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ANTINEOPLÁSICOS

Enfa. Me. Vicenilma de Andrade Martins


2020.2
O que é o Câncer?

• Câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que têm em comum o


crescimento desordenado.

• Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que


foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e
tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos
agressivos sobre o homem.
O que é o Câncer?

• As células cancerosas, em vez de morrerem, continuam crescendo


incontrolavelmente, formando outras novas células anormais. A proliferação celular
pode ser controlada ou não controlada.

• Crescimento controlado: aumento localizado e autolimitado de células de tecidos


normais por estímulos fisiológicos ou patológicos. As células são normais ou com
pequenas alterações de forma e função, podendo ser iguais ou diferentes do tecido
onde se instalam. O efeito é reversível após o término dos estímulos que o
provocaram. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos.
O que é o Câncer?
• Crescimento não- controlado: massa anormal de tecido, crescimento é quase
autônomo, persistindo dessa maneira excessiva após o término dos estímulos que o
provocaram. As neoplasias (câncer in situ e câncer invasivo) correspondem a essa
forma e, na prática, são denominadas tumores.
Câncer

 Neoplasias ou tumores benignos:


• Crescimento de forma organizada, geralmente lento, expansivo e apresentam limites bem
nítidos. Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e
tecidos adjacentes;

 Neoplasias ou tumores malignos:


• Manifestam um maior grau de autonomia e são capazes de invadir tecidos vizinhos e
provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do
hospedeiro.
Câncer
Câncer

• Capacidade de invasão e
disseminação que os tumores
malignos apresentam de produzir
outros tumores, em outras partes do
corpo, a partir de um já existente, é
a principal característica do câncer.
Esses novos focos de doença são
chamados de metástases.
Câncer

 Uma célula normal torna-se cancerosa em decorrência de uma ou mais mutações em


seu DNA, que pode ser herdada ou adquirida, geralmente através da exposição a
vírus ou substâncias cancerígenas (p. ex., produtos que contêm tabaco, amianto).

 Genes: arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das


estruturas, formas e atividades das células no organismo;
 DNA: informação genética; passam informações para o funcionamento da célula;
 Mutação genética: alterações no DNA dos genes.
Câncer

Existem duas categorias principais de alterações genéticas importantes:


1. A ativação de proto-oncogenes a oncogenes. Proto-oncogenes são genes que
normalmente controlam a divisão, apoptose e diferenciação celular, mas que podem
converter-se em oncogenes, os quais induzem alterações malignas por ação viral ou
carcinogênica.
2. A inativação de genes de supressão tumoral. As células normais contêm genes
capazes de suprimir alterações malignas, denominados genes de supressão tumoral
(anti-oncogenes) e mutações nesses genes podem estar associadas a vários cânceres
diferentes. A perda de função dos genes de supressão tumoral pode ser um evento
crítico na carcinogênese.
Câncer

 Quais são os fatores de risco para desenvolvimento do câncer?

 Tabagismo  Medicamentos
 Hábitos Alimentares  Fatores Ocupacionais
 Alcoolismo  Radiação solar
 Hábitos Sexuais  Fatores Hereditários
Câncer
Terapias para câncer

CIRURG RADIOTERA
IA PIA
QUIMIOTERAP
IA
IMUNOTERA
PIA
TERAPIA
TERAPIAS/
MOLECUL
CÂNCER AR
Tratamento do câncer
• Curativo - o objetivo do tratamento é alcançar uma cura, eliminando a doença e permitindo que o
paciente tenha uma vida normal.
• Tratamento primário: o objetivo é remover completamente o câncer, através de um tratamento
local. A cirurgia e a radioterapia são considerados tratamentos locais, pois atuam somente a área
comprometida pelo tumor.
• Adjuvante - o objetivo é eliminar as células tumorais que podem permanecer após o tratamento
primário, principalmente após a cirurgia, a fim de reduzir a chance do câncer voltar. Terapias
adjuvantes comuns incluem quimioterapia, radioterapia e terapia hormonal.
• Neoadjuvante ou prévia - tratamento realizado antes de uma cirurgia e normalmente envolvem
radioterapia e/ou quimioterapia. Os objetivos principais são diminuir o tumor pra facilitar a cirurgia
e aumentar as chances de cura.
• Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de aliviar sinais e sintomas causados
pela doença e melhorar a qualidade da sobrevida do paciente.
RADIOTERAPIA
• Método de tratamento local ou locorregional.

• utiliza radiação ionizante para destruir um tumor ou


impedir que suas células aumentem.

• Radiações não são vistas e durante a aplicação o


paciente não sente nada.

• A radioterapia pode ser usada em combinação com a


quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento
dos tumores, como as cirurgias oncológicas.

• É muito utilizada para tumores que ainda não se


espalharam e não tem metástases.
RADIOTERAPIA

RADIOTERAPIA EXTERNA OU
TELETERAPIA
• A radiação é emitida por um aparelho, que fica afastado do paciente, direcionado ao local a
ser tratado, com o paciente deitado. As aplicações são, geralmente, diárias.

BRAQUITERAPIA

• Aplicadores são colocados pelo médico, em contato ao local a ser tratado, e a radiação é
emitida do aparelho para os aplicadores. Esse tratamento é feito no ambulatório (podendo
necessitar de anestesia), de uma a duas vezes por semana.
RADIOTERAPIA
RADIOTERAPIA

COMO É FEITA A RADIOTERAPIA?

• Nº de aplicações pode variar de acordo com a extensão e a


localização do tumor, resultados dos exames e estado de
saúde do paciente.
• Para programar o tratamento, é utilizado um aparelho
chamado simulador. Através de radiografias, o médico
delimita a área a ser tratada, marcando a pele com uma
tinta vermelha.
• Para que a radiação atinja somente a região marcada, em
alguns casos pode ser feito um molde de gesso ou de
plástico, para que o paciente se mantenha na mesmo
posição durante a aplicação.
CIRURGIA

• Cirurgia curativa: objetivo é remover o tumor totalmente sempre com uma margem de
tecido normal, chamada margem de segurança.

• Redutiva - Tumor muito grande - a cirurgia pode reduzir boa parte do tumor, em alguns
casos específicos, e o paciente depois recebe outros tratamentos.

• Cirurgia Paliativa: reduzir a quantidade de células tumorais ou de controlar sintomas que


comprometam a qualidade da sobrevivência do paciente. Alguns exemplos de tratamentos
paliativos são: a descompressão de estruturas vitais, o controle de hemorragias e
perfurações, o desvio de trânsitos aéreo, digestivo e urinário, e o controle da dor.
QUIMIOTERAPIA

• A quimioterapia é o método que utiliza compostos


químicos, chamados quimioterápicos, no
tratamento de doenças malignas.

• É chamada de quimioterapia antineoplásica ou


quimioterapia antiblástica.
QUIMIOTERAPIA

MECANISMOS DE AÇÃO

Afetam tanto as células normais como as neoplásicas;

Maior dano às células malignas;

Ação nas enzimas, que são responsáveis pela maioria das funções celulares;

Afeta a função e a proliferação tanto das células normais como das neoplásicas.
QUIMIOTERAPIA

Classificação das drogas antineoplásicas

 Ciclo-inespecíficos - Aqueles que atuam nas células que estão ou não no ciclo
proliferativo, como, por exemplo, a mostarda nitrogenada.

 Ciclo-específicos - atuam somente nas células que se encontram em proliferação,


como é o caso da ciclofosfamida.

 Fase-específicos - Aqueles que atuam em determinadas fases do ciclo celular.


QUIMIOTERAPIA

Tipos e finalidades da quimioterapia

 Quimioterapia prévia, neoadjuvante ou citorredutora: indicada para redução de


tumores locais e regionalmente avançados. Tem a finalidade de tornar os tumores
ressecáveis ou de melhorar o prognóstico do paciente.

 Quimioterapia adjuvante ou profilática: indicada após o tratamento cirúrgico curativo,


quando o paciente não apresenta qualquer evidência de neoplasia maligna detectável por
exame físico e exames complementares.

 Quimioterapia curativa: finalidade de curar neoplasias malignas para os quais representa


o principal tratamento (podendo estar associada à cirurgia e à radioterapia).
QUIMIOTERAPIA

Tipos e finalidades da quimioterapia

 Quimioterapia Paliativa: visa melhorar a qualidade de vida do paciente, minimizando os


sintomas decorrentes da proliferação tumoral, aumentando seu tempo de sobrevida em
função de uma redução importante do número de células neoplásicas.

 Quimioterapia para controle temporário de doença: finalidade paliativa. O que


diferencia esta da anterior é que a autorização de um procedimento para quimioterapia de
controle temporário, dado as características biológicas e terapêuticas das doenças
correspondentes, pode ser repetida para mais de um planejamento terapêutico global

 Hormonioterapia: Consiste no uso de substâncias semelhantes ou inibidoras de


hormônios para tratar as neoplasias que são dependentes desses. Tem como objetivo
impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem.
COMO A QUIMIOTERAPIA PODE
SER APLICADA?
Acesso Venoso Periférico Tenckhoff Port a Cath

Cateter Venoso Central de


Cateter Venoso Central Inserção Periférica
PICC
PREPARAÇÃO DOS QUIMIOTERAPÍCOS

 Os quimioterápicos antineoplásicos deverão ser preparados


pelo farmacêutico em capela com fluxo laminar ou cabine de
segurança biológica, conforme determinação da
ANVISA,RDC nº220.de 21 de setembro de 2004.

 O enfermeiro é autorizado a ministrar quimioterápicos


antineoplásicos, conforme RESOLUÇÃO COFEN 569/2018.

 estão proibidos de manusear os antineoplásicos as


gestantes, as nutrizes, profissionais expostos ao raio-
X (fator de risco adicional) e por profissionais não
habilitados.
QUIMIOTERAPIA

Os determinantes básicos na escolha do tratamento são:

 O diagnóstico histológico e a localização da neoplasia.


 O estádio da doença, incluindo padrões prováveis de disseminação para localizações
regionais e a distância.
 Toxicidade potencial de uso.
 Duração da toxicidade presumida.
 Condições clínicas do paciente, que podem ser quantificadas pelas escalas de
performance status (escala de Karnofsky e Ecog).
QUIMIOTERAPIA

Critérios para aplicação da quimioterapia

 Menos de 10% de perda do peso corporal desde o início da doença;


 Ausência de contraindicações clínicas para as drogas selecionadas;
 Ausência de infecção ou infecção presente, mas sob controle;
 Contagem das células do sangue e dosagem de hemoglobina e dosagens bioquímicas;
 Capacidade funcional, segundo os índices propostos por ecog e karnofsky.
Resistência aos quimioterápicos

Nova codificação genética (mutação);


Vias metabólicas alternativas, através da síntese de novas enzimas;

"resistência a múltiplas drogas“, está relacionado à diminuição da


concentração intracelular do quimioterápico e a presença da
glicoproteína 170-P, P53.

O tratamento é descontinuado; Aplicada a intervalos irregulares;


Doses inadequadas são administradas.

Deve-se iniciar a quimioterapia quando a população tumoral é


pequena, a fração de crescimento é grande e a probabilidade de
resistência por parte das células com potencial mutagênico é mínima.
QUIMIOTERAPIA

Classificação dos antineoplásicos conforme as reações dermatológicas


locais
 Quimioterápicos vesicantes: provocam irritação severa com formação de vesículas e
destruição tecidual quando extravasados.

 Quimioterápicos irritantes: causam reação cutânea menos intensa quando extravasados


(dor e queimação sem necrose tecidual ou formação de vesículas);

 Quimioterápicos não vesicantes/irritantes: não causam reação cutânea quando


extravasados e não provocam dor equeimação durante a administração.
Classificação das drogas quimioterápicas antineoplásicos
QUIMIOTERAPIA

 ALQUILANTES

 Capazes de substituir em outra molécula um átomo


de hidrogênio por um radical alquil.

 Eles se ligam ao DNA de modo a impedir a


separação dos dois filamentos do DNA na dupla
hélice espiralar, fenômeno este indispensável para a
replicação.

 A alquilação do DNA no interior do núcleo


provavelmente represente a principal interação que
leva à morte celular.
QUIMIOTERAPIA

 Mostardas nitrogenadas  Nitrosureais

 Mecloretamina (Mustargen®);  Carmustina (BCNU);


 Clorambucila (Leukeran®);
 Lomustina (CCNU);
 Ciclofosfamida (Cytoxan®);
 Ifosfamida®;  Semustina (metil-CCNU).
 Estramustina (Emcyt®);
 Melfalam (Alkeran®).
QUIMIOTERAPIA

 Ciclofosfamida (Cytoxan®)

 Efeitos adversos
 ACROLEÍNA
 Alopecia, náusea e vômito, diarreia, mielossupressão
 cistite hemorrágica (Provoca fibrose da bexiga)

Câncer de mama e ovário  Doença de Hodgkin


 Câncer colorretal  Linfoma não-Hodgkin
INDICAÇÕES
 Câncer de cérvice uterina  Leucemia linfóide aguda...
 Adenocarcinoma pulmonar
 Ciclofosfamida (Cytoxan®)

 Inativa até ser metabolizada


no fígado;

 Metabólitos: acroleína;

 Mesma e aumenta ingestão


de líquidos.
QUIMIOTERAPIA

 Triazeno  Alquisulfonatos

 Dacarbazina (DTIC);.  Bussulfano


 Temozolomida. Indicação: LMC; Transplante de
medula óssea.
Indicações: Melanoma maligno,
doença de Hodgkin, sarcoma de  Etileneiminas e metilmelaminas
partes moles.
 Altretamina;
 Tiotepa.
QUIMIOTERAPIA

 Análogos da Platina

Compostos contendo platina se ligam ao DNA, inibindo sua transcrição e


replicação e induzindo a apoptose. Afeta a síntese de RNA e de proteínas.

Tipos  Cisplatina  Carboplatina Oxaliplatina


QUIMIOTERAPIA

 Análogos da Platina

 Indicações Clínicas
• Tumores sólidos: pulmão, mama, esofágico e gástrico, cabeça e
pescoço, testículo, ovário e bexiga.

 Efeitos Colaterais
• Náuseas e vômitos muito graves. hiperuricemia e reações
anafilática.
• Neuropatia sensorial periférica, mutagênica, teratogênica e
leucemia secundária.
QUIMIOTERAPIA

 ANTIMETABÓLICOS

Afetam as células inibindo a biossíntese dos componentes essenciais do DNA e do RNA.


Deste modo, impedem a multiplicação e função normais da célula.

 Análogos das purinas


 Fosfato de fludarabina;  Clofarabina;
 Cladribina;  Nelarabina.
 Pentostatina; Purina Mercaptopurina
 Mercaptopurina
Indicações: Leucemia Mieloide Aguda.
QUIMIOTERAPIA

 Antagonistas pirimidínicos

Citosina, Timina e Uracil Citarabina (Ara-C/Aracytin); Fluorouracila ( 5 FU); Gencitabina


(Gemzar); Capecitabina (Xeloda), Tegafur.

Citarabina
Indicações: Leucemias mieloides agudas, leucemias linfocítica crônica e linfomas.
Mecanismo de Ação: Inibe a síntese de DNA e a função do RNA.
QUIMIOTERAPIA

 Análogo da pirimidina

Pirimidina Fluoracil

Indicações: Carcinoma de mama, colorretal, anal, gastresofágico, cabeça e pescoço e


hepatomas.
QUIMIOTERAPIA

 Análogos do ácido fólico


 Antagonistas do folato: Metotrexato, raltitrexede, pemetrexede.

Análogo do ácido fólico Metrotrexato

Indicações: Carcinoma de mama, cabeça e pescoço, sarcoma osteogênico, leucemias


agudas, linfomas malignos, coriocarcinomas, sarcoma osteogênico e câncer de bexiga.
QUIMIOTERAPIA
 INIBIDORES MITÓTICOS (PRODUTOS
NATURAIS)

Podem paralisar a mitose na metáfase. Os


cromossomos, durante a metáfase, ficam
impedidos de migrar, ocorrendo a
interrupção da divisão celular. Devem ser
associados a outros agentes para maior
efetividade da quimioterapia.
QUIMIOTERAPIA

 Alcaloides da vinca
 Vimblastina, vinorelbina e Vincristina
 Leucemia, linfomas e câncer testicular;
 Neurotoxicidade;

 Taxanos
 Docetaxel/Paclitaxel
 Câncer de ovário, mama, pulmão.
QUIMIOTERAPIA
 INIBIDORES MITÓTICOS (PRODUTOS
NATURAIS)
INDICAÇÕES CLÍNICAS
– Vincristina: Leucemia linfoblástica aguda, linfoma de Hodgkin e não Hodgkin,
rabdomiossarcoma, neuroblastoma, tumores de Wilms.
– Vimblastina: linfoma de Hodgkin e não Hodgkin, câncer de mama, câncer de células
germinativas, sarcoma de Kaposi.
– Vinorelbina: Câncer pulmonar avançado e câncer de mama e ovário.

EFEITOS COLATERAIS
- neurite sensorial periférica (parestesias), fraqueza muscular e paralisia.
QUIMIOTERAPIA

 Agentes topoisomerase-interativos

  Enzima que desempenha importante papel nos processos de replicação e empacotamento


de DNA.

 Derivados da epidofilotoxina  Derivados da campofecina

Etoposido – VP16 (Vepesid);  Topotecana (Hycantin)


Teniposido - VM26 (Vumon) Câncer ovário metastático (cisplatina-resistente)
Inibem Topoisomerase II  Irinotecana – CPT11 (Camptosar)
Leucemia monocítica; Câncer do testículo; Câncer cólon e reto
Carcinoma de pulmão Inibe Topoisomerase I
QUIMIOTERAPIA

 ANTIBIÓTICOS ANTITUMORAIS
 Interfere na síntese de ácidos nucleicos, impedindo a duplicação e a separação das
cadeias de DNA e RNA.

 Antraciclinas: Doxorrubicina (Adriblastina); Daunorrubicina (DAUNO); Farmorrubicina


(Epirrubicina, EPI, FARMO); Idarrubicina (Zavedos, IDA)
 Antracenediona: Mitomicina (MITO)
 Bleomicinas (BLEO)
 Dactinomicina (ACT-D)
 Aminoantracenodiona: Mitoxantrona (NOVA)
• Indicação: Cânceres de mama, endométrio, ovário, testículo, tireóide, bexiga e pulmão, neoplasias
malignas hematopoéticas , Linfomas e leucemias.
QUIMIOTERAPIA

 TERAPIA HORMONAL

• Quando essas células têm origem em tecidos sensíveis a ação de hormônios, a


hormonioterapia surge como uma opção de tratamento para conter a doença.

• É esse o caso dos cânceres de mama e de próstata, órgãos bastante sensíveis à ação dos
hormônios sexuais. Geralmente funciona como aliada dos outros tratamentos contra o
câncer, atuando em conjunto ou após cirurgias, quimioterapia e de radioterapia.

• A hormonioterapia combate o câncer por meio do uso de substâncias chamadas


antagonistas, que possuem um efeito contrário ao dos hormônios, fazendo com que a ação
deles seja neutralizada e bloqueada.
QUIMIOTERAPIA

 TERAPIA HORMONAL

• Além do uso de antagonistas, a hormonioterapia pode se aproveitar de medicamentos que


inibem a ação de enzimas que são usadas pelo corpo como ponto de partida para a
produção hormonal.

• Outra modalidade de hormonioterapia é feita pela remoção cirúrgica do órgão que produz
o hormônio sexual, a castração cirúrgica.
QUIMIOTERAPIA

• HORMÔNIOS/ANÁLOGOS: possuem ações inibidoras em tecidos


específicos, podem ser usados no tratamento de tumores desses tecidos.

GLICOCORTICOID
ES
 Prednisolona e a dexametasona, têm efeitos inibidores pronunciados na proliferação
de linfócitos.

 São usados no tratamento de leucemias e linfomas.


 Têm capacidade para diminuir a pressão intracraniana e aliviar alguns dos efeitos
adversos dos fármacos anticâncer, como náusea e vômito
QUIMIOTERAPIA

ESTRÓGENOS

 Dietilestilbestrol e o etinilestradiol são dois estrógenos usados clinicamente como


antagonistas fisiológicos no tratamento paliativo de tumores andrógeno-dependentes da
próstata.

 Os estrógenos podem também ser usados para câncer de mama.

PROGESTÁGENOS

 Progestágenos, como megestrol, norgesterona e medroxiprogesterona têm sido úteis


em neoplasias endometriais e tumores renais.
QUIMIOTERAPIA

ANÁLOGOS DO HORMÔNIO LIBERADOR DE


GONADOTROFINA
Gosserrelina, busserrelina, leuprorrelina e triptorrelina, podem inibir a liberação de
gonadotrofina. Esses agentes são usados para tratar câncer de mama avançado em
mulheres na pré-menopausa e câncer de próstata.

ANÁLOGOS DA SOMASTOSTATINA

Octreotida e a lanreotida, são usados para aliviar sintomas de tumores neuroendocrinos,


incluindo tumores secretores de hormônios do trato gastrintestinal, como VIPomas,
glucagonomas, tumor carcinoide e gastrinomas.
QUIMIOTERAPIA

• ANTAGONISTAS HORMONAIS: além dos próprios hormônios, os


antagonistas hormonais também podem ser efetivos no tratamento de diversos
tipos de tumores sensíveis a hormônios.

ANTIESTRÓGENO
S
Antagonista do receptor de estrógeno, o tamoxifeno, é notadamente eficaz em alguns casos
de câncer de mama hormônio-dependente e pode exercer papel na prevenção desses
cânceres. Outros, Toremifeno, fulvestranto.

Os inibidores da aromatase, como o anasirozol, letrozol exemestano: suprimem a síntese de


estrógeno derivado dos andrógenos, também são efetivos no tratamento do câncer de mama.
QUIMIOTERAPIA
 ANTIANDRÓGENOS

 Antagonistas de andrógeno, flutamida, ciproterona e bicalutamida, podem ser usados


como monoterapia ou em combinação com outros agentes para tratar tumores da
próstata. Podem ser administrados, também, para controlar picos de testosterona.

 INIBIDORES DA SÍNTESE DE HORMÔNIO SUPRARRENAL

 Diversos agentes da síntese de hormônios suprarrenais têm efeitos no câncer de mama pós-
menopausa.

 Os fármacos usados são o trilostano e (raramente hoje) a aminoglutetimida, que inibem os


estágios da síntese de hormônios sexuais.
QUIMIOTERAPIA

Esteroides (dexametasona) pode inibir o


crescimento tumoral ou edema, e pode regredir
linfonodos malignos. Dexametasona é também
um antiemético.

Finasterida, Câncer de próstata um agente que bloqueia


a conversão periférica da testosterona em 
dihidrotes-tosterona.
QUIMIOTERAPIA

Normas de segurança relativas ao descarte de resíduos tóxicos

• Todo o Serviço de Terapia Antineoplásica (STA) deve implantar o plano de Gerenciamento de


Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), atendendo aos requisitos da RDC/Anvisa nº 306, de
25/02/2003, ou outra que venha substituí-la, respeitando as disposições aditivas contidas nesse
Regulamento Técnico.

• Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente no local de sua geração,


imediatamente após o uso, em recipientes rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, com
tampa, devidamente identificados com a simbologia padronizada que identifica o resíduo tóxico,
segundo a Norma da ABNT NBR- 7.500, acrescida da inscrição “perfurocortante”. As agulhas
descartáveis devem ser desprezadas juntamente com as seringas, sendo proibido reencapá-las ou
proceder à sua retirada manualmente.
QUIMIOTERAPIA

• Os recipientes devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade.

• Os frascos de antineoplásicos vazios ou com restos de medicações, frascos de soro vazios de


antineoplásicos, equipos, algodão e gaze contaminados devem ser desprezados em um recipiente
rígido e impermeável, identificado corretamente com a simbologia padronizada que identifica o
resíduo químico.

• Os resíduos de QA devem ser encaminhados para o processo de incineração na temperatura em


torno de 1.000/1.200°C.
Efeitos Colaterais mais Comuns da
Quimioterapia
Náuseas
Vômitos
Mucosite ou estomatite
Febre
Diarréia
Constipação
Fadiga, mal estar
Anorexia
Alopécia
Toxicidade dos quimioterápicos
TERAPIA ALVO MOLECULAR
 Mais precisa, busca atingir a célula maligna a partir do mecanismo celular que lhe deu origem.

 Esta associada com efeitos adversos toleráveis.

 Tem o objetivo de acertar e destruir os alvos moleculares, ou seja, proteínas e outros materiais
que são importantes para o funcionamento de certos tipos de células cancerígenas.

 Pode ser introduzida no corpo do paciente por via oral (comprimidos) ou injetados (IV).

• Tratamento de câncer nos rins, pulmão, mama, ovários, tireoide, pele, fígado, cólon, reto e
leucemia.
TERAPIA ALVO MOLECULAR

Foco de combater as moléculas específicas, direcionando a ação de medicamentos,


exclusivamente ou quase exclusivamente, às células tumorais, reduzindo atividades sobre as
células saudáveis e os efeitos colaterais.

Na terapia-alvo, emprega-se anticorpos e outras moléculas


capazes de inibir a transmissão desses sinais, de modo a
bloquear a multiplicação das células malignas.

Alvos para inibidores


farmacológicos
TERAPIA ALVO MOLECULAR

-Resposta hematológica:  nº. células T anormais.


-Resposta citológica: remove as células com
cromossomos anormais.
TERAPIA ALVO MOLECULAR

Mabthera (rituximab)

• Primeiro anticorpo monoclonal aprovado para o tratamento do câncer, em novembro de 1997, nos
EUA.

• Indicado no tratamento de linfoma não-Hodgkin folicicular no estádio III-IV, resistente à


quimioterapia, ou que se encontrem em recidiva após quimioterapia; ou em pessoas tratadas
previamente com protocolo de quimioterapia com aloquilante.

• O tratamento de manutenção com Mabthera é indicado para linfoma folicular


recidivante/refractário, que responderam à quimioterapia, com ou sem Mabthera.

• É também indicado no tratamento de pessoas com Linfoma não-Hodgkin difuso de grandes cél. B.
TERAPIA ALVO MOLECULAR
 Mylotarg (Gemtuzumab
Ozogamicin)
 É um anticorpo recombinante ligado a um potente antibiótico antitumoral chamado
caliqueamicina, isolado de uma bactéria.

 É indicado para paciente com leucemia mielóide aguda (LMA) com 60 anos de idade ou
mais e recidiva para CD33.
TERAPIA ALVO MOLECULAR

 Campath (Alemtuzumab)

 É um anticorpo monoclonal humanizado direcionado ao antígeno CD 52, glicoproteína,


expresso principalmente na superfície das células linfóides T e B normais ou malignas, nos
macrófagos, monócitos, eosinófilos e células natural killer.

 Tem sua indicação para o tratamento de leucemia linfocítica crônica de células B, em


pacientes que foram tratados com quimioterápico alquilante e que falharam com a terapia
com fludarabina.
TERAPIA ALVO MOLECULAR

• Gefitinibe (Iressa)  inibidor do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)


 inibe ligação do ATP da tirosina quinase ao receptor intracelular  câncer de pulmão.
• Erlotinib (Tarceva) inibidor potente de EGFR  câncer de pulmão  associado a
quimioterapia.

• Cetuximabe e panitumumabe  anticorpo monoclonal  ligam aos receptores do


fator de crescimento epidérmico (EGFR)  câncer de cólon.
• Bevacizumab (Avastin)  anticorpo humanizado  ação antiangiogênica  bloqueio
do fator de crescimento endotelial vascular circulante (VEGF)  câncer de pulmão e
cólon ou reto.
IMUNOTERAPIA

 A imunoterapia é um tipo de tratamento contra o câncer que visa combater o avanço da


doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente contra ela.

Algumas vacinas que previnem o surgimento de câncer também são consideradas um tipo
de imunoterapia, denominado imunoterapia ativa. É o caso da vacina contra o HPV, capaz
de impedir que o corpo desenvolva tipos de câncer.

A vacina contra a hepatite B, capaz de frear a doença, que tem o câncer como uma de suas
complicações, também é um exemplo de imunoterapia contra o câncer de fígado.
IMUNOTERAPIA

São medicamentos capazes de restaurar a capacidade do organismo de reconhecer e


destruir as células tumorais – impedindo que sejam “toleradas” pelas células de defesa do
corpo.

O câncer de bexiga, câncer nos rins, câncer de pulmão, leucemia, câncer de cabeça e
pescoço, melanomas e linfomas de Hodgkin já podem ser tratados por meio da
imunoterapia.
IMUNOTERAPIA
REFERÊNCIAS

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