade III
7 ANTIBIÓTICOS (PARTE 2)
7.1 Antiparasitários
Os nematódeos são vermes redondos e alongados que possuem um sistema digestivo completo. Eles
causam infecções no intestino, bem como no sangue e no tecido.
• Mebendazol
— Efeitos adversos: incluem dores abdominais e diarreia. O mebendazol não pode ser
usado por gestantes.
• Pamoato de pirantel
• Ivermectina
— Mecanismo de ação: atua nos receptores de canais de cloro disparados por glutamato. O
influxo de cloreto aumenta e ocorre a hiperpolarização, resultando em paralisia e morte do
helminto.
• Praziquantel
• Albendazol
— Efeitos adversos: cefaleia, êmese, hipertermia e convulsão em decorrência dos parasitas que
morrem no SNC.
7.1.4 Antiprotozoários
• Antiprotozoários
— Indicação: os antiprotozoários são usados para tratar infecções protozoárias, que incluem
amibiase, giardíase, criptosporidiose, microsporidiose, malária, babesiose, tripanosomiases,
doença de chaga, leishmaniose e toxoplasmose. Atualmente, muitos dos tratamentos para
essas infecções são limitados pela sua toxicidade.
— Efeitos adversos: os principais efeitos relatados são náuseas, vômitos, azias e cólicas abdominais.
7.2 Antivirais
Os medicamentos antivirais são uma classe de medicação usada especificamente para o tratamento
de infecções virais em vez de bactérias. A maioria dos antivirais é usada para infecções virais específicas,
enquanto um antiviral de amplo espectro é eficaz contra uma ampla gama de vírus.
A maioria dos antivirais é considerada relativamente inofensiva para o hospedeiro e, portanto, pode
ser usada para tratar infecções. Eles devem ser distinguidos dos viricidas, que não são medicação, mas
desativam ou destroem partículas de vírus dentro ou fora do corpo. Os antivirais naturais são produzidos
por algumas plantas, como o eucalipto.
Os vírus não podem se reproduzir por conta própria e, em vez disso, se propagam subjugando uma
célula hospedeira para produzir cópias de si mesma, produzindo assim a próxima geração.
Os ciclos de vida virais variam em seus detalhes precisos dependendo do tipo de vírus, mas todos
compartilham um padrão geral:
7.2.1 Antirretrovirais
O principal retrovírus de interesse clínico é o HIV (vírus da imunodeficiência humana). A seguir estão
listados os principais fármacos utilizados no tratamento:
• Inibidores da protease viral: são fármacos pertencentes a esta família o ritonavir, o saquinavir,
o indinavir, o nelfinavir, entre outros.
— Mecanismo de ação: todos os fármacos deste grupo são inibidores reversíveis da aspartil
protease, que é a enzima viral responsável pela clivagem e montagem do capsídeo. A inibição
evita a maturação de partículas virais e resulta na produção de vírions não infecciosos.
— Efeitos adversos: causam parestesia, náusea, êmese e diarreia. Também ocorrem distúrbios no
metabolismo de glicose e lipídeos, incluindo diabetes, hipertrigliceridemia e hipercolesterolemia.
Promove acúmulo de gordura abdominal, no pescoço e aumento do tórax.
— Mecanismo de ação: para que o HIV entre na célula do hospedeiro, ele deve fundir sua
membrana com a da célula deste. Isso é possibilitado por mudanças na conformação da
glicoproteína viral transmembrana GP41 e ocorre quando o HIV se liga à superfície da célula do
hospedeiro. Portanto, estes fármacos impedem que a GP41 interaja com a célula hospedeira,
impedindo a infecção.
— Efeitos adversos: as reações principais ocorrem no local da injeção do fármaco e incluem dor,
eritema, endurecimento e nódulos.
Observação
7.2.2 Anti-herpéticos
O herpes simples é uma doença viral causada pelo vírus herpes simplex. As infecções são categorizadas
com base na parte do corpo infectado. O herpes oral envolve o rosto ou a boca. Pode resultar em
pequenas bolhas em grupos – muitas vezes chamadas de feridas ou bolhas de febre – ou pode apenas
causar dor de garganta.
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Unidade III
O herpes genital, muitas vezes simplesmente conhecido como herpes, pode ter sintomas mínimos ou
formar bolhas que se abrem e resultam em pequenas úlceras. Costuma estar curado entre duas e quatro
semanas. Podem ocorrer dores de formigamento antes que as bolhas apareçam. O herpes cicatriza entre
os períodos de doença ativa seguida de períodos sem sintomas. O primeiro episódio é muitas vezes mais
grave e pode estar associado a febre, dores musculares, linfonodos inchados e dores de cabeça. Ao longo
do tempo, os episódios de doença ativa diminuem em frequência e gravidade.
O tratamento da herpes deve ser medicamentoso, os principais fármacos estão indicados a seguir:
• Aciclovir
• Penciclovir e fanciclovir
• Ganciclovir
7.2.3 Anti-influenza
As infecções virais do trato respiratório, para as quais existem tratamentos, incluem a gripe (ou influenza)
dos tipos A e B e o vírus sincicial respiratório (VSR). Os principais fármacos estão arrolados a seguir:
— Mecanismo de ação: o vírus da gripe emprega uma neuraminidase específica, que é inserida
na membrana celular do hospedeiro para proporcionar a liberação de vírions recentemente
formados. Essa enzima é essencial para o ciclo vital do vírus.
96
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM
— Indicação: esses fármacos são eficazes contra os dois tipos de vírus da gripe, A e B. Eles não
interferem na resposta imune da vacina da gripe, são capazes de prevenir a infecção e, se
administrados de 24 a 48 horas após o início dos sintomas, diminuem sua intensidade. O
oseltamivir é administrado por via oral, enquanto o zanamivir é inalado.
• Amantadina e rimantadina
Observação
7.2.4 Anti-hepatites
A hepatite é inflamação do tecido hepático. Algumas pessoas não apresentam sintomas, enquanto
outras desenvolvem coloração amarela na pele e nos brancos dos olhos, falta de apetite, vômitos,
cansaço, dor abdominal ou diarreia.
A hepatite pode ser temporária (aguda) ou a longo prazo (crônica), dependendo da duração de
menos de seis meses. A hepatite aguda às vezes pode se resolver por conta própria, progredir para
hepatite crônica ou, raramente, resultar em insuficiência hepática aguda. Ao longo do tempo, a forma
crônica pode progredir para a cicatrização do fígado, insuficiência hepática ou câncer de fígado.
A causa mais comum em todo o mundo são os vírus. Outras causas incluem o uso intenso de
álcool, certos medicamentos, toxinas, outras infecções, doenças autoimunes e esteato-hepatites não
alcoólicas (NASH).
Existem cinco principais tipos de hepatite viral: tipo A, B, C, D e E. As hepatites A e E são principalmente
espalhadas por alimentos e água contaminados. A hepatite B é principalmente sexualmente transmitida,
mas também pode ser transmitida de mãe para bebê durante a gravidez ou o parto. Tanto a hepatite B
97
Unidade III
como a C são comumente espalhadas por sangue infectado, como pode ocorrer durante a partilha de
agulhas por usuários de drogas intravenosas. A hepatite D só pode infectar pessoas já infectadas com
hepatite B. As hepatites A, B e D são evitáveis com imunização.
• Interferonas
— Mecanismo de ação: seu mecanismo não está completamente elucidado. O fármaco parece
envolver a indução de enzimas nas células dos hospedeiros que inibem a translação do RNA
viral, o que acaba causando degradação do RNA mensageiro e do RNA transportador do vírus.
— Mecanismo de ação: são fármacos que interferem com a transcrição reversa ou replicação
viral nas células hospedeiras.
— Indicação: hepatites A, B e C.
— Efeitos adversos: fadiga, cefaleia, diarreia e elevação das enzimas hepáticas no sangue.
Observação
7.3 Antineoplásicos
A quimioterapia é uma categoria de tratamento contra o câncer que usa um ou mais medicamentos
anticancerígenos (agentes quimioterápicos) como parte de um regime de quimioterapia padronizado. A
quimioterapia pode ser administrada com uma intenção curativa, que quase sempre envolve combinações
de drogas, ou pode visar prolongar a vida ou reduzir os sintomas (quimioterapia paliativa).
Para evitar essas conotações, as terapias recentemente desenvolvidas contra alvos moleculares ou
genéticos específicos, que inibem os sinais que promovem o crescimento provenientes de hormônios
endócrinos clássicos, principalmente estrogênios para câncer de mama e andrógenos para câncer de
próstata, são conhecidas como terapia hormonal. As inibições do crescimento, especialmente aquelas
associadas aos receptores tirosina quinases, são conhecidas como terapia direcionada.
É importante saber que o uso de drogas, seja quimioterapia, terapia hormonal ou terapia
direcionada, constitui terapia sistêmica para o câncer na medida em que são introduzidas na
corrente sanguínea e, portanto, são, em princípio, capazes de abordar o câncer em qualquer
localização anatômica no corpo.
A terapia sistêmica é frequentemente usada em conjunto com outras modalidades que constituem
terapia local para câncer, ou seja, tratamentos cuja eficácia é limitada à área anatômica na qual são
aplicados, como terapia de radiação, cirurgia ou terapia com hipertermia.
Em grande medida, a quimioterapia pode ser pensada como uma forma de danificar ou estressar
células, o que pode levar à morte celular se a apoptose for iniciada. Muitos dos efeitos colaterais da
quimioterapia podem ser atribuídos ao dano às células normais que se dividem rapidamente e são
sensíveis aos medicamentos antimitóticos: células da medula óssea, do aparelho digestivo e dos folículos
capilares. Isso resulta nos efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia: mielossupressão (diminuição
da produção de células sanguíneas, portanto, também imunossupressão), mucosite (inflamação do
revestimento do aparelho digestivo) e alopecia (perda de cabelo).
99
Unidade III
Todos os regimes de quimioterapia exigem que o paciente seja capaz de suportar o tratamento. O
status do desempenho é frequentemente usado como uma medida para determinar se um paciente
pode receber quimioterapia ou se a redução da dose é necessária. Como apenas uma fração das células
tumorais morrem com cada tratamento (morte fracionada), doses repetidas devem ser administradas
para continuar a reduzir o tamanho do tumor.
100
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM
7.3.1 Antimetabólitos
Os antimetabólitos são um grupo de moléculas que impedem a síntese de DNA e RNA. Muitos deles
têm uma estrutura semelhante aos blocos de construção de DNA e RNA. Os blocos de construção são
nucleotídeos, uma molécula que compreende uma nucleobase, um açúcar e um grupo fosfato.
Quando a enzima é inibida pelo metotrexato, os níveis celulares de coenzimas de folato diminuem.
Estes são necessários para a produção de timidilato e purina, sendo ambos essenciais para a síntese de
DNA e para a divisão celular.
101
Unidade III
Essa capacidade de se ligar de forma covalente ao DNA através do seu grupo alquilo é a principal
causa de seus efeitos anticancerígenos. O DNA é feito de duas cadeias, e as moléculas podem se ligar
duas vezes a uma cadeia de DNA ou podem se ligar uma vez a ambas as fitas (crosslink). Se a célula
tentar replicar o DNA reticulado durante a divisão celular, ou tentar repará-lo, os fios de DNA podem
quebrar. Isso leva a uma forma de morte celular programada chamada apoptose.
Os agentes de alquilação funcionam em qualquer ponto do ciclo celular e, portanto, são conhecidos
como drogas independentes deste. Por esse motivo, o efeito sobre a célula depende da dose. A fração de
células que morrem é diretamente proporcional à dose de medicamento.
Saiba mais
102
FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM
Os agentes antimicrotúbulos são produtos químicos derivados de plantas que bloqueiam a divisão
celular impedindo a função dos microtúbulos. Estes são uma estrutura celular importante composta
de duas proteínas, α-tubulina e β-tubulina. São estruturas em forma de haste oca, necessárias para a
divisão celular, entre outras funções celulares. Os microtúbulos são estruturas dinâmicas, o que significa
que estão permanentemente em estado de montagem e desmontagem.
Após o sucesso dessas drogas, foram produzidos alcaloides de vinca semissintéticos, como vinorelbina
(utilizada no tratamento de câncer de pulmão de células não pequenas), vindesina e vinflunina. Esses
medicamentos são específicos do ciclo celular, eles se ligam às moléculas de tubulina na fase S e
impedem a formação adequada de microtúbulos necessários para a fase M.
Os taxanos são drogas naturais e semissintéticas. A primeira droga de sua classe, o paclitaxel,
foi originalmente extraída da árvore do Yew do Pacífico (Taxus brevifolia). Atualmente, esta droga
e outra desta classe, o docetaxel, são produzidas semissinteticamente a partir de um precursor
químico encontrado na casca de outra árvore do Yew, a Taxus baccata. Essas drogas promovem a
estabilidade dos microtúbulos, impedindo sua desmontagem. O paclitaxel impede o ciclo celular no
limite de G2-M, enquanto o docetaxel exerce seu efeito durante a fase S. Os taxanos apresentam
dificuldades na formulação como medicamentos porque são pouco solúveis em água.
moléculas na superfície que podem ser detectadas pelo sistema imunológico, conhecidas como
antígenos associados a tumores (TAAs). Eles são muitas vezes proteínas ou outras macromoléculas,
como os carboidratos.
A imunoterapia ativa direciona o sistema imunológico para atacar células tumorais visando TAAs. As
imunoterapias passivas aumentam as respostas antitumorais existentes e incluem o uso de anticorpos
monoclonais, linfócitos e citocinas. Entre estas, terapias de múltiplos anticorpos são aprovadas em
diversas jurisdições para tratar uma ampla gama de cânceres.
Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico que se ligam a um antígeno alvo
na superfície celular. O sistema imunológico geralmente usa os anticorpos para combater agentes
patogênicos. Cada anticorpo é específico para uma ou algumas proteínas. Aqueles que se ligam a
antígenos tumorais tratam câncer. Os receptores da superfície celular são alvos comuns para terapias de
anticorpos e incluem CD20, CD274 e CD279. Uma vez ligados a um antígeno de câncer, os anticorpos
podem induzir citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpos, ativar o sistema do
complemento ou impedir que um receptor interaja com o seu ligando, o que pode levar à morte celular.
Os anticorpos aprovados incluem alentuzumab, ipilimumab, nivolumab, ofatumumab e rituximab.
7.3.5 Antimicrobianos
Os antibióticos citotóxicos são um grupo variado de drogas que possuem vários mecanismos de
ação. O tema comum que eles compartilham na indicação de quimioterapia é que eles interrompem
a divisão celular. O subgrupo mais importante são as antraciclinas e as bleomicinas. Outros exemplos
proeminentes incluem mitomicina C, mitoxantrona e actinomicina.
A actinomicina é uma molécula complexa que intercala o DNA e evita a síntese de RNA. A
bleomicina, um glicopeptídeo isolado de Streptomyces verticillus, também intercala o DNA, mas produz
radicais livres que danificam o DNA. Isso ocorre quando a bleomicina se liga a um íon metálico, que se
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FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM
torna quimicamente reduzido e reage com o oxigênio. Mitomicina é um antibiótico citotóxico com a
capacidade de alquilar DNA.
Observação
As técnicas quimioterapêuticas possuem uma série de efeitos colaterais que dependem do tipo
de medicamentos utilizados. Os medicamentos mais comuns afetam principalmente as células que se
dividem rapidamente no corpo, como as células do sangue e as células que alinham a boca, o estômago
e os intestinos.
Citarabina
a
Nefrotoxicidade Cardiotoxicidade
O
O
Náuseas/êmese c Ca Ca c
cc
Oxaliplatina/
Bleomicina/ B DD B Vincristina/
Busssulfano Taxanos
Toxicidade pulmonar C C Neuropatia periférica
C
y
I
Ciclofosfamida/
Ifosfamida Irinotecano
Cistite hemorrágica O Diarreia
O V
T
105
Unidade III
A farmacoterapia é uma terapia que utiliza medicamentos. É uma abordagem terapêutica própria,
distinta da terapia com cirurgia (terapia cirúrgica), da radiação (radioterapia), do movimento (fisioterapia)
ou outros modos. Entre os médicos, às vezes, o termo terapia médica refere-se especificamente à
farmacoterapia em oposição à terapia cirúrgica ou outra; por exemplo, em oncologia, a oncologia
médica é assim distinguida da oncologia cirúrgica.
Dentro do sistema de cuidados de saúde, os profissionais clínicos são especialistas no uso terapêutico
de medicamentos. Eles rotineiramente fornecem avaliações e recomendações de terapia de medicação
para pacientes e outros profissionais de saúde. Os profissionais clínicos são uma fonte primária de
informações e recomendações cientificamente válidas sobre o uso seguro, apropriado e econômico de
medicamentos. Eles também estão se tornando mais prontamente disponíveis para o público.
erros de medicação no futuro previsível. No Reino Unido, os profissionais clínicos são rotineiramente
envolvidos no atendimento direto de pacientes dentro dos hospitais e, cada vez mais, em cirurgias de
médicos. Eles também desenvolvem educação profissional pós-registro, currículos profissionais para o
desenvolvimento da força de trabalho e fornecem conhecimentos sobre o uso de medicamentos para
organizações.
Os profissionais clínicos interagem diretamente com os pacientes de várias maneiras diferentes. Eles
usam seu conhecimento de medicamentos (incluindo dosagem, interações medicamentosas, efeitos
colaterais, despesas, eficácia etc.) para determinar se um plano de medicação é apropriado para o
paciente. Se não estiver, o profissional irá consultar o médico primário para garantir que o paciente
esteja no plano de medicamentos apropriado. O profissional também trabalha para educar seus pacientes
sobre a importância de tomar e finalizar seus medicamentos. Estudos realizados no Gerenciamento de
Doenças Crônicas, liderados por profissionais clínicos, mostram que esse profissional pode melhorar a
realização de metas fisiológicas.
Figura 14
Lembrete
8.2 Farmacovigilância
107
Unidade III
Observação
Os erros de medicação, como a superdosagem, o uso indevido e o abuso de uma droga, bem como a
exposição a medicamentos durante a gravidez e a amamentação, também são de interesse, mesmo sem
um evento adverso, porque podem resultar em uma reação adversa ao medicamento.
Em última análise, a farmacovigilância está preocupada com a identificação dos perigos associados
aos produtos farmacêuticos e em minimizar o risco de qualquer dano que possa vir a acontecer aos
pacientes. As empresas devem realizar uma auditoria abrangente de segurança e farmacovigilância para
avaliar sua conformidade com leis, regulamentos e orientações em todo o mundo.
Saiba mais
de uma doença. A pesquisa clínica é diferente da prática clínica. Na prática clínica, os tratamentos
estabelecidos são utilizados, enquanto na evidência de pesquisa clínica, são obtidos para estabelecer
um tratamento.
Ensaios clínicos são experiências ou observações realizadas em pesquisa clínica. Esses estudos
prospectivos de pesquisa biomédica ou comportamental em participantes humanos são projetados para
responder a perguntas específicas sobre intervenções biomédicas ou comportamentais, incluindo novos
tratamentos, como novas vacinas, medicamentos, escolhas dietéticas, suplementos dietéticos e dispositivos
médicos, e intervenções conhecidas que justificam um estudo mais aprofundado e comparação.
Ensaios clínicos geram dados sobre segurança e eficácia. Eles são conduzidos somente depois de terem
recebido a aprovação da comissão de saúde/aprovação de ética no país onde a aprovação da terapia é procurada.
Essas autoridades são responsáveis pela
verificação da relação risco/benefício do ensaio, sua aprovação não
significa que a terapia seja “segura” ou efetiva, apenas que o julgamento possa ser conduzido.
O projeto de estudo clínico visa garantir a validade científica e a reprodutibilidade dos resultados.
Os ensaios podem ser bastante onerosos, dependendo de vários fatores. O patrocinador pode ser
uma organização governamental ou uma empresa farmacêutica, de biotecnologia ou de dispositivos
médicos. Certas funções necessárias para o teste, como monitoramento e trabalho de laboratório,
podem ser gerenciadas por um parceiro terceirizado, como uma organização de pesquisa por contrato
ou um laboratório central. Apenas 10% de todas as drogas iniciadas em ensaios clínicos em humanos
tornaram-se um medicamento aprovado.
Os ensaios clínicos envolvendo novos medicamentos são comumente classificados em quatro fases.
Cada fase do processo de aprovação do medicamento é tratada como um ensaio clínico separado. O
processo de desenvolvimento de drogas normalmente procederá por meio das quatro fases ao longo
de muitos anos. Se o medicamento passar com sucesso pelas fases I, II e III, geralmente será aprovado
pela autoridade reguladora nacional para uso na população em geral. Na fase IV estão os estudos
pós-aprovação. Antes de as empresas farmacêuticas iniciarem ensaios clínicos sobre drogas, realizam
extensos estudos pré-clínicos.
Muitos profissionais diferentes, como médicos, farmacologistas clínicos, farmacêuticos clínicos, enfermeiros,
cientistas de laboratórios médicos etc., estão envolvidos com os vários elementos do monitoramento da
concentração de drogas, que é um processo verdadeiramente multidisciplinar. Como a incapacidade de realizar
adequadamente qualquer um dos componentes pode afetar severamente a utilidade de usar as concentrações
de drogas para otimizar a terapia, uma abordagem organizada para o processo geral é crítica.
e) consulta de Enfermagem;
[...]
[...]
[...]
[...]
A Resolução Cofen nº 311/2007, que aprova a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem, em relação à prescrição de medicamentos, determina:
[...]
Seção I
[...]
Proibições
[...]
Art. 31. Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto em casos
previstos na legislação vigente e em situações de emergência [...] (COFEN, 2007).
A Portaria MS/GM nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, aprova a Política Nacional de Atenção Básica
– estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, Estratégia da
Saúde da Família (ESF) e Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) – e prevê, no Anexo A,
como atribuição específica do enfermeiro no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde:
4.3.2.1 Do Enfermeiro:
[...]
111
Unidade III
Os profissionais de enfermagem realizam a maior parte desse evento, portanto, estão passíveis a
erros, como os demais profissionais, mas a assistência direta ao paciente pode evidenciar esses erros.
Os principais erros relacionam-se à administração errada de medicamentos, equívocos com dosagens,
via de administração, horário de administração e também sobre a administração em pacientes errados.
Para minimizar esses erros, podemos utilizar um método denominado cinco “certos”, ou seja: paciente
certo, medicamento certo, via de administração certa, dose certa e horário certo. Alguns profissionais já
consideram sete “certos”, incluindo a diluição certa e o registro certo. Esses métodos podem diminuir e
muito a ocorrência de erros de medicamentos, porém, esses fatos possuem relacionamento apenas com
as pessoas, mas devemos avaliar também todo o sistema de medicação, que vai desde a prescrição até
a avaliação dos efeitos desses medicamentos nos pacientes.
Contudo, a equipe de enfermagem deve sempre estar atenta às principais funções dos medicamentos
e às possíveis mudanças de rotinas, pois assim podemos melhorar sempre a qualidade da assistência de
enfermagem prestada ao paciente.
Resumo
Exercícios
Questão 1. (FCC 2013) Um paciente adulto com doença neoplásica apresenta anemia induzida por
quimioterapia. O medicamento indicado para a correção dessa anemia é:
A) A citarabina.
B) A eritropoietina.
C) A fitomenadiona.
D) A ivermectina.
E) O propiltiouracil.
A) Alternativa incorreta.
B) Alternativa correta.
Justificativa: a eritropoietina é um hormônio produzido por nossos rins e levado pela corrente
sanguínea até o sistema nervoso central, que dá o comando de estímulo para a medula óssea produzir
mais sangue. No caso da anemia induzida por quimioterapia, o paciente irá tomar o medicamento
contendo eritropoietina.
C) Alternativa incorreta.
D) Alternativa incorreta.
E) Alternativa incorreta.
114
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2016, p. 439.
Figura 3
EDWARD, A.; JOHN, B. Anatomy coloring workbook. [s.l.]. The Princeton Review, 2003, p. 238.
Figura 4
DORETTO, D. Fisiopatologia clínica do sistema nervoso. Rio de Janeiro: Atheneu, 1996, p. 213.
Figura 6
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 7
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 8
KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006, p. 190.
Figura 9
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 10
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 11
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 12
Grupo UNIP-Objetivo.
Figura 13
Grupo UNIP-Objetivo.
115
Figura 14
REFERÊNCIAS
Textuais
___. Cancidas. Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda. [s.l.]. Disponível em: <http://www.anvisa.
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BARBOSA, M. P. L.; BONI, C. L. A.; ANDRADE, F. C. J. Conduta na intoxicação por anestésicos locais.
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em: 21 nov. 2017.
BRASIL. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica,
estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia
Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Brasília: 2011.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html>.
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BRODY, L.; MINNEMAN, N. Farmacologia humana da molecular à clínica. 2. ed. São Paulo: Guanabara
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___. Decreto nº 94.406/87. Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o
exercício da Enfermagem, e dá outras providências. Brasília, 1987. Disponível em: <http://www.cofen.
gov.br/decreto-n-9440687_4173.html>. Acesso em: 10 nov. 2017.
CRAIG, C. R; STITZEL, R. E. Farmacologia moderna. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
116
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Elsevier, 1983.
EDWARD, A.; JOHN, B. Anatomy coloring workbook. [s.l.]. The Princeton Review, 2003.
FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. São
Paulo: Editora EGK, 2010.
GAMELIN, E.; DELVA, R.; JACOB, J. et al. Individual fluorouracil dose adjustment based on pharmacokinetic
follow-up compared with conventional dosage: results of a multicenter randomized trial of patients with
metastatic colorectal cancer. Journal of Clinical Oncology, [s.l.], v. 26, n. 13, maio 2008.
GOODMAN, A. G.; GILMAN, J. G. As bases farmacológicas da terapêutica. 12. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2012.
HARVEY, R. A.; CHAMPE, P. C. Farmacologia ilustrada. 5. ed. São Paulo: Artmed, 2013.
KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
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PAGE, C. et al. Farmacologia básica e clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. Farmacologia. 7. ed. São Paulo: Elsevier, 2012.
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. São Paulo: Artmed, 2016.
Exercícios
117
Unidade I – Questão 2: FUNDAÇÃO Cesgranrio. Prova Petrobras. 2008.
Unidade III – Questão 1: FUNDAÇÃO Carlos Chagas. Prova Defensoria Pública do Estado do Rio Grande
do Sul – RS. 2013.
Unidade III – Questão 2: FUNDAÇÃO Vunesp. Prova Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo. 2015.
118
119
120
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000