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Análises Clínicas e

Toxicológicas
5ª edição
GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS
Análises Clínicas e
Toxicológicas

DEPARTAMENTO DE APOIO TÉCNICO E EDUCAÇÃO PERMANENTE


GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS
SÃO PAULO
2020

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


Expediente
Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo – 5ª edição -
março/2020

Luciane Maria Ribeiro Neto


DIRETORIA COMISSÃO TÉCNICA
Márcia Rodriguez Vasquez Pauferro
Marcos Machado Ferreira Adão Paulino Ribeiro
Marcos Machado Ferreira
presidente Adryella de Paula Ferreira Cruz
Marion Coting Braga
Dr. Marcelo Polacow Bisson Ana Cristina Lo Prete
Miriani R. Missiano Reis
vice-presidente Ana Paula Timm Lobo
Paulo Aparecido Brandão Pinto
Antonio dos Reis Lopes
Luciana Canetto Fernandes Paulo Caleb Junior de Lima Santos
Carlos Eduardo Romeiro
secretária-geral Reiko Soraya Matsui
Carlos Filipe Massoni Garcia
Danyelle Cristine Marini Ronaldo Nogueira Ambrosio
Daniela Ferreira Pugliesi
diretora-tesoureira Rosana Mayumi Abe
Danielle Bachiega Lessa
Sandro Jorge Januário
Dhalia Gutemberg
Silvia Cardoso
Eduardo Kinio Sugawara
ORGANIZAÇÃO Vanessa Cristina Martins Silva
Gabriela Pacheco de Oliveira
Grupo Técnico de Trabalho de Análi- Heraclio Alves Cunha
ses Clínicas e Toxicológicas do CRF-SP Jessica Gonçalves Santana REVISÃO ORTOGRÁFICA
Paulo Aparecido P. Brandão João Baptista Junqueira Martins Nicole Medeiros Leal
Coordenador João Gabriel Rocha Assumpção
Sandro Jorge Januário Leiliane Rodrigues Marcatto DIAGRAMAÇÃO
Vice-coordenador Lucas Adriano do Nascimento Giulia Mastrorosa Nascimento
Luciana Aparecida da Silva

C766c Brasil. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Departamento de Apoio Técnico e Educação Per-
manente. Grupo Técnico de Trabalho de Análises Clínicas e Toxicológicas.
Análises Clínicas e Toxicológica. / Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: Conselho
Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2020. 5ª edição.
58p.; 20 cm. - -
ISBN 978-65-990679-2-1

1. Farmácia. 2. Toxicologia. 3. Exames Médicos. 4. Técnicas de Laboratório Clínico. 5. Educação Continuada em


Farmácia. 6. Competência Profissional. 7. Legislação Sanitária. I. Conselho Regional de Farmácia II. Análises Clínicas
e Toxicológicas. III. Série.
CDD-615.321

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


PALAVRA DA DIRETORIA
A elaboração deste material representa a concretização de um projeto idealizado pela
Diretoria do CRF-SP com o intuito de oferecer informações sobre as várias áreas de atu-
ação do profissional farmacêutico, em linguagem acessível e com diagramação moderna.

As Cartilhas são desenvolvidas por profissionais que atuam nas respectivas áreas
abrangidas pelos Grupos Técnicos de Trabalho do Conselho Regional de Farmácia do
Estado de São Paulo (CRF-SP), a saber: Acupuntura - Medicina Tradicional Chinesa; Aná-
lises Clínicas e Toxicológicas; Cuidado Farmacêutico ao Idoso; Educação Farmacêutica;
Farmácia; Farmácia Clínica; Farmácia Estética; Farmácia Hospitalar; Farmácia Magistral;
Homeopatia; Indústria; Logística de Produtos de Interesse à Saúde; Pesquisa Clínica;
Plantas Medicinais e Fitoterápicos; Radiofarmácia; Resíduos e Gestão Ambiental; Saúde
Pública e Suplementos Alimentares.
Nessas Cartilhas são apresentadas:
• As áreas de atuação;
• O papel e as atribuições dos profissionais farmacêuticos que nelas atuam;
• As atividades que podem ser desenvolvidas;
• As Boas Práticas;
• O histórico do respectivo Grupo Técnico de Trabalho.

Cada exemplar traz relações das principais normas que regulamentam o seg-
mento abordado e de sites úteis para o exercício profissional. Se as Cartilhas forem
colocadas juntas, podemos dizer que temos um roteiro geral e detalhado de prati-
camente todo o âmbito farmacêutico.

Por conta disso, tais publicações são ferramentas de orientação indispensável para
toda a categoria farmacêutica, tanto para aqueles que estão iniciando sua vida profis-
sional, como para quem decide mudar de área.

Aqui lhes apresentamos a Cartilha de Análises Clínicas e Toxicológicas.


Boa leitura!
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APRESENTAÇÃO
Os Grupos Técnicos de Trabalho do Conselho Regional de Farmácia do Estado
de São Paulo (CRF-SP) foram criadas com o objetivo de dar suporte à Diretoria do
CRF-SP nos assuntos pertinentes às respectivas áreas de atuação, mas seu engaja-
mento tem ido muito além disso.

Os membros dos Grupos Técnicos de Trabalho são profissionais comprometidos


com a categoria, que doam seu tempo e seus conhecimentos para a melhoria con-
tínua dos campos de atuação dos farmacêuticos.

É com esse espírito que trabalham os membros do Grupo Técnico de Trabalho


de Análises Clínicas e Toxicológicas, formada por profissionais que atuam nas áreas
técnicas, administrativas, controle de qualidade, assessoria técnica, gerenciamento e
pesquisa. Seus integrantes têm buscado interação cada vez maior entre o CRF-SP e
os farmacêuticos atuantes em análises clínicas e toxicológicas.

A elaboração de uma Cartilha contendo informações básicas e atualizadas so-


bre esse ramo da atividade farmacêutica é uma forma de divulgar a existência
do Grupo Técnico de Trabalho, atraindo mais profissionais que já trabalham no
segmento para contribuir com as ações do CRF-SP, como também uma forma de
estimular aqueles que almejam atuar nele.

Esta Cartilha foi publicada pela primeira vez em 2007, tendo sido revisada em
2009, 2010, 2011, 2012, 2016 e 2017. Devido ao seu sucesso, cujo alcance não se
restringiu aos profissionais e estudantes do Estado de São Paulo, o CRF-SP tomou a
iniciativa de inscrever este rico material técnico na Agência Brasileira do ISBN, vincu-
lada à Câmara Brasileira do Livro. O ISBN – International Standard Book Number – é
um sistema internacional que identifica numericamente cada livro segundo título,
autor, país e editora, o que faz dele uma publicação única no universo literário.

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SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................... 11
O Grupo Técnico de Trabalho............................................................................. 13
Objetivos do grupo técnico de trabalho................................................................ 15
O profissional ...................................................................................................... 16
Âmbito do farmacêutico em análises clínicas e toxicológicas................................... 19
Campo de atuação .............................................................................................. 23
Exame laboratorial e atenção farmacêutica ........................................................... 29
Qualidade e boas práticas .................................................................................... 30
Fases do processo analítico................................................................................... 34
Você Sabia Que .................................................................................................. 36
Legislação ........................................................................................................... 38
Sites Interessantes ............................................................................................... 46
Bibliografia Consultada ........................................................................................ 53

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INTRODUÇÃO

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde do Ministério da


Saúde – CNES, existem no Brasil aproximadamente 20.000 laboratórios de Análises
Clínicas e aproximadamente 7.000 Postos de Coleta. Estes dados referem-se a to-
dos os laboratórios prestadores de serviços, inclusive os de saúde pública.

Para atuar nessa área, o farmacêutico concorre não só com seus pares, mas
também com outros profissionais. Atualmente, no CRF-SP, existem cerca de 770
laboratórios cadastrados, dos quais 58% são de propriedade de farmacêuticos (CRF-
SP, set. 2019).

O mercado de análises no Brasil está em franca expansão. A estabilização econômi-


ca, o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, o crescimento do
número de beneficiários em planos privados de assistência médica, o envelhecimento
populacional e a elevada porcentagem de decisões médicas baseadas em exames labo-
ratoriais são algumas das razões que concorrem para esse crescimento (SBPC, 2010).

Ao analisarmos os números, vemos um mercado gigantesco e competitivo. Para


atuar no segmento, é vital que os farmacêuticos atendam a requisitos indispensáveis.
Assim, o profissional tem por obrigação atualizar permanentemente seus conheci-
mentos técnicos e na gestão de qualidade. São também imprescindíveis, para aque-
les que querem atuar como empresários, conhecimentos nas áreas administrativa e
mercadológica. O setor sofre constantes mudanças tecnológicas, o que altera o perfil
dos profissionais, exigindo-lhes maior capacitação.

Dentro desse contexto, devemos mencionar o Controle de Qualidade, que con-


tribui para melhorar cada vez mais a precisão e exatidão das análises para garantir
a segurança do paciente. Atualmente, graças aos avanços tecnológicos dos equipa-
mentos médico-científicos, ao desenvolvimento de programas de controle de qua-

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lidade interno e externo por meio de amostras e calibradores, às padronizações,
às boas práticas de laboratório, aos treinamentos e aos exames de proficiência, a
qualidade de um exame laboratorial pode ser sentida, e também cobrada, tanto pela
sociedade quanto pela classe médica.

É necessário que os farmacêuticos que atuam e os que querem atuar na área


estejam prontos e conscientes da importância de participar e implementar controles
de qualidade interno e externo nos laboratórios em que trabalham, sendo ou não
responsáveis técnicos.

O farmacêutico é um profissional adequado às exigências desse mercado. Os


conhecimentos técnicos, farmacológicos e bioquímicos o gabaritam para a atuação e
o sucesso no mercado laboratorial.

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O GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO

O Grupo Técnico de Trabalho de Análises Clínicas e Toxicológicas do CRF-SP


foi criada em 1993, com o objetivo de auxiliar a Diretoria nos assuntos relativos
à área clínico-laboratorial e também promover maior integração entre os cole-
gas que atuam no setor.

No decorrer dos anos, este Grupo Técnico de Trabalho contou com a coorde-
nação de vários farmacêuticos com destaque nacional, tais como: Adelaide José Vaz
(in memoriam) – professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade
de São Paulo (FCF-USP) e ex-presidente do CRF-SP; Dirceu Raposo de Mello – ex-
-diretor-presidente da Anvisa e ex-presidente do CRF-SP; Haroldo Wilson Moreira
– professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (FCF-UNESP); Mário Hiroyuki Hirata – professor da FCF-USP;
Luiz Roberto Del Porto – profissional de intensa experiência prática na área labora-
torial; Marcos Machado Ferreira – presidente do CRF-SP e com vasto know-how na
gestão de laboratórios; Luciane Maria Ribeiro Neto – docente e profissional com larga
experiência prática e gerencial na área laboratorial; Paulo Caleb Júnior de Lima Santos
– professor Adjunto na Universidade Federal de São Paulo (Escola Paulista de Medicina
- Unifesp, São Paulo), no Departamento de Farmacologia. Atualmente o Grupo Técni-
co de Trabalho está sob a coordenação de Paulo Aparecido Brandão Pinto, com vasta
experiência na área, tendo atuado como diretor de laboratório hospitalar e, também,
coordenador e supervisor de plantão hospitalar. É docente de curso de especialização
e Delegado da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, regional de São Paulo.

O Grupo Técnico de Trabalho de Análises Clínicas e Toxicológicas se reúne men-


salmente para discutir assuntos de interesse geral ligados ao setor, tanto na área
técnico-científica, quanto em gestão, qualidade e legislação. Além disso, promove
palestras, representa o CRF-SP em diversos fóruns nacionais e participa ativamente
das Consultas Públicas que tratam de seu segmento.

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A participação nas reuniões do Grupo Técnico de Trabalho de Análises Clínicas e To-
xicológicas é voluntária e aberta a todos os farmacêuticos inscritos no CRF-SP. Estudantes
de farmácia também podem participar como ouvintes. Para mais informações acesse a
página do Grupo Técnico de Trabalho no portal do CRF-SP: http://www.crfsp.org.br/.

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OBJETIVOS DO GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO

De acordo com a Deliberação CRF-SP nº 02/2020, que aprova o regulamento


dos Grupos Técnicos de Trabalho do CRF-SP, os objetivos do Grupo Técnico de
Trabalho de Análises Clínicas e Toxicológicas são:

• Assessorar o CRF-SP;

• Realizar estudos e emitir pareceres;

• Propor e revisar normas;

• Propor atividades e eventos técnicos e científicos;

• Propor temas de matérias a serem veiculadas na Revista do Farmacêutico e


no portal do CRF-SP;

• Desenvolver e propor materiais e publicações técnicas;

• Desenvolver ações educativas para a Sociedade sobre o uso racional de me-


dicamentos;

• Desenvolver ações para demonstrar à sociedade a importância e âmbito de


atuação da profissão farmacêutica.

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O PROFISSIONAL
Em 1997, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um documento de-
nominado The role of the pharmacist in the health care system – O papel do farma-
cêutico no sistema de atenção à saúde –, em que se destacaram sete qualidades que
o farmacêutico deve apresentar. Foi, então, chamado de farmacêutico sete estrelas.
Este profissional sete estrelas deve ser:

• Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde;

• Capaz de tomar decisões;

• Comunicador;

• Líder;

• Gerente;

• Atualizado permanentemente;

• Educador.

Dentre as inúmeras especialidades do setor farmacêutico, a de análises clínicas e


toxicológicas é uma das mais completas e abrangentes. O profissional que pretende
atuar nesta área necessariamente deverá ter conhecimentos em:

• Biologia molecular e genética;

• Bioquímica básica e clínica;

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• Citologia clínica (para atuar é necessário curso de especialização);

• Citopatologia (para atuar é necessário curso de especialização);

• Conhecimento dos diversos líquidos biológicos e derrames cavitários;

• Endocrinologia básica e clínica;

• Fisiologia humana;

• Gestão da qualidade laboratorial;

• Hematologia clínica e suas subclasses, tais como: coagulação, onco-hemato-


logia e imuno-hematologia;

• Imunologia básica e clínica;

• Micologia básica e clínica;

• Microbiologia básica e clínica;

• Parasitologia básica e clínica;

• Química analítica e instrumental;

• Toxicologia analítica voltada, principalmente, para as áreas ocupacional,


forense e ambiental.

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Com estes requisitos, o farmacêutico conseguirá atender às necessidades do la-
boratório. Vale ressaltar que, em função do extenso leque de conhecimentos exi-
gidos, este profissional não deverá, necessariamente, ter amplo conhecimento de
cada uma dessas áreas. O farmacêutico poderá se especializar em uma das áreas
acima descritas, conhecendo-a de forma mais profunda, o que não exclui a necessi-
dade de conhecimento básico nas demais.

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ÂMBITO DO FARMACÊUTICO EM ANÁLISES
CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS

De acordo com o Decreto nº 85.878/1981, o farmacêutico pode exercer a direção,


o assessoramento, a responsabilidade técnica e outras funções especializadas em: labo-
ratórios de análises clínicas ou de saúde pública; estabelecimentos em que se pratiquem
exames de caráter quimiotoxicológico, quimicobromatológico, quimicofarmacêutico,
biológico, microbiológico, fitoquímico e sanitário; tratamento e controle de qualidade da
água (para consumo humano, indústria farmacêutica, piscina/praia/ balneário). Vale desta-
car que o farmacêutico está apto para realizar todos os exames laboratoriais e exercer a
responsabilidade técnica pelos laboratórios de análises clínicas e afins.

Desta forma, o farmacêutico analista clínico poderá assumir a responsabilidade técnica


de todo o laboratório, bem como a corresponsabilidade, quando pertinente. Além dis-
so, ele poderá ser o responsável por apenas um dos setores do laboratório, assumir a
gerência de qualidade ou realizar a supervisão técnica, operacional e administrativa deste.
Vale lembrar que este profissional, independentemente de seu cargo e função no labora-
tório, deverá sempre pautar seu trabalho pela ética e competência profissional.

Responsabilidade Técnica

As análises clínicas e toxicológicas são áreas de extrema importância e exigem dos


farmacêuticos que são responsáveis técnicos de laboratórios muita seriedade e ética
no cumprimento de seus deveres. As RDC nº 302/2005 e 222/2018 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Portaria nº 13/2005 da Vigilância Sanitária
do Estado de São Paulo trazem em seus textos normas que obrigam os profissionais
responsáveis por serviços de Análises Clínicas e Toxicológicas a prestar serviços com
qualidade, evitando a concorrência desleal. Para que isso ocorra, é necessário o
empenho dos profissionais da área em denunciar aos órgãos competentes os maus
profissionais, quando sabidamente cometem atos desleais e antiéticos, para que pos-

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 19


sam ser tomadas as medidas cabíveis. Ainda na área das legislações, não podemos
esquecer as Resoluções do Conselho Federal de Farmácia e as Normas Regulamen-
tadoras do Ministério do Trabalho.

Para assumir a responsabilidade técnica (RT) de um laboratório clínico, o farma-


cêutico precisa ter a clareza do seu papel como gestor. É necessário estar compro-
metido constantemente com a excelência, buscando novas metodologias e conhe-
cendo os mais recentes equipamentos e processos de automação. O RT também
não pode deixar de se preocupar com o treinamento e educação continuada da
equipe em todas as fases do processo, desde a coleta do material até a entrega do
resultado. É preciso, ainda, conhecer os interferentes analíticos.

IMPORTANTE:
Para assumir a RT perante o CRF-SP, o farmacêutico deverá estar regularmente inscrito
no Conselho Regional de Farmácia e não possuir nenhum impedimento legal.

Vale destacar que o farmacêutico responde pelos seus atos não apenas perante
os órgãos sanitários e o Conselho Regional de Farmácia, mas também pode respon-
der cível e criminalmente quando seus atos ou atos de terceiros sob sua responsabi-
lidade proporcionarem prejuízos à integridade física e moral do usuário do serviço.
Independentemente de assumir a responsabilidade técnica, todo farmacêutico deve
trabalhar pautado pela legislação vigente e pela ética profissional.

Abertura e Manutenção do Funcionamento de Laboratório de


Análises

Além de possuir todos os requisitos técnicos, o responsável técnico (RT) deve co-
nhecer muito bem os aspectos éticos e legais da sua área de atuação, a fim de asse-
gurar à população a devida assistência. O RT deve estar atento à legislação inerente
ao exercício das análises clínico-laboratoriais, e também à legislação tributária, fiscal e
social, bem como ao Código Civil Brasileiro e ao Código de Defesa do Consumidor.

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O profissional interessado em constituir laboratório de análises clínicas e/ou to-
xicológicas deverá consultar previamente a Prefeitura com relação à viabilidade da
proposta. Assim como qualquer outra “empresa”, deve-se verificar o Plano Dire-
tor do Município, que é a lei municipal que estabelece diretrizes para a ocupação
da cidade. Deve-se também constatar a Lei de Zoneamento Urbano, que é um
instrumento amplamente utilizado nos planos diretores, por meio do qual a cidade
é dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas para o uso, e,
especialmente, os índices urbanísticos (SEBRAE, 2006).
Para funcionar regularmente, o laboratório deverá providenciar os seguintes do-
cumentos (SEBRAE, sd):

• Alvará da Vigilância Sanitária Local;

• Alvará de funcionamento da Prefeitura;

• Alvará do Corpo de Bombeiros Militar;

• Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade


Social – INSS/FGTS”;

• Inscrição no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde);

• Inscrição na Junta Comercial;

• Inscrição na Secretaria da Receita Federal (CNPJ);

• Inscrição na Secretaria Estadual da Fazenda;

• Licença Ambiental expedida por órgão competente;

• Licença de Funcionamento da Polícia Federal;

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• Licença de Funcionamento da Polícia Civil;

• Licença de Funcionamento do Exército;

• Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS);

• Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO);

• Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Laudo Técnico das


Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT);

• Registro de Responsabilidade Técnica expedido pelo CRF.

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CAMPO DE ATUAÇÃO
O farmacêutico analista clínico torna-se cada vez mais importante nos serviços
de saúde, em órgãos governamentais e privados. A abrangência de sua atuação
profissional estende-se a diversas instituições, como: hospitais, bancos de sangue,
unidades básicas de saúde (UBS), clínicas, postos de coleta de material biológico,
centros avançados de reprodução humana, centros de produção e desenvolvimento
de vacinas, laboratórios de controle de qualidade de reagentes e equipamentos para
análises clínicas, laboratórios forenses, laboratórios de monitorização de danos am-
bientais e ocupacionais, laboratórios veterinários, centros de pesquisas, instituições
de ensino superior, centros técnicos, centros de vigilância sanitária e epidemiológica.

A seguir, são descritas as principais áreas de atuação do farmacêutico analista clínico.

Análises de líquidos biológicos e efusões cavitárias

As análises dos líquidos biológicos e de efusões cavitárias são exames complexos


realizados por métodos bioquímicos, imunológicos, citológicos e microbiológicos,
para auxiliar o médico em seu diagnóstico. Tais exames exigem do profissional que
os realiza uma visão abrangente das diversas áreas do laboratório.

Biologia molecular

No laboratório clínico que utiliza os métodos moleculares, a qualificação profissional é


imprescindível. Entre as várias atribuições do profissional nesta área, destacam-se: o de-
senho dos primers para sua produção, as padronizações da PCR (reação em cadeia da
polimerase), a elaboração de protocolos para diversos procedimentos peculiares do setor
e o preparo das amostras biológicas. Os métodos em Biologia Molecular aplicam-se, prin-
cipalmente, ao diagnóstico de doenças hereditárias, infecciosas, entre outras. No campo da
oncologia e da virologia, as pesquisas em diagnóstico têm aumentado. Na oncologia, desta-
ca-se a identificação de genes responsáveis pela carcinogênese (oncogenes); na virologia, a

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 23


identificação e determinação de estirpes virais mutantes e, consequentemente, resistentes à
farmacoterapia. Isto é verificado pela genotipagem, sendo de alta relevância para o caso de
monitoramento de doenças infecciosas já diagnosticadas, como a AIDS, e para o caso do
diagnóstico de viroses emergentes, como é o caso da Influenza A (H1N1).

Bioquímica

A área de Bioquímica é um setor do laboratório em que os conhecimentos farmacêuti-


cos são de extrema relevância. Entre 50% e 60% dos exames realizados em um laborató-
rio de análises clínicas são exames bioquímicos, como, por exemplo: Glicemia, Colesterol,
HDL-Colesterol, LDL-Colesterol, VLDL-Colesterol, Triglicérides, Ureia, Creatinina, Sódio,
Potássio, Ácido Úrico, Cálcio, Fósforo, enzimas cardíacas (CK-Total, CKMB), enzimas he-
páticas (AST, ALT, Fosfatase Alcalina), entre outros. Todos os meses, milhares de pessoas
realizam esses exames, com a finalidade de diagnosticar doenças como diabetes, dislipide-
mias e insuficiência renal, entre outras, e também para acompanhamento de tratamentos.

Mais do que fazer os exames, é necessário que o farmacêutico saiba analisar os


resultados e se estes são coerentes com a clínica médica. Para este profissional, os
conhecimentos adquiridos nessa área são de importância fundamental.

Citologia e citopatologia

O estudo citológico é constante em exames considerados de rotina, como sedi-


mentoscopia urinária ou EAS (Exame de Análise Sedimentar), valioso no diagnóstico
de doenças deste trato e de doenças sistêmicas. Além disso, pode-se realizar a aná-
lise em fluidos cavitários como: líquido ascítico, pleural, pericárdico ou sinovial, em
líquido cefalorraquidiano, em lavados brônquico e gástrico e em sêmen.

O farmacêutico com curso de especialização está também habilitado a realizar exa-


mes citopatológicos. Deve-se salientar que o exame citopatológico não implica ne-
cessariamente um diagnóstico definitivo: é um método de rastreamento das lesões

24 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


precursoras do câncer. O farmacêutico está respaldado legalmente no exercício desta
atividade conforme a Resolução CFF nº 536/2010, o Decreto nº 85.878/1981, as Leis
Federais nº 3.820/1960 e nº 11.664/2008. Nos últimos anos, o exame citopatológico
tem despertado muito interesse para o diagnóstico de algumas doenças, em especial as
neoplásicas, pelas características peculiares destas células que se descamam das lesões
de diversos órgãos e que também se encontram nas secreções e excreções.

Ensino e pesquisa

O farmacêutico interessado em atuar nesta área deve possuir conhecimentos es-


pecíficos e estar comprometido com a educação permanente. O profissional poderá
lecionar tanto em disciplinas privativas quanto em não privativas que integrem o Curso de
Farmácia, para as quais esteja devidamente habilitado, obedecida a legislação de ensino.

Na Pesquisa, o farmacêutico pode atuar em diversas áreas, contribuindo no avan-


ço diagnóstico, no apoio ao desenvolvimento de novas técnicas analíticas laborato-
riais; na determinação de parâmetros de identificação, de prevenção e de diagnós-
tico. Neste campo é indispensável o conhecimento das legislações vigentes para a
realização de pesquisas envolvendo seres humanos, tais como a resolução CNS/MS
nº 466/2012 e a RDC Anvisa nº 09/2015.

Gestão Laboratorial

O gestor do laboratório deve possuir grande bagagem técnica, aliada a conhe-


cimentos administrativos adquiridos no decorrer de sua carreira profissional. Deve
desenvolver um papel de liderança no seu grupo, gerindo processos, custos, bios-
segurança, meio ambiente e ética, avaliando e se atualizando em cada nova meto-
dologia, aliando qualidade e tecnologia para chegar mais próximo do diagnóstico do
paciente. Não só os cursos de especialização formam os gestores: é necessário que
o profissional tenha espírito criativo, mente estudiosa e comportamento pragmático.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 25


Hematologia

A Hematologia estuda basicamente a parte celular do sangue (hemácias, leucó-


citos e plaquetas) e os órgãos hematopoiéticos (linfonodos, baço e medula óssea).
No setor da Hematologia, em um laboratório de Análises Clínicas, são avaliados
o estado fisiológico sanguíneo do indivíduo e/ou as doenças relacionadas ao san-
gue. As enfermidades mais frequentes são as anemias, as leucemias, os linfomas
e as coagulopatias. Além disso, este setor pode ser dividido ou concentrado em
certas áreas, como a Imuno-hematologia, que estuda os anticorpos e antígenos
sanguíneos importantes na Hemoterapia; a Coagulação, que avalia os sistemas
da coagulação e da fibrinólise, além de monitorar a terapêutica anticoagulante; e
a Onco-hematologia, com foco nos diagnósticos de neoplasias sanguíneas, nos
transplantes de medula e novos tratamentos.

Imunologia

Na área de Imunologia, são realizados diferentes exames laboratoriais com a


finalidade de diagnosticar e acompanhar pacientes com diversas doenças, tais como:

• Sorologia para HIV

• Sorologia para Hepatites

• Sorologia para Rubéola

• Sorologia para Toxoplasmose

• Sorologia para Sífilis

• Sorologia para Doenças Autoimunes

26 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


A Imunologia é uma área muito interessante, que requer do farmacêutico co-
nhecimentos sobre infecções bacterianas, virais e parasitárias, como também so-
bre o sistema imunológico.

Os exames imunológicos têm sido de extrema importância para a clínica médica


em quase todas as especialidades.

O Ministério da Saúde (MS) publica portarias e fluxogramas específicos para diag-


nósticos de doenças infecciosas, por entender a extrema importância epidemiológi-
ca. Exemplos são a Portaria MS/SVS nº 29/2013, que aprova o Manual Técnico para
o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças e dá outras providências,
Portaria MS/SVS nº 25/2015, que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico das
Hepatites Virais em Adultos e Crianças e a Portaria MS/GM nº 2.012/2016, que trata
principalmente do Fluxograma Laboratorial para a Sífilis.

Microbiologia

Embora metodologias mais modernas em biologia molecular já estejam ampla-


mente sendo utilizadas, ainda é um setor que demanda muitos recursos humanos,
visto que a recuperação do agente etiológico ainda depende de técnicas muitas vezes
manuais, tais como a semeadura e inoculação de amostras ou o repique de cepas.

Micologia

Empregando técnicas muito similares às da Microbiologia, a Micologia é um cam-


po de trabalho que tem se desenvolvido fortemente nas últimas duas décadas, graças
ao aperfeiçoamento tecnológico de identificação dos fungos. Os bons profissionais
ainda não suprem totalmente a demanda de mercado.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 27


Parasitologia

Na área de Parasitologia, o farmacêutico deve ter conhecimentos dos diversos


métodos que permitem a avaliação e diagnóstico das várias formas de parasitas que
se encontram nas amostras biológicas. Este profissional deve ser um conhecedor
profundo da morfologia e ciclo evolutivo dos parasitas, pois, essencialmente, ele
terá a microscopia como etapa finalizadora e conclusiva do diagnóstico laboratorial.
Não obstante, a coleta e a conservação do material biológico são fundamentais na
detecção e identificação dos parasitas.

Toxicologia

Em Toxicologia, o farmacêutico atua na identificação das substâncias químicas nas


áreas de alimentos, de medicamentos, ocupacional, social e ambiental. Além disso,
deve ser capaz de reconhecer o risco químico decorrente da exposição, intencional
ou não, aos agentes tóxicos que podem também ter sido usados pelo homem, nos
aspectos social, individual ou legal.

28 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


EXAME LABORATORIAL E ATENÇÃO
FARMACÊUTICA

No Brasil, a Resolução RDC nº 585/2013 do Conselho Federal de Farmácia -


CFF tem como objetivo regulamentar as atribuições clínicas do farmacêutico, consi-
derando as demais resoluções já publicadas (SANTOS, 2016).

Entre as atribuições do farmacêutico clínico descritas no Capítulo I, artigo 7º, en-


contram-se, no âmbito de sua competência profissional, solicitar exames laborato-
riais para monitorar os resultados da farmacoterapia (inciso XI), avaliar os resultados
de exames laboratoriais que visam a individualização da farmacoterapia (inciso XII)
e determinar quais os parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente que serão
acompanhados (inciso XIV) (SANTOS, 2016).

Desse modo, os exames laboratoriais têm como utilidade fornecer informações


para auxiliar no diagnóstico, avaliar o prognóstico, determinar as concentrações tóxi-
cas e terapêuticas dos fármacos, avaliar as concentrações de drogas e de substâncias,
além de monitorar a efetividade e segurança farmacoterapêutica (SANTOS, 2016).

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 29


QUALIDADE E BOAS PRÁTICAS
Qualidade é atender às necessidades do cliente. O cliente “paciente” tem uma
série de requisitos que já foram pesquisados pelas empresas especializadas e tradu-
zem-se por um atendimento cordial, rápido, em espaço físico adequado, limpo e
resultados nos prazos estabelecidos. Já o cliente médico requer resultados confiáveis
compatíveis com a investigação clínica dentro de prazos que permitam adotar medi-
das o mais breve possível no tratamento.

Este conjunto de expectativas faz com que o pessoal do laboratório envolvido


nas três fases, pré-analítica, analítica e pós-analítica, desenvolvam seus processos de
maneira a atender esses requisitos.

O papel principal da liderança do laboratório é o de envolver todo o corpo téc-


nico e administrativo na busca desse objetivo, implantando procedimentos dentro
de princípios geralmente aceitos e elaborados pelas Sociedades Científicas e que
orientam a implantação de processos voltados para a qualidade.

Além do recurso humano envolvido é importante o Laboratório ter seus recur-


sos físicos adequados, ou seja, áreas correspondentes às necessidades de volumes
de exames. Diversos textos legais regulam a área física e suas necessidades e podem
ser encontrados no fim deste caderno.

Na área analítica o Farmacêutico tem preparo suficiente para escolher no leque


de produtos e equipamentos oferecidos pelo mercado, aqueles que mais são ade-
quados ao bom desempenho nos mais variados tipos de exame.

O Farmacêutico responsável deve também implantar um controle de quali-


dade externo e interno e, para tanto, deve valer-se do respaldo das sociedades
científicas, entre elas a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e a Sociedade
Brasileira de Patologia Clínica que, junto com a Associação Brasileira de Nor-

30 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


mas Técnicas por meio do Inmetro, estabeleceram as Boas Práticas de Labo-
ratório Clínico (BPLC).

Os Laboratórios de Análises Clínicas estão investindo na Acreditação que é coordena-


da pela Organização Nacional de Acreditação sob a supervisão do Ministério da Saúde.

Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde do Ministério


da Saúde – CNES/MS, existem no Brasil mais de 20 mil laboratórios de Análises
Clínicas e Patologia Clínica.

Apesar das recomendações das sociedades científicas, uma pequena parcela passa
por auditorias externas (certificadoras e acreditadoras) que avaliam seus processos.
Isso ajuda a explicar o número de ações por erros de exames clínicos e de imagem
que tramitam nos Tribunais de Justiça do país. Enfim, qualidade é uma obrigação da
qual o profissional não pode se esquivar.

Toda força do pensamento, do sentimento e da ação que move o grupo de uma


unidade laboratorial deve estar concentrada no exercício de evitar “não conformidades”.

Para tanto, o grupo deve ter um suporte de recursos físicos e tecnológicos adequados.

As exigências de alguns setores específicos, como o de saúde, provocaram a


percepção de que o sistema da qualidade precisa de uma visão mais completa
e integrada. Isso deu início a uma série de normas de certificação de Sistemas
de Gestão da Qualidade. A partir de levantamentos e avaliações realizados
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em
1997, um novo cenário foi desenhado e, a partir dos resultados obtidos com
esta avaliação, um grupo de profissionais e entidades de classe, dentre elas a
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e a Sociedade Brasileira de
Patologia Clínica (SBPC), junto com o Inmetro e a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), iniciaram o desenvolvimento de Boas Práticas de

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 31


Laboratórios Clínicos (BPLC), tendo como referência os critérios do Programa
do Colégio Americano de Patologia (College of American Pathologists - EUA).

Nesse contexto, desenvolveu-se o Sistema Brasileiro de Acreditação, que é


coordenado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), com o apoio do
Ministério da Saúde (SBPC, sd).

Acreditação

O termo “acreditar” significa dar crédito, crer, ter como verdadeiro, dar ou esta-
belecer crédito. Portanto, “acreditar” significa outorgar a uma organização um certi-
ficado de avaliação que expressa a conformidade com um conjunto de requi¬sitos
previamente estabelecidos (SBPC, sd).

A acreditação de laboratórios de análises clínicas é concedida com base nos requi-


sitos estabelecidos na norma ABNT NBR NM ISO 15189, sendo aplicável a todos
os laboratórios onde se realizem exames de materiais biológicos, microbiológicos,
imunológicos, químicos, imuno-hematológicos, hematológicos, biofísicos, citológi-
cos, patológicos ou de outros materiais provenientes do corpo humano, com a
finalidade de fornecer informações para o diagnóstico, prevenção e tratamento de
doenças, ou para a avaliação de saúde de seres humanos, e que podem oferecer
serviços de consultoria e acompanhamento que abrangem todos os aspectos das
investigações em laboratório, incluindo a interpretação de resultados e conselhos
sobre investigações adicionais apropriadas (Inmetro, sd).

Principais Fontes de Erro no Diagnóstico Laboratorial

As boas práticas em Análises Clínicas e Toxicológicas são importantes para identi-


ficar, reduzir e/ou eliminar as fontes de erros potenciais no diagnóstico laboratorial.
Para isso, é necessária a educação continuada dos profissionais.

32 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


Os principais fatores que influenciam a magnitude da variação dos parâmetros
biológicos são classificados em três grupos: as variáveis pré-analíticas, analíticas e
pós-analítica (Figura 1).

Figura 1 – Principais fontes de variação nos ensaios laboratoriais

Pré-analítica

Fontes de
Analítica
variação

Pós-analítica

Fonte: Adaptado de BROOKS (1998) e FRASER (2001) por GIRELLI (2004)

Os princípios científicos que atualmente regem a qualidade no laboratório de


Análises Clínicas e Toxicológicas abrem um vasto campo de trabalho para o farma-
cêutico. Este profissional conta no seu currículo com disciplinas extremamente úteis
na sua formação técnica, mas nem sempre com disciplinas que favorecem a cria-
ção de uma cultura da qualidade. Portanto, é necessário um esforço adicional para
aperfeiçoar-se, desenvolvendo o conhecimento aprendido nas matérias técnicas a
serviço das ferramentas de qualidade.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 33


FASES DO PROCESSO ANALÍTICO
O laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas é fundamentado em um pro-
cesso dinâmico que se inicia na coleta do espécime diagnóstico e termina com a
emissão de um laudo diagnóstico. No entanto, didaticamente pode-se dividir este
processo em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica.

A fase pré-analítica consiste na preparação do paciente, coleta, manipulação e ar-


mazenamento da amostra antes da determinação analítica, ou seja, compreende tudo
que precede o ensaio laboratorial, dentro ou fora do laboratório de Análises Clínicas e
Toxicológicas. A fase analítica inicia-se com a validação do sistema analítico, por meio
de controle de qualidade interno na amplitude normal e patológica, e se encerra quan-
do a determinação analítica gera um resultado. Já a fase pós-analítica se inicia quando o
resultado gerado na fase analítica recebe a liberação técnica e finaliza-se após a emissão
de um laudo diagnóstico pelo farmacêutico ou profissional habilitado.

As boas práticas nas três fases consistem na padronização dos procedimentos en-
volvidos no processo laboratorial, que se inicia com a elaboração dos procedimentos
operacionais padrão (POP).

Fase Pré-Analítica

Grande parte dos erros laboratoriais encontrados são consequências da falta de


padronização na fase pré-analítica. Portanto, é de extrema importância implementar
metodologias mais rigorosas para detecção, classificação e redução destes erros.

A influência das variáveis pré-analíticas pode ser reduzida, desde que se estabeleça
uma boa orientação aos pacientes.

34 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


Fase Analítica

A fase analítica sempre recebeu atenção especial dos profissionais do laboratório. Avan-
ços significativos ocorreram nas últimas duas décadas, em especial com a popularização de
sistemas automatizados e a evolução tecnológica, permitindo uma expressiva redução nos
coeficientes de variação analítica e aumentando a confiabilidade nos resultados.

As variáveis analíticas atualmente vêm sendo minimizadas e controladas nos


laboratórios de Análises Clínicas e Toxicológicas devido à implantação dos pro-
gramas de controle de qualidade interno e externo, pelos quais é possível avaliar
precisão e exatidão metodológicas.

Fase Pós-Analítica

As boas práticas na fase pós-analítica iniciam-se quando o resultado gerado na fase


analítica recebe a liberação técnica e finaliza-se após a emissão e liberação de um
laudo diagnóstico pelo farmacêutico.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 35


VOCÊ SABIA QUE...
Com a automação há a possibilidade do farmacêutico atuante em análises clínicas
e toxicológicas capturar as imagens das leituras das lâminas e discutir com outros
especialistas que não estão no mesmo laboratório, antes da liberação do laudo?

A tecnologia da informação facilitou a vida no laboratório, pois por meio da inter-


conectividade, as análises podem ser liberadas automaticamente. Quando elas são
aplicadas, os algoritmos que analisam o resultado obtido podem determinar as ações
automáticas, tais como a repetição da amostra ou o escalonamento de resolução.
Nesse caso será encaminhado para um analista ou especialista que verificará se o re-
sultado será liberado, repetido ou se será solicitada nova amostra para confirmação.
Portanto, é fundamental que o farmacêutico tenha conhecimento das tecnologias
disponíveis no mercado.

O resultado também pode ser crítico, e este será priorizado com alertas auto-
máticos para que o farmacêutico, em posse desta informação, faça a comunicação
imediata ao responsável pelo paciente, de modo que seja assistido com urgência
para garantir a sua segurança.

A distribuição das amostras também pode ser automatizada. Nesse contexto ela
é feita por meio de equipamentos que separam os tubos em racks para colocá-los
nos analisadores automáticos ou por esteiras que transportam as amostras até os
equipamentos; estas em sua grande maioria são modulares, formando as chamadas
plataformas ou estações de trabalho. Apesar de haver pequena intervenção humana
nestas ações, o farmacêutico pode concentrar-se na análise dos resultados que não
foram liberados automaticamente, no gerenciamento dos controles, na rotina analí-
tica, garantindo a qualidade do serviço prestado.

Com os avanços das técnicas moleculares, as análises genéticas podem diagnosti-


car doenças raras, auxiliando no diagnóstico e na terapia correta e rápida.

36 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


A inteligência artificial também trará informações muito importantes, e o labo-
ratório clínico terá um novo papel no cenário de engajamento dos pacientes com
doenças crônicas, na prevenção de doenças, atendendo ao foco atual de prevenção
primária da população.

Os laboratoristas defrontam-se na atualidade com o incremento de uma pro-


posta diagnóstica conhecida como “Teste Laboratoriais Remotos” (Point of Care),
cuja metodologia não é nova, mas vem se constituindo mercê de uma publicidade
mais acentuada em uma metodologia mais difundida. Inicialmente as “tiras reagen-
tes” eram empregadas para facilitação do próprio laboratório, uma vez que eram
usadas apenas no seu âmbito. A necessidade de controle do diabetes fez com que
as dosagens de glicemia fossem realizadas em Farmácias ou pelo próprio paciente
começando, assim, o seu emprego fora do âmbito do laboratório. Na atualidade,
uma grande quantidade de exames hormonais, bioquímicos e imunológicos pode
ser realizada por essa metodologia.

Enfim, o campo das análises clínicas e toxicológicas é fértil e o farmacêutico


contribui de forma significativa para promoção, prevenção e assistência à saúde.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 37


LEGISLAÇÃO
A seguir, mencionamos as principais normas do setor clínico-laboratorial.

Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico. Secre-


taria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, 2004.

LEIS

Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960. Cria o Conselho Federal e os Con-


selhos Regionais de Farmácia, e dá outras providências.

Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o Controle Sanitário


do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, e dá
outras providências.

Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações


de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabele-
ce normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências.

Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do con-


sumidor e dá outras providências.

Lei nº 10.357, de dezembro de 2001. Estabelece normas de controle e fiscali-


zação sobre produtos químicos que, direta ou indiretamente, possam ser destinados
à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem
dependência física ou psíquica, e dá outras providências.

Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil.

38 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


DECRETOS

Decreto nº 78.231, de 12 de agosto de 1976. Regulamenta a Lei nº 6.259,


de 30 de outubro de 1975, que dispõe sobre a organização das ações de Vigilância
Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas re-
lativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências.

Decreto nº 85.878, de 7 de abril de 1981. Estabelece normas para execução


da Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de
farmacêutico, e dá outras providências.

Decreto nº 10.030, de setembro de 2019. Aprova o Regulamento de Produ-


tos Controlados.

INSTRUÇÕES NORMATIVAS – MINISTÉRIO DO TRABALHO E


EMPREGO (ATUAL MINISTÉRIO DA ECONOMIA)

Instrução Normativa nº 1, de 20 de dezembro de 1995. Avaliação das Con-


centrações de Benzeno em Ambientes de Trabalho. Ministério do Trabalho e Emprego.

Instrução Normativa nº 2, de 20 de dezembro de 1995. Vigilância da


Saúde dos Trabalhadores na Prevenção da Exposição ao Benzeno. Ministério do
Trabalho e Emprego.

NORMAS REGULAMENTADORAS - MINISTÉRIO DO TRABALHO E


EMPREGO (ATUAL MINISTÉRIO DA ECONOMIA)

Norma Regulamentadora nº 6 - Ministério do Trabalho e Emprego


Equipamento de Proteção Individual – EPI.

Norma Regulamentadora nº 7 - Ministério do Trabalho e Emprego

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 39


Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Norma Regulamentadora nº 9 - Ministério do Trabalho e Emprego


Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA).

Norma Regulamentadora nº 15 - Ministério do Trabalho e Emprego


Atividades e Operações insalubres.

Norma Regulamentadora nº 23 - Ministério do Trabalho e Emprego


Proteção contra incêndios.

Norma Regulamentadora nº 26 - Ministério do Trabalho e Emprego


Sinalização de segurança.

Norma Regulamentadora nº 32 - Ministério do Trabalho e Emprego


Dispõe sobre a segurança no trabalho em serviços de saúde.

PORTARIAS

PORTARIAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Portaria MS/SVS nº 29, de 17 de dezembro de 2013. Aprova o Manual


Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças e dá
outras providências.

Portaria MS/GM n° 2.012, de 20 de outubro de 2016. Aprova o Manual


Técnico para o Diagnóstico da Sífilis e dá outras providências.

Portaria de Consolidação MS/GM nº 4, de 28 de setembro de 2017. Con-


solidação das normas sobre os sistemas e os subsistemas do Sistema Único de Saúde.

40 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


Portaria de Consolidação MS/GM nº 5, de 28 de setembro de 2017. Conso-
lidação das normas sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.

PORTARIAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (ATUAL


MINISTÉRIO DA ECONOMIA)

Portaria MTE nº 34, de 20 de dezembro de 2001. Protocolo para a utilização


de Indicador Biológico da Exposição Ocupacional ao Benzeno.

Portaria MTE nº 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regu-


lamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde).

PORTARIAS DA SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE -


ESTADO DE SÃO PAULO

Portaria CVS nº 13, de 04 de novembro de 2005. Aprova Norma Técnica


que trata das condições de funcionamento dos Laboratórios de Análises e Pesquisas
Clínicas, Patologia Clínica e Congêneres, dos Postos de Coleta Descentralizados aos
mesmos vinculados, regulamenta os procedimentos de coleta de material humano
realizados nos domicílios dos cidadãos, disciplina o transporte de material humano
dentro do Estado de São Paulo e dá outras providências.

RESOLUÇÕES

RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

Resolução CNS nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e


normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 41


RESOLUÇÕES DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC ANVISA/MS

Resolução RDC Anvisa nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o


Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de
projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

Resolução RDC Anvisa nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre


Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos.

Resolução RDC Anvisa nº 11, de 26 de janeiro de 2006. Dispõe sobre o Re-


gulamento Técnico de Funcionamento de Serviços que prestam Atenção Domiciliar.

Resolução RDC Anvisa nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas


Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.

Resolução RDC Anvisa nº 51, de 6 de outubro de 2010. Dispõe sobre


os requisitos mínimos para a análise, avaliação e aprovação dos projetos físicos de
estabelecimentos de saúde no Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e dá
outras providências.

Resolução RDC Anvisa nº 09, de 20 de fevereiro de 2015. Dispõe sobre


o Regulamento para a realização de ensaios clínicos com medicamentos no Brasil.

Resolução RDC Anvisa nº 205, de 28 de dezembro de 2017. Estabelece


procedimento especial para anuência de ensaios clínicos, certificação de boas práti-
cas de fabricação e registro de novos medicamentos para tratamento, diagnóstico ou
prevenção de doenças raras.

Resolução RDC Anvisa nº 293, de 15 de julho de 2019. Altera a Resolução


da Diretoria Colegiada - RDC nº 205, de 28 de dezembro de 2017.

42 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


RESOLUÇÕES ESPECÍFICAS - RE ANVISA/MS

Resolução RE - Anvisa nº 899, de 29 de maio de 2003. Dispõe sobre valida-


ção de métodos analíticos e bioanalíticos.

Resolução RE - Anvisa nº 2.605, de 11 de agosto de 2006. Estabelece a lista de


produtos médicos enquadrados como de uso único proibidos de ser reprocessados.

RESOLUÇÕES NORMATIVAS AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE


SUPLEMENTAR - ANS

Resolução Normativa ANS nº 305, de 09 de outubro de 2012. Estabelece


o Padrão obrigatório para Troca de Informações na Saúde Suplementar - Padrão
TISS dos dados de atenção à saúde dos beneficiários de Plano Privado de Assistência
à Saúde; revoga a Resolução Normativa - RN nº 153, de 28 de maio de 2007, e os
artigos 6º e 9º da RN nº 190, de 30 de abril de 2009.

Resolução Normativa ANS nº 341, de 27 de novembro de 2013. Altera


a Resolução Normativa RN nº 305/2012 que estabelece o Padrão obrigatório para
Troca de Informações na Saúde Suplementar - Padrão TISS dos dados de atenção à
saúde dos beneficiários de Plano Privado de Assistência à Saúde e revoga a Resolu-
ção Normativa - RN nº 153, de 28 de maio de 2007 e os artigos 6º e 9º da RN nº
190, de 30 de abril de 2009.

Resolução Normativa ANS nº 363, de 11 de dezembro de 2014. Dispõe


sobre as regras para celebração dos contratos escritos firmados entre as operadoras
de planos de assistência à saúde e os prestadores de serviços de atenção à saúde e
dá outras providências.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 43


RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -
CONAMA

Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o trata-


mento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.

RESOLUÇÃO DA SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE - SMA

Resolução SMA nº 56, de 10 de junho 2010. Altera procedimentos para o


licenciamento das atividades que especifica e dá outras providências.

RESOLUÇÕES DO CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA - CFF

Resolução CFF nº 295, de 25 de julho de 1996. Reconhece o programa de


controle de qualidade estabelecido pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas.

Resolução CFF nº 296, de 25 de julho de 1996. Normatiza o exercício das


análises clínicas pelo farmacêutico bioquímico.

Resolução CFF nº 303, 30 de abril de 1997. Dispõe sobre atribuições do


Farmacêutico-bioquímico na área de Citogenética Humana.

Resolução CFF nº 304, 01 de maio de 1997. Dispõe sobre atribuições do


Farmacêutico-bioquímico na área de Imunogenética e Histocompatibilidade.

Resolução CFF nº 307, de 2 de maio de 1997. Dispõe sobre atribuições do


Farmacêutico-bioquímico na área de Toxicologia.

Resolução CFF nº 359, de 20 de abril de 2001. Dispõe sobre as atribuições


do Farmacêutico-bioquímico nas áreas de Citoquímica, Histoquímica, Imunocitoquí-
mica e Imunohistoquímica.

44 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


Resolução CFF nº 493, de 26 de novembro de 2008. Aprova as referências
de exames e outros serviços em Laboratórios Clínicos sob a responsabilidade técni-
ca do Farmacêutico-bioquímico.

Resolução CFF nº 499, de 17 de dezembro de 2008. Dispõe sobre a pres-


tação de serviços farmacêuticos, em farmácias e drogarias, e dá outras providências.

Resolução CFF nº 505, de 23 de junho de 2009. Revoga os artigos 2º e 34 e


dá nova redação aos artigos 1º, 10, 11, parágrafo único, bem como ao Capítulo III e
aos Anexos I e II da Resolução nº 499/08 do Conselho Federal de Farmácia.

Resolução CFF nº 508, de 29 de julho de 2009. Dispõe sobre as atribuições


do farmacêutico no exercício de auditorias e dá outras providências.

Resolução CFF nº 570, de 22 de fevereiro de 2013. Dispõe sobre atribuições


do Farmacêutico na área da Genética Humana.

Resolução CFF nº 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições


clínicas do Farmacêutico e dá outras providências.

Resolução CFF nº 586, de 29 de agosto de 2013. Regula a prescrição farma-


cêutica e dá outras providências.

Resolução CFF nº 596, de 21 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre o Código


de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as
regras de aplicação das sanções disciplinares.

Resolução CFF nº 602, de 30 de outubro de 2014. Altera dispositivos da


Resolução/CFF nº 505/09.

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 45


SITES INTERESSANTES
Governamentais:

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária – http://portal.anvisa.gov.br

ATSDR - Agency for Toxic Substances and Disease Registry – www.atsdr.cdc.gov

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – www.cetesb.sp.gov.br

CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear – www.cnen.gov.br

COMUDA - Conselho Municipal de Políticas Públicas para Drogas e Álcool – https://


www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/participacao_social/
conselhos_e_orgaos_colegiados/comuda/

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente – www.mma.gov.br/conama

CONED - Conselho Estadual sobre Drogas – www.justica.sp.gov.br

CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – http://ctnbio.mctic.gov.br/inicio

EPA - Environmental Protection Agency – www.epa.gov

FDA - Food and Drug Administration – www.fda.gov

FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz – https://portal.fiocruz.br/fundacao

FUNDACENTRO - Fundacentro - Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança


e Medicina do Trabalho – www.fundacentro.gov.br

46 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


IAL - Instituto Adolfo Lutz – www.ial.sp.gov.br

IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis


– www.ibama.gov.br

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia – www.inmetro.gov.br

MMA - Ministério do Meio Ambiente – www.mma.gov.br

MPAS - Ministério de Previdência e Assistência Social – http://www.previdencia.gov.br/

MS - Ministério da Saúde – www.saude.gov.br

Secretaria de Trabalho (Ministério da Economia) – http://trabalho.gov.br/

NIDA - National Institute on Drug Abuse – www.nida.nih.gov

OMS - Organização Mundial de Saúde – www.who.int

REBLAS/ANVISA – http://portal.anvisa.gov.br/reblas

Secretaria do Meio Ambiente - São Paulo – www.ambiente.sp.gov.br

Secretaria de Trabalho (Ministério da Economia) – http://trabalho.gov.br/

Associações e organizações:

AACC - American Association of Clinical Chemistry – www.aacc.org

ABEAD - Associação Brasileira do Estudo do Álcool e Outras Drogas – www.abead.com.br

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 47


ABHH - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia – www.abhh.com.br

ABHO - Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais – www.abho.org.br

ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists – www.acgih.org

ADA - American Diabetes Association – www.diabetes.org

AMB - Associação Médica Brasileira – www.amb.org.br

ANANT - Associação Nacional de Medicina do Trabalho – www.anamt.org.br

APM - Associação Paulista de Medicina – www.apm.org.br

AABB - Associação Americana de Banco de Sangue – www.aabb.org

CBDL – Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial – www.cbdl.org.br

CFF - Conselho Federal de Farmácia – www.cff.org.br

CFM - Conselho Federal de Medicina – www.cfm.org.br

CFQ - Conselho Federal de Química – www.cfq.org.br

CRF-SP - Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo – www.crfsp.org.br

EUROTOX - Association of European Toxicologists & European Societies of


Toxicologists – www.eurotox.com

International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine – www.ifcc.org

48 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


IUTOX - International Union of Toxicology – www.iutox.org

NIOSH - National Institute of Occupational Safety & Health – www.cdc.gov/niosh/


homepage.html

ONA - Organização Nacional de Acreditação – www.ona.org.br

SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas – www.sbac.org.br

SBBq - Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular – www.sbbq.org.br

SBC - Sociedade Brasileira de Cardiologia – www.cardiol.br

SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes – www.diabetes.org.br

SBI - Sociedade Brasileira de Imunologia – www.sbi.org.br

SBM - Sociedade Brasileira de Microbiologia – www.sbmicrobiologia.org.br

SBP - Sociedade Brasileira de Parasitologia – www.parasitologia.org.br

SBPC - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica – www.sbpc.org.br

SBQ - Sociedade Brasileira de Química – www.sbq.org.br

SBTOX - Sociedade Brasileira de Toxicologia – https://www.sbtox.org/

Sociedade Americana de Hematologia – www.hematology.org

Sociedade Americana de Oncologia Clínica – www.asco.org

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 49


Universidades e bancos de dados:

Biblioteca (Centro de Informação e Referência) da Faculdade de Saúde Pública da


USP – http://www.biblioteca.fsp.usp.br

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS da Bireme) – www.bireme.br

Laboratório de bioquímica - http://www.geocities.ws/laboratoriodebioquimica/


index_arquivos/Page266.htm

CAS - Chemical Abstracts Service – www.cas.org

FCF-USP - Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo –


www.usp.br/fcf

FM-USP - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – www.fm.usp.br

FSP-USP - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – www.fsp.


usp.br/site

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – www.ibict.br

INCA - Instituto Nacional do Câncer – www.inca.gov.br

PubMed - National Library of Medicine – https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/

SIBi/USP - Sistema Integrado de Bibliotecas da USP – www.usp.br/sibi

SINITOX - Sistema Nacional de Informações Tóxico-farmacológicas – https://


sinitox.icict.fiocruz.br/

50 GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS


UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo – www.unifesp.br

Outras fontes de informação:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas – www.abnt.org.br

ACP - American College of Physicians – www.acponline.org/mle

Blood (Revista da Sociedade Americana de Hematologia) – www.bloodjournal.org

CAP - College of American Pathologists – https://www.cap.org/

CEATOX - Centro de Assistência Toxicológica de Presidente Prudente – www.


unoeste.br/ceatox

CEATOX - Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da


Universidade de São Paulo – www.ceatox.org.br

Centro de Controle de Intoxicações (HUAP/UFF) – www.uff.br

CISA - Centro de Informações Sobre Saúde e Álcool – www.cisa.org.br

Clinical Chemistry – www.clinchem.org

CLSI (NCCLS) - Clinical and Laboratory Standards Institute – https://clsi.org/

ControlLab - Controle de Qualidade para Laboratórios – www.control-lab.com.br

INST/CUT - Instituto Nacional de Saúde no Trabalho – www.cut.org.br

NGSP - National Glycohemoglobin Standardization Program – www.ngsp.org

GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICAS 51


PNCQ - Programa Nacional de Controle de Qualidade – www.pncq.org.br

Quality Control Westgard – www.westgard.com

Risco Biológico – www.riscobiologico.org

SINDHOSP – www.sindhosp.com.br

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puncture. Approved Standard 5. ed.

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-um-negocio/ideias_negocio_pdf?id=78EE6B1F77E3133183-2579B40052229A
&uf=undefined&filename=laboratorio-de-analises-clinicas&titulo=laboratorio-de-
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2010. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/1(2).pdf>. Acesso em:
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VEJA. O microscópio sumiu. Edição 2034, 14 de novembro de 2007. Disponível


em: <http://veja.abril. com.br/141107/p_152.shtml>. Acesso em 29 mai 2012.

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Chem. Lab. Med., 2003.

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TELEFONES
www.crfsp.org.br

SEDE DO CRF-SP
Rua Capote Valente, 487 – Jd. América
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CEP 05409-001
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SECCIONAIS

Araçatuba: Tel.: (18) 3624.8143 Santo André: Tel.: (11) 4437.1991 / (11)
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Campinas: Tel.: (19) 3251.8541 / (19) São José do Rio Preto: Tel.: (17) 3234.4043 /
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Fernandópolis: Tel.: (17) 3462.5856 São José dos Campos: Tel.: (12) 3921.4644 /
Franca: Tel.: (16) 3721.7989 (12) 3942.2792
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Mogi das Cruzes: Tel.: (11) 4726.5484 SECCIONAIS NA CAPITAL
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3911.5054

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